the petroleum system

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The Petroleum System From Source to TrapMagoon, L.B., & Dow, W.G., 1994,. AAPG Memoir 60. Tulsa, OK, 655p. Bibl. CCMN = S = 553.282. - Cap1: Magoon, L.B., & Dow, W.G., 1994, The Petroleum System.

Resumo do artigo:1.1 INTRODUO Grande parte das idias na base do conceito de Sistema Petrolfero (SP) j eram familiares aos gelogos de petrleo, antes que a expresso fosse proposta formalmente. A nfase da nova expresso deve-se s seguintes razes: (1) a habilidade da Explorao em identificar sistemas petrolferos depende de tcnicas da Geoqumica do Petrleo, que se expandiram nos ltimos 10-15 anos, tais como: mapeamento de fcies orgnicas; mapeamento e interpretao de indcios de HC; correlaes petrleo-petrleo e petrleo-rocha-geradora. (2) a forma de abordagem dos sistemas petrolferos uma forma de organizar informao que conduz a investigaes eficientes para os seguintes propsitos: explorao; avaliao de recursos petrolferos; pesquisa geolgica e geoqumica. (3) o papel da investigao de sistemas petrolferos nunca ficou muito clara nas seguintes atividades: anlise de bacias; anlise de plays; avaliao de prospectos. Os objetivos deste trabalho so: definir, comparar e contrastar nveis de investigao na explorao de petrleo; descrever a histria do modelo de sistema petrolfero; identificar, denominar e determinar o nvel de certeza de um sistema petrolfero; descrever os aspectos e nmeros que melhor caracterizam a extenso geogrfica, estratigrfica e cronolgica de um SP; descrever como se implementa um estudo de SP;

1.2 NVEIS DE INVESTIGAO NA EXPLORAO DE PETRLEO A figura 1.1 e a tabela 1.1 ilustram os 4 nveis de investigao: Anlise de Bacias: descreve a seqncia estratigrfica e o estilo estrutural; Estudo de Sistema Petrolfero: descreve a relao gentica entre rocha geradora e petrleo resultante; Estudo de plays: descreve uma srie de trapas atuais (em contexto geolgico, operacional e econmico semelhante, na mesma bacia); Estudo de prospecto: estuda uma trapa especfica, para determinar se tem valor econmico e se explotvel com a tecnologia disponvel.

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Aspectos de economicidade no so considerados nos dois primeiros nveis, mas so essenciais nos dois ltimos. Sem condies econmicas favorveis, no existem plays ou prospectos numa bacia ou bloco.

Fig. 1.1. Quatro escalas de explorao de petrleo Tabela 1.1. Comparao de fatores nas quatro escalas de investigao

medida que se move da escala de bacia para a de prospecto, os seguintes aspectos se deslocam: O foco da investigao concentra-se na ocorrncia de petrleo; O custo da investigao por unidade de rea aumenta; na escala do prospecto, pode-se incluir o custo dos direitos para perfurar. A investigao em escala de bacia requer uma rede (grid) de informao esparsa, cobrindo grande rea, tal como um conjunto de linhas ssmicas muito espaadas, alguns poos exploratrios estrategicamente localizados, e mapas geolgicos em pequena escala (denominador grande). Em contraste, a avaliao de um prospecto requer um grid denso, cobrindo uma rea restrita, tal como uma malha ssmica com espaamento pequeno, sobre um mapa em grande escala (denominador pequeno).

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1.2.1. Investigao de bacias sedimentares nfase nas ltimas dcadas: Tectnica de Placas ou evoluo estrutural; Evoluo das classificaes: Geologia descritiva (Weeks,1952; Knebel & RodriguezEraso, 1956) interpretaes genticas ( Halbouty et al. 1970 a,b; Klemme,1971 a,b, 1975, 1986, at Kingston et al., 1983 a (veja tabela 1.2). Contribuio da Geoqumica orgnica entendimento progressivo da ocorrncia de leo: descritivo (Weeks, 1952) determinstico (Tissot, 1969, at Tissot et al, 1987). Cada nova abordagem focaliza mais a gnese do petrleo: o Bally (1975): tipo de bacia contribui pouco para a previso do volume de leo por tipo de bacia. (NT: Klemme 1971, 1975, 1986, tem opinio diferente). o Demaison (1984): geoqumica contribui para elevar razo de sucesso o Tissot et al., (1987): geoqumica contribui para tornar as previses de ocorrncia de petrleo mais certas (i.e., menor incerteza). Complexidade da bacia: o Histria descomplicada anlise de bacia + geoqumica orgnica bons resultados. o Bacias com geologia complexa: leo nem sempre ocorre nos limites da bacia. Para entender a ocorrncia, 2 itens necessitam esclarecimento: 1) Definio operacional para a bacia sedimentar e para o que est sendo estudado; 2) Necessita-se de um tipo de investigao distinto da anlise de bacia, relacionado somente com a ocorrncia de leo e gs.

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Tabela 1.2. Resumo dos modelos geolgicos que incorporam Processos sedimentares, estruturais e geoqumicos orgnicos para explicar a ocorrncia de petrleo na natureza.

O termo bacia tem implicaes distintas para diversos especialistas: Paleontlogo: a coluna dgua, onde os fsseis viveram plantnicos, bnticos; Geoqumico de petrleo: a parte mais anxica de um paleo-oceano ou bacia continental, onde a matria orgnica se acumulou; Estratgrafo (especialista em carbonatos ou siliciclsticos): o preenchimento sedimentar que foi depositado na bacia;

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Gelogos estruturais: a depresso criada em resposta a um processo tectnico, tal como rifteamento; Geofsico: numa seo ssmica, um pacote espesso de rochas sedimentares (medido em tempo duplo); Gelogos: (1) uso geogrfico denominar e localizar uma provncia (e.g., Williston basin), de forma distinta do uso gentico do termo bacia; (2) uso gentico bacia sedimentar; (3) coluna dgua; (4) contedo sedimentar; (depresso). Provncia petrolfera: s vezes referida como bacia petrolfera; Nenhum desses usos incorreto; Neste trabalho: bacia sedimentar = depresso preenchida por rochas sedimentares.

Anlise de bacia investiga a formao e o contedo da depresso: Tcnicas convencionais: estruturais e estratigrficas; Tcnicas mais recentes: estratigrafia ssmica e de seqncias Estratigrafia de seqncias entendimento da distribuio de arenito e folhelho como um pacote de rochas sedimentares relacionadas Explorao de petrleo mapeamento das propriedades de reservatrio e das fcies orgnicas das rochas geradoras. Anlise de bacia inclui todos os aspectos da formao da depresso e do seu preenchimento e deformao. No perodo em que o petrleo gerado, migrado e acumulado, requer-se a investigao do sistema petrolfero, dado que o petrleo mvel, frgil e responde a parmetros fsico-qumicos distintos dos que afetam os sedimentos. 1.2.2. Investigao de sistemas petrolferos Cada processo investigativo tem seu ponto de partida: Anlise de prospecto: trapa; Anlise de play: srie de trapas; Anlise de bacias: ambiente tectnico e preenchimento sedimentar Sistema petrolfero: descoberta de acumulaes (importncia dos indcios de leo e gs). Anlise geoqumica de traos de leo e gs do informao crtica sobre a natureza do sistema petrolfero que os produz. Etapas de investigao: Identificao do sistema; Determinao de sua extenso geogrfica, estratigrfica e temporal. 1.2.2.1. Terminologia e conceitos afins. Oil system: Dow (1974) conceito de correlao leo-rocha-fonte Petroleum system : Perrodon (1980) Bacia geradora: Demaison (1984); Mquina da HC: Meissner et al (1984); Sistema petrolfero independente (IPS): Ulmishek (1986)

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Conceitos similares: Bacia geradora: Demaison (1984); Mquina da HC: Meissner et al (1984); Sistema petrolfero independente (IPS): Ulmishek (1986) Critrios formais (Magoon, 1987, 1988, 1989 a,b) Identificao do SP; Denominao do SP; Nvel de certeza (confiana) do SP. Este estudo: Refinamento do conceito de SP; Como mapear um SP; Como usar o SP para avaliar oportunidades exploratrias. 1.2.3. Investigaes de plays e prospectos

Bacia

SP

play

prospecto

Prospectos = feies estruturais ou estratigrficas atuais que podem ser mapeadas e perfuradas; trapa potencial que deve ser avaliada em termos de conter HC em quantidade comercial avaliar prospecto envolve a presena de reservatrio, selo, volume de trapa, carga de HC e sincronismo. Plays = uma srie de prospectos relacionados. Definio enfatiza potencial para acumulaes no descobertas de HC em escala comercial; o Geoqumica de petrleo contribui para refinar a definio de play ou termos equivalentes: o Zona petrolfera (Bois, 1975, 1982): inclui misturas de HC de composio similar; o Incluso de rocha-fonte e rota de migrao (White, 1980, 1988; Bishop e al 1983; Sluijk & Nederlof, 1984; Dolton et al, 1987, Bird 1988). o Uso da Geoqumica quantitativa (Mackenzie e Quigley, 1988) na avaliao de plays e prospectos informao volumtrica para anlise econmica.

Acumulaes de O&G j descobertas e outras ocorrncias no-comerciais geneticamente relacionadas podem ser mapeadas como um SP, o qual pode ser projetado dentro da rea de um play, para avaliao da carga de HC. Esta pode ser avaliada nas escalas de play ou prospecto. 1.3 HISTRICO DA EXPRESSO SISTEMA PETROLFERO 1.3.1. Oil System (Dow, 1972, 1974) OS

Critrio chave para identificao de OS: correlaes oleo-leo e leo-rocha-fonte. Dow reconheceu 3 OSs na Bacia de Williston, cada um contendo uma rocha-fonte e um grupo de rochas reservatrios. Cada OS isolado dos demais por selo evaportico.

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Modelo desenvolvido para bacia de Williston depende da capacidade de: Separar leos em tipos genticos; Relacionar cada tipo a uma seqncia especfica de rocha-fonte; Avaliar a quantidade de MO e grau de maturao trmica necessria para gerao e expulso do leo em quantidades comerciais; Mapear a distribuio de rotas de migrao (horizontais e verticais) e selos.

Modelo acima possibilita mapear em subsuperfcie o domnio (rea x profundidade) mais provvel de ocorrncia de cada tipo de leo. Plays podem ento ser definidos dentro desses domnios de maior chance de ocorrncia de acumulaes. Importncia do artigo de Dow (1974): Correlaes leo-rocha-fonte so a chave para identificar um OS; Nomenclatura do OS inclui fonte e reservatrio ligados por hfen; Introduz-se um novo conceito na definio de PLAY (NT: play subcojunto de um OS); Em cada OS, estima-se o volume (terico) de leo gerado e as reservas (NT: melhor dizer potencial, pois reservas se referem a acumulaes j descobertas), com base em balano de massas; A expresso OS (Oil System) exclui gs e condensado; Os critrios para aplicar o mtodo fora da bacia de Williston no so explcitos. leos separados em tipos genticos; O nome de cada SP inclui o nome da rocha-fonte e o reservatrio ligados por hfen. 1.3.2. Petroleum System (Perrodon, 1980, 1980a,b) PS

Os critrios geolgicos que governam a distribuio das acumulaes e, particularmente, a presena combinada de rochas-fonte, reservatrios e selos, geralmente exibem uma certa extenso geogrfica que refletida pela formao de uma famlia de acumulaes, ou melhor, de um sistema petrolfero, um conjunto estruturado de elementos naturais da mesma espcie ou tendo a mesma funo (traduo livre). ... uma provncia petrolfera pode ser considerada como o resultado final de um conjunto organizado de eventos geolgicos (no tempo e no espao) que pode ser chamado um sistema petrolfero. Em tal sistema, a seqncia de movimentos de subsidncia e fluxos associados to decisiva quanto os fatores litolgicos e geomtricos, na formao de um grupo de acumulaes. Perrodon e Masse (1984) enfatizam o papel da geodinmica, na formao do SP: Numa bacia sedimentar, no so apenas as rochas-fonte, os reservatrios e selos que desempenham papel decisivo na gnese, trapeamento e preservao dos hidrocarbonetos, mas toda a coluna sedimentar. A formao de um SP o resultado de uma sucesso de transformaes fsicas e qumicas (diagnese, deformaes tectnicas, compactao, etc.) que afetam os sedimentos e controlam a gnese, concentrao e disperso dos HCs. Importantes fatores controlando essas transformaes so os movimentos de soerguimento e subsidncia. D-se destaque tambm s reas termotectnicas, subsidncia, aos fluxos atravs da coluna sedimentar, s taxas de sedimentao e a outros fatores: ... deve-se prestar especial ateno s caractersticas e relaes dos fluxos passando atravs do espao sedimentar: fluxos termais provenientes do manto e da crosta, e fluxos dos diferentes fluidos circulando, devido a diferenas de presso e passagens (caminhos) disponveis. Em ltima anlise, todas essas transferncias de energia e fluidos parecem ser

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controlados pela geodinmica da bacia, isto , pelas caractersticas da subsidncia, cujos mecanismos so refletidos pelos diferentes tipos de SPs. Exemplos incluem vrios tipos de bacias: rifte, plataforma, margem passiva e pullapart. 1.3.3. Generative Basin (Demaison, 1984) reas que superpem rochas-fonte maduras so chamadas depresses geradoras de petrleo ou cozinhas de hidrocarbonetos (HC kitchens). Uma bacia geradora define-se como uma bacia sedimentar que contm uma ou mais depresses geradoras de petrleo. O mapeamento de depresses geradoras se processa integrando dados geoqumicos relevantes para maturao e fcies orgnicas com informao estrutural e estratigrfica proveniente de ssmica e poos profundos. Locais de elevado ndice de sucesso na busca de petrleo so chamados reas de elevado potencial, plays ou zonas petrolferas. Uma rpida reviso mundial de 12 bacias sedimentares, descritas em ordem de estilo tectnico, revelam as seguintes regularidades: As zonas de ocorrncia concentrada de HC (reas de elevado potencial) e altos ndices de sucesso esto geneticamente relacionadas a depresses ou bacias geradoras de leo. Estas depresses so mapeveis atravs de mtodos integrados (geologia, geofsica e geoqumica). As maiores acumulaes de HC tendem a se localizar prximo ao centro das bacias geradoras ou em trends estruturalmente elevados, prximos de profundas depresses geradoras. Distncias de migrao comumente variam na escala de dezenas, em vez de centenas de milhas, e so limitadas pelas reas de drenagem de estruturas individuais. Assim, os limites das depresses geradoras comumente incluem a maioria das acumulaes e os maiores campos petrolferos. Casos atpicos de migrao a longa distncia ocorrem em certas bacias de antepas, onde a estratigrafia e a estrutura permitem movimento ininterrupto do leo, mergulho acima.

Estas trs regularidades provem poderosos anlogos para prever reas de elevado potencial petrolfero em bacias no exploradas ou esparsamente perfuradas. 1.3.4. Hydrocarbon Machine de Meissner et al (1984) As mquinas de HC so definidas como seqncias que contm todos os elementos envolvidos no processo de gerao de HC desde a rocha-fonte at a consequante migrao e acumulao. O aspecto importante para a explorao possibilidade de prever clulas de gerao/migrao/acumulao, ou mquinas de HC atuantes em certas partes da coluna estratigrfica. Usada em conjunto com mapas de diustribuio regional de rocha-fonte, a suposta habilidade preditiva explicaria a distribuio observada de acumulaes descobertas e apontaria novas reas prospectivas. Os autores declaram a similaridade de seu conceito com o Oil System de Dow (1974) e com o SP de Perrodon (1980,1983).

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1.3.5. Independent Petroliferous System de Ulmishek (1986) A expresso IPS foi usasa para descrever os aspectos estratigrficos da avaliao de recursos petrolferos . Trata-se de um corpo de rocha separado das rochas vizinhas por barreiras regionais migrao de fluidos, incluindo leo e gs. Um IPS estratigraficamente homogneo. Inclui rochas reservatrio, trapas e um selo regional... Para avaliao de recursos petrolferos em reas com pouca informao, o IPS tem vantagens sobre unidades de avaliao em termos de bacia ou play. Tambm pode ser usado com vantagens de confiabilidade em mtodos estatsticos de avaliao de potencial. Segundo o proponente, evidente que 3 dos 4 principais fatores que controlam a abundncia de petrleo em uma regio (fonte, reservatrio e selo) contm mais informao estratigrfica do que estrutural. O quarto fator, a trapa, reflete tanto estratigrafia quanto tectnica, dependendo do tipo de trapa. razovel, pois, que uma unidade escolhida com o propsito de avaliao comparativa de recursos petrolferos seja mais relacionada com a estratigrafia do que com a tectnica. 1.3.6. Petroleum System de Magoon (1987) Magoon introduziu na literatura o termo elementos de um SP para se referir a: Rocha-fonte (source rock) Rota de migrao (migration path) Rocha-reservatrio ( reservoir rock) Selo (seal) Trapa (trap) O autor explica que estes elementos devem estar localizados em tempo e espao de forma que um depsito petrolfero possa ocorrer. Para identificar um SP, o autor baseou-se na correlao leo-rocha-fonte, como ser visto adiante. Magoon (1988) declara que: o SP enfatiza a relao gentica entre uma rocha-fonte especfica e uma acumulao resultante; estudos de bacia destacam depressoes estruturais e rochas sedimentares associadas, independentemente da relao com depsitos petrolferos; enquanto isso, a abordagem de play ou prospecto enfatizam a possibilidade de a trapa atual ser detectvel com tecnologia ou ferramentas existentes. 1.3.7. Petroleum System de Magoon & Dow A expresso SP (Petroleum System) foi escolhida porque: petrleo inclui todas as formas de HC, segundo Levorsen (1967); sistema leva em conta a interdependncia entre os elementos essenciais (rochas fonte, reservatrio, selo e sobrecarga) e processos (formao da trapa, e gerao-migraoacumulao do petrleo).

A unicidade de um PS baseia-se na correlao petrleo-rocha-fonte. A forma de nomear deve-se a Dow (1974), enquanto o nvel de confiabilidade deve-se a Magoon (1987, 1988). A distribuies geogrfica e estratigrfica , bem como o tempo de preservao, devem-se a Magoon (1988).

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1.4 DEFINIES E CARACTERSTICAS DO SISTEMA PETROLFERO (SP) Um SP define-se como um sistema natural que engloba uma poro (pod) de rochafonte ativa e todas as ocorrncias de leo e gs a ela relacionadas, incluindo tambm todos os elementos e processos geolgicos que so essenciais existncia de uma acumulao de petrleo. Esta poro de rocha-fonte que foi ativa em dado perodo pode estar atualmente inativa ou exaurida (depletada). Neste contexto, petrleo inclui altas concentraes de: Gs de origem trmica ou biognica, encontrado em reservatrios convencionais ou hidratos de gs, reservatrios fechados (tight reservoirs), folhelho fraturado e carvo; Condensados, leo cru (crude oil) e asfaltos encontrados na natureza.

O termo sistema descreve a interdependncia entre os elementos e processos que formam a unidade funcional que fabrica as acumulaes de HC. Os elementos essenciais incluem : Rocha-fonte Rocha-reservatrio Rocha-selante Rochas de soterramento Os processos so: Formao de trapa; Gerao-migrao-acumulao

Estes elementos e processos essenciais devem ocorrer em tempo e espao de tal modo que parte da matria orgnica includa na rocha-fonte possa transformar-se em acumulaes de petrleo. Um SP existe sempre que ocorram todos os elementos e processos essenciais. Veja figura 1.1.A

Figura 1.1.A. Processos envolvidos no SP (Fonte: AAPG) 10

1.4.1. Caractersticas e limites A extenso geogrfica, estratigrfica e temporal de um SP fica bem especificada atravs de uma tabela (tabela 1.3) e um conjunto de 4 figuras representando os seguintes aspectos: Carta com o histrico de soterramento, destacando o momento crtico, a idade das camadas e elementos essenciais em uma locao especfica; Um mapa; Uma seo geolgica relativa ao momento crtico, destacando a relao espacial entre os elementos essenciais; Uma carta de eventos do SP, mostrando as relaes temporais entre os elementos e processos essenciais, o tempo de preservao e o momento crtico para o SP. Tabela 1.3. Campos de leo e gs no SP fictcio denominado Deer-Boar(.)

O momento crtico o momento identificado (avaliado) pelo investigador, na escala de tempo geolgico, que melhor destaca a gerao-migrao-acumulao da maior parte do HC encontrado num SP. Um mapa e uma seo desenhados representando ocorrncias no momento crtico so as melhores formas de representar a extenso geogrfica e estratigrfica do SP. Quando desenhada de forma apropriada, a carta do hostrico de soterramento mostra o tempo em que a maior parte do leo contido no SP gerado e acumulado em suas trapas primrias. (Para gs biognico, o momento crtico associa-se a temperaturas baixas). Na escala de tempo geolgico, a gerao-migrao-acumulao de petrleo em um determinado ponto do SP (location) ocorre em curto espao de tempo. Quando includos na curva de histrico de soterramento, os elementos essenciais mostram a funo de cada unidade estratigrfica no SP. Exemplo: Figura 1.2: o Folhelho Deer a rocha-fonte, o Arenito Boar o reservatrio, o Folhelho George o selo, e todas as rochas acima do folhelho Deer compem o soterramento (ou sobrecarga). A carta do histrico de soterramento localizada onde a sobrecarga tem espessura mxima, indicando que a rocha-fonte iniciou sua entrada na janela de gerao de leo no Permiano, h 260 Ma, e esteve em sua mxima profundidade de soterramento h 255 Ma. O momento crtico 250 Ma, e o tempo de gerao, migrao e acumulao varia entre 260 e 240 Ma, que tambm a idade do SP.

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Figura 1.2. Carta com a histria de soterramento, mostrando o momento crtico (250 Ma) e o perodo de gerao de leo (260-240 Ma) para o SP fictcio Deer-Boar(.). Esta informao usada na carta de eventos (figura 1.5). N=Negeno (inclui Quaternrio). A locao usada para a presente carta est indicada nas fig. 1.3 e 1.4.

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A extenso geogrfica do SP no momento crtico definida por uma linha que circunscreve a poro de rocha fonte ativa e inclui todos os pontos em que h registro de indcios de HC (shows), exsudaes (seeps) e acumulaes descobertas que se originaram daquela poro. A figura 1.3 representa um mapa relativo ao Paleozico, no exemplo em exame, indicando a extenso do SP Deer-Boar(.).

Figura 1.3. Mapa com a extenso geogrfica do SP Deer-Boar(.) no momento crtico (250 Ma). Rocha-fonte termicamente imatura encontra-se fora da janela de gerao de leo. A faixa de rocha fonte ativa encontra-se dentro das janelas de leo e gs.

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A extenso estratigrafica do SP (Figura 1.4) inclui as seguintes unidades litolgicas, dentro da extenso geogrfica: Rocha-fonte; Rocha-reservatrio; Rocha-selo; Rochas de soterramento no momento crtico. A funo das 3 primeiras bvia. A da ltima mais sutil, pois alm de conduzir a rocha fonte janela de migrao, afeta a geometria das rotas de migrao e da trapas.

Figura 1.4. Seo Geolgica mostrando a extenso estratigrfica do SP Deer-Boar(.) no momento crtico (250 Ma). Rocha-fonte imatura encontra-se mergulha acima da janela de gerao de leo.

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A carta de eventos (Figura 1.5) mostra 8 eventos distintos. Os quatro superiores registram o tempo de deposio a partir de estudos estratigrficos dos elementos essenciais. Os prximos dois eventos registram o tempo em que os dois processos do SP ocorreram. A formao de trapas analisada atravs de dados geofsicos e de anlise geolgica estrutural. A gerao-migrao-acumulao de HC, ou idade do SP, baseada em estudos estratigrficos e de geoqumica de petrleo, bem como na carta da histria de soterramento. Esses dois processos so seguidos pelo tempo de preservao, que ocorre aps a gerao-migrao-acumulao. o tempo em que os HC contidos no SP so preservados, modificados ou destrudos. Quando o processo de gerao-migrao-acumulao se estende at o presente, noh tempo de preservao. Nesse caso, de se esperar que a maior parte do petrleo esteja preservada e que comparativamente pouco foi biodegradado ou destrudo. O ltimo evento o momento crtico, estimadom pelo investigador a partir da carta do histrico de soterramento e corresponde ao tempo representado no mapa e na seo.

Figura 1.5. Carta de eventos mostrando as relaes entre os elementos e processos essenciais, bem como o tempo de preservao 1.4.2. Nvel de Certeza Um SP pode ser identificado com trs nveis de certeza. O nvel de certeza indica a confiana para a qual uma poro ativa de rocha-fonte gerou os HC contidos em uma acumulao.

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Conhecido (!): existe uma boa concordncia geoqumica entre a rocha-fonte ativa e as acumulaes de leo ou gs. Hipottico (.): a informao geoqumica identifica a rocha-fonte, mas no h concordncia entre ela e as acumulaes de HC; Especulativo (?): a existncia da rocha-fonte e de petrleo postulada apenas com base em evidncia geolgica ou geofsica.

Tabela 1.4. Definies do nvel de certeza do SP

1.4.2. Nomenclatura dos SP O nome do SP compe-se do nome da rocha-fonte seguido do nome da principal rocha-reservatrio e do smbolo do grau de certeza. Exemplo: Deer-Boar (.) um SP hipottico que tem o Folhelho Deer como fonte e o Arenito Boar como reservatrio principal.

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1.4.3. Discusso 1.4.3.1. Faixa de rocha-fonte ativa 1.4.3.2. Sinnimos de petrleo 1.4.3.3. Reservatrio principal e secundrios 1.4.3.4. Evoluo de um SP 1.4.3.5 Tempo de preservao 1.4.3. Comparao com bacia sedimentar e play

1.5 EXEMPLOS DE SISTEMAS PETROLFEROS 1.5.1. Classificao

Figura 1.6.

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Figura 1.7.

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Figura 1.8. 1.5.2. Devoniano Superior dos EUA.

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Figura 1.9. 1.5.3. Mioceno da Califrnia. 1.6 . TCNICA DE INVESTIGAO

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1.6.1. Exemplo fictcio # 1 1.6.1. Exemplo fictcio # 1 1.7 . RESUMO

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