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TÍTULO: DRENAGEM URBANA - PLANEJAMENTO E MÉTODOS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS EALTERNATIVOSTÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURAÁREA:
SUBÁREA: ENGENHARIASSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNAINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): ANDERSON BARBOSA DE SOUSA, CARLOS EDUARDO PIRES DE GODOI, DOUGLASLEITE FERREIRA, RAFAELA HIPOLITO CREMASCOAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): LUCIANE SANDRINI DIASORIENTADOR(ES):
RESUMO
O trabalho apresenta a evolução histórica da urbanização e impactos causados
por inundações nas grandes cidades, devido ao crescimento das cidades em ritmo
desordenado. É necessário a busca de melhores e mais precisas medidas estruturais
e não estruturais. A pesquisa baseia-se nas atuais técnicas construtivas para um
sistema de drenagem urbana e a integração métodos alternativos, como pavimentos
porosos, que podem ser implementadas em conjunto aos sistemas convencionais de
construção. O método de pesquisa de trabalho foi realizado por meio de revisão de
literatura. O trabalho tem por objetivo apresentar premissas para uma gestão e
planejamento de um correto sistema de microdrenagem e macrodrenagem, no quais
visam melhorar os procedimentos adotados pelos órgãos públicos em relação aos
impactos gerado pelas as inundações na sociedade. Verifica-se que o correto
planejamento e nos métodos construtivos da drenagem urbana, apresentam uma
melhora significativa na qualidade de vida da população.
Palavras-chave: Drenagem urbana, Microdrenagem, Pavimentos porosos.
1. INTRODUÇÃO
A solução para problemas relacionados a drenagem urbana, tem como principal
objetivo drenar as águas de precipitações o mais rápido possível através do fluxo
normal da água, ou seja, de um ponto mais alto para um mais baixo. (VIRGILIIS,
2009).
O crescimento das áreas urbanas, e consequentemente, impermeabilizadas,
ocorreu a partir de áreas mais baixas, próximas aos rios ou à beira mar, em direção
às colinas e morros, com a necessidade da interação da população com corpos
hídricos, utilizados como fonte de alimento e dessedenteção, além de via de
transporte (CANHOLI, 2014).
Um sistema tradicional de drenagem urbana é composto por dois sistemas,
microdrenagem e macrodrenagem, no qual devem ser planejadas e projetados sob
diferentes critérios. (FCTH, 1999).
A ação antrópica no ciclo hidrológico e aumento das áreas impermeáveis nas
cidades obriga o público procurar soluções através de medidas, visando eliminar os
efeitos das chuvas intensas, efeitos erosivos e melhorias de condições de uso.
(VIRGILIIS, 2009).
Devemos dar ênfase na solução em parte desses problemas, elaborando novos
conceitos em técnicas construtivas, apresentando uma conceituação geral para um
planejamento de drenagem urbana, benefícios e objetivos principais. (CANHOLI,
2014).
Os pavimentos permeáveis surgem como uma solução viável que pode ser
implementada em áreas urbanas públicas e particulares, ruas, parques, quadras
esportivas e calçadas, assim, auxiliando na drenagem urbana em diversas cidades
que sofrem com as enchentes. (VIRGILIIS, 2009).
2. OBJETIVOS
O presente artigo tem como objetivo apresentar o correto planejamento de um
sistema de drenagem urbana, adotando os conjuntos construtivos convencionais de
dimensionamento de um sistema, junto com técnicas não estruturais e técnicas
alternativas, no qual podem solucionar os problemas de inundações, compreendendo
áreas que sofrem como o problema no território nacional.
3. METODOLOGIA
O estudo realizado consiste em pesquisa bibliográfica de fontes confiáveis
realizadas em livros, artigos, revistas, buscando instruções técnicas para
planejamento e elementos fundamentais para dimensionamento de um sistema de
drenagem urbana.
4. EFEITOS DA URBANIZAÇÃO DESORDENADA
Segundo Zmitrowicz (1999), a urbanização gera diversas alterações no ciclo
hidrológico na natureza devido a necessidade de água pelo crescimento populacional,
aumento nos resíduos poluidores descarregados em corpos hídricos, aumento de
bacias naturais o que pode ocorrer crescimento nos picos de enchentes devido à
impermeabilização reduzido a capacidade de infiltração das águas da chuva no solo,
rebaixamento nos aquíferos por conta da crescente utilização de águas subterrâneas,
alterações no clima.
4.1. INUNDAÇÕES DEVIDO Á URBANIZAÇÃO
De acordo com Tucci (2005) a ocorrência e magnitude de inundações são
decorrentes devido a impermeabilização do solo e à construção da rede pluvial. O
desenvolvimento das cidades pode gerar obstruções de escoamento, como aterros,
pontes, drenagens inadequadas, obstruções ao escoamento junto a condutos e
assoreamentos.
4.2. CONCEITO DE DRENAGEM URBANA
Um sistema de drenagem urbana é um conjunto de melhorias públicas
existentes na área urbana, tais como as redes de água, esgotos sanitários,
cabeamentos elétricos e telefônico, iluminação pública, pavimentação, guias e
passeios, parques, áreas de lazer, e outros. (FCTH,1999).
Segundo Tucci (2003) os sistemas de drenagem urbana são projetados afim
de escoar a água precipitada o mais rápido, de um ponto mais alto para um ponto
mais baixo. Tal planejamento e aumentos nas cidades, trouxe graves problemas para
as grandes e médias cidades.
4.3. GESTÃO DE DRENAGEM URBANA
As secretárias de obras municipais são responsáveis pelo gerenciamento da
drenagem urbana, no qual apresentam-se deslocadas das outras ações de
planejamento de outros setores, como água, esgoto e resíduos sólidos. (TUCCI,
2007).
Uma gestão de drenagem urbana é uma compreensão de um conjunto de
técnicas que pode ser descrita no conceito de 3P: Planejamento, Procedimento e
Preparo. (MARTINS, 2012, p.5).
4.3.1. PLANEJAMENTO
Segundo Tucci (1997) os elementos de um princípio de planejamento parte
para os seguintes conceitos:
i. Controlar as bacias hidrográficas urbanas e não haver o isolamento de pontos;
ii. Prever, analisar e criar ações futuras de desenvolvimento da bacia;
iii. Evitar que o aumento das enchentes devido a urbanização seja transferido para
jusante;
iv. Utilização de medidas não estruturais em áreas ribeirinhas como: zoneamento
de enchentes, seguro e previsão em tempo real;
v. O controle deverá ser realizado através de Planos Diretores de Drenagem
Urbana e administrados pelos municípios e auxiliados pelo Estado.
4.3.2. PROCEDIMENTO
Na gestão de drenagem urbana, os chamados procedimentos são as
operações no qual visam as manutenções das estruturas, monitoramento,
previsão de eventos, antecipação de extremos e campanhas de
conscientização, capacitação e fortalecimento da instituição responsável pelo
sistema. (MARTINS, 2012, p.6).
4.3.3. PREPARO
Entende-se a resposta às emergências em relação ao sistema de drenagem
urbana, tais emergências exigem uma antecipação e treinamento apropriado. Deve-
se levar em consideração os sistemas de previsão e alerta afim de antecipar impactos,
um mapeamento prévio de impactos e dimensionamento dos recursos para redução
de perdas fatais e minimizar os dados materiais. (MARTINS, 2012).
4.3.4. PLANO DIRETOR
O plano diretor de drenagem urbana é a técnica no qual a gestão de da
drenagem em um município possa ser realizada. Pode ser considerado
estratégico, onde apresenta um conjunto de documentos contendo
programas de ações, envolvendo medidas estruturais, não estruturais,
medidas estruturais de controle de escoamento superficial, cronograma de
implementação do plano e monitoramento. (SDMU, 2012, p.22).
Figura 1- Etapas do plano diretor de drenagem urbana.
Fonte: TUCCI (2003).
4.4. MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS
As medidas de controle podem ser classificadas em: medidas estruturas e não
estruturais. Um plano diretor de drenagem urbana deve conter obras para a condução
das águas, tais medidas estruturais interferem na característica do escoamento,
mudando a direção e controle do fluxo das águas pluviais, havendo uma modificação
do sistema natural para retenção ou escoamento, por exemplo, a construção de
reservatórios, diques e canalizações. (SDMU, 2012).
Figura 2- Elenco de medidas para gestão de drenagem urbana
Fonte: MARTINS, (2012).
4.5. OBRAS DE MICRODRENAGEM
O Sistema de microdrenagem compreende os pavimentos das ruas, guias e
sarjetas e galerias de águas pluviais de menor porte, dimensionadas para chuvas que
ocorram em média a cada 10 anos. (SDMU,2012, p.15).
4.6. PAVIMENTOS PERMEAVÉIS
Segundo Urbonas e Stahre (1993) citado por ARAÚJO, et. al. (2000) é um
dispositivo capaz de infiltrar as águas provenientes do escoamento superficial para
um reservatório sob a superfície do terreno.
O pavimento permeável atua como um complemento de um sistema de
drenagem urbana, definido com uma técnica alternativa para aumento da
permeabilidade da água no solo. (VIRGIGILIIS, 2009).
4.6.1. TIPO DE PAVIMENTOS PERMEAVÉIS
Segundo Fergunson (2005) citado por Virgiliis (2009) classifica os pavimentos
permeáveis nas seguintes famílias de materiais:
I. Agregados
II. Gramíneos
III. Geocélulas plásticas
IV. Concreto poroso
V. Blocos vazados
VI. Blocos intertravados de concreto
VII. Concreto asfáltico poroso
Figura 3- Concreto poroso com drenagem de água infiltrada por tubulação.
Fonte: PINI (2011).
5. RESULTADOS
A partir dos dados analisados durante o processo de pesquisa, verificou-se que
as técnicas construtivas convencionais e pavimentos permeáveis devem ser
implementados e trabalhar em conjunto nas cidades brasileiras.
Segundo Araújo, et.al. (2000), nas simulações de chuvas sobre o pavimento
permeável há um baixo escoamento superficial, mas ressaltam que o seu uso deve
ser utilizado em áreas de trafego de veículos leves. Os pavimentos permeáveis
mostram capacidade para controle das águas escoadas.
Figura 4 – Escoamento superficial em diversos tipos de pavimentos
Fonte: ARAÚJO (2000).
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os problemas relacionados às inundações nas grandes cidades do Brasil têm
aumentado consideravelmente, devido ao crescimento das cidades em ritmo
desordenado. O poder público deve colocar em prática, as medidas estruturais e não
estruturais, tal experiência nos mostra que os setores responsáveis estão defasados
e sem a perspectiva fundamental para um planejamento adequado nas cidades.
Os atuais e futuros profissionais responsáveis por um sistema de drenagem
urbana nas cidades devem adquirir novo conhecimentos e técnicas, de forma a
planejar uma cidade mais estruturada e capaz de resistir aos problemas relacionados
às inundações.
As técnicas construtivas convencionais devem continuar a ser implementadas
e aprimoradas, pois desempenham um papel fundamental no sistema de uma
drenagem urbana mas devem ser aliadas a novas técnicas. Os pavimentos porosos e
áreas permeáveis surgem como alternativas e que desempenham papéis de forma
satisfatória no escoamento pluvial.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, et. al. Avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na redução
do escoamento superficial. v.5. Porto Alegre: RBRH, 2000.
CANHOLI, Aluísio Pardo. Drenagem Urbana e controles de enchentes. 2ª ed. São
Paulo: Oficina de Textos, 2014.
FCTH – Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica. Diretrizes básicas para
projetos de drenagem urbana no município de São Paulo. São Paulo: FCTH,
1999.
FERGUSON, Bruce K. Porous Pavements – Intregrative Studies in water
management and land development. United States of America: CRC Press, 2005.
MARTINS, José Rodolfo Scarati. Gestão da drenagem urbana: só tecnologia será
suficiente. 2012. Disponível em:
http://www.daee.sp.gov.br/outorgatreinamento/Obras_Hidr%C3%A1ulic/gestaodrena
gem.pdf. Acesso em: 07 maio 2016.
PINI, Infraestrutura Urbana. Concreto permeável. Disponível em: URL:
http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/13/artigo254488-2.aspx.
Acesso em: 26 agosto 2016.
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manejo de águas pluviais: aspectos tecnológicos: diretrizes para projetos. V.3.
São Paulo: SDMU, 2012.
SDMU – Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano. Manual de drenagem e
manejo de águas pluviais: Gerenciamento do sistema de drenagem urbana. V.1.
São Paulo: SDMU, 2012.
TUCCI, et. al. Controle da drenagem urbano no Brasil: avanços e mecanismos para
sua sustentabilidade. In: XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 17., 2007,
São Paulo. Anais... São Paulo, ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos,
2007.
TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas Pluviais Urbanas. Ministério das cidades.
Unesco, 2005.
TUCCI, Carlos E. M. Drenagem urbana sustentáveis no Brasil. In: WORKSHOP EM
GOIÂNIA, 1., Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2003.
TUCCI, Carlos E. M. Plano diretor de drenagem urbana: princípios e concepção.
RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos. v.2, n.2, p.5 – 12, 1997.
URBONAS, B. e STAHRE, P. Stormwater best management practices and
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VIRGILIIS, Afonso Luís Corrêa de. Procedimentos de projeto e execução de
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2009. 213 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da
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ZMITROWICZ, Maria de Sampaio Bonafé Ostrowsky Witold. Urbanização e controle
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Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São
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