thatiany cristina gianotto nogueira

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCH CURSO DE PEDAGOGIA O PERFIL DO PSICOPEDAGOGO NA CIDADE DE MARINGÁ - PR THATIANY CRISTINA GIANOTTO NOGUEIRA MARINGÁ 2010

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARING UEM

    CENTRO DE CINCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CCH

    CURSO DE PEDAGOGIA

    O PERFIL DO PSICOPEDAGOGO NA CIDADE DE MARING - PR

    THATIANY CRISTINA GIANOTTO NOGUEIRA

    MARING

    2010

  • THATIANY CRISTINA GIANOTTO NOGUEIRA

    O PERFIL DO PSICOPEDAGOGO NA CIDADE DE MARING - PR

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito para a obteno do ttulo de Licenciado em Pedagogia, pelo Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maring (UEM), Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes, Departamento de Teoria e Prtica. Orientadora: Prof Ms Janira Siqueira Camargo.

    MARING 2010

  • THATIANY CRISTINA GIANOTTO NOGUEIRA

    O PERFIL DO PSICOPEDAGOGO NA CIDADE DE MARING - PR

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito para a obteno do ttulo de Licenciado em Pedagogia, pelo Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maring (UEM), Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes, Departamento de Teoria e Prtica.

    BANCA EXAMINADORA

    ________________________________________________________________ Prof. Ms. Janira Siqueira Camargo

    (Orientadora)

    ________________________________________________________________ Profa. Dra. Leila Pessa

    (Universidade Estadual de Maring)

    ________________________________________________________________ Profa. Ms. Celma Regina Borghi Rodriguero

    (Universidade Estadual de Maring)

  • DEDICO ESTE TRABALHO A MEUS AMIGOS E FAMILIARES, QUE DE FORMA ESPECIAL E CARINHOSA, ME DERAM FORA, CORAGEM E AMOR INCONDICIONAL, ME AMPARANDO NOS MOMENTOS DIFCEIS.

  • AGRADECIMENTOS

    Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por ser presena constante na

    minha vida, pelo auxlio nas minhas escolhas e me confortar nas horas difceis; A meus pais, Lilian e Vav, pelas palavras de carinho e estmulo que me

    incentivaram a prosseguir nesta jornada, me fazendo acreditar que,

    independentemente dos obstculos a serem enfrentados neste caminho, a

    realizao deste sonho seria possvel;

    Ao meu irmo, Pedro Henrique, por ter me proporcionado horas de

    divertimento, por cada palavra de carinho e pela preocupao;

    A minha av, Maria Marin, por no ter medido esforos para que eu

    chegasse onde cheguei, mas que infelizmente esta ausente, no entanto, sua

    presena e o som da sua voz sopram suaves na minha memria como se estivesse

    presente;

    Aos meus tios Marcos e Elaine, minha prima Isabela e meu av Jos Antnio, por terem acreditado e investido na minha educao e por todo carinho e

    amor dedicado a mim;

    Ao meu namorado, Samuel, pelo apoio, compreenso e amor; graas a ele

    foi mais fcil transpor os dias de cansao e desnimo;

    Aos meus amigos, em especial Eliana, Luana, Ariele, Lizandra, Mrcio e Gilmar por terem me acompanhado nesta trajetria acadmica e por terem se

    tornado pessoas insubstituveis em minha vida, que a amizade formada nos bancos

    acadmicos perdure para todo o sempre;

    A todos da Famlia Seltsam, pelos momentos de diverso, pelo amparo e

    pelo estmulo, poder contar com vocs me deu e me d foras para superar toda e

    qualquer dificuldade, por me fazerem acreditar que um sonho que se sonha s, s

  • um sonho que sonha s, mas um sonho que se sonha junto, realidade! (Raul

    Seixas), obrigada por fazerem parte da minha vida;

    A minha orientadora, Janira, pela contribuio no desenvolvimento deste

    trabalho, pelas palavras de incentivo e carinho ao me auxiliar; pela disponibilidade e

    por incentivar minha carreira acadmica, sendo um exemplo a ser seguido;

    Universidade Estadual de Maring

    Aos meus Professores, que nos transmitiram seus conhecimentos e

    experincias profissionais e de vida, com dedicao e pacincia.

    Enfim, a todos que direta ou indiretamente contriburam para a execuo

    deste, seja pela ajuda constante ou pelas palavras de estimulo e carinho destinadas

    a mim. Muito obrigada!

  • NOGUEIRA, Thatiany C.G. O perfil do Psicopedagogo na cidade de Maring / PR. 2010. Trabalho (Concluso de Curso de Pedagogia) Universidade Estadual de Maring, Maring, 2010.

    RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo traar o perfil dos profissionais psicopedagogos que atuam na cidade de Maring / PR. Para tanto, iniciamos com uma pesquisa bibliogrfica, para melhor compreenso do tema a ser discutido. Nestas pesquisas, objetiva-se a reflexo sobre o histrico da Psicopedagogia, apontando o percurso argentino, entrelaado a psicopedagogia brasileira. Para que possamos analisar os psicopedagogos, realizaremos um questionrio com 10 profissionais, que atuam no municpio de Maring, Estado do Paran. O interesse na realizao deste trabalho, surgiu a partir de interesse prprios em conhecer a prtica destes profissionais, manter contato e conhecer o campo de atuao. De modo que foram escolhidos aleatoriamente e/ou por indicao. O primeiro contato foi feito por telefone e em seguida o questionrio foi entregue em seus ambientes de trabalho. As perguntas do questionrio visam levantar dados acerca da formao e a atuao destes profissionais, alm de abordar questes referentes aos conhecimentos especficos da profisso, como a definio da Psicopedagogia, a diferena entre a Psicopedagogia Clnica e a Institucional dentre outras, de modo que gostaramos de destacar que esta investigao nos possibilitou verificar que a maioria dos Psicopedagogos atuantes em Maring so do sexo feminino, com formao em Pedagogia e formados na Universidade Estadual de Maring; metade dos entrevistados so associados a Associao Brasileira de Psicopedagogia, revelando interesse em se manter atualizado e mostrando envolvimento com a profisso. As respostas sero analisadas para que se possa responder ao objetivo proposto e elaborar a monografia. Palavras-chave: Psicopedagogia. Psicopedagogo. Perfil profissional.

  • SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................... 09 2 FUNDAMENTAO TERICA .......................................................................... 11 2.1 Contextualizao Histrica da Psicopedagogia................................................ 11 3 METODOLOGIA ................................................................................................. 19 3.1 Procedimentos ................................................................................................ 19 3.2 Descrio do Instrumento ................................................................................ 19 3.3 Caracterizao dos sujeitos da pesquisa ........................................................ 20 3.3.1 Quadro 1: Caracterizao dos sujeitos participantes ................................... 20 4 RESULTADOS E ANLISE ............................................................................... 21 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................... 27 REFERNCIAS...................................................................................................... 29 ANEXOS ................................................................................................................ 31

  • 10

    INTRODUO

    A psicopedagogia uma rea de conhecimento que visa analisar as

    dificuldades presentes no processo de ensino-aprendizagem, de modo que (...) o

    objeto central de estudo da Psicopedagogia est se estruturando em torno do

    processo da aprendizagem humana: seus padres evolutivos normais e patolgicos,

    bem como a influncia do meio (famlia, escola, sociedade) no seu desenvolvimento

    de acordo com Kiguel e Bossa (2007, p.08).

    Sobre essa questo, Scoz complementa que [...] a ao profissional deve

    englobar vrios campos de conhecimento, integrando-os e sintetizando-os (1992,

    p.02), tais como pedagogia, sociologia, psicologia, fonoaudiologia etc. Neste sentido,

    so vrios os autores que concordam com a necessidade de integrao destes

    profissionais, tais como: Rubinstein (1987), Weiss (1992) Neves (1991), Barone

    (1984) dentre outros.

    Outro questo que precisa ser levada em considerao, que para a

    preveno, diagnstico e tratamento, o atendimento pode acontecer em instituies

    de ensino, atravs da Psicopedagogia institucional ou em clnicas, com a

    Psicopedagogia clnica.

    Em se tratando da formao destes profissionais, oportuno destacar que na

    cidade de Maring PR, vrias so as instituies que oferecem o curso de

    especializao em Psicopedagogia formando profissionais para atuarem nessas

    clnicas de atendimento de pessoas com dificuldades de aprendizagem ou no mbito

    escolar.

    Deste modo, este trabalho tem por objetivo desenvolver uma pesquisa que

    atenda a necessidade de se traar o perfil dos Psicopedagogos na cidade de

    Maring / PR. Para tanto, iremos elaborar e aplicar um questionrio com 10

    profissionais, com perguntas que possam nos auxiliar na caracterizao destes

    sujeitos, no que se refere formao, atuao e compreenses sobre a

    Psicopedagogia.

    Buscando oferecer estes profissionais e demais interessados, uma anlise

    sobre as caractersticas destes profissionais, pelo fato de no existir pesquisas

    sobre este tema, mas que ao mesmo tempo, venha ao encontro de interesses

    prprios, de modo que atravs da realizao deste trabalho, tivemos a oportunidade

  • 11

    de nos encontrar com estes profissionais e conhecer seu campo de atuao e saber

    mais sobre a atuao dos Psicopedagogos em Maring.

    Os resultados obtidos sero apresentados como Trabalho de Concluso de

    Curso (TCC), do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Maring (UEM).

    Para que seja realizado este trabalho, optamos pela realizao de uma coleta

    de dados, por meio de um questionrio, a fim de que possamos responder ao

    objetivo proposto. Tal instrumento encontra-se no anexo I (questionrio).

    vlido informar que o instrumento utilizado apresenta vantagens e

    desvantagens que destacaremos a seguir.

    Sobre as vantagens, escolhemos o questionrio como ferramenta a ser

    utilizada em nosso trabalho, pois tivemos a possibilidade de deixar que os

    participantes o respondessem quando fosse possvel. E no que se refere a

    desvantagem na utilizao deste instrumento, que gostaramos de destacar um

    delas que no caso por ser escrito, muitas vezes os participantes deixam de expor

    todo e qualquer pensamento, o que poderia acontecer de forma mais natural se

    fosse realizada uma entrevista gravada, ou seja, este instrumento faz com que os

    entrevistados respondam as questes propostas de forma mais formal.

    Aps o contato com os profissionais, feito primeiramente por telefone (para

    expor sobre esta pesquisa, bem como para convid-los a participar); entregamos o

    questionrio a ser respondido, geralmente nos ambientes de atuao destes

    profissionais.

    O questionrio entregue, contm 20 questes definidas em parceria com a

    orientadora deste, para que pudssemos realizar a caracterizao dos

    Psicopedagogos de Maring. Para tanto, foi solicitado que todos os participantes

    deveriam ler e preencher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que se

    encontra no anexo II, que garante direito ao anonimato entre outros.

    2. FUNDAMENTAO TERICA

  • 12

    2.1 Contextualizao Histrica da Psicopedagogia

    Esta primeira parte tem por objetivo realizar uma contextualizao histrica

    sobre a Psicopedagogia. Para tanto, tomaremos como ponto de partida algumas

    consideraes significativas propostas por Yaegashi (1992), Yaesgashi e Amaral

    (1994), Scoz (1991, 1994), Sampaio (2005), Rubinstein (1987), entre outros.

    Estes autores esclarecem que na tentativa se buscar solues para os

    problemas de aprendizagem, surge a Psicopedagogia, no sculo XIX, que tem como

    intuito sanar ou minimizar as dificuldades e falhas no processo de ensino-

    aprendizagem e melhor compreender este processo.

    Destacam, que inicialmente os estudos originaram-se na Europa; foram os

    mdicos, filsofos e educadores os primeiros profissionais a se preocuparem com os

    problemas educacionais. [...] Educadores como Itard Pereira, Pestalozzi e Seguim,

    so considerados os primeiros a se dedicarem ao tratamento dos problemas de

    aprendizagem segundo Yaegashi e Amaral (1994, p.50).

    Evidenciava-se que tais problemas poderiam ser identificados nas causas

    fsicas que determinavam as dificuldades dos alunos.

    No ano de 1898, foram criadas as primeiras classes especiais nas escolas

    pblicas francesas, considerada a primeira ao conjunta de mdicos e educadores.

    Os responsveis pela introduo dessas classes foi o professor e psiclogo Edouard

    Claparde e o neurologista Franoise Neville, para atendimento destinado crianas

    com retardo mental (Yaegashi e Amaral, 1994 p.50).

    No final do sculo XIX, [...] educadores, psiquiatras e neuro-psiquiatras

    preocuparam-se com as variantes que interferiram na aprendizagem e comearam a

    organizar novos mtodos [...] para atender esses alunos, conforme aponta

    Thomsen (2007, p.01). Estes mtodos tinham como base a estimulao sensorial.

    O educador Seguin e o psiquiatra Esquirol, foram os responsveis pela

    criao de um dos mtodos, utilizados para atendimento de crianas retardadas,

    com problemas educacionais, de modo a investigar quais os fatores que afetavam a

    aprendizagem. Posteriormente, esse mtodo foi estendido a todas as crianas,

    sendo utilizado at hoje. Outro pesquisador que tambm se dedicou aprendizagem

    foi o psiquiatra Ovidir Decroly, o qual fundou os Centros de Interesses que

    perduraram at os nossos dias (YAEGASHI E AMARAL 1994, p.50).

  • 13

    J na segunda metade do sculo XX, na Europa e nos Estados Unidos da

    Amrica, surgem os primeiros centros para delinquentes infantis e a criao de

    escolas para crianas com aprendizagem lenta. Neste sentido, o processo de

    aprendizagem era avaliado em funo de seus dficits e o trabalho visava vencer

    tais defasagens (Yaegashi 1992, p.07), que complementa que neste perodo a

    prtica psicopedaggica priorizava a reeducao.

    De modo que no ano de 1946, na Frana, surgiram os primeiros Centros

    Psicopedaggicos, fundados por J. Boutonier e George Mauco. Estes centros

    possuam equipes mdicas, psiclogos, psicanalistas, pedagogos, entre outros

    profissionais, devido necessidade de integrao de outras reas para que

    pudessem compreender as falhas ou dificuldades relacionadas ao processo de

    ensino aprendizagem; no entanto, eram os mdicos os responsveis pelos

    diagnsticos.

    Para Schroeder (2009, p.02), a Psicopedagogia surgiu devido anlise na

    rea mdica, essa compreenso, [...] determinou a forma de tratamento dada

    questo do fracasso escolar at bem recentemente. Isso porque, nas dcadas de

    40 a 60, na Europa, sobretudo na Frana, a ao do pedagogo era vinculada do

    mdico.

    Apenas na dcada de 1960, [...] a categoria profissional dos psicopedagogos

    comea a expandir-se e a organizar-se, buscando, inicialmente, as causas do

    fracasso escolar, atravs da sondagem de aspectos do desenvolvimento fsico e

    psicolgico do aprendiz destaca Scoz (1994 p.23). Posteriormente, os

    conhecimentos advindos desta nova rea de conhecimento chegam Amrica

    Latina, criando razes profundas na Argentina complementam Yaegashi e Amaral

    (1994, p.51).

    Entre os anos de 1963 1969, a formao do psicopedagogo argentino, tinha

    influncias da psicologia experimental, capacitando estes profissionais para que

    pudessem compreender as funes cognitivas e afetivas.

    Quanto atuao destes profissionais, Yaegashi e Amaral (1994) destacam

    que na Argentina o psicopedagogo atuava em duas reas, a educacional e a outra,

    ligada a sade. Sobre essas funes, esclarecem que

    A funo do psicopedagogo na rea educativa cooperar para diminuir o fracasso escolar, seja este da instituio, do sujeito ou de

  • 14

    ambos. Alm disso, ele assessora pais, professores e diretores na elaborao de planos de recreao, objetivando desenvolver a criatividade, o juzo crtico e a cooperao entre os alunos. Atua tambm no servio de orientao vocacional e em outras atividades de acordo com as necessidades da instituio. Na rea da sade, este profissional atua em consultrios particulares ou instituies de sade, hospitais pblicos e particulares. Sua funo diagnosticar e tratar as alteraes da aprendizagem. (YAEGASHI e AMARAL, 1994, p. 52).

    Neste cenrio, a Psicopedagogia chega ao Brasil, recebendo influncias

    internacionais, sobretudo da Argentina, na verdade, o Brasil recebeu influncias

    tanto americanas, quanto europias, atravs da Argentina. de modo que, segundo

    ela, (...) temos o argentino Jorge Visca como um dos maiores contribuintes da

    difuso psicopedaggica no Brasil (THOMSEN, 2007 p.01)

    Alguns profissionais vieram ao Brasil, ministrar cursos terico-prticos,

    conforme aponta Yaegashi e Amaral (1994, p. 52). Esses cursos e o acesso a

    leituras possibilitaram a sistematizao de um campo terico da Psicopedagogia

    brasileira. Apesar desta influncia argentina, no Brasil a Psicopedagogia se

    consolidou atravs de cursos de aperfeioamento ou especializao, diferentemente

    do que acontece na Argentina, onde so ofertados cursos de graduao em

    Psicopedagogia desde a dcada de 1950.

    No Brasil, essa especializao teve incio na dcada de 1970 na Pontifcia

    Universidade Catlica de So Paulo PUC / SP (YAEGASH e AMARAL, 1994, p.

    56). As autoras apontam que no ano de 1979, foi criado o primeiro curso regular de

    Psicopedagogia, no Instituto Sedes Sapientiae em So Paulo. Esse curso era

    constitudo em 4 etapas distintas: 1) enfoque da reeducao em Psicopedagogia; 2)

    conhecimentos teraputicos; 3) busca da formao da identidade do psicopedagogo

    brasileiro e a reflexo da necessidade da mudana na forma de conceber a

    problemtica do fracasso escolar e 4) diferenciao dos estudantes que procuram

    esses cursos.

    Em seguida, outras universidades comearam a disponibilizar a

    especializao em Psicopedagogia, como na Pontifcia Universidade Catlica do Rio

    Grande do Sul (PUC RS) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    (UFRS), por exemplo, mas foi na dcada de 1990, estes cursos multiplicaram-se.

    No ano de 1980, foi fundada em So Paulo a Associao Brasileira de

    Psicopedagogia (ABPp), que possibilita encontros que favorecem a discusso e a

  • 15

    reflexo das questes ligadas Psicopedagogia, bem como as atividades a serem

    realizadas.

    A Associao mantm espao aberto e de seu interesse divulgar e discutir diferentes tendncias tericas e metodolgicas que possam acrescentar subsdios rea e aos profissionais que a ela se dedicam. [...] A formao profissional tem sido o grande tema da Associao e, para tanto, temos organizados cursos, conferncias, debates e seminrios com profissionais de diversas reas. [...] Outra proposta bsica da Associao tem sido a de promover e acreditar no diagnstico interdisciplinar que traz a possibilidade do amadurecimento e crescimento da disciplina de Psicopedagogia e das reas afins, bem como os profissionais que nelas atuam. [...] Acreditamos que a Associao Brasileira de Psicopedagogia, a nvel nacional, possa contribuir para a compreenso de tais questes, realizando pesquisas, divulgao e implantao de prticas preventivas dos problemas de aprendizagem (RUBINSTEIN, 1987, p.14 - 16).

    A Associao elaborou nos anos de 1989 e 1990, (...) um documento sobre a

    identidade profissional do psicopedagogo, a fim de traduzir o comprometimento e o

    nvel de conhecimentos envolvidos nessa profisso de acordo com Scoz (1991, p.

    04).

    Atualmente, os campos de atuao destes profissionais, so estudados e

    abordados por Macedo (1992, In: YAEGASHI e AMARAL, 1994, p. 61), que aponta

    que esses profissionais dedicam-se as seguintes atividades: 1) orientao de

    estudos (organiza a vida escolar dos alunos, auxiliando-os na melhor forma da

    utilizao de seu tempo e em como estudar); 2) trabalhos sobre contedos

    escolares em que os alunos apresentam dificuldades; 3) atendimento de crianas

    deficientes ou comprometidas, como por exemplos, crianas autistas, com

    deficincia mental entre outras ou 4) com auxlio de jogos, busca estimular o

    desenvolvimento de raciocnio, nos processos necessrios ao ato de aprender.

    Para tanto, a Psicopedagogia pode ser subdividida, de acordo com as

    necessidades do aluno, bem como com o tratamento a ser oferecido a ele.

    Inicialmente o campo de atuao era restrito ao aspecto clnico, hoje, j

    disponibilizado o atendimento no segmento escolar tambm. Essas divises so

    caracterizadas devido ao seu enfoque clnico ou institucional. Dentro desses

    aspetos, o diagnstico e o tratamento podem ser realizados de maneira preventiva

    ou teraputica.

  • 16

    Para que possamos melhor compreender os campos de atuao destes

    profissionais, necessrio que tenhamos um entendimento sobre a prtica

    profissional e a diferena entre esses dois campos de trabalho.

    A comear pela Psicopedagogia Clnica, destacamos que trata-se do

    atendimento que realizado em centros de atendimento ou em clnicas

    psicopedaggicas e as atividades ocorrem geralmente de forma individual. Num primeiro momento, a interveno psicopedaggica clnica esteve voltada para a busca e o desenvolvimento de metodologias que melhor atendessem aos portadores de dificuldades, ou seja, aos excludos, tendo como principal objetivo fazer a reeducao ou remediao e, desta forma, promover o desaparecimento do sintoma (SCOZ, 1991, p. 103).

    Atualmente, nestes ambientes, os psicopedagogos realizam o diagnstico,

    orientam, investigam os problemas emergentes nos processos de aprendizagem e

    buscam tratamentos para tais problemas ou dificuldades. Para compreender o

    problema de aprendizagem, o psicopedagogo que atua em uma clnica parte do

    diagnstico psicopedaggico que objetiva conhecer no s a natureza do sintoma,

    mas as possveis causas que levaram a essa manifestao de forma peculiar. Na

    realizao desse diagnstico utiliza uma srie de tcnicas que auxiliam na

    compreenso do caso.

    Bossa (2000) complementa dizendo que o diagnstico clnico feito por meio

    de entrevistas e anamnese e alm de provas psicomotoras, de linguagem, de nvel

    mental, de percepo, das provas pedaggicas, conforme o referencial terico

    adotado pelo profissional, para que possam conseguir resolver a problemtica

    daqueles que o procuram.

    No que diz respeito ao exerccio clnico, Weiss (apud Scoz, 1991, p.94)

    aponta que (...) o objetivo diagnosticar e tratar os sintomas emergentes no processo de aprendizagem. O diagnstico psicopedaggico busca identificar, pesquisar para averiguar quais so os obstculos que esto levando o sujeito situao de no aprender, aprender com lentido e/ou com dificuldade; esclarece uma queixa do prprio sujeito, da famlia ou da escola.

    Em se tratando da Psicopedagogia Institucional, o acompanhamento ocorre

    em escolas, organizaes educacionais e est mais voltada para a preveno dos

    insucessos relacionados ao mbito escolar ou a aprendizagem. No entanto, tambm

  • 17

    necessrio considerar a prtica teraputica, no cotidiano destes profissionais. Seu

    papel analisar os fatores que favorecem, intervm ou prejudicam uma boa

    aprendizagem em uma determinada instituio de ensino. Thomsen (2007, p.02)

    esclarece que (...) a instituio [espao fsico e psquico da aprendizagem] objeto

    de estudos uma vez que so avaliados os processos didtico-metodolgicos e a

    dinmica institucional que interferem no processo de aprendizagem.

    Sobre a prtica da Psicopedagogia clnica e institucional, Golbert (1985, p.13)

    esclarece que o atendimento pode ser teraputico, que tem por objetivo a anlise e

    identificao do problema e em seguida, uma elaborao metodolgica do

    tratamento. Em sntese, uma terapia centrada na aprendizagem e no se dirige a

    um pblico especfico, isso porque, todos ns (independentemente da idade) somos

    aprendentes.

    A atuao do psicopedagogo teraputico visa preparar os professores para a

    realizao de atendimentos pedaggicos individualizados; auxiliar na compreenso

    de problemas na sala de aula, permitindo que estes profissionais consigam elaborar

    alternativas de ao; alm de realizar o diagnstico dos distrbios especficos de

    aprendizagem.

    Mas o trabalho psicopedaggico pode acontecer tambm de maneira

    preventiva, que tem como (...) objeto de estudo (...) o ser humano em

    desenvolvimento enquanto educvel. (GOLBERT, 1985, p. 13). Para Thomsen

    (2007, p.02), a funo preventiva est ligada realizao dos processos vinculados

    a orientao educacional, vocacional e ocupacional; a fim de favorecer processos de

    integrao e troca e o estmulo a participao na dinmica das relaes

    educacionais.

    Nessa linha preventiva, os psicopedagogos auxiliam os educadores,

    contribuindo para o esclarecimento de dificuldades de aprendizagem, na elaborao

    ou reestruturao curricular entre outras funes.

    Constatamos neste captulo que

    H alguns anos atrs, a falta de clareza a respeito de problemas de aprendizagem fazia com que os alunos com dificuldades fossem encaminhados concomitantemente para profissionais das mais diversas reas de atuao. Pouco a pouco, foi se criando a conscincia da necessidade de uma formao mais globalizante e consistente, que unisse a ao educacional na figura de um nico indivduo, apto a integrar conhecimentos e para atuar de maneira

  • 18

    mais objetiva e eficaz. Assim, os atendimentos antes dispersos entre vrias pessoas poderiam centra-se num s profissional, facilitando o vnculo do aluno com o processo de aprendizagem e o resgate do prazer de aprender e desenvolver-se. Eis o importante papel da psicopedagogia, que definimos como a rea que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades e que, numa ao profissional, deve englobar vrios campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os em [...] uma ao psicopedaggica que desempenha papel importante sobre os problemas reais de aprendizagem. (SCOZ, Beatriz J.L. et al, 1991 p.02).

    Deste modo, percebemos que a Psicopedagogia se tornou uma rea de

    estudo especfica, que buscou e busca o conhecimento em outros campos para criar

    seu prprio objeto de estudo. Por esse motivo, tornou-se uma rea de atuao de

    grande importncia para o desenvolvimento intelectual dos alunos a serem

    atendidos, com uma viso globalizante do processo de aprendizagem, utilizando de

    estudos multidisciplinares para sanar ou pelo menos, minimizar os problemas

    decorrentes deste processo.

    Para tanto, a Psicopedagogia faz uso de outras reas de conhecimento,

    como: Sociologia, Psicologia, Pedagogia, Neurologia, Filosofia, utilizando deste

    carter interdisciplinar, para que consigamos uma melhor e mais confivel avaliao

    de cada aluno. Isso porque, todas essas reas de conhecimento, fornecem meios

    que possibilitam a reflexo e a operao prtica no campo psicopedaggico. A

    importncia da Pedagogia na Psicopedagogia, que esta rea de estudo,

    representa uma das colunas de sustentao do campo de conhecimento

    As diversas reas que constituem a Psicopedagogia propem integrar, de

    modo coerente, os conhecimentos das Cincias Humanas, com a inteno de

    adquirir uma viso integral sobre a dificuldade enfrentada pelo aluno nos processos

    inerentes ao aprender humano.

    importante destacar que se compreendemos aqui a Psicopedagogia como

    rea multidisciplinar do conhecimento, preciso estar, antes de qualquer outra

    disponibilidade, atentos/as para o estudar constantemente e pesquisar, de acordo

    com Beauclair (2010 p. 02), por isso, necessrio que se trabalhe a formao do

    professor e do psicopedagogo como sujeitos aprendentes no processo.

    No entanto, necessrio que se compreenda que O trabalho psicopedaggico trata, portanto, de um trabalho complementar ao da escola, ainda que no necessariamente

  • 19

    comprometido com o que ela faz [...] a atuao do psicopedagogo deve proporcionar as informaes tericas e prticas necessrias no sentido de instrumentalizar os professores e a famlia no que diz respeito aos fatores envolvidos no desenvolvimento bio-psico-social da criana, os quais influenciam na aprendizagem, causando problemas. (YAEGASHI e AMARAL, 1994, p. 62).

    Para tanto, importante que haja uma parceria entre a Psicopedagogia e a

    escola, para que seja possvel a construo de um novo olhar sobre a educao. No

    entanto, se faz necessrio que se tenha uma compreenso global do indivduo, isso

    porque, [...] o objeto central de estudo da Psicopedagogia est se estruturando em

    torno do processo de aprendizagem humana: seus padres evolutivos normais e

    patolgicos bem como a influncia do meio (famlia, escola, sociedade) no seu

    desenvolvimento, conforme esclarece Kiguel (1991, p.24).

    Isso porque, cada sujeito apresenta suas prprias condies, meios e

    limitaes para aprender. Alm do que (...) a interveno psicopedaggica tem

    como principal meta contribuir para que o aprendiz consiga ser um protagonista no

    s no espao educacional, mas na vida em geral. (SCOZ, 1991, p.104).

    Rubinstein (1987, p.15 - 19) simplifica os conceitos sobre Psicopedagogia,

    dizendo que [...] a proposta da psicopedagogia compreender o indivduo enquanto

    aprendiz de modo que compreende que [...] a tarefa do psicopedagogo levar a

    criana a reintegra-se vida escolar normal, segundo suas possibilidades e

    interesses (p. 15 - 19). Sem esquecer que o aluno deve ser analisado em todos

    seus aspectos (cognitivo, afetivo-social e corporal) e tanto o aluno como o professor

    devem ser vistos como seres sociais, portadores de significados, valores, hbitos e

    linguagem inerentes a uma determinada cultura. (MACEDO, 1993 apud YAEGASHI,

    1992, p. 12).

    Com essa compreenso sobre o significado e de certa forma, importncia da

    Psicopedagogia, encerramos esta primeira parte do trabalho, que abordou desde o

    surgimento deste campo de conhecimento at os dias de hoje.

    Em seguida, apresentamos a metodologia utilizada na coleta de dados da

    pesquisa de campo.

  • 20

    3. METODOLOGIA 3.1 PROCEDIMENTOS Para a realizao da pesquisa e do trabalho proposto, entramos em contato

    com psicopedagogos da cidade de Maring e solicitamos que respondesse um

    questionrio que visava abordar os aspectos referentes ao trabalho do

    Psicopedagogo.

    A escolha dos profissionais foi aleatria e por indicao de outros

    profissionais da rea.

    O primeiro contato com tais profissionais foi feito por telefone, para que

    pudssemos expor nosso projeto de pesquisa, bem como convid-los a participar do

    questionrio.

    Em seguida, entregamos os questionrios e os termos de consentimento aos

    mesmos em seu ambiente de trabalho na maioria das vezes; pedimos que

    respondessem e assim que estivesse pronto, nos comunicasse para que

    pudssemos busc-los e com isso dar sequncia ao trabalho proposto.

    Aps recebermos todos os questionrios entregues (que totalizaram 10),

    realizamos as leituras das respostas, bem como a relao e comparao entre as

    respostas. Por fim, estruturamos este trabalho, utilizando as respostas dos

    participantes, bem como com a fundamentao terica referente Psicopedagogia.

    3.2 DESCRIO DO INSTRUMENTO O questionrio (Anexo 1), foi elaborado com o objetivo de levantar

    informaes sobre a formao e atuao de Psicopedagogos do municpio de

    Maring.

    De modo que as questes escolhidas foram elaboradas juntamente com a

    orientadora deste e com auxlio e do artigo Explorando o campo de atuao do

    psicopedagogo de Marisa Irene Siqueira Castanho (2010), em que so sugeridas

    perguntas, a fim de possibilitar uma reflexo sobre a Psicopedagogia, bem como o

    campo de atuao destes profissionais.

    Este instrumento foi escolhido, pois apresenta a vantagem de poder se

    respondido pelos participantes quando estes tivessem uma disponibilidade de

    tempo, no entanto, percebemos que se fosse uma entrevista gravada, talvez os

  • 21

    participantes pudessem expor seus pontos de vistas, sem necessidade da

    formalidade escrita, com isso, podendo responder de forma mais natural. Mas dos

    instrumentos possveis, acreditamos que o mais vivel, at mesmo pela questo do

    custo, seria a impresso e entrega do questionrio, mesmo apresentando essa

    desvantagem.

    3.3 CARACTERIZAO DOS SUJEITOS DA PESQUISA

    Quadro 1: Caracterizao dos sujeitos participantes

    Os dados nos permitem afirmar que grande parte encontra-se na faixa etria

    de 35 a 50 anos.

    A formao da maioria dos sujeitos entrevistados em Pedagogia e foi

    cursado na Universidade Estadual de Maring (UEM).

    O tempo mdio de formao destes profissionais est em torno de 5 anos,

    indicando que a oferta de cursos de formao em Psicopedagogia relativamente

    nova.

    A metade dos profissionais entrevistados informou que associado

    Associao Brasileira de Psicopedagogia, apontando preocupao destes

    profissionais em manter-se atualizados e por acreditarem que de [...] suma

    importncia para fortalecer a luta pelo reconhecimento da profisso (Sujeito 5).

    Por fim, oportuno ressaltar que todos os entrevistados so do sexo

    feminino, de modo que geralmente so mulheres, que trabalham e atuam com ou na

    educao brasileira ou talvez pelo interesse da rea a ser atuada.

    SUJEITOS IDADE FORMAO LOCAL DE FORMAO

    TEMPO DE ATUAO COMO PSICOPEDAGOG

    O

    ASSOCIADO

    A ABPp?

    SEXO

    S1 32 anos Pedagogia UEM 2 anos No Feminino S2 46 anos Pedagogia UEM 5 anos No Feminino S3 43 anos Pedagogia UEM 7 anos Sim Feminino S4 44 anos Pedagogia UEM 17 anos Sim Feminino S5 37 anos Pedagogia UEM 13 anos Sim Feminino S6 54 anos Pedagogia FAFIMAM 5 anos Sim Feminino S7 38 anos Pedagogia FAFIJAN 9 anos No Feminino S8 44 anos Pedagogia UEM 5 anos Sim Feminino S9 30 anos Fonoaudiloga CESUMAR 5 anos No Feminino S10 49 anos Psicologia UEM 12 anos No Feminino

  • 22

    4. RESULTADOS E ANLISE

    A partir dos 10 questionrios respondidos, foram analisadas questo a

    questo levando-se em conta os aspectos apontados.

    No que se refere pergunta: Que contribuies formao em

    Psicopedagogia trouxe para o seu trabalho?, todos os sujeitos entrevistados

    responderam que as contribuies foram muitas, destacando que esta formao [...]

    ajudou a compreender melhor as questes que envolvem a aprendizagem do aluno.

    (Sujeito 3) e que possibilitou verem a educao por um prisma diferente,

    colaborando [...] para que a criana se sinta capaz, de acordo com as suas

    habilidades (Sujeito 8)

    Sobre a pergunta: Voc se considera um profissional atualizado? Realiza

    cursos para se manter informado?, todos responderam que sim, o que demonstra

    interesse destes profissionais em se manterem atualizados, tambm por

    compreenderem que [...] esta uma rea que requer continuamente a busca de

    informaes e estudos j que o ser humano esta em constante desenvolvimento

    (Sujeito 8).

    Na pergunta: Qual o pblico (sujeitos) que atende (faixa etria, sexo,

    problemas mais comuns, etc)?, as respostas foram diversificadas, mas notvel que

    os Psicopedagogos de Maring, geralmente atendem crianas e adolescentes em

    idade escolar (com aproximadamente 5 a 15 anos de idade). E os problemas mais

    comuns encontrados por esses profissionais atualmente so: dficit de ateno,

    dislexias, hiperatividade e defasagens relacionadas s dificuldades de leitura, escrita

    e matemtica (clculo, resoluo das quatro operaes: adio, subtrao,

    multiplicao e diviso).

    No que se refere questo sobre quem encaminha a criana (a escola, os

    pais?) a estes profissionais, todos entrevistados comentaram que geralmente a

    escola que encaminha essas crianas para serem diagnosticadas e acompanhadas

    por estes profissionais. Mas tambm no descartam que alguns pais os procuram

    para pedirem ajuda, sobre alguma dificuldade de seus filhos e tambm que alguns

    alunos so encaminhados por outros profissionais, tais como: psiclogos,

    pedagogos, fonoaudilogos entre outros; mostrando-nos a necessidade de interao

    entre os psicopedagogos, a famlia, a escola e outros profissionais, para que juntos

    possam melhor acompanhar e auxiliar no tratamento do aluno a ser atendimento.

  • 23

    Essa ligao com outros profissionais foi uma das perguntas, que visava

    analisar se estes psicopedagogos trabalham em parceria com profissionais de

    outras reas. Sobre esta pergunta, a maioria dos entrevistados respondeu que

    buscam o auxlio de outros profissionais sempre que necessrio alguns dos

    profissionais destacados pelos entrevistados nesta questo foram: pedagogos,

    psiclogos, fonoaudilogos, neurologistas, terapeuta ocupacional, psiquiatras,

    neuropediatras, professores de matrias especficas, neuropsiclogos,

    oftalmologistas e psicanalistas.

    Perguntamos ainda, se preferem realizar um trabalho clnico ou preventivo. A

    maioria deles respondeu que dependendo do diagnstico para avaliar se ser uma

    preveno ou se j necessita de certo tratamento para a dificuldade apresentada

    pela criana.

    Em seguida perguntamos se preferem trabalhar em ambientes escolares com

    a psicopedagogia institucional ou em clnicas, com a psicopedagogia clnica. A

    grande maioria respondeu que prefere trabalhar em clnicas. No entanto, vlido

    informar que dois entrevistados disseram que no possuem experincia profissional

    em instituies, por isso no puderam opinar. Da maioria que prefere atuar em

    clinicas, gostaramos de destacar o comentrio de um dos entrevistados: [...] Prefiro trabalhar com atendimento em clnicas. Minha maior realizao na atuao teraputica, pois, a cada dia preciso mobilizar-me na busca de conhecimentos para a elaborao dos processos de interveno e quando aparece o resultado da atuao, inexplicvel o que o cliente transmite, mudana visvel no comportamento, atitudes e o grau de satisfao pela recuperao da dificuldade. (SUJEITO 4)

    No que se refere pergunta: O que Psicopedagogia para voc?

    gostaramos de pontuar atravs de tpicos algumas respostas que merecem

    destaque. Respostas estas que se complementam e que revela aos futuros

    profissionais da Psicopedagogia, as grandes contribuies desta profisso para o

    auxilio dos alunos com dificuldades de aprendizagem, bem como para favorecer o

    processo de ensino aprendizagem ministrados nas escolas:

    A Psicopedagogia me ajuda a compreender melhor a dificuldade de

    aprendizagem, a buscar formas de mudana. uma forma abrangente

    de olhar as causas das dificuldades de aprendizado, procurando

  • 24

    compreender mais profundamente como ocorre o processo da

    aprendizagem, vendo a pessoa com um todo. (Sujeito 1)

    A psicopedagogia uma rea de atuao bastante atraente para

    quem gosta de desafios e de buscar conhecimentos (Sujeito 3)

    A Psicopedagogia deve resgatar o prazer em aprender e desenvolver

    habilidades necessrias para que o processo de aprendizagem ocorra

    da melhor maneira possvel, interagindo na escola, orientando todo o

    processo pedaggico, alm da orientao aos pais quanto aos hbitos

    e modelos para seus filhos. (Sujeito 4)

    rea que veio para contribuir com o desenvolvimento humano,

    principalmente no que requer aprendizagem escolar [...] (Sujeito 5)

    A Psicopedagogia compreende como ocorre os processos de

    aprendizagem e identificando o que vem impedindo o desenvolvimento

    e evoluo da aprendizagem de um sujeito. (Sujeito 6)

    Estas respostas nos relavam que a Psicopedagogia para estes profissionais

    exige, alm de responsabilidade e sabedoria, muito empenho e prazer pelo que faz,

    por se tratar do desenvolvimento pessoal e intelectual de um ser humano.

    Sobre as diferenas no campo de atuao dos Psicopedagogos, a maioria

    dos entrevistados respondeu que este campo de atuao [...] estuda o processo de

    aprendizagem e suas dificuldades com carter preventivo e teraputico para isso,

    [...] deve identificar, analisar, planejar e intervir atravs das etapas de diagnstico,

    bem como da interveno (sujeito 4), de modo que atendem crianas, adolescentes

    ou at mesmo adultos com problemas de aprendizagem.

    Em se tratando da Psicopedagogia Institucional grande parte dos

    entrevistados conseguiram expor que este campo de atuao exige que os

    profissionais interajam com o corpo docente, alunos e familiares [...] para averiguar

    possveis problemas que estejam interferindo no aprendizado do aluno ou do

    desempenho de todo o grupo envolvido no processo ensino aprendizagem e

    elaborar propostas de interveno na escola (Sujeito 1).

  • 25

    No entanto, alguns se preocuparam em expor que a Psicopedagogia

    Institucional no acontece apenas em mbito escolar, mas tambm em hospitais,

    empresas etc, de modo que

    O diagnstico feito atravs de investigao, buscando as causas que podem estar impedindo a aprendizagem, a circulao do conhecimento, em geral a dificuldade organizacional. Neste caso, dentro das instituies o Psicopedagogo est trabalhando com um grupo, com integrao e interveno (SUJEITO 1).

    importante destacar que a maioria dos profissionais demonstrou saber

    sobre a Psicopedagogia, bem como a diferena entre a clnica e a institucional,

    revelando que tais profissionais esto realmente se preocupando com a sua

    formao e atuao.

    Em seguida, perguntamos se estas duas modalidades de exerccio da

    Psicopedagogia devem ser trabalhadas isoladamente; sobre esta questo, todos os

    entrevistados concordaram que no h como a Psicopedagogia Institucional e

    clnica serem trabalhadas de forma desvinculada. Isso porque, concordam que o

    trabalho do Psicopedagogo em clnicas deve estar atrelado escola, isso porque,

    mesmo no trabalhando com a Psicopedagogia Institucional, necessitam de

    informaes fornecidas pela escola (equipe pedaggica e professores), para que

    possam compreender as dificuldades escolares apresentadas pelo aluno, a fim de

    estabelecer um diagnstico mais completo e com isso um tratamento especifico para

    cada aluno.

    No que se refere a atuao de tais profissionais, perguntamos na dcima

    stima pergunta, quais os procedimentos utilizados para a execuo de seu

    trabalho.

    As atividades que mais foram citadas nas respostas foram: anamneses,

    realizao de atividades ldicas, visita a escola do aluno sempre que possvel e/ou

    necessrio, para que possam dialogar com professores e equipe pedaggica sobre

    o aluno, bem como entrevista com os pais, anlise dos registros dos alunos

    (materiais escolares), provas operatrias, EOCA (Entrevista Operativa Centrada na

    Aprendizagem), comunicao com outros profissionais que possam estar envolvidos

    no processo (tais como psiclogos, fonoaudilogos, pedagogos etc), devolutiva aos

    pais sobre o desenvolvimento do tratamento, entre outras atividades, dependendo

    do caso e da dificuldade apresentada pelo aluno.

  • 26

    Mas para que pudessem realmente entender o exerccio da profisso,

    perguntamos aos 10 entrevistados, quais os referenciais tericos que embasam seu

    trabalho. Sobre esta pergunta, os entrevistados na maioria da vezes comentou que

    se baseia em Jean Piaget e Jorge Visca, mas no descartam as contribuies de

    Maria Lcia Weiss, Alicia Fernandes, Vygotsky e tambm de Dermeval Saviani, este

    ltimo devido a teoria da Pedagogia Histrico-Crtica, que demonstra [...]

    preocupao em entender, respeitar e tratar as diferenas individuais, considerando

    os ritmos de aprendizagem (...) a fim de supri as necessidades de cada educando

    (sujeito 2). Para tanto, percebemos que a base terica dos profissionais atuantes na

    cidade de Maring geralmente segue uma mesma linha terica metodolgica,

    apesar de conhecer outros autores, mas notvel que as teorias piagetianas so as

    mais aceitas e utilizadas por estes profissionais.

    Em seguida, perguntamos aos entrevistados se eles acham necessria a

    presena de um psicopedagogo em instituies de ensino, todos responderam que

    sim, para auxiliar os professores e a equipe pedaggica no diagnstico e tratamento

    das dificuldades escolares no prprio mbito escolar, possibilitando que os outros

    envolvidos na escola, possam acompanhar o desenvolvimento deste aluno, [...]

    assim as investigaes e intervenes realizadas no contexto escolar contribuiriam

    ao trabalho preventivo (Sujeito 4).

    Ao concluir o questionrio, perguntamos se a profisso trouxe a eles a

    realizao esperada, apesar de ser uma pergunta pessoal, todos entrevistados

    responderam que a Psicopedagogia atinge o esperado e as suas expectativas. Para

    eles, a psicopedagogia gratificante, o prazer imensurvel (sujeito 8) e um dos

    entrevistados comentou que se sente envolvida pela profisso (sujeito 10).

    Gratificante porque percebo esta realizao a cada dia quando observo o

    desempenho apresentado pela criana aps as intervenes psicopedaggicas

    (Sujeito 2).

    Esta ultima pergunta se tornou particularmente especial, pois nos revelou a

    necessidade de estar compromissado com a profisso, nos mostrou a importancia

    do que fazem, bem como o sentimento prazeroso que sentem ao atuarem. Atravs

    das respostas para esta questo e da conversa informal com estes profissionais,

    percebemos que os mesmos demonstra-se apaixonados pelo que fazem, que esto

    realmente preocupados com os alunos atendidos, assim como a educao de um

    modo geral. gratificante vermos que todos os participantes de declararam

  • 27

    realizados com a profisso escolhida, alm do que a maioria comentou que se

    sentem ainda mais realizados, ao trmino de um acompanhamento (tratamento), em

    que percebem o progresso e desenvolvimento intelectual e pessoal de cada aluno.

  • 28

    CONSIDERAES FINAIS

    O presente trabalho teve por objetivo traar o perfil dos Psicopedagogos na

    cidade de Maring / PR; de modo que alm de termos conseguido atingir tal

    proposta, este trabalho nos possibilitou, atravs da fundamentao terica, uma

    melhor e mais clara compreenso sobre a Psicopedagogia.

    Compreendemos atravs deste, que a Psicopedagogia tem por objeto de

    estudo as dificuldades de aprendizagem, analisando todos os fatores que

    influenciam no processo de aprender; de modo que engloba vrias reas de

    conhecimento, como: pedagogia, sociologia, psicologia, fonoaudiologia, psicanlise

    entre outras, para que seja possvel uma anlise e um acompanhamento mais amplo

    de toda e qualquer dificuldade apresentada pelo aluno, isso porque cada sujeito

    apresenta suas prprias condies, meios e limitaes para aprender, fazendo com

    que seja possvel a reintegrao destes alunos vida escolar regular, segundo suas

    prprias possibilidades.

    Por meio deste, conseguimos conhecer os Psicopedagogos e apontar como

    atuam e quem so estes profissionais.

    Foi interessante ver que todos os entrevistados so do sexo feminino, que a

    idade varia entre 25 e 50 anos, nos revelando a flexibilidade de atuao, bem como

    a diversidade na formao acadmica dos profissionais, mostrando a importncia e

    a necessidade de juno de vrias reas de conhecimento, para que seja executado

    o trabalho psicopedaggico, entre outras caractersticas j apresentadas. Mas o

    mais interessante deste trabalho foi perceber que todos os participantes se

    demonstram envolvidos com a profisso e se sentem apaixonados pelo que fazem

    isso s faz aumentar o meu desejo, enquanto graduanda, de seguir a carreira

    acadmica em Psicopedagogia, que anteriormente j era interesse, mas que devido

    a aproximao com estes profissionais, este interesse s fez aumentar!

    Acreditamos que por intermdio do instrumento escolhido (questionrio),

    conseguimos atingir nosso objetivo; com a teoria estudada bem como das respostas

    dos participantes, que nos possibilitaram uma juno entre teoria e prtica sobre a

    Psicopedagogia, de modo que eu, enquanto futura profissional da Psicopedagogia

    tenha tido acesso e compreenso da atuao destes profissionais. Este trabalho

    permitiu que eu pudesse conhecer um pouco mais da realidade a ser enfrentada

  • 29

    futuramente, alm de ter me proporcionado uma reflexo sobre o trabalho dos

    psicopedagogos atuantes em Maring.

  • 30

    REFERNCIAS

    ALVES, Maria Dolores Fortes. BOSSA, Ndia. Psicopedagogia: em busca do sujeito autor. Disponvel em: < www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=809 > Acessado no dia 30/05/2010. AMARAL, Maria do Socorro B., YAEGASHI, Solange Franci. A psicopedagogia no Brasil: Contextualizao e prtica. In: Cadernos de Metodologia e Tcnologia de Pesquisa: revista anual de metodologia em pesquisa. Universidade Estadual de Maring. Departamento de Fundamentos da Educao. Maring: UEM, 1994 v.5 p.49 a 63. BEUACLAIR, Joo. Iniciantes idias: a construo do olhar do(a) psicopedagogo(a). Disponvel em: < www.abpp.com.br/artigos/07.htm > Acessado no dia 30/05/2010. CASTANHO, Marisa Irene Siqueira. Explorando o campo de atuao do psicopedagogo. Disponvel em: < www.abpp.com.br/artigos/05.htm > Acessado dia 27/04/2010. GARCIA, Terezinha Nunes. As possibilidades de atuao em psicopedagogia. Disponvel em: < www.unincor.br/revista/Psicopedagogia.html > Acessado no dia 27/04/2010. SAMPAIO, Simaia. Um pouco da histria da psicopedagogia. Disponvel em: < www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=422 > Acessado no dia 30/05/2010. SCHROEDER, Margaret Maria. Psicopedagogia. 2009. Disponvel em: < www.fadepe.com.br/restrito/conteudo/pos_5_psicopedagogia_2.doc > Acessado dia 27/04/2010. SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. Petrpolis, RJ: Vozes, 1994 p. 23 a 34. SCOZ, Beatriz et al. (Org.). Psicopedagogia: o carter interdisciplinar na formao e atuao profissional. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1990 p.13 a 47.

  • 31

    SCOZ, Beatriz et al. (Org.). Psicopedagogia: contextualizao, formao e atuao profissional. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1992 p.01 a 15 103 a 111. THOMSEN, Dbora Bernardi G. Ponto de vista Psicopedagogia: contexto, conceito e atuao. Disponvel em: < www.abpp.com.br/artigos/74.htm > Acessado dia 27/04/2010. YAEGASHI, Solange Franci. Psicopedagogia: uma tentativa de integrao de diferentes reas. Apontamentos, Universidade Estadual de Maring n1 (janeiro). Maring: EDUEM, 1992 p.01 a 12.

  • 32

    ANEXOS

  • 33

    ANEXO 1 Questionrio

    Dados Pessoais:

    1) Nome (apenas as iniciais a fim de resguardar a sua identidade)

    2) Idade

    Formao:

    3) Qual a sua formao acadmica?

    4) Qual o local onde fez o curso?

    5) Que contribuies formao em psicopedagogia trouxe para o seu trabalho?

    6) Voc se considera um profissional atualizado? Realiza cursos para se manter

    informado?

    Atuao:

    7) Qual o tempo de atuao?

    8) Qual o pblico (sujeitos) que atende (faixa etria, sexo, problemas mais

    comuns, etc)?

    9) Quem encaminha a criana (a escola, os pais)?

    10) Voc trabalha em parceria com outros profissionais, de outras reas? Quais?

    11) Voc realiza um trabalho preventivo ou clnico?

    12) Voc prefere trabalhar em clnicas ou em instituies?

    13) Voc associado a ABPp (Associao Brasileira de Psicopedagogia)?

    Sobre a Psicopedagogia:

    12) O que Psicopedagogia para voc?

    13) Como voc diferencia Psicopedagogia clnica e institucional?

    14) Elas devem ser trabalhadas isoladamente?

  • 34

    15) Como psicopedagogo, quais os procedimentos utiliza na sua rotina de

    trabalho?

    16) Qual o referencial terico embassa seu trabalho?

    17) Voc acha necessria a presena do psicopedagogo nas instituies de

    ensino?

    18) A profisso trouxe a voc a realizao esperada?

  • 35

    ANEXO 2

    TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

    Gostaramos de convid-lo a participar da pesquisa intitulada O perfil do

    Psicopedagogo na cidade de Maring / PR que faz parte do curso de Pedagogia e orientada pela Professora Janira Siqueira Camargo da Universidade Estadual de

    Maring (UEM)

    O objetivo da pesquisa traar o perfil do profissional da psicopedagogia na

    cidade de Maring.

    Por isso, a sua participao muito importante, e ela se daria atravs de um

    questionrio. Informamos que podero ocorrer riscos mnimos na execuo deste.

    Gostaramos de esclarecer que sua participao totalmente voluntria,

    podendo voc: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que

    isto acarrete qualquer nus ou prejuzo sua pessoa.

    Informamos ainda que as informaes sero utilizadas somente para os fins

    desta pesquisa, e sero tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de

    modo a preservar a sua identidade.

    No haver benefcios diretos aos participantes.

    Caso voc tenha mais dvidas ou necessite maiores esclarecimentos, pode nos

    contatar nos endereos abaixo ou procurar o Comit de tica em Pesquisa da UEM,

    cujo endereo consta deste documento.

    Este termo dever ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas,

    devidamente preenchida e assinada entregue a voc.

    Eu, ____________________________________________________________ declaro

    que fui devidamente esclarecido e concordo em participar VOLUNTARIAMENTE da

    pesquisa coordenada pela Professora Janira Siqueira Camargo.

    __________________________________________Data:...................

    Eu, Thatiany Cristina Gianotto Nogueira, declaro que forneci todas as informaes

    referentes ao projeto de pesquisa supra-nominado.

    __________________________________________Data:...................

  • 36

    Qualquer dvida com relao pesquisa poder ser esclarecida com a

    pesquisadora, conforme o endereo abaixo:

    Acadmica / Orientanda:

    Nome: Thatiany Cristina Gianotto Nogueira

    Endereo: Rua Fernandes Vieira, 398 Zona 02 Maring / PR

    Telefone: (44) 3028-0624 ou 9937-7693.

    E-mail: [email protected]

    Orientadora:

    Nome: Janira Siqueira Camargo

    Endereo: Universidade Estadual de Maring (UEM) Bloco I12 Sala 008

    Telefone: (44) 3224-2012

    E-mail: [email protected]

    Qualquer dvida com relao aos aspectos ticos da pesquisa poder ser

    esclarecida com o Comit Permanente de tica em Pesquisa (COPEP) envolvendo

    Seres Humanos da UEM, no endereo abaixo:

    COPEP / UEM

    Universidade Estadual de Maring.

    Av. Colombo, 5790. Campus Sede da UEM.

    Bloco da Biblioteca Central (BCE) da UEM.

    CEP 87020-900. Maring-Pr. Tel: (44) 3261-4444

    E-mail: [email protected]