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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
THALLYTA GUIMARÃES DE ARAUJO
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO ESTRATO ARBÓREO
ARBUSTIVO EM UM GRADIENTE ALTITUDINAL NO BREJO DOS
CAVALOS, CARUARU, PERNAMBUCO, BRASIL
Campina Grande
2014
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THALLYTA GUIMARÃES DE ARAUJO
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO ESTRATO ARBÓREO
ARBUSTIVO EM UM GRADIENTE ALTITUDINAL NO BREJO DOS
CAVALOS, CARUARU, PERNAMBUCO, BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Departamento de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual da Paraíba, em
cumprimento as exigências para a obtenção do
grau de Bacharel em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Sérgio de Faria Lopes
Campina Grande
2014
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5
Dedico
Aos meus Pais
Em especial ao meu pai, que sempre me
incentivou na continuação do curso e
cheio de orgulho me apresenta a todos
como a sua filha bióloga. Ele, juntamente
com minha mãe, são meus verdadeiros
amigos, companheiros e confidentes, que
hoje sorriem orgulhosos ou choram
emocionados, que muitas vezes, na
tentativa de acertar, cometeram falhas,
mas que inúmeras vezes foram vitoriosos,
que se doaram por inteiros e renunciaram
aos seus sonhos, para que, muitas vezes,
eu pudesse realizar o meu. A vocês que
compartilharam os meus ideais e os
alimentaram, incentivando a prosseguir na
jornada, mostrando que o nosso caminho
deveria ser seguido sem medo, fossem
quais fossem os obstáculos. Minha eterna
gratidão vai além de meus sentimentos,
pois você cumpriram o dom divino. O
dom de ser Pai, o dom de ser Mãe.
6
Agradecimentos
Aos meus pais, José Suedilson e Cristiane Suzi, que de maneira exemplar me proporcionaram
o melhor tesouro, a educação. Sempre transmitindo princípios e valores que levarei comigo
eternamente. Com muito amor, nunca mediram esforços para que eu chegasse aqui hoje. Por
esses e tantos outros motivos, sou grata à Deus por ter me dado vocês como pais.
As minhas tias, Suevane e Suecleide, que para mim são mais que tias, são mães. Sempre com
muito amor me proporcionaram suporte psicológico, carinho e colo.
Aos meus irmãos Thaysa, João Thyago, Eulália e Juliana, que torcem pelo meu sucesso. Perto
ou longe, são parte de mim.
A Luis Miguel, o sobrinho amado. Por ele sou forte e escolho sempre ser uma pessoa melhor.
Com o intuito de transmitir bons ensinamentos e a certeza que com estudo e esforço sempre
podemos chegar longe.
Ao meu namorado Felipe, que me apoia e me incentiva para seguir a carreira acadêmica.
Obrigada por me proporcionar momentos de felicidade e carinho. Sem o seu apoio eu não
seria tão forte.
As minhas queridas amigas, Pollyanna e Débora, que compartilharam comigo muitos
momentos de risos e lágrimas. E que no dia a dia caminharam comigo sempre me mostrando
do que sou capaz.
Ao meu orientador Sérgio de Faria Lopes, ao seu lado pude me encontrar na graduação e
descobrir-me como pesquisadora. Como uma pessoa generosa me proporcionou momentos
riquíssimos de conhecimento acadêmico e pude enxergar em você o que almejo para meu
futuro profissional. Um exemplo ético, comprometido, humano, amigo, possuidor de uma
alegria que contagia a todos que o cercam. São essas e tantas outras razões que o fazem um
profissional tão admirável e completo. Obrigada por me proporcionar a oportunidade de
trabalhar junto a ti, pela confiança, conselhos, ensinamentos, puxões de orelha. Tudo foi
extremamente válido para meu amadurecimento acadêmico.
A todos do Laboratório de Ecologia Vegetal, em especial à Maiara, que dividiu comigo
muitos momentos de felicidade, dúvidas e incertezas no desafio da construção de trabalhos
científicos e na convivência diária. Agradeço também aos meus amigos Gilbevan, Marcos
Júnior e Raul que tornaram a convivência mais leve, regada a muitos risos. Ao meu querido
Augusto que partilhou seus conhecimentos de campo e que me auxiliou na construção deste
trabalho.
A minha turma de Ciências Biológicas 2010.2 pelo companheirismo ao longo desses anos de
convivência. Em especial a Tássita, Tereza e Aluska que durante esses anos cultivaram o
crescimento de nossa amizade.
Portanto, muito obrigada pelo apoio. Todos de maneira única são parte de todo sucesso. Esta
vitória é nossa!
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO GERAL......................................................................................................7
1.1 Padrões Altitudinais ............................................................................................................7
1.2 Brejo de Altitude ................................................................................................................9
1.3 Estudos Fitossociológicos .................................................................................................11
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................12
2.1 Objetivo Geral....................................................................................................................12
2.2 Objetivos Específicos.........................................................................................................12
3 PERGUNTA ....................................................................................................................13
4 HIPÓTESE ......................................................................................................................13
5 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................14
6 MANUSCRITO: Estrutura e Composição do Estrato Arbóreo Arbustivo em um
Gradiente Altitudinal no Brejo dos Cavalos, Caruaru, Pernambuco, Brasil......................21
7 Resumo..............................................................................................................................21
8 Introdução.........................................................................................................................22
9 Materiais e Métodos.........................................................................................................24
9.1 Caracterização da área........................................................................................................24
9.2 Delineamento amostral.......................................................................................................24
9.3 Tratamento de dados..........................................................................................................25
10 Resultados.........................................................................................................................26
11 Discussão...........................................................................................................................38
12 Conclusão..........................................................................................................................41
13 Referências........................................................................................................................42
14 Anexo.................................................................................................................................49
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1 INTRODUÇÃO GERAL
1.1 Padrões Altitudinais
O conhecimento dos padrões e das causas da variabilidade espacial nas florestas
tropicais é de grande contribuição para a resolução e entendimento de questões sobre estes
ambientes (Clark et al. 1995). Uma das questões que têm intrigado pesquisadores há muito
tempo é como a composição e a estrutura das florestas sofrem alterações em favor de
gradientes ambientais (Whitmore 1989).
Dentro de cada microrregião climática, fatores como a altitude e a topografia criam
diferentes microsítios, ocasionando distribuição heterogênea das espécies e diferenças
estruturais na comunidade (Whitmore 1984). Partindo deste princípio, na floresta Atlântica
submontana e montana no sudeste do Brasil, é observada uma menor riqueza de árvores
quando comparadas as florestas neotropicais de terras baixas, portanto, habitats florestais
montanos parecem oferecer restrições ao estabelecimento de grandes árvores (Tabarelli &
Mantovani 1999). Assim, os grupos mais ricos e abundantes das florestas montanas
neotropicais são compostos por arbustos, arvoretas e epífitas, predominando famílias como
Myrtaceae, Rubiaceae, Melastomataceae, Bromeliaceae, Orchidaceae e Piperaceae, entre
outras (Gentry 1982, 1988; Lima & Guedes-Bruni 1997).
A observação de variáveis associadas ao substrato (temperatura, umidade, pH,e
rochosidade) onde há o crescimento de plantas, interage de forma complexa com a elevação
e/ou exposição da encosta (Mazzola et al. 2008). Essas interações proporcionam diferentes
condições para o estabelecimento de componentes vegetais em cada cota altitudinal, criando
padrões para cada tipo de vegetal como é o exemplo de distribuição de Fabaceae que diminui
com o aumento da altitude. Porém, o padrão inverso é observado para Lauraceae e Myrtaceae,
cuja contribuição aumenta com o avançar da altitude (Gentry, 1995).
Prever-se que em cada cota altitudinal da encosta, a vegetação é resultado de uma
interação entre as espécies constituintes, solo, topografia, exposição do aclive e clima. Tais
interações podem oferecer uma variante de zoneamento altitudinal, com representações nas
diferenças dos níveis de diversidade em diferentes pontos da encosta (Zhao et al. 2005).
Ainda em relação à diversidade de espécies vegetais, sabe-se que esta é fortemente
dependente da temperatura, visto que tal variável em condições ideais é geralmente associada
à altas taxas de produção primária, metabolismo e interações ecológicas (Wang et al. 2009).
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Em florestas de todo o mundo, o pico de diversidade e riqueza de espécies vegetais é
encontrado nas altitudes intermediárias ao longo da encosta, como na Arábia Saudita (Hegazy
et al. 1998), no Nepal (Grytnes & Vetaas 2002) e na Costa Rica (Sesnie et al. 2009). Porém,
há atualmente uma discussão na literatura sobre os fatores que causam esse padrão, com
hipóteses relacionadas com a produtividade (Evans et al. 2005), temperatura (Sanders et al.
2007), entre outras.
Num estudo com Floresta Ombrófila Densa Atlântica no Brasil, observou-se que a
composição vegetal da área é formada por árvores e palmeiras. A proporção entre estas
apresenta uma relação inversa com o aumento da altitude, ou seja, com o avançar da altitude
ocorre o aumento na proporção de palmeiras, enquanto que há diminuição da proporção de
árvores (Joly et al. 2012). Porém, em estudos com duas espécies de palmeiras, Bactris
setosa Mart. e B. hatschbachii Noblick ex A. Hend., em um gradiente altitudinal num trecho
de mata atlântica em Ubatuba, São Paulo, foi observado a ausência destas na maior altitude, o
que poderia estar ligado a eventos aleatórios como, agentes dispersores, nichos adequados
para germinação e estabelecimento de plântulas (Monteiro et al. 2005). Ressalta-se ainda que
nas cotas altitudinais mais altas da Floresta Ombrófila Densa o clima é mais frio, o que reduz
a taxa de decomposição da matéria orgânica, proporcionando assim, um aumento da
quantidade de carbono e nitrogênio no substrato (Vieira et al. 2011).
Ainda não se têm paradigmas fortemente consolidados com relação à riqueza de
espécies nos diferentes gradientes altitudinais. Entretanto, a partir de alguns estudos foram
propostos modelos que enquadram picos de diversidade em determinados gradientes. De
acordo com Paciência (2008) existem três tipos de padrões de altitude em relação à
diversidade e distribuição das espécies, o primeiro padrão é o “monotônico-decrescente” onde
com o aumento da elevação ocorre a diminuição no número de espécies. O segundo padrão é
o “constante-decrescente”, tendo uma riqueza constante em baixas elevações, e com
decréscimo em grandes altitudes. E o terceiro padrão é o padrão “unimodal-parabólico” ou
distribuição em curva de sino, tendo uma maior riqueza de espécies próximo ao meio do
gradiente. Outros autores apontam apenas dois padrões dentre os três supracitados: 1) Efeito
Rapoport (Stevens, 1992) que compreende uma extensão da regra de Rapoport latitudinal,
afirmando que há uma diminuição no número de espécies com o aumento da altitude, que
seria o mesmo chamado de “monotônico-decreste” por Paciência (2008) e 2) Picos de riqueza
em elevações intermediárias, caracterizando um padrão em forma de domo (Bhattarai e
Vetaas, 2006; Rahbek, 1995; Rahbek et al., 2008), que seria o terceiro padrão proposto por
Paciência (2008) porém, intitulado de padrão “unimodal-parabólico”.
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Apesar da maioria dos estudos apresentarem um dos padrões acima, deve-se levar em
consideração alguns pontos, como por exemplo, a amplitude altitudinal. Um estudo em
fragmentos de florestas secundárias de Mata Atlântica mostrou que em pouca extensão na
variação de altitude, a riqueza de espécies arbóreas aumenta com este fator (Silva et al. 2008).
As áreas mais altas tiveram também uma maior cobertura florestal e um menor grau de
perturbação, o que deve contribuir para uma maior riqueza nessas áreas (Silva et al. 2008) e
dessa forma teríamos uma exceção aos padrões anteriormente citados.
1.2 Brejo de Altitude
Os brejos são, em quase toda sua totalidade, disjunções de floresta estacional
semidecidual montana (IBGE 2012), um dos tipos vegetacionais que compõem a floresta
Atlântica brasileira (Veloso et al. 1991). Os brejos de altitude ou florestas serranas, são
encraves de floresta atlântica em áreas de altitude e umidade, formando ilhas vegetacionais no
interior da região nordestina (Cavalcanti & Tabarelli 2004).
A presunção mais aceita sobre a origem da vegetação dos brejos de altitude está
relacionada às variações climáticas ocorridas durante o Pleistoceno (últimos 2 milhões –
10.000 anos), as quais possibilitaram que a floresta Atlântica penetrasse nos domínios da
Caatinga. Ao regressar a sua distribuição original, após os períodos interglaciais, as ilhas de
floresta Atlântica permaneceram em locais de microclima favorável (Andrade-Lima 1982).
Com isso, os brejos de altitude são tidos como “refúgios atuais” para espécies de floresta
Atlântica nordestina dentro do domínio da Caatinga (Andrade-Lima 1982).
Na floresta Atlântica nordestina existem 43 brejos (sensu Andrade-Lima 1982),
distribuídos nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, cobrindo uma
área de pelo menos 18.589 Km² (Vasconcelos Sobrinho 1971). No Ceará essas florestas são
conhecidas como serras úmidas e sua formação vegetal é produto de uma condição climática
especial em incumbência do relevo e altitude que oferta uma circunstância particular onde as
massas de ar postam sua umidade nas encostas de expressivos maciços e planaltos voltados
para a direção do vento (Sales et al 1998).
Em um estudo, onde foi comparado duas formações vegetacionais do semi-árido,
separadas por 20km de distância e com um desnível de altura de apenas 173 metros,
observou-se que na vegetação de montana a precipitação anual foi 55% maior que a da
caatinga confinante (Lyra 1982). Complementando, designou-se que a floresta montana tinha
baixas amplitudes térmicas e de umidade relativa, e que a “precipitação oculta”, resultado da
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intensa condensação noturna principalmente nos meses frios, teria uma grande contribuição
para o desenvolvimento dessa formação úmida em meio ao semi-árido (Lyra 1982).
As chuvas orográficas regulam essas ilhas arbóreas, que por sua vez, oferece um
microclima distinto e um índice pluviométrico superior ao do seu entorno (Andrade e Lins,
1964). Essas florestas se encontram em regiões acima de 600 m de altitude e circundadas por
vegetação da Caatinga da qual se observa uma flora distinta (Andrade-Lima, 1981,1982).
Essas matas serranas ilhadas pela Caatinga são resquícios de floresta atlântica, que por essas
condições geográfica e ambiental possui uma grande biodiversidade (Barbosa et al 2004).
A cobertura vegetal dessas serras varia de florestas ombrófilas, passando de
semideciduais a deciduais, o que desta forma, o conceito de floresta montana acolhe uma série
de tipologias. Os populares brejos de altitude (florestas ombrófilas em serras do semi-árido),
uma dessas tipologias, têm sido mencionado equivocadamente como sinônimos das florestas
montana como um todo (Rodal et al. 2007). O topo e as encostas das serras são recobertas por
florestas perenifólias ou subperenifólias, e o entorno é circundado por vegetação xerófila de
Caatinga nas altitudes inferiores (Andrade & Lins 1964). Estes ambientes possuem biota
típica, com uma flora formada por um mosaico de espécies comuns às das florestas Atlântica
e Amazônica (Pinto-paiva & Campos 2005, cit em PROBIO 2001).
Um mapeamento das florestas montana de Pernambuco, teve início em meados dos
anos 90 (Rodal et al. 1998b) e a construção de dois checklists (Pereira et al. 1993, Sales et
al.1998) foram de relevante importância para a caracterização dessas ilhas úmidas no estado.
Logo em seguida foram realizados levantamentos florísticos (Rodal & Nascimento 2002,
Rodal et al. 2005) e fitossociológicos (Ferraz et al. 2003, Lima 2006, Rodal & Nascimento
2006) de algumas dessas florestas serranas no estado supracitado, que foram de extrema
importância para um melhor conhecimento e entendimento dessa formação vegetacional.
A floresta montana ombrófila do Parque Ecológico João Vasconcelos Sobrinho
situado no município de Caruaru em Pernambuco, foi apontada como uma reserva de
prioridade máxima para a conservação segundo o Workshop sobre Áreas Prioritárias para a
Conservação da Mata Atlântica do Nordeste (SOS MATA ATLÂNTICA 1993). A reserva
está localizada a 13 km do centro de Caruaru, em uma microrregião do brejo pernambucano,
entre as bacias do Ipojuca e Una (CONDEPE 1993, CPRH 1994). Esse remanescente
secundário de floresta ombrófila montana, com um dossel em média 20 m de altura (Tavares
et al. 2000), localiza-se em um terreno de origem pré-cambriana pertencentes ao complexo
cristalino da Borborema, composto por granodioritos com gradação para granitos e tonolitos
de coloração e granulometria variada (Andrade & Lins 1965, CPRH 1994). Os solos são
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profundos, predominando no topo das serras o Argisolo Vermelho-Amarelo Distrófico
Latossólico, nas encostas o Argisolo Vermelho-Amarelo Distrófico, circundando a área
serrana é Planossolo Solódico e nos vales das serras é Gley húmico e pouco húmico (CPRH
1994).
O clima da área é tropical chuvoso com verão seco, segundo o sistema de classificação
de Köppen-Geiger (Peel et al., 2007) e sua temperatura média é de 24º (CPRH 1994). A
precipitação média anual oscila entre 650 e 800 mm, com um maior índice pluviométrico
entre os meses de abril e junho, com estação seca variando de cinco a sete meses (CPRH
1994).
1.3 Estudos Fitossociológicos
A fitossociologia é uma ciência que busca investigar as comunidades de espécies
vegetais do ponto de vista florístico e estrutural (Brown-Blanquet, 1950). Os estudos da
fitossociologia são de contribuições significativas para o conhecimento da estrutura das
comunidades e de algumas populações (Sampaio et al. 1996). Os conhecimentos
fitossociológico e florístico são de grande contribuição para o entendimento das formações
vegetais, uma vez que, a riqueza e a heterogeneidade dos ambientes são identificadas através
das amostras.
Os objetivos iniciais dos estudos fitossociológicos desenvolvidos no Nordeste eram
inventariar o estoque e o potencial madeireiro e posteriormente, passaram a ter outros
objetivos como por exemplo, caracterizar a composição florística, estabelecer padrões
vegetacionais e definir a fitossociologia de diferentes formações (Rodal et al., 1992).
Levantamentos fitossociológicos vem sendo realizados em florestas tropicais com o intuito de
retratar a estrutura de determinados trechos de matas e compará-los com outros trechos em
diferentes condições de solo, clima, altitude e estágio sucessional (Fonseca e Rodrigues,
2000). Dados sobre as condições ambientais e a determinação dos parâmetros
fitossociológicos de uma área permitem o estudo de recuperação, enriquecimento e
conservação da área florestal, bem como a evolução das florestas ao longo do tempo (Paula et
al. 2002).
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2 OBJETIVO
2.1 Objetivo Geral
Determinar a composição florística e a estrutura fitossociológica da vegetação lenhosa
com o objetivo de inferir sobre a influência do gradiente altitudinal na composição e
distribuição da comunidade vegetal na Serra dos Cavalos, Caruaru – PE.
2.2 Objetivos Específicos
Identificar espécies vegetais que compõem a comunidade lenhosa da Serra dos
Cavalos – PE;
Determinar a densidade, frequência, dominância relativos e valores de importância;
Registrar a distribuição da comunidade vegetal ao longo do gradiente altitudinal;
Registrar estrutura vertical e a classe diamétrica dos indivíduos ao longo da altitude;
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3 PERGUNTAS
Ocorrem diferenças na composição e estrutura da comunidade arbórea ao longo de uma
pequena variação altitudinal? O brejo de altitude aqui estudado segue algum dos padrões
encontrados em outros tipos de floresta montana?
4 HIPÓTESE
A pouca variação altitudinal não garante uma considerável substituição de espécies arbóreas
ao longo do gradiente, e por não apresentar uma alteração significativa de espécies, os
padrões altitudinais encontrados em outros estudos com floresta montana não se aplicam a
brejos com pouca variação de altitude. No entanto, as espécies apresentam estruturas
quantitativas diferentes em cada cota altitudinal.
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22
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO ESTRATO ARBÓREO ARBUSTIVO EM UM
GRADIENTE ALTITUDINAL NO BREJO DOS CAVALOS, CARUARU,
PERNAMBUCO, BRASIL
THALLYTA GUIMARÃES DE ARAUJO¹*, AUGUSTO BARBOSA DE QUEIROZ²,
SÉRGIO DE FARIA LOPES³
RESUMO – Com o objetivo de contribuir para o conhecimento da vegetação lenhosa e sua
distribuição ao longo de um gradiente altitudinal, caracterizou-se a fisionomia e estrutura do
componente arbóreo de um fragmento de floresta ombrófila montana situada no município de
Caruaru, Pernambuco. Foi realizado um estudo fitossociológico pelo método de quadrantes,
onde foram mensurados indivíduos vivos com circunferência a altura do peito > 15 cm. O
gradiente foi dividido em três cotas (800 à 850m, 851 à 900m e 900m à 950m), para a
avalição da estrutura da comunidade arbórea ao longo da altitude. A comunidade vegetal de
cada altitude analisada foi agrupada em classes de altura e de diâmetro. Foram registrados
1500 indivíduos ao longo de toda a encosta, distribuídos em 29 famílias e 56 espécies, e estas
foram classificadas de acordo com seus grupos ecológicos (deciduidade, síndrome de
dispersão e grupo sucessional). A maioria das espécies foi classificada como semidecíduas,
zoocóricas e secundárias iniciais. A maior parte dos indivíduos apresentou diâmetro até 10 cm
e altura entre 2-12 m para todas as cotas altitudinais. Observou-se diferença pouco
significativa na composição das espécies ao longo da altitude, o que contribuiu para a discreta
diferença nos valores de riqueza entre as cotas. Os valores de densidade e dominância
variaram significativamente entre as cotas, obtendo valores máximos para a cota
intermediária, sugerindo que fatores limitantes estejam atuando nos extremos do gradiente.
Byrsonima sericea, Eriotheca crenulaticalyx, Ocotea glomerata e Tapirira guianensis
estiveram entre os maiores valores de importância para todas as cotas altitudinais,
contribuindo com a alta similaridade florística em todo o gradiente, no entanto, verifica-se
uma diferença na abundância e área basal destas espécies para cada altitude avaliada.
Palavras-chave: Floresta montana. Estudo fitossociológico. Composição florística. Padrões
altitudinais.
ABSTRACT - Aiming to contribute to the knowledge of woody vegetation and its
distribution along an altitudinal gradient, we characterized the physiognomy and structure of
the tree component of a fragment of montane rain forest situated in Caruaru, Pernambuco. A
23
phytosociological study by the method of quadrants, which was measured alive with girth at
breast height > 15 cm was performed. The gradient was divided into three altitudes (800 to
850m, 900m and 851 to 900m above), for the evaluation of the tree community structure
along the altitude. The plant community from each altitude analyzed was grouped in classes
of height and diameter. 1500 individuals were recorded along the entire slope, distributed in
29 families and 56 species, and these were classified according to their ecological groups
(deciduousness, dispersion syndrome and group successional group). Most species were
classified as semi-deciduous, zoochorous and early secondary. The majority of individuals
had diameters up to 10 cm and a height of 2-12 m for all altitudes. There was little significant
difference in species composition along the altitude, which contributed to the slight difference
in richness among the elevations. The values of density and dominance varied significantly
among quotas, obtaining maximum values for the intermediate dimension, suggesting that
limiting factors are operating at the extremes of the gradient. Byrsonima sericea, Eriotheca
crenulaticalyx, Ocotea glomerata and Tapirira guianensis were among the highest
importance values for all altitudes, contributing to the high floristic similarity across the
gradient, however, there is a difference in the abundance and basal area of these species for
each altitude evaluated.
Keywords: Montane forest. Phytosociological study. Floristic composition. Altitudinal
patterns.
INTRODUÇÃO
O conhecimento dos padrões de distribuição e diversidade das espécies e as causas da
variabilidade espacial em diferentes escalas, ainda são pontos importantes para ecologia,
especialmente sobre distribuição das espécies ao longo de gradientes espaciais de naturezas
distintas, como gradientes latitudinais e altitudinais (CHOWN & GASTON 2000,
LOMOLINO 2001) e também para a resolução e entendimento de questões sobre as florestas
tropicais (CLARK et al., 1995). Dentro de cada microrregião climática, fatores como a
altitude e a topografia criam diferentes microsítios, ocasionando distribuição heterogênea das
espécies e diferenças estruturais na comunidade (WHITMORE 1984). Partindo deste
princípio, na floresta Atlântica submontana e montana no sudeste do Brasil, é observada uma
menor riqueza de árvores quando comparadas as florestas neotropicais de terras baixas,
portanto, habitats florestais montanos parecem oferecer restrições ao estabelecimento de
grandes árvores (TABARELLI & MANTOVANI 1999).
24
Preve-se que em cada cota altitudinal da encosta, a vegetação é resultado de uma
interação entre as espécies constituintes, solo, topografia, exposição do aclive e clima (ZHAO
et al., 2005). Tais interações podem oferecer uma variante de zoneamento altitudinal, com
representações nas diferenças dos níveis de diversidade em diferentes pontos da encosta
(ZHAO et al., 2005). Ainda em relação à diversidade de espécies vegetais, sabe-se que esta é
fortemente dependente da temperatura, visto que tal variável em condições elevadas é
geralmente associada a altas taxas de produção primária, metabolismo e interações ecológicas
(WANG et al., 2009).
A partir de alguns estudos foram propostos modelos que enquadram picos de
diversidade em determinados gradientes. De acordo com Paciência (2008) existem três tipos
de padrões de altitude em relação à diversidade e distribuição das espécies, o primeiro padrão
é o “monotônico-decrescente” onde com o aumento da elevação ocorre a diminuição no
número de espécies. O segundo padrão é o “constante-decrescente”, tendo uma riqueza
constante em baixas elevações, e com decréscimo em grandes altitudes. E o terceiro padrão é
o padrão “unimodal-parabólico” ou distribuição em curva de sino, tendo uma maior riqueza
de espécies próximo ao meio do gradiente. Outros autores apontam apenas dois padrões
dentre os três supracitados: 1) Efeito Rapoport (STEVENS 1992) que compreende uma
extensão da regra de Rapoport latitudinal, afirmando que há uma diminuição no número de
espécies com o aumento da altitude, que seria o mesmo chamado de “monotônico-
decrescente” por Paciência (2008) e 2) Picos de riqueza em elevações intermediárias,
caracterizando um padrão em forma de domo (BHATTARAI E VETAAS, 2006; RAHBEK,
1995; RAHBEK et al., 2008), que seria o terceiro padrão proposto por Paciência (2008)
porém, intitulado de padrão “unimodal-parabólico”.
Os brejos de altitude ou florestas serranas, são encraves de floresta atlântica em áreas de
altitude e umidade, formando ilhas vegetacionais no interior da região nordestina
(CAVALCANTI & TABARELLI 2004). Os brejos são, em quase toda sua totalidade,
disjunções de floresta estacional semidecidual montana (IBGE 2012), um dos tipos
vegetacionais que compõem a Floresta Atlântica brasileira (VELOSO et al., 1991). O topo e
as encostas das serras são recobertas por florestas perenifólias ou subperenifólias, e o entorno
é circundado por vegetação xerófila de Caatinga nas altitudes inferiores (ANDRADE & LINS
1964).
Um mapeamento das florestas montana de Pernambuco, teve início em meados dos anos
90 (RODAL et al., 1998b) e a construção de dois checklists (PEREIRA et al., 1993, SALES et
al,.1998) foram de relevante importância para a caracterização dessas ilhas úmidas no estado.
25
Logo em seguida foram realizados levantamentos florísticos (RODAL & NASCIMENTO
2002; RODAL et al., 2005) e fitossociológicos (FERRAZ et al., 2003; LIMA 2006, RODAL
& NASCIMENTO 2006) de algumas dessas florestas serranas, que foram de extrema
importância para um melhor conhecimento e entendimento dessa formação vegetacional.
Neste contexto, o estudo determinou a composição florística e fitossociológica da
vegetação lenhosa de um brejo de altitude pernambucano com o objetivo de inferir a
influencia do gradiente altitudinal na composição e distribuição da comunidade vegetal.
MATERIAL E MÉTODO
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A área estudada é classificada como floresta montana ombrófila e está localizada no
Parque Ecológico João Vasconcelos Sobrinho, também conhecida como Brejo dos Cavalos,
situado no município de Caruaru em Pernambuco. A reserva está localizada à 13 km de
Caruaru, em uma microrregião do brejo pernambucano, entre as bacias do Ipojuca e Una
(CONDEPE 1993, CPRH 1994). Esse remanescente secundário de floresta ombrófila
montana, com um dossel em média 20 m de altura (Tavares et al. 2000), localiza-se em um
terreno de origem pré-cambriana pertencente ao complexo cristalino da Borborema, composto
por granodioritos com gradação para granitos e tonolitos de coloração e granulometria variada
(Andrade & Lins 1965, CPRH 1994). Os solos são profundos, predominando no topo das
serras o Argisolo Vermelho-Amarelo Distrófico Latossólico, nas encostas o Argisolo
Vermelho-Amarelo Distrófico, circundando a área serrana é Planossolo Solódico e nos vales
das serras é Gley húmico e pouco húmico (CPRH 1994).
O clima da área é tropical chuvoso com verão seco, segundo a atualização do sistema de
classificação de Köppen-Geiger (Peel et al., 2007) e sua temperatura média é de 24º (CPRH
1994). A precipitação média anual oscila entre 650 e 800 mm, com um maior índice
pluviométrico entre os meses de abril e junho, com estação seca variando de cinco a sete
meses (CPRH 1994).
DELINEAMENTO AMOSTRAL
Foi realizado um estudo fitossociológico onde utilizou-se o método de ponto quadrante
para amostragem da vegetação (COTTAM; CURTIS, 1956). Foram mensurados os indivíduos
arbóreos vivos e com circunferência à altura do peito (CAP) > 15 cm presente dentro do
quadrante. Com auxílio de aparelho de GPS foram demarcados três cotas de altitude ao longo
26
de toda a área serrana, sendo cota I (base) com elevação mínima de 800 e máxima 850 metros
de altitude, cota II (porção intermediária) com elevação variando entre 851 até 900 metros, e
cota III (topo da serra) de 901 à 950 metros. As amostras foram constituídas em 125 pontos
em cada cota delimitada, totalizando em 375 pontos de amostragem.
TRATAMENTO DE DADOS
Foi feito o agrupamento dos dados a cada cinco pontos quadrantes dentro de cada cota
altitudinal, transformando-os em parcelas com 20 indivíduos, ficando para cada cota 25
parcelas. Tal transformação foi realizada para calcular as curvas esperadas de acumulação de
espécie baseadas em amostras (Gotteli & Colwell 2001). Foram construídas curvas de
rarefação em função do número de parcelas amostradas e do número de indivíduos por
parcela, para cada cota altitudinal. Foi utilizado o estimador Chao 1, onde foram realizadas
1000 randomizações, para projeção do total de riqueza de espécies para cada altitude a partir
do programa EstimateS 8.2.
As espécies foram determinadas com base em listas de literatura específica para grupo
sucessional (Gusson et al. 2012; Lopes 2010; Reis 2007; Brandão 2007), síndrome de
dispersão (Gusson et al. 2012; Sansevero 2013; Locatelli & Machado; Talora e Morellato
2000) e Deciduidade (Lopes 2010; Sansevero 2013; Talora e Morellato 2000).
Para análise da estrutura diamétrica e estrutura vertical de cada cota altitudinal, utilizou-
se os valores DAP e a altura dos indivíduos, respectivamente. Estes foram enquadrados em
dez classes de diâmetro, com cinco centímetros de intervalo de classe e em oito classes de
altura, com cinco metros de intervalo de classe. A partir desse procedimento foram
confeccionados gráficos para as análises supracitadas com o programa Microsoft Excel 2010.
Para a caracterização da vegetação arbórea, foram calculados para cada espécie, os
valores relativos à densidade, dominância e frequência relativas, o valor de importância (VI) e
área basal total utilizando o software Fitopac Shell, versão 2.1. (Shepherd 2010). Para a
comparação dos resultados de densidade e dominância relativas e área basal de cada altitude,
foi aplicada uma análise de variância ANOVA, com teste TUKEY, utilizando o programa
PAST 2.17c (Hammer 2001). Para a avaliação da diversidade foram calculados os índices de
diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade de Pielou (J’). Foi realizado um teste-t, a partir
do programa PAST versão 2.17c (Hammer 2001), para uma melhor comparação dos valores
de diversidade entre as cotas altitudinais.
RESULTADOS
27
Os resultados de acumulação de espécies pelas curvas de rarefação baseadas em
amostras (número de espécies que se espera encontrar em função do número de indivíduos
amostrados) foi satisfatório para o estudo. A riqueza registrada para cota 1 (44 espécies), cota
2 (37 espécies) e cota 3 (41 espécies) representou 86%, 89% e 100%, respectivamente, da
riqueza estimada (Chao 1) pelo programa EstimateS. Onde tivemos a primeira e a segunda
cota com um valor de espécies muito próximo do observado para aquelas altitudes e a terceira
cota atingindo o número de espécies para sua elevação (Figura 1).
Figura 1: Suficiência amostral projetada pelo estimador “Chao 1”. Curvas de rarefação
baseadas em amostras por cota altitudinal, expressas como número esperado de espécies
encontradas em função do número de parcelas na Serra dos Cavalos, Pernambuco, Brasil.
Foram registrados 1.500 indivíduos ao longo de toda a serra, distribuídos em 29 famílias
e 56 espécies. As famílias mais representativas foram: Fabaceae (11 espécies), Lauraceae (3
espécies), Rubiaceae (3 espécies), Anarcadiaceae (3 espécies) e Clusiaceae, Malpighiaceae,
Meliaceae, Moraceae e Myrtaceae com duas espécies cada. Essas nove famílias são
responsáveis por 53,6% de todas as espécies levantadas no presente estudo (tabela 1).
Tabela1: Lista de espécies amostradas com respectiva família botânica, nome popular e
grupos ecológicos no Brejo dos Cavalos, Pernambuco, Brasil. Onde: GS – grupo sucessional,
PI – pioneira, SI – secundária inicial, ST – secundária tardia; SD – síndrome de dispersão,
Ane – anemocórica, Aut – autocórica, Zoo – zoocórica.
Família/Espécie Nome Popular GS SD Deciduidade
ANACARDIACEAE
Anacardium occidentale L. cajueiro PI Zoo Decídua
0
10
20
30
40
50
60
1 6 11 16 21
Nú
mer
o d
e ep
écie
s
Número de parcelas
Cota 1
Cota 2
Cota 3
28
Tapirira guianensis Aubl. pau pombo SI Zoo Perenifólia
Thyrsodium schomburgkianum Benth. cabotã SI
Semidecídua
APOCYNACEAE
Aspidosperma sp. pereiro - Ane Semidecídua
ARALIACEAE
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire-Steyerm. & Frodin sabaquim PI Zoo Perenifólia
ARECACEAE
Attalea oleifera Barb. Rodr. palmeira - Zoo -
BORAGINACEAE
Cordia sellowiana Cham. gagaiúba SI Zoo Decídua
CECROPIACEAE
Cecropia pachystachya Trécul imbaúba PI Zoo Semidecídua
CLUSIACEAE
Clusia dardanoi G. Mariz & Maguire orelha de onça - Zoo Perenifólia
Vismia guianensis (Aubl.) Pers. lacre PI Zoo Perenifólia
COMBRETACEAE
Buchenavia capitata Eichl. esparrada - Zoo Semidecídua
CHRYSOBALANACEAE
Licania octandra Kuntze goití - Zoo Perenifólia
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum mucronatum Benth. cafezinho ST Zoo -
EUPHORBIACEAE
Mabea occidentalis Benth. canudo de cachimbo - Zoo Semidecídua
FABACEAE
Albizia polycephala (Benth.) Killip. ex Record jaguarana PI Ane Decídua
Andira fraxinifolia Benth. piaca SI Zoo Semidecídua
Andira nitida Mart. ex Benth. angelin SI Zoo Semidecídua
Copaifera langsdorffii Desv. pau de óleo ST Zoo Decídua
Inga sp.
ingá - Zoo Semidecídua
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld chifre de bode SI Ane Decídua
Ormosia fastigiata - Tul. sucupira -
Perenifólia
Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke jurema preta - Ane -
Pterocarpus violaceus Vogel pau sangue - - -
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. favinha - Aut -
Swartzia pickelli Killip. ex Ducke jacarandá ST Zoo Semidecídua
FLACOURTIACEAE
Casearia sylvestris Sw. caiubim SI Zoo -
LAURACEAE
Nectandra cuspidata Ness & Mart louro canela ST Zoo Semidecídua
Ocotea gardneri (Meins.) Mez louro babão SI Zoo Semidecídua
Ocotea glomerata (Ness) Mez louro SI Zoo Semidecídua
MALPIGHIACEAE
Byrsonima crispa A. Juss. muricí branco - Zoo Perenifólia
Byrsonima sericea DC. muricí SI Zoo Perenifólia
MALVACEAE
Eriotheca crenulaticalyx A. Robyns munguba - - -
29
MELASTOMATACEAE
Miconia munutiflora (Bonpl.) DC. carrasco SI Zoo Perenifólia
MELIACEAE
Cedrela fissilis Vell. cedro SI Ane Semidecídua
Guarea macrophylla Vahl gitó - Zoo Perenifólia
MORACEAE
Artocarpus heterophyllus Lam. jaca - - -
Ficus cf. maxima Mill. gameleira - Zoo Perenifólia
MYRSINACEAE
Rapanea guianensis Aubl. carne de vaca - Zoo Semidecídua
MYRTACEAE
Eugenia punicifolia (Kunth) DC. murta - Zoo Semidecídua
Myrcia sylvicata (G. Mey.) DC. prupuna SI Zoo Perenifólia
NYCTAGINACEAE
Guapira laxiflora (Choisy) Lundell piranha SI Zoo Semidecídua
PODORCAPACEAE
Podorcarpus sellowii Klotzsch ex Endl, pordocapio - Ane Perenifólia
RUBIACEAE
Coffea arabica L. café - Zoo -
Genipa americana L. genipapo ST Zoo Perenifólia
Palicourea crocea (Sw.) Roem. & Schult. erva de rato - - -
RUTACEAE
Zanthoxylum rhoifolium Lam. limãozinho PI Zoo Decídua
SAPINDACEAE
Talisia esculenta (A. St.-Hil) Radlk. pitomba SI - -
SAPOTACEAE
Micropholis sp. bom nome PI Zoo Semidecídua
SIMAROUBACEAE
Simarouba amara Aubl. praíba SI Zoo -
VERBENACEAE
Cytharexylum sp. saugueiro - Zoo -
INDETERMINADA
Morfoespécie 1 camundongo - - -
Morfoespécie 2 maria preta - - -
Morfoespécie 4 cinzeiro - - -
Morfoespécie 5 rama branca - - -
Morfoespécie 6 tatarema - - -
Morfoespécie 7 vermelhinho - - -
Analisando os grupos ecológicos percebe-se que a maioria das espécies (75% do total
classificados) apresenta síndrome de dispersão por zoocoria e pertencem ao grupo das
espécies secundárias iniciais (57% do total de classificadas). Essa mesma representação se
repete quando analisamos os números de indivíduos para todas as cotas altitudinais, o que
significa que as espécies classificadas como autocórica e anemocórica, para síndrome de
30
dispersão, e pioneira e secundária tardia, para grupos sucessionais, não possuem uma elevada
representatividade para nenhuma das cotas.
Já com relação a deciduidade foliar não acontece o mesmo, existem espécies
perenifólias e semidecíduas quase na mesma proporção (36% e 44% do total dos
classificados, respectivamente). Porém, quando analisado em números de indivíduos temos
uma diferença desses valores para cada cota altitudinal. A cota intermediária apresenta uma
porcentagem superior a 60% de indivíduos perenifólios. Nas extremidades do gradiente, cota
1 e 3, nota-se que as espécies com maior abundância são classificadas como semidecíduas.
Constata-se que tanto uma menor quantidade de espécie quanto uma menor porcentagem de
indivíduos estão classificados como deciduifólios (Figura 2).
Figura 2: Histogramas com os grupos ecológicos por porcentagem de indivíduos presente na
Serra dos Cavalos, Pernambuco, Brasil. A: Gupos sucessionais (onde PI = pioneira, SI =
secudária inicial e ST = secundária tardia); B: Síndrome de dispersão (onde Aut =autocóricas,
Ane = anemocóricas e Zoo = zoocóricas); C: Deciduidade (onde P = pioneiras, S =
semidecídua e D = decídua).
Tapirira guianensis foi a espécie com maior representatividade em todas as cotas
altitudinais, seguida por Thyrsodium schomburgkianum com maior abundância na cota 1,
Byrsonima sericea com maior abundância na cota 2 e Guapira laxiflora na cota 3. Dentre as
espécies levantadas no estudo, 26 estão presentes em todas as cotas altitudinais, e estas
totalizam 84,33% dos indivíduos amostrados. Mesmo estando presente em todas as cotas,
Thyrsodium schomburgkianum não se distribui de forma homogênea em todas as altitudes,
apresentando abundância nas cotas 1, 2 e 3 por 60, 4 e 15 indivíduos respectivamente (tabela
2).
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Cota 1 Cota 2 Cota 3
Po
rce
nta
gem
de
ind
ivíd
uo
s
ST
SI
PI
A
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Cota 1 Cota 2 Cota 3
Aut
Ane
Zoo
B
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Cota 1 Cota 2 Cota 3
P
S
D
C
31
Tabela 2: Lista de espécies arbóreas do Brejo dos Cavalos, Pernambuco, Brasil e sua
respectiva abundância por cota altitudinal organizada em ordem alfabética.
Espécies Cota 1 Cota 2 Cota 3
Albizia polycephala 1 11 6
Anacardium occidentale 4 0 0
Andira fraxinifolia 1 0 0
Andira nítida 2 1 2
Artocarpus heterophyllus 40 21 0
Aspidosperma sp. 0 1 0
Attalea oleífera 1 0 2
Buchenavia capitata 0 1 0
Byrsonima crispa 1 0 0
Byrsonima sericea 46 63 17
Casearia sylvestris 31 30 12
Cecropia pachystachya 22 4 0
Cedrela fissilis 4 0 2
Clusia dardanoi 3 29 18
Coffea arabica 2 2 3
Copaifera langsdorffii 0 0 1
Cordia sellowiana 2 2 12
Cytharexylum sp. 3 0 0
Eriotheca crenulaticalyx 8 40 23
Erythroxylum mucronatum 1 6 2
Eugenia punicifolia 18 2 35
Ficus cf. máxima 0 0 3
Genipa americana 1 3 2
Guapira laxiflora 15 19 51
Guarea macrophylla 13 2 7
Inga sp. 32 1 3
Licania octandra 0 0 1
Mabea occidentalis 0 0 6
Machaerium hirtum 2 7 3
Miconia munutiflora 0 7 15
Micropholis sp. 0 5 21
Morfoespécie 1 4 1 0
Morfoespécie 2 1 0 2
Morfoespécie 4 4 1 0
Morfoespécie 5 1 6 7
Morfoespécie 6 1 0 0
Morfoespécie 7 2 0 0
Myrcia sylvicata 9 29 9
Nectandra cuspidata 16 3 17
Ocotea gardneri 0 0 6
Ocotea glomerata 32 37 45
Ormosia fastigiata 13 28 8
Palicourea crocea 2 1 3
32
Piptadenia stipulacea 1 0 0
Podorcarpus sellowii 0 1 10
Pterocarpus violace 0 0 2
Rapanea guianensis 1 2 0
Schefflera morototoni 0 3 4
Simarouba amara 4 6 2
Stryphnodendron pulcherrimum 8 9 8
Swartzia pickelli 5 11 3
Talisia esculenta 1 0 0
Tapirira guianensis 71 101 101
Thyrsodium schomburgkianum 60 4 15
Vismia guianensis 8 0 5
Zanthoxylum rhoifolium 3 0 6
Foram analisados os parâmetros estruturais para cada uma das três cotas altitudinais do
Brejo dos Cavalos. Foi percebido um aumento bastante significativo na densidade (P<0,05)
com o incremento da altitude até a segunda cota e por conseguinte uma queda brusca na
terceira cota. Diferentemente da densidade, a área basal total, não variou com a modificação
altitudinal (P>0,05). Para a dominância absoluta houve uma grande discrepância nos valores
(P<0,05), onde a porção intermediária obteve um valor 11 vezes maior que o topo da serra.
Com relação à diversidade não houve uma grande variação dos seus valores entre as cotas 1 e
3 (P>0,05), o que pode ser constatado pela diferença discreta nos valores de riqueza de
espécies entre essas cotas de altitude. Porém, a cota intermediária possui uma variação
significativa com a primeira (P<0,05) e a terceira (P<0,05) cota altitudinal (Tabela 3).
Tabela 3: Parâmetros fitossociológicos para cada cota altitudinal do Brejo dos Cavalos,
Pernambuco, Brasil.
Parâmetros Estruturais Cota 1 Cota 2 Cota 3
Número de espécies 44 37 41
Número de famílias 22 24 25
Densidade (ind ha¹) 780.68a 3069.53b 278.37c
Área basal total 15.71a 15.06a 14.92a
Dominância absoluta 245.29a 924.83b 83.10c
Diâmetro – médio 45.27 42.61 42.87
Altura – média 12.46 10.23 13.28
Equabilidade 0.79 0.78 0.82
Diversidade (H') 3.02a 2.84b 2.99ac
A distribuição dos indivíduos no espaço vertical mostrou que a maior concentração
destes ocorreu entre 2,0 e 22,0 metros para todo o gradiente. Na cota I foram reunidos 91%
dos indivíduos entre estas alturas; na cota II esta amplitude representou 96% dos indivíduos e
33
na cota III foram 88% do componente arbóreo amostrado. Observa-se também que na cota
intermediária do gradiente altitudinal, não foram verificados indivíduos com altura maiores do
que 32 metros (Figura 3).
Figura 3: Distribuição vertical dos indivíduos por cota altitudinal presente no Brejo dos
Cavalos, Pernambuco, Brasil.
A estrutura diamétrica da área do estudo apresentou uma curva decrescente, exponencial
negativa para todas as cotas altitudinais. Salienta-se que mais de 50% do componente arbóreo
de todas as cotas encontram-se na primeira classe diamétrica (4,78-10 cm). Destacando a
segunda cota que apresenta a maior representatividade dos indivíduos de menor porte, o que
colabora para o alto valor de densidade para esta altitude. Percebe-se ainda, que a cota mais
alta da serra apresenta 4,2% de seus indivíduos com diâmetros maiores que 50 cm, onde a
porção intermediária e a basal contam 2% e 0,8% de sua amostragem respectivamente.
(Figura 4).
0
50
100
150
200
250
2,0 - 7,0 7,1 -12,0 12,1-17,0 17,1-22,0 22,1-27,0 27,1-32,0 32,1-37,0 >37,1
Cota 1
Cota 2
Cota 3
Classe de altura (m)
Núm
ero
de
ind
ivíd
uo
s
34
Figura 4: Distribuição diamétrica dos indivíduos por cota altitudinal presente no Brejo dos
Cavalos, Pernambuco, Brasil.
Das 44 espécies amostradas na cota basal da serra, 10 responderam por 69,7% do valor
de importância total para a cota, destacando-se Byrsonima sericea com 9,2% da densidade
relativa e 18,54% da frequência relativa, seguida por Tapirira guianensis (14,2 e 8,01%),
Eriotheca crenulaticalyx (1,6 e 20,2%), Thyrsodium schomburgkianum (12 e 1,2%) e
Artocarpus heterophyllus (8 e 8,29%). Tapirira guianensis ainda destacou-se com a maior
frequência relativa da primeira cota. Eriotheca crenulaticalyx, espécie com a terceira maior
importância para a primeira cota, possui a maior dominância relativa em função da grande
área basal de seus oito indivíduos presentes nesta altitude (tabela 4).
Tabela 4: Relação das espécies arbóreas amostradas na cota I da Serra dos Cavalos,
Pernambuco, Brasil com seus parâmetros fitossociológicos. (N = número de indivíduos; DR =
densidade relativa; FR = frequência relativa; IVI = índice de valor de importância; AB = área
basal total)
Espécies N AB(m) DR (%) FR (%) DoR (%) IVI
Byrsonima sericea 46 2.956 9.2 8.51 18.54 36.25
Tapirira guianensis 71 1.276 14.2 12.77 8.01 34.98
Eriotheca crenulaticalyx 8 3.218 1.6 2.13 20.20 23.92
Thyrsodium schomburgkianum 60 0.190 12.0 9.57 1.20 22.77
Artocarpus heterophyllus 40 1.267 8.0 5.59 8.29 21.87
Inga sp. 32 0.475 6.4 7.18 2.98 16.56
Cecropia pachystachya 22 0.778 4.4 5.59 4.85 14.83
Ocotea glomerata 32 0.321 6.4 5.32 1.96 13.68
Casearia sylvestris 31 0,168 6.2 6.12 1.01 13.33
Nectandra cuspidata 16 0.574 3.2 3.99 3.60 10.79
Swartzia pickelli 5 1.207 1.0 1.06 7.58 9.64
Eugenia punicifolia 18 0.170 3.6 4.79 1.07 9.46
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
4,78 - 1010,1 - 1515,1 - 2020,1 - 2525,1 - 3030,1 - 3535,1 - 4040,1 - 45 45,1 -50 > 50
cota 1
cota 2
cota 3
Classe de diâmetro (cm)
Núm
ero
de
ind
ivíd
uo
s
35
Guapira laxiflora 15 0.382 3.0 3.19 2.40 8.59
Stryphnodendron pulcherrimum 8 0.615 1.6 1.86 3.86 7.32
Ormosia fastigiata 13 0.324 2.6 2.39 2.04 7.03
Guarea macrophylla 13 1.148 2.6 2.93 0.93 6.46
Myrcia sylvicata 9 0.078 1.8 2.39 0.50 4.69
Simarouba amara 4 0.382 0.8 1.06 2.40 4.27
Anacardium occidentale 4 0.354 0.8 0.80 2.22 3.82
Vismia guianensis 8 0.020 1.6 1.60 0.13 3.32
Cytharexylum sp. 3 0.171 0.6 0.53 1.08 2.21
Cedrela fissilis 4 0.045 0.8 1.06 0.28 2.15
Morfoespécie 4 4 0.040 0.8 0.80 0.25 1.85
Morfoespécie 1 4 0.037 0.8 0.80 0.24 1.83
Cordia sellowiana 2 0.108 0.4 0.53 0.68 1.62
Clusia dardanoi 3 0.028 0.6 0.80 0.18 1.58
Zanthoxylum rhoifolium 3 0.013 0.6 0.80 0.08 1.48
Attalea oleifera 1 0.156 0.2 0.27 0.98 1.45
Byrsonima crispa 1 0.103 0.2 0.27 0.65 1.12
Albizia polycephala 1 0.087 0.2 0.27 0.55 1.02
Morfoespécie 7 2 0.014 0.4 0.53 0.09 1.02
Andira nitida 2 0.012 0.4 0.53 0.08 1.01
Machaerium hirtum 2 0.004 0.4 0.53 0.03 0.96
Palicourea crocea 2 0.004 0.4 0.53 0.03 0.96
Coffea arabica 2 0.003 0.4 0.53 0.02 0.95
Piptadenia stipulacea 1 0.071 0.2 0.27 0.45 0.92
Morfoespecie 2 1 0.040 0.2 0.27 0.25 0.72
Genipa americana 1 0.027 0.2 0.27 0.17 0.64
Rapanea guianensis 1 0.005 0.2 0.27 0.04 0.50
Morfoespécie 6 1 0.004 0.2 0.27 0.03 0.50
Morfoespécie 5 1 0.003 0.2 0.27 0.02 0.49
Erythroxylum mucronatum 1 0.002 0.2 0.27 0.01 0.48
Andira fraxinifolia 1 0.001 0.2 0.27 0.01 0.48
Talisia esculenta 1 0.001 0.2 0.27 0.01 0.48
Na cota intermediária da serra, 11 espécies (Byrsonima sericea, Eriotheca
crenulaticalyx, Tapirira guianensis, Ocotea glomerata, Ormosia fastigiata, Casearia
sylvestris, Swartzia pickelli, Myrcia sylvicata, Clusia dardanoi, Artocarpus heterophyllus e
Guapira laxiflora) obtiveram 81,96% do valor de importância total para esta faixa altitudinal.
Dentre essas espécies observa-se Swartzia pickelli e Ormosia fastigiata, com 11 e 28
indivíduos respectivamente, apresentam o terceiro e quarto maiores valores de dominância
relativa, o que reflete a presença de indivíduos de grande porte nessa cota altitudinal. Em
contrapartida Tapirira guianenses apresentou 101 indivíduos com dominância relativa menor
que as duas espécies anteriormente citadas, o que revela o pequeno porte de indivíduos dessa
36
espécie para a cota intermediária, no entanto ela apresenta-se com o terceiro maior valor de
importância por apresentar a maior frequência e densidade relativa para esta cota (tabela 5).
Tabela 5: Relação das espécies arbóreas amostradas na cota II da Serra dos cavalos,
Pernambuco, Brasil com seus parâmetros fitossociológicos. (N = número de indivíduos; DR =
densidade relativa; FR = frequência relativa; IVI = índice de valor de importância; AB = área
basal total)
Espécies N AB (m) DR (%) FR (%) DoR (%) IVI
Byrsonima sericea 63 3.979 12.60 11.31 24.26 48.16
Eriotheca crenulaticalyx 40 4.227 8.00 7.54 27.67 43.21
Tapirira guianensis 101 0.906 20.20 16.08 5.93 42.21
Ocotea glomerata 37 0.564 7.40 8.79 3.70 19.90
Ormosia fastigiata 28 1.052 5.60 5.78 6.88 18.26
Casearia sylvestris 30 0.211 6.00 6.78 1.38 14.17
Swartzia pickelli 11 1.279 2.20 2.76 8.37 13.34
Myrcia sylvicata 29 0.098 5.80 6.03 0.64 12.48
Clusia dardanoi 29 0.113 5.80 5.78 0.74 12.32
Artocarpus heterophyllus 21 0.484 4.20 3.77 3.18 11.14
Guapira laxiflora 19 0.350 3.80 4.52 2.28 10.60
Albizia polycephala 11 0.347 2.20 2.26 2.27 6.74
Stryphnodendron pulcherrimum 9 0.307 1.80 2.26 2.01 6.07
Simarouba amara 6 0.529 1.20 1.26 3.46 5.92
Machaerium hirtum 7 0.227 1.40 1.26 1.49 4.14
Morfoespécie 5 6 0.134 1.20 1.51 0.88 3.59
Miconia munutiflora 7 0.039 1.40 1.51 0.26 3.16
Micropholis sp. 5 0.103 1.00 1.26 0.68 2.93
Erythroxylum mucronatum 6 0.031 1.20 1.26 0.21 2.66
Cecropia pachystachya 4 0.091 0.80 0.75 0.60 2.15
Thyrsodium schomburgkianum 4 0.040 0.80 0.75 0.27 1.82
Buchenavia capitata 1 0.162 0.20 0.25 1.05 1.50
Nectandra cuspidata 3 0.009 0.60 0.75 0.06 1.42
Schefflera morototoni 3 0.006 0.60 0.75 0.04 1.40
Genipa americana 3 0.006 0.60 0.75 0.04 1.39
Eugenia punicifolia 2 0.066 0.40 0.50 0.44 1.34
Aspidosperma sp. 1 0.118 0.20 0.25 0.78 1.23
Rapanea guianensis 2 0.007 0.40 0.50 0.04 0.94
Coffea arabica 2 0.003 0.40 0.50 0.02 0.93
Cordia sellowiana 2 0.182 0.40 0.50 0.02 0.92
Guarea macrophylla 2 0.003 0.40 0.50 0.02 0.83
Andira nitida 1 0.027 0.20 0.25 0.18 0.63
Morfoespécie 1 1 0.011 0.20 0.25 0.08 0.53
Inga sp. 1 0.001 0.20 0.25 0.01 0.46
Podorcarpus sellowii 1 0.001 0.20 0.25 0.01 0.46
Palicourea crocea 1 0.001 0.20 0.25 0.01 0.46
Morfoespécie 4 1 0.001 0.20 0.25 0.01 0.46
37
Das espécies amostradas da cota superior do gradiente altitudinal, nove responderam
por 63,7% do valor de importância total da cota, com destaque para Tapirira guianensis com
20,2 % de densidade relativa e 6,69% de dominância relativa, seguida de Guapira laxiflora
com 10,2% e 8,13% para os mesmos parâmetros respectivamente. Tapirira guianensis
também apresenta a maior frequência relativa na terceira cota. Eugenia punicifolia aparece na
cota apical com um significativo número de 35 indivíduos em relação a cota intermediária,
onde a espécie apresentou apenas 2 indivíduos. Destaca-se ainda a alta dominância relativa de
Sthryphnodendron pulcherrimum em relação ao pequeno número de representantes (oito
indivíduos) na terceira cota (Tabela 6).
Tabela 6: Relação das espécies arbóreas amostradas na cota III da Serra dos Cavalos,
Pernambuco, Brasil com seus parâmetros fitossociológicos. (N = número de indivíduos; DR =
densidade relativa; FR = frequência relativa; IVI = índice de valor de importância; AB = área
basal total).
Espécies N AB DR (%) FR (%) DoR (%) IVI
Tapirira guianensis 101 1.013 20.20 16.17 6.69 43.06
Guapira laxiflora 51 1.232 10.20 8.71 8.13 27.04
Ocotea glomerata 45 0.620 9.00 9.45 4.10 22.55
Eriotheca crenulaticalyx 23 4.826 4.60 5.47 11.71 21.78
Eugenia punicifolia 35 0.811 7.00 6.47 5.36 18.83
Micropholis sp. 21 1.694 4.20 3.98 7.90 16.08
Stryphnodendron pulcherrimum 8 1.961 1.60 1.99 10.86 14.45
Byrsonima sericea 17 0.915 3.40 4.23 6.44 14.07
Cordia sellowiana 12 1.347 2.40 2.49 8.23 13.12
Nectandra cuspidata 17 0.427 3.40 3.23 2.83 9.46
Podorcarpus sellowii 10 0.727 2.00 1.74 4.80 8.55
Clusia dardanoi 18 0.093 3.60 3.98 0.62 8.20
Miconia munutiflora 15 0.250 3.00 3.48 1.65 8.13
Thyrsodium schomburgkianum 15 0.066 3.00 3.23 0.44 6.68
Casearia sylvestris 12 0.034 2.40 2.49 0.55 5.43
Ormosia fastigiata 8 0.176 1.60 1.74 1.17 4.51
Swartzia pickelli 3 0.457 0.60 0.75 3.02 4.37
Ficus cf. maxima 3 0.454 0.60 0.75 3.00 4.35
Morfoespécie 5 7 0.181 1.40 1.49 1.20 4.09
Zanthoxylum rhoifolium 6 0.165 1.20 1.49 1.09 3.78
Myrcia sylvicata 9 0.033 1.80 1.74 0.22 3.76
Ocotea gardneri 6 0.114 1.20 1.49 0.76 3.45
Guarea macrophylla 7 0.023 1.40 1.49 0.15 3.04
Cedrela fissilis 2 0.296 0.40 0.50 1.96 2.86
Pterocarpus violace 2 0.289 0.40 0.50 1.91 2.81
Simarouba amara 2 0.277 0.40 0.50 1.83 2.73
Mabea occidentalis 6 0.039 1.20 1.24 0.26 2.70
Albizia polycephala 6 0.010 1.20 1.24 0.07 2.51
38
Andira nitida 2 0.228 0.40 0.50 1.51 2.41
Vismia guianensis 5 0.022 1.00 1.00 0.15 2.14
Schefflera morototoni 4 0.012 0.80 1.00 0.08 1.87
Inga sp. 3 0.064 0.60 0.75 0.43 1.77
Machaerium hirtum 3 0.039 0.60 0.75 0.26 1.61
Palicourea crocea 3 0.013 0.60 0.75 0.09 1.44
Coffea arabica 3 0.006 0.60 0.75 0.04 1.39
Genipa americana 2 0.040 0.40 0.50 0.27 1.17
Erythroxylum mucronatum 2 0.010 0.40 0.50 0.07 0.97
Morfoespécie 2 2 0.011 0.40 0.50 0.08 0.97
Attalea oleifera 2 0.003 0.40 0.50 0.02 0.92
Licania octandra 1 0.017 0.20 0.25 0.01 0.46
Copaifera langsdorffii 1 0.001 0.20 0.25 0.01 0.46
Analisando as três cotas altitudinais, percebe-se que das dez espécies de maior valor de
importância para cada cota, quatro são comuns às três altitudes (Byrsonima sericea, Eriotheca
crenulaticalyx, Tapirira guianensis e Ocotea glomerata). Byrsonima sericea apresenta-se na
primeira e segunda cota como a espécie mais importante e desce para oitava posição na
terceira cota, principalmente em função da baixa dominância relativa, que por sua vez pode
ser explicado pela redução de sua área basal na maior altitude. Tapirira guianensis aparece na
cota da base como a segunda espécie mais importante, no entanto ela cai de posição na cota
intermediária em função da elevada dominância relativa de Byrsonima sericea e Eriotheca
crenulaticalyx para esta altitude. Porém Tapirira guianensis apresenta na terceira cota o maior
valor de importância e as duas espécies anteriormente citadas nesta altitude, apresentam o
oitavo e quarto lugar, respectivamente (Figura 5).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Cota 1 Cota 2 Cota 3
Po
siça
o d
a e
spec
ecie
co
m r
ela
cão
ao
IV
I
Tapirira guianensis
Byrsonima sericea
Eriotheca crenulaticalyx
Ocotea glomerata
39
Figura 5: Comportamento das espécies mais importantes comum a todas as altitudes, nas
diferentes cotas altitudinais da Serra dos Cavalos, Pernambuco, Brasil.
Considerando ainda os dez maiores valores de importância para cada cota de altitude, as
dez espécies mais importante da segunda cota representam 78% do valor de importância total
de sua altitude, na cota 1 e 2 essa mesma representatividade é de 69 e 66% respectivamente.
Esse valor maior de tal parâmetro para a cota intermediária pode ser explicado pela alta
dominância relativa dessas dez espécies nesta cota, além desta cota também obter um valor
maior na densidade e frequência relativa em relação às outras altitudes, porém não seria uma
diferença tão significativa quanto a dominância relativa que esta cota de altitude apresenta.
Nota-se que Eriotheca crenulaticalyx possui os maiores valores de área basal para as
três altitudes, e esses valores aumentam com o incremento da altitude. No entanto, Byrsonima
sericea se dispõe na base da serra com uma área basal de 2.96 m², apresenta-se na cota
intermediária com 3.98 m² e chega a porção mais alta da serra apresentando apenas 0.91 m²
de área basal. Tapirira guianensis é a espécie mais abundante na serra como um todo e
também em cada uma das altitudes investigadas, o que a faz ser a espécie com maior sucesso
em explorar seus recursos ao longo de todo o gradiente alitudinal.
DISCUSSÃO
As curvas de rarefação desse estudo estimaram e obtiveram um maior número de
espécies para as extremidades do gradiente altitudinal em relação à cota intermediária,
diferindo dos resultados encontrados por Meireles et al. (2008), em um gradiente altitudinal
em Minas Gerais. Esta diferença encontrada nos dois trabalhos pode estar associada a uma
maior variação altitudinal no gradiente analisado por Meireles et al. (2008).
As famílias de maior riqueza registradas neste estudo, como por exemplo, Fabaceae,
Lauraceae, Malpighiaceae, Myrtaceae, Meliaceae e Anacardiaceae também são
frequentemente encontradas em outros estudos realizados em brejos de altitude (Andrade et
al. 2006, Oliveira et al. 2006, Ferraz e Rodal 2006 e Nascimento e Rodal 2008).
As espécies que possuem os maiores números de indivíduos estão presentes em vários
estudos com brejo de Altitude (Pinto et al. 2012, Nascimento e Rodal 2008, Andrade et al.
2006), no entanto, elas não se apresentam como as mais representativas. No estudo de Rodal e
Nascimento (2008), Guapira nitida, aparece como a mais representativa (26% da
representatividade em abundância) seguida de Aspidosperma pavifolium (7,5%
40
representatividade), espécies essas que não foram amostradas no Brejo dos Cavalos.
Byrsonima sericea, Eriotheca crenulaticalyx, Tapirira guianensis e Ocotea glomerata,
espécies dentre os maiores valores de importância para as três cotas altitudinais, também
apresentam-se, com elevada importância em outro brejos de altitude já estudados (Nascimento
e Rodal 2008, Andrade et al. 2006, Oliveira 2006).
A maioria (75% do total) das espécies do presente estudo foi classificada como
zoocórica, o que se aproxima da porcentagem (66%) de espécies com esse mesmo mecanismo
de dispersão encontrado num estudo de fenologia neste mesmo brejo estudado (Locatelli e
Machado 2004). O predomínio de espécies zoocóricas também foi observado por Yamamoto
(2007) em Floresta Estacional Semidecidual Montana no estado de São Paulo e por Dias Neto
et al. (2009) em uma Floresta Estacional Semidecidual no estado de Minas Gerais. Ainda no
estudo de Locatelli e Machado (2004), a Serra dos Cavalos obteve 60% de espécies
classificadas como semidecíduas e 30% como perenifólias, porcentagens que não contradizem
com as encontradas neste estudo (44% de semidecíduas e 36% perenifólias), uma vez que,
34% das espécies não obtiveram a classificação quanto à deciduidade.
Com relação ao grupo sucessional, a maioria das espécies (57% do total) foram
classificadas como secundárias iniciais, seguida das secundárias tardias (18%), corroborando
com o estudo de Brandão (2007) em um remanescente de Floresta Atlântica no estado de
Pernambuco, que também obteve uma porcentagem muito próxima (56% de secundárias
iniciais e 16% de secundárias tardia). Também foi encontrado o maior número de espécies
secundárias iniciais seguida das secundárias tardias no trabalho de Dias Neto et al. (2009)
com um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual no sudeste do Brasil. De acordo
com Gandolfi et al. (1995), as espécies secundárias iniciais ocorrem em condições de
sombreamento médio e de luminosidade não muito densa ocorrendo em bordas de clareira,
bordas de florestas ou no sobosque não densamente sombreado. Para secundárias tardias,
Gandolfi et al (1995) diz que são espécies se desenvolvem em sub-bosque em condições de
sombra leve ou densa, podendo aí permanecer toda vida ou então crescer até alcançar o dossel
ou a condição de emergente. Assim, pode-se inferir que a Serra dos Cavalos não apresenta
grandes clareiras, que podem ser ocasionadas por eventos naturais e/ou pressões antrópicas,
portanto, a comunidade vegetal deste brejo poder ser classificada em um estágio intermediário
de sucessão.
A maior concentração de indivíduos ocorreu até 13 m de altura, para toda a serra
examinada, proporção que corrobora os dados do brejo altitudianal analisado por Nascimento
e Rodal (2008). Os indivíduos com as maiores alturas estão localizados na maior altitude,
41
divergindo do estudo de Meireles et al. (2008), onde estes relatam que a altura máxima dos
indivíduos apresenta uma relação linear negativa com o aumento da altitude, e do estudo de
Lieberman et al. (1996), onde as maiores alturas ocorreram nas menores altitudes.
Com relação à classe diamétrica deste estudo, mais de 50% dos indivíduos de todo o
gradiente obtiveram o diâmetro do caule até 10 cm, mesma proporção encontrada no brejo de
altitude avaliado por Nascimento e Rodal (2008). Apesar das peculiaridades de cada altitude,
o número de indivíduos perfilhados é similar para todas as cotas, contrapondo os dados
encontrados por Meireles et al. (2008) onde foi observado um maior número de indivíduos
perfilhados nos extremos do gradiente, onde estes autores sugerem a ocorrência de fatores
ambientais limitantes nessas altitudes.
A área basal total não variou significativamente entre as três cotas de altitude,
contrapondo outros estudos ( Lieberman et al 1996, Ferraz et al. 2003 , Lima et al. 2010) onde
houve um aumento do valor de área basal na cota mais alta. A densidade variou de forma
muito expressiva para todas as altitudes, obtendo o seu maior valor na cota intermediária, o
que corrobora com o estudo de Meireles et al. (2008) que obteve a menor densidade nos
extremos do gradiente. A densidade também variou ao longo dos gradientes estudados por
Ferraz et al. (2003) e Lima et al. (2010), porém, nestes estudos a maior densidade foi
encontrada na maior altitude do gradiente. A dominância também variou significativamente
para todas as altitudes, onde a segunda cota apresentou um valor muito mais alto do que as
extremidade do gradiente.
Os maiores valores tanto da densidade quanto da dominância para a cota intermediária,
induz que fatores ambientais ou até mesmo fatores antrópicos, limitem a ocupação, o
estabelecimento e o pleno desenvolvimento da comunidade arbórea nas extremidades do
gradiente (Silva et al 2014). Com base nos parâmetros acima analisados, o presente estudo
diverge do estudo de Moreno et al. (2003), onde estes autores afirmam que há uma diferença
na composição de espécies ao longo do gradiente, porém a estrutura (como por exemplo
densidade por eles investigada) é igual para todas as cotas.
A diversidade não apresentou uma grande variação ao longo do gradiente, o que pode
ser explicado pela dominância de Byrsonima sericea e Eriotheca crenulaticalyxe na primeira
e segunda cota altitudinal. Quanto ao valor da equabilidade, que não apresentou uma
diferença significativa entre as cotas, pode ser justificado pela alta representatividade de
Tapirira guianensis em todas as altitudes investigadas. Assim como neste estudo, Lima et al.
(2010) observaram variação muito discreta nos valores de diversidade e equabilidade ao longo
de uma pequena variação altitudinal.
42
O maior número de espécies foi observado na primeira cota, no entanto, não houve uma
diferença significativa nos valores de riqueza de espécies entre as cotas que permitisse
classificar esta floresta montana em algum dos padrões propostos por Paciência (2008). No
estudo de Ferraz (1998), com um brejo de altitude, foi percebida uma variação na riqueza de
espécies ao longo do gradiente, porém, não foi possível detectar um padrão com o avançar da
altitude, o que permite inferir, que até o momento, brejos de altitude no semiárido não seguem
os padrões altitudinais existentes em outras florestas montanas (Gentry 1988, Abrams 1995,
Hegazy et al. 1998, Grytnes & Vetaas 2002, Rahbek et al., 2008, Sesnie et al. 2009). A
afirmação de tal hipótese poderia ser confirmada com réplicas desse estudo em outras áreas de
brejo altitudinal. Joly et al. (2012), em um estudo com diferentes fisionomias ao longo de uma
serra, encontrou uma variação substancial na composição das espécies ao longo da encosta,
porém o padrão não foi diretamente relacionado com a altitude. Os estudos de Silva et al.
(2008) com floresta atlântica e Lima et al (2010) com floresta estacional decidual, ambos com
pouca variação altitudinal, também não se enquadraram nos padrões sugeridos por Paciência
(2008). Tais exceções, para os padrões altitudinais de riqueza de espécie, sugerem que nos
brejos de altitude, como em outras florestas que apresentem pouca variação altitudinal, não
seguem os modelos de riqueza de florestas montanas.
CONCLUSÃO
A estrutura da comunidade arbórea na área de estudo varia em cada altitude analisada,
onde a cota intermediária apresenta os maiores valores para densidade e dominância. O brejo
altitudinal analisado apresenta uma pequena variação na composição das espécies ao longo do
gradiente, não seguindo nenhum dos padrões de riqueza e diversidade observados em outras
florestas montanas, sugerindo que brejos de altitude com pouca variação altitudinal não
seguem os modelos propostos por outros estudos com gradiente altitudinal. A afirmação de tal
proposição poderia ser confirmada com réplicas desse estudo em outras áreas de brejo
altitudinal.
43
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50
ANEXO
INSTRUÇÕES AOS AUTORES – REVISTA CAATINGA
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO
• Digitação: o texto deve ser composto em programa Word (DOC ou RTF) ou compatível e os
gráficos em programas compatíveis com o Windows, como Excel, e formato de imagens:
Figuras (GIF) e Fotos (JPEG). Deve ter no máximo de 20 páginas, A4, digitado em espaço
1,5, fonte Times New Roman, estilo normal, tamanho doze e parágrafo recuado por 1 cm.
Todas as margens deverão ter 2,5 cm.
Páginas e linhas devem ser numeradas; os números de páginas devem ser colocados na
margem inferior, à direita e as linhas numeradas de forma contínua. Se forem necessárias
outras orientações, entre em contato com o Comitê Editorial ou consulte o último número da
Revista Caatinga. As notas devem apresentar até 12 páginas, incluindo tabelas e figuras. As
revisões são publicadas a convite da Revista. O manuscrito não deverá ultrapassar 2,0 MB.
• Estrutura: o artigo científico deverá ser organizado em título, nome do(s) autor(es), resumo,
palavras-chave, título em inglês, abstract, keywords, introdução, material e métodos,
resultados e discussão, conclusão, agradecimentos (opcional), e referências.
• Título: deve ser escrito em maiúsculo, negritado, centralizado na página, no máximo com 15
palavras, não deve ter subtítulo e abreviações. Com a chamada de rodapé numérica, extraída
do título, devem constar informações sobre a natureza do trabalho (se extraído de
tese/dissertação) e referências às instituições colaboradoras. O nome científico deve ser
indicado no título apenas se a espécie for desconhecida.
Os títulos das demais seções da estrutura (resumo, abstract, introdução, material e métodos,
resultados e discussão, conclusão, agradecimentos e referências) deverão ser escritos em letra
maiúscula, negrito e justificado à esquerda.
• Autores(es): nomes completos (sem abreviaturas), em letra maiúscula, um após o outro,
separados por virgula e centralizados na linha. Como nota de rodapé na primeira página,
indicar, para cada autor, afiliação completa (departamento, centro, instituição, cidade, país),
endereço completo e e-mail do autor correspondente. Este deve ser indicado por um “*”. Só
serão aceitos, no máximo, cinco autores. Caso ultrapasse esse limite, os autores precisam
comprovar que a pesquisa foi desenvolvida em regiões diferentes.
51
Na primeira versão do artigo submetido, os nomes dos autores e a nota de rodapé com os
endereços deverão ser omitidos. Para a inserção do(s) nome(s) do(s) autor(es) e do(s)
endereço(s) na versão final do artigo deve observar o padrão no último número da Revista
Caatinga (http://caatinga.ufersa.edu.br/index.php/sistema).
• Resumo e Abstract: no mínimo 100 e no máximo 250 palavras.
• Palavras-chave e Keywords: em negrito, com a primeira letra maiúscula. Devem ter, no
mínimo, três e, no máximo, cinco palavras, não constantes no Título/Title e separadas por
ponto (consultar modelo de artigo). Obs. Em se tratando de artigo escrito em idioma
estrangeiro (Inglês ou Espanhol), o título, resumo e palavras-chave deverão, também, constar
em Português, mas com a seqüência alterada, vindo primeiro no idioma estrangeiro.
• Introdução: no máximo, 550 palavras, contendo citações atuais que apresentem relação com
o assunto abordado na pesquisa.
• Citações de autores no texto: devem ser observadas as normas da ABNT, NBR 10520 de
agosto/2002.
Ex: Torres (2008) ou (TORRES, 2008); com dois autores, usar Torres e Marcos Filho (2002)
ou (TORRES; MARCOS FILHO, 2002); com mais de três autores, usar Torres et al. (2002)
ou (TORRES et al., 2002).
• Tabelas: serão numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na parte superior. Não
usar linhas verticais. As linhas horizontais devem ser usadas para separar o título do
cabeçalho e este do conteúdo, além de uma no final da tabela. Cada dado deve ocupar uma
célula distinta. Não usar negrito ou letra maiúscula no cabeçalho. Recomenda-se que as
tabelas apresentem 8,2 cm de largura, não sendo superior a 17 cm (consulte o modelo de
artigo), acessando a página da Revista Caatinga
(http://periodico.caatinga.ufersa.edu.br/index.php/sistema).
• Figuras: gráficos, fotografias ou desenhos levarão a denominação geral de Figura sucedida
de numeração arábica crescente e legenda na parte inferior. Para a preparação dos gráficos
deve-se utilizar “softwares” compatíveis com “Microsoft Windows”. A resolução deve ter
qualidade máxima com pelo menos 300 dpi. As figuras devem apresentar 8,5 cm de largura,
não sendo superior a 17 cm. A fonte empregada deve ser a Times New Roman, corpo 10 e
não usar negrito na identificação dos eixos. As linhas dos eixos devem apresentar uma
52
espessura de 1,5 mm de cor preta. A Revista Caatinga reserva-se ao direito de não aceitar
tabelas e/ou figuras com o papel na forma “paisagem” ou que apresentem mais de 17 cm de
largura. Tabelas e Figuras devem ser inseridas logo após à sua primeira citação.
• Equações: devem ser digitadas usando o editor de equações do Word, com a fonte Times
New Roman. As equações devem receber uma numeração arábica crescente. As equações
devem apresentar o seguinte padrão de tamanho:
Inteiro = 12 pt
Subscrito/sobrescrito = 8 pt
Sub-subscrito/sobrescrito = 5 pt
Símbolo = 18 pt
Subsímbolo = 14 pt
Estas definições são encontradas no editor de equação no Word.
• Agradecimentos: logo após as conclusões poderão vir os agradecimentos a pessoas ou
instituições, indicando, de forma clara, as razões pelas quais os faz.
• Referências: devem ser digitadas em espaço 1,5 cm e separadas entre si pelo mesmo espaço
(1,5 cm). Precisam ser apresentadas em ordem alfabética de autores, Justificar (Ctrl + J) -
NBR 6023 de agosto/2002 da ABNT. UM PERCENTUAL DE 60% DO TOTAL DAS
REFERÊNCIAS DEVERÁ SER ORIUNDO DE PERIÓDICOS CIENTÍFICOS
INDEXADOS COM DATA DE PUBLICAÇÃO INFERIOR A 10 ANOS.
O título do periódico não deve ser abreviado e recomenda-se um total de 20 a 30 referências.
EVITE CITAR RESUMOS E TRABALHOS APRESENTADOS E PUBLICADOS EM
CONGRESSOS E SIMILARES.
REGRAS DE ENTRADA DE AUTOR
Até 3 (três) autores
Mencionam-se todos os nomes, na ordem em que aparecem na publicação, separados por
ponto e virgula.
53
Ex: TORRES, S. B.; PAIVA, E. P. PEDRO, A. R. Teste de deterioração controlada para
avaliação da qualidade fisiológica de sementes de jiló. Revista Caatinga, Mossoró, v. 0, n. 0,
p. 00-00, 2010.
Acima de 3 (três) autores
Menciona-se apenas o primeiro nome, acrescentando-se a expressão et al.
Ex: BAKKE, I. A. et al. Water and sodium chloride effects on Mimosa tenuiflora (Willd.)
poiret seed germination. Revista Caatinga, Mossoró, v. 19, n. 3, p. 261-267, 2006.
Grau de parentesco
HOLANDA NETO, J. P. Método de enxertia em cajueiro-anão-precoce sob condições de
campo em Mossoró-RN. 1995. 26 f.
Monografia (Graduação em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura de Mossoró,
Mossoró, 1995.
COSTA SOBRINHO, João da Silva. Cultura do melão. Cuiabá: Prefeitura de Cuiabá, 2005.
MODELOS DE REFERÊNCIAS:
a) Artigos de Periódicos: Elementos essenciais:
AUTOR. Título do artigo. Título do periódico, Local de publicação (cidade), n.º do volume,
n.º do fascículo, páginas inicial-final, mês (abreviado), ano.
Ex: BAKKE, I. A. et al. Water and sodium chloride effects on Mimosa tenuiflora (Willd.)
poiret seed germination. Revista Caatinga, Mossoró, v. 19, n. 3, p. 261-267, set. 2006.
b) Livros ou Folhetos, no todo: Devem ser referenciados da seguinte forma:
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Local (cidade) de publicação: Editora, data. Número de
páginas ou volumes. (nome e número da série)
Ex: RESENDE, M. et al. Pedologia: base para distinção de ambientes. 2. ed. Viçosa, MG:
NEPUT, 1997. 367 p.
54
OLIVEIRA, A. I.; LEONARDOS, O. H. Geologia do Brasil. 3. ed. Mossoró: ESAM, 1978.
813 p. (Coleção mossoroense, 72).
c) Livros ou Folhetos, em parte (Capítulo de Livro):
AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título: subtítulo do
livro. Número de edição. Local de publicação (cidade): Editora, data. Indicação de volume,
capítulo ou páginas inicial-final da parte.
Ex: BALMER, E.; PEREIRA, O. A. P. Doenças do milho. In: PATERNIANI, E.; VIEGAS,
G. P. (Ed.). Melhoramento e produção do milho. Campinas: Fundação Cargill, 1987. v. 2, cap.
14, p. 595-634.
d) Dissertações e Teses: (somente serão permitidas citações recentes, PUBLICADAS NOS
ÚLTIMOS TRÊS ANOS QUE ANTECEDEM A REDAÇÃO DO ARTIGO). Referenciam-se
da seguinte maneira: AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou
volumes. Categoria (grau e área de concentração) - Instituição, local.
Ex: OLIVEIRA, F. N. Avaliação do potencial fisiológico de sementes de girassol (Helianthus
annuus L.). 2011. 81 f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia: Área de Concentração em
Tecnologia de Sementes) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2011.
e) Artigos de Anais ou Resumos: (DEVEM SER EVITADOS)
NOME DO CONGRESSO, n.º., ano, local de realização (cidade). Título... subtítulo. Local de
publicação (cidade): Editora, data de publicação. Número de páginas ou volumes.
Ex: BALLONI, A. E.; KAGEYAMA, P. Y.; CORRADINI, I. Efeito do tamanho da semente
de Eucalyptus grandis sobre o vigor das mudas no viveiro e no campo. In: CONGRESSO
FLORESTAL BRASILEIRO, 3., 1978, Manaus. Anais... Manaus: UFAM, 1978. p. 41-43.
f) Literatura não publicada, mimeografada, datilografada etc.:
Ex: GURGEL, J. J. S. Relatório anual de pesca e piscicultura do DNOCS. Fortaleza: DNOCS,
1989. 27 p. Datilografado.
g) Literatura cuja autoria é uma ou mais pessoas jurídicas:
Ex: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6023: informação e
documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.
55
h) Literatura sem autoria expressa:
Ex: NOVAS Técnicas – Revestimento de sementes facilita o plantio. Globo Rural, São Paulo,
v. 9, n. 107, p. 7-9, jun. 1994.
i) Documento cartográfico:
Ex: INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo
do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 atlas. Escala 1:2.000.
J) Em meio eletrônico (CD e Internet): Os documentos /informações de acesso exclusivo por
computador (on line) compõem-se dos seguintes elementos essenciais para sua referência:
AUTOR. Denominação ou título e subtítulo (se houver) do serviço ou produto, indicação de
responsabilidade, endereço eletrônico entre os sinais < > precedido da expressão – Disponível
em: – e a data de acesso precedida da expressão – Acesso em:.
Ex: BRASIL. Ministério da Agricultura e do abastecimento. SNPC – Lista de Cultivares
protegidas. Disponível em: <http://agricultura.gov.br/scpn/list/200.htm>. Acesso em: 08 set.
2008.
GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza. Anais… Fortaleza: Tec Treina,
1998. 1 CD-ROM.
UNIDADES E SÍMBOLOS DO SISTEMA INTERNACIONAL ADOTADOS PELA
REVISTA CAATINGA
Grandezas básicas Unidades Símbolos Exemplos
Comprimento metro m
Massa quilograma quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica amper A
Temperatura termodinâmica Kelvin K
Quantidade de substância mol mol
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Unidades derivadas
Velocidade --- m s-1 343 m s-1
Aceleração --- m s-2 9,8 m s-2
Volume Metro cúbico, litro M3, L* 1 m3,1 000 L*
Freqüência Hertz Hz 10 Hz
Massa específica --- Kg m-3 1.000 kg m-3
Força newton N 15 N
Pressão pascal pa 1,013.105 Pa
Energia joule J 4 J
Potência watt W 500 W
Calor específico --- J (kg 0C)-1 4186 J (kg 0C)-1
Calor latente --- J kg-1 2,26.106 J kg-1
Carga elétrica coulomb C 1 C
Potencial elétrico volt V 25 V
Resistência elétrica ohm Ω 29Ω
Intensidade de energia Watts/metros quadrado W m-2 1.372 W m-2
Concentração Mol/metro cúbico Mol m-3 500 mol m-3
Condutância elétrica siemens S 300 S
Condutividade elétrica desiemens/metro dS m-1 5 dS m-1
Temperatura 0C Grau Celsius 25 0C
Ângulo Grau 30
Percentagem % --- 45%
57
Números mencionados em seqüência devem ser separados por ponto e vírgula (;). Ex: 2,5;
4,8; 5,3