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TIPIFICAÇÃO DOS INTEGRANTES DO CONSELHO GESTOR DO TERRITÓRIO CENTRO SUL DO PARANÁ Marinice Teleginski 1 Marcos Roberto Pires Gregolin 2 Vanessa Alberton 3 Wilson João Zonin 4 O Conselho Gestor do Território Centro Sul do Paraná é uma forma de organização que permite a participação do povo na gestão das políticas públicas, se configurando como órgão administrativo com representação paritária entre sociedade civil e Poder Público. Compõe o Conselho Gestor doze secretarias municipais de agricultura, doze Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, doze instituições do poder público e treze entidades da sociedade civil organizada, totalizando quarenta e nove instituições que em seus objetivos minimamente contemplam o desenvolvimento sustentável dos municípios integrantes do Território. Embora seja conhecido o desenho geral do Conselho Gestor, e os conselheiros na sua maioria se conheçam, poucas informações estão sistematizadas sobre o perfil dos integrantes, bem como números referentes a escolaridade, gênero e faixa etária. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho traçar o perfil dos integrantes do Conselho Gestor do Território Centro Sul do Paraná, bem como analisar participação dos mesmos nos espaços de discussão proporcionados. Para esse estudo utilizou-se análise de documentos internos do conselho, onde buscou-se informações em documentos atualizados periodicamente, pertencentes ao banco de dados do Conselho Gestor. Neste delineamento, analisou-se um considerável número de variáveis, tais como participação, escolaridade e faixa etária, contudo, cabe enfatizar que no que diz respeito a paridade de gênero, o Conselho Gestor do Território Centro Sul se encontra muito inferior ao desejado. O Segmento mais curioso é o das Secretarias Municipais de Agricultura, onde 100% dos Conselheiros são homens, seguido pelos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, onde apenas 14% são mulheres. Nas instituições do poder público, percebeu-se uma melhor participação das mulheres, onde ocupam 38% da representatividade e por fim, foi na Sociedade Civil Organizada onde a questão de gênero teve uma situação mais adequada, sendo 50% das vagas ocupadas por mulheres. Concluiu-se através deste estudo que as atividades do Conselho Gestor e a participação de seus integrantes é de suma importância para o desenvolvimento de propostas e ações, no entanto, é necessário que se conheça mais sobre os representantes das instituições, para que se possa melhor organizar os debates e as plenárias de discussão. 1 Licenciada em Biologia, Pós Graduanda do programa de Especialização em Agroecologia - IFPR. [email protected]. 2 Bacharel em Comunicação Social, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável - PPGDRS - UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon. [email protected] 3 Acadêmica do Curso de Turismo UNICENTRO. [email protected]. 4 Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável - PPGDRS - UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon. [email protected]

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TIPIFICAÇÃO DOS INTEGRANTES DO CONSELHO GESTOR DO

TERRITÓRIO CENTRO SUL DO PARANÁ

Marinice Teleginski 1

Marcos Roberto Pires Gregolin2

Vanessa Alberton3

Wilson João Zonin4

O Conselho Gestor do Território Centro Sul do Paraná é uma forma de

organização que permite a participação do povo na gestão das políticas públicas, se

configurando como órgão administrativo com representação paritária entre sociedade

civil e Poder Público. Compõe o Conselho Gestor doze secretarias municipais de

agricultura, doze Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, doze instituições do

poder público e treze entidades da sociedade civil organizada, totalizando quarenta e

nove instituições que em seus objetivos minimamente contemplam o desenvolvimento

sustentável dos municípios integrantes do Território. Embora seja conhecido o desenho

geral do Conselho Gestor, e os conselheiros na sua maioria se conheçam, poucas

informações estão sistematizadas sobre o perfil dos integrantes, bem como números

referentes a escolaridade, gênero e faixa etária. Sendo assim, objetivou-se com este

trabalho traçar o perfil dos integrantes do Conselho Gestor do Território Centro Sul do

Paraná, bem como analisar participação dos mesmos nos espaços de discussão

proporcionados. Para esse estudo utilizou-se análise de documentos internos do

conselho, onde buscou-se informações em documentos atualizados periodicamente,

pertencentes ao banco de dados do Conselho Gestor. Neste delineamento, analisou-se

um considerável número de variáveis, tais como participação, escolaridade e faixa

etária, contudo, cabe enfatizar que no que diz respeito a paridade de gênero, o Conselho

Gestor do Território Centro Sul se encontra muito inferior ao desejado. O Segmento

mais curioso é o das Secretarias Municipais de Agricultura, onde 100% dos

Conselheiros são homens, seguido pelos Conselhos Municipais de Desenvolvimento

Rural, onde apenas 14% são mulheres. Nas instituições do poder público, percebeu-se

uma melhor participação das mulheres, onde ocupam 38% da representatividade e por

fim, foi na Sociedade Civil Organizada onde a questão de gênero teve uma situação

mais adequada, sendo 50% das vagas ocupadas por mulheres. Concluiu-se através deste

estudo que as atividades do Conselho Gestor e a participação de seus integrantes é de

suma importância para o desenvolvimento de propostas e ações, no entanto, é necessário

que se conheça mais sobre os representantes das instituições, para que se possa melhor

organizar os debates e as plenárias de discussão.

1 Licenciada em Biologia, Pós Graduanda do programa de Especialização em Agroecologia - IFPR.

[email protected]. 2 Bacharel em Comunicação Social, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento

Rural Sustentável - PPGDRS - UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon. [email protected] 3 Acadêmica do Curso de Turismo – UNICENTRO. [email protected].

4 Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação

em Desenvolvimento Rural Sustentável - PPGDRS - UNIOESTE - Marechal Cândido Rondon.

[email protected]

Palavras Chave: Gênero, Idade e Escolaridade.

1 - Conselho como ferramenta de participação social

Diversas políticas públicas no Brasil atual tem como sustentáculo para suas

deliberações a participação e o controle social. Uma das maneiras pelas quais o cidadão

exerce o controle social é na participação de Conselhos, sejam eles setoriais, temáticos,

municipais, regionais, estaduais ou federais. Segundo Alencar, conselhos, que também

podem ser conhecidos como colegiados, tem por finalidade fomentar o diálogo entre a

sociedade civil e o poder público, com o intuito de dotar as políticas públicas com mais

transparência e participação social, seja na formulação, gestão ou monitoramento de sua

execução. (ALENCAR, 2013)

No que diz respeito às políticas agrícolas, cabe referenciar neste momento a

existência dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável, os quais

são mencionados na Lei5 que institui o PRONAF (Programa Nacional da Agricultura

Familiar). O CMDR será composto por representantes do poder público municipal, das

organizações dos agricultores familiares, dos beneficiários do Programa Nacional da

Reforma Agrária, das organizações da sociedade civil e das entidades parceiras

(ARTIGO 15. Lei 3.508, BRASIL, 2000). Os CMDR´s surgem com respeitáveis

espaços, destinados para a articulação dos pequenos agricultores nas decisões e

discussões sobre o Desenvolvimento Rural Municipal.

Uma das principais políticas públicas no Brasil Rural que ficou sob a égide dos

CMDRS´s foi o PRONAF Infraestrutura e Serviços Municipais, e avaliações de

diversos pesquisadores e estudiosos da ruralidade deram conta que esta política não

gozava de total controle social, haja vista a influência de um fenômeno, denominado por

Abramovay de "prefeiturização" dos conselhos municipais. (ABRAMOVAY, 2001).

Aliada a esta hipótese, os rumos que as discussões sobre o desenvolvimento tomavam

em âmbito mundial e nacional, fizeram com que o debate sobre o desenvolvimento

sustentável tomasse a escala regional, culminando em políticas que hoje são chamadas

de Políticas de Desenvolvimento Territorial. Tal perspectiva não subtrai a participação

dos Conselhos Municipais, contudo, adiciona mais um órgão partícipe no processo de

controle social, são eles os Conselhos, ou colegiados, Territoriais de Desenvolvimento

Rural Sustentável. Com o advento dessa nova maneira de pensar o rural, extrapolando

5 Lei Nº 1.946 de 28 de Junho de 1996

os limites dos municípios, esperou-se que a unidade de planejamento e ação deixasse de

ser pensada individualmente por cada gestor municipal, e passasse a ser discutida pelo

Conselho Gestor Territorial.

2 - Território

O conceito de território é abordado por vários autores e discutido por diversas

perspectivas, como: geografia, economia, sociologia, psicologia, biologia e outras áreas

do conhecimento. Entendido como um espaço físico, com uma geografia definida, que

abrange o meio urbano e o rural e se caracteriza por critérios diversos como: o

ambiente; a economia; a sociedade; a cultura; a política; as instituições; os grupos

sociais existentes, com suas distinções e que tem sua própria identidade e coesão social,

cultural e territorial (MDA, 2011).

Entre os aspectos componentes da abordagem territorial merece atenção o

elemento humano em suas diversas relações sociais. Santos e Silveira (2008), em sua

definição do espaço territorial extrapolam os limites da identificação de seus

componentes, atrelando uma perspectiva temporal ao afirmar que a “[...] territorialidade

humana pressupõe também a preocupação com o destino, a construção do futuro, o que,

entre os seres vivos é privilégio do homem” (p.19).

A conotação temporal diz respeito à dimensão da gestão territorial, ou seja, a

utilização adequada de um espaço geográfico em uma relação de ações presentes para a

construção de um propósito futuro. Considerando o território como um espaço de

pertença de uma coletividade então a abordagem territorial passa ser considerada como

o espaço da gestão pública, e, em um tratamento ampliado, o espaço da governança

pública.

Ainda, “trabalhar com a abordagem Territorial é trabalhar para que as políticas

públicas sejam descentralizadas. Que elas passem a ser pensadas e implementadas pelos

atores sociais” (MDA, 2011, p.2). Nesse entendimento, a abordagem territorial tem sido

privilegiada pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) por entender que essa

surge como uma forma de impulsionar o desenvolvimento rural sustentável, justificada

pela necessidade de superar a visão reducionista do meio rural como mero setor

econômico, desconsiderando: o ambiente, as pessoas, a cultura, a política, as

instituições, entre outros aspectos.

A organização das localidades por meio dos Territórios é uma maneira de

encontrar soluções práticas aos problemas comuns dos moradores, além de ter a chance

de reivindicar por novos projetos, oportunidades e ações que venham a contribuir e

melhorar a qualidade de vida, principalmente no meio rural.

Nesse intuito, desde o ano de 2003 a Secretaria de Desenvolvimento Territorial

(SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vem promovendo a

Participação e o Controle Social por meio do Programa Nacional de Desenvolvimento

Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT), estimulando o exercício da governança,

por meio dos Conselhos Gestores.

Em parceria de diversas instituições da sociedade civil, direcionadas às esferas

federal, estaduais e municipais, o PRONAT começou a operar em 2004 em 65

territórios. Atualmente, conta com 164 territórios rurais compostos por 2,5 mil

municípios em todo o Brasil (MDA, 2013b).

A SDT atua nos territórios apoiando a organização e o fortalecimento

institucional dos atores sociais locais na gestão participativa. O PRONAT conta com

colegiados de âmbito territorial, fóruns constituídos em cada território por instituições

da sociedade civil e do poder público, responsáveis pelo planejamento territorial, pela

articulação institucional, elaboração de propostas e projetos técnicos, acompanhamento

e controle social das ações do Programa e de outras políticas públicas que concorrem

para o desenvolvimento sustentável dos territórios (MDA, 2013b).

Mediante junção da administração pública, da gestão social e de políticas de

desenvolvimento territorial, atuando com base no conceito de governança, espera-se que os

Territórios cresçam cada vez mais, tenham suas estruturas melhoradas e proporcionem

acréscimos tanto no meio rural quanto no urbano, gerando mais benefícios para a comunidade,

gerindo melhor os recursos disponibilizados e fazendo o intermédio entre as oportunidades e o

morador.

3 - Caracterização do Território Centro Sul do Paraná

O Território Centro Sul do Paraná, localiza-se no segundo Planalto Paranaense e

é composto por 12 municípios: Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Inacio

Martins, Irati, Mallet, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul, Ipiranga, Teixeira Soares e

Ivaí. Abrange uma área de 10 mil km², ou seja, corresponde cerca de 5% da área total

do estado (IPARDES, 2007), conforme figura 1.

Figura 1 – Território Centro Sul do Paraná

Fonte: MDA (2011)

Possui uma população de 236.719 habitantes, população rural de 106.417

habitantes, sendo que aproximadamente 44.008 habitantes (20,11%) vivendo abaixo da

linha da pobreza (IBGE, 2010). No quadro 1 são apresentados os IDHM de cada um dos

municípios:

Quadro 1 - IDHM dos municípios que compõe o Território Centro Sul

MUNICÍPIO IDHM LONGEVIDADE RENDA EDUCAÇÃO

NÍVEL DE

DESENV.

HUMANO

Prudentópolis 0,676 0,807 0,664 0,577 Médio

Irati 0,726 0,835 0,715 0,640 Alto

Imbituva 0,660 0,828 0,681 0,509 Médio

Inacio Martins 0,600 0,765 0,623 0,454 Muito alto

Ivaí 0,651 0,791 0,654 0,534 Médio

Ipiranga 0,652 0,828 0,684 0,489 Médio

Rebouças 0,672 0,814 0,647 0,576 Médio

Teixeira Soares 0,671 0,822 0,676 0,544 Médio

Rio Azul 0,687 0,819 0,728 0,444 Médio

Guamiranga 0,669 0,804 0,657 0,568 Médio

Mallet 0,708 0,809 0,681 0,645 Alto

Fernandes Pinheiro 0,645 0,791 0,647 0,525 Médio

Fonte: PNUD (2010)

O IDH vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano. Quanto mais próximo

de um, melhor. O índice considera indicadores de saúde, renda e educação.

No ano de 2000, o Território somava o número de 23.620 famílias pobres, sendo

36,7% do total delas, indicando uma quantidade superior à média paranaense, de 20,9%.

De modo geral, todos os municípios apresentavam taxas de pobreza extremamente

elevadas, que chegaram a ultrapassar o dobro da média estadual (MDA, 2011).

No meio rural encontram-se 29.258 agricultores familiares, sendo que 26.124

agricultores possuem áreas de 1 a 50 hectares e somente 3.314 agricultores possuem

área superior a 50 hectares (EMATER apud AMCESPAR, 2013).

A utilização das áreas rurais é em sua maioria através do cultivo de grãos como

milho, soja e feijão e se enquadra em uma agricultura de subsistência. Também é um

grande produtor de fumo, com cerca de 22,6% da área total e, com 21,3% da produção

total e desde a década de 70 há o cultivo de frutas, atualmente destacando-se os

municípios de Mallet e Irati, com ameixa, pêssego, amora, framboesa, morango e uva

(AMCESPAR, 2013).

A produção pecuária se caracterizada pela integração entre agricultores e

empresas privadas, principalmente nas produções de suínos e aves. Ainda, são

produzidos leite, mel e, como atividade alternativa para as pequenas propriedades, a

piscicultura.

Em relação à questão florestal e de biodiversidade, existe produção extrativista e

de reflorestamento que, envolvendo atividades oriundas do setor madeireiro, faz com

que o Território seja inserido na produção estadual com percentual significativo. Ainda,

por ser rico em paisagens naturais e com inúmeras nascentes, apresenta diversas

cachoeiras de grande potencial turístico, agregando valor aos municípios.

4 - CONSELHO GESTOR DO TERRITÓRIO

Conselho Gestor do Território Centro Sul

O Conselho Gestor, considerado como uma forma de organização pública

administrativa oportuniza a participação do “povo na gestão das políticas públicas, se

configurando como órgão administrativo com representação paritária entre sociedade

civil e Poder Público” (OGPP, 2013, s/p).

São responsáveis por regulamentar as “ações dos órgãos aos quais estão

vinculados, deliberando ou não, reivindicações feitas pela população e pelas demandas

elencadas em cada reunião de conselho. Os conselhos têm caráter deliberativo e

cogestor”, permitindo que os cidadãos se integrem à cogestão administrativa da coisa

pública, identificando e contribuindo na constituição de políticas públicas que levam em

consideração cada realidade representada (OGPP, 2013, s/p).

Ainda, podem de acordo com sua formulação realizar as funções de fiscalização,

mobilização, deliberação e consultoria. A função fiscalizadora visa controlar e

acompanhar as ações de gestão dos governantes; a mobilizadora caracteriza-se pelo

estímulo à contribuição da sociedade civil em participar da vida política; por

deliberativa entende-se a participação efetiva dos conselhos que tomam decisões sobre

estratégias a serem usadas pela administração; e a consultiva, que se realiza por

sugestões e opiniões para os gestores em relação às determinadas políticas públicas

(CGU, 2008).

Constituído como um espaço democrático permite, mediante a participação dos

mais diversos atores sociais, buscar soluções mais completas e efetivas para as

demandas da sociedade. Assim, o conselho gestor constitui-se como uma tecnologia

social, enquanto metodologia de trabalho, que oportuniza condições para a

modernização dos Governos, podendo envolver em sua configuração diversos níveis

geográficos de gestão pública.

4.1. HISTÓRICO DO CONSELHO GESTOR DO TERRITÓRIO CENTRO SUL

DO PARANÁ

O Conselho Gestor do Território Centro Sul do Paraná surgiu da necessidade

visualizada pelos doze municípios integrantes da necessidade de reverter a realidade de

aproximadamente 30.000 famílias de agricultores familiares em condições de vulnerabilidade.

No ano de 1996 foram instituídos os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural

(CMDR) nos municípios de Rebouças e Inácio Martins, posteriormente implantados nos outros

dez integrantes. Esse fato deu início ao processo de Desenvolvimento do Território, com a união

da comunidade, discutindo sua realidade e propondo mudanças estratégicas. Outro fator que

contribuiu, foi a implantação de projetos com os recursos canalizados aos municípios através

dos CMDR, os eventos de capacitação dos beneficiários e dos conselheiros, caracterizando-se

como um processo pedagógico de participação e gestão social (MDA, 2011).

Em 2005, oficialmente foi criado o Território Centro Sul do Paraná e seu Conselho

Gestor, constituindo um fato histórico de grande relevância para os seus integrantes. (MDA,

2011). Deste então, vem desempenhando papel importante e decisivo nas questões referentes à

agricultura regional, trazendo novas oportunidades e lutando para conseguir atender as

demandas existentes.

4.1.1 Composição do Conselho Gestor

O Conselho Gestor do Território Centro-Sul do Paraná, segundo o seu regimento

interno, deve ser Composto por:

• Representantes da Sociedade Civil, no máximo 30 %;

• Representantes Governamentais, no máximo 35 %, podendo ocupar estas cadeiras Secretarias

de Estado e Vinculadas e Prefeituras Municipais;

• Representantes dos Atores Sociais Beneficiários, no mínimo 35 %.

O Regimento Interno do Conselho Gestor preconiza que a plenária deve ser composta

no máximo por 40 membros, mantendo a proporcionalidade acima apresentada, podendo ser

ampliada, se, somente se for aprovada pela maioria absoluta. Tendo como referencial o mesmo

documento, o Conselho Gestor deve ser composto por uma Plenária, Diretoria Executiva,

Câmaras Técnicas e Câmaras Setoriais (MDA, 2011).

A atual formação do Conselho Gestor do Território Centro Sul conta com os seguintes

componentes:

Quadro 2 – Composição do Conselho Gestor

Conselhos Municipais de

Desenvolvimento Rural Sustentável

MALLET

RIO AZUL

REBOUÇAS

IRATI

INÁCIO

MARTINS

IVAÍ

FERNANDES PINHEIRO

TEIXEIRA SOARES

PRUDENTÓPOLIS

GUAMIRANGA

IPIRANGA

Secretarias Municipais de

Agricultura/Prefeituras Municipais

De todos os 12 municípios que compõe o Território.

Instituições do Poder Público, Prestadoras

de Serviços aos Beneficiários

SEAB

EMATER

IAPAR

SEDS

SESA

SEED

IFPR

UNICENTRO

Colégio Florestal

EMBRAPA FLORESTA

AMCESPAR (CONDER)

IAP

Instituições da Sociedade Civil,

Prestadoras de Serviços aos Beneficiários:

AEARI

APF

ASMUC-F

COOP PALMEIRA

FETRAF-SUL

STR PALMEIRA

ASSIS

CEDEJOR

COMUNIDADE NEGRA DE IVAÍ

CRESOL

FETAEP

ADEOP

IEEP

Fonte: MDA, (2013a)

Org.: os autores

A participação dessas entidades nas reuniões do Conselho Gestor é de suma

importância, pois todas elas estão diretamente relacionadas com os assuntos que são abordados

e suas opiniões, contribuições são fundamentais para o bom andamento e criação de novas

propostas e projetos que venham a atender a região Centro Sul do Paraná.

4.2 METODOLOGIA DE TRABALHO DO CONSELHO GESTOR

A diretoria do Conselho se reúne para reuniões mensalmente, sempre na

primeira semana do mês. Também acontecem reuniões extraordinárias conforme as

necessidades do Território e, ainda, o Colegiado se reúne bimestralmente. A fim de

otimizar os trabalhos do Conselho, surgiram os eixos, ou seja, divisões em categorias

que facilitam o andamento e o direcionamento das ações a serem tomadas.

4.2.1 Eixos ou câmaras temáticas

O Colegiado Territorial desenvolveu um diagnóstico nos doze municípios,

fazendo parte do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS), que

por sua vez é considerado um instrumento de apoio à gestão social. Nessa ocasião foram

levantados os dados referentes: aos aspectos físico-ambientais, os demográficos e os

históricos de ocupação socioeconômica, a densidade demográfica, a distribuição da

população rural e urbana, a distribuição populacional por sexo, os aspectos sociais e de

educação, o analfabetismo, os aspectos econômicos, a estrutura agrária do Território

Centro-Sul do Paraná, a presença de povos e comunidades tradicionais, a existência de

Unidades de Conservação, as potencialidades e os limites encontrados no Território.

De posse desses dados, foram discutidas quais ações seriam realizadas e que

pudessem ser executadas visando a resolução ou diminuição de problemas. Para isso,

surgiram os quatro grupos de trabalho também chamados de eixos ou câmaras

temáticas, como segue:

- Câmara temática 1 - Diversificação, Produção e Meio Ambiente – está

relacionado à consolidação das ações nas áreas de diversificação produtiva,

agroindustrialização, turismo rural e gestão ambiental, com base na articulação

institucional e na integração das ações.

- Câmara temática 2 - Organização, Comercialização e Mercados – utiliza dos

programas institucionais para auxiliar no fortalecimento da organização da agricultura

familiar, nos processos de comercialização e de diversificação dos mercados.

- Câmara temática 3 - Desenvolvimento Humano e Inclusão Social – engloba formas

de melhorar a qualidade de vida no campo, proporcionando mais inclusão social e

oportunidades de trabalho.

- Câmara temática 4 - Gestão do Desenvolvimento Territorial – faz com que as

ações previstas sejam realizadas, utilizando de mecanismos diversos, tanto internos

como externos.

Em reunião no dia 10 de setembro de 2013, foi votada e aprovada a Câmara

Técnica em Apicultura, considerando a grande demanda de produção de mel na região,

a dificuldade com o tráfego desse produto para a comercialização e a existência de

projetos e trabalhos desenvolvidos pela UNICENTRO, em parceria com Associações de

Apicultores do Território. Sendo assim, são cinco as Câmaras Temáticas existentes.

A câmara temática de Gestão do Desenvolvimento Territorial pode ser

considerada um eixo transversal, sendo relevante para os outros três.

4.2.2 Câmaras temáticas

O Regimento Interno do Conselho Gestor define as Câmaras Técnicas como

sendo órgãos auxiliares do Conselho, que podem ser permanentes ou apenas provisórias

e que são constituídas e aprovadas por deliberação do Plenário, seja em Reuniões

Ordinárias ou Extraordinárias do Conselho Gestor.

As câmaras tem autoridade de formular propostas para assuntos de sua

competência, encaminhando-as ao Plenário e devem ser coordenadas por pessoas eleitas

pelos membros que a compõe, que tem a função, entre outras coisas, de encaminhar

relatórios dos trabalhos ao Plenário do Conselho Gestor.

Em reunião no município de Ivaí, a câmara de juventude apresentou proposta

pra criar câmara técnica de juventude, e foi votado a aprovação de uma câmara temática

de juventude.

4.2.3 Ações

Como resultado das reuniões realizadas nas plenárias, surgiram propostas,

aceitas pelo MDA, através da Secretaria de Desenvolvimento Territorial, que promovem

ações e investimentos aplicados no Território, tais como (AMCESPAR, 2013):

- Centro de Formação de Agentes do Desenvolvimento Sustentável, cujo objetivo é

promover o desenvolvimento harmônico e sustentável do Território por meio da

educação e mobilização dos atores. São projetos executados em Guamiranga com

investimentos em obra civil, móveis, equipamentos de uso didático e veículos;

- Oficinas de Capacitação para Reconversão em Agricultura de Base Ecológica

aplicadas pelo Instituto Guardiões da Natureza (ING), cuja sede é em Prudentópolis;

- Profissional Cidadão é um convênio do MDA, Secretaria de Agricultura Familiar,

Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado de Ciências e Tecnologia e Ensino

Superior (SETI), que disponibiliza profissionais voluntários para ATER em diversas

áreas, auxiliando na formação e na articulação do capital social, facilitando a

implantação de projetos do Território;

- Projeto Articulador Territorial busca promover o processo de Acompanhamento

para Gestão Participativa das Ações do Território.

- Viveiro de Mudas Frutíferas e de olerícolas com qualidade genética e Fitossanitária.

Está instalado na Agrovila no município de Fernandes Pinheiro;

- Unidade de Classificação e Armazenamento de Frutas – nos município de Imbituva

e de Mallet, possibilitará o acesso dos agricultores familiares à uma infraestrutura para

classificar e armazenar a produção, reduzindo perdas, aumentando o período de

comercialização e aumentando a lucratividade.

4.2.4 Procedimentos

Para que os resultados esperados sejam alcançados, faz se necessário um

Colegiado Organizado e em Funcionamento, um Plano Territorial de Desenvolvimento

Rural Sustentável (PTDRS) qualificado e implementado e Projetos Territoriais

estratégicos Identificados.

As Instituições que fazem parte do Colegiado foram divididas em 5 grupos

(MDA, 2012):

1 – Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS)

2 – Poder Público Municipal (Secretarias Municipais de Agricultura)

3 – Instituições Representativas dos Beneficiários

4 – Instituições do Poder Público, Prestadoras de Serviço aos Beneficiários.

5 – Instituições da Sociedade Civil, Prestadoras de Serviço aos Beneficiários.

Cada um desses componentes tem um perfil traçado por MDA (2012), baseado

nos documentos do Seminário Territorial de Conselheiros de Desenvolvimento Rural6,

6 SEMINÁRIO TERRITORIAL DE CONSELHEIROS DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL. TERRITÓRIO

CENTRO SUL DO PARANÁ - Local: Centro de Formação do Território- Guamiranga - Data: 14 de Abril de 2009

que apresenta uma síntese com observações de cada um deles, destacando pontos

importantes, percepções e o envolvimento da comunidade rural, como segue nos

próximos parágrafos.

Os CMDRS apontam uma observação sobre o meio rural ser visto como um

“espaço de vida” e não apenas como um setor produtivo, necessitando ter discussões

que vão além de focos isolados como, saúde, educação ou outro fator. Também

questionam a baixa participação dos agricultores, das mulheres, dos jovens, dos

quilombolas e dos faxinalenses nos conselhos.

A sugestão dada é que as reuniões dos CMDRS sejam realizadas nas

comunidades para que aja mais participação dos agricultores, e estes possam expor seus

problemas e discutir suas soluções.

Outro ponto importante é sobre a falta de um plano de ação para os CMDRS,

resultando em desempenho de atividades conforme a demanda exige e, por parte dos

agricultores, a desmotivação em participar dos Conselhos por não verem os resultados

concretos.

A falta de organização dos agricultores familiares ou das instituições que os

representem e a troca de informações entre essas instituições é algo que deveria ser

relacionado, tendo abertura para mostrar as propostas obtidas nas reuniões dos

conselhos.

Os CMDRS dão grande ênfase ao caráter agrícola produtivo e são considerados

pela maioria dos atores, se não por todos, a razão de existência do processo de

Articulação Territorial.

O Poder Público Municipal, através das Secretarias de Agricultura, ressalta a

falta de pessoal para atender todas as demandas existentes. Elas desempenham um papel

fundamental junto ao Conselho, auxiliando, entre outros pontos, na capacitação de

jovens que ocorre no CEDEJOR, em Guamiranga.

Quanto às Instituições Representativas dos Beneficiários é constatada a sua

inexistência, faltando um papel de representação dos agricultores familiares ou ainda,

fica claro que “o entendimento e o comprometimento com a proposta de

desenvolvimento territorial é muito mais pessoal do que institucional” (MDA, 2012a,

p.13). Por outro lado, existe a participação de algumas representatividades de

Relatório Sistematizado das 11 Oficinas Municipais de Conselheiros de Desenvolvimento Rural: Inácio Martins, Teixeira Soares,

Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Irati, Mallet, Rio Azul, Rebouças, Ipiranga, Imbituva e Prudentópolis e referendadas pelos

delegados na plenária do Seminário Territorial.

comunidades muito excluídas e que agora estão tendo a oportunidade de lutar por

melhorias para seus moradores.

Sobre as Instituições do Poder Público, Prestadoras de Serviços aos

Beneficiários, destaca-se a participação da SEAB, da EMATER e do Instituto

Agronômico do Paraná. Também participam das discussões e são importantes as

instituições de ensino como a UNICENTRO, o Colégio Florestal e o Instituto Federal

do Paraná (IFPR), exercendo papel importante na formação de capital social no

Território Centro Sul.

As Instituições da Sociedade Civil, Prestadoras de Serviços aos Beneficiários

prestam assistência técnica, difundem a tecnologia, o ensino e propagam demais

atividades que promovem o bem estar e o desenvolvimento do Território, mesmo

possuindo limitações diversas como recursos financeiros, humanos, disponibilidade de

tempo e acúmulo de demanda.

Entre essas instituições podemos citar o Centro de Desenvolvimento do Jovem

Rural, a Associação dos Engenheiros Agrônomos da Região de Irati, a Ecoaraucária, o

Instituto Equipe de Educadores Populares (IEEP), Associação Imbúia de Pesquisa,

Agência de Desenvolvimento das Regiões Sul e Centro-Sul do Estado do Paraná, SPVS

e CRESOL e a Associação Coragem.

5 - RESULTADOS DA PESQUISA

A pesquisa desenvolvida abrange um total de 96 pessoas, entre homens e

mulheres, englobando as quatro entidades representantes no Conselho Gestor.

Em relação ao gênero dos componentes, conclui-se que 74% são homens e

26% são mulheres, como pode ser visualizado no quadro 3. Um dado que chama a

atenção é o fato de nas Secretarias Municipais de Agricultura ser inexistente a

representatividade pelo sexo feminino.

Quadro 3 - Gênero dos integrantes do Conselho Gestor

CMDRS SMA SOCIEDADE CIVIL PODER PUBLICO TOTAL %

Masculino 19 24 13 15 71 74

Feminino 3 0 13 9 25 26

Fonte: os autores

No que tange à idade dos integrantes, variando entre 24 e 73 anos, o grupo que

mais está representando as entidades do Conselho Gestor engloba pessoas com idade

entre 44 e 53 anos, de acordo com o quadro 4, sendo que a maioria destes pertence às

Secretarias Municipais de Agricultura.

Quadro 4- Idade dos integrantes do Conselho Gestor

CMDRS SMA SOCIEDADE

CIVIL

PODER

PUBLICO

TOTAL %

73 a 64 anos 2 0 0 0 2 2

63 a 54 1 2 4 5 12 13

53 a 44 7 13 5 8 33 34

43 a 34 3 6 7 3 19 20

33 a 24 3 3 8 3 17 18

Não informou 6 - 2 5 13 14

22 24 26 24 96 100

Fonte: os autores

Outro dado relevante e que foi estudado com a pesquisa, diz respeito à

escolaridade dos integrantes. O maior número de profissionais com ensino superior está

representando entidades do poder público, totalizando 40% do total de integrantes do

Conselho, conforme quadro a seguir.

Quadro 5 – Escolaridade dos integrantes do Conselho

CMDRS SMA SOCIEDADE

CIVIL

PODER

PUBLICO

TOTAL %

Não Informou 7 1 4 0 12 13

Ensino

Fundamental 8 1 6 0 15 16

Ensino Médio 3 1 7 1 12 13

Ensino Superior 2 10 8 20 40 42

Técnico 2 11 1 3 17 18

22 24 26 24 96 100

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudar as atividades do Conselho Gestor bem como analisar a participação de

seus integrantes é de suma importância para o desenvolvimento de propostas e ações, no

entanto, é necessário que se conheça mais sobre os representantes das instituições, para

que se possa melhor organizar os debates e as plenárias de discussão.

A participação feminina deve ser mais efetiva do ponto de vista da pesquisa,

porém deve-se pesquisar mais sobre incentivos e possibilidades para a participação

destas.

O trabalho colabora para conhecer melhor o perfil dos representantes e traçar

novas metas de envolvimento de um publico amplo, competente e diversificado, a fim

de favorecer a continuação de um trabalho eficiente para o Desenvolvimento do

Território Centro Sul do Paraná.

REFERÊNCIAS

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n. 43, p. 121-140, set./dez. 2001.

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Disponível em :

<http://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/participacao/artigo%20sociologias.p

df>. Acesso em outubro de 2013.

AMCESPAR - ASSOCIAÇAO DOS MUNICIPIOS DO TERRITÓRIO CENTRO-SUL

DO PARANÁ. Apresentação do Território Centro-Sul do Paraná. Disponível em:

http://www.amcespar.com.br/pag.asp?id=90. Acesso em 26 de julho de 2013. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Paraná Cidades.

Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 29 de julho de 2013.

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL.

Diagnóstico Socioeconômico do Território Centro-Sul. Curitiba: IPARDES, 2007.

MDA - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Plano de Trabalho

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MDA. Programa. Disponível em:

<http://portal.mda.gov.br/portal/sdt/programas/Territorios_rurais/10364994>. Acesso

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MDA - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Secretaria de

Desenvolvimento Territorial – SDT. Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Rural.

PRODUTO 2: Análise do processo de qualificação Plano Territorial de

Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS). Março, 2012.

MDA - MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Secretaria de

Desenvolvimento Territorial – SDT. Departamento de Estudos Sócio Econômicos

Rurais- DESER. PRODUTO 6: Relatório contendo análise das articulações

institucionais e políticas públicas realizadas em apoio ao desenvolvimento territorial e

seus resultados. Território Centro Sul do Paraná, junho de 2011.

OBSERVATÓRIO DE GESTAO PÚBLICA PARTICIPATIVA - OGPP. Conselhos

Gestores. Disponível em: http://ogpp.gid-ufs.org/glossario/conselhos-gestores/. Acesso

em 26 de julho de 2013.

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Ranking IDHM

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IDHM-Municipios-2010.aspx>. Acesso em 26 de agosto de 2013.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M.L. O Brasil: território e sociedade no inicio do

século XXI. 10 ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.