tÍtulo: diagnÓstico das espÉcies arbÓreas no...
TRANSCRIPT
Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904
TÍTULO: DIAGNÓSTICO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS NO ESPAÇO URBANO DAS PRAÇAS PÚBLICASDE OLÍMPIA (SP).TÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICASSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETOINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): LUIS GUILHERME RODRIGUES DA SILVA, LARISSA MARIA BRAGA, LUANA DE SOUZAMARTINS, SARAH BERTAZZI AUGUSTO, ZELIA APARECIDA VALSECHI DA SILVAAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): VALÉRIA STRANGHETTIORIENTADOR(ES):
1
RESUMO
A arborização urbana colabora para a melhoria de vida nas cidades, pois age
simultaneamente sobre os aspectos físicos, sociais e psicológicos do ser humano,
reduzindo resíduos e o calor, criando efeitos estéticos e atenuando inclusive o
sentimento de opressão do homem frente aos problemas das grandes cidades. O
município de Olímpia apresenta diversos problemas com sua arborização, em
especial, de praças. O objetivo deste projeto consistiu em diagnosticar as espécies
arbóreas no espaço urbano das praças públicas de Olímpia. Durante os meses de
julho a agosto de 2011 foram coletados materiais botânicos, identificados e
agrupados, quanto à procedência (nativo ou exótico). Foram amostrados 2.215
indivíduos arbóreos vivos pertencentes a 123 espécies, distribuídos em 87 gêneros
e 40 famílias botânicas. As espécies mais frequentes foram Licania tomentosa - oiti
(19,18%), Syagrus romanzoffiana - coqueiro-jerivá (11,23%) e Tecoma stans - ipê-
de-jardim (4,75%), que juntas representam 35,16% da arborização total. Esse
resultado demonstra a falta de uma política municipal de arborização urbana.
INTRODUÇÃO
Áreas verdes é um termo geral que se aplica a diversos tipos de espaços
urbanos que têm em comum: serem abertos; acessíveis; relacionados com saúde e
recreação ativa e passiva e proporcionarem interação das atividades humanas com
o meio ambiente. As praças são espaços livres urbanos utilizados como local
público. São pontos de encontro cuja principal função é de incentivar a socialização
e o lazer (DEMATTÊ, 1997). Também são de grande importância numa
comunidade, sendo fundamental um planejamento urbano adequado e
tecnicamente bem executado, seguido de uma manutenção rigorosa, que levem à
preservação e satisfação de seus usuários (CARVALHO, 2001).
A arborização das praças do município de Olímpia contribui de forma
significativa para o total da área verde pública. Grande parte dessas áreas é
utilizada para lazer, principalmente por crianças e idosos, e apresentam, em sua
maioria, espécies arbóreas.
Avaliações periódicas são de extrema importância para determinar as
características atuais do espaço urbano das praças públicas de Olímpia.
2
OBJETIVO
O objetivo deste projeto consistiu em diagnosticar as espécies arbóreas no
espaço urbano das praças públicas de Olímpia.
METODOLOGIA
O município de Olímpia localiza-se 20º 44' 13,20'' de latitude S e 48º 54'
54,00” de longitude W, tem área de 804,65 Km2 e está situado na região noroeste
do Estado de São Paulo, a 429 Km da capital. Apresenta topografia de conformação
Planalto Paulista suavemente ondulado, com 506 m de altitude.
O clima, de acordo com Köppen, é Aw, ou seja, clima tropical com duas
estações definidas, úmida e quente. Os solos da região do município de Olímpia
são do tipo arenito, podosol e latosol, originário dos sedimentos neocretácios da
formação Bauru, sendo o relevo suave, ondulado e uniforme (OLIVEIRA, 1999).
Formalmente, de acordo com o sistema de classificação do IBGE (VELOSO;
RANGEL FILHO; LIMA, 1991), a vegetação está caracterizada como estacional
semidecídual.
Durante os meses de julho a agosto de 2011 foram coletados materiais
botânicos, identificados e agrupados, quanto à procedência: nativas – plantas
originárias do território brasileiro e exóticas – plantas não originárias do território
brasileiro.
DESENVOLVIMENTO
Para a identificação das espécies, foram coletados materiais botânicos das
plantas, que foram comparados com a literatura específica sobre o assunto, além
de consulta a herbários e especialistas, sendo as famílias botânicas, classificadas
de acordo com o sistema APG II (2003).
Foi utilizado formulário para o diagnóstico das espécies arbóreas e também
foi feito um levantamento fotográfico das áreas em estudo, tendo como finalidade
retratar as situações descritas.
RESULTADOS
Foram amostrados 2.215 indivíduos arbóreos vivos pertencentes a 123
espécies, distribuídos em 87 gêneros e 40 famílias botânicas. Existem oito famílias
3
indeterminadas com dez indivíduos e 12 famílias com 17 espécies indeterminadas,
31 árvores estão mortas em pé (1,37%) e seis possuem poda drástica (0,26%) que
não puderam ser identificadas, tabela 1.
Dentre as famílias, a que obteve maior número de espécies foi Fabaceae,
com 24 espécies, totalizando 282 indivíduos, dentre estes destaca-se Bauhinia
variegata (pata-de-vaca) com 56 indivíduos, tabela 1.
As espécies mais frequentes foram Licania tomentosa - oiti (19,18%),
Syagrus romanzoffiana - coqueiro-jerivá (11,23%) e Tecoma stans - ipê-de-jardim
(4,75%), que juntas representam 35,16% da arborização total, tabela 1.
Observa-se na tabela 1, 957 espécies exóticas e 1.234 espécies nativas, com
predominância de Licania tomentosa (oiti) com 432 indivíduos (19,18%), seguida de
Syagrus romanzoffiana (coqueiro-jerivá) com 248 indivíduos (11,01%) sendo estas
nativas. É notória a grande variabilidade de espécie, no entanto, 34 espécies
possuem um único indivíduo, como Anacardium microcarpum (caju-do-campo),
Sparattosperma leucanthum (caroba-branca) entre outras.
Tabela 1- Frequência das espécies presentes na arborização das praças públicas
de Olímpia (SP), no ano de 2011 (O – origem; N – nativa; E – exótica; SI – sem
identificação; NI – números de indivíduos e FR – frequência dos indivíduos).
Família Espécie Nome Popular O NI FR%
Chrysobalanaceae Licania tomentosa (Benth.) Fritsch. oiti N 432 19,18
Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassm. coqueiro-jerivá N 248 11,01
Bignoniaceae Tecoma stans (L.) Juss. ipê-de-jardim E 105 4,66
Bignoniaceae Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo ipê-roxo N 79 3,5
Arecaceae Caryota urens L. palmeira-toddy E 76 3,37
Arecaceae Roystonea oleracea (N.J.Jacquim) O. F.
Cook
palmeira-real E 75 3,33
Bignoniaceae Handroanthus chrysotrichus (Mart. Ex
DC) Mattos
ipê-amarelo N 71 3,15
Anacardiaceae Schinus molle L. aroeira-salsa N 67 2,97
Fabaceae Bauhinia variegata L. pata-de-vaca E 56 2,48
Fabaceae Pterocarpus violaceus Vogel aldrago N 53 2,35
Arecaceae Dypsis lutescens H. Wendl. areca-bambu E 48 2,13
Myrtaceae Callistemon viminalis (Sol. Ex Gaertn.)
G. Dn ex Loud
escova-de-
garrafa
E 48 2,13
Arecaceae Phoenix roebelenii O'Brien tamareira-de- E 47 2,08
4
jardim
Rutaceae Murraya paniculata (L.) Jacq. falsa-murta E 45 1,99
Nyctaginaceae Bougainvillea glabra Choisy primavera N 41 1,82
Bignoniaceae Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand. ipê-branco N 40 1,77
Fabaceae Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw. flamboianzinho E 32 1,42
Arecaceae Syagrus oleracea (Mart.) Becc. gabiroba N 31 1,37
Fabaceae Cassia fistula L. chuva-de-ouro E 31 1,37
Morta em Pé - - - 31 1,37
Lythraceae Lagerstroemia indica L. resedá E 29 1,28
Arecaceae Acromia aculeta (Jacq.) Lodd. Ex mart. macaúva N 27 1,19
Fabaceae Acacia sp. acássia E 26 1,15
Fabaceae
Bignoniaceae
Caesalpinia peltophoroides Benth.
Tabebuia pentaphylla Hemsl.
sibipiruna
ipê-rosa
N
E
26
23
1,15
1,02
Verbenaceae Calliacarpa reevesii Wall. Ex Waip. calicarpa E 23 1,02
Dilleniaceae Dillenia indica Blanco dilênia E 22 0,97
Apocynaceae Nerium oleander L. espirradeira E 16 0,71
Arecaceae Livistona sp. falsa-latânia E 16 0,71
Proteaceae Grevillea banksii R. Br. grevilha-anã E 16 0,71
Fabaceae Albizia lebbeck (L.) Benth. batata-frita E 14 0,62
Myrtaceae Psidium guajava L. goiabeira N 14 0,62
Apocynaceae Plumeria rubra L. jasmim-manga E 13 0,57
Malpighiaceae Malpighia glabra L. acerola E 13 0,57
Anacardiaceae Mangifera indica L. mangueira E 7 0,52
Cupressaceae Thuja orientalis L. tuia E 11 0,48
Fabaceae Delonix regia (Borjer ex Hook.) Raf. flamboiã E 11 0,48
Malvaceae Pachira aquatica Aubl. manguba N 11 0,48
Melastomataceae Tibouchina granulosa Cogn. quaresmeira N 11 0,48
Ruscaceae Dracaena marginata Lam. dracena E 10 0,44
Moraceae Ficus benjamina L. figueira E 9 0,39
Moraceae Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. amora N 9 0,39
Arecaceae Carypha umbraculifera L. talipot E 8 0,35
Fabaceae Senna macranthera (DC. Ex Collad.)
H.S. Irwin & Barneby
cassia-aleluia N 7 0,31
Myrtaceae Stenocalyx pitanga (Berg) Neid. pitangueira N 7 0,31
Rubiaceae
Mussaenda alicia Hort
mussaenda-
rosa
E 7 0,31
Arecaceae Roystonea sp. palmeira E 6 0,26
Fabaceae Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. pau-ferro N 6 0,26
Poda drástica - - - 6 0,26
Araucariaceae Araucaria columnaris (Forst.) Hook. pinheiro-de- E 5 0,22
5
natal
Arecaceae Sabal palmetto (Walter) Loddiges ex J.
A. & J. H. Schultes
sabal-da-flórida E 5 0,22
Bignoniaceae Spathodea nlotica Seem bisnagueira E 5 0,22
Cupressaceae Chamaecyparis lawsoniana (A.Murr.)
Parl.
cipreste-alumi E 5 0,22
Cupressaceae
Crupressus macrocarpa Hartw.
cipreste-de-
monterey
E 5 0,22
Cupressaceae Thuja sp2. tuia E 5 0,22
Myrtaceae Eucalyptus sp. eucalipto E 5 0,22
Myrtaceae Indeterminada 1 - - 5 0,22
Pinaceae Pinus elliotii Engel. pinheiro E 5 0,22
Ruscaceae Dracaena fragrans (L.) Ker-Gawl. dracena E 5 0,22
Anacardiaceae Anacardium occidentale L. cajueiro N 4 0,17
Arecaceae Livistona sp. palmeira-leque E 4 0,17
Bignoniaceae Tabebuia avellanedae Lorentz ex
Griseb.
ipê-roxo N 4 0,17
Lauraceae Persea americana Mill. abacateiro E 4 0,17
Moraceae Artocarpus intergrifolia Lf. jaqueira N 4 0,17
Muntingiaceae Muntingia calabura L. calabura E 4 0,17
Oleaceae Ligustro lucidum W. T. Aiton alfeneiro E 4 0,17
Apocynaceae Aspindosperma polyneuron Müll. Arg. peroba-rosa N 3 0,13
Bignoniaceae Jacaranda cuspidifolia Mart. caroba N 3 0,13
Bignoniaceae
Jacaranda mimosifolia D. Don
jacarandá-
mimoso
E 3 0,13
Cupressaceae Cupressus lusitanica Mill. cipreste E 3 0,13
Meliaceae Melia azedaroch L. santa-barbara E 3 0,13
Myrtaceae Melaleuca leucadendron (L.) L. melaleuca E 3 0,13
Myrtaceae Syzygium cumini (L.) Skeels jambolão E 3 0,13
Rubiaceae
Alibertia sp.
marmelo-do-
mato
N 3 0,13
Rutaceae Citrus sp1 laranjeira E 3 0,13
Rutaceae Citrus sp2 limoeiro E 3 0,13
Annonaceae Annona squamosa L. fruta-do-conde E 2 0,08
Apocynaceae Tabernaemontana divaricata (L.) R. Br.
Ex Roem. & Schult.
jasmim-café E 2 0,08
Arecaceae
Coccothrinax barbadensis (Lodd. Ex
Mart.) Becc.
palmeira-
prateada-de-
leque
E 2 0,08
Arecaceae Indeterminada 1 - - 2 0,08
6
Arecaceae Livistona chinensis (N. J. Jacquim) R.
Brown ex Mart.
palmeira-de-
leque-da-china
E 2 0,08
Bignoniaceae Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.)
Standl.
ipê-roxo N 2 0,08
Combretaceae Terminalia catappa L. sete-copas E 2 0,08
Cupressaceae Thuja sp1. tuia E 2 0,08
Fabaceae Albiza niopoides (Benth.) Burkart var.
niopoides
farinha-seca N 2 0,08
Fabaceae Caesalpinia echinata Lam. pau-brasil N 2 0,08
Fabaceae Cassia grandis L. f. cassia-grande N 2 0,08
Fabaceae Myroxylon sp. cabriúva N 2 0,08
Fabaceae Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake guapuruvu N 2 0,08
Fabaceae Tamarindus indica L. tamarindo E 2 0,08
Indeterminada 1 Indeterminada 1 - - 2 0,08
Indeterminada 4 Indeterminada 4 - - 2 0,08
Punicaceae Punica granatum L. romãzeira E 2 0,08
Sapindaceae Sapindus saponaria L. saboneteira N 2 0,08
Anacardiaceae Anacardium microcarpum Ducke cajú-do-campo N 1 0,04
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolia Rhaddi
aroeira-
pimenteira
N 1 0,04
Anacardiaceae Spondias purpurea L. ciriguela E 1 0,04
Apocynaceae
Thevetia thevetioides (Kunth) k. Schum
chapeu-de-
napoleão
E 1 0,04
Araliaceae Schefflera morototoni Aubl. morototó N 1 0,04
Araucariaceae Araucaria sp. pinheiro E 1 0,04
Arecaceae Attalea phalerata Mart. Ex Spreng. bacuri N 1 0,04
Arecaceae
Livistona australis (R. Brown) Mart.
palmeira-leque-
de-saia
E 1 0,04
Arecaceae Phoenix sp. palmeira E 1 0,04
Bignoniaceae Indeterminada 1 - - 1 0,04
Bignoniaceae Indeterminada 2 - - 1 0,04
Bignoniaceae Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.
Schum.
caroba-branca N 1 0,04
Bignoniaceae
Tabebuia alba (Cham.) Sandwith
ipê-amarelo-da-
serra
N 1 0,04
Bignoniaceae Tabebuia sp2 ipê N 1 0,04
Bignoniaceae Tabebuia sp1 ipê N 1 0,04
Boraginaceae Cordia sp. - N 1 0,04
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand almecegueira N 1 0,04
Chrysobalanaceae Indeterminada 4 - 1 0,04
7
Clusiaceae Garcinia brasiliensis Mart. bacupari N 1 0,04
Cycadaceae Cycas circinalis L. cica E 1 0,04
Fabaceae Anadenanthera macrorarpa (Benth.)
Brenan
angico E 1 0,04
Fabaceae Cassia javanica L. cássia-rosa E 1 0,04
Fabaceae Erythrina corallodendron L. eritrina-coral E 1 0,04
Fabaceae
Erythryna speciosa Andrews
eritrina-
candelabro
N 1 0,04
Fabaceae Hynenaea martiana Hayne jatobá N 1 0,04
Fabaceae Indeterminada 1 - - 1 0,04
Fabaceae Sclerolobium denudatum Vogel angá N 1 0,04
Indeterminada 1 Indeterminada 1 - - 1 0,04
Indeterminada 2 Indeterminada 2 - - 1 0,04
Indeterminada 3 Indeterminada 3 - - 1 0,04
Indeterminada 4 Indeterminada 4 - - 1 0,04
Indeterminada 5 Indeterminada 5 - - 1 0,04
Indeterminada 6 Indeterminada 6 - - 1 0,04
Magnoliaceae Michelia champaca L. magnólia E 1 0,04
Malvaceae Chorisia speciosa A. St.-Hil. paineira N 1 0,04
Meliaceae Cedrela fissilis Vell. cedro N 1 0,04
Meliaceae Indeterminada 1 - - 1 0,04
Moraceae Ficus lyrata Warb. figueira-lira E 1 0,04
Oxalidaceae Averrhoa caranbola L. carambola E 1 0,04
Plantanaceae Platanus acerifolia (Aiton) Willd. plátano E 1 0,04
Rosaceae Eriobotrya japonica Lindl. nespereira E 1 0,04
Rutaceae Indeterminada 1 - - 1 0,04
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fato de haver predominância de poucas espécies na arborização de uma
cidade traz consequências para a biodiversidade do ecossistema urbano,
considerando-se que a diversidade da vegetação é de suma importância para a
ampliação e fixação e a manutenção do equilíbrio biológico (PEREIRA et al., 2005,
citado por CADORIN et al., 2008).
De acordo com Melo e Romanini (2008), a diversificação de espécies
arbóreas recomendadas para o plantio deve ser selecionada de tal forma que
propicie mais cor, visibilidade, conforto térmico, alimento para a fauna e proteção,
possibilitando ao usuário desfrutar de um ambiente integrado à paisagem nativa, à
8
conservação e preservação da vegetação, bem como comprometendo-o com a
responsabilidade social que tem em relação ao ambiente.
Grey e Deneke (1978) afirmam que o limite máximo de frequência é de 10 a
15% para uma mesma espécie dentro do espaço urbano, deste modo os riscos
ficam mais distribuídos, evitando que a arborização de uma cidade seja dizimada por
um surto de pragas e doenças.
A utilização de espécies exóticas desde o inicio de nossa colonização foi a
grande responsável pelo desaparecimento de grande parte dos animais dos centros
urbanos devido a não adaptação aos novos tipos de alimento (LORENZI, 2002).
Evidentemente nem todas as espécies de árvores da nossa flora prestam-se para
plantio em áreas urbanas. Muitas apresentam porte muito elevado ou raízes muito
volumosas, outras possuem frutos muito grandes ou quebram galhos facilmente com
o vento oferecendo risco à população (LORENZI, 2009).
FONTES CONSULTADAS
APG II. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders
and families of flowering plants: APG II. Botanical Journal of the Linnean Society
141: 399 – 436, 2003.
CADORIN, D. A.; SILVA, L. M.; HASSE, I.; BETT, C. F.; EMER, A.; OLIVEIRA, J. R.
Características da arborização dos bairros Cadorin, Parzianello e La Salle em Pato
Branco – PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v.3, n.4, p.
40-52, 2008.
CARVALHO, L. M. de. Áreas verdes da cidade de Lavras/MG: caracterização, usos
e necessidades. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal de
Lavras, Lavras, 2001.115p.
DEMATTÊ, M. E. S. P. Princípio de paisagismo. Jaboticabal: Funep, 1997. 104p.
GREY, G.W & DENEKE, F.J. 1978. Urban forestry. New York: John Wiley, 279p.
MELO, E, F, R, Q.; ROMANI, A. Praça Ernesto Tocheto: Importância da sua
Preservação Histórica e Aspectos de sua Arborização. Revista da Sociedade
Brasileira de Arborização Urbana. Piracicaba, v.3, n.1, p. 54-72, 2008.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras - manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil - Vol. 01 - 4. edição. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum. 2002. 384 p.
9
LORENZI, H. Árvores Brasileiras - manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil - Vol. 03 - 1. edição. Nova Odessa, SP: Instituto
Plantarum. 2009.
OLIVEIRA, J. B. de. Solos do Estado de São Paulo: descrição das classes no mapa
pedológico. Campinas: Instituto Agronômico, IAC. Boletim Científico, 45, 112p.,
1999.
VELOSO, H. P., RANGEL FILHO, A. L. R. & LIMA, J. C. A. Classificação da
vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. IBGE, Rio de Janeiro, 1991.