Ética no serviço público

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SISTEMA DE ENSINO ÉTICA Ética no Serviço Público Livro Eletrônico

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SISTEMA DE ENSINO

ÉTICAÉtica no Serviço Público

Livro Eletrônico

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DIOGO SURDI

Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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Ética no Serviço Público

Prof. Diogo Surdi

Ética no Serviço Público ...............................................................................4

1. Ética, Moral, Valores e Virtudes .................................................................4

2. A Importância da Ética no Serviço Público ..................................................7

3. Improbidade Administrativa .....................................................................9

3.1. Conceito de Improbidade e Disposições Constitucionais .............................9

3.2. Sujeitos da Ação de Improbidade .........................................................11

3.3. Atos de Improbidade Administrativa .....................................................19

3.4. Características dos Atos de Improbidade Administrativa ..........................26

3.5. Indisponibilidade dos Bens ..................................................................30

3.6. Penas Aplicáveis ................................................................................32

3.7. Declaração de Bens ............................................................................35

Questões de Concurso ...............................................................................37

Gabarito ..................................................................................................53

Gabarito Comentado .................................................................................54

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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

1. Ética, Moral, Valores e Virtudes

Inicialmente, temos que compreender o significado da palavra ética, bem como

as diferenças existentes entre ética e moral. Constantemente, tais conceitos são

utilizados como sinônimos, o que não faz nenhum sentido.

A palavra Ética deriva do grego ethos, que tem o mesmo sentido de “modo de

ser, caráter, costume”.

A palavra Moral, por sua vez, deriva do latim mos, significando “comportamen-

to”.

Podemos conceituar ética como a disciplina filosófica que se ocupa com a re-

flexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral.

Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de

homem que se toma como ponto de partida.

Da mesma forma, podemos conceituar moral como o conjunto dos costumes e

juízos morais de um indivíduo ou de uma sociedade que possui caráter nor-

mativo.

Como exemplo, podemos analisar a situação hipotética do apedrejamento de

mulheres por um grupo de muçulmanos.

Nesta situação, a ética se preocuparia em analisar o comportamento humano, que

no exemplo seria o próprio apedrejamento, independente de que o provocou e do

local onde o mesmo foi realizado.

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Já a moral analisaria se o comportamento é cabível segundo as regras daquela

sociedade. Neste sentido, temos que a virtude está inteiramente ligada ao conceito

de moral, estando relacionada à capacidade das pessoas fazerem o bem e utiliza-

rem-se da moral pessoal.

No exemplo do apedrejamento, percebemos que no Brasil ele não seria aceito,

resultando, em caso de sua ocorrência, em diversas infrações.

No caso do Irã, por outro lado, ele seria perfeitamente cabível.

Conseguimos perceber, com isso, que a ética é universal, enquanto a moral

é cultural. Para não restar dúvidas, vamos sintetizar os dois conceitos:

Além dos conceitos de ética e de moral, devemos conhecer também as defini-

ções utilizadas para os valores e as virtudes.

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Os valores, em linhas gerais, podem ser entendidos como os padrões de con-

duta mantidos por determinado indivíduo, que, para isso, levará em conta a socie-

dade na qual está inserido.

Os valores se diferenciam dos demais conceitos éticos na medida em que estão

relacionados com a subjetividade de cada indivíduo. Neste sentido, aquilo

que é considerado de valor ético para uma pessoa pode não ser para a outra, ou

então o grau de importância conferido a determinados valores tende, quase sem-

pre, a não ser o mesmo.

Importante mencionar que os valores são intimamente relacionados e in-

fluenciados pela cultura de cada pessoa. Assim, a depender de aspectos re-

lacionados com a criação, com a base cultural, com a família e com os diversos

grupos conhecidos ao longo da vida, cada pessoa forma uma espécie de “conjunto

de valores” a ser seguido em sua vida.

Já as virtudes estão relacionadas com a capacidade do indivíduo, diante de

duas alternativas, optar por aquela que é considerada a mais correta e jus-

ta. Logo, a virtude pode ser definida como a propensão que as pessoas possuem

para, com base nos valores, tomar decisões que sejam consideradas corretas e

honestas.

De acordo com Aristóteles, as virtudes podem ser classificadas em intelectuais

e morais.

As virtudes intelectuais estão relacionadas com o ensino e o aprendizado ao

longo do tempo. Logo, uma pessoa que sempre frequentou a escola, de acordo

com o autor, tende a tomar decisões que estejam mais de acordo com as virtudes

intelectuais do que uma pessoa, por exemplo, analfabeta.

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As virtudes morais, por sua vez, são adquirida ao longo dos anos com a força

do hábito, não dependendo, ao contrário do que ocorre com as virtudes intelectu-

ais, de estudo ou conhecimento prévio.

De acordo com a teoria do autor, até mesmo uma pessoa analfabeta pode vir a

desempenhar de uma melhor forma a virtude moral, algo que não ocorre, pratica-

mente, com as virtudes intelectuais.

2. A Importância da Ética no Serviço Público

Já sabemos o significado de Ética. Mas qual a razão de termos, no âmbito do

serviço público, diversos Código de Ética regulando as diversas práticas que

podem ou não ser praticadas pelos agentes públicos e demais colaboradores?

Em outras palavras, não bastariam as diversas leis disciplinando os deveres e

proibições a serem observados?

Para respondermos esta pergunta, temos que saber que todos os Códigos de

Ética derivam do princípio da moralidade.

Mas esta moral administrativa difere em muitos aspectos da moral co-

mum. Enquanto a moralidade administrativa está ligada à ideia de boa ou má

administração e aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral

comum está baseada unicamente na crença entre o bem e o mal.

Dessa forma, nota-se que a moral administrativa é um conceito bem mais amplo

que o da moral comum.

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E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas

pertinentes a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em

caso de desrespeito, teríamos anulação ou revogação?

Já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que dotado

de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamen-

to de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à

moralidade), o princípio é de caráter objetivo.

E, por ser de caráter objetivo, a sua não observância acarreta a anulação do

ato administrativo, e não a simples revogação. A anulação importa controle de

legalidade, enquanto a revogação adentra apenas no mérito do ato, analisando os

aspectos de conveniência e oportunidade. Ato contrário ao princípio da morali-

dade, portanto, é ato nulo.

Outra peculiaridade do princípio em estudo é que, ao listá-lo como princípio

básico da Administração Pública, o legislador constitucional optou pela não juridi-

cização das regras morais da sociedade.

Mas e o que vem a ser essa não juridicização?

Simples, aluno(a)... Se a ideia do Poder Constituinte fosse a de ter uma so-

ciedade onde todas as regras de comportamento fossem pautadas estritamente

pelas leis, teríamos a juridicização. Nesta situação, bastaria aos agentes pú-

blicos obedecerem aos diversos mandamentos estabelecidos em leis para

que suas condutas fossem consideradas morais.

Em resumo, bastaria que o Princípio da Legalidade fosse observado!

Ao incluir a Moralidade como princípio básico da Administração Pública, por

outro lado, o legislador constitucional quis que os agentes públicos não apenas

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obedecessem às estritas regras previstas em lei, mas também que suas condutas

fossem pautadas em padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.

Aliás, fica a dica para a sua prova: Se a banca des-crever uma determinada situação e pedir qual princípio que se aplica à situação narrada, certamente a respos-ta será moralidade, que possui como principais ca-racterísticas os subprincípios da probidade, decoro, boa-fé e honestidade.

3. Improbidade Administrativa

3.1. Conceito de Improbidade e Disposições Constitucionais

Para compreendermos as disposições concernentes à lei da improbidade admi-

nistrativa, devemos, em um primeiro momento, entender a origem da prática dos

atos de improbidade.

Assim, devemos fazer menção ao princípio da moralidade, que, em sentido

amplo, comporta os subprincípios da probidade, decoro e boa-fé. Como é sabi-

do, a moralidade é um princípio constitucionalmente estabelecido, de forma a ser

observado pelos órgãos e entidades de todos os entes federativos, independente de

estarmos no âmbito do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário.

Não respeitar a moralidade ou qualquer um de seus subprincípios acarreta a

anulação do ato administrativo praticado.

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Neste sentido, para conferir maior segurança ao respeito do subprincípio da

probidade, é que a Constituição Federal estabeleceu, em seu artigo 37, § 4º, as se-

guintes consequência para a prática dos atos de improbidade:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Tal artigo, no entanto, trata-se de norma constitucional de eficácia limitada, ca-

recendo, quando da promulgação da Constituição Federal, de regulamentação para

a produção de efeitos jurídicos.

Dessa forma, foi com a edição, em 1992, da Lei n. 8.429, conhecida como lei

da improbidade administrativa, que o legislador infraconstitucional estabeleceu

as regras e procedimentos a serem observados quando da prática de atos de im-

probidade.

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Importante salientar que a Lei n. 8.429 é uma lei nacional, sendo, por isso

mesmo, de observância obrigatória por parte da administração direta e indireta

de todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municí-

pios).

Todas as regras que iremos ver, a partir de agora, são oriundas do mencionado

diploma legal.

3.2. Sujeitos da Ação de Improbidade

Analisar os sujeitos ativo e passivo da lei de improbidade administrativa é com-

preender quais partes figuram no polo ativo e passivo da relação jurídica instaurada

com o cometimento da improbidade.

Ao passo que os sujeitos ativos são aqueles que podem vir a cometer atos de

improbidade administrativa e a figurar no polo passivo da respectiva ação, os sujei-

tos passivos são as pessoas jurídicas vítimas dos atos ímprobos, figurando, quando

da instauração da ação de improbidade, no polo ativo.

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3.2.1. Sujeitos Ativos

Os sujeitos ativos, como já mencionado, são as pessoas que podem vir a come-

ter atos que sejam configurados como improbidade administrativa.

De acordo com o artigo 2º da Lei n. 8.429, extraímos a relação de pessoas com

vínculo com o Poder Público que podem vir a se tornar sujeito passivo da ação de

improbidade.

Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Trata-se de um conceito extremamente amplo de agente público, de forma que

mesmo aqueles que exerçam suas atribuições em caráter transitório ou ainda que

sem remuneração são considerados, para efeitos legais, como possíveis sujeitos

ativos.

Jaime foi escolhido para ser jurado em um Tribunal do Júri, oportunidade em que

desempenhará uma função pública de caráter transitório e sem remuneração.

Caso Jaime pratique alguma das condutas elencadas como atos de improbidade

administrativa, deverá, nos termos legais, ser responsabilizado com base nas dis-

posições da Lei n. 8.429.

O conceito de sujeito ativo, entretanto, não compreende apenas as pessoas

que tenham algum tipo de vínculo com o Poder Público, abrangendo também as

pessoas que, ainda que não sejam titulares de cargo, emprego ou função pública,

induzam ou concorram para a prática de improbidade administrativa.

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Neste sentido é a previsão da Lei n. 8.429, conforme disposição do seu arti-

go 3º:

As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se be-neficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Assim, chegamos a constatação que duas são as classes de pessoas que podem

figuram como sujeito ativo dos atos de improbidade administrativa: os que man-

tenham algum vínculo com o Poder Público, ainda que transitório ou sem remune-

ração, e os particulares que induzam ou concorram para a prática de improbidade.

Obs.: � No entanto, temos que fazer uma importante distinção no que se refere às

duas classes de pessoas que podem vir a figurar como sujeito ativo dos atos

de improbidade:

� - Para que o agente público venha a figurar como sujeito ativo, basta que

ele tenha agido com dolo (intencionalmente) ou com culpa (por negligência,

imperícia ou imprudência).

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� - Para que o particular (que tenha induzido ou concorrido para a improbida-

de) figurar como sujeito ativo, faz-se necessário, obrigatoriamente, que ele

tenha agido com dolo, ou seja, que tenha havido a intenção do particular em

cooperar para a improbidade.

Trata-se de uma regra que faz todo o sentido, uma vez que a participação do

particular, ainda que tenha sido de extrema importância para a caracterização da ir-

regularidade, jamais seria capaz, por si só, de gerar a improbidade administrativa.

Para a configuração do ilícito, faz-se necessária a existência de um elo de ligação

com o serviço público, condição que é preenchida pelo respectivo agente público.

Neste sentido já decidiu o STJ, no REsp 1155992, de seguinte teor:1. Os arts. 1º e 3º da Lei n. 8.429/1992 são expressos ao prever a responsa-bilização de todos, agentes públicos ou não, que induzam ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma, direta ou indireta.2. Não figurando no polo passivo qualquer agente público, não há como o par-ticular figurar sozinho como réu em Ação de Improbidade Administrativa.

Durante muito tempo, a doutrina se dividia acerca da possibilidade de as pes-

soas jurídicas virem a figurar como sujeito ativo dos atos de improbidade adminis-

trativa. Tal controvérsia foi sanada no julgamento do REsp 970.393, de autoria do

STJ, que decidiu que as pessoas jurídicas, tal como ocorre com os agentes públicos,

podem perfeitamente concorrer para a prática dos atos de improbidade.

Considerando que as pessoas jurídicas podem ser beneficiadas e condenadas por atos ímprobos, é de se concluir que, de forma correlata, podem figurar no polo passivo de uma demanda de improbidade, ainda que desacompanhada de seus sócios.

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Até tempos atrás, o entendimento consolidado pelas bancas organizadoras era

de que as disposições da lei de improbidade administrativa não se aplicavam aos

agentes políticos que estivessem sujeitos às disposições da Lei n. 1.079, de 1950

(lei dos crimes de responsabilidade).

Tal entendimento podia ser verificado, por exemplo, no âmbito da reclamação

2138-DF, de autoria do STF:

Os atos de improbidade administrativa são tipificados como crime de responsabilidade na Lei n. 1.079/1950, delito de caráter político-administrativo. II. Distinção entre os regimes de responsabilização político-administrativa. O sistema constitucional brasileiro distingue o regime de responsabilidade dos agentes políticos dos demais agentes públi-cos. A Constituição não admite a concorrência entre dois regimes de responsabilidade político-administrativa para os agentes políticos: o previsto no art. 37, § 4º (regulado pela Lei n. 8.429/1992) e o regime fixado no art. 102, I, c, (disciplinado pela Lei n. 1.079/1950). Se a competência para processar e julgar a ação de improbidade (CF, art. 37, § 4º) pudesse abranger também atos praticados pelos agentes políticos, sub-metidos a regime de responsabilidade especial, ter-se-ia uma interpretação ab-rogante do disposto no art. 102, I, c, da Constituição. II.

No mencionado julgado, o STF afirma a impossibilidade de os agentes públicos

virem a ser responsabilizados por dois regimes distintos. No caso em tela, afir-

mou-se que os Ministros de Estado não responderiam pela prática de improbidade

administrativa, com base nas disposições da Lei n. 8.429, uma vez que já se en-

contravam regidos pelas normas da Lei n. 1.079.

Com a decisão, o STF diferenciou os atos de improbidade administrativa das

condutas que acarretam crime de responsabilidade, de forma que os agentes que

se encontram regidos pelas disposições deste último regime (crime de responsabi-

lidade) não podem respondem por improbidade administrativa.

Contudo, em decisão histórica, proferida no final de 2015, o STF, em decisão

unânime, inverteu a posição que até então defendia, assegurando que os agentes

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políticos estão sujeitos a uma “dupla normatividade em matéria de improbidade,

com objetivos distintos” Pet 3.923/SP.

Professor, isso significa que todos os agentes políticos estão sujeitos à dupla

responsabilização (por crime de responsabilidade e com base nas regras de im-

probidade administrativa)?

Quase todos! De acordo com o STF, em decisão proferida no AC 3585 AgR/RS,

todos os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, estão sujeitos

à dupla responsabilização.

A exceção ao Presidente da República ocorre na medida em que tal agente pos-

sui um regramento para as ações de improbidade administrativa previsto na pró-

pria Constituição Federal, que possui a seguinte redação:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que aten-tem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:V – a probidade na administração;Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de res-ponsabilidade.

Para fins de prova, levaremos os seguintes entendimentos:

• Todos os agentes administrativos estão sujeitos às disposições da Lei n. 8.429

no que se refere aos atos de improbidade administrativa.

• Os agentes políticos, de acordo com entendimento recente do STF, estão

sujeitos a uma dupla responsabilização: tanto por crime de responsabilidade

quanto por atos de improbidade administrativa.

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• O Presidente da República, em caráter de exceção, não está sujeito a esta

dupla responsabilização, mas sim apenas ao regramento estabelecido na

Constituição Federal.

Questão 1   (CEBRASPE (CESPE) - AAP (PGE PE)/PGE PE/CALCULISTA/2019)

Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa,

julgue o item a seguir, à luz da Lei n. 8.429/1992.

Estudante maior de vinte e um anos de idade que estagia sem remuneração em

empresa pública estadual estará sujeito a responder por ato de improbidade ad-

ministrativa caso se utilize de sua condição de estagiário para auferir vantagem

econômica indevida.

Certo.

Os estagiários, ainda que exerçam suas atividades sem remuneração, são conside-

rados, para fins de responsabilização por ato de improbidade administrativa, como

agentes públicos.

Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Neste mesmo sentido, merece ser destacado o entendimento do STJ sobre o assun-

to, conforme observa-se da decisão proferida no Resp. 1.352.035.

O estagiário que atua no serviço público, ainda que transitoriamente, remunerado ou não, está sujeito a responsabilização por ato de improbidade administrativa (Lei n.

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8.429/1992). De fato, o conceito de agente público, constante dos artigos 2º e 3º da Lei n. 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), abrange não apenas os servidores públicos, mas todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública. Assim, na hipótese em análise, o estagiário, que atua no serviço público, enquadra-se no conceito legal de agente público preconizado pela Lei n. 8.429/1992 (...)

3.2.2. Sujeitos Passivos

Os sujeitos passivos, de maneira contrária, são as pessoas jurídicas que são

lesadas pela prática de improbidade administrativa, passando a figurar, quando da

respectiva ação, no polo ativo da demanda.

De acordo com a Lei n. 8.429, são as seguintes as pessoas que podem figurar

em tal situação (extração do artigo 1º):

• Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território;

• Empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação

ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por

cento do patrimônio ou da receita anual;

• Entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de

órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja

concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou

da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à reper-

cussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Tais entidades, conforme mencionado, são as que são lesadas com a prática de

atos de improbidade administrativa, vindo a figurar, no âmbito da relação proces-

sual instaurada com a ação de improbidade, no polo ativo da demanda.

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Importante salientar, neste sentido, que o Ministério Público, ainda que não seja

uma das entidades relacionadas expressamente pela Lei n. 8.429, pode figurar, tal

como as demais pessoas jurídicas, no polo ativo da ação.

O fundamento para tal atuação é a defesa, por parte do Ministério Público, dos

interesses públicos indisponíveis, conforme previsão no artigo 127 da Constituição

Federal:

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

3.3. Atos de Improbidade Administrativa

A Lei n. 8.429 apresenta, a depender da conduta do agente público ou de ter-

ceiros relacionados, quatro espécies de atos de improbidade administrativa, sendo

elas: atos que importam em enriquecimento ilícito, atos que causam preju-

ízo ao erário, atos que atentam contra os princípios da administração pú-

blica e atos que violam a legislação do ISS no que se refere aos benefícios

financeiros ou tributários.

A depender da configuração em cada uma das espécies, diversas sanções de

natureza administrativa, cível e política são aplicadas aos responsáveis.

Frisa-se que o conhecimento das ações de improbidade administrativa elenca-

das exemplificativamente pela Lei n. 8.429 é um dos temas mais exigidos em pro-

vas de concursos públicos, sendo bastante comum as bancas apresentarem uma

conduta ímproba e exigirem do candidato qual a classificação com base na norma

legal.

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Assim, antes de conhecermos as condutas previstas no texto da Lei n. 8.429,

precisamos conhecer um método que possibilita a rápida resolução deste tipo de

questão sem a eventual necessidade do candidato memorizar todas as con-

dutas previstas em lei.

- Enriquecimento ilícito: o agente público é quem recebe vantagem indevida.- Prejuízo ao erário: um terceiro (que não o agente público) recebe a vantagem ou alguma norma prevista em lei ou regulamento não é observada.- Violação aos princípios: Situações que não geram, por si só, vantagem indevida ao agente público ou a terceiros.- Violação da legislação do ISS: Situações relacio-nadas com benefícios financeiros ou tributários.

Caso um agente público utilize bens da administração pública para a realização de

atividades particulares, estamos diante de uma conduta que representa uma van-

tagem direta ao servidor, uma vez que é ele que será beneficiado com a utilização

dos bens. Logo, trata-se de enriquecimento público.

Caso o agente público apenas permita que os bens da repartição sejam utilizados,

em atividades particulares, por terceiros, nota-se que não é o servidor quem está

recebendo diretamente a vantagem, mas sim um terceiro alheio ao serviço público.

Neste caso, estamos diante de um ato que causa prejuízo ao erário.

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Caso o agente público, notificado pela administração, não preste suas contas no

prazo legal, estaremos diante de uma conduta que não causa, por si só, vantagem

ao servidor ou a terceiros. Por exclusão, estamos diante de um ato que atenta

contra os princípios da administração pública.

3.3.1. Atos que Importam Enriquecimento Ilícito

Estabelece o artigo 9º da Lei n. 8.429 uma série de condutas que resultam na

mais grave das espécies de improbidade administrativa:

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:I – receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratifica-ção ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;II – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, per-muta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1º por preço superior ao valor de mercado;III – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, per-muta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou ma-terial de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-gados ou terceiros contratados por essas entidades;V – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;VI – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro ser-viço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou fun-ção pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

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VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessora-mento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;X – receber vantagem econômica de qualquernatureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;XII – usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei.

3.3.2. Atos que Causam Prejuízo ao Erário

As condutas que são configuradas como prejuízo ao erário estão previstas, de

forma exemplificativa, no artigo 10 da Lei n. 8.429.

Tais atos de improbidade administrativa possuem a peculiaridade de poder re-

sultar tanto de condutas omissivas quanto comissivas do agente público. Da mes-

ma forma, podem dar ensejo à lesão ao erário atos dolosos (com intenção) ou

culposos (em que houve a imperícia, a negligência ou a imprudência do

agente estatal).

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:I – facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo pa-trimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à es-pécie;III – doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das

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entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;IV – permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patri-mônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;V – permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;VII – conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regula-mento;X – agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;XI – liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;XIII – permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipa-mentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidor públi-co, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de ser-viços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio par-ticular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transfe-ridos pela administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;XVII – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;XVIII – celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a ob-servância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;XIX – agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de con-tas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;

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XX – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.XXI – liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.

Questão 2   (CEBRASPE (CESPE) - ASSP (PGE PE)/PGE PE/2019) Considerando a

Lei n. 8.429/1992 e a Lei Estadual n. 11.781/2000 — que trata de processo admi-

nistrativo estadual —, julgue o item, a respeito de improbidade administrativa.

Servidor público que aja negligentemente na fiscalização das prestações de contas

de parceria firmada pela administração pública com entidade privada cometerá ato

de improbidade administrativa.

Certo.

Assim como afirmado, a conduta é qualificada como ato de improbidade adminis-

trativa (no caso, por lesão ao erário).

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:XIX – agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de con-tas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;

3.3.3. Atos que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

Por fim, temos os atos de improbidade administrativa que atentam contra

os princípios da administração pública. Em tais situações, ainda que não tenha

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ocorrido a vantagem do agente público ou de terceiros, certos princípios ou deveres

do Poder Público deixaram de ser observados.

Relaciona-se abaixo tais condutas, com a menção ao princípio ou dever que dei-

xou de ser observado pelo agente público:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:I – praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; (Legalidade)II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; (Poder-Dever de Agir)III – revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; (Publicidade)IV – negar publicidade aos atos oficiais; (Publicidade)V – frustrar a licitude de concurso público; (Impessoalidade)VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; (Probidade)VII – revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mer-cadoria, bem ou serviço; (Publicidade)VIII – descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas. (Legalida-de)IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legisla-ção. (Legalidade)X – transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. (Legalidade)

Questão 3   (CEBRASPE (CESPE) - ASSP (PGE PE)/PGE PE/2019) Acerca de im-

probidade administrativa, julgue o item subsecutivo.

O agente público que nega publicidade de atos administrativos oficiais comete ato

ímprobo que atenta contra os princípios da administração pública.

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Certo.

Ao negar publicidade aos atos oficiais, o agente público comete improbidade admi-

nistrativa por violar os princípios da Administração Pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:IV – negar publicidade aos atos oficiais;

3.3.4. Atos Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefí-

cio Financeiro ou Tributário

A Lei Complementar n. 157, de 2016, instituiu uma nova modalidade de atos de

improbidade administrativa.

De acordo com a Lei n. 8.429, enquadra-se em tal modalidade qualquer ação

ou omissão destinada a conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou

tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Comple-

mentar n. 116, de 31 de julho de 2003 (que é a norma relacionada com o ISS).

3.4. Características dos Atos de Improbidade Administrativa

Como se percebe, as quatro grandes espécies de atos de improbidade adminis-

trativa estão hierarquizadas de acordo com a lesão sofrida pelo patrimônio público.

Dessa forma, sempre que um ato cause enriquecimento ilícito, ainda que possa

recair em outra hipótese de ilícito (prejuízo ao erário ou desobediência aos princí-

pios da administração), será configurado como pertencente ao primeiro caso.

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Neste sentido, inclusive, já decidiu o STJ, conforme se observa do julgamento do Recurso Especial 1.075.882, de seguinte teor:1. A Lei de Improbidade Administrativa visa a tutela do patrimônio público e da moralidade, impondo aos agentes públicos e aos particulares padrão de com-portamento probo, ou seja, honesto, íntegro, reto.2. A Lei n. 8.429/1992 estabelece três modalidades de improbidade adminis-trativa, previstas nos arts. 9º, 10 e 11, a saber, respectivamente: enriqueci-mento ilícito, lesão ao erário e violação aos princípios norteadores da Adminis-tração Pública.3. A conduta prevista no art. 9º da LIA (enriquecimento ilícito) abrange, por sua amplitude, as demais formas de improbidade estabelecidas nos artigos subsequentes. Desta maneira, a violação aos princípios pode ser entendida, em comparação ao direito penal, como “soldado de reserva”, sendo, aplicada, subsidiariamente, isto é, quando a conduta ímproba não se subsume nas demais formas previstas.

Outro ponto importante se refere à necessidade da existência de dolo ou culpa

para a caracterização de cada uma das hipóteses elencadas nas quatro espécies de

atos de improbidade.

De acordo com a doutrina majoritária, as condutas que resultam em enrique-

cimento ilícito ou em desrespeito aos princípios da administração pública

necessitam, para a sua configuração, da presença de dolo (intenção) do agente

público para a sua configuração. Dessa forma, a simples conduta culposa do agente

não enseja a configuração de improbidade administrativa nas espécies enriqueci-

mento ilícito e lesão aos princípios da administração pública.

Nos casos de prejuízo ao erário, por sua vez, a improbidade estará confi-

gurada tanto nas hipóteses de dolo quanto nas condutas praticadas com

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simples culpa do agente público. Tal entendimento está consubstanciado no

julgamento do Recurso Especial 1.364.529, da lavra do STJ:

Para que seja configurado o ato de improbidade de que trata a Lei n. 8.429/99, “é necessária a demonstração do elemento subjetivo, consubstanciado pelo dolo para os tipos previstos nos artigos 9º e 11 e, ao menos, pela culpa, nas hipóteses do artigo 10”.

Sobre os atos de improbidade administrativa que causam enriquecimento ilícito

ou lesão ao erário, merecem destaque, ainda, alguns artigos da Lei n. 8.429:

Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. (art. 5º)No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. (art. 6º)

Tais artigos possuem o claro objetivo de evitar que uma possível omissão legis-

lativa seja alegada, pela parte que está respondendo pela prática de improbidade

administrativa, como forma de evitar o ressarcimento ao Poder Público ou a perda

dos bens acrescidos ao patrimônio quando da pratica dos atos em questão.

Ainda como forma de evitar que não haja o correto ressarcimento dos danos cau-

sados ao Poder Público, o artigo 8º da mesma norma estabelece que “o sucessor

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daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicita-

mente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da heran-

ça”.

Tal regra encontra fundamento na obrigação do Estado em preservar o bem-es-

tar coletivo, garantindo que o interesse público seja preservado ante as práticas

que tentam usufruir indevidamente dos direitos indisponíveis da sociedade.

Obs.: � Uma das principais finalidades do Estado é a garantia do bem-estar da popu-

lação existente em seu território.

� Como é a população, basicamente, quem financia, por meio do pagamento

de tributos, as atividades do Estado, quando ocorre uma prática de impro-

bidade administrativa que causa prejuízo ao Erário, é o próprio patrimônio

coletivo que está sendo dilapidado.

� Assim, cabe ao Estado, por meio da exigência de ressarcimento aos cofres

públicos, a manutenção do patrimônio daqueles que financiam as suas ati-

vidades, qual seja, o povo.

Assim, se algum agente público adquirir, ao longo de sua carreira no serviço

público, bens que são comprovadamente desproporcionais ao valor da sua remu-

neração, estaremos diante da prática de improbidade administrativa causadora de

enriquecimento ilícito.

Nesta situação, caso tal agente venha a falecer, ocorrerá a transferência do

patrimônio, oportunidade em que os sucessores receberão a herança do agente

ímprobo.

E como boa parte dos bens transferidos foram adquiridos com base no ato

de improbidade, uma vez que o Poder Público tome conhecimento da prática,

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poderá exigir dos herdeiros a responsabilização, com base nas disposições da Lei

n. 8.429, até o limite dos valores que foram transferidos.

3.5. Indisponibilidade dos Bens

Como anteriormente mencionado, o artigo 37, § 4º, da Constituição Federal

estabelece uma série de consequências para os atos de improbidade administra-

tiva, dentre as quais se inclui a possibilidade da decretação da indisponibilidade

dos bens.

Em sintonia com a disposição constitucional, a Lei n. 8.429 estabelece, em seu

artigo 7º, que a indisponibilidade dos bens será declarada sempre que o ato de im-

probidade administrativa ficar caracterizado como enriquecimento ilícito ou lesão

ao patrimônio público.

Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriqueci-mento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegu-rem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Importante mencionarmos que a indisponibilidade dos bens não trata-se de uma

espécie de sanção, mas sim de medida cautelar que tem por finalidade assegurar

que o indiciado não dilapide o seu patrimônio antes que o Poder Público conclua o

respectivo processo administrativo.

De acordo com a doutrina majoritária, dois são os requisitos que devem estar

presentes para que seja possível a determinação da indisponibilidade dos bens no

curso da ação de improbidade administrativa, sendo eles o fumus boni juris e o

periculum in mora.

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O fumus boni juris consiste na probabilidade de os fatos imputados ao agente

público serem verossímeis. Isso não significa que o ato ímprobo deve estar cabal-

mente provado, uma vez que tal pressuposto é averiguado por ocasião da senten-

ça. O que deve existir é uma grande possibilidade, no curso do processo adminis-

trativo, da ocorrência do ato de improbidade administrativa.

O periculum in mora (também conhecido como perigo de dano iminente e

irreparável) por sua vez, refere-se à possibilidade daquele que está indiciado dila-

pidar o seu patrimônio, impossibilitando a devolução dos valores devidos aos cofres

públicos.

Uma vez estando presentes estas duas características, a autoridade adminis-

trativa representa ao Ministério Público, que, analisando os fatos, requer ao juiz

responsável pela ação a decretação da indisponibilidade dos bens.

Ressalta-se que a possibilidade de decretação da indisponibilidade dos bens é

privativa do Poder Judiciário, não havendo que se falar na possibilidade do Ministé-

rio Público atuar desta forma.

Álvaro foi indiciado pelo cometimento de ato de improbidade administrativa que

configura enriquecimento ilícito.

Neste caso, a autoridade que está conduzindo o inquérito, verificando que é muito

provável que tenha ocorrido a improbidade (fumus boni juris), bem como que

Álvaro está em vias de dilapidar os seus bens (periculum in mora), representa ao

Ministério Público, que, após analisar os fatos, requer ao Poder Judiciário a decre-

tação da indisponibilidade.

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3.6. Penas Aplicáveis

Para cada uma das condutas que dão ensejo às quatro diferentes espécies de

improbidade administrativa, a Lei n. 8.429 apresenta uma série de sanções de na-

tureza administrativa, civil e política.

Tais sanções estão hierarquizadas de acordo com a gravidade da conduta, de

forma que as ações que ensejam enriquecimento ilícito possuem como conse-

quência as sanções mais graves, as que ensejam lesão ao patrimônio público

possuem sanções intermediárias e as que atentam contra os princípios da ad-

ministração pública, por sua vez, possuem as sanções de menor gravidade.

As sanções de natureza civil são aquelas que implicam na obrigação de pagar

ou devolver algo ao poder público. De acordo com as normas da Lei n. 8.429, são

as seguintes:

• Ressarcimento ao Erário;

• Perda dos Bens e Valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;

• Multa;

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As sanções de natureza política são aquelas que implicam em restrições aos

direitos políticos, sendo, nos termos do dispositivo legal, uma só:

• Suspensão dos direitos políticos;

Por fim, as sanções administrativas são aquelas que implicam na impossibi-

lidade de ser mantido vínculo com a administração pública, sendo elas:

• Perda da função pública;

• Proibição de contratar com o Poder Público;

• Proibição de receber incentivos fiscais ou creditícios por parte do Poder Pú-

blico.

Tais sanções, independente da natureza (administrativa, civil e política), são

graduadas, conforme já mencionado, de acordo com a gravidade da conduta pra-

ticada pelo agente público ou por terceiro, conforme se extrai do artigo 12 da Lei

n. 8.429:

Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (...)

Ato de Improbidade Sanção Polí-tica

Sanção Cível Sanção Administra-tiva

Enriquecimento Ilí-cito

Suspensão dos direitos polí-ticos de 8 a 10 anos

Pagamento de multa de até 3 vezes o valor do acréscimo

Proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por 10 anos

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Dano causado ao Erário

Suspensão dos direitos polí-ticos de 5 a 8 anos

Pagamento de multa de até 2 vezes o valor do dano

Proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por 5 anos

Não obediência aos Princípios

Suspensão dos direitos polí-ticos de 3 a 5 anos

Pagamento de Multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração do agente

Proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público por 3 anos

Violação relacionada com benefício finan-ceiro ou tributário contrário às disposi-ções do ISS

Suspensão dos direitos polí-ticos de 5 a 8 anos

Pagamento de multa civil de até 3 vezes o valor do benefício finan-ceiro ou tributário concedido

No que se refere à perda da função pública e à suspensão dos direitos políticos,

tais sanções só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

A aplicação das sanções previstas na Lei n. 8.429 independe, conforme previsão

do artigo 21, dos seguintes fatores:

I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à

pena de ressarcimento;

II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou

pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

A circunstância das contas de determinado agente público ou do órgão onde este

desempenha suas atribuições terem sido aprovadas pelos tribunais ou conselhos de

contas não impede que, diante de provas, seja o respectivo agente responsabiliza-

do pela prática de improbidade.

Isso ocorre porque os tribunais e conselhos, em determinadas situações, não con-

seguem detectar que houve a prática de improbidade.

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Da mesma forma, ainda que não haja dano ao patrimônio público, poderá o agente

público ou terceira pessoa ser responsabilizado pela prática de improbidade, situa-

ção que ocorre, por exemplo, com a violação dos princípios da administração públi-

ca.

A única ressalva, nesta última situação, fica por conta da pena de ressarcimento,

ou seja, para que o agente seja obrigado a ressarcir o erário, deverá obrigatoria-

mente ser comprovado que houve dano ao Poder Público.

3.7. Declaração de Bens

Dois são os momentos distintos, de acordo com a lei de improbidade, em que o

agente público deve demonstrar a sua declaração de bens: na posse e no exercí-

cio da função pública.

Assim, ao ser empossado, o agora servidor deve apresentar a declaração de

todos os bens que constituem o seu patrimônio, incluindo imóveis, móveis, semo-

ventes, dinheiros, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patri-

moniais, localizado no país ou no exterior. Quando for o caso, a declaração deverá

abranger os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de

outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos

apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

Posteriormente, a cada ano, o agente público deve demonstrar a mesma de-

claração, até que ocorra a sua saída do respectivo cargo, mandato, emprego ou

função.

A ideia de tal medida é propiciar que a autoridade administrativa verifique a

evolução patrimonial do agente público, uma vez que esta, quando incompatível

com a soma das remunerações do servidor, é um dos principais indícios de impro-

bidade administrativa.

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Como forma de simplificar a comprovação dos valores, o agente público poderá

entregar, anualmente, cópia de sua declaração do Imposto de Renda à repartição

pública.

Caso o agente não cumpra com a obrigação de apresentar os bens que com-

põem o seu patrimônio, ou então apresente declaração falsa, teremos, nos termos

do § 3º do artigo 13 da Lei n. 8.429, a demissão a bem do serviço público, sem

prejuízo das demais sanções previstas em lei.

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

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QUESTÕES DE CONCURSO

Questão 1   (CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2019) De acordo

com a Lei n. 8.429/1992, constitui ato de improbidade administrativa que atenta

especificamente contra os princípios da administração pública qualquer ação ou

omissão que violar os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealda-

de às instituições, e notadamente

a) negar publicidade aos atos oficiais.

b) facilitar para que terceiro se enriqueça ilicitamente.

c) conceder indevidamente benefício administrativo ou fiscal.

d) representar negligência na arrecadação de tributo e na conservação do patrimô-

nio público.

e) consistir em uso, em proveito próprio, de bens ou valores integrantes do acervo

patrimonial da administração pública.

Questão 2   (CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE PI)/MPE PI/2019) Prefeito de deter-

minado município deixou de cumprir obrigação legal de prestar contas à respectiva

câmara municipal. O Ministério Público estadual ajuizou ação de improbidade admi-

nistrativa pelo ato praticado pelo prefeito no exercício de seu mandato.

Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa e

com a jurisprudência dos tribunais superiores,

a) não caberia a ação de improbidade por se tratar de ato do prefeito de natureza

omissiva.

b) não caberia a ação por improbidade, porque os prefeitos se submetem apenas

à legislação específica sobre crimes de responsabilidade.

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c) caberia a ação por improbidade, desde que observado o foro especial por prer-

rogativa de função para o seu ajuizamento.

d) caberia a ação por improbidade, uma vez que o ato do prefeito atentou contra

os princípios da administração pública.

e) caberia a ação por improbidade, que deveria ser proposta dentro do prazo pres-

cricional previsto em lei específica para as faltas disciplinares puníveis com demis-

são.

Questão 3   (CEBRASPE (CESPE) - JE TJPR/TJ PR/2019) Conforme a Lei de Impro-

bidade Administrativa, para a configuração de um ato de improbidade por dano ao

erário, é imprescindível que haja, além do efetivo prejuízo,

a) culpa do agente, ao menos.

b) dolo genérico do agente, ao menos.

c) dolo específico do agente.

d) ilegalidade na conduta, independentemente do elemento subjetivo do agente.

Questão 4   (CEBRASPE (CESPE) - ASSP (PGE PE)/PGE PE/2019) Acerca de im-

probidade administrativa, julgue o item subsecutivo.

Comete ato de improbidade administrativa o agente público que, em razão do

exercício de sua função, é beneficiado com a aquisição de imóvel cujo valor seja

desproporcionalmente superior à evolução de sua renda ou patrimônio.

Questão 5   (CEBRASPE (CESPE) - AAP (PGE PE)/PGE PE/CALCULISTA/2019)

Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa,

julgue o item a seguir, à luz da Lei n. 8.429/1992.

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Os sucessores de agente público falecido que, em vida, praticou ato de improbidade

administrativa que importou lesão ao patrimônio público terão obrigação de ressar-

cir o dano apurado até o limite do valor da herança.

Questão 6   (CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019) À luz das normas

pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos administra-

tivos, serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do Estado na

propriedade, julgue o item seguinte.

O recebimento de vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação

de verba pública de qualquer natureza constitui ato de improbidade administrativa

que importa prejuízo ao erário.

Questão 7   (CEBRASPE (CESPE) - MED LEG (PC MA)/PC MA/2018) A Lei de Im-

probidade Administrativa elenca as penas aplicáveis àqueles que praticarem atos

de improbidade. O agente público que, atentando contra os princípios da adminis-

tração pública, for condenado em ação de improbidade por ter deixado de praticar,

indevidamente, ato de ofício, estará sujeito à pena de

a) suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos.

b) suspensão da função pública pelo período de cinco a oito anos.

c) ressarcimento integral do dano, ainda que este seja presumido.

d) proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos.

e) multa, limitada a vinte vezes o valor da sua remuneração.

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Questão 8   (CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC MA)/PC MA/2018) De acordo com

a Lei de Improbidade — Lei n. 8.429/1992 —, o servidor público que comprovada-

mente tiver causado lesão ao patrimônio público estará sujeito

a) a detenção de cinco a oito anos.

b) à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

c) ao ressarcimento correspondente ao dobro do valor integral do dano.

d) ao pagamento de multa civil em valor igual ao do acréscimo patrimonial.

e) a suspensão dos direitos políticos por dez anos.

Questão 9   (CEBRASPE (CESPE) - ANA MIN (MPE PI)/MPE PI/ENGENHARIA/EN-

GENHARIA CIVIL/2018) Julgue o item subsequente, relativo a controle da admi-

nistração pública, regime jurídico administrativo, processo administrativo federal e

improbidade administrativa.

A recusa do servidor público em apresentar declaração anual dos bens e valores

que compõem o seu patrimônio privado acarretar-lhe-á a penalidade de suspensão,

que somente será convertida em demissão caso a falta documental não seja resol-

vida dentro do prazo legalmente estipulado.

Questão 10   (CESPE - ADM (FUB)/FUB/2018) José, servidor público federal está-

vel, praticou, no ano de 2017, ato de improbidade administrativa no exercício das

atribuições de seu cargo, tendo causado prejuízo ao erário. Por isso, ele respondeu

a processo administrativo disciplinar, no qual teve assegurado o direito à ampla

defesa e ao contraditório. Ao final do processo, José foi demitido e condenado ao

ressarcimento integral do dano causado, nos termos da lei.

Nessa situação hipotética, de acordo com os dispositivos do Regime Jurídico dos

Servidores Públicos Civis da União, da Lei n. 8.429/1992 e os princípios e normas

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de ética do servidor público, o ato de improbidade praticado por José teve natureza

dolosa, uma vez que não se admite conduta culposa para a configuração de ato

administrativo que gere prejuízo ao erário.

Questão 11   (CESPE - ANA MIN (MPE PI)/MPE PI/PROCESSUAL/2018) O estado

do Piauí concedeu incentivo fiscal a determinada organização social (OS), visando

fomentar a execução de projeto social voltado à preservação do meio ambiente.

Assim, foi firmado contrato de gestão para o fomento e a execução de atividades,

ficando consignado no ajuste que o ente federado repassaria verba pública à OS.

No início da execução da parceria, a OS contratou, sem concurso público, um pro-

fissional para trabalhar na área de atuação da OS. No exercício de suas funções,

esse profissional, com o auxílio de um servidor público estadual, permitiu que sua

esposa utilizasse, para fins particulares, parte da verba pública transferida pela

administração pública à entidade. O Ministério Público, ao tomar ciência do fato,

requereu ao juízo competente medida cautelar de indisponibilidade de bens do tra-

balhador contratado e do servidor público que o havia auxiliado.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

O trabalhador contratado pela OS está sujeito às penalidades da Lei de Improbidade

Administrativa e poderá figurar como único demandado em ação de improbidade.

Questão 12   (CESPE - ANALISTA MPU/2015) Com base nas disposições da Lei n.

8.429/1992 e nos preceitos de ética, moral e cidadania, julgue o item seguinte.

Em razão do caráter meramente exemplificativo do rol de condutas que caracteri-

zam os atos de improbidade administrativa, poderá ser cometido ato de improbida-

de ainda que a infração praticada pelo agente público não esteja descrita na Lei de

Improbidade Administrativa.

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Questão 13   (CESPE - AUD (FUB)/FUB/2015) A respeito do controle da adminis-

tração pública, julgue o próximo item.

O particular tem legitimidade para figurar como sujeito ativo de ato de improbidade

administrativa, isolada e independentemente da participação de agentes públicos.

Questão 14   (CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ/2015) Acerca do processo

administrativo e da improbidade administrativa, julgue o item que se segue.

Os sucessores da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer-se

ilicitamente poderão sofrer as consequências das sanções patrimoniais previstas na

Lei de Improbidade Administrativa até o limite do valor da herança.

Questão 15   (CESPE - TJ TJDFT/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item seguinte,

com base no disposto na Lei de Improbidade Administrativa.

O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade

administrativa, em virtude do vínculo precário e transitório que mantém com a ad-

ministração pública.

Questão 16   (CESPE - DEF PF/DPU/2015) Em relação a improbidade administrati-

va e responsabilidade civil do servidor público federal, julgue o item subsequente.

O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa constante na

Lei de Improbidade (Lei n. 8.429/1992) é taxativo.

Questão 17   (CESPE - CONT (FUB)/FUB/2015) Maria, servidora pública federal

estável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder

Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem econô-

mica indevida para que favorecesse determinada empresa em um procedimento

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licitatório. Após o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada

a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de demissão.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legisla-

ção aplicável ao caso.

A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade administra-

tiva que importa enriquecimento ilícito.

Questão 18   (CESPE - ASS ADM (FUB)/FUB/2015) Julgue o item subsecutivo, com

base nas disposições da Lei n. 8.429/1992.

Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as formalidades

necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causa-

do dano ao erário, não comete improbidade administrativa.

Questão 19   (CESPE - ADMINISTRADOR (MPOG)/MPOG/2015) Ao negar publici-

dade a ato oficial, o servidor público comete ato de improbidade administrativa que

atenta contra os princípios da administração pública.

Questão 20   (CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJDFT/2015) Julgue o item a se-

guir à luz da Lei de Improbidade Administrativa.

Ao negar publicidade a ato oficial, o servidor público comete ato de improbidade

administrativa, o que atenta contra os princípios da administração pública. Para

tanto, torna-se irrelevante considerar se houve ação de caráter doloso ou culposo.

Questão 21   (CESPE - AGE (SEDF)/SEDF/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2017) O pre-

feito de determinado município utilizou recursos do Fundo de Manutenção e De-

senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

(FUNDEB) para pagamento de professores e para a compra de medicamentos e

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insumos hospitalares destinados à assistência médico-odontológica das crianças

em idade escolar do município.

Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o

estoque de medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar

situação emergencial e dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produ-

tos, a preços superfaturados, da empresa Y, pertencente a sua sobrinha, que des-

conhecia o esquema fraudulento.

A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a

ela relacionados, julgue o item a seguir.

A conduta de Mauro constitui ato de improbidade administrativa.

Questão 22   (CESPE - FUNPRESP/JURÍDICA/2016) Com relação aos convênios

administrativos, aos agentes públicos e à responsabilidade civil do Estado, julgue

o item a seguir.

Considera-se agente público, para efeito de caracterização da prática de ato de

improbidade administrativa, todo aquele que exerça, ainda que transitoriamente,

cargo, emprego ou função na administração pública direta ou indireta, desde que

tal cargo, emprego ou função seja exercido de forma remunerada.

Questão 23   (CESPE - FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no disposto

na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir,

a respeito da improbidade administrativa.

Conforme a referida lei, são espécies de atos de improbidade administrativa aque-

les que atentam contra o decoro parlamentar e contra a dignidade da justiça.

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Questão 24   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/PROCURADORIA/2016) Com base

na Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.

Valer-se do trabalho de servidores terceirizados constitui ato de improbidade adminis-

trativa que importa enriquecimento ilícito; aceitar garantia insuficiente na realização

de operação financeira é ato de improbidade que causa prejuízo ao erário; e des-

cumprir exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação é ato de

improbidade que atenta contra os princípios da administração pública.

Questão 25   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO

DE PESSOAS/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o próxi-

mos item.

A utilização de veículo da administração pública para fins particulares pode ser con-

siderada ação de enriquecimento ilícito.

Questão 26   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO

DE PESSOAS/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o próxi-

mos item.

O dano ao erário, enriquecimento ilícito e a violação de princípio administrativo, se

praticados por agente público, são considerados atos de improbidade administra-

tiva.

Questão 27   (CESPE - TA (ANVISA)/ANVISA/2016) Carlos, formado em medicina,

foi contratado temporariamente pela União para atuar na rede de saúde do Rio de

Janeiro, de modo a apoiar eventual crescimento da demanda em decorrência dos

Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que fazia

uma consulta de rotina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem

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capacitação prévia, resolveu operar, sozinho, um aparelho de ressonância magnéti-

ca, danificando-o e gerando um prejuízo de mais de um milhão de reais ao hospital.

A comissão de ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que ela seria passível

de punição com a penalidade de censura, mas deixou de aplicá-la por se tratar de

servidor temporário.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

A conduta praticada por Carlos não constituiu ato de improbidade administrativa,

por não ter havido dolo.

Questão 28   (CESPE – ANA FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no

disposto na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o

item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.

Entre as sanções para a prática de ato de improbidade administrativa previstas na

Lei n. 8.429/1992 inclui-se a suspensão dos direitos políticos, que não se encontra

expressamente prevista na CF.

Questão 29   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/PROCURADORIA/2016) Com

base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.

As penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa também são aplica-

das a não servidores e a quem induza ou concorra para a prática de ato de impro-

bidade ou dele se beneficie de forma direta ou indireta.

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Questão 30   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO

DE PESSOAS/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o próxi-

mos item.

Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil no

valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que po-

dem ser aplicadas ao servidor no caso de ato de improbidade.

Questão 31   (CESPE - PROC (PGE AM)/PGE AM/2016) Por ter realizado contrata-

ção direta sem suporte legal, determinado agente público é réu em ação civil pú-

blica por improbidade administrativa, sob o argumento de violação ao princípio de

obrigatoriedade de licitação, tendo-lhe sido imputado ato de improbidade previsto

no art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa (violação aos princípios da admi-

nistração pública).

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.

Não poderá ser aplicada a medida cautelar de indisponibilidade dos bens, dada a

natureza do ato imputado ao réu — violação dos princípios administrativos.

Questão 32   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO DE

PESSOAS/2016) Considerando as regras constitucionais nacionais e os regimes

jurídicos dos servidores públicos civis, julgue o item a seguir.

Para assinar o termo de posse, o servidor deverá apresentar declaração de bens e

valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício de outro

cargo, emprego ou função pública.

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Questão 33   (CESPE - AUX TEC CE (TCE-PA)/TCE-PA/INFORMÁTICA/2016) A

respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração pública,

julgue o item a seguir.

Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo

determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço

público.

Questão 34   (CESPE – ANA FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no

disposto na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o

item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.

Os herdeiros daquele que causar lesão ao patrimônio público estarão sujeitos às

cominações legais até o limite do valor da herança.

Questão 35   (CESPE - TÉCNICO (FUB)/ BIOLOGIA/2015) O servidor público que

praticar ato de improbidade administrativa que implique em enriquecimento ilícito

estará sujeito à perda de bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Em caso de

óbito do agente público autor da improbidade, esse ônus não será extensível aos

seus sucessores.

Questão 36   (CESPE - ADMIN (SUFRAMA)/SUFRAMA/2014) Julgue o item que se

segue, relacionados à moral e à ética no serviço público.

Entre outros aspectos, a moral pessoal é formada pela cultura e tradição do grupo

ao qual o indivíduo está inserido.

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Questão 37   (CESPE - ANATA SUFRAMA/SUFRAMA/GERAL/2014) Julgue o próxi-

mo item, acerca de moral e ética no serviço público.

O conceito de ética, que está vinculado aos valores sociais, sofre alterações com

o passar do tempo, ao passo que a moral, por estar relacionada à tradição de um

povo, é imutável.

Questão 38   (CESPE - AG ADM (SUFRAMA)/SUFRAMA/2014) Julgue o próximo

item, acerca de moral e ética no serviço público.

A moral, concebida como conjunto de regras de conduta admitidas em determinada

época ou por um grupo de pessoas, não exclui a existência de um caráter pessoal

relacionado a tais regras e evidenciado principalmente após o aprimoramento do

pensamento abstrato e da reflexão crítica do indivíduo sobre os valores herdados.

Questão 39   (CESPE - TBN (CEF)/CEF/ADMINISTRATIVA/2014) Com relação a

ética, ética empresarial e ética profissional, julgue o item a seguir.

A ética profissional diz respeito às regras morais que os indivíduos devem observar

em suas atividades laborais com o fim de valorizar sua profissão e atender adequa-

damente àqueles que deles dependam.

Questão 40   (CESPE - TBN (CEF)/CEF/ADMINISTRATIVA/2014) Com relação a

ética, ética empresarial e ética profissional, julgue o item a seguir.

O alvo da reflexão ética é a conduta humana, avaliada a partir de valores constru-

ídos em sociedade.

Questão 41   (CESGRANRIO - AET (BB)/BB/2014) Um indivíduo sabe que deve

optar entre dois caminhos estabelecidos: um o que, no senso comum, seria o in-

correto e o outro, o correto.

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Ao optar pelo caminho correto, ele está seguindo um rumo guiado pela

a) extensão

b) virtude

c) adequação

d) alternância

e) proporcionalidade

Questão 42   (CESPE - TA (ANTAQ)/ANTAQ/2014) Considerando os conceitos de

ética e moral, julgue o item abaixo.

A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

Questão 43   (CESPE - TEC MPU/MPU/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/SE-

GURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE/2015) Com relação a moral e ética,

julgue o item a seguir.

A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos

de regras, seus fundamentos e suas características.

Questão 44   (CS UFG - ASS (IF GOIANO)/IF GOIANO/ADMINISTRAÇÃO/2014)

As tomadas de decisões éticas possuem alguns princípios. Um deles é definido por

ser o que “determina que a pessoa nunca deve fazer algo que não seja honesto,

transparente e verdadeiro e que ela não gostaria de ver sendo noticiado nos jornais

ou na TV.” Segundo Williams (2010), esse é o princípio

a) da virtude pessoal.

b) do interesso próprio a longo prazo.

c) das injunções religiosas.

d) da exigência legal.

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Questão 45   (FUNCAB - TEMP NS (MPOG)/MPOG/ATIVIDADE TÉCNICA DE COM-

PLEXIDADE INTELECTUAL/DIREITO, ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS

OU ECONOMIA/2015) A ética pode ser definida como:

a) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.

b) um princípio fundamental para que o ser humano possa viver em família.

c) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação

dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento

humano em sociedade.

d) um comportamento profissional a ser observado apenas no ambiente de trabalho.

e) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações e

em qualquer tempo de seu cotidiano.

Questão 46   (VUNESP - TECL (CM PRADÓPOLIS)/CM PRADÓPOLIS/2016) O do-

cumento de texto com diversas diretrizes que orientam as pessoas quanto às suas

posturas e atitudes ideais, moralmente aceitas ou toleradas pela sociedade como

um todo, enquadrando os participantes a uma atuação politicamente correta e em

linha com a boa imagem que a entidade ou a profissão quer ocupar, inclusive in-

centivando a voluntariedade e a humanização dessas pessoas e que, em vista da

criação de algumas atividades profissionais, é redigido, analisado e aprovado pela

sua entidade de classe, organização ou governo competente, é denominado

a) Código Profissional.

b) Código de Atuação.

c) Código Empresarial.

d) Código de Ética.

e) Código Governamental.

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Questão 47   (CESPE - OF (CBM AL)/CBM AL/COMBATENTE/2017) Com referência

a ética e cidadania, julgue o item a seguir.

A ética e a moral têm conceitos equivalentes: ambas são entendidas como conjunto

de princípios e valores universais que regem as relações humanas.

Questão 48   (CESPE – 2018 - PC-MA - INVESTIGADOR DE POLÍCIA) No exercício

do cargo, o servidor público, quando decide entre o honesto e o desonesto, vincula

sua decisão à

a) ética.

b) impessoalidade.

c) conveniência.

d) eficiência.

e) legalidade.

Questão 49   (CS-UFG – 2017 - IF-GO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) A

definição “É um conjunto estruturado e lógico de normas de conduta e orientações

voltadas ao processo decisório, quanto ao que deve ser considerado certo ou erra-

do” refere-se:

a) ao código de ética das organizações

b) aos valores organizacionais

c) ao propósito organizacional.

d) à missão da organização.

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GABARITO

1. a

2. d

3. a

4. C

5. C

6. E

7. d

8. b

9. E

10. E

11. E

12. C

13. E

14. C

15. E

16. E

17. C

18. E

19. C

20. E

21. C

22. E

23. E

24. C

25. C

26. C

27. E

28. E

29. C

30. E

31. E

32. C

33. C

34. C

35. E

36. C

37. E

38. C

39. C

40. C

41. b

42. C

43. C

44. a

45. c

46. d

47. E

48. a

49. a

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GABARITO COMENTADO

Questão 1   (CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2019) De acordo

com a Lei n. 8.429/1992, constitui ato de improbidade administrativa que atenta

especificamente contra os princípios da administração pública qualquer ação ou

omissão que violar os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealda-

de às instituições, e notadamente

a) negar publicidade aos atos oficiais.

b) facilitar para que terceiro se enriqueça ilicitamente.

c) conceder indevidamente benefício administrativo ou fiscal.

d) representar negligência na arrecadação de tributo e na conservação do patrimô-

nio público.

e) consistir em uso, em proveito próprio, de bens ou valores integrantes do acervo

patrimonial da administração pública.

Letra a.

Dentre as opções elencadas pela questão, apenas a Letra A retrata uma hipótese

de improbidade administrativa por atentar contra os princípios da Administração

Pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:IV – negar publicidade aos atos oficiais;

Nas demais situações, estamos diante de improbidade por lesão ao erário (Letras

B, C e D) e enriquecimento ilícito (Letra E).

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Questão 2   (CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE PI)/MPE PI/2019) Prefeito de deter-

minado município deixou de cumprir obrigação legal de prestar contas à respectiva

câmara municipal. O Ministério Público estadual ajuizou ação de improbidade admi-

nistrativa pelo ato praticado pelo prefeito no exercício de seu mandato.

Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa e

com a jurisprudência dos tribunais superiores,

a) não caberia a ação de improbidade por se tratar de ato do prefeito de natureza

omissiva.

b) não caberia a ação por improbidade, porque os prefeitos se submetem apenas

à legislação específica sobre crimes de responsabilidade.

c) caberia a ação por improbidade, desde que observado o foro especial por prer-

rogativa de função para o seu ajuizamento.

d) caberia a ação por improbidade, uma vez que o ato do prefeito atentou contra

os princípios da administração pública.

e) caberia a ação por improbidade, que deveria ser proposta dentro do prazo pres-

cricional previsto em lei específica para as faltas disciplinares puníveis com demis-

são.

Letra d.

Inicialmente, temos que verificar que o ato em questão configura improbidade ad-

ministrativa, conforme previsão da Lei n. 8.429:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

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Acerca da possibilidade do Prefeito vir a ser responsabilidade pelos atos de impro-

bidade administrativa, a doutrina, durante muito tempo, afirmava que os agentes

políticos não se sujeitavam a tais disposições, uma vez que estavam regidos pelas

disposições da lei do crime de responsabilidade.

Atualmente, o entendimento sedimentado pelo STJ é no sentido de que os agen-

tes políticos estão sujeitos a uma dupla responsabilização, da qual fazem parte as

ações decorrentes da lei de improbidade administrativa.

Neste sentido, por exemplo, é o teor do julgamento proferido no Resp. 719390:

A jurisprudência do STJ já firmou a compreensão de que os Agentes Políticos se submetem a Lei de Improbidade Administrativa, entendimento esse que se aplica inclusive aos Prefeitos, pois a jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que os Prefeitos Municipais, apesar do regime de responsabilidade político-administrativa previsto no Decreto-Lei 201/67, estão submetidos à Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992), em face da inexistência de incompatibilidade entre as referidas normas.

Consequentemente, na situação apresentada, cabe a ação por improbidade admi-

nistrativa, uma vez que o ato do prefeito atentou contra os princípios da adminis-

tração pública.

Questão 3   (CEBRASPE (CESPE) - JE TJPR/TJ PR/2019) Conforme a Lei de Impro-

bidade Administrativa, para a configuração de um ato de improbidade por dano ao

erário, é imprescindível que haja, além do efetivo prejuízo,

a) culpa do agente, ao menos.

b) dolo genérico do agente, ao menos.

c) dolo específico do agente.

d) ilegalidade na conduta, independentemente do elemento subjetivo do agente.

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Letra a.

Dentre as espécies de atos de improbidade administrativa previstas na Lei n. 8.429,

os atos que causam prejuízo ao erário são aqueles que admitem, para sua configu-

ração, a existência de dolo ou, pelo menos, de culpa.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente (...)

Assim, a existência de dolo não é essencial para a configuração desta espécie de

improbidade (Erro da Letra c). Nas ações de improbidade, não há que se falar em

dolo genérico (Erro da Letra d). Por fim, deve sim ser analisado o aspecto subjetivo

da conduta, uma vez que apenas desta forma é que será possível verificar se houve

ou não uma conduta dolosa ou culposa (Erro da Letra e).

Questão 4   (CEBRASPE (CESPE) - ASSP (PGE PE)/PGE PE/2019) Acerca de im-

probidade administrativa, julgue o item subsecutivo.

Comete ato de improbidade administrativa o agente público que, em razão do

exercício de sua função, é beneficiado com a aquisição de imóvel cujo valor seja

desproporcionalmente superior à evolução de sua renda ou patrimônio.

Certo.

Ao adquirir um bem imóvel cujo valor é desproporcional à evolução do patrimônio

ou à renda, o agente público está cometendo ato de improbidade administrativa na

modalidade de enriquecimento ilícito.

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,

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mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

Questão 5   (CEBRASPE (CESPE) - AAP (PGE PE)/PGE PE/CALCULISTA/2019)

Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa,

julgue o item a seguir, à luz da Lei n. 8.429/1992.

Os sucessores de agente público falecido que, em vida, praticou ato de improbidade

administrativa que importou lesão ao patrimônio público terão obrigação de ressar-

cir o dano apurado até o limite do valor da herança.

Certo.

De acordo com o artigo 8º da Lei n. 8.429, “O sucessor daquele que causar lesão ao

patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta

lei até o limite do valor da herança”.

Questão 6   (CEBRASPE (CESPE) - AJP (PGE PE)/PGE PE/2019) À luz das normas

pertinentes à administração pública e com relação a atos e contratos administra-

tivos, serviços públicos, improbidade administrativa e intervenção do Estado na

propriedade, julgue o item seguinte.

O recebimento de vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação

de verba pública de qualquer natureza constitui ato de improbidade administrativa

que importa prejuízo ao erário.

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Errado.

Ao receber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba

pública, o agente público incidiu em ato de improbidade administrativa na modali-

dade de enriquecimento ilícito, e não em prejuízo ao erário.

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

Questão 7   (CEBRASPE (CESPE) - MED LEG (PC MA)/PC MA/2018) A Lei de Im-

probidade Administrativa elenca as penas aplicáveis àqueles que praticarem atos

de improbidade. O agente público que, atentando contra os princípios da adminis-

tração pública, for condenado em ação de improbidade por ter deixado de praticar,

indevidamente, ato de ofício, estará sujeito à pena de

a) suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos.

b) suspensão da função pública pelo período de cinco a oito anos.

c) ressarcimento integral do dano, ainda que este seja presumido.

d) proibição de contratar com o poder público pelo prazo de três anos.

e) multa, limitada a vinte vezes o valor da sua remuneração.

Letra d.

Ao deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, o agente público cometeu ato

de improbidade administrativa que viola os princípios da Administração Pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:II – retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

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Consequentemente, as seguintes medidas e sanções devem ser aplicadas ao agen-

te público:

�a) ressarcimento integral do dano, se houver;

�b) perda da função pública;

�c) suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;

�d) pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida

pelo agente;

�e) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Questão 8   (CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC MA)/PC MA/2018) De acordo com

a Lei de Improbidade — Lei n. 8.429/1992 —, o servidor público que comprovada-

mente tiver causado lesão ao patrimônio público estará sujeito

a) a detenção de cinco a oito anos.

b) à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

c) ao ressarcimento correspondente ao dobro do valor integral do dano.

d) ao pagamento de multa civil em valor igual ao do acréscimo patrimonial.

e) a suspensão dos direitos políticos por dez anos.

Letra b.

Ao causar ato de improbidade administrativa que se enquadra na modalidade de

lesão ao patrimônio público, o agente público estará sujeito às seguintes medidas

e sanções:

�a) ressarcimento integral do dano;

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�b) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer

esta circunstância;

�c) perda da função pública;

�d) suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos;

�e) pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano;

�e) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos

fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

Questão 9   (CEBRASPE (CESPE) - ANA MIN (MPE PI)/MPE PI/ENGENHARIA/EN-

GENHARIA CIVIL/2018) Julgue o item subsequente, relativo a controle da admi-

nistração pública, regime jurídico administrativo, processo administrativo federal e

improbidade administrativa.

A recusa do servidor público em apresentar declaração anual dos bens e valores

que compõem o seu patrimônio privado acarretar-lhe-á a penalidade de suspensão,

que somente será convertida em demissão caso a falta documental não seja resol-

vida dentro do prazo legalmente estipulado.

Errado.

De acordo com a Lei n. 8.429, a posse e o exercício de agente público ficam con-

dicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu

patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

Caso o agente público não cumpra com esta obrigação, ficará sujeito à penalidade

de demissão a bem do serviço público, e não, conforme informado pela questão,

à penalidade de suspensão.

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Art. 13, § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

Questão 10   (CESPE - ADM (FUB)/FUB/2018) José, servidor público federal está-

vel, praticou, no ano de 2017, ato de improbidade administrativa no exercício das

atribuições de seu cargo, tendo causado prejuízo ao erário. Por isso, ele respondeu

a processo administrativo disciplinar, no qual teve assegurado o direito à ampla

defesa e ao contraditório. Ao final do processo, José foi demitido e condenado ao

ressarcimento integral do dano causado, nos termos da lei.

Nessa situação hipotética, de acordo com os dispositivos do Regime Jurídico dos

Servidores Públicos Civis da União, da Lei n. 8.429/1992 e os princípios e normas

de ética do servidor público, o ato de improbidade praticado por José teve natureza

dolosa, uma vez que não se admite conduta culposa para a configuração de ato

administrativo que gere prejuízo ao erário.

Errado.

Em sentido contrário ao que afirmado, os atos de improbidade que causam prejuízo

ao erário podem ser oriundos tanto de condutas dolosas (praticadas com intenção)

quanto culposas.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente (...)

Questão 11   (CESPE - ANA MIN (MPE PI)/MPE PI/PROCESSUAL/2018) O estado

do Piauí concedeu incentivo fiscal a determinada organização social (OS), visando

fomentar a execução de projeto social voltado à preservação do meio ambiente.

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Assim, foi firmado contrato de gestão para o fomento e a execução de atividades,

ficando consignado no ajuste que o ente federado repassaria verba pública à OS.

No início da execução da parceria, a OS contratou, sem concurso público, um pro-

fissional para trabalhar na área de atuação da OS. No exercício de suas funções,

esse profissional, com o auxílio de um servidor público estadual, permitiu que sua

esposa utilizasse, para fins particulares, parte da verba pública transferida pela

administração pública à entidade. O Ministério Público, ao tomar ciência do fato,

requereu ao juízo competente medida cautelar de indisponibilidade de bens do tra-

balhador contratado e do servidor público que o havia auxiliado.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

O trabalhador contratado pela OS está sujeito às penalidades da Lei de Improbidade

Administrativa e poderá figurar como único demandado em ação de improbidade.

Errado.

O conceito de sujeito ativo, no âmbito das ações de improbidade administrativa,

não compreende apenas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo com o Po-

der Público, abrangendo também as pessoas que, ainda que não sejam titulares de

cargo, emprego ou função pública, induzam ou concorram para a prática de impro-

bidade administrativa.

Neste sentido é a previsão da Lei n. 8.429, conforme disposição do seu artigo 3º:

Art. 3º, As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

No entanto, temos que fazer uma importante distinção no que se refere às duas

classes de pessoas que podem vir a figurar como sujeito ativo dos atos de impro-

bidade:

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�a) Para que o agente público venha a figurar como sujeito ativo, basta que ele te-

nha agido com dolo (intencionalmente) ou com culpa (por negligência, imperícia ou

imprudência).

�b) Para que o particular (que tenha induzido ou concorrido para a improbidade) fi-

gurar como sujeito ativo, faz-se necessário, obrigatoriamente, que ele tenha agido

com dolo, ou seja, que tenha havido a intenção do particular em cooperar para a

improbidade.

Trata-se de uma regra que faz todo o sentido, uma vez que a participação do parti-

cular, ainda que tenha sido de extrema importância para a caracterização da irregu-

laridade, jamais seria capaz, por si só, de gerar a improbidade administrativa. Para

a configuração do ilícito, faz-se necessária a existência de um elo com o serviço

público, condição que é preenchida pelo respectivo agente público.

Neste sentido já decidiu o STJ, no REsp 1155992, de seguinte teor:

1. Os arts. 1º e 3º da Lei n. 8.429/1992 são expressos ao prever a responsa-bilização de todos, agentes públicos ou não, que induzam ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma, direta ou indireta.2. Não figurando no polo passivo qualquer agente público, não há como o par-ticular figurar sozinho como réu em Ação de Improbidade Administrativa.

Desta forma, ao contrário do que afirma a questão, não poderá o trabalhador con-

tratado pela OS figurar como único demandado em ação de improbidade, ainda que

esteja sujeito às sanções da Lei n. 8.429.

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Questão 12   (CESPE - ANALISTA MPU/2015) Com base nas disposições da Lei n.

8.429/1992 e nos preceitos de ética, moral e cidadania, julgue o item seguinte.

Em razão do caráter meramente exemplificativo do rol de condutas que caracteri-

zam os atos de improbidade administrativa, poderá ser cometido ato de improbida-

de ainda que a infração praticada pelo agente público não esteja descrita na Lei de

Improbidade Administrativa.

Certo.

As condutas previstas na Lei n. 8.429 como improbidade administrativa constam de

uma lista meramente exemplificativa. Como consequência, caso o agente público

pratique algum ato que seja configurado como enriquecimento ilícito, prejuízo ao

erário ou em desrespeito aos princípios da Administração Pública, será ele respon-

sabilizado ainda que a prática não esteja expressa na norma em questão.

Questão 13   (CESPE - AUD (FUB)/FUB/2015) A respeito do controle da adminis-

tração pública, julgue o próximo item.

O particular tem legitimidade para figurar como sujeito ativo de ato de improbidade

administrativa, isolada e independentemente da participação de agentes públicos.

Errado.

O particular apenas pode figurar como sujeito ativo de uma ação de improbidade

se houver um elo de ligação entre ele e um agente público. Como consequência,

é impossível a responsabilização exclusivamente em virtude da conduta de um par-

ticular alheio aos ao Poder Público.

Neste sentido já decidiu o STJ, no REsp 1155992, de seguinte teor:

1. Os arts. 1º e 3º da Lei n. 8.429/1992 são expressos ao prever a responsa-bilização de todos, agentes públicos ou não, que induzam ou concorram para

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a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma, direta ou indireta.2. Não figurando no polo passivo qualquer agente público, não há como o par-ticular figurar sozinho como réu em Ação de Improbidade Administrativa.

Questão 14   (CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO - STJ/2015) Acerca do processo

administrativo e da improbidade administrativa, julgue o item que se segue.

Os sucessores da pessoa que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer-se

ilicitamente poderão sofrer as consequências das sanções patrimoniais previstas na

Lei de Improbidade Administrativa até o limite do valor da herança.

Certo.

Em caso de óbito, os sucessores do agente improbo responderão pelos prejuízos

causados até o limite do patrimônio transferido a título de herança. Neste sentido

é o teor do artigo 8º da Lei n. 8.429, de seguinte teor:

Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

Questão 15   (CESPE - TJ TJDFT/ADMINISTRATIVA/2015) Julgue o item seguinte,

com base no disposto na Lei de Improbidade Administrativa.

O estagiário de órgão público não pode ser sujeito ativo de ato de improbidade

administrativa, em virtude do vínculo precário e transitório que mantém com a ad-

ministração pública.

Errado.

O conceito de agente público, para fins de responsabilização pela prática de impro-

bidade administrativa, é bastante amplo, abrangendo inclusive aqueles que mante-

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nham um vínculo de natureza precária ou que eventualmente não sejam remune-

rados pelo desempenho de suas atividades.

Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Questão 16   (CESPE - DEF PF/DPU/2015) Em relação a improbidade administrati-

va e responsabilidade civil do servidor público federal, julgue o item subsequente.

O rol de condutas tipificadas como atos de improbidade administrativa constante na

Lei de Improbidade (Lei n. 8.429/1992) é taxativo.

Errado.

O rol de condutas tipificadas como improbidade administrativa pela Lei n. 8.429

é meramente exemplificativo, não eximindo o agente improbo de ser sancionado

em todas as esferas em caso de cometimento de ato que, mesmo não expresso na

norma, seja caracterizado como improbidade administrativa.

Questão 17   (CESPE - CONT (FUB)/FUB/2015) Maria, servidora pública federal es-

tável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão público do Poder

Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício do cargo, vantagem

econômica indevida para que favorecesse determinada empresa em um

procedimento licitatório. Após o curso regular do processo administrativo

disciplinar, confirmada a responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi apli-

cada a pena de demissão.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na legisla-

ção aplicável ao caso.

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A infração praticada por Maria caracteriza-se como ato de improbidade administra-

tiva que importa enriquecimento ilícito.

Certo.

Vamos relembrar como é fácil identificar as espécies de improbidade administrati-

va?

• Nos casos em que a infração causar enriquecimento ilícito, temos que o agen-

te público será a pessoa que obterá diretamente a vantagem;

• Nos casos em que a infração causar danos ao erário, quem obterá a vanta-

gem será um terceiro que não o agente público (que apenas permitirá que a

infração aconteça). Causam danos ao erário, da mesma forma, a não obser-

vâncias das normas previstas em lei;

• Situações de desrespeito aos princípios da administração pública, por exclu-

são, são aquelas que não acarretam uma vantagem direta ao agente público

ou a terceiros.

No caso, como Maria (que é servidora pública) recebeu vantagem indevida, o ato é

caracterizado como enriquecimento ilícito.

Questão 18   (CESPE - ASS ADM (FUB)/FUB/2015) Julgue o item subsecutivo, com

base nas disposições da Lei n. 8.429/1992.

Servidor público que possibilita o uso de patrimônio público sem as formalidades

necessárias, ainda que, com esse ato, não tenha obtido ganho pessoal nem causa-

do dano ao erário, não comete improbidade administrativa.

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Errado.

Novamente faremos uso do gráfico utilizado em aula.

• Nos casos em que a infração causar enriquecimento ilícito, temos que o agen-

te público será a pessoa que obterá diretamente a vantagem;

• Nos casos em que a infração causar danos ao erário, quem obterá a vanta-

gem será um terceiro que não o agente público (que apenas permitirá que a

infração aconteça). Causam danos ao erário, da mesma forma, a não obser-

vâncias das normas previstas em lei;

• Situações de desrespeito aos princípios da administração pública, por exclu-

são, são aquelas que não acarretam uma vantagem direta ao agente público

ou a terceiros.

Na situação narrada pela questão, como as formalidades essenciais não foram ob-

servadas, o ato é considerado improbidade administrativa na modalidade dano ao

erário.

Neste sentido é o teor do artigo 10, II, da Lei n. 8.429:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicá-veis à espécie;

Questão 19   (CESPE - ADMINISTRADOR (MPOG)/MPOG/2015) Ao negar publici-

dade a ato oficial, o servidor público comete ato de improbidade administrativa que

atenta contra os princípios da administração pública.

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Certo.

Trata-se de previsão do artigo 11, IV, da Lei n. 8.429, conduta que configura impro-

bidade administrativa por violação dos princípios da Administração Pública:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:IV – negar publicidade aos atos oficiais;

Questão 20   (CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJDFT/2015) Julgue o item a se-

guir à luz da Lei de Improbidade Administrativa.

Ao negar publicidade a ato oficial, o servidor público comete ato de improbidade

administrativa, o que atenta contra os princípios da administração pública. Para

tanto, torna-se irrelevante considerar se houve ação de caráter doloso ou culposo.

Errado.

De acordo com a Lei n. 8.429, “negar publicidade aos atos oficiais” é uma das

condutas que acarreta improbidade administrativa por atentar contra os

princípios da Administração Pública.

De acordo com o entendimento do STJ, tal classe de condutas, assim como aquelas

classificadas como enriquecimento ilícito, exige, para a sua configuração, a presen-

ça de dolo (intenção) por parte do agente público.

Nas condutas que causam prejuízo ao erário, por sua vez, apenas o elemento cul-

poso é necessário para a configuração da conduta improba.

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Questão 21   (CESPE - AGE (SEDF)/SEDF/DIREITO E LEGISLAÇÃO/2017) O pre-

feito de determinado município utilizou recursos do Fundo de Manutenção e De-

senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

(FUNDEB) para pagamento de professores e para a compra de medicamentos e

insumos hospitalares destinados à assistência médico-odontológica das crianças

em idade escolar do município.

Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o

estoque de medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar

situação emergencial e dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produ-

tos, a preços superfaturados, da empresa Y, pertencente a sua sobrinha, que des-

conhecia o esquema fraudulento.

A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a

ela relacionados, julgue o item a seguir.

A conduta de Mauro constitui ato de improbidade administrativa.

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Certo.

A situação apresenta caracteriza improbidade administrativa na modalidade pre-

juízo ao erário, uma vez que Mauro, agente público, dispensou indevidamente a

realização do procedimento licitatório.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;

Questão 22   (CESPE - FUNPRESP/JURÍDICA/2016) Com relação aos convênios

administrativos, aos agentes públicos e à responsabilidade civil do Estado, julgue

o item a seguir.

Considera-se agente público, para efeito de caracterização da prática de ato de

improbidade administrativa, todo aquele que exerça, ainda que transitoriamente,

cargo, emprego ou função na administração pública direta ou indireta, desde que

tal cargo, emprego ou função seja exercido de forma remunerada.

Errado.

O conceito de agente público para fins de responsabilização por atos de improbi-

dade administrativa é o mais amplo possível, abrangendo inclusive aqueles que

estejam em exercício em caráter transitório ou sem remuneração.

Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, empre-go ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

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Questão 23   (CESPE - FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no disposto

na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir,

a respeito da improbidade administrativa.

Conforme a referida lei, são espécies de atos de improbidade administrativa aque-

les que atentam contra o decoro parlamentar e contra a dignidade da justiça.

Errado.

Quatro são as modalidades de atos de improbidade administrativa que estão, atu-

almente, em vigor:

• Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito;

• Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário;

• Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Ad-

ministração Pública;

• Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação

Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário.

Questão 24   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/PROCURADORIA/2016) Com

base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.

Valer-se do trabalho de servidores terceirizados constitui ato de improbidade admi-

nistrativa que importa enriquecimento ilícito; aceitar garantia insuficiente na reali-

zação de operação financeira é ato de improbidade que causa prejuízo ao erário; e

descumprir exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação é ato

de improbidade que atenta contra os princípios da administração pública.

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Certo.

Vejamos cada uma das situações apresentadas pelo enunciado da questão:

1) No primeiro caso, estamos diante de uma ato de improbidade por enriquecimen-

to ilícito, uma vez que o agente faz uso do trabalho de servidores terceirizados.

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou ma-terial de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-gados ou terceiros contratados por essas entidades;

2) Ao aceitar garantia insuficiente para uma operação financeira, temos improbida-

de por prejuízo ao erário.

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

3) Na terceira situação, temos um ato de improbidade administrativa que atenta

contra os princípios da Administração Pública.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:IX – deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legisla-ção.

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Questão 25   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO

DE PESSOAS/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o próxi-

mos item.

A utilização de veículo da administração pública para fins particulares pode ser con-

siderada ação de enriquecimento ilícito.

Certo.

A utilização de veículo que pertence à Administração Pública para fins particulares

é um típico ato de improbidade administrativa na modalidade de enriquecimento

ilícito.

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1º desta lei, e notadamente:IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou ma-terial de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empre-gados ou terceiros contratados por essas entidades;

Questão 26   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO

DE PESSOAS/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o próxi-

mos item.

O dano ao erário, enriquecimento ilícito e a violação de princípio administrativo, se

praticados por agente público, são considerados atos de improbidade administra-

tiva.

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Certo.

A questão apresenta três modalidades de atos de improbidade administrativa: en-

riquecimento ilícito, lesão ao erário e violação dos princípios da Administração Pú-

blica.

Importante salientar que a Lei Complementar n. 157 instituiu uma quarta modali-

dade de atos de improbidade: Atos Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevi-

da de Benefício Financeiro ou Tributário.

Questão 27   (CESPE - TA (ANVISA)/ANVISA/2016) Carlos, formado em medicina,

foi contratado temporariamente pela União para atuar na rede de saúde do Rio de

Janeiro, de modo a apoiar eventual crescimento da demanda em decorrência dos

Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que fazia

uma consulta de rotina, não emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem

capacitação prévia, resolveu operar, sozinho, um aparelho de ressonância magnéti-

ca, danificando-o e gerando um prejuízo de mais de um milhão de reais ao hospital.

A comissão de ética, ao analisar a conduta de Carlos, concluiu que ela seria passível

de punição com a penalidade de censura, mas deixou de aplicá-la por se tratar de

servidor temporário.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.

A conduta praticada por Carlos não constituiu ato de improbidade administrativa,

por não ter havido dolo.

Errado.

A situação narrada, na medida em que causa prejuízo ao erário, caracteriza ato de

improbidade administrativa:

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Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer

ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,

malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º

desta lei, e notadamente (...)

Dentre as modalidades de atos de improbidade previstos na Lei n. 8.429, as ense-

jadoras de prejuízo ao erário não necessitam da presença do elemento doloso, mas

sim apenas de culpa na conduta do agente público.

Logo, ainda que Carlos não tenha agido com dolo, mas sim apenas com culpa, o ato

em questão é considerado improbidade administrativa.

Questão 28   (CESPE – ANA FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no

disposto na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o

item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.

Entre as sanções para a prática de ato de improbidade administrativa previstas na

Lei n. 8.429/1992 inclui-se a suspensão dos direitos políticos, que não se encontra

expressamente prevista na CF.

Errado.

A suspensão dos direitos políticos trata-se de uma sanção prevista no texto da

Constituição Federal, conforme observa-se da análise do artigo 37, § 4º:

Art. 37, § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direi-tos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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Questão 29   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/PROCURADORIA/2016) Com

base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.

As penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa também são aplica-

das a não servidores e a quem induza ou concorra para a prática de ato de impro-

bidade ou dele se beneficie de forma direta ou indireta.

Certo.

As disposições da Lei n. 8.429, inclusive no que se refere às penalidades, podem

ser aplicadas tanto aos agentes públicos quanto aos particulares que, mesmo não

sendo agentes estatais, tenham induzido ou concorrido para a prática de improbi-

dade.

Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Questão 30   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO

DE PESSOAS/2016) Com relação à improbidade administrativa, julgue o próxi-

mos item.

Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil no

valor de até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que po-

dem ser aplicadas ao servidor no caso de ato de improbidade.

Errado.

A questão não menciona qual a modalidade do ato de improbidade administrativa

a que as sanções se referem. Como verificado em aula, as sanções apresentam,

a depender da modalidade de improbidade, diferentes prazos.

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Ato de Improbidade Sanção Polí-tica

Sanção Cível Sanção Adminis-trativa

Enriquecimento Ilí-cito

S u s p e n s ã o dos direitos políticos de 8 a 10 anos

Pagamento de multa de até 3 vezes o valor do acréscimo

Proibição de contra-tar ou receber benefí-cios do Poder Público por 10 anos

Dano causado ao Erário

S u s p e n s ã o dos direitos políticos de 5 a 8 anos

Pagamento de multa de até 2 vezes o valor do dano

Proibição de contra-tar ou receber benefí-cios do Poder Público por 5 anos

Não obediência aos Princípios

S u s p e n s ã o dos direitos políticos de 3 a 5 anos

Pagamento de Multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração do agente

Proibição de contra-tar ou receber benefí-cios do Poder Público por 3 anos

Violação relacionada com benefício finan-ceiro ou tributário contrário às disposi-ções do ISS

S u s p e n s ã o dos direitos políticos de 5 a 8 anos

Pagamento de multa civil de até 3 vezes o valor do benefício financeiro ou tributário con-cedido

Questão 31   (CESPE - PROC (PGE AM)/PGE AM/2016) Por ter realizado contrata-

ção direta sem suporte legal, determinado agente público é réu em ação civil pú-

blica por improbidade administrativa, sob o argumento de violação ao princípio de

obrigatoriedade de licitação, tendo-lhe sido imputado ato de improbidade previsto

no art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa (violação aos princípios da admi-

nistração pública).

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.

Não poderá ser aplicada a medida cautelar de indisponibilidade dos bens, dada a

natureza do ato imputado ao réu — violação dos princípios administrativos.

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Errado.

Ao contrário do que afirmado, a indisponibilidade de bens trata-se de uma medida

cautelar que pode perfeitamente ser utilizada pela Administração Pública.

Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimo-nial resultante do enriquecimento ilícito.

Questão 32   (CESPE - AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/ADMINISTRATIVA/GESTÃO DE

PESSOAS/2016) Considerando as regras constitucionais nacionais e os regimes

jurídicos dos servidores públicos civis, julgue o item a seguir.

Para assinar o termo de posse, o servidor deverá apresentar declaração de bens e

valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício de outro

cargo, emprego ou função pública.

Certo.

A apresentação da declaração de bens constitui uma importante medida de contro-

le por parte da Administração Pública, possibilitando que esta verifique, ao longo

dos anos, se a evolução patrimonial do agente é compatível com a remuneração

recebida.

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

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Questão 33   (CESPE - AUX TEC CE (TCE-PA)/TCE-PA/INFORMÁTICA/2016) A

respeito dos conceitos doutrinários relativos ao controle da administração pública,

julgue o item a seguir.

Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo

determinado em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço

público.

Certo.

Será punido com a sanção de demissão, a bem do serviço público, o agente que se

recusar a prestar declaração dos bens dentro do prazo determinado por lei.

Art. 13, § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem pre-juízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

Questão 34   (CESPE – ANA FUNPRESP/ADMINISTRATIVA/2016) Com base no

disposto na Lei n. 8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o

item a seguir, a respeito da improbidade administrativa.

Os herdeiros daquele que causar lesão ao patrimônio público estarão sujeitos às

cominações legais até o limite do valor da herança.

Certo.

Como verificamos, os herdeiros respondem pelos atos de improbidade administra-

tiva até o limite do valor do patrimônio transferido (herança).

Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

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Questão 35   (CESPE - TÉCNICO (FUB)/ BIOLOGIA/2015) O servidor público que

praticar ato de improbidade administrativa que implique em enriquecimento ilícito

estará sujeito à perda de bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Em caso de

óbito do agente público autor da improbidade, esse ônus não será extensível aos

seus sucessores.

Errado.

Em caso de óbito, os sucessores do agente improbo responderão pelos prejuízos

causados até o limite do patrimônio transferido a título de herança. Neste sentido

é o teor do artigo 8º da Lei n. 8.429, de seguinte teor:

Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

Questão 36   (CESPE - ADMIN (SUFRAMA)/SUFRAMA/2014) Julgue o item que se

segue, relacionados à moral e à ética no serviço público.

Entre outros aspectos, a moral pessoal é formada pela cultura e tradição do grupo

ao qual o indivíduo está inserido.

Certo.

A moral, como verificado em aula, pode ser conceituada como o conjunto de cos-

tumes e juízos de um indivíduo ou de uma sociedade.

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Questão 37   (CESPE - ANATA SUFRAMA/SUFRAMA/GERAL/2014) Julgue o próxi-

mo item, acerca de moral e ética no serviço público.

O conceito de ética, que está vinculado aos valores sociais, sofre alterações com

o passar do tempo, ao passo que a moral, por estar relacionada à tradição de um

povo, é imutável.

Errado.

A moral é que muda com o passar do tempo. A ética, por sua vez, não sofre estas

alterações, haja vista que é a ciência que estuda o comportamento humano.

Questão 38   (CESPE - AG ADM (SUFRAMA)/SUFRAMA/2014) Julgue o próximo

item, acerca de moral e ética no serviço público.

A moral, concebida como conjunto de regras de conduta admitidas em determinada

época ou por um grupo de pessoas, não exclui a existência de um caráter pessoal

relacionado a tais regras e evidenciado principalmente após o aprimoramento do

pensamento abstrato e da reflexão crítica do indivíduo sobre os valores herdados.

Certo.

A moral trata-se, em linhas gerais, do comportamento de um indivíduo ou da socie-

dade em determinada época. Esta moral, no entanto, não impede que os indivíduos

que fazem parte da sociedade tenham uma opinião pessoal (com base em convic-

ções próprias) sobre as regras e comportamentos estabelecidos.

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Questão 39   (CESPE - TBN (CEF)/CEF/ADMINISTRATIVA/2014) Com relação a

ética, ética empresarial e ética profissional, julgue o item a seguir.

A ética profissional diz respeito às regras morais que os indivíduos devem observar

em suas atividades laborais com o fim de valorizar sua profissão e atender adequa-

damente àqueles que deles dependam.

Certo.

A ética profissional está relacionada com as regras morais a serem observadas

pelos indivíduos que estão abrangidos no campo de atuação. Normalmente, tais

regras estão expressas e codificadas em Códigos de Ética.

Questão 40   (CESPE - TBN (CEF)/CEF/ADMINISTRATIVA/2014) Com relação a

ética, ética empresarial e ética profissional, julgue o item a seguir.

O alvo da reflexão ética é a conduta humana, avaliada a partir de valores constru-

ídos em sociedade.

Certo.

A ética está relacionada com o comportamento humano, que é avaliado de acordo

com os valores construídos pela sociedade ao longo dos tempos. Por intermédios

destes, consegue-se apurar o que é ou não ético.

Questão 41   (CESGRANRIO - AET (BB)/BB/2014) Um indivíduo sabe que deve

optar entre dois caminhos estabelecidos: um o que, no senso comum, seria o in-

correto e o outro, o correto.

Ao optar pelo caminho correto, ele está seguindo um rumo guiado pela

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a) extensão

b) virtude

c) adequação

d) alternância

e) proporcionalidade

Letra b.

Quando o indivíduo, diante de duas alternativas, opta por aquela que é considerada

o caminho correto, está fazendo ele uso da virtude. Neste sentido, a virtude pode

ser conceituada como a propensão que as pessoas possuem para, com base nos

valores, tomar decisões que sejam consideradas corretas e honestas.

Questão 42   (CESPE - TA (ANTAQ)/ANTAQ/2014) Considerando os conceitos de

ética e moral, julgue o item abaixo.

A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

Certo.

Como analisado, a ética é uma ciência, mais precisamente aquela que estuda o

comportamento moral dos homens em sociedade. Desta forma, sua função é a

mesma de qualquer teoria: explicar, esclarecer ou investigar determinada realida-

de, elaborando os conceitos correspondentes.

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Questão 43   (CESPE - TEC MPU/MPU/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/SE-

GURANÇA INSTITUCIONAL E TRANSPORTE/2015) Com relação a moral e ética,

julgue o item a seguir.

A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos

de regras, seus fundamentos e suas características.

Certo.

A ética pode ser conceituada como a ciência que estuda, dentre outros aspectos,

a moral e o comportamento humano.

Questão 44   (CS UFG - ASS (IF GOIANO)/IF GOIANO/ADMINISTRAÇÃO/2014)

As tomadas de decisões éticas possuem alguns princípios. Um deles é definido por

ser o que “determina que a pessoa nunca deve fazer algo que não seja honesto,

transparente e verdadeiro e que ela não gostaria de ver sendo noticiado nos jornais

ou na TV.” Segundo Williams (2010), esse é o princípio

a) da virtude pessoal.

b) do interesso próprio a longo prazo.

c) das injunções religiosas.

d) da exigência legal.

Letra a.

A virtude está relacionada a capacidade que os indivíduos possuem de optar, diante

de duas alternativas, por aquela que é considerada a correta e honesta. O termo

virtude está intimamente relacionado com as regras éticas.

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Questão 45   (FUNCAB - TEMP NS (MPOG)/MPOG/ATIVIDADE TÉCNICA DE COM-

PLEXIDADE INTELECTUAL/DIREITO, ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS

OU ECONOMIA/2015) A ética pode ser definida como:

a) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.

b) um princípio fundamental para que o ser humano possa viver em família.

c) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação

dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento

humano em sociedade.

d) um comportamento profissional a ser observado apenas no ambiente de traba-

lho.

e) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações e

em qualquer tempo de seu cotidiano.

Letra c.

A ética é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e

está relacionada à Filosofia. Seu objeto de estudo é, precipuamente, a moral e os

valores da sociedade.

Questão 46   (VUNESP - TECL (CM PRADÓPOLIS)/CM PRADÓPOLIS/2016) O do-

cumento de texto com diversas diretrizes que orientam as pessoas quanto às suas

posturas e atitudes ideais, moralmente aceitas ou toleradas pela sociedade como

um todo, enquadrando os participantes a uma atuação politicamente correta e em

linha com a boa imagem que a entidade ou a profissão quer ocupar, inclusive in-

centivando a voluntariedade e a humanização dessas pessoas e que, em vista da

criação de algumas atividades profissionais, é redigido, analisado e aprovado pela

sua entidade de classe, organização ou governo competente, é denominado

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a) Código Profissional.

b) Código de Atuação.

c) Código Empresarial.

d) Código de Ética.

e) Código Governamental.

Letra d.

O conceito apresentado é o de Código de Ética. Por meio da codificação, temos

um documento com diversas diretrizes que orientam as pessoas quanto às suas

posturas e atitudes ideais, moralmente aceitas ou toleradas pela sociedade como

um todo.

Importante salientar que uma das principais finalidades dos diversos “Códigos de

Ética” é o estabelecimento de regras objetivas de interpretação, facilitando a aná-

lise daquilo que é ou não considerado ético.

Questão 47   (CESPE - OF (CBM AL)/CBM AL/COMBATENTE/2017) Com referência

a ética e cidadania, julgue o item a seguir.

A ética e a moral têm conceitos equivalentes: ambas são entendidas como conjunto

de princípios e valores universais que regem as relações humanas.

Errado.

Ética é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e está

relacionada à Filosofia. Sua função é a mesma de qualquer teoria: explicar, esclare-

cer ou investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes.

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Moral expressa um conjunto de normas que regulam o comportamento individual

dos homens. A moral é normativa e se manifesta concretamente nas diferentes

sociedades como resposta a necessidades sociais. Sua função consiste em regula-

mentar as relações entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, contribuindo

para a estabilidade da ordem social.

Questão 48   (CESPE – 2018 - PC-MA - INVESTIGADOR DE POLÍCIA) No exercício

do cargo, o servidor público, quando decide entre o honesto e o desonesto, vincula

sua decisão à

a) ética.

b) impessoalidade.

c) conveniência.

d) eficiência.

e) legalidade.

Letra a.

A decisão entre o honesto e o desonesto expressa uma virtude do ser humano.

Ao escolher, a decisão está vinculada aos aspectos éticos que envolvem o indivíduo.

Questão 49   (CS-UFG – 2017 - IF-GO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) A

definição “É um conjunto estruturado e lógico de normas de conduta e orientações

voltadas ao processo decisório, quanto ao que deve ser considerado certo ou erra-

do” refere-se:

a) ao código de ética das organizações

b) aos valores organizacionais

c) ao propósito organizacional.

d) à missão da organização.

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Letra a.

Por meio da codificação, temos um documento com diversas diretrizes que orien-

tam as pessoas quanto às suas posturas e atitudes ideais, moralmente aceitas ou

toleradas pela sociedade como um todo.

Importante salientar que uma das principais finalidades dos diversos “Códigos de

Ética” é o estabelecimento de regras objetivas de interpretação, facilitando a aná-

lise daquilo que é ou não considerado ético.

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