tintas processo de fabricacao

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DOSSI T CN I COFabricao de Tintas Cristine Canaud Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Julho 2007

1 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

DOSSI TCNICOSumrio 1 INTRODUO 2 OBJETIVO 3 TIPO DE TINTAS 4 COMPONENTES BSICOS E SUA FUNO 4.1 Resina 4.2 Pigmentos 4.3 Cargas 4.4 Veculos ou Aglutinadores 4.5 Solventes 4.6 Aditivo 5 PROCESSO DE FABRICAO 5.1 Processo de fabricao de tintas para revestimento base solvente 5.2 Processo de fabricao de tintas para revestimento base gua 5.2.1 Processo de fabricao de tinta ltex 5.3 Processo de fabricao de tintas em p 5.3.1 Processo de fabricao de tintas em p termoplsticas 5.3.2 Processo de fabricao de tintas em p termoconvertveis 5.4 Processo de fabricao de tintas para impresso 6 PERFIL DO SETOR 6.1 Mercado de tintas e vernizes no Brasil 6.2 Comrcio Exterior 6.3 Exportao 2006 7 MEIO AMBIENTE 7.1 Aspectos e impactos ambientais 7.1.2 Principais insumos 7.1.3 Principais interferncias do meio 7.1.4 Emisses atmosfricas 7.1.5 Efluentes lquidos 7.1.6 Resduos 8 MEDIDAS DE PRODUO MAIS LIMPA (P + L) 9 NORMAS E LEGISLAO 9.1 Geral 9.2 Licenciamento 9.3 Controle de poluio 9.4 Uso de gua 9.5 Produtos qumicos controlados 9.6 Transporte de cargas perigosas 9.7 Legislao Local 10 SEGURANA NO MANUSEIO DE PRODUTOS USADOS NA FABRICAO DE TINTAS E VERNIZES 10.1 Manipulao de produtos qumicos 10.2 Eletricidade esttica 10.3 Armazenamento de produtos qumicos 10.3.1 Medidas de segurana 11 INDICADORES AMBIENTAIS UTILIZADOS NA INDSTRIA 12 FORNECEDORES DE MATRIAS - PRIMAS 13 FORNECEDORES DE MQUINAS PARA CONFECO DE TINTAS CONCLUSES E RECOMENDAES REFERNCIAS 4 5 5 6 6 7 8 8 8 8 9 12 13 13 14 15 15 16 17 17 18 18 19 21 21 22 22 22 25 27 32 32 32 32 33 33 33 34 34 34 34 35 35 36 37 38 39 40

2 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

DOSSI TCNICOTtulo Fabricao de tintas Assunto Fabricao de tintas, vernizes, esmaltes e lacas Resumo A indstria de tintas para revestimentos utiliza um grande nmero de matrias-primas e produz uma elevada gama de produtos em funo da grande variedade de produtos/superfcies a serem aplicados, forma de aplicao, especificidade de desempenho, etc. Dessa forma, o mercado de tintas muito diversificado, sendo, portanto, muito importante o conhecimento desse mercado na avaliao da implantao do empreendimento. De acordo com o tipo de tinta e caractersticas que se deseja obter, variase os componentes de sua formulao, assim como, a tecnologia de fabricao. Dessa maneira, h produz-se resduos das mais diversas naturezas qumicas, sendo muito importante o tratamento desses resduos e o conhecimento da legislao especfica que regula o setor. Palavras chave Composio qumica; equipamento; fabricao; formulao; legislao ambiental; mercado; produo; tinta Contedo 1 INTRODUO

Tinta uma mistura devidamente estabilizada de pigmentos e cargas em uma resina, formando uma pelcula slida, fosca ou brilhante, com a finalidade de proteger e embelezar uma determinada superfcie. A tinta muito comum e aplica-se a praticamente qualquer tipo de objeto. Usa-se para produzir arte; na indstria: produo de automveis, equipamentos, tubulaes, produtos eletro-eletrnicos; como proteo anti-ferrugem; na construo civil: em paredes interiores, em superfcies exteriores, expostas s condies meteorolgicas; enfim em um grande nmero de aplicaes. A indstria de tintas para revestimentos utiliza um grande nmero de matrias-primas e produz uma elevada gama de produtos em funo da grande variedade de produtos/superfcies a serem aplicados, forma de aplicao, especificidade de desempenho. De modo geral, a tinta pode ser considerada como uma mistura estvel de uma parte slida (que forma a pelcula aderente superfcie pintada) em um componente voltil (gua ou solventes orgnicos). Uma terceira parte denominada aditivos, embora representando uma pequena percentagem da composio, responsvel pela obteno de propriedades importantes tanto nas tintas quanto no revestimento. A Revoluo Industrial teve um importante papel no desenvolvimento e amadurecimento do processo de fabricao de tinta. Com o surgimento dos equipamentos mecnicos, a produo de tinta, antes um processo manual e personalizado, industrializa-se, permitindo a3 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

produo em larga escala para abastecer um mercado, embora embrionrio, mas bastante promissor. O sculo XX colocou a disposio das indstrias uma srie inovaes tecnolgicas que, pouco a pouco, automatizariam o processo de fabricao. Ainda neste sculo, as cincias (qumica, fsica e biolgica) tiveram um espantoso progresso, o que contribuiu bastante para que a tinta chegasse ao patamar de excelncia qualitativa em que se atualmente se encontra. A indstria de tintas caracterizada pela produo em lotes, o que facilita o ajuste da cor e o acerto final das propriedades da tinta. 2- OBJETIVO O mercado de tintas muito diversificado, possuindo possibilidades de aplicao em diversas estruturas como: madeira, alvenaria; estrutura metlica; tecido, entre outras; com propriedades especficas para cada necessidade. Possui tambm uma faixa de preo bastante varivel, atingindo assim diferentes classes sociais. Um ponto relevante na fabricao de tintas a questo do meio ambiente, importante que a empresa esteja sempre comprometida com o tratamento de seus resduos, evitando possveis acidentes. Portanto, ser feita uma abordagem sobre os diferentes tipos de tintas, suas aplicaes, as formulaes utilizadas e as tecnologias de fabricao envolvidas, informaes de mercado, meio ambiente, tratamento de resduos e legislaes pertinentes a esta atividade. 3- TIPO DE TINTAS A tinta uma preparao, o que significa que h uma mistura de vrios insumos na sua produo. A combinao dos elementos slidos e volteis define as propriedades de resistncia e de aspecto, bem como o tipo de aplicao e custo do produto final. As tintas podem ser classificadas de vrias formas dependendo do critrio considerado. De acordo com o mercado atendido e tecnologias mais representativas, as tintas podem ser assim classificadas: Tintas imobilirias: tintas e complementos destinados construo civil; podem ser subdivididas em: Produtos aquosos (ltex): ltex, acrlicos, ltex vinlicos, ltex vinil-acrlicos, etc.; Produtos base solvente orgnico: tinta a leo, esmaltes sintticos, etc. Tintas industriais do tipo OEM (original equipment manufacturer) As tintas e complementos utilizados como matrias-primas no processo industrial de fabricao de um determinado produto; incluem, entre outros, os seguintes compostos: Fundos (primers) eletroforticos; Fundos (primers) base solvente; Esmaltes acabamento mono-capa e bi-capa; Tintas em p; Tintas de cura por radiao (UV), etc. Tintas especiais: abrange os outros tipos de tintas, como por exemplo: Tintas e complementos para repintura automotiva;4 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Tintas para demarcao de trfego; Tintas e complementos para manuteno industrial; Tintas martimas; Tintas para madeira, etc. As tintas tambm podem ser classificadas quanto formao do revestimento, isto , levando-se em conta o mecanismo da formao do filme protetor e a secagem ou cura das tintas. Lacas: a pelcula se forma atravs da evaporao do solvente. Exemplos: lacas nitrocelulsicas e lacas acrlicas. Produtos ltex: a coalescncia o mecanismo de secagem. Exemplos: tintas ltex acrlicas, vinil-acrlicas usadas na construo civil. Produtos termoconversveis: a secagem ocorre atravs da reao entre duas resinas presentes na composio a uma temperatura adequada (entre 100 a 230C). Exemplos: produtos utilizados na indstria automotriz e em eletrodomsticos. Sistemas de dois componentes: a formao do filme ocorre na temperatura ambiente aps a mistura dos dois componentes (embalagens separadas) no momento da pintura; as tintas epxi e os produtos poliuretnicos so os exemplos mais importantes. Tintas de secagem oxidativa: a formao do filme ocorre devida a ao do ar. Os esmaltes sintticos e as tintas a leo usadas na construo civil so os exemplos mais marcantes. 4- COMPONENTES BSICOS E SUA FUNO A tinta composta, basicamente, das seguintes substncias: resina, pigmento, veculo ou aglutinador, solvente ou redutor e aditivo. O p colorido presente na mistura que constitui a tinta denominado pigmento. O lquido que contm o pigmento e o torna fcil de se espalhar chamado de veculo ou aglutinador. 4.1 Resinas a parte no voltil da tinta, que serve para aglomerar as partculas de pigmentos e responsvel pela transformao do produto, do estado lquido para o slido, convertendo-o em pelcula. As resinas so responsveis pelas propriedades fsico-qumicas da tinta, determinando, inclusive, o uso do produto e sua secagem. As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural (principalmente vegetal). Atualmente, com exceo de trabalhos artsticos, as resinas utilizadas pela indstria de tinta so sintticas e constituem compostos de alto peso molecular. As resinas mais usuais so as alqudicas, epxi, poliuretnicas, acrlicas, polister, vinlicas e nitrocelulsicas. Uma breve descrio de cada uma destas resinas encontra-se a seguir. Resina alqudica: polmero obtido pela esterificao de policidos e cidos graxos com polilcoois. Usadas para tintas que secam por oxidao ou polimerizao por calor. Resina epxi: formadas, na grande maioria, pela reao do bisfenol A com eplicloridina; os grupos glicidila presentes na sua estrutura conferem-lhe uma grande reatividade com grupos amnicos presentes nas poliaminas e poliamidas. Resinas acrlicas: polmeros formados pela polimerizao de monmeros acrlicos e metacrlicos; por vezes o estireno copolimerizado com estes monmeros. A polimerizao destes monmeros em emulso (base de gua) resulta nas denominadas emulses acrlicas usadas nas tintas ltex. A polimerizao em solvente conduz a resina5 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

indicada para esmaltes termoconvertveis (cura com resinas melannicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianato formando os chamados poliuretnicos acrlicos. Resina polister: steres so produtos da reao de cidos com lcoois. Quando ela modificada com leo, recebe o nome de alqudica. As resinas polister so usadas na fabricao de primers e acabamentos de cura estufa, combinadas com resinas amnicas, epoxdicas ou com poliisocianatos bloqueados e no bloqueados. Emulses vinlicas: so polmeros obtidos na copolimerizao em emulso (base gua) de acetato de vinila com diferentes monmeros: acrilato de butila, di-butil maleato, etc. Essas emulses so usadas nas tintas ltex vinlicas e vinil acrlicas. Resina nitrocelulsica: Produzida pela reao de celulose, altamente purificada, com cido ntrico, na presena de cido sulfrico. A nitrocelulose possui grande uso na obteno de lacas, cujo sistema de cura por evaporao de solventes. So usadas em composies de secagem rpida para pintura de automveis, objetos industriais, mveis de madeira, avies, brinquedos e papel celofane. 4.2 Pigmentos Material slido finamente dividido e insolvel no meio em que so utilizados (orgnico e aquoso). Eles tm a finalidade de dar cor ou cobertura s tintas. Os corantes so substncias geralmente solveis em gua e so utilizadas para conferir cor a um determinado produto ou superfcie. So divididos em dois principais: ativos e inertes. Pigmentos ativos so os que conferem cor/opacidade tinta. Compostos de metais como o chumbo, j foram muito usados na fabricao de pigmentos ativos. Atualmente, os fabricantes de tintas empregam sintticos (substncias artificiais) para a maioria dos pigmentos ativos. Os pigmentos inertes (cargas) so materiais, como carbonato de clcio, argila, silicato de magnsio, mica ou talco, que conferem certas propriedades, tais como diminuio de brilho, maior consistncia e maior durabilidade tinta. H trs grandes categorias de pigmentos: pigmentos inorgnicos, pigmentos orgnicos e pigmentos de efeito. Pigmentos inorgnicos: dixido de titnio, amarelo xido de ferro, vermelho xido de ferro, cromatos e molibidatos de chumbo, negro de fumo, azul da Prssia, etc. Pigmentos orgnicos: azul ftalocianinas azul e verde, quinacridona violeta e vermelha, perilenos vermelhos, toluidina vermelha, aril amdicos amarelos, etc. Pigmentos de efeito: alumnio metlico, mica, etc. Os corantes se fixam na superfcie que vo colorir atravs de mecanismo de adsoro. Ou ligaes inicas e covalentes, enquanto os pigmentos so dispersos no meio (tinta) formando uma disperso relativamente estvel. Os corantes so muito utilizados na indstria txtil e os pigmentos so fundamentais em tintas para revestimento. 4.3 Cargas As cargas so minerais industriais com caractersticas adequadas de brancura e granulometria, sendo as propriedades fsicas e qumicas tambm importantes. Elas so importantes na produo de tintas ltex e seus complementos, esmaltes sintticos foscos e acetinados, tintas a leo, tintas de fundo, etc.

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Os minerais mais utilizados so: carbonato de clcio, agalmatolito, caulim, barita, etc. Tambm so importantes os produtos de sntese (cargas sintticas) como por exemplo: carbonato de clcio precipitado, sulfato de brio, slica, slico-aluminato de sdio, etc. As cargas alm de baratearem uma tinta, colaboram para a melhoria de certas propriedades: cobertura, resistncia s intempries, etc. 4.4 Veculos ou Aglutinadores Como o prprio nome diz, servem para aglutinar (unir) as partculas de pigmentos. Os veculos ou aglutinadores incluem leos, vernizes, ltex e resinas naturais e sintticas. Por exemplo, um veculo de ltex obtido atravs da suspenso de partculas de resina sinttica em gua. Essa suspenso chamada de emulso. Tintas que utilizam esses veculos so denominadas tintas ltex, ou emulso. Quando um veculo entra em contato com o ar, seca e endurece. Essa ao transforma a tinta em uma pelcula rgida que retm o pigmento sobre a superfcie. 4.5 Solventes So compostos (orgnicos ou gua) responsveis pelo aspecto lquido da tinta com determinada viscosidade. Aps a aplicao da tinta, o solvente evapora deixando uma camada de filme seco sobre o substrato. Os solventes orgnicos so geralmente divididos em dois grupos: os hidrocarbonetos e os oxigenados. Por sua vez, os hidrocarbonetos podem ser subdivididos em dois tipos: alifticos e aromticos, enquanto que os oxigenados englobam os lcoois, acetatos, cetonas, teres, etc. A escolha de um solvente em uma tinta deve ser feita de acordo com a solubilidade das resinas respectivas da tinta, viscosidade e da forma de aplicao. Uma exceo importante so as tintas ltex, onde a gua a fase dispersora e no solubilizadora de polmero responsvel pelo revestimento. Atualmente existe um esforo mundial no sentido de diminuir o uso de solventes orgnicos em tintas, com iniciativas tais como: substituio por gua, aumento de teor de slidos, desenvolvimento de tintas em p, desenvolvimento de sistema de cura por ultravioleta, dentre outras; 4.6 Aditivos Este grupo de produtos qumicos envolve uma vasta gama de componentes que so empregados em baixas concentraes (geralmente < 5%) que tm funes especficas como conferir importantes propriedades s tintas e aos revestimentos respectivos, tais como: aumento de proteo anticorrosiva, bloqueadores dos raios UV, catalisadores de reaes, dispersantes e umectantes de pigmentos e cargas, melhoria de nivelamento, preservantes e antiespumantes. A tabela a seguir relaciona alguns aditivos a funo respectiva.

Tabela 1

Tipos de aditivos e as suas funes.

Aditivo Fotoiniciadores Secantes Agentes reolgicos

Funo Formao de radicais livres quando submetidos ao da radiao UV iniciando a cura das tintas de cura por UV. Catalisadores da secagem oxidativa de resinas alqudicas e leos vegetais polimerizados. Modificam a reologia das tintas (aquosas e sintticas) modificao esta necessria para se conseguir nivelamento, diminuio do escorrimento, etc.7

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Inibidores de corroso Dispersante Umectante Bactericidas Coalescentes

Conferem propriedades anticorrosivas ao revestimento. Melhoram a disperso dos pigmentos na tinta. Nos sistemas aquosos, aumentam a molhabilidade de cargas e pigmentos, facilitando a sua disperso. Evitam a degradao do filme da tinta devida ao de bactrias, fungos e algas. Facilitam a formao de um filme contnuo na secagem de tintas a base de gua unindo as partculas do ltex.

Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

5 PROCESSO DE FABRICAO Nas etapas de fabricao predominam as operaes fsicas (mistura, disperso, completagem, filtrao e envase), sendo que as converses qumicas acontecem na produo dos componentes (matrias-primas) da tinta e na secagem do filme aps aplicao. O processo de fabricao da tinta segue uma srie de etapas seqenciadas, quando a formulao deve ser rigidamente observada e obedecida. 1. Avaliao e Controle de Qualidade da matria-prima. 2. Pesagem das matrias-primas obedecendo formulao. A primeira etapa na fabricao de tinta a pesagem dos materiais lquidos para o veculo da tinta. Tubulaes iro transportar os materiais do tanque de estocagem.

Figura 1 Etapa de pesagem dos materiais lquidos. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm >

3. Pr - mistura O fabricante coloca uma pequena quantidade de veculo em um grande misturador mecnico. Depois adiciona gradualmente o pigmento pulverizado. As ps do misturador iro girar lentamente e transformaro os dois ingredientes em pasta de pigmento e de veculo.

Figura 2 Etapa de pr-mistura. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

4. Disperso (Moagem)

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Figura 3 Etapa de disperso (moagem). Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

Um operrio deposita a pasta em um moinho ou triturador para dispersar as partculas de pigmento e distribu-las uniformemente pelo veculo. Existem dois tipos de moinhos: de rolos e de bolas ou seixos. Moinhos de bola ou de seixo so grandes cilindros revestidos de ao que contm bolas de seixo ou de ao. Quando os cilindros giram, as bolas se movimentam e se chocam umas contra as outras, triturando a tinta. Um moinho de rolos tem cilindros de ao que rodam uns sobre os outros para triturar e misturar os pigmentos. A figura 3 mostra um moinho de rolos. 5. Diluio e secagem

Figura 4 Etapa de diluio e secagem. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

Aps a triturao, um operrio derrama a pasta moda em um tanque, onde misturada mecanicamente com mais veculo, solventes e secantes. Solventes como nafta ou gua afinam a pasta. Sais de chumbo, cobalto e mangans levam a tinta a secar rapidamente. Nessa fase, a tinta misturada at que esteja quase pronta para ser usada. 6. Completagem a etapa onde um operrio, chamado de tingidor, acerta a cor da tinta adicionando uma pequena quantidade de pigmento, para conferir-lhe a cor exata e o brilho desejado, conforme o padro estabelecido.

9 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Figura 5 Etapa de completagem. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

7. Teste de cor e controle de qualidade O tingidor envia uma amostra da nova tinta para o laboratrio de controle de qualidade da fbrica, que ir testar a cor e qualidade. Os padres de cor e qualidade so estabelecidos pelas fbricas de tintas e pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas. Os produtos so submetidos a rigorosas anlises para observao de viscosidade, brilho, cobertura, cor e secagem. Aps aprovao, so liberados para enchimento nas embalagens.

Figura 6 Etapa de teste de cor e controle de qualidade. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

8. Filtrao Depois de ter sido aprovada, a tinta finalmente filtrada atravs de um saco de feltro, ou de outro tipo de filtro, para remover partculas slidas de poeira ou sujeira.

Figura 7 Etapa de filtrao. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

9. Envase Esta a ltima etapa do processo. A tinta despejada em um tanque (mquina de alimentao) que ir encher as latas com a quantidade exata. Esteiras rolantes transportam as latas, que sero embarcadas em caminhes e trens para o transporte final.

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Figura 8 Etapa de envase. Fonte: < http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2002-1/Pinturas/aspectos_tecnicos.htm>

5.1 Processo de fabricao de tintas para revestimento

base solvente

O processo de produo deste tipo de tinta, geralmente abrange as seguintes operaes unitrias: pr-mistura, disperso (moagem), completao, filtrao e envase. A determinao das quantidades dos insumos deve ser feita atravs da pesagem e medio volumtrica com acuracidade adequada para tintas com as propriedades desejadas. Pr-mistura: Os insumos so adicionados a um tanque (aberto ou fechado) provido de agitao adequada na ordem indicada na frmula (documento bsico para a produo de uma tinta). O contedo agitado durante um perodo de tempo pr-determinado a fim de se conseguir uma relativa homogeneizao. Disperso (Moagem): O produto pr-disperso submetido disperso em moinhos adequados. Normalmente so utilizados moinhos horizontais ou verticais, dotados de diferentes meios de moagem: areia, zirconita, etc. Esta operao contnua, o que significa, que h transferncia do produto de um tanque de pr-mistura para o tanque de completagem. Durante esta operao ocorre o desagregamento dos pigmentos e cargas e ao mesmo tempo h a formao de uma disperso maximizada e estabilizada desses slidos. A disperso maximizada e estabilizada permite a otimizao do poder de cobertura e da tonalidade da tinta durante um perodo de tempo correspondente a validade da mesma. Completagem: Em um tanque, provido com agitao, so misturados, de acordo com a frmula, o produto de disperso e os componentes restantes da tinta. Nesta fase so feitos os acertos finais para que a tinta apresente parmetros e propriedades desejadas; assim feito o acerto de cor e da viscosidade, a correo do teor de slidos, etc. Filtrao: Aps a completagem e aprovao, a tinta filtrada e imediatamente aps envasada. Envase: A tinta envasada em embalagens pr-determinadas. O processo deve garantir a quantidade de tinta em cada embalagem. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricao:

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Figura 9 Fluxograma do processo de produo de tinta para revestimento base solvente. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf > 5.2 Processo de fabricao de tintas para revestimento base gua

Nos sistemas base de gua, a parte lquida predominantemente a gua. As tintas aquosas e os seus complementos, utilizados na construo civil, so um exemplo marcante, pois representam 80% de todas as tintas consumidas por esse segmento de mercado. Estes produtos, denominados genericamente de produtos ltex, so baseados em disperses aquosas polimricas (emulses) tais como: vinlicas, vinil acrlicas, acrlicas, estireno-acrlicas, etc. A parte voltil das tintas ltex constituda por 98% de gua e 2% de compostos orgnicos (valores mdios). As cargas minerais so particularmente importantes na produo de tintas ltex para a construo civil; sob o ponto de vista quantitativo, representam uma parte importante da composio dessas tintas. Em tintas industriais, os sistemas aquosos esto adquirindo uma importncia crescente; o primer eletrofortico, utilizado na pintura original automotiva, um dos exemplos mais importantes. Algumas tintas de acabamento automotivo tambm so aquosas. importante salientar que em tintas industriais h outras tecnologias concorrentes dos sistemas aquosos na soluo de problemas ambientais como, por exemplo, tintas em p, tintas de cura por UV, tintas de altos slidos, etc. 5.2.1 Processo de fabricao de tinta ltex O processo de produo desse tipo de tinta mais simples de que o usado na produo de tintas base solvente. Pr-mistura: Em um equipamento provido de agitao adequada so misturados: gua, aditivos, cargas e pigmentos (dixido de titnio). A disperso feita em seqncia no mesmo equipamento.

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Completagem: Esta etapa feita em um tanque provido de agitao adequada onde so adicionados: gua, emulso, aditivos, coalescentes e o produto da disperso. Nesta etapa, so feitos o acerto e as correes necessrias para que se obtenham as caractersticas especificadas da tinta. Filtrao e envase: Estas etapas ocorrem simultaneamente. Sua maior aplicao no ramo imobilirio, predominando as tintas ltex. As etapas de fabricao so basicamente as mesmas da base solvente. As diferenas resumem-se a ordem de adio dos componentes da tinta. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricao.

Figura 10 Fluxograma do processo de produo de tinta base gua para a construo civil. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf > 5.3 Processo de fabricao de tintas em p

As tintas em p so isentas de componentes lquidos em sua formulao. So produtos slidos apresentando-se na forma de p temperatura ambiente. A aplicao geralmente feita atravs de processos eletrostticos, isto , o p carregado com carga eltrica proporcionada por um revlver nebulizador especial para tal finalidade. Entre o revlver e a pea a ser pintada h formao de um campo eltrico e de uma diferena de potencial adequada. O p fica eletricamente na superfcie da pea por um perodo de tempo (alguns minutos) suficiente para que esta seja aquecida em uma estufa a uma temperatura adequada para que ocorra a fuso do p e em seguida a formao do revestimento. As tintas em p podem ser classificadas em dois grupos considerando o mecanismo da formao do revestimento: Tintas em p termoplsticas: o p depois de aplicado aquecido a uma temperatura superior da fuso quando ento o lquido resultante recobre a superfcie; o resfriamento da pea para as condies normais de temperatura transforma esse revestimento lquido em um revestimento duro e protetor. No h qualquer transformao qumica nesse mecanismo. So exemplos: tintas em p base de nylon, tintas em p a base de PVC, etc. Tintas em p termoconvertveis: ocorre uma reao entre a resina e o agente de cura aps a fuso do p. Ocorre ento, a formao de uma outra espcie qumica com um peso molecular muito grande; como conseqncia das propriedades fsicas e qumicas do revestimento so maximizadas.13 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

As tintas em p tipo termoconvertveis so mais importantes na pintura de produtos industriais tais como, eletrodomsticos, tubos de ao para oleodutos, etc. So exemplos: tintas em p epxi, tintas em p epxi polister, tintas em p acrlicas, polister puro, etc. 5.3.1 Processo de fabricao de tintas em p termoplsticas

O p depois de aplicado aquecido a uma temperatura superior da fuso quando ento o lquido resultante recobre a superfcie; o resfriamento da pea para as condies normais de temperatura transforma esse revestimento lquido em um revestimento duro e protetor. No h qualquer transformao qumica nesse mecanismo. So exemplos: tintas em p base de nylon, tintas em p base PVC, etc. 5.3.2 Processo de fabricao de tintas em p termoconvertveis

Ocorre uma reao entre resina e o agente de cura aps a fuso do p. Ocorre ento, a formao de outra espcie qumica com um peso molecular muito grande; como conseqncia as propriedades fsicas e qumicas do revestimento so maximizadas. As tintas em p tipo termoconvertveis so importantes na pintura de produtos industriais tais como, eletrodomsticos, tubos de ao para oleodutos, etc. So exemplos: tintas em p epxi, tintas em p epxi polister, tintas em p acrlicas, polister puro, etc. O processo produtivo envolve as seguintes etapas: Pr mistura: Os componentes da frmula so misturados em um misturador de produtos slidos at conseguir uma relativa homogeneizao. Extruso: O produto da pr-mistura extrusado em uma extrusora cujo canho tenha zonas de diferentes temperaturas. A temperatura de sada do material ao redor de 95C. muito importante controlar as temperaturas das diferentes partes do canho para se obter uma extruso eficiente e evitar acidentes. Na extruso ocorre a homogeneizao do material, bem como, a disperso dos pigmentos e das cargas. Resfriamento: O material extrusado resfriado em uma cinta de ao resfriadora. Granulao: O produto resfriado granulado em partculas de tamanho variando entre 2 a 3 mm. Moagem: O produto granulado modo em um micronizador dotado de sistema de classificao e possvel de ser regulado para que se obtenha uma determinada distribuio granulomtrica do p. Um perfil granulomtrico tpico apresenta partculas com tamanhos variando entre 10 e 100 micrmetros. O micronizador deve ser um sistema eficiente de dissipao do calor formado na micronizao Classificao e envase: O processo de envase deve estar acoplado a um sistema de classificao granulomtrica a fim de evitar que, partculas maiores que o especificado, contamine o produto embalado. Geralmente, as tintas em p so embaladas em caixas de papelo providas com um saco plstico. O fluxograma a seguir ilustra a fabricao de tinta em p.

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Figura 11 Fluxograma do processo de produo de tinta em p aplicada para revestimentos industriais. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf > 5.4 Processo de fabricao de tintas para impresso

As tintas para impresso compem um grupo a parte dentro do setor de tintas. Os produtos se destinam a impresso de embalagens (plsticas, papel, carto, metal), publicaes diversas, material didtico, etc. Assim, tm-se tintas para flexografia, rotogravura, off-set reativas, tipografia, metalgrafia, secagem ultravioleta, litografia e silk-screen. As principais etapas de fabricao para esse tipo de tinta so: Pesagem: Nas fbricas de tintas, as matrias-primas so pesadas manualmente ou automaticamente. Entretanto, a automatizao mais comum quando as matrias-primas so lquidas ou pastosas, e manuais para matrias-primas slidas. Disperso: Nesta etapa do processo, os componentes sofrem uma primeira homogeneizao, este processo fsico visa reduzir as matrias primas slidas a pequenas partculas de tamanho uniforme e distribu-las por igual junto das matrias primas lquidas. Moagem: Dependendo das caractersticas tcnicas de cada produto, necessrio acrescentar mais uma etapa a moagem. Este processo tem como objetivo reduzir ainda mais o tamanho das partculas, facilitando ainda mais a uniformidade do lote. Afinao/Diluio: O lote enviado para tanques e/ou misturadores onde ocorre a adio de solventes, vernizes e aditivos. Filtragem: Aps a diluio, a tinta filtrada par remoo de partculas no dispersas ou qualquer outro slido presente. Envase e Armazenamento: A tinta transferida para latas, baldes, tambores ou containers, rotulada, embalada e encaminhada para o estoque e/ou expedio. As tintas grficas ou litogrficas secam por oxidao (polimerizao) do veculo e possuem caractersticas espessas e viscosas, conferindo a elas uma consistncia pastosa. J as tintas utilizadas para retrogravura e flexografias so mais fluidas, veculo bem menos viscoso e secam por evaporao do veculo. O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricao:

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Figura 12 Fluxograma do processo de produo de tintas. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

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PERFIL DO SETOR

6.1 - Mercado de tintas e vernizes no Brasil Composto por produtos das linhas imobiliria, industrial e automotiva, o setor de tintas e vernizes tem nmeros expressivos e grande potencial para crescimento. O mercado brasileiro de tintas j bastante consolidado. Embora muitas vezes passem despercebidas, as tintas so produtos fundamentais onde quer que se v ou qualquer item que se fabrique: veculos automotivos, bicicletas, capacetes, mveis, brinquedos, eletrodomsticos, vesturio, equipamentos, artesanatos, em impresso e serigrafia na construo civil, superando assim a marca de um bilho de litros de tintas produzidas anualmente. Este volume coloca o Brasil como o quarto produtor mundial de tintas, com um mercado formado por grandes empresas (nacionais e multinacionais) e fabricantes de mdio e pequeno porte, voltados para o consumo em geral e para segmentos com necessidades especficas. Estima-se que mais de 400 indstrias operem atualmente no Pas, responsveis pela gerao de quase 16 mil empregos diretos. Em 2005, foram consumidos 319,757 milhes de gales de tintas um incremento de 3,03% sobre a demanda do ano anterior, que foi de 310,366 milhes de gales de tintas e vernizes. Este volume correspondeu a um faturamento, no ano passado, de US$ 2,04 bilhes, valor que em 2004 chegou a US$ 1,75 bilho. O aumento de 16,77% no faturamento deve-se no apenas evoluo do setor, mas tambm desvalorizao do real frente ao dlar ocorrida em 2005. Tais nmeros, no entanto, ficaram abaixo do esperado por representantes do setor, devido pequena evoluo da economia como um todo e ao fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005. O histrico de desempenho do setor indica que o mercado de tintas cresce em um nvel semelhante ao da economia brasileira em perodos de crescimento moderado. Embora alguns setores econmicos se desenvolvam a taxas bastante favorveis, como o automobilstico, por exemplo, outros fortemente atrelados ao de tintas deixam muito a desejar, como a construo civil. E no difcil entender o por qu: enquanto o segmento automotivo (original e repintura) representa em torno e 7% do volume total de tintas16 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

produzido e entre 15 e 17% do faturamento do setor, o da construo civil chega a corresponder a 65% das vendas de tintas no Pas em torno de 60% do faturamento total. Assim, se a construo civil no cresce, tambm no se eleva a demanda pela maioria dos produtos fabricados pela indstria de tintas e vernizes. 6.2 Comrcio Exterior

Mesmo com a valorizao do real frente o dlar, as exportaes tiveram papel importante para o desempenho do setor de tintas e vernizes no ano passado. Assim como havia sido projetado pelo setor, as vendas para o mercado externo atingiram em faturamento de US$ 106,765 milhes contra US$93,291 milhes de 2004, o que representou um crescimento de 14,44%. Em volumes, as exportaes totalizaram, em 2005, 48.333 toneladas um crescimento de 2,16% em relao ao ano anterior, porm, com preo mdio subindo de US$ 1,97 para US$ 2,21/kg. O bom desempenho nas vendas externas fez com que a relao entre importao e exportao de tintas melhorasse muito nesse ltimo ano: para cada US$ 10 de importao o setor est exportando US$ 8. Em 1996, essa relao era de US$ 10 importados para US$ 6 exportados. Nas importaes, os negcios apurados em 2005 foram de US$ 134,903 milhes ante US$ 132,976 de 2004- crescimento de apenas 1,44%. Em relao aos volumes, forma importadas, em 2005, 35.910 toneladas de 2004, o que significou um crescimento de 1,84% aproximadamente, porm, com pequena queda do preo mdio, que passou de US$ 3,77 para US$ 3,76. No que se refere aos negcios realizados com o Mercosul, os resultados tambm no decepcionaram. A balana comercial destes negcios fechou com crescimento de 27% em comparao a 2004. Foram exportados US$ 49,172 milhes contra US$ 38,746 milhes no exerccio anterior. Em se tratando de importao originria dos pases do Mercosul, o montante foi de US$ 13,943 milhes, um total de 35,3% maior que 2004, que somou US$ 10,305 milhes. 6.3 Exportao 2006

O setor cresceu mais de 11% nas exportaes e atingiu um faturamento de mais de US$ 118 milhes, em 2006. A pesquisa realizada junto ao setor, indica que o setor totalizou (at setembro de 2006) exportaes de 37.373 toneladas, o que projeta para o ano um total de 49.831 toneladas, contra 48.333 toneladas em 2005. Apesar de projetar um pequeno crescimento, em volume em relao a 2005, o preo mdio de venda dever subir de US$ 2,21 para US$ 2,38/kg. Em faturamento, os negcios apurados nestes primeiros nove meses, de 2006, totalizaram US$ 88,915 milhes, indicando para o ano um faturamento de US$ 118,553 milhes, ante US$ 106,765 milhes de 2005. Apesar de representarem pouco mais de 5% do faturamento total do setor de tintas e vernizes, as exportaes tm papel importante para o desempenho do mercado e possuem grande potencial para crescimento. O setor est muito bem preparado seja em nvel de produtos, servios, inovaes ou tecnologia. Dentro deste cenrio satisfatrio para as vendas externas, destacam-se nas exportaes as tintas e vernizes de maior valor agregado, indicadas para os segmentos automotivo, industrial e de impresso. Tendo o Mercosul como maior mercado internacional para os produtos brasileiros. Os segmentos que exportam itens j pintados, como os de eletrodomsticos, automveis ou mveis, tambm possuem papel importante nesses resultados.

17 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Tabela 2

Relao de consumo de tintas anual.

Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

7 MEIO AMBIENTE Segundo o pesquisador Neusvaldo Lira de Almeida, responsvel pelo laboratrio de corroso e tratamento de superfcie do IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLGICAS do Estado de So Paulo, at 2006 muitos pases da Comunidade Europia, Estados Unidos, Canad e Japo substituram, por fora de lei, tintas convencionais base de solventes orgnicos 100% volteis e pigmentos base de metais pesados, como mercrio, chumbo, cdmio, brio, selnio e zinco, por tintas base d'gua, com baixo teor de solventes. No Brasil, legislaes nesse sentido dependem das posies a serem tomadas pelos fabricantes, mas as mudanas previstas em outros pases tambm podem se refletir no perfil da produo brasileira, caso os fabricantes pretendam exportar seus produtos, uma vez que estando fora da conformidade com as questes ambientais correriam o risco de no ser aceitos em vrias partes do mundo. As observaes feitas pelo pesquisador ainda so somadas a outros desafios a transpor. Na experincia do laboratrio do IPT, ainda no se conseguiu desenvolver tintas epxi ou poliuretnicas base d'gua que ofeream proteo contra corroso. Por isso, segundo acredita ele, a nica alternativa centrar esforos na continuidade das pesquisas para se alcanar, no futuro, novo patamar de desenvolvimento tecnolgico no setor. Em busca de novas formulaes, Almeida relata resultados iniciais de estudo realizados por ele em conjunto com a Logus Qumica, visando desenvolver e testar aditivo atxico e anticorrosivo para tintas direcionadas a aplicaes em superfcies metlicas, com vistas a substituir os pigmentos base de metais pesados. O aditivo, no caso, uma pasta emulsionvel base de imidazolina de cidos graxos extrados do leo de babau para incorporao s tintas base d'gua, apresentou em teste desempenho semelhante ao das tintas convencionais acrlicas. Em seu relato, Almeida ainda destaca vrias formulaes de tintas ecolgicas com baixo teor de solventes (Low VOC Low Volatile Organic Compounds) e pigmentos isentos de metais pesados, baseados em fosfato de zinco, zinco metlico, xido de ferro, silicato de clcio, negro de fumo e dixido de titnio, disponveis para se formular tintas base d'gua. Nesse segmento de tintas ecolgicas, os maiores destaques ficam por conta de tintas de alta espessura, com alto teor de slidos e teores de solventes em torno de 30%, contrapondo-se com as tintas convencionais cujos teores de solventes chegam a 70%, alm das tintas base d'gua, com teores de solvente de 5% at 6%. As formulaes alqudicas completaram o relato, envolvendo os esmaltes sintticos ou primers base d'gua. No rol das tintas ecolgicas, Almeida faz referncia s tintas ricas em zinco, silicatos inorgnicos de zinco hidrossolvel, que atuam como primers aplicados sobre superfcies em ao carbono, conferindo proteo catdica e resistncia a solventes. "So tintas inorgnicas que apresentam excelente desempenho contra a corroso, ideais para a pintura interna de tanques de solventes, superfcies que operam18 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

aquecidas sob temperaturas at 500C, estruturas metlicas expostas a ambientes industriais e marinhos, mas que no podem ser aplicadas em hiptese alguma em tanques para armazenamento de gua devido possibilidade de gerar contaminao", esclarece. As tintas ltex de baixo odor e baixo VOC (componente orgnico voltil) so formuladas com uma nova tecnologia que respeita o meio ambiente, evitando a poluio do ar e problemas que surgem devido ao VOC, como alergias e irritaes. Mundialmente, a indstria de tintas tem trabalhado no desenvolvimento de tintas que no necessitem de nenhum solvente em sua composio (livres de VOC). Para isto, algumas indstrias desenvolveram ligantes que formam pelcula sem a necessidade de solventes (coalescente e glicol), e que possibilitam formular tintas com as mesmas caractersticas das disponveis no mercado atualmente. importante ressaltar que se pode formular tintas de baixo odor atravs da utilizao de solventes de odor pouco acentuados o que no significa que as mesmas tero baixo VOC podendo trazer complicaes ao meio ambiente e a sade do usurio. As tintas e adesivos tambm fazem parte dos materiais utilizados no acabamento dos mveis. Para chamar a ateno dos empresrios para a necessidade de aprimoramento de seus produtos, os fornecedores de tintas e adesivos tm investido em inovaes, desenvolvendo novas cores e caractersticas que melhoram a qualidade do produto. Alm das tintas base de gua outro destaque fica por conta das tintas em p, que no agridem o meio ambiente devido s suas caractersticas reciclveis e livre de solventes. Outro lanamento tecnolgico a tinta em p cromada transparente, que pode substituir mveis em cromo, um produto que causa srios danos ao meio ambiente. Os adesivos que no contm solventes no agridem a camada de oznio e no so inflamveis, o que pode causar acidentes nas indstrias, alm de prejudicar a sade dos trabalhadores, que ficam em constante contato com materiais txicos. O INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA HABITAO ECOLGICA (IDHEA) vem realizando um trabalho pioneiro no Brasil de pesquisa e investigao de produtos e materiais para pinturas ecolgicas com uso em Arquitetura e Construo Civil. Trata-se de um estudo que alia o conhecimento de modernas tcnicas e insumos a um resgate de tcnicas milenares e centenares, que aproveita o conhecimento obtido desenvolvido por civilizaes como a egpcia, a grega e perodos como o Renascimento e as arquiteturas vernaculares de diversas naes. O resultado uma ampla gama de materiais e produtos, de elevado padro esttico-cultural-ambiental. Algumas caractersticas das tintas ecolgicas: So naturais. No agridem a sade do aplicador e do usurio. Isentas de produtos derivados de petrleo. No usam pigmentos base de metais pesados. Isentas de cheiro, no eliminam compostos orgnicos volteis (COV s), no poluem o ar interior, no alteram o equilbrio inico da habitao. No causam dores de cabea durante a aplicao ou depois dela. No contaminam a gua, o solo ou a atmosfera. Permitem a respirao da parede. Permeveis ao vapor da gua e bons reguladores da umidade relativa do ar. As embalagens utilizadas so retornveis. Permitem combinaes altamente criativas. Custo competitivo. So eco-educativas e estimulam a conscincia ecolgica. 7.1 Aspectos e impactos ambientais19 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Os principais impactos ambientais que podem resultar de atividades das empresas do setor de tintas e vernizes, bem como, as relaes de causa entre os processos produtivos e o meio ambiente so os que seguem. 7.1.2 Principais insumos

a) Energia No segmento de tintas e vernizes utiliza-se energia eltrica em instalaes e maquinrios para disperso, mistura e enlatamento. Algumas instalaes podem empregar leo combustvel, leo diesel ou gs natural para gerao de calor. Nestes casos, o controle de eficincia de queima deve ser feito de modo a minimizar as emisses de monxido de carbono, xidos de enxofre e materiais particulados para a atmosfera. Para operao e manuteno dessas instalaes, tambm existe gerao de resduos, tais como, borras oleosas, estopas sujas, embalagens de combustvel, entre outros. b) gua A gua o recurso natural mais empregado no setor e se d em larga escala e para diversos fins. Considervel parcela pode ser incorporada ao produto, parte empregada nas operaes de limpeza e lavagem de mquinas, equipamentos e instalaes industriais, alm do uso na rea de utilidades e manuteno. O uso descontrolado deste insumo pode levar crescente degradao das reservas, apontando para a necessidade urgente de adoo de poltica racional de consumo. O rebaixamento do nvel dos aqferos subterrneos, pela perfurao exagerada ou explorao excessiva de poos existentes, gradativamente leva a um descontrole econmico dos custos de produo, bombeamento e diminuio do rendimento da operao. necessrio conscientizar os usurios quanto a formas de minimizar o consumo de gua no apenas na indstria, mas tambm nas prticas cotidianas de cada indivduo. c) Matrias primas e produtos auxiliares

A variedade e quantidade de matrias-primas e produtos auxiliares empregados no setor de tintas e vernizes extremamente grande. Pode-se citar alguns, tais como: resinas; pigmentos; solventes aditivos Vrias destas matrias-primas possuem propriedades txicas, irritantes e corrosivas, o que torna essencial o conhecimento de seus efeitos potenciais sobre a sade humana e meio ambiente, assim como sobre os procedimentos emergenciais em caso de derramamentos acidentais, contaminaes e intoxicaes. Tais informaes so obtidas nas Fichas de Informao de Segurana de Produto Qumico (FISPQ) e so essenciais para determinar quais equipamentos de proteo individual (EPI) ou coletiva (EPC) devero ser adotados em todos os procedimentos. 7.1.3 Principais interferncias do meio

Os principais impactos do setor podem estar associados tanto ao processo produtivo, como gerao de efluentes, ao prprio uso de produtos ou mesmo gerao de resduos de embalagem ps-uso.20 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

7.1.4

Emisses atmosfricas

a) Compostos orgnicos volteis (VOC) A emisso de compostos orgnicos volteis resultado de diversos processos, como por exemplo: combusto incompleta; emisses durante todas as etapas do processo de fabricao, especialmente quando realizados em equipamentos abertos; emisses fugitivas de silos de matria-prima; limpeza de equipamentos; vazamentos de selos, gaxetas e vlvulas de tubulaes. O uso de equipamentos fechados durante o processo minimiza a emisso de compostos orgnicos volteis, sendo recomendvel inclusive para reduzir perdas de matria-prima. Materiais particulados no setor esto relacionados, principalmente, aos processos de pesagem de matrias-primas slidas (ps) e disperso. Para minimizar a quantidade de material particulado em suspenso, pode-se tomar algumas medidas, tais como, enclausuramento da etapa do processo e instalao de sistema de exausto. 7.1.5 Efluentes lquidos

Este tema pode ser separado em dois efluentes distintos: efluentes domsticos (gerados em atividades como vestirios, banheiros e restaurante) e efluentes industriais (gerados no processo produtivo). Algumas empresas do setor j executam o seu processo de tratamento considerando os dois efluentes, como pode ser observado a seguir:

Figura 13 Fluxograma do processo de produo de tintas. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

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A maior fonte de gerao de efluentes est nas operaes de lavagem entre lotes de cores diferentes. Uma vez descarregados os equipamentos, estes so lavados (com gua, solventes, soluo de NaOH). So gerados efluentes que contm altas concentraes de solventes e slidos suspensos, geralmente coloridos, que requerem tratamento. Em relao composio destes efluentes, h variaes significativas entre as diferentes empresas, que podem ser atribudas principalmente diversidade de matrias-primas envolvidas para a produo das tintas. Assim como, variaes significativas entre os resultados analticos de diferentes empresas para os mesmos parmetros, que pode ser atribuda principalmente diversidade de matrias-primas envolvidas para a obteno dos produtos e, tambm, s diferentes quantidades de gua utilizada nas operaes. A composio dos efluentes do setor no varia em funo do tipo de produto elaborado, porm algumas substncias normalmente presentes que, de modo geral, podem ocorrer em concentraes acima das permitidas em legislao especfica para lanamento sem tratamento prvio. Dentre estes, podem ser citados os seguintes poluentes e efeitos adversos associados: leos e graxas: a pequena solubilidade dos leos e graxas prejudica sua degradao em estaes de tratamento de efluentes por processos biolgicos e, quando presentes em mananciais utilizados para abastecimento pblico, podem causar problemas no tratamento de gua, alm de impedir a transferncia do oxignio da atmosfera para o meio hdrico, trazendo problemas para a vida aqutica. Solventes: so txicos e tendem a contribuir para a contaminao do solo caso sejam manipulados de forma inadequada. Podem causar desequilbrio do pH se lanados em corpos d gua. Fosfatos: presentes na formulao de algumas tintas, podem em altas concentraes, levar a proliferao de algas e plantas aquticas, e provocar o fenmeno de eutrofizao dos corpos d gua, que causa o desequilbrio no pH do corpo aquoso, bem como, grandes oscilaes nas concentraes de oxignio dissolvido, com maiores valores no perodo de maior luminosidade, e valores eventualmente prximos de zero durante a noite. A legislao ambiental estabelece que os despejos industriais devem ser tratados, de modo que as caractersticas fsico-qumicas dos efluentes estejam de acordo com os padres estabelecidos pela Resoluo CONAMA n. 357, de 17/03/2005. Muitos estados possuem legislao prpria. No estado de So Paulo, o lanamento de efluentes industriais regulamentado pelo Decreto n. 8468/76. Em geral, quando o estado possui regulamentao alm da federal, exigido o atendimento aos padres mais restritivos. Em relao ao contedo destas leis, existem dois tipos de padres: de emisso (ou lanamento) e de qualidade. O primeiro, regulamenta a mxima concentrao de cada poluente que ser permitida no efluente lanado (seja em corpos d gua ou rede coletora de esgoto) enquanto que o segundo, determina as concentraes mximas desses poluentes para cada classe de corpo d gua. Quando lanados em corpos d gua, o efluente final dever, simultaneamente, atender a ambos os padres de emisso e qualidade, apresentando caractersticas aceitveis para o lanamento e de forma a garantir que o corpo d gua mantenha seu enquadramento, conforme estipulado na Resoluo CONAMA n. 357/05, para gua doce, salina e salobra.

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A figura a seguir ilustra um comparativo entre as legislaes nacionais e do estado de So Paulo para lanamento de efluentes:

Figura 14 - Comparativo entre as legislaes nacionais e do estado de So Paulo para lanamento de efluentes. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

Considera-se que o melhor sistema aquele mais adequado a cada situao, entretanto qualquer que seja a soluo adotada, deve-se atentar para: o volume de lodo gerado e os custos de seu correto gerenciamento e destinao final; a energia eltrica consumida (custo operacional); os custos de manuteno; os produtos qumicos necessrios (custo operacional); a rea e tecnologia disponveis. Esquema geral de tratamento de efluentes industriais:

Figura 15 Estao de tratamento de efluentes industriais. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

7.1.6

Resduos

A Organizao Mundial de Sade (OMS) define o resduo como qualquer coisa que seu proprietrio no quer mais e que no possui valor comercial. A norma tcnica da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) NBR 10004:2004 define os resduos slidos como: resduos nos estados slidos e semi-slidos, que resultam de atividades de origem industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e23 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes de sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como, determinados lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua, ou exijam para isso, solues tcnicas e economicamente inviveis em face melhor tecnologia disponvel . De acordo com esta norma, os resduos so classificados em: Classe I: Perigoso aqueles que apresentam periculosidade em funo de suas propriedades fsicas, qumicas ou infecto-contagiosas, podendo apresentar riscos sade pblica e ao meio ambiente.

Classe II: No perigosos contaminada. como resduos de restaurantes, papel, papelo, sucata ferrosa no

II A NO INERTES aqueles que no se enquadram nos resduos CLASSE I ou II B e no podem ter propriedades como combustibilidade, solubilidade em gua ou biodegradabilidade. II B INERTES qualquer resduo que quando amostrado de uma forma representativa, de acordo com as NBR s 10006 e 10007, no tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentraes superiores aos padres de portabilidade de gua. 7.1.6.1 Resduos da fabricao de tintas a) Base solvente Embalagens de insumos Papel: compactar e encaminhar para reciclagem de papel e papelo ou retornar ao fornecedor de matria-prima; no caso de embalagens de produtos perigosos, por exemplo, pigmentos, cromatos e molibidatos, recomenda-se somente que estas embalagens sejam retornadas ao fornecedor. Plstico (rgido ou flexveis): retornar ao fornecedor de matria-prima ou encaminhar para reciclagem. Metlicas: tambores de 50, 100 ou 200 litros: encaminhar para recicladores de metal. Volumes menores: encaminhar para unidades de siderurgia para reciclagem como sucata de ao. Solvente Solvente de limpeza dever ser aproveitado atravs da destilao em empresas credenciadas de recuperao de solventes. Slidos em suspenso Junto ao manuseio de insumos particulados, dever haver sistema de exausto com sistema de filtrao adequado. Material filtrante Incinerao.24 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

b) Base d gua gua guas residuais de lavagem dos equipamentos de tintas ltex no contm pigmentos de metais pesados porque h uma incompatibilidade qumica entre estes pigmentos e a prpria natureza das tintas aquosas. Portanto, encaminhar para tratamento de efluentes. Slidos em suspenso Junto ao manuseio de insumos particulados, dever haver sistema de exausto com sistema de filtrao adequado. Restrito a reutilizao de cargas ou pigmento branco nos lotes dos produtos subseqentes. c) Tintas em p Correspondem s sadas do fluxograma constante na figura 14. Abaixo seguem alternativas para direcionamento. Slidos em suspenso Junto ao manuseio de insumos particulados, dever haver sistema de exausto com sistema de filtrao adequado. P proveniente da filtrao (filtro de manga) moagem

Deve ser coletado e utilizado nas fabricaes subseqentes respeitando-se as devidas compatibilidades das cores. Nota: Os lotes de tintas que apresentarem variaes na qualidade podem ser recuperados em outros lotes de tintas similares, obedecendo a critrios estudados previamente em laboratrio. 8 MEDIDAS DE PRODUO MAIS LIMPA (P + L)

A aplicao dos conceitos de P + L deve levar em considerao as boas prticas de fabricao com o uso racional dos recursos, melhoria do processo, otimizao de formulao, etc. Tambm devem ser consideradas as possibilidades de reciclagem de diversos resduos e reaproveitamento de solventes em outros processos. A seguir so apresentadas algumas sugestes de aes de P + L. Em funo destas sugestes de carter geral, cada empresa deve buscar as melhores prticas em seus processos. a) Gradao de cores e formulaes compatveis Para minimizar os resduos gerados pela limpeza de equipamentos, recomenda-se que seja implantada, no sistema de Planejamento e Controle de Produo (PCP), a ordenao dos lotes por critrio de cores. Inicia-se pelos produtos de cores mais claras e passa-se gradativamente para as mais escuras, sempre dentro de uma mesma linha de produtos para evitar problemas de compatibilidade. Desse modo, os eventuais resduos da cor anterior no afetaro significativamente os produtos das tonalidades seguintes. Esta medida promove a diminuio da freqncia das operaes de limpeza entre lotes, o que resulta na reduo de gua ou solventes e dos efluentes e resduos gerados. Fazendo-se uso de uma boa formulao, podemos utilizar parte do solvente dessa tinta nas etapas de limpeza dos equipamentos sendo utilizado na etapa de completagem, diminuindo assim os resduos. b) Adequao de lay-out

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O lay-out das plantas deve permitir que as transferncias de uma etapa para outra, possam ser realizadas por gravidade ou quando no possvel, com otimizao no uso de bombas, reduzindo o consumo de energia eltrica. c) Lavagem a alta presso de tachos de tintas aquosas A aplicao de lavagem a alta presso, prtica bastante difundida, tem objetivo de reduzir o consumo de gua e produtos de limpeza. A aplicao de um sistema de alta presso remove a tinta aderida s paredes dos tachos, com maior facilidade, com reduo de tempo de lavagem, diminuio do consumo de gua e a conseqente reduo do volume de lodo gerado. Os sistemas podem ser manuais ou automticos, com vantagens para estes ltimos, devido ao maior controle do volume de gua e de produtos qumicos utilizados. Um processo que mais eficiente a utilizao de vapor a alta presso para limpeza dos tachos, o que reduz consideravelmente a gerao de resduos. d) Uso de tachos de ao inox polido Atualmente muitas empresas utilizam regularmente tachos de ao carbono apesar das vantagens do ao inox. Embora o investimento inicial seja maior, o uso de tachos de inox ou de inox polido traz inmeras vantagens ao processo, dentre as quais pode-se citar: aumento da eficincia de limpeza; reduo de consumo de agentes de limpeza; reduo de desperdcio de produto; diminuio na gerao de lodo. e) Limpeza em contra-corrente Segundo esta tcnica, na limpeza de tachos e equipamentos, utiliza-se primeiro a soluo de limpeza suja (j utilizada) para a remoo da sujeira grossa. A limpeza final feita com uma soluo limpa, o que permite sua reutilizao em operaes posteriores, como mostra a figura a seguir:

Figura 16 Reciclagem do solvente sujo/borra. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

Para o solvente sujo, as empresas do setor utilizam a recuperao, seja em destiladores prprios ou em empresas especializadas para este fim, que devem ser devidamente licenciadas no rgo ambiental. As borras podem ser separadas por cores e destinadas para empresas especializadas em reaproveitamento. A atividade dessas empresas tambm est sujeita aprovao do rgo ambiental competente. f) Reuso de gua de lavagem aps ETE (Estao de Tratamento de Efluentes)26 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

As guas de lavagem podem ser reutilizadas em outra parte da planta, em funo de suas caractersticas, sendo as alternativas mais comuns a limpeza de pisos, reserva para combate a incndios, lavagem de fachadas, asperso em telhados para reduo da temperatura interna da edificao, processo de resfriamento de equipamentos e espelhos d gua. A utilizao de tecnologias, como por exemplo, a de membranas (ultrafiltrao) permite que a gua seja reutilizada no prprio processo de lavagem. g) Substituio de compostos perigosos Cada vez mais as empresas esto engajadas em substituir as matrias-primas consideradas perigosas sade, segurana e maio ambiente, por outras de menor toxicidade e impactos. A medida mais comum a substituio dos pigmentos de metais pesados (base chumbo, cromo, cdmio) por outros menos txicos. Esta medida apresenta limitaes quanto gama de cores e a cobertura. Formaldedo usado como preservante em tintas e vernizes. Por ser elemento com suspeitas de ser cancergeno, tem sido eliminado das formulaes. Biocidas base de mercrio so produtos que foram abandonados pela sua toxicidade, substitudos por compostos de isotiazolina. O uso deste ltimo composto sofre restries por ser alergnico. Organo-silanos podem ser usados na formulao de primers no lugar de agentes anticorrosivos a base de cromo hexavalente. Fungicidas a base de trifenil estanho ou tributil estanho devem ser evitados. So compostos de estanho orgnico capazes de causar irritaes de pele e problemas endcrinos. J existem no mercado, agentes coalescentes para tintas aquosas com baixo teor de VOC em substituio aos tradicionais TMB e glicis. h) Uso de linhas dedicadas Dentro das vrias linhas de produtos, sempre h aqueles que ocupam grande parte do tempo de produo e/ou grande demanda. Para estes produtos, medida de economia destacar linhas exclusivas para sua produo. Dessa forma, evitam-se lavagens nas trocas de produtos, permitindo a produo de forma contnua. A no realizao de lavagens implica como nas medidas anteriores, em reduo do volume de efluentes a serem tratados, consumo de produtos qumicos e diminuio no lodo de tratamento. Utilizao de PIG na limpeza de tubulaes. Os PIG s so dispositivos feitos geralmente de elastmeros, na forma de projteis, que percorrem o interior das tubulaes para fins de limpeza. No lanamento dos PIG s utilizado ar comprimido. Este projtil empurra o produto ou sujeiras aderidas s paredes das tubulaes at uma estao em que o PIG recolhido. Com esta medida h uma reduo considervel da utilizao de agentes de limpeza midos, pois os projteis funcionam como agentes de limpeza fsica. i) Compressores e linhas de ar comprimido Para aumentar a eficincia de compressores e linhas de ar comprimido, pode-se dotar algumas medidas simples, como por exemplo: Controle de vazamentos: vazamentos so responsveis por perdas de 20 a 50% nas plantas. A manuteno peridica garante melhor eficincia e muitas vezes evitam a compra de compressores adicionais para suprir a demanda.27 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Projetos de linha: conexes, curvas, medidores e outros elementos contribuem naturalmente par a perda de presso nas linhas de ar comprimido. O dimensionamento de novas linhas ou a ampliao das linhas j existentes deve ser bem planejado, a fim de obter a mxima eficincia dos compressores. j) Motores Devido ampla utilizao de motores no processo produtivo, existem vrias oportunidades de aumentar a eficincia, com efeitos diretos sobre o consumo de energia, tais como: Manuteno preventiva Lubrificao: a correta lubrificao dos motores previne a gerao desnecessria de resduos (sucatas, leo e graxa, etc.) aumenta a vida til do equipamento e melhora a eficincia do processo. Alinhamento de eixos: o correto alinhamento assegura uma transmisso de potncia segura e suave. Um alinhamento incorreto causa tenses nos eixos e mancais, diminuindo sua vida til e a eficincia do sistema, aumentando o consumo de energia eltrica. Polias e correias: as polias devem estar corretamente alinhadas e espaadas, com correto tensionamento das correias, o que evita o desgaste dos rolamentos e polias. Correias muito folgadas patinam , com perda de transmisso, desgaste prematuro e consumo desnecessrio de energia. Dimensionamento O correto dimensionamento dos motores auxilia na reduo de consumo de energia. Devese selecion-los para que funcionem a maior parte do tempo prxima condio tima estabelecida pelo fabricante. k) Uso de embalagens de matrias-primas Sempre que possvel, deve-se utilizar embalagens retornveis. Quando isso no for possvel, deve-se priorizar aquelas produzidas com materiais reciclveis ou reciclados, uma vez que tal medida tambm implica reduo de gerao de resduos. l) Sistema FIFO (First In First Out) A tcnica se resume em utilizar, prioritariamente, as matrias-primas que chegaram antes, ou seja, controlar as entradas e sadas de modo a respeitar seus prazos de validade. Tal medida eficiente para reduzir as perdas de produtos e, conseqentemente, a gerao de resduos. Outras medidas que podem ser adotadas para a diminuio de resduo de embalagens de matrias-primas utilizadas so: Produtos a granel; Slurry (cargas minerais ou pigmentos dispersos em solues aquosas); Solvente (mistura); Concentrados (preparaes de pigmentos que dispensam a disperso/moagem); Operaes de transferncia/manuseio perdas podem ser minimizadas pela manipulao adequada de embalagens, de modo a evitar danos e avarias que resultem em perda ou degradao das matrias-primas e na conseqente gerao de resduos/efluentes. Cabe ressaltar que acidentes com produtos qumicos podem resultar em graves danos ambientais.

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Segregao de matrias medida exigida em vrias normas tcnicas de armazenamento de produtos e resduos objetiva minimizar a possibilidade de incndio, liberao de gases txicos ou exploso entre produtos incompatveis, que no devem ser colocados em contato. Identificao sistemas adequados de identificao e informao, permitem a rpida localizao dos produtos armazenados. Condies especiais de armazenamento ao adotar condies especficas, pode-se evitar perdas de material causadas por acondicionamento inadequado e/ou ausncia de condies apropriadas para manuteno de sua qualidade. Medidas, como refrigerao, devem ser adotadas sempre que necessrio. m) Uso de tanques e moinhos fechados A utilizao de tanques, tachos e moinhos fechados no processo produtivo, minimizam a perda de solventes e de matrias-primas slidas. Assim sendo, o fechamento destes equipamentos com o auxlio de tampas, deve reduzir a emisso de VOC e de material particulado. Outra alternativa a utilizao de equipamentos de desenho mais moderno, horizontais, que so alimentados diretamente dos contineres por bombas e com descarga tambm realizada fechada, direto para a prxima etapa.

Figura 17 Moinho com tampa - fechamento hidrulico. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >

n) Evitar secagem da tinta em tachos, tubulaes e dispersores Durante as etapas do processo produtivo, evitar que ocorra a secagem do material aderido s paredes de equipamentos e instalaes. Com esta medida possvel reduzir a gerao de resduos com a conseqente economia de solventes, soluo de limpeza, no tratamento de efluentes e de produtos qumicos para tratamento. Recomenda-se o uso de equipamentos dedicados ou a limpeza imediata dos mesmos. Utilizar pastas prontas de pigmentos. O uso de pastas pr-prontas minimiza a emisso de solventes e material particulado, eliminando etapas do processo, que por sua vez, economiza energia, diminui desgaste de equipamentos e necessidade de limpeza. o) Controle de emisses fugitivas Como j foi visto, os VOC so um dos principais impactos ambientais da produo de tintas. Dentro de uma indstria, as fontes de emisso de VOC so, a grosso modo, vlvulas, bombas, compressores e tanques. Refora-se a viso de que emisses fugitivas representam prejuzo, perda de produtos ou matrias-primas para a atmosfera. Portanto, controlar emisses reduzir custos. p) Tanques A medida mais recomendada a de se utilizar tanques de teto flutuante em substituio aos tanques de teto fixo. Selos duplos diminuem ainda mais as perdas. Obviamente, a questo29 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

do custo do equipamento deve ser avaliada pela empresa, considerando a economia em mdio prazo. No carregamento em tanques, evitar o carregamento por despejo, que causa grande turbulncia nos lquidos, e conseqente emisso de VOC. Procurar realizar a operao por baixo, quer seja por entrada lateral no tanque ou tubo submerso. q) Vlvulas Em primeiro lugar, a escolha adequada de vlvula um passo importante. No caso de vlvulas j instaladas, possvel diminuir emisses com a melhoria da vedao. Conseguese isto com a troca do tipo de gaxeta. Outra possibilidade o uso de vlvulas especiais, de maior custo, com emisso prxima de zero como as vlvulas com fole. r) Bombas O uso de selos mecnicos a alternativa mais usada atualmente. Taxas de emisso em excesso so causadas pela aplicao incorreta ou operao inadequada dos selos. Novamente mencionando-se custos mais altos, a troca por bombas hermticas (limitaes de vazo e temperatura) e ou acoplamento magntico, demonstram grande eficincia no controle de emisses fugitivas. 9 NORMAS E LEGISLAO

Estas leis e normas tm que ser obedecidas por todas as atividades que possam causar algum impacto ambiental sade da populao, independente do tamanho ou do porte da indstria. Como as leis e normas de proteo ambiental esto em contnua evoluo, bom salientar que as informaes a seguir podero mudar ao longo do tempo. 9.1 Geral Constituio da Repblica Federativa do Brasil Art. 225 Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes . Lei n. 9.605, de 12/02/1998 Lei de Crimes Ambientais

Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias . Lei n. 10.165, de 27/12/2000 complementada pela Instruo Normativa IBAMA n. 96, de 31/03/2006 Altera a Lei n. 6.938, de 31/08/1981, que dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulaes e aplicao, e d outras providncias . 9.2 Licenciamento Decreto n. 47.397, de 04/12/2002 D nova redao ao Ttulo V e ao Anexo 5 e acrescenta os Anexos 9 e 10, ao Regulamento da Lei n. 997, de 31/05/1996, aprovado pelo Decreto n. 8.468, de 08/09/1976, que dispes sobre a preveno e o controle da poluio do meio ambiente . Decreto n. 47.400, de 04/12/2002 Regulamenta dispositivos da Lei Estadual n. 9.509, de 20/03/1997, referentes ao licenciamento ambiental, estabelece prazos de validade para cada modalidade de licenciamento ambiental e condies para sua renovao, estabelece prazo de anlise dos requerimentos e licenciamento ambiental, institui procedimento obrigatrio de notificao de30 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

suspenso ou encerramento de atividade, e o recolhimento de valor referente ao preo de anlise . 9.3 Controle de poluio Decreto Estadual n. 8.468, de 08/09/1976 Aprova o Regulamento da Lei n. 997, de 31/05/1976, que dispe sobre a Preveno e o Controle da Poluio do Meio Ambiente . TTULO II da Poluio das guas CAPTULO I Da Classificao das guas SEO II dos Padres de emisso (artigos 17/18 e art. 19-A) Ttulo IV (art. 51 a 53; 55; 56): Dispe sobre a poluio do solo, disposio final, acumulao temporria e tratamento de resduos de qualquer natureza. Anexo 6: Dispe sobre os padres de emisso para material particulado Padro de Emisso (PE) a que se refere o art. 33 A, acrescentado pelo art. 6 do Decreto n. 15.425, de 23/07/1980; Anexo 8: Dispe sobre os padres de emisso para material particulado a que se refere o art. 33 B, acrescentado pelo art. 3 do Decreto n. 18.386, de 22/01/1982. Resoluo CONAMA n. 08, de 06/12/1990 Estabelece limites mximos de emisso de poluentes do ar para processos de combusto externa em fontes novas fixa como: caldeiras, geradores de vapor, centrais para a gerao de energia eltrica, fornos, fornalhas, estufas e secadores para gerao e uso de energia trmica, incineradores e gaseificadores . ABNT/NBR 10004 Resduos slidos Classificao

Classifica os resduos slidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e a sade pblica, para que possam ser gerenciados adequadamente. 9.4 Uso de gua Lei n. 7.663, de 30/12/1991 Estabelece normas de orientao Poltica Estadual de Recursos Hdricos, bem como, ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos . Lei n. 9.984, de 17/07/2000 Dispe sobre a criao da Agncia Nacional de guas ANA, entidade federal de implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos e de coordenao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, e d outras providncias . Lei Estadual n. 12.183, de 29/12/2005 Dispe sobre a cobrana pela utilizao de recursos hdricos no Estado de So Paulo . Decreto Estadual n. 50.667, de 30/03/2006 Regulamenta a cobrana pela utilizao de recursos hdricos do domnio do Estado de So Paulo dos usurios urbanos e industriais, conforme estabelecido pelo artigo 1 das Disposies Transitrias da Lei n. 12.183, de 29/12/2005 . 9.5 Produtos qumicos controlados

Portaria n. 1274, de 25/08/2003 (Polcia Federal) Art. 1 Submeter a controle e fiscalizao, nos termos desta Portaria, os produtos qumicos relacionados nas Listas I, II, III, IV e nos seus respectivos Adendos, constantes do Anexo I. Decreto n. 3.665, de 20/11/2000 (Exrcito) D nova redao ao Regulamento para a Fiscalizao de Produtos Controlados (R-105) . Decretos Estaduais n. 6911, de 11/01/1935 e n. 19.942, de 19/11/198231 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Controle da Secretaria dos Negcios da Segurana Pblica do Estado de So Paulo Polcia Civil Departamento de Identificao e Registro Diversos Diviso de Produtos Controlados. 9.6 Transporte de cargas perigosas Resoluo da ANTT n. 420, de 12/02/2004 Aprova as Instrues Complementares ao Regulamento de Transporte Terrestre de Produtos Perigosos RTPP, publicada em 31/05/2004, por meio do SUPLEMENTO ao n. 103 do Dirio Oficial da Unio . Decreto n. 96.044, de 18/05/1988 Aprova o Regulamento para o Transporte Rodovirio de Produtos Perigosos, e d outras Providncias . ABNT/NBR 7500 Identificao para o transporte terrestre, manuseio, movimentao e armazenamento de produtos. Estabelece a simbologia convencional e o seu dimensionamento para produtos perigosos, a ser aplicada nas unidades de transporte e nas embalagens, a fim de indicar os riscos e os cuidados a serem tomados no transporte e nas embalagens, a fim de indicar os riscos e os cuidados a serem tomados no transporte terrestre, manuseio e armazenamento, de acordo com a carga contida. ABNT/NBR 7501 Transporte terrestre de produtos perigosos Terminologia. Define os termos empregados no transporte terrestre de produtos perigosos. ABNT/NBR 7503 Ficha de emergncia e envelope para o transporte terrestre de produtos perigosos Caractersticas, dimenses e preenchimento. Especifica os requisitos e as dimenses para a confeco da ficha de emergncia e do envelope para o transporte terrestre de produtos perigosos, bem como as instrues para o preenchimento dessa ficha. ABNT/NBR 9735 Conjunto de equipamento para emergncias no transporte terrestre de produtos perigosos. Estabelece o conjunto mnimo de equipamentos para emergncias no transporte de produtos perigosos. ABNT/NBR 13221 Transporte terrestre de resduos. Especifica os requisitos para o transporte terrestre de resduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a sade pblica. ABNT/NBR 14064 perigosos. ABNT/NBR 14619 9.7 Legislao Local Deve ser verificado, na cidade onde a empresa localiza-se, se existem legislaes que regulem atividade que possam causar algum impacto ambiental ou afetar a sade do trabalhados e/ou poluio. 10 SEGURANA NO MANUSEIO DE PRODUTOS USADOS NA FABRICAO DE TINTAS E VERNIZES Atendimento a emergncia no transporte terrestre de produtos Transporte Terrestre Incompatibilidade Qumica.

10.1 Manipulao de produtos qumicos Antes de manusear qualquer produto qumico, deve ser lido atentamente a Ficha de Informao de Segurana de Produto Qumico (FISPQ). Este documento fornece informaes importantes quanto ao tipo de Equipamento de Proteo Individual (EPI) ou32 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

Coletiva (EPC) a ser usado, ao limite de exposio, aes a serem tomadas em caso de fogo, derramamento, contato, inalao ou ingesto. Sempre devem ser seguidas as instrues do fabricante. No caso de produtos intermedirios e acabados, o Tcnico de Segurana ou Higienista, deve definir os EPI s adequados para cada situao. 10.2 Eletricidade esttica Quem nunca sentiu aquela desagradvel sensao de levar um choque ao colocar a mo na porta na hora de descer do carro?

As causas Essas incmodas descargas so provocadas pela eletricidade esttica que um fenmeno fsico que no se v, mas se sente, porque ela causa perda de produo, de tempo, de matria-prima, podendo ainda provocar incndios, choques em operadores e causar graves danos aos componentes eletrnicos sensveis. Os efeitos Durante todas as fases do processo de produo das tintas base solvente, pode ocorrer este fenmeno, levando a um incio de incndio ou mesmo a uma exploso, caso os equipamentos no estejam devidamente aterrados. Uma pequena fasca gerada por este efeito poder causar um dano irreversvel ao patrimnio da empresa e principalmente aos seus colaboradores. Antes de iniciar qualquer procedimento, os equipamentos devem ser aterrados e as embalagens metlicas (tambores, IBC s, etc.) 10.3 Armazenamento de produtos qumicos 10.3.1 Medidas de segurana Antes de manusear qualquer produto, dever ser consultado a FISPQ ou a Norma NBR 14619 para evitar possveis acidentes em funo de incompatibilidade. Ao armazenar substncias qumicas, considerar: Sistema de ventilao; Sinalizao correta; Disponibilidade de equipamentos de proteo individual e equipamentos de proteo coletiva; rea administrativa separada da rea tcnica e da armazenagem. a) rea de armazenamento (almoxarifado) Ser construda com pelo menos uma de suas paredes voltadas para o exterior; Possuir janelas na parede voltada para o exterior, alm de porta para o acesso do Corpo de Bombeiros, se houver necessidade; Possuir sada de emergncia bem localizada e sinalizada; Possuir um sistema de exausto, ao nvel do teto para a retirada de vapores leves e ao nvel do solo para retirada dos vapores mais pesados; Ter refrigerao ambiental caso a temperatura ambiente ultrapasse a 38C; Ter iluminao feita com lmpadas prova de exploso; Ter extintores de incndio com borrifadores e vasos de areia; Ter prateleiras espaadas, com trave no limite frontal par evitar a queda dos frascos. Os cilindros de gases dever ser armazenados em locais especficos:33 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

rea coberta, sem paredes e bem ventilada; Rede eltrica com inspeo peridica; Os cilindros devem ser armazenados em posio vertical e amarrados com corrente; Observar a compatibilidade.

a) Armazenamento de substncias qumicas no laboratrio Dever ser observado o seguinte: Armazenar apenas quantidades limitadas; Os armrios devem ser confeccionados em materiais no combustveis, com portas em vidro para possibilitar a viso de seu contedo; Refrigerao ambiental caso a temperatura ambiente ultrapasse a 38C; O laboratrio deve possuir um sistema de identificao das substncias armazenadas, como por exemplo, um sistema de identificao das substncias armazenadas, como por exemplo, um sistema de fichas contendo informaes a respeito da natureza das substncias, volume, incompatibilidade qumica, dentre outras. Medidas de segurana: Preparar documento informativo sobre o uso, manipulao, riscos, EPI s adequados e disposio dos produtos qumicos perigosos, e divulg-lo a todos os colaborados da empresa. 11 INDICADORES AMBIENTAIS UTILIZADOS NA INDSTRIA Na figura a seguir so apresentados alguns exemplos de indicadores ambientais utilizados nas indstrias que podero ajudar a entender e operacionalizar as operaes.

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Figura 18 Alguns indicadores ambientais utilizados nas indstrias. Fonte: < http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/Documentos/sbd.pdf >35 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

12 FORNECEDORES DE MATRIAS - PRIMAS Brasilux tintas End: Rua bambozzi, 10, Centro, Mato SP Tel: (16) 3383-7000 Site:< http://www.brasilux.com.br > Casa do Pintor End: Av. do Estado, 1780, Balnerio Cambori - SC Telefax: (47) 3267-1780 / (47) 3367-1901 Site:< http://www.casasdopintor.com.br > Eucatex Tintas Tel: 0800 17 2554 E-mail: [email protected] Site:< http://www.eucatex.com.br > Sol Brilho tintas e vernizes End: Rua Dante Nazato, 532, Vila Nova, Joinville - SC Tel: 0800 473536 / (47) 3431-0330 Site: < http://www.solbrilho.com.br > Tintas Suvinil Tel: 0800 11 7558 Site:< http://www.suvinil.com.br>

13 FORNECEDORES DE MQUINAS PARA CONFECO DE TINTASABIMAQ - Associao Brasileira das Indstrias de Mquinas e Equipamentos Av. Jabaquara, 2.925 04045-902 - So Paulo SP Tel: (11) 5582-6311 Fax: (11) 5582-6312 Site: < http://www.abimaq.org.br > E-mail: [email protected] mailto:[email protected] ADD COR ENGENHARIA LTDA Pedro Gonalves, 94 06760-000 Taboo da Serra SP Tel:(11) - 4701-5252 Fax:(11) - 4701-4784 < http://www.addcor.com.br/ > ARCO-IRIS TINTAS Rua Cristvo Colombo, 537 Rio Grande RS Tel: (53) 231-405036 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

< http://www.arco-iristintas.com.br/auto/automotiva.html > PRODUTOS ARPLEX - EQUIPAMENTOS PARA PINTURAS Telefone: (11) 3526-8100 REPRESENTANTE EM MINAS GERAIS (exceto Tringulo Mineiro) A.G. LOPES REPRESENTAES LTDA Tel: (31) 3221-5820 O SBRT no tem qualquer responsabilidade quanto a idoneidade dos fornecedores, cabendo ao empreendedor optar por aquele que melhor atender s suas necessidades, qualidade, preo, prazo de entrega. Usualmente as formulaes de determinados produtos so patenteadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, e o contedo das patentes podem ser obtidos a partir de busca especfica realizada no site. < http://www.inpi.gov.br/ > Concluses e recomendaes Recomenda-se que o cliente busque informaes complementares atravs de todos os sites citados nesse dossi tcnico. importante, se possvel, contar com o apoio de um profissional especialista na rea, para elaborao de um projeto adequado s condies desejadas. Mais informaes de como fabricar tintas podem ser obtidas no seguinte endereo: < http://www.formutintas.com/10_TINTAS_LACAS.htm > Informaes complementares: ABRAFATI - Associao Brasileira dos Fabricantes de Tintas. Disponibilizam cursos e livros sobre o processo de fabricao de tinta. End: Av. Dr. Cardoso de Mello, n 1340, 6 andar, Cj. 62, Vila Olmpia. So Paulo /SP. CEP:04548-004 Tel: (11) 3845-8755 Site: < http://www.abrafati.com > ABRE - Associao Brasileira de Embalagens Rua Oscar Freire, 379 - 16 a. - Cj. 161 01426-001 - So Paulo - SP Brasil Tel: (11) 3081-9201 Fax: (11) 3082-9722 Site: < http://www.abre.org.br > E-mail: [email protected] mailto:[email protected] ABIEF - Associao Brasileira das Indstrias de Embalagens Plsticas Flexveis Rua Funchal, 573 04551-060 - So Paulo SP Tel: (11) 3845-6011 Fax: (11) 3849-7989 E-mail: [email protected] mailto:[email protected] ABIQUIM - Associao Brasileira da Indstria Qumica Rua Santo Antnio, 184 - 17 Andar37 Resposta Tcnica produzida pelo Servio Brasileiro de Respostas Tcnicas / SBRT http://www.sbrt.ibict.br

01314-900 - So Paulo - SP Tel: (11) 2148-4700 Site: < http://www.abiquim.org.br > E-mail: [email protected] mailto:[email protected] ABQ - Associao Brasileira de Qumica Rua Alcindo Guanabara, 24 - Cj. 1601 20031-130 - Rio de Janeiro - RJ Site: < http://www.abq.org.br >

Referncias COMPOSIO BSICA. Disponvel em: . Acesso em: 04/07/2007. TINTA. Disponvel em: . Acesso em 04/07/2007. TINTA. Disponvel em: . Acesso em 04/07/2007. Nome do tcnico responsvel Cristine Canaud Nome da Instituio do SBRT responsvel REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizao 20 jul. 2007

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