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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Concurso de Residência Médica – 2018 FAMED – COREME ESPECIALIDADES CLÍNICAS – TIPO 1 ______________________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 1 de 24 PROCESSO SELETIVO PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA PROVA DE ESPECIALIDADES CLÍNICAS Leia atentamente as instruções seguintes: 1. Este caderno de questões contém 40 (quarenta) questões de múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C, D), com uma única resposta correta e 2 questões discursivas. 2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias. 3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta esferográfica de tinta preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras. 6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de questões e o cartão-resposta. 7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. 8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar seus cartões- resposta simultaneamente. 9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua prova anulada. 10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso. T T I I P P O O 1 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Concurso de Residência Médica – 2018

FAMED – COREME ESPECIALIDADES CLÍNICAS – TIPO 1

______________________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 1 de 24

PROCESSO SELETIVO PARA PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA

PROVA DE ESPECIALIDADES CLÍNICAS

Leia atentamente as instruções seguintes: 1. Este caderno de questões contém 40 (quarenta) questões de múltipla escolha, com quatro opções (A,

B, C, D), com uma única resposta correta e 2 questões discursivas. 2. Confira se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões correta. Caso o caderno esteja

incompleto, tenha defeito de impressão ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providencias necessárias.

3. O tempo disponível para esta prova é de quatro horas. 4. Aguarde a autorização do aplicador da sala para abrir o caderno de questões. 5. O cartão-resposta deverá ser preenchido e assinado somente com caneta esferográfica de tinta

preta e corpo transparente. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu cartão-resposta. Os rascunhos e as marcações assinaladas no caderno de questões não serão considerados na avaliação. Marque apenas uma opção de resposta para cada questão, preenchendo totalmente a quadrícula que julgar ser a resposta correta. Não haverá substituição do cartão-resposta quando ocorrer erro no preenchimento ou rasuras.

6. Quando terminar a prova, acene para chamar o aplicador e entregue este caderno de questões e o cartão-resposta.

7. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar o seu caderno de questões ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

8. Ao final da prova, os três últimos candidatos restantes na sala deverão entregar seus cartões-resposta simultaneamente.

9. Após o aviso do término do tempo de prova, o candidato que ultrapassar esse limite, continuar marcando suas respostas e se recusar a entregar o cartão-resposta, terá a sua prova anulada.

10. Ao deixar em definitivo a sala de prova, você não deverá permanecer nos corredores do bloco ou em qualquer outro local destinado ao concurso.

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______________________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 2 de 24

01 – Paciente do sexo masculino, 61 anos, negro, procura serviço médico para consulta,

após ter sido negada sua renovação de carteira de motorista por ter sido encontrada

pressão arterial elevada durante avaliação. Relata ser hipertenso de longa data, tabagista

e dislipidêmico, não faz uso de medicação anti-hipertensiva, uso irregular sinvastatina

40mg/dia. Ao exame PA=170x100mmHg, P=88bpm; peso=87kg, alt.=1,73m, ritmo

cardíaco normal, sem outras alterações. Trouxe exames de rotina que de alterações

mostravam Cr=1,35mg/dl (RFG=49ml/min), EAS com proteinúria +2/+4, colesterol total

260, LDL=180 HDL=38 e ECG com hipertrofia ventricular esquerda.

Qual é o estágio da hipertensão arterial do paciente e qual é o tratamento farmacológico

mais adequado para esse caso?

A. Estágio 1- Inibidor enzima conversora da angiotensina B. Estágio 1- Diurético tiazídico C. Estágio 2 - Diurético tiazídico + Inibidor enzima conversora da angiotensina D. Estágio 2- Bloqueador receptor angiotensina + inibidor enzima conversora

angiotensina

02 - Paciente do sexo feminino, 57 anos, sem comorbidades conhecidas, admitida em unidade de pronto atendimento com quadro de dor torácica retroesternal, de forte intensidade, mal caracterizada, iniciada há 1 hora durante realização de afazeres domésticos, seguida de síncope e parestesia em membro superior esquerdo. Relata uso de suplementação hormonal para menopausa e alergia a lactose e frutos do mar. Em relação aos exames complementares e achados de exame físico para definição do diagnóstico mais provável, é correto afirmar que:

A. Apesar de quadro clinico sugestivo, o diagnóstico de dissecção aórtica aguda deve

ser descartado sempre que houver alteração ao eletrocardiograma, como

supradesnivelamento do seguimento ST em parede inferior.

B. A radiografia de tórax, no caso de dissecção aórtica aguda, mostra alargamento de

mediastino e, quando normal, descarta esse diagnóstico.

C. O ecocardiograma, na definição de dissecção aórtica, é um exame de baixo custo.

Pode ser realizado à beira leito e pode visualizar a linha de dissecção intimal, a

falsa luz trombosada, quantificar o grau de insuficiência aórtica e a presença de

complicações pericárdicas.

D. A angiotomografia de tórax com contraste é o padrão ouro para o diagnóstico de

dissecção aórtica aguda Stanford A, não havendo contraindicações para sua

realização.

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______________________________________________________________________________________ Uberlândia, 10 de Dezembro de 2017 Página 3 de 24

03 - Paciente de 58 anos, pedreiro, masculino, procurou unidade básica de saúde com queixa de dispneia aos moderados a pequenos esforços, associada a ortopneia nos últimos 3 meses. Ao exame físico apresentava estado geral regular, pressão arterial 100 x 54mmHg, frequência cardíaca 110 bpm. Ritmo cardíaco regular com presença de B3, bulhas normofonéticas e sopro regurgitativo 2+/6+ em foco mitral. Observou-se turgência jugular patológica e edema de membros inferiores 2+/4+. Ausculta pulmonar com estertores crepitantes finos em 1/3 inferior de ambos os hemitóraces. Sobre o caso e a síndrome apresentada, é correto afirmar que:

A. A miocardiopatia hipertrófica é causa comum de morte súbita em atletas jovens, sendo sua fisiopatologia relacionada a hipertensão arterial secundária.

B. Caso o paciente seja proveniente de zona endêmica, a cardiopatia chagásica

crônica deve ser investigada como etiologia da insuficiência cardíaca. O teste sorológico mais indicado é a reação de Machado Guerreiro.

C. As miocardiopatias crônicas sintomáticas cursam com estimulação neuro-humoral com efeito vasoconstritor, que induzem aumento da resistência vascular periférica e piora da função cardíaca. Medicamentos que modulem essa atividade, tais como os inibidores da enzima conversora de angiotensina, têm, portanto, papel essencial na redução da mortalidade desses pacientes.

D. O aumento da atividade simpática é sempre benéfico na evolução das miocardiopatias crônicas, contribuindo para o aumento do débito cardíaco e melhor prognóstico a longo prazo.

04 - Paciente do sexo feminino, 63 anos. Acompanhada no ambulatório de clínica médica com diagnóstico de tolerância à glicose diminuída, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia. Comparece ao pronto atendimento com queixa de dor torácica opressiva, retroesternal, iniciada há 3 horas ao assistir televisão, com duração de 20 minutos e forte intensidade. Nega fatores de melhora ou piora e relata sudorese fria durante o evento. Relata que apresentou episódio semelhante há duas semanas, sendo avaliada na ocasião e liberada com prescrição de analgésicos orais. Em relação ao plano diagnóstico dessa paciente, é correto afirmar que:

A. A avaliação do escore de risco TIMI para essa paciente tem objetivo diagnóstico (baixo, intermediário ou alto risco de ter angina instável) e depende de critérios clínicos, laboratoriais e eletrocardiográficos.

B. A paciente realizou eletrocardiograma (ECG) que mostrou infradesnivelamento do segmento ST em V1 e V2 no momento da admissão ao pronto atendimento. O ECG, no entanto, havia se normalizado quando a paciente foi reavaliada na unidade de dor torácica, após melhora da dor. A alteração dinâmica do segmento ST, isoladamente, diagnostica o quadro da paciente como infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST.

C. O termo infarto agudo do miocárdio deve ser utilizado quando há evidência de necrose miocárdica em um contexto clínico típico de isquemia, com elevação de marcadores de necrose miocárdica (preferencialmente troponina) acima do percentil 99 do limite máximo de referência.

D. A dosagem de troponina C apresenta melhor especificidade e sensibilidade para o diagnóstico de necrose do músculo cardíaco do que a creatinoquinase MB massa.

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05 - Paciente, 60 anos, masculino, missionário, católico, natural de Padre Paraíso-MG, e procedente de Uberlândia, onde mora há 50 anos. Comparece a consulta de rotina em Unidade Básica de Saúde da Família com queixa de edema de membros inferiores vespertino, ortopneia e dispneia aos moderados esforços, que o limitam de realizar seu trabalho. Queixa de tosse e relata diagnóstico de pneumonia e “água no pulmão”. Relata ainda que durante as caminhadas tem apresentado palpitações taquicárdicas associadas a turvação visual. Quanto à anamnese, exame físico e diagnóstico desse paciente é correto afirmar que:

A. O derrame pleural na insuficiência cardíaca é mais frequentemente unilateral, usualmente confinado ao lado esquerdo do tórax.

B. Como o paciente está fora de zona endêmica há mais de 40 anos, não há

necessidade de investigação com testes sorológicos para doença de Chagas. C. Ao exame dos membros inferiores, nesse caso, espera-se encontrar edema de

consistência dura, doloroso, cianótico e associado a hiperplasia cutânea. D. Na cardiopatia chagásica, a alteração mais frequentemente observada é o bloqueio

de ramo direito, geralmente associado ao hemibloqueio anterior esquerdo, os quais podem estar presente inclusive em pacientes assintomáticos.

06 – Paciente masculino, 54 anos, admitido em pronto socorro com quadro de infarto agudo do miocárdio com início da dor há 4 horas. Ao eletrocardiograma apresentava supradesnivelamento do segmento ST em D1, AVL, D2, D3 e AVF, tendo sido submetido a angioplastia primária. Foi então encaminhado para a Unidade Coronariana, onde apresentava PA: 70 x 40mmHg, FC: 115bpm, palidez cutânea, sudorese fria e tempo de enchimento capilar de 6 segundos. Em região cervical apresentava turgência jugular patológica a 45 graus. Ao exame neurológico estava torporoso. À ausculta, observou-se bulhas rítmicas, taquicárdicas, com sopro sistólico 2+/6+ em 5 espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular; e estertores crepitantes até terço médio em campos pulmonares bilateralmente. Sobre o quadro hemodinâmico acima, é correto afirmar:

A. Conforme a classificação de Forrester modificada, o paciente apresenta pressão capilar pulmonar aumentada e débito cardíaco diminuído, sugestivo de choque cardiogênico secundário à infarto de ventrículo direito.

B. O paciente apresenta quadro de choque cardiogênico pelos critérios de Killip. Nesse caso, espera-se, ao ser monitorado com o cateter de artéria pulmonar, pressão capilar pulmonar aumentada, índice cardíaco diminuído e resistência vascular periférica aumentada.

C. O infarto de parede inferior, pode estar relacionado a artéria circunflexa, principalmente quando o supradesnivelamento em D2 é maior do que em D3. O sopro à ausculta cardíaca é muito sugestivo de ruptura de parede livre do ventrículo esquerdo, justificando o choque cardiogênico.

D. O débito cardíaco depende da frequência cardíaca e do volume sistólico ejetado. Os componentes de pré-carga, pós carga e contratilidade miocárdica interferem nos quadros de choque cardiogênico e, portanto, a medida da pressão venosa central (PVC) é a ferramenta com melhora acurácia diagnóstica para avaliação desses parâmetros e condução do quadro.

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07 – Paciente, 54 anos, previamente hígido, com história de palpitações taquicárdicas, aproximadamente 4 episódios nas últ imas 4 semanas. Deu entrada na sala de emergência após quadro de síncope “desliga-liga” enquanto se alimentava em casa, com perda de consciência de aproximadamente 20 segundos e sinais de escoriação em região frontal. À admissão, apresentava PA: 130x80 mmHg, consciente e orientado, com queixa de dor torácica precordial, em queimação, desde que despertou da síncope. A seguir, está o eletrocardiograma realizado logo após a admissão no serviço de emergência:

Em relação ao quadro clínico e ao eletrocardiograma apresentado é correto afirmar que:

A. O paciente apresenta quadro de taquicardia ventricular monomórfica com pulso e instabilidade hemodinâmica. A conduta inicial deverá ser cardioversão elétrica sincronizada.

B. Ao aplicar os critérios de Brugada na avaliação diagnóstica do eletrocardiograma, observa-se tratar de uma taquicardia supraventricular com aberrância de condução. Nesse caso a conduta deve ser infusão de adenosina 12mg.

C. Trata-se de taquicardia ventricular polimórfica, sugestiva de Torsades de Pointes. A conduta na sala de emergência deve ser infusão de cristaloide para estabilização clínica e dosagem de cálcio e magnésio para diagnóstico da etiologia da taquiarritmia.

D. O paciente apresenta quadro de taquicardia ventricular monomórfica pelos critérios de Brugada. A conduta inicial deverá ser infusão de amiodarona e realização de ecocardiograma associada a dosagem de CK-MB massa e troponina para excluir o infarto agudo do miocárdio como causa do quadro.

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08 – Paciente, sexo masculino, 58 anos, portador de insuficiência renal crônica, em programa de hemodiálise chega à sala de emergência em parada cardiorrespiratória. Iniciadas manobras de reanimação cardiopulmonar e administração de epinefrina 1mg intravenosa. Observa-se o ritmo cardíaco a seguir e ausência de pulso durante a primeira pausa após 2 minutos de reanimação:

Após reiniciadas as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, qual é a principal terapêutica a ser considerada neste momento?

A. Atropina 0,5mg intravenosa a cada 5 minutos B. Gluconato de Cálcio 10 a 20 mL intravenoso em 2 a 5 minutos C. Amiodarona 300mg intravenosa em 30 minutos D. Lidocaína 1mg/kg intravenosa em bolus.

09 – Paciente do sexo masculino, 25 anos, sem doenças previamente diagnosticadas, procurou Pronto-Socorro com história de tosse com expectoração esverdeada há 2 dias, associado a dispneia, febre alta e dor torácica a direita, ventilatório dependente. Foi realizada radiografia de tórax (abaixo).

Sobre o diagnóstico do paciente, é correto afirmar que:

A. No exame físico do tórax, a direita, o murmúrio vesicular está reduzido, há macicez a percussão e o frêmito toracovocal aumentado.

B. Na percussão da coluna vertebral há macicez indicando atelectasia (sinal de Signorelli).

C. Esse paciente precisa ser submetido a uma toracocentese e análise do líquido pleural.

D. Esse paciente precisa ser submetido a uma tomografia computadorizada do tórax.

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10 – Paciente do sexo feminino, 52 anos, com diagnóstico de tromboembolismo pulmonar, foi encaminhada para seguimento ambulatorial após breve internação. Recebe varfarina. Ela relata na história ser tabagista, sedentária, com trombose venosa profunda prévia há 2 anos, em uso domiciliar de enalapril e reposição hormonal. Sobre os fatores de risco para a paciente em questão é correto afirmar que:

A. O tabagismo é um importante fator de risco. B. Tromboembolismo venoso prévio é um dos principais fatores de risco. C. Devem ser investigadas a presença de trombofilias apenas em pacientes jovens. D. Cirurgias ortopédicas de membros inferiores não serão consideradas fatores de

risco se a tromboprofilaxia for realizada corretamente. 11 – Paciente do sexo masculino, 17 anos, refere crises de broncoespasmo de repetição desde a infância. Refere que nas últimas 4 semanas vem apresentando sintomas diários com necessidade de uso diário de medicação de resgate e despertares noturnos frequentes. Relata que há 1 dia houve piora importante dos sintomas, com broncoespasmo contínuo, quando decidiu procurar o Pronto Socorro. Em relação ao tratamento para o paciente acima é correto afirmar que:

A. O uso do pico de fluxo expiratório no Setor de Emergência não acrescente nenhum dado objetivo com relação a gravidade da crise.

B. Beta 2 agonistas de curta duração associados ou não a anticolinérgicos de curta duração devem ser prontamente administrados aos pacientes.

C. Uso da nebulização deve ser preferida ao aerossol dos imetrado por utilizar menor quantidade de medicamentos e ter início de ação mais rápido.

D. Oxigênio suplementar deve ser oferecido a todos paciente com objetivo de manter a SpO2 acima de 95%.

12 – Paciente do sexo feminino, 25 anos, vem apresentando dispneia aos esforços há cerca de 8 meses com piora progressiva. Tomografia de alta resolução de tórax normal. Espirometria normal. Ecodopplercardiograma mostrava PSAP = 48 mmHG. Realizado cateterismoo cardíaco direito: Pressão Arterial Pulmonar Média = 32 mmHg; Pressão Capilar Pulmonar = 11 mmHg; Resistência Vascular Pulmonar = 3,8 woods. Sobre as condutas em pacientes com o diagnóstico acima é correto afirmar que:

A. Estão indicados anticoagulantes orais, inclusive em pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar associado a Esclerose Sistêmica.

B. Diuréticos são indicados sempre que houver congestão sistêmica. C. Paciente com Hipertensão Arterial Pulmonar associado a Tromboembolismo

Pulmonar Crônico devem receber associação de sildenafil com bosentana. D. Paciente com teste de vasoreatividade positivo ao oxido nítrico devem receber

primariamente associação de inibidor de fosfodiesterase 5 (tadalafil) e antagonistas do receptor de endotelina (ambrisentana)

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13 – Paciente do sexo masculino, 28 anos, com história de pirose e regurgitação, diária, pós alimentar e noturna há 5 anos. Faz uso irregular de Omeprazol 20 mg e, com o medicamento se sente melhor. Realizou endoscopia digestiva que mostrou hérnia hiatal de 4 cm, mucosa de esôfago distal brancacenta e opaca com projeções digitiformes de 1 cm de mucosa rosa salmão as quais foram biopsiadas com achado de metaplasia intestinal sem displasia. Qual é a conduta mais adequada para esse paciente?

A. Uso contínuo de inibidores da bomba de prótons e endoscopia de vigilância a cada 3 anos.

B. Cirurgia antirrefluxo imediata e não precisa de vigilância por endoscopia digestiva. C. Ablação do epitélio metaplásico por endoscopia e endoscopia de vigilância a cada

6 meses. D. Uso contínuo de inibidores da bomba de prótons, ablação do epitélio metaplásico e

vigilância por endoscopia a cada 6 meses. 14 – Paciente do sexo masculino, 40 anos, hipertenso, portador de diabetes Mellitus tipo 2 e dislipidemia mal controlados deu entrada em pronto socorro com dor em andar superior do abdome, intensa (10/10), contínua, irradiando para o dorso, iniciada há 12 horas. Ocorreram náuseas e vômitos, sudorese, hipotensão e taquicardia. Nega etilismo e tabagismo. Faz uso de enalapril. Os exames complementares mostraram leucocitose com aumento de bastonetes e segmentados, amilase normal, tomografia computadorizada de abdome com pâncreas aumentado de volume e com áreas de provável necrose em mais de um terço do seu parênquima. Não foram vistos cálculos em vesícula biliar e nem dilatação das vias biliares. Qual é o diagnóstico do paciente?

A. Pancreatite aguda por hipertrigliceridemia. Dosar triglicérides, colesterol e lipase. B. Pancreatite aguda por microcálculos biliares. Dosar lipase e realizar

colangiorressonância. C. Pancreatite medicamentosa. Dosar lipase e suspender o enalapril. D. Úlcera péptica perfurada, penetrante em pâncreas. Realizar endoscopia digestiva alta.

15 – Paciente do sexo masculino, 51 anos, procura o médico do Unidade Básica de Saúde solicitando um pedido para realizar colonoscopia porque realizou esse exame no ano anterior com o seguinte achado: presença de pólipo pediculado, 1 cm, em sigmoide (realizada polipectomia). Biópsia mostrou adenoma tubular sem displasia. O restante do exame estava normal. Foi informado ao paciente que ele precisava realizar exame colonoscópico anual para o resto da vida. Qual deve ser a conduta do médico?

A. Não solicitar o exame, explicar que esse pode ser feito em 5 anos. B. Não solicitar o exame, explicar que esse pode ser feito em 2 anos. C. Solicitar o exame, mas explicar que, se for normal, não precisa intervalo anual. D. Solicitar o exame e orientar que deve mesmo realizar o exame anualmente.

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16 - Paciente do sexo masculino, 50 anos, portador de espondilite anquilosante e usuário de anti-inflamatórios não hormonais, chega ao Pronto Socorro com história de 2 episódios de hematêmese volumosa nas duas últimas horas, melena, fraqueza intensa, sudorese e vertigem. Nega etilismo, tabagismo, outras doenças e outros medicamentos. Está hipotenso, taquicárdico, sudoreico e com palidez cutâneo mucosa 3/4+. O médico que o atendeu providenciou dois acessos venosos calibrosos e infusão de soro fisiológico. Solicitou coleta de sangue para avaliar necessidade de transfusão. Qual o momento ideal para a realização da endoscopia digestiva alta?

A. Em 12-24 horas, após estabilização hemodinâmica e transfusão de sangue quando necessária. Omeprazol endovenoso pode ser iniciado antes do exame.

B. Imediatamente e concomitante a estabilização clínica e transfusão de sangue pois permite o tratamento de lesões sangrantes. Omeprazol endovenoso pode ser iniciado concomitante.

C. Em 4-6 horas após estabilização hemodinâmica com cristaloides. Não precisa transfundir, aguardar exame de sangue ou iniciar Omeprazol. O mais importante nesse momento é o tratamento endoscópico.

D. Em 4-6 horas para definir se a hemorragia digestiva é varicosa ou não varicosa. Omeprazol endovenoso pode ser iniciado antes do exame mas se o sangramento for por varizes deve ser suspenso e prescrita terlipressina.

17 – Paciente do sexo masculino, 62 anos, portador de cirrose hepática de etiologia alcoólica. Não ingere álcool há 2 anos. Apresenta ascite de moderado volume com piora nas duas últimas semanas. A família conta ao médico que o paciente, nos últimos 10 dias vem apresentando inversão do padrão do sono com sonolência e prostração durante o dia e agitação noturna, as vezes com confusão mental e delírios. Ao exame físico apresentava-se sonolento mas responsivo ao chamado, desorientado no tempo e espaço, sem sinais de irritação meníngea, alterações motoras ou de sensibilidade. Apresenta “flapping”. Qual é a explicação fisiopatológica mais provável para as alterações neurológicas apresentadas por esse paciente?

A. Aumento da amônia sérica que tem várias ações neurotóxicas, entre elas, o aumento da osmolaridade intracelular de astrócitos com edema cerebral.

B. Aumento da amônia sérica com aumento de sua conversão hepática em uréia que é tóxica para os neurônios.

C. Acúmulo de substâncias tóxicas, não depuradas pelo fígado cirrótico, em córtex e sistema reticular ascendente.

D. Acúmulo de substâncias tóxicas, não depuradas pelo fígado cirrótico, em sistema límbico e sistema reticular ascendente.

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18 – Paciente do sexo masculino, 28 anos, é encaminhado para acompanhamento ambulatorial. Relata tosse seca há cerca de 3 meses, associado a sudorese noturna e febre baixa. Na investigação, radiografia de tórax mostrou cavitação em lobo superior direito. Baciloscopia do escarro evidenciou BAAR positivo 3+. Paciente não apresentou outras doenças associadas. Em relação ao tratamento do paciente acima é correto afirmar que:

A. O tratamento recomendado para este caso é: 4 meses de rifampicina, isoniazida, etambutol e pirazinamida; 2 meses de rifampicina e isoniazida.

B. O acréscimo do etambutol ao esquema de tratamento visa eliminar o risco de falência de tratamento e reduzir o risco de recidiva.

C. O paciente deve ser afastado de suas atividades laborais por 4 semanas, tempo necessário para a eliminação da transmissão pelo tratamento.

D. Solicitar baciloscopia de escarro mensal. Caso no terceiro mês ainda se encontre positiva, solicitar cultura de escarro para micobactérias, com identificação e perfil de sensibilidade.

19 – Paciente do sexo masculino, 32 anos, AIDS em uso de terapia antirretroviral, deu entrada no Pronto-Socorro com tosse seca, dispneia mMRC = 4, febre e dessaturação de oxigênio. Realizado Tomografia de Alta Resolução de Tórax.

Em relação ao quadro clínico apresentado pelo paciente é correto afirmar que:

A. Ausência de vidro fosco difuso na tomografia de alta resolução de tórax praticamente não afasta o diagnóstico de pneumocistose.

B. São fatores de risco para o desenvolvimento desta infecção: CD4 < 300 cél/mcl, não uso de terapia retroviral, perda de peso não intencional e candidíase oral.

C. A gravidade da infecção será definida de acordo com o gradiente álveolo-arterial de oxigênio e pressão parcial arterial de oxigênio.

D. Deve-se iniciar corticoide associado com o antibiótico, por um período não maior que 14 dias.

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20 – Paciente 14 anos, masculino, relata que há 21 dias iniciou com quadro de edema de

face, que progrediu para membros inferiores e região genital, associado a diminuição do

volume urinário e urina “espumosa”. Nega outras queixas, nega doenças anteriores e

história familiar de patologias. Ao exame paciente com PA=120x70mmHg, edema

generalizado, corado e hidratado, sem outras alterações significativas.

Considerando a principal hipótese diagnóstica do caso acima, quais os exames

necessários para confirmação dessa hipótese?

A. Dismorfirmos eritrocitário, creatinina e albumina

B. Albumina, proteinúria de 24h e perfil lipídico

C. Creatinina, ureia e albumina

D. Urina 1, dismorfismo eritrocitário e proteinúria de 24h

21 – Paciente homem, 74 anos, portador de HAS sem controle adequado há 40 anos,

que após terem sidos solicitados exames de rotina no UBSF de seu bairro, foi

encaminhado de urgência ao serviço para que o mesmo fosse internado para início de

TRS (terapia de substituição renal), devido achado de uréia de 135mg/dl, creatinina sérica

3,13mg/dl (RFGe=19ml/min/1,73m²); K+=5,2mEq/l. Paciente no momento bem, sem

nenhuma queixa, eupneico, afebril, relatando bom volume urinário, com exame físico

mostrando edema MMII discreto e PA=160x100mmHg, em uso de enalapril 20mg/dia,

nifedipino 40mg/dia, hidroclortiazida 25mg/dia e espironolactona 50mg/dia.

Diante do acima descrito e do estágio atual da doença renal crônica (DRC), é correto

afirmar que:

A. Por se encontrar no estágio V da DRC, o paciente já tem indicação para início de

TRS imediato.

B. Por se tratar de estágio IV da DRC, e o paciente ainda não tem indicação urgente

de início de TRS, deve ser encaminhado para seguimento ambulatorial com

nefrologista.

C. Redução da pressão arterial para valores inferiores a 120x80mmHg podem

colaborar com a melhora da função renal e retardar início TRS.

D. Não devo considerar valores de RFG para início de TRS e sim somente as queixas

apresentadas pelos pacientes.

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22 – Paciente, 63 anos, masculino, foi trazido ao hospital pela família relatando que faz tratamento para hipertensão arterial e diabetes melito tipo II com difícil controle mesmo com uso correto das medicações prescritas há 10 anos, e que há 3 dias iniciou com quadro de náuseas, vômitos, diarreia, mal-estar. Relata ainda episódios frequentes de hipoglicemia anterior ao dia de hoje, tendo sido internado 3 vezes para uso de “glicose na veia”, com concomitante piora do apetite e achado de “anemia” em exames prévios. Faz uso de: losartana 50mg 1 comprimido/ dia, atenolol 50mg 12/12h; sinvastatina 20 mg à noite e insulina NPH 30 UI pela manhã e 10UI à noite. Creatinina 9,0 mg/dL, Ureia 198 mg/dL, K= 6,5 mEq/L, fósforo 12,5mg/dL, Htc 30,5%, Hb=9,9g/dL, PH=7.12 HCO3=15 PA=180x100mmHg P=60bpm, edema de face e MMII, sem outras alterações significativas. Diante do acima descrito e com relação à doença renal crônica (DRC), é correto afirmar que:

A. A DRC relacionada ao diabetes tem diminuído nos últimos anos em virtude das novas terapias e resulta exclusivamente da ação de fatores hemodinâmicos intraglomerulares.

B. A terapêutica anti-hipertensiva com objetivo de retardar evolução da doença de acordo com estudos recentes deve ter metas menos “agressivas” nos pacientes portadores de DRC.

C. Reposição de bicarbonato via oral para pacientes com acidose metabólica e bic<20mEq/l, deve ser recomendado durante tratamento conservador por trazer benefícios tanto na parte óssea quanto nutricional, além de retardar a progressão da DRC.

D. Na ausência de EPO, além da baixa produção de hemácias, pacientes com DRC apresentam também menor meia-vida eritrocitária, decorrente da diminuição da absorção intestinal de ferro.

23 – Você é solicitado por um interno a avaliar um paciente de 78 anos com quadro de acidose metabólica sem diagnóstico definido. O mesmo apresenta os seguintes resultados de exames: pH = 7,23, pCO2 = 28 mmHg, pO2 = 80 mmHg, bicarbonato = 10 mEq/l, base excess = - 6,2, Sódio sérico = 140 mEq/l, Potássio sérico = 5,1 mEq/l, Cloro sérico = 100 mEq/l. Qual é o diagnóstico dessa paciente?

A. Acidose láctica. B. Diarréia osmótica. C. Fístula digestiva. D. Acidose tubular renal.

24 – Um paciente diabético de 43 anos de idade procurou dermatologista por ter percebido algumas lesões de pele. Traz alguns exames: glicemia de jejum 240 mg%; colesterol total 240 mg/dl; tr igl icérides 3.670 mg/dl e HDL: 15 mg/dl Tendo em vista os exames laboratoriais apresentados pelo paciente, qual a lesão de pele que provavelmente o levou ao dermatologista?

A. Xantoma tendinoso B. Xantoma eruptivo C. Xantoma plano D. Xantoma tuberoso

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25 - Trata-se de uma paciente de 54 anos de idade com um quadro de obesidade

centrípeta, hipertensão arterial, glicemia de jejum alterada e osteoporose. A mesma nega

uso de corticosteróides.

Qual seria o teste mais adequado para o rastreamento nesse caso?

A. Um dos seguintes testes: cortisol salivar noturno, cortisol livre na urina 24

horas ou teste de supressão com 1 mg de dexametasona.

B. Dosagem plasmática do ACTH

C. Teste de estimulo com hormônio liberador de corticotropina (CRH) para

dosagem de ACTH e cortisol.

D. Teste de estímulo com Vasopressina para dosagem de ACTH e cortisol.

26 – Uma mulher de 32 anos de idade procurou o ambulatório queixando-se apenas de

alguns episódios de palpitações. Não faz uso de medicamentos e ao exame físico a FC

era de 98 bpm, PA: 140/ 70 mm Hg; T: 36,5 C e detectou-se um discreto bócio difuso.

Exames laboratoriais: TSH: < 0,01 mU / L. T3: 210 ng/dL (75 a 220 ng/dL); T4 livre:

4,0 ng/dl (0,75 a 1,80 ng / dL); a cintilografia de tireóide mostrava uma captação de

iodo radioativo baixa (quase ausente).

Qual é o diagnóstico mais provável nesse caso?

A. Hipertireoidismo pela Moléstia de Basedow-Graves

B. Tireotoxicose pela Tireoidite De Quervain

C. Tireotoxicose por Tireoidite Linfocítica Subaguda

D. Tireotoxicose por mutações somáticas ativadoras de genes do receptor de TSH

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27 – Paciente do sexo masculino, 17 anos, estudante do ensino médio comparece ao atendimento médico, com queixa de ouvir vozes que o humilhavam e o xingavam havia três meses. Os pais do paciente referiram que o filho alterou o comportamento desde o semestre passado, começou a ter dificuldade na escola, piora das notas escolares, ficando mais isolado no quarto e mexendo no computador durante todo dia. A mãe relata, que nas últimas semanas, observou o paciente conversando sozinho no quarto, em voz alta durante a noite. Após um episódio de agitação psicomotora, o paciente saiu de casa insultando e ameaçando um colega, foi então levado a um serviço de emergência médica, e encaminhado para o setor de urgência psiquiátrica. Foi examinado, submetido a exames complementares e medicado com risperidona 2 mg, além de clonazepam 2 mg via oral. O paciente passou 7 dias em aparente melhora, dormindo bem, sem evidência de episódios de agitação ou de situações em que falava sozinho, apesar de queixa de tremores e inquietação nas pernas. Duas semanas após a alta hospitalar voltou a apresentar insônia, inquietação, falando para o pai que aquilo era tudo uma farsa e que ele já tinha um plano para fugir, pois tinha certeza que ele o queria colocar no asilo (sic). Ao ser questionado sobre o uso de medicamentos, o paciente negou, falando para que não precisava de remédio, pois não era louco. Na história patológica pregressa: -- nasceu de parto normal /desenvolvimento neuropsicomotor adequado/negou internações anteriores/ negou uso de outros fármacos ou drogas. No exame físico: Precário aspecto de higiene pessoal. Tremor de repouso de extremidades/bradicinesia/discreta rigidez muscular em membros. Durante o exame do estado mental, apresentou-se com vestes próprias, idade compatível com a cronologia, pouco ansioso colaborando parcialmente com o entrevistador, além de: Psicomotricidade diminuída; afeto/humor: afeto plano, hipomodulado, associado ideo-afetivamente; equivalente orgânicos do humor: sono e libido diminuídos e apetite preservado; sensopercepção: avaliado na questão a seguir; fala/pensamento: fala com fluxo e volume diminuídos; discurso ilógico, em parte, com momentos de incoerência; atenção: normotensa e hipervigilante; memória: aparentemente preservada; orientação auto e alopsíquica: preservadas. Exames complementares: Hemograma, ionograma, glicemia, função tireoidiana normais; sorologia para sífilis e HIV negativos; Tomografia Computadorizada de crânio: normal. Com base no caso clínico e dados da anamnese e exame físico, marque a alternativa correta:

A. “começou a ter dificuldade na escola, piora das notas escolares, ficando mais isolado no quarto e mexendo no computador durante todo dia” - queixas compatíveis com sintomas positivos da esquizofrenia.

B. “de ouvir vozes que o humilhavam e o xingavam havia três meses”- queixa compatível com distúrbio da função psíquica senso percepção, definida como ilusão.

C. “Há 2 semanas da alta hospitalar voltou a apresentar insônia, inquietação, falando para o pai que aquilo era tudo uma farsa e que ele já tinha um plano para fugir, pois tinha certeza que ele o queria colocar no asilo (sic)” – queixa compatível com distúrbio da função psíquica do juízo de realidade, definida como delírio.

D. “Tremor de repouso de extremidades/bradicinesia/discreta rigidez muscular em membros”. Achado no exame físico compatível com aumento do tônus muscular, cujo sinal clássico semiológico será o sinal do canivete.

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28 – Paciente do sexo feminino, 76 anos, iniciou às 07:30 quadro súbito de afasia motora, hemiparesia à direita. Foi levada ao Pronto Socorro, chegou na sala de emergência às 08h15. A paciente apresentava-se sonolenta, com abertura ocular espontânea, afasia motora, desvio do olhar conjugado para a esquerda, paresia facial central direita e hemiplegia completa proporcionada à direita. Foi aplicada a escala do National Institute of Health Stroke Scale (NIH), com escore de 22 pontos. A paciente apresentava bom padrão respiratório, SpO2 94% ao ar ambiente, pressão arterial de 180 x 100, glicemia capilar de 160 mg/dl e temperatura axilar de 37ºC. Realizado ECG observando FA (Fibrilação Atrial). Na história patológica pregressa destaque para hipertensão e dislipidemia. Faz uso irregular de Losartana 50 mg/dia. Exames iniciais (Hemograma, coagulograma, ionograma, função renal) - Normais Tomografia de crânio mostrou perda de diferenciação entre a substância branca e cinzenta à região frontal esquerda. Além de hiperdensidade da artéria cerebral média à esquerda. Equipe da neurologia clínica conversa com familiares sobre a indicação de trombolítico, explicando riscos, benefícios e solicitando autorização para iniciar o procedimento. São obtidos 2 acessos venosos periféricos, não passado cateteres para acesso venoso central e Pai (Pressão arterial invasiva) ou SVD (Sonda vesical de Demora), não instalado cateter nasal de oxigênio. Às 9:30 foi iniciado a infusão do rtPA (alteplase), sendo realizado 6,3 ml em bolus, e 56,7 ml em 1 hora (peso informado de aproximadamente 70 kg). Durante infusão os dados vitais são monitorizados continuamente, além da equipe médica da neurologia clínica acompanhando e realizando NIH durante o procedimento. -- Os níveis tensionais antes do procedimento estava 140x90, FC em 80 bpm e SaO2 de 96%. Durante a infusão do rtPA (cerca de 30 minutos), a paciente evoluiu com agitação, seguida de rebaixamento do nível de consciência e insuficiência respiratória com necessidade de IOT. Sendo interrompido a infusão e realizado nova tomografia de crânio. -- Nova TC crânio demonstrou maior definição da hipodensidade frontal esquerda, com diminuição dos sulcos em região frontal à esquerda. --- Em razão da impossibilidade de realizar a trombólise intra-arterial no hospital em que a paciente se encontrava, a mesma foi transferida para UTI neurológico do hospital para cuidados intensivos. -- Na evolução da UTI a paciente apresentava comatosa, com abertura ocular à dor e localizava com dimidio esquerdo. As pupilas eram isocóricas e fotorreativas. Após 06 horas do quadro neurológico, a paciente não apresentava abertura ocular, descerebrava à esquerda e apresentava pupilas anisocóricas (midriática à esquerda). Sendo levada com urgência para nova TC de crânio, a qual foi observada extensa hipodensidade frontopariental esquerda com edema e desvio de linha média. -- A equipe de neurocirugia já avaliou a tomografia e a levou rapidamente ao bloco cirúrgico e submetido à craniectomia descompressiva. -- O paciente ficou na UTI neurológica por 1 semana, com boa evolução clínica, sendo transferido para Unidade de AVC para reabilitação e cuidados.

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Com base no caso clínico, em especial ao cuidado e tratamento oferecido, marque a alternativa correta.

A. A infusão da alteplase foi correta, incluindo dose do bolus e tempo programado

para infusão, porém a monitorização não ocorreu adequadamente, pois a paciente

não tinha acesso venoso central e a monitorização da PA de forma invasiva.

B. Os dados vitais da paciente na sala de emergência de 180x110 e glicemia capilar

de 160 representavam contraindicações relativas para trombólise.

C. A escala NIH de 22 e o sinal de hiperdensidade artéria cerebral média esquerda,

representavam contraindicações para realização de trombólise pelo prognóstico

mais grave e maior chance de complicações.

D. Não houve indicação de oxigenioterapia na sala de emergência (SaO2 de 94%),

mesmo se tratando de um AVC isquêmico.

29 – Paciente sexo feminino, 21 anos, arquiteta, diagnóstico prévio de lúpus eritematoso

sistêmico na forma cutâneo articular procura assistência médica por estar evoluindo com

edema progressivo na última semana e aumento dos níveis da pressão arterial sistêmica.

Foi internada na enfermaria de medicina interna. Nos exames complementares foi

observado alteração da função renal (Creatinina: 4 mg/dL), proteinúria de 5 g em 24 h,

hematúria dismórfica, redução de complementos. Paciente foi pulsada com

metilprednisolona e submetida a biópsia renal.

Laudo da biópsia renal: biópsia constituída por cápsula renal e córtex renal onde há 13

glomérulos. Em 06 gomérulos foi observado hipercelularidade mesangial e endocapilar

com redução da luz capilar. Na imunofluorescência foi encontrado positividade para

seguintes imunoglobulinas: IgG, IgM; cadeias leves Kappa, Lambda e as frações do

sistema complemento C3 e C1q.

Qual padrão imunológico esperado para a paciente e qual a classificação da nefrite

lúpica?

A. Padrão nuclear homogêneo, anti-DNA dupla hélice+, nefrite classe

membranoproliferativa difusa, tipo IV.

B. Padrão pontilhado grosso, anti-SM+, Glomerulonefrite mesangial, tipo II.

C. Padrão pontilhado grosso, anti- SM+, glomeuronefrite membranosa, tipo V

D. Padrão nuclear homogêneo, anti- DNA dupla hélice+, nefrite classe

membranoproliferativo focal, tipo III

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30 - Paciente do sexo feminino, 45 anos, professora, vai ao clínico geral após procura infrutíferas de diversos médicos e diversos exames complementares. Há, aproximadamente, 2 anos refere sentir dores difusas pelo corpo. Inicialmente à dor foi na região cervical atribuída a causa muscular, procurando auxílio médico com a realização de diversos exames de imagem (radiografias, tomografias e ressonância todos normais) e prescritos analgésicos e anti-inflamatório. Prosseguindo a sintomatologia álgica, a dor tornou-se mais forte no ombro direito, sendo diagnosticado bursite e tendinopatia atribuída à sua atividade laboral de escrita (após realização de USG da região). Como os medicamentos analgésicos não surtiram efeitos, procurou outros médicos que aplicaram infiltração de corticoide no local com pouca resposta clínica. Também refere lombalgia com dores irradiadas por toda perna, não respeitando dermátomos específicos; realizou uma ressonância que observou uma hérnia discal (L4-L5) o que conferiu mais um grupo de analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais e hormonais, porém mais uma vez não melhorando a sintomatologia. Menciona dores em diversas articulações, mãos, punhos, joelhos porém sem sinais no exame físico de artrite ou deformidades; procurou diversos médicos para essa queixa sendo suspeitado de Lupus Eritematoso sistêmico, principalmente, após exame de FAN ( HEP-2) positivo 1 : 160 , padrão pontilhado fino, porém sem outros dados para esse diagnóstico. Também solicitado fator reumatoide, que foi negativo. Além da sintomatologia álgica, refere dificuldade para iniciar o sono fato que realizou a polissonografia com padrão alfa-delta, sendo prescrito benzodiazepínicos para controle do sono. Descreve uma sensação de fadiga extrema para realizar suas atividades diárias básicas. Observou-se uma hipomnésia com dificuldade de concentração e elaboração de provas para seus alunos. Não consegue realizar suas atividades que antes davam prazer, como leitura, caminhada, viagens. Humor deprimido, com dificuldade de relacionamento com o marido e seus dois filhos. Refere mudança dos hábitos intestinais com alternância de períodos de diarreia e constipação intestinal, apesar de não associado à perda de peso e sintomas noturnos. Também refere sintomas dispépticos com evolução há mais de 01ano, sendo prescrito inibidores de secreção gástrico, com melhora parcial. Já realizado endoscopia digestiva alta e colonoscopia, todas normais. No exame físico, sem alterações objetivas observadas. Outros exames complementares solicitados durante a investigação do quadro: - Hemograma, VHS, PCR, Vitamina D, B12, enzimas hepáticas, função renal, ionograma, gasometria arterial todos dentro da normalidade. Em relação ao tratamento clínico farmacológico que poderá ser fornecido para paciente, é correto afirmar que:

A. Em relação ao manejo álgico dessa patologia, devemos dar preferência aos opioides fortes sendo em geral, bem tolerados.

B. Para controle da insônia, devemos dar preferência aos hipnóticos benzodiazepínicos.

C. Um grupo farmacológico importante são os anti-depressivos, sendo que não observou superioridade entre os medicamentos de cada grupo (tricíclicos, os inibidores da recaptação de serotonina e os duais).

D. Um grupo farmacológico associado ao tratamento da patologia da paciente são os anticonvulsivantes neuromoduladores, destaque para a pregabalina aprovada pela FDA para o tratamento dessa condição.

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31 – Paciente do sexo feminino, 76 anos, negra, procura aconselhamento do clínico geral sobre o risco de osteoporose e necessidade do uso de medicamento específico. No momento está assintomática. Na história patológica pregressa, destaca-se asma persistente moderada com necessidade de corticoide inalado e cursos de prednisona oral em períodos de crise de asma, tendo ocasiões com necessidade de uso por até 06 meses. Refere hipertensão arterial sistêmica há 20 anos em uso de hidroclorotiazida e enalapril; além de hipotireoidismo fazendo uso de levotiroxina 75 microgramas por dia. No interrogatório dos diversos sistemas, informa menarca aos 10 anos e menopausa aos 50 anos. No histórico social refere tabagismo e nega etilismo. No histórico familiar informa que uma tia teve fratura patológica de colo de fêmur secundário há uma queda da própria altura. Altura de 1,70 m e 75 kg. Em relação aos fatores de risco e as medidas preventivas e promoção de saúde nesse caso, é correto afirmar que:

A. Podemos identificar diversos fatores de risco para osteoporose para paciente como idade, gênero, etnia, uso de corticoide e hormônio tireoideano.

B. Pensando nos fatores de risco para osteoporose devemos sugerir a mudança do diurético tiazídico da paciente por outro medicamento para controle da pressão arterial sistêmica.

C. Devemos orientar para nossa paciente dieta com cerca de 1200-1500 mg de cálcio, atividade física, abandonar o tabagismo, somente após a confirmação da perda de massa óssea através da densitometria óssea.

D. A história ginecológica, hipotireoidismo, o IMC da nossa paciente não representa fatores de risco para osteoporose.

32 – Paciente do sexo feminino, de 75 anos, é trazida pela filha para uma consulta no posto de saúde com o clínico geral. A paciente refere desânimo e memória ruim. Segundo as informações da filha, após o falecimento do marido há 06 meses, a mãe têm participado menos de reuniões familiares, às vezes, se negando a ir. Familiar observou que a paciente está ficando mais “distraída’’ esquecendo objetos mais frequentemente. Dona Maria já foi flagrada chorando no banheiro por netos, e sendo questionada o motivo, informando sentir falta do esposo. A paciente refere não realizar sua caminhada desde o acontecido com o marido, pois acorda cansada e sem ânimo para realizar sua atividade diárias, inclusiva ir na missa aos domingos que participa assiduamente por mais de cinquenta anos. Não consegue dormir adequadamente, perdeu 05 quilos por hiporexia. Comorbidades, destaca-se hipertensão arterial sistêmica há 20 anos fazendo uso de losartana e uso de carbonato de cálcio por osteopenia. Não tem histórico de depressão, tabagismo ou etilismo. Na história familiar, refere-se tio falecidos de demência de Alzheimer há muitos anos. Sem alterações no exame físico digno de nota. Testes cognitivos: -- MEEM (MINI EXAME DO ESTADO MENTAL): 28/30. -- GDS (ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA): 10/15. -- FLUÊNCIA VERBAL: 14 PALAVRAS -- TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO: 12 /15 -- ESCALA DE ATIVIDADE BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA DE KATZ: 5/6

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Com relação ao humor deprimido dessa paciente, é correto afirmar que:

A. Essa paciente preenche critério para depressão maior pelo DSM-5, mesmo com

a presença do luto concomitante observado no caso clínico.

B. O luto vivenciado pela paciente com a perda do ente querido exclui o diagnóstico

de depressão maior pelo DMS-5.

C. A escala de depressão geriátrica é uma ferramenta de triagem confiável para

depressão nessa população, principalmente, com a piora do comprometimento

cognitivo.

D. Ao avaliar a memória do paciente depressivo, observamos um desempenho pior do

que a autoavaliação, quando comparamos ao paciente com demência de Alzheimer.

33 – Paciente do sexo masculino, 33 anos procura assistência médica devido nódulo na região cervical, além de períodos de febre e sudorese constantes que cedem espontaneamente. Refere que observou essa alteração no pescoço a 6 meses, com perda de peso de 7 quilos nesse período. Outra observação foi a presença de dor nos nódulos durante bebida alcoólica. No exame físico observou-se presença de l in fonodos pa lpáve is na região cervica l , de aproximadamente 4 cm, pouco móveis, indolores à palpação sem sinais flogísticos locais. Nos exames de imagem realizado, fez raio-x de tórax com presença de alargamento de mediastino com TC de abdome normal. A biópsia excisional do linfonodo foi realizado, mostrando de células grandes, com núcleo bilobado e nucléolos proeminentes. Com base no caso clínico é correto afirmar que: ( ) As características da doença descrita tornam a doença de Hodgkin clássica como principal diagnóstico. ( ) O estadiamento da doença seria IIB. ( ) Manifestações de distúrbio de hemostasia primária poderia fazer parte do curso dessa patologia. ( ) Manifestações como edema, proteinúria, hipoalbuminemia poderia fazer parte da evolução clínica dessa patologia. ( ) Manifestações eletrocardiográficas como aumento do intervalo QT, poderia ser consequência do distúrbio do cálcio desse doente.

A. Todas as alternativas estão corretas . B. Todas as alternativas estão corretas, exceto alternativa 5. C. Alternativas 1,2 e 3 estão corretas. D. Alternativas 1,2 e 4 estão corretas.

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34 – Paciente do sexo feminino, 22 anos, esteticista, vegetariana, sem comorbidades procura o clínico geral com queixa de dispneia aos esforços, intolerância ao exercício f ísico, associado à episódio de taquicardia. Nega medicamentos em uso, exceto vitaminas que tomava por conta própria. No interrogatório dos diversos sistemas, refere aumento do fluxo menstrual nos últimos 06 meses. Ao exame físico, observa-se mucosas hipocoradas 2+/4, FC= 110 bpm, PA: 100X70 mmHg. Refere ter feito um hemograma, cujos dados só lembrava da hb: 8,0 g/dl ; ht:30% ; número de hemácias: 2,5 milhões. Qual a principal causa dessa síndrome anêmica?

A. Anemia por deficiência de ferro, pela perda sanguínea menstrual. B. Anemia por deficiência de b12, pela alimentação vegetariana. C. Anemia sideroblástica, por excesso de vitaminas ricas em ferro. D. Impossível determinar a causa pela história clínica e os dados do hemograma

fornecido. 35 – Mulher de 27 anos de idade, com diagnóstico de dermatite atópica desde a infância, em acompanhamento ambulatorial. Relata que, após a adolescência, houve um melhor controle das lesões. No entanto, houve piora importante nos últimos 6 meses, quando ficou uma temporada em uma região de clima frio e seco, para um curso de pós-graduação. Ao exame físico, espera-se encontrar:

A. Petéquias palpebrais B. Exantema morbiliforme no tronco C. Pápulas verrucosas nas regiões extensoras dos membros D. Liquenificação nas flexuras antecubitais

36 – Homem de 67 anos, encaminhado da Unidade Básica de Saúde com suspeita de Carcinoma Espinocelular na face. Relata que a lesão surgiu há cerca de 3 meses, com discreto crescimento desde então. O plano diagnóstico inicial para esse paciente é:

A. Biópsia para exame anatomopatológico B. Tomografia de Coerência Óptica C. Estadiamento clínico D. Mapeamento digital com videodermatoscópio

37 – Trata-se de um paciente de 63 anos de idade, diagnóstico de diabetes mellitus e hipertensão arterial há 16 anos. Atualmente faz uso de insulina NPH, insulina regular, anti-hipertensivos, AAS e rosuvastatina. O mesmo tem feito aplicações de laser para retinopatia proliferativa e um tratamento para úlcera neuropática na perna direita. Há 2 anos atrás teve um infarto do miocárdio e fez angioplastia. Exames atuais: relação albumina/creatinina em amostra de urina: 820 mg/g. Creatinina plasmática: 1,8 mg/dl; glicemia de jejum 176 mg% e hemoglobina glicada de 9,2%. Neste caso qual a meta de níveis de hemoglobina glicada?

A. < 6,5% B. < 7% C. < 8% D. < 9%

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38 – Paciente do sexo feminino, 28 anos, vítima de acidente automobilístico há 14 dias, em tratamento na UTI com diagnóstico de traumatismo crânio-encefálico e lesão axonal difusa, traqueostomizada e em assistência ventilatória com os seguintes parâmetros: PSV – ventilação com pressão de suporte, FiO2 = 30%, PEEP = 7, PS = 08. Após suspensa a sedação, qual das alternativas NÃO deve ser considerada para se iniciar o desmame da assistência ventilatória na paciente acima?

A. Resolução ou estabilização do quadro que levou a insuficiência respiratória. B. Nível de consciência adequado com escala de coma de Glasgow maior ou igual a 8. C. Estabilidade hemodinâmica com boa perfusão tecidual. D. PaO2 maior ou igual a 60 mmHg com FiO2 menor ou igual a 40%.

39 – Paciente sexo masculino, 25 anos, trabalhador rural dá entrada no pronto-socorro referindo acidente ofídico há cerca de 2 horas durante atividade na lavoura. Não visualizou a serpente e não há informações sobre as características da mesma. Paciente apresenta 2 orifícios puntiformes na região tibial posterior com edema discreto e parestesia local. Queixa turvação visual, diplopia, mialgia generalizada e apresenta ptose palpebral com fácies miastênico. Diante do quadro clínico apresentado, é mais provável que tenha ocorrido qual acidente ofídico?

A. Acidente botrópico. B. Acidente crotálico. C. Acidente laquético. D. Acidente elapídico

40 – Paciente de 30 anos, sexo masculino, dá entrada na sala de emergência com história de cefaleia súbita, de forte intensidade, associada a rebaixamento do nível de consciência e crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Na admissão paciente apresenta escala de coma de Glasgow = 4, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Realizada tomografia de crânio que evidenciou a presença de sangue no espaço subaracnóide associada a hemorragia intraventricular. Sobre o quadro clínico acima é correto afirmar:

A. Pode-se classificar tomograficamente a hemorragia acima como Fischer II. B. A maioria dos ressangramentos ocorre entre o 8º e 10º dia, período de fibrinólise

do coágulo formado no primeiro sangramento. C. O melhor preditor da ocorrência de vasoespasmo é a quantidade de sangue nas

fissuras e cisternas cerebrais visto na tomografia de crânio inicial. D. A terapia do “Triplo H” deve ser utilizada no tratamento do vasoespasmo,

independente do tratamento do aneurisma devido às graves sequelas motoras.

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Questões Discursivas Utilize o formulário específico para responder as questões discursivas. Questão discursiva 01 - Paciente feminino, 53 anos, portadora de cardiopatia chagásica arritmogênica com disfunção ventricular grave (fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 28%), em acompanhamento por quadro de insuficiência cardíaca (IC) em classe funcional (NYHA) II há 4 anos. Foi admitida em unidade de internação com piora da dispneia na última semana, atualmente com dispneia ao se vestir, associada a ortopneia e dispneia paroxística noturna. Relata que havia viajado para a casa de parentes no interior da Bahia onde passou a observar edema de membros inferiores e aumento no volume abdominal. Ao exame físico apresentava PA:90x60mmHg, FC: 94bpm, FR:28irpm. Observou-se turgência jugular a 45 graus, edema de membros inferiores até joelhos, cacifo positivo. Ritmo cardíaco irregular, em 2 tempos, com sopro sistólico 3+/6+ em foco mitral e estertores crepitantes até terço médio em ambos os campos pulmonares. Apresentava ascite leve e fígado palpável a 3cm do rebordo costal direito, indolor, bordas rombas. Descreva, detalhando o mecanismo de ação na fisiopatologia da IC, a prescrição médica dessa paciente ao ser admitida na enfermaria. (valor: 10,0 pontos) Questão discursiva 02 - Um homem de 63 anos de idade foi encaminhado pela UBS para atendimento em um ambulatório de diabetes Mellitus. O mesmo refere esse diagnóstico há 12 anos, quando o médico prescreveu uma dieta, atividade física e um medicamento via oral que provocou diarréia no início do tratamento. Na época foi orientado a suspender o medicamento antes de cirurgias ou contraste radiológico e há cerca de 20 dias essa droga foi suspensa tendo em vista uma elevação de creatinina, passando então a apresentar poliúria e polidipsia. Refere também ter usado, em combinação com este, um medicamento injetável (uma vez ao dia). O médico teria informado que os dois fármacos ajudariam na perda de peso. No início das injeções o paciente referia náuseas, mas como esse tratamento reduz o risco cardiovascular tentou mantê-lo, o que não foi possível pelo alto custo. Atualmente tem tentado fazer uma dieta orientada por nutricionista, mas não tolera exercício físico. Refere também parestesias nos pés e, às vezes, descobre estar andando com apenas um sapato, sem ter percebido. Uma sudorese intensa o tem incomodado bastante, principalmente no tronco, no início das refeições, à noite e com a tentativa de fazer exercício físico. Após a suspensão do medicamento tem apresentado a visão muito turva. Não há história de eventos cardiovasculares. Atualmente faz uso de enalapril 20 mg/dia, anlodipino 10mg/dia, hidroclorotiazida 25 mg/dia e gliclazida 60 mg/dia. HF: O pai e dois irmãos falecidos eram diabéticos. PA deitado: 150/80 mmHg. PA em pé: 110/70 mmHg. FC: 89 bpm (refere que a FC se mantém em torno de 90 bpm, mesmo quando tenta fazer exercício físico). Peso: 88 Kg. Altura: 170 cm. Os pés: pele ressecada, diminuição da sensibilidade tátil, vibratória, térmica e dolorosa e deformidade dos dedos ("em martelo"). O exame de fundo de olho revelou vários microaneurismas. Exames laboratoriais: glicemia de jejum: 320 mg%; Hb glicada: 12%; colesterol: 220 mg%; triglicérides: 320 mg%; HDL: 36 mg%; Relação albumina/creatinina em amostra de urina: 420 mg/g. Creatinina plasmática: 1,9 mg/dl

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a) Qual foi o primeiro medicamento prescrito? (valor: 1,0 ponto) b) Qual foi o medicamento injetável que foi associado? (valor: 1,0 ponto) c) Quais são as complicações do Diabetes Mellitus que o paciente já apresenta?

(valor: 1,0 ponto) d) Qual seria a fisiopatologia da turvação visual apresentada pelo paciente após

suspensão da medicação? (valor: 1,0 ponto) e) Qual é a melhor conduta no tratamento do Diabetes Mellitus nesse momento?

(valor: 1,0 ponto) f) Como você interpreta o resultado do exame de urina do paciente (relação

albumina/creatinina)? (valor: 1,0 ponto) g) Como você interpreta a dosagem de lípides desse paciente? (valor: 1,0 ponto) h) Você acrescentaria mais algum medicamento nesse caso? (valor: 1,0 ponto) i) Quais seriam os motivos da intolerância ao exercício físico? (valor: 1,0 ponto) j) Qual é a causa mais comum de morte em pacientes com estas características?

(valor: 1,0 ponto)

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COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA

PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA - 2018

RASCUNHO

Nome do Candidato: _____________________________________________ Nº Inscrição: ___________

001 A B C D 011 A B C D 021 A B C D 031 A B C D

002 A B C D 012 A B C D 022 A B C D 032 A B C D

003 A B C D 013 A B C D 023 A B C D 033 A B C D

004 A B C D 014 A B C D 024 A B C D 034 A B C D

005 A B C D 015 A B C D 025 A B C D 035 A B C D

006 A B C D 016 A B C D 026 A B C D 036 A B C D

007 A B C D 017 A B C D 027 A B C D 037 A B C D

008 A B C D 018 A B C D 028 A B C D 038 A B C D

009 A B C D 019 A B C D 029 A B C D 039 A B C D

010 A B C D 020 A B C D 030 A B C D 040 A B C D