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Integração de Recursos Educativos Abertos num Modelo Pedagógico de Ensino-Aprendizagem http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2010000805 Paulo Manuel de Matos Pereira Email: [email protected] Webpage: http://aminhaescola.net http://aminhaescola.net/moodl e

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Page 1: Tic educa.apresentação.rea.pp

Integração de Recursos Educativos Abertos num Modelo

Pedagógico de Ensino-Aprendizagem

http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2010000805

Paulo Manuel de Matos Pereira

Email: [email protected]

Webpage: http://aminhaescola.net http://aminhaescola.net/moodle

Page 2: Tic educa.apresentação.rea.pp

Descrição da situação TIC em Portugal:As escolas apresentavam lacunas em três segmentos que limitam a sua modernização

Parque de computadores insuficiente ou desactualizado.

Reduzida dotação de equipamento de

apoio (videoprojectores,

quadros interactivos)

Acesso de Internet com velocidade

reduzida e abrangência limitada

Redes área local não estruturadas ou

ineficientes

Escassez na produção de

conteúdos digitais e aplicações

pedagógicas

Plataformas colaborativas com uma utilização e funcionalidades

limitadas.

Reduzida utilização do correio

electrónico como canal de

comunicação e troca de informação

Formação de professores pouco

centrada na utilização e

rentabilização das TIC no ensino

Ausência de uma certificação em TIC

com respectiva valoração de

competências.

Limitadas competências em

TIC dos professores

TECNOLOGIA CONTEÚDOS FORMAÇÃO

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Pontos de partida:

Agrupamento “fechado” em si próprio;

Recursos educativos (poucos) produzidos apenas para consumo interno e não disponibilizados;

Muito limitados e produzidos com software proprietário;

Professores “centralizados” no seu material;

Inexistência de divulgação e fraca disponibilização de conteúdos;

Inexistência de um espírito de criação partilhada e partilha global;

Diferentes Ciclos “fechados e estanques” sem inter-comunicabilidade;

Local do Estudo/Implementação:

Agrupamento de Escolas do Caramulo - Níveis: 1º Ciclo, 2º Ciclo e 3º Ciclo

Realidade actual versus Situações Problema:

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Então, o que podemos fazer? Para onde podemos ir a partir

daqui?

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O movimento do Software Livre consolidou com sucesso ao longo dos últimos anos vários projectos:

Linux + Apache + Mozilla

Inspiraram pesquisadores e educadores para a ideia da liberdade e

partilha aberta na criação, utilização e disponibilização

de diversos Recursos Educativos

Surgiram os Open Education Resources (OER) – Recursos Educativos Abertos (REA)

Colocou-se-nos a seguinte questão:

Será possível promover a criação, utilização e disponibilização de REA

num Agrupamento de Escolas?

Professores e Alunos - de escolas e ciclos de ensino diferentes -

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Definição de Recursos Educativos Abertos (REA)UNESCO (2002)

• Os • REA incluem

• Módulos de conteúdos

• Objectos de aprendizagem

• Ferramentas de software

livre e/ou aberto•

OpenCourseWare” e

conteúdos.• Repositórios

de objectos de aprendizagem

• Licenças para a distribuição do conteúdo.

• Plataformas de ensino-

aprendizagem

4 R’s das funções dos REA

“Reuse” – Utilizar os recursos tal como foram encontrados;

“Rework” – Alterar ou transformar os recursos de forma a que melhor sirvam as suas necessidades

“Remix” – Combinar os conteúdos do recurso com outros conteúdos para ir de encontro às suas necessidades;

“Redistribute “– Partilhar os originais, os alterados ou “remisturados” trabalhos com outros utilizadores

“Recursos Educativos Abertos: um conjunto aberto de recursos educativos em formatos diversos, potenciados pelas tecnologias de informação e comunicação, servindo para consulta, uso e adaptação e novamente reutilizados por uma comunidade de utilizadores com propósitos não comerciais. Tipicamente são colocados de forma gratuita Web…”

Page 7: Tic educa.apresentação.rea.pp

•Situação-problema

• Reduzido número de recursos digitais

produzidos por professores e

alunos

• Ausência de espírito de

partilha dos materiais

• Pouco interesse e motivação na

criação de recursos

educativos em formato digital

• Inexistência de cultura digital na criação e partilha de recursos

educativos e utilização das TIC em sala de

aula

Situação-problema

Page 8: Tic educa.apresentação.rea.pp

• A criação de uma

Comunidade

Educativa local

de Professo

res e Alunos,

que promova

o desenvolvimento

colaborativo de

REA e a sua

disponibilização

de forma livre.

• Integração dos

REA no modelo

Pedagógico de

Aprendizagem nas escolas

do Ensino Básico.

• Comunicabilidade

entre diferentes escolas de um mesmo

ciclo

• Utilização de

software livre

(FOSS) e ferrament

as Web2.0

• Comunicabilidade

entre ciclos

diferentes.

Finalidades e Objectivos:

Page 9: Tic educa.apresentação.rea.pp
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Resultados esperados

A criação por professores e alunos de REA em formatos

diversos;

Promover um aumento da literacia digital da comunidade, a par de uma maior utilização da Internet enquanto ferramenta

educativa;

Implementar uma maior utilização de software livre (OSS/FLOSS)

Desenvolver a necessidade de investigação e de criação de

outros cenários/recursos tecnológicos de aprendizagem a

partir dos REA;

Estimular um maior empenho, motivação e interesse, tanto no acto

de ensinar como no acto de aprender

Desenvolver nos alunos um espírito de aprendizagem colaborativa,

investigativa autónoma e partilhada;

Potenciar a utilização educativa e eficaz de uma plataforma de

aprendizagem e a sua disponibilização de forma livre e

“aberta”;Maior utilização e rentabilização das

TIC e da Internet no ensino, utilizando a colaboração e a partilha

como forma de aprendizagem.

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Pensamento reflexivo versus professor-investigador:

• Pensamento

reflexivo

• Conhecimento

• Prática reflexiva

• Conhecimento

“Lawrence Stenhouse” (1975)

• Professores

• Levantam

hipóteses

• Que eles

próprios testam

• Enquanto

investigam

Uma investigação reflexiva sobre a sua

forma de ensinar

Cada aula é um laboratório

Os Professores são investigadores e

agentes da sua própria mudança.

Professor Reflexivo (Donald Schön)

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Metodologia:Investigação-acção:

Forma de gerar novo conhecimento

Espiral de Ciclos:

Planificação – Acção – Observação -Reflexão

“Uma actividade empreendida de forma cooperativa por grupos, com o objectivo de transformar a realidade circundante, mediante a actuação prático/reflexiva sobre ela” Lewin (1946)

Através da reflexão sobre a acção

Investigação orientada à INOVAÇÃO EDUCATIVA, com a introdução de novos elementos (produtos ou procedimentos) de forma a transformar uma situação em outra desejada.

• Multiparadigmáti

co

•Interpretativo

•Sócio-crítico

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Faseamento da investigação em função das tarefas previstas para o estudo:

1 - Definir um

Problema

Estabelecimento dos objectivos

Levantamento das necessidades

de formação

Reunião com a equipa de professores participantes

Formas possíveis de actuação

Apresentação da investigação

Apresentação e discussão das noções

de REA

2 - Definir um

Projecto

Definição de instrumentos de registo

Criação de um cronograma do Projecto

Definição dos diferentes parceiros e formas de envolvimento possíveis

Estabelecimento de possíveis resultados esperados

Fas

e d

a P

lan

ific

açã

o

3 - Implementar e

observar

Produção de REA por todos os professores e alguns alunos do Agrupamento

Observação directa de resultados e evidências

Utilização de outras potencialidades da

Plataforma e criação de outros sítios na Web

Envolvimento dos Órgãos de Gestão e

Departamento Curriculares

Fas

e d

a A

cção

Formação: investigador equipa; investigador professores;

professores professores e professores alunos

Criação de plataforma de ensino-aprendizagem (LMS)

Colocação de REA na Plataforma (LMS)

Page 14: Tic educa.apresentação.rea.pp

4 - Avaliar

Aplicação do inquérito/questionário final a

todos os alunos e professores do Agrupamento de Escolas

Reunião final de Avaliação com a

equipa de professores directamente envolvidos

Reuniões de análise: dos resultados do inquérito; de

alterações de prática de docentes e discentes; de

novos conhecimentos produzidos.

Análise dos registos das conversas críticas

estabelecidas durante a investigação

Fas

e d

a R

efle

xão

Discussão e análise dos resultados obtidos em

reuniões com a equipa de professores

Análise dos registos formais e informais do

supervisionamento efectuado aos

intervenientes (professores e alunos)

Análise dos materiais e dos resultados construídos

(evidências)

Recolha de evidências através dos instrumentos de registo

da plataforma

5 – Parar se o problema estiver resolvido, senão, avançar para um 2º Ciclo de Investigação-acção

Início de um possível 2º Ciclo investigativo (próximo ano lectivo)

Faseamento da investigação em função das tarefas previstas para o estudo:

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Ciclos de Investigação aplicados

CICLO 1

Planificar

ActuarObservar

Reflectir

CICLO 2

Modelo de Investigação-acção de Kemmis (1989)

CICLO 3

CICLO 4

• 1º ciclo investigativo

• 2º ciclo investigativo

• 3º ciclo investigativo

• 4º ciclo investigativo

• Desmultiplicação das diferentes fases da

investigação em 4 ciclos distintos com a

implementação de todas as tarefas previstas

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Análise e discussão de resultados (professores e alunos)

Utilização de REA em actividades lectivas Criação de REA pelos professores

95%

50% Trabalhos de pesquisa/investigação

Situações/trabalhos voluntários

0 20 40 60 80

28,6%

71,4%

Não

Sim

Criação de REA pelos alunos Contexto da criação de REA pelos alunos

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Análise e discussão de resultados (professores e alunos)

13,8%

86,2%

Não

Sim

Conhecimentos informáticos versus utilização de REA

Áreas em que os conhecimentos informáticos aumentaram

0102030405060708090

100

Não Sim

5,6

94,4

Gosto em aprender REA em diferentes formatos

0 20 40 60 80 100

Não

Sim

16,7%

83,3%

Não

Sim

Interesse em produzir REA para a disciplina

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Análise e discussão de resultados (professores e alunos)

0 20 40 60 80 100

Não

Sim

2,8%

97,2%

REA alterou forma de ensinar e aprender

0 20 40 60 80 100

8,3%

91,7%

Não

Sim

Importância da colocação no Moodle

85,4%

94,5%

77,8%

Estiveram mais interessados nas aulas.

Estiveram mais atentos nas aulas

Tiveram mais facilidade em aprender as matérias

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Não Sim

10%

90%

De que forma influenciou os alunos

REA livres e gratuítos

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90,5%

62,2%66,5%

75,3%

Estou mais interessado nas aulas.

Estou mais atento.

Tive mais facilidade em aprender as matérias.

Aumentou a minha curiosidade em pesquisar e aprender mais na Internet

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Não Sim

10,3%

89,7%

Análise e discussão de resultados (professores e alunos)

Para os alunos: REA alterou forma de ensinar e aprender

Quais as principais alterações: de que forma.

0 20 40 60 80 100

8,3%

91,7%

Não Sim

47,7%

57,6%

41,7% Capacidade de pesquisa na Internet

Capacidade de produzir recursos digitais

Capacidade de utilizar diferentes tipos de software

Conhecimentos informáticos depois de REA Em que áreas

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Análise e discussão de resultados (em função dos dados e grupos de discussão)

• PELA

UTILIZAÇÃO

DE REA

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Conclusões

• Este projecto de investigação

• Uma apresentação dos REA em termos académicos nacionais

• Uma demonstração de aplicabilidade

• Demonstrou as vantagens da introdução dos REA nas escolas

• As potencialidades que os REA revelam em desenvolver as competências em TIC de alunos e

professores

• Demonstrou a aplicabilidade da diferenciação de pedagogias

• Apresentou provas de eficácia da investigação-acção enquanto metodologia

• Uma proposta/projecto de acção passível de implementação em outros Agrupamentos

• REA como catalisador de competências digitais várias

• Tornou-se um “Manual de Aplicabilidade” abrindo portas a outras escolas e outros níveis de ensino

• REA como instrumento de disseminação e universalização do conhecimento de forma livre e

gratuita.

Implementou-se com sucesso um modelo de aprendizagem baseado em REA

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Declaração de Cidade do Cabo para Educação Aberta: Abrindo a promessa de Recursos Educativos Abertos

“Estamos à beira de uma revolução global no ensino e na aprendizagem. Educadores em todo o mundo estão a desenvolver um vasto conjunto de recursos educativos na Internet, que são abertos e livres para todos usarem. Esses educadores estão a criar um mundo onde cada uma e todas as pessoas podem aceder e contribuir para a soma de todo o conhecimento humano. Estão também a plantar as sementes de uma nova pedagogia, onde educadores e estudantes criam, moldam e desenvolvem conhecimento de forma conjunta, aprofundando seus conhecimentos e habilidades e melhorando sua compreensão durante o processo.”

http://www.capetowndeclaration.org/read-the-declaration

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Bem-haja pela atenção.

Integração de Recursos Educativos Abertos num Modelo Pedagógico de Aprendizagem em:

http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2010000805

Email: [email protected]

Webpage: http://aminhaescola.net •

http://aminhaescola.net/moodle

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