teste lusíadas inês de castro

8
ESCOLA BÁSICA e SECUNDÁRIA DA BEMPOSTA Ficha de Avaliação de Português – 9º ano Grupo I PARTE A – Leitura / Compreensão Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. 5 Naufrágio dos diamantes A história raramente se desenrola como uma fábula. Mas pense nisto: um navio mercante português do século XVI, carregando uma fortuna em ouro e marfim a caminho de um famoso porto de especiarias na costa da Índia, é desviado para longe da sua rota por uma terrível tempestade ao tentar contornar a extremidade austral de África. Dias mais tarde, castigado e quebrado, o navio afunda-se numa misteriosa costa envolta 1 0 em nevoeiro, salpicada com mais de cem milhões de quilates em diamantes, uma ironia cruel para os sonhos de riqueza dos marinheiros. Nenhum dos náufragos regressou a casa. Este conto improvável ter-se-ia perdido para sempre sem a descoberta dos destroços de um navio numa praia a sul de Sperrgebiet em abril de 2008. Trata-se da rica mina de diamantes, famosa pela sua inacessibilidade, explorada pela empresa NAMDEB, um consórcio do Estado e da empresa, De Beers, junto à foz do rio Orange, na costa meridional da Namíbia. Um geólogo trabalhava na área de mineração U-60 quando encontrou aquilo que, à primeira vista, pensou ser metade de uma esfera de rocha perfeitamente redonda. Curioso, pegou-lhe e percebeu de imediato tratar-se de um lingote de cobre. Uma estranha marca em forma de tridente gravada sobre a superfície desgastada foi reconhecida mais tarde como a marca de Anton Fugger, um dos homens de finanças mais ricos da Europa renascentista. O lingote era do tipo utilizado para comprar especiarias na Índia durante 1 5 2 0 2 5 3 1

Upload: ana-paula-pomar

Post on 27-Sep-2015

329 views

Category:

Documents


23 download

TRANSCRIPT

ESCOLA BSICA e SECUNDRIA DA BEMPOSTAFicha de Avaliao de Portugus 9 anoGrupo I

PARTE A Leitura / CompreensoL o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.5Naufrgio dos diamantesA histria raramente se desenrola como uma fbula. Mas pense nisto: um navio mercante portugus do sculo XVI, carregando uma fortuna em ouro e marfim a caminho de um famoso porto de especiarias na costa da ndia, desviado para longe da sua rota por uma terrvel tempestade ao tentar contornar a extremidade austral de frica. Dias mais tarde, castigado e quebrado, o navio afunda-se numa misteriosa costa envolta

10em nevoeiro, salpicada com mais de cem milhes de quilates em diamantes, uma ironia cruel para os sonhos de riqueza dos marinheiros. Nenhum dos nufragos regressou a casa.Este conto improvvel ter-se-ia perdido para sempre sem a descoberta dos destroos de um navio numa praia a sul de Sperrgebiet em abril de 2008. Trata-se da rica mina de diamantes, famosa pela sua inacessibilidade, explorada pela empresa NAMDEB, um consrcio do Estado e da empresa, De Beers, junto foz do rio Orange, na costa meridional da Nambia. Um gelogo trabalhava na rea de minerao U-60 quando encontrou aquilo que, primeira vista, pensou ser metade de uma esfera de rocha perfeitamente redonda. Curioso, pegou-lhe e percebeu de imediato tratar-se de um lingote de cobre. Uma estranha marca em forma de tridente gravada sobre a superfcie desgastada foi reconhecida mais tarde como a marca de Anton Fugger, um dos homens de finanas mais ricos da Europa renascentista. O lingote era do tipo utilizado para comprar especiarias na ndia durante a primeira metade do sculo XVI. Mais tarde, os arquelogos descobririam 22 toneladas destes lingotes sob a areia, bem como canhes e espadas, marfim e astrolbios, mosquetes e cotas de malha. E ouro, evidentemente. Mos-cheias de ouro: nas escavaes, encontraram-se mais de duas mil belas e pesadas moedas, sobretudo excelentes1 espanhis, com as efgies de Fernando e Isabel, mas tambm requintados portugueses com as armas de Dom Joo III, algumas moedas venezianas, islmicas, florentinas e de outras nacionalidades. So de longe os mais antigos e os mais ricos destroos de um navio naufragado descoberto na costa da frica subsariana. Nenhum dos tesouros inflamou tanto a imaginao dos arquelogos como o prprio naufrgio: um navio portugus da armada das ndias da dcada de 1530, o pico dos Descobrimentos, com a sua carga de tesouros e bens comerciais intactos, jazendo, insuspeito, nestas areias durante quase 500 anos. uma oportunidade nica, diz Francisco Alves, veterano arquelogo subaqutico portugus, chefe da Diviso de Arqueologia Nutica e Subaqutica do Instituto de Gesto do Patrimnio Arquitetnico e Arqueolgico do Ministrio da Cultura e consultor da edio portuguesa da National Geographic. Sabemos to pouco sobre estes navios antigos. Esta apenas a segunda nau escavada por arquelogos. Todas as outras foram pilhadas por caadores de tesouros.Neste caso, os caadores de tesouros nunca sero um problema no aqui, no corao de uma das minas de diamantes mais bem guardadas do mundo, numa costa cujo prprio nome, Sperrgebiet, significa zona proibida em alemo. Os funcionrios do consrcio suspenderam as operaes em redor do local do naufrgio, contrataram uma equipa de arquelogos e, durante algumas semanas de esplndida distrao, escavaram histria em vez de diamantes.Roff Smith, in National Geographic, outubro de 20091. excelentes: moeda espanhola do sculo XVI.

15

20

25

30

35

40

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.1. Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto. Escreve as letras e os nmeros correspondentes. Utiliza cada letra e cada nmero apenas uma vez.

Coluna AColuna B

(a) portugueses (linha 24)(b) Sperrgebiet (linha 10)(c) lingotes (linha 20)(d) Anton Fugger (linha 17)(e) Francisco Alves (linha 31)(1) Zona da costa da Nambia. (2) Moeda utilizada na extremidade austral de frica. (3) Homem europeu rico que viveu no Renascimento. (4) Arquelogo subaqutico portugus. (5) Moedas com as armas de D. Joo III.(6) Navegador que comandou uma das armadas das ndias. (7) Utilizados em trocas comerciais para adquirir especiarias.(8) Mina de diamantes, conhecida por ser de difcil acesso.

2. Escolhe, em cada item (8.1. a 8.5.), a opo que est de acordo com o sentido do texto. 2.1. O navio descoberto na Nambia(A) regressava de uma viagem ndia, carregado de especiarias.(B) carregava cem milhes de quilates em diamantes.(C) levava moedas e outros valores para efetuar trocas comerciais.(D) pertencia a Anton Fugger, um rico mercador.

2.2. A palavra excelentes (linha 23)(A) classifica o desempenho de Fernando e Isabel, reis espanhis. (B) refere-se a moedas espanholas.(C) avalia a qualidade das moedas espanholas.(D) qualifica o grau de preservao do tesouro. 2.3. O arquelogo considera esta uma oportunidade nica (linha 31)(A) devido ao grau de conservao da nau e do seu contedo.(B) porque, at hoje, s foram encontradas duas naus.(C) visto que nunca estivera na Nambia.(D) por causa do valor econmico do tesouro.2.4. A expresso escavaram histria em vez de diamantes (linhas 41-42) significa que (A) o consrcio pondera dedicar-se arqueologia subaqutica, abandonando a prospeo de diamantes. (B) os arquelogos resolveram escavar toda a rea da mina, em busca de outros vestgios de naus.(C) os funcionrios do consrcio dedicaram-se, temporariamente, descoberta de artefactos histricos.(D) a descoberta de factos histricos, do nosso passado, mais importante do que o lucro econmico.2.5. A expresso de longe (linha 26) pode ser substituda, sem alterao de sentido, por(A) longinquamente.(B) mais do que quaisquer outros.(C) de pocas afastadas.(D) vistos distncia.

PARTE B Educao Literria

L as estncias 120 a 125 de Os Lusadas, de Lus de Cames, e o vocabulrio e notas apresentados.

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.3. Localiza estas estncias na obra e indica o nome deste episdio. 4. Atenta nas estncias 120 e 121.4.1. Transcreve o verso em que o narrador recorre perfrase para se referir a D. Pedro e explica o seu valor expressivo.

4.2. Demonstra que Ins de Castro se sente tranquila, em Coimbra.4.3. Aponta dois indcios de tragdia iminente.5. Tirar Ins ao mundo determina. (estncia 123)5.1. Esclarece o sentido do verso transcrito, identificando o recurso expressivo usado.5.2. Indica as razes que, segundo o narrador, motivaram a deciso do rei.6. Esclarece o propsito do poeta com a interrogao no final da estncia 123.7. Descreve a imagem de Ins apresentada nas estncias 124 e 125.Grupo II - Gramtica

1. Completa cada uma das frases seguintes, usando, nos tempos indicados, a forma correta do verbo apresentado entre parnteses.a. Pretrito imperfeito do conjuntivoAinda que Ins de Castro ___________ (trazer) os seus mininos, o av cruel manteve a sua deciso.b. Pretrito perfeito simples do indicativoNingum ___________ (intervir) a seu favor.2. Observa as palavras sublinhadas:O tormento de Ins nunca a fez duvidar daquele amor.a. Indica uma palavra derivada por sufixao da famlia de amor.b. Forma uma palavra derivada por parassntese da palavra tormento.c. Indica um nome da famlia do verbo duvidar, formado por derivao no afixal.3. Indica a funo sinttica dos elementos sublinhados nas frases seguintes:a. Ins de Castro era jovem.b. Perante aquele msero acontecimento, ficaram todos tristes.c. Ins de Castro, que era uma delicada dama, no ofereceu resistncia.4. Classifica as oraes sublinhadas em cada uma das seguintes frases complexas:a. Caso o povo e o destino o permitissem, o rei tinha perdoado Ins de Castro.b. Ainda que fosse inocente, Ins de Castro foi condenada morte.c. D. Pedro sentiu-se to revoltado, que castigou sem piedade os envolvidos na morte da sua amada. 5. Reescreve as frases, substituindo os elementos sublinhados pelos pronomes pessoais adequados. Faz apenas as alteraes necessrias.a. Embora a linguagem dOs Lusadas no seja fcil, lemos esta obra com prazer. b. O Pedro traz um vdeo sobre Cames para mostrar turma.

Grupo III Produo Escrita

L as estrofes 92 e 93 do Canto IV de Os Lusadas, a seguir transcritas, e responde, de forma completa e bem estruturada. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

6