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COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.4198 84.261-400 – Telêmaco Borba - Paraná NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 1 Teses e dissertações são trabalhos de pesquisa defendidos em público. A tese importa em contribuição inédita para o conhecimento e visa a obtenção do grau acadêmico de doutor e dos títulos universitários de livre- docente e professor-titular. A dissertação se destina a obtenção do grau acadêmico de mestre e deve revelar capacidade de sistematização e domínio do tema escolhido. Trabalhos acadêmicos são exposições por escrito sobre temas atribuídos em disciplinas de cursos de graduação ou pós- graduação nos diversos níveis. Outros termos para designar trabalhos escritos são monografia e memória. Monografia é uma exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente. Memória é a monografia publicamente comunicada em congressos, encontros, simpósios, academias, sociedades 1 HEEMANN, Ademar; VIEIRA, Leociléia Aparecida. A roupagem do texto científico. Curitiba, IBPEX, 2000. NBR14724/2002: Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos NBR10520/2002: Informação e documentação – Citações em documentos NBR6023/2002: Informação e documentação – Referências NBR6027/1989: Sumário científicas, seguindo normas estipuladas por essa entidade. 1. ESTRUTURA DO TRABALHO - Elementos pré-textuais·· - Capa - Sumário* - Elementos Textuais - Introdução - Desenvolvimento - Conclusão - Elementos pós-textuais· · - Anexo* ·· - Glossário* - Referência bibliográfica - Contra-capa *opcionais, usa-se em trabalhos extensos. 1.1 Elementos pré-textuais: 1.1.1 Modelo de Capa (próxima página) 1.1.2 Sumário : é a relação dos capítulos e seções do trabalho, na ordem em que aparecem. Desnecessário em trabalhos pouco extensos ou pouco divididos. Apresenta o número da página inicial do capítulo ou item do trabalho, ligado ao título por linha pontilhada. Prescrições: a) Localizado após a capa; b) transcrito em folha distinta, com o título centrado; c) apresentam para cada CEWK – www.cewk.escolabr.com [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected] 1

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COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABINENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.419884.261-400 – Telêmaco Borba - Paraná

NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE

TRABALHOS1

Teses e dissertações são trabalhos de pesquisa defendidos em público. A tese importa em contribuição inédita para o conhecimento e visa a obtenção do grau acadêmico de doutor e dos títulos universitários de livre-docente e professor-titular. A dissertação se destina a obtenção do grau acadêmico de mestre e deve revelar capacidade de sistematização e domínio do tema escolhido.

Trabalhos acadêmicos são exposições por escrito sobre temas atribuídos em disciplinas de cursos de graduação ou pós-graduação nos diversos níveis.

Outros termos para designar trabalhos escritos são monografia e memória. Monografia é uma exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente. Memória é a monografia publicamente comunicada em congressos, encontros, simpósios, academias, sociedades científicas, seguindo normas estipuladas por essa entidade.

1. ESTRUTURA DO TRABALHO

- Elementos pré-textuais··- Capa- Sumário*

- Elementos Textuais- Introdução- Desenvolvimento- Conclusão

- Elementos pós-textuais· ·- Anexo* ··- Glossário*- Referência bibliográfica- Contra-capa

*opcionais, usa-se em trabalhos

extensos.

1.1 Elementos pré-textuais:

1.1.1 Modelo de Capa (próxima página)

1.1.2 Sumário : é a relação dos capítulos e seções do trabalho, na ordem em que aparecem. Desnecessário em trabalhos pouco extensos ou pouco divididos. Apresenta o número da página inicial do capítulo ou item do trabalho, ligado ao título por linha pontilhada.Prescrições:a) Localizado após a capa;b) transcrito em folha distinta, com

o título centrado;c) apresentam para cada capítulo

ou títulos e subtítulos, os seguintes dados: o indicativo (número), quando houver; o título do capítulo ou seção, com o mesmo fraseado e tipo utilizado no texto; o número da página inicial do capítulo ou seção, ligado ao título por linha pontilhada;

d) indica a subordinação das seções;

e) traz os elementos pré e pós-textuais, sem numeração, na mesma margem das seções primárias

Digitação no Word:Selecione o espaço para os títulos principais, vá na barra de menu formatar, tabulação, marca de tabulação (14,5 cm), alinhamento esquerdo, preenchimento (2.....), definir, ok.Digite o texto e pressione a tecla tab para ir no final da linha, digite o

1 HEEMANN, Ademar; VIEIRA, Leociléia Aparecida. A roupagem do texto científico. Curitiba, IBPEX, 2000.NBR14724/2002: Informação e documentação – Trabalhos AcadêmicosNBR10520/2002: Informação e documentação – Citações em documentosNBR6023/2002: Informação e documentação – ReferênciasNBR6027/1989: SumárioCEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

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número da página do título.Exemplo de capa:

COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES – INTEGRADO – 1º A

BENTO MOSSURUNGA – Nº 16

CURRÍCULO ESCOLAR

Trabalho apresentado à Disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico, ministrada pela Prof. Rosângela Menta Mello

TELÊMACO BORBA 20/02/2007

1.2 Texto:

É a parte do trabalho em que o assunto é apresentado e desenvolvido. Pode ser dividido em capítulos e seções. Apresenta a seguinte estrutura, mas pode ser iniciado em folhas distintas, dependendo do tamanho da pesquisa:

a) Introdução : é à parte do trabalho onde o assunto é apresentado como um todo, sem detalhes. Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor. A introdução deve:- estabelecer o assunto,

definindo-o claramente, não deixando dúvidas quanto ao campo que abrange;

- indicar a finalidade e os objetivos do trabalho, esclarecendo sob que ponto de vista é tratado o assunto;

- referir-se aos tópicos principais do texto dando o roteiro ou a ordem de exposição;

b)Desenvolvimento: também chamado

corpo do trabalho, é a parte mais extensa e visa a comunicar os resultados da pesquisa. Análise de dados, interpretações e discussões teóricas, sínteses de livros, revistas, artigos eletrônicos, podendo ser acompanhado de tabelas, gráficos, figuras, com valores estatísticos para maior clareza, dando subsídios para a conclusão.

c)Conclusão: trata-se da recapitulação sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o alcance e as conseqüências de suas conclusões, bem como seu possível mérito, pontos positivos e negativos. Deve ter em torno de dez linhas e basear-se em dados comprovados.

1.3 Elementos pós-textuais:

1.3.1 Anexo (ou apêndice) é a matéria suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a um trabalho como esclarecimento ou documentação, sem dele constituir parte essencial.

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1ª linha Cabeçalho:

Escola, CursoAluno

Título do trabalho:

centralizado no meio da folha

Nota: com o nome da

disciplina, e Professor

Local e data no final da página,

centralizado

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1.3.2 Glossário : é a relação de palavras de uso restrito, acompanhadas das respectivas definições, que figura após o texto, com o objetivo de esclarecer o leitor sobre o significado dos termos empregados no trabalho. É apresentado em ordem alfabética.

1.3.3 Referências bibliográficas : são as relações das fontes de pesquisa utilizadas pelo autor. Não confundir com bibliografia, que é uma relação alfabética, cronológica ou sistemática de documentos sobre determinado assunto ou de determinado autor. Todas as obras citadas no texto devem obrigatoriamente constar nas referências bibliográficas. Digita-se as referências com alinhamento justificado, sem parágrafos, em espaço simples entre linhas e um espaço entre uma referência e outra (ver página 04).

2. APRESENTAÇÃO GRÁFICA

2.1 Negrito para títulos e subtítulos, grifo para itens, itálico é empregado para palavras e frases em língua estrangeira, nomes científicos e citações.

2.2 Aspas: são empregadas no início e no final de uma citação curta, isto é, que não exceda cinco linhas, e para destacar palavras ou idéias.

2.3 Formato: deve ser utilizado o papel formato A4 (210 x 297mm), branco, sem ornamentos e molduras. Para ilustrações desdobráveis, usar o formato A3 (420 x 297mm). Os trabalhos impressos em formulários contínuos de computador devem ser digitados em formato carta, com no mínimo 210 x 280mm (8 x 11pol). Se manuscrito deve ser feito em folha de papel almaço pautado.

2.4 Datilografia ou digitação:

2.4.1 Margens : superior – 3 cm; inferior – 2 cm; esquerda – 3 cm; direita – 2 cm.

O texto deve vir com margem justificada de parágrafo. Se manuscrito, respeitar as margens do papel almaço pautado. No Word: na barra de menu arquivo – configurar página, preencher o ficha margem e tamanho do papel. Para citações longa 4cm a partir da margem esquerda. No Word: na barra de menu formatar – parágrafo - recuo

2.4.2 Letras : cor preta, tamanho 12 para o texto. Tamanho 10 para citação longa, notas de rodapé, número de página, notas de referência, fontes de tabelas, ilustrações e poemas. Com formato normal, sem serifas. No Word:barra de menu: formatar - fonte.

2.4.3 Espaço entre linhas : 1 1/2 ou duplo para o texto; simples para citações longas, referências bibliográficas e capa.

2.4.4 Parágrafo : 1,25 cm para o texto e 4 cm para citação longa. No Word: formatar – parágrafo.

2.4.5 Títulos :a) centrar os títulos não

introduzidos pela numeração progressiva;

b) deixar dois espaços duplos entre títulos de capítulo ou de seção primária e o início do texto;

c) deixar um espaço duplo entre o título e o texto das seções secundárias, terciárias, etc.

2.4.6 Numeração : são divisões enumerativas, podendo-se usar a numeração progressiva [1. 1.1. 1.1.2 ], alíneas: a) b) c) e incisos [-].

2.4.7 Citações: de até cinco linhas devem vir destacadas em itálico ou entre aspas, no corpo do texto, com mais de cinco linhas devem vir a 4 cm a partir da margem esquerda, separadas do corpo do texto por um espaço, incluindo o sobrenome do autor, ano de publicação e página (VASCO, 2000, p. 29)

2.5 Paginação: as páginas do texto são numeradas com algarismos arábicos, colocados no canto superior externo da página, um espaço duplo acima da primeira linha do texto, ou seja, cabeçalho de 1,6 cm (Word). Não são

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contados na numeração: capa e o verso das páginas datilografadas ou

digitadas.

TIPOS DE TRABALHOS2

Documento Caracterização

Artigo Texto com autoria declarada que representa e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento, destinados à divulgação, através de periódicos.

Artigo científico

Trata de determinado assunto resultante de pesquisa científica, destinada à divulgação através de uma publicação científica, sujeita à sua aceitação por julgamento (referee).

Crítica Documento no qual é apreciado o mérito de uma obra literária, artística, científica etc.

Dissertação Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico recapitulativo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a orientação de um pesquisador, visando à obtenção do título de Mestre.

Ensaio Documento relatando estudo sobre determinado assunto, porém menos aprofundado e/ou menor que um tratado formal e acabado, expondo idéias e opiniões sem base em pesquisa empírica.

Livros e Folhetos

Livros e folhetos são publicações avulsas, formadas por um conjunto seqüenciado de folhas impressas e revestidas por capas. O Folheto distingue-se do livro pelo número de páginas, deve ter, no mínimo 5 e, no máximo, 48 páginas.

Monografia Documento que descreve um estudo minucioso sobre tema relativamente restrito. Freqüentemente solicitado como "trabalho de formatura" ou "trabalho de conclusão" em cursos de graduação ou de pós-graduação "latu-senso".

Paper Pequeno artigo científico, texto elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa para comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitas à sua aceitação por julgamento (referee).

Projeto de pesquisa

Documento que descreve os planos, fases e procedimentos de um processo de investigação científica a ser realizado.

Publicações Periódicas

Publicações periódicas são editadas em intervalos prefixados, por tempo indeterminado, com a colaboração de diversos autores, sob a responsabilidade de um editor e/ou comissão editorial. Inclui assuntos diversos, segundo um plano definido.

Relatório técnico- científico

Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento, ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica.

Resenha É uma comunicação de pequeno porte relatando o resultado da avaliação sobre uma nova publicação (livro ou revista).

Sinopse Apresentação concisa de um artigo, obra ou documento.

Tese Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou teórico de tema específico e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. Visa à obtenção do título de Doutor (sob orientação de um pesquisador) ou de Livre-

2 DESENVOLVIMENTO de documentos acadêmicos – conteúdo e forma. disponível em www.planeta.terra.com.br/educação/monografiatcc. Acessado em 08/03/2001. CEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

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Docente.

Trabalho didático

Pequenos textos exigidos nos cursos de graduação, sobre estudos realizados pelos alunos, com o objetivo de induzir e fixar o aprendizado.

LIVROS E FOLHETOS3

Livro é uma publicação não-periódica, de conteúdo científico, literário ou artístico, formadas por um conjunto de folhas impressas, grampeadas, costuradas ou coladas em capa.

Folheto é uma publicação não-periódica, contendo no mínimo cinco e não ultrapassando quarenta e oito páginas, revestida de capa.

ESTRUTURA

Um livro e um folheto são formados por elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, ordenados de acordo com a Norma Brasileira Registrada (NBR) 6029 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ELEMENTOS EXTERNOS

1 Sobrecapa: cobertura de papel que envolve e protege a capa.

2 Capa: cobertura externa de papel, cartolina, couro ou outro material abrangendo os cadernos que constituem a obra. Deve conter o nome do autor e o título da obra.2.1 Lombada (ou dorso): é à parte por

onde o livro é costurado.2.2 Orelha (ou aba, ou ainda asa): é à

parte da sobrecapa ou capa que se dobra para dentro. Pode conter dados biobibliográficos do autor e críticas sobre a obra.

3 Folha de guarda: é a folha não-impressa que une a capa ao volume.

4 Marcador: é a fita ou linha ligada à cabeça da lombada, usada para assinalar as páginas de leitura.

ELEMENTOS INTERNOS

5 Indicador (ou dedeira) é a projeção cartonada ou cavidade onde aparecem letras, algarismos ou outro elemento de destaque, que serve de índice em publicações extensas como dicionários,

bíblias, indicadores e outros.6 Falsa folha de rosto: é a que precede a

folha de rosto, devendo conter apenas o título da obra.

7 Verso da falsa folha de rosto: deve apresentar os seguintes elementos: Se houver série: título da série, nome do

diretor, título e número do volume. Lista de autoridades, no caso de

publicações oficiais. Plano da obra, quando em mais de um

volume. Ficha catalográfica.

8 Errata: é uma lista de erros tipográficos ou de outra natureza, com as devidas correções e indicação das páginas e linhas em que aparecem. É impressa geralmente em papel avulso ou encartado, que se anexa à obra depois de impressa.

9 Folha de rosto (ou página de rosto) é a que contém os elementos essenciais à identificação da obra, que são os seguintes: Nome do autor, autores individuais ou

entidades coletivas. Título. Subtítulo, se houver. Título alternativo ou equivalente, se houver. Nome das pessoas que contribuíram

significativamente na elaboração da obra (editor, compilador, ilustrador e outros.)

Número do volume em algarismos arábicos, quando houver mais de um.

Título específico do volume, quando houver mais de um.

Número da edição, quando não for a primeira.

Local (cidade) em que foi editada a obra. Ano de publicação em algarismos arábicos.Para obras divididas em volume ou partes, cada um deve apresentar sua própria folha de rosto.

10. Verso da folha de rosto: deve conter os seguintes elementos quando existentes na obra: Direitos autorais. Título da obra da língua original, quando

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Normas para apresentação de trabalhos. 4. ed. Curitiba: Ed. da UFPR, 1994. v. 1: il. 25 p.CEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

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tradução. Relação das diversas edições e

reimpressões, com os respectivos editores e datas.

Autor da capa. Nome das pessoas que contribuíram na

elaboração da obra e que não foram incluídas na folha de rosto (adaptador, introdutor, revisor e outros).

Nome e endereço da editora. Nome e endereço da distribuidora,

quando diferente da editora. Nome e endereço da gráfica onde foi

impresso o livro. Depósito legal na Biblioteca Nacional,

conforme Decreto nº 1825 de 20 de dezembro de 1907.

11. Epígrafe e/ou dedicatória: é a inscrição colocada no início de um livro, podendo figurar também no início de suas partes principais.

12. Agradecimentos: aparecem na folha seguinte à da epígrafe e/ou dedicatória.

13. Prefácio: é constituído de palavras de esclarecimento, justificativa ou apresentação, redigido pelo autor, editor ou outra pessoa de reconhecida competência ou autoridade.

14. Sumário: denominado Contents em inglês, Contenido em espanhol, é a relação dos capítulos do trabalho, na ordem em que aparecem. Desnecessário em obras pouco extensas ou pouco divididas.

15. Lista de tabelas, ilustrações, abreviaturas, siglas e símbolos. Lista de tabelas e ilustrações são as

relações das tabelas e ilustrações na ordem em que aparecem no texto.

Lista de abreviaturas, siglas e símbolos são a relação alfabética das abreviaturas, siglas e símbolos empregados na obra, seguidos de significados correspondentes.

16 Resumo: é a apresentação concisa do texto, destacando os aspectos de maior interesse e importância. É recomendado apenas para obras técnicas e científicas e está localizado imediatamente antes do texto, devendo conter até 250 palavras.

17 Texto: é à parte em que se desenvolve a matéria do livro. O texto pode ser dividido em capítulos e seções ou somente em capítulos, sendo geralmente composto de introdução, desenvolvimento e conclusão.

Citações: (ver citações e notas de rodapé)

Tabelas e ilustrações: deve ser inseridas no texto, o mais perto possível do trecho que ilustram.

Notas: as observações ou aditamentos a detalhes do texto, devem aparecer em rodapé.

18 Anexo (ou apêndice) é a matéria suplementar, tal como leis, questionários, estatísticas, que se acrescenta a uma obra como esclarecimento ou documentação, sem dela constituir parte essencial. Os anexos são numerados com algarismos arábicos, seguidos do título.

19 Glossário: relação de palavras de uso restrito, acompanhadas das respectivas definições, que figura após o texto, apresentada em ordem alfabética.

20 Referências bibliográficas: é a relação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor.

21 Obras consultadas e leitura recomendada: é a relação complementar às referências bibliográficas, que inclui outros documentos que contribuem para o assunto abordado na obra.

22 Bibliografia: é a relação alfabética, cronológica ou sistemática (por assunto) de determinado autor ou de documentos sobre determinado assunto.

23 Índice: é a enumeração dos tópicos mais relevantes contidos em um texto, em ordem alfabética, cronológica ou sistemática, indicando com precisão sua localização.

24 Outros títulos na série: se o livro faz parte de uma série, a relação dos demais títulos da mesma série aparece após o índice.

25 Nota biográfica: é qualquer informação relativa à vida do autor. É colocada na última capa, ou na orelha da obra.

26 Suplemento (ou adendo) é o capítulo ou volume que se acrescenta a um livro para amplia-lo com material chegado ao conhecimento do autor após a impressão do texto. Tem paginação própria.

27 Colofão: é a indicação do nome do impressor, endereço, local e data, localizada na última folha.

28 Encarte: é a folha ou caderno, geralmente em papel diferente, contendo ou não ilustrações, intercalado na obra e com paginação própria.

RECADINHOS:

CEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

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CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ4

1 Citações:

Citação é a menção5 no texto, de informação colhida de outra fonte, para esclarecimento do assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma.

Devem ser evitadas citações referentes a assuntos já amplamente divulgados, rotineiros ou de domínio público, bem como aqueles que provenientes de publicações de natureza didática, que reproduzem de forma resumida os trabalhos originais, tais como apostilas e anotações de aula.

As citações podem ser diretas ou indiretas, sejam obtidas de documentos ou de canais informais. As fontes de que foram tiradas as citações são indicadas pelo sistema alfabético ou pelo sistema numérico.

1.1 Citação direta:

A citação direta é a transcrição literal de um texto ou parte dele, conservando-se a grafia, pontuação, uso de maiúsculas e idioma. É usada somente quando um pensamento significativo for particularmente bem expresso, ou quando for absolutamente necessário e essencial transcrever as palavras de um autor.

A citação direta obedece, em linhas gerais, às seguintes normas:

1.1.1 Citação curta (até cinco linhas) :A citação de até cinco linhas deve ser inserida no

parágrafo, entre aspas ou em itálico. Se o texto original já contiver aspas, estas serão substituídos pelo apóstrofo ou aspas simples.Ex.:

"A expressão 'furiosa' dessa estátua de que fala Rabelais, corresponde também à realidade.” (BAKHTIN, 1987, p. 388).

1.1.2 Citação longa (com mais de cinco linhas) :A citação com mais de cinco linhas deve aparecer em parágrafo distinto6, a 4 cm da

margem do texto (margem de parágrafo), terminando na margem direita. Deve ser apresentada sem aspas, deixando-se espaço simples entre as linhas e um espaço duplo entre a citação e os parágrafos anterior e posterior. Quando possível, utilizar tipos menores.Ex.:

A relação entre experiência e teoria, nas ciências exatas, corresponde, no campo da história, às relações entre documento e teoria. Ou seja, a ausência de um quadro teórico torna tanto a experiência científica quanto o documento, aglomerados cegos. Por isso encontramos em um trabalho de história, no caso de história das idéias filosóficas, uma conclusão congruente com as de Einstein. (LIMA, 1986, p. 198).

1.1.3 Citação de poemas e de textos teatrais :A citação de poemas e de textos teatrais deve aparecer em parágrafo distinto, com

4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Normas para apresentação de trabalho. Curitiba: UFPR: 1994. v. 3, 6 e 8.5 Cópia.6 SeparadoCEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

7

Cômicos. Disponível em http://www.geocities.com/joaomat/images/realidadevirtual.jpg acessado em 24/02/2007 as 9h

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espaço simples entre as linhas, sem aspas, a sete espaços da margem esquerda do texto, mesmo sendo de apenas uma linha. Usar tipos menores, sempre que possível. Na citação de um poema inteiro, observa-se espaço simples entre os versos e espaço duplo entre as estrofes. Quando um verso ultrapassar uma linha, continuar a sete espaços da margem da primeira linha.

Ex:Por curiosidade, em 1996, o Harmonia Clube, como é de praxe, realizou o Baile do

Hawai, com show do cantor Raimundo Fagner. Nessa ocasião, Fagner lembrou Goma Arábica e reportou a ele grande parte da sua sorte profissional, pois durante anos a música “Poeira” foi uma das mais pedidas, e é claro, mais cantadas.

Um carro de boi lá vaiGemendo lá no estradãoDuas grandes rodas fazendoProfundas marcas no chãoVai levantando poeiraPoeira vermelha... poeiraPoeira do meu sertão...............................................Poeira entra nos meus olhosNão fico zangado não...(ARÁBICA apud CORAIOLA, 2003, p. 192-193)

Exemplo de poema com versos longos:

...O tronco, trance nele um tronco de madeira,pedra-ferro, talco, pedra-sabão, tanto faz(ou ainda, desenhe a lápis)que importante mesmo será o peito.Ponha ali, ponha com cuidado, coração e pulmão, estes podem ser gente,

gente humana, melhor contudo, se de lua, de neblina, de algodão. Que mistério há, lhe pergunto,em urgir um poeta?

Braços e mãos, trame-os com trapos...(CHERES apud NOVELO, 1995)7

1.1.4 Omissões em citação:

As omissões são permitidas em citações quando não alteram o sentido do texto ou frase. São indicadas pelo uso de reticências, entre colchetes .... Em poema ou texto teatral, quando uma linha ou mais for omitida, a omissão é indicada por uma linha pontilhada.

1.1.5 Acréscimos e explicações em citação: São apresentadas entre colchetes o que....

1.1.6 Incorreções e incoerências em citação: São indicadas pela expressão sic entre colchetes após sua ocorrência.

1.1.7 Ênfase ou destaque em citação:Para indicar espanto, admiração ou perplexidade em citação, usa-se o ponto de

exclamação entre colchetes !, imediatamente após o que se deseja enfatizar. Para destacar palavra(s) ou frase(s) em citação, usa-se o grifo seguido da expressão sem grifo no original entre colchetes.

1.1.8 Dúvida em citação:

7 O livro de poesia não é paginado, portanto não se coloca o número da página.CEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

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Carro de boi. Disponível em http://www.pousadapeter.com.br/2201.jpg acessado em 24/02/2007 as 9h20min

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Para indicar dúvida em citação, usa-se o ponto de interrogação entre colchetes ? logo após a(s) palavra(s) ou frase(s) que gerou(aram) a dúvida.

1.1.9 Citação em rodapé:A citação incluída em nota de rodapé deve vir sempre entre aspas, independente de

sua extensão.Ex: ver citação retirada de um site no rodapé8

1.2 Citação indireta:

A citação indireta é redigida pelo autor do trabalho com base em idéias de outro autor ou autores. Deve-se sempre indicar a fonte de onde foi tirada a idéia. As citações indiretas podem aparecer sob a forma de paráfrases ou condensação.

1.2.1 Paráfrase:É a expressão da idéia de outro, com palavras próprias do autor do trabalho, mantendo-

se a citação aproximadamente o mesmo tamanho do original. A paráfrase, quando fiel à fonte, é geralmente preferível à uma citação direta.Ex:

A lei não pode ser vista como algo passivo e reflexivo, mas como uma força ativa e parcialmente autônoma, a qual mediatiza as várias classes e compele os dominantes a se inclinarem às demandas dos dominados (GENOVESE, 1 974, p. 26).

1.2.2 CondensaçãoÉ a síntese dos dados retirados da fonte consultada, sem alterar fundamentalmente a

idéia do autor.Ex:

Em Whigs and Hunters, E. P. THOMPSON (1977) analisa a sociedade inglesa dos séculos XVIII e XIX, tenta recuperar o espaço da luta de classes, a estrutura do domínio, o ritual da pena capital e dedica especial atenção à hegemonia que a lei estabelece nesse campo.

1 .3 Outras formas de citação

1.3.1 Citação de citação:É a menção a um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual se tomou

conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Só deve ser usada na total impossibilidade de acesso ao documento original. A indicação é feita pelo nome do autor original, seguido da expressão citado por ou apud e do nome do autor da obra consultada. Somente o autor da obra consultada e mencionado nas referências bibliográficas.

1 .4 Indicação das fontes citadas:

A indicação das fontes citadas pode ser feita por sistema alfabético ou por sistema numérico. Neste último caso, segue as regras de referenciação bibliográfica. O sistema

8 “Aristóteles, um dos grandes sábios da Antigüidade, disse, com muita propriedade: qualquer um pode ficar zangado – isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na intensidade correta, no momento adequado, pelos motivos justos e da maneira mais apropriada – isto não é fácil.Salvo as raras e felizes exceções, não costumamos controlar, racionalmente, os impulsos negativos [!] que brotam da nossa intimidade nos momentos de ira, [...] quando nos sentimos acuados, perdermos totalmente o controle das emoções e investirmos contra a primeira pessoa que tenha a infelicidade de cruzar o nosso caminho naquele momento. [acabamos ferindo pessoas queridas]. Não passa pela nossa mente, turbada pela ira, que aquela pessoa não é responsável pela nossa desdita, e a agredimos com palavras ácidas.” (MOMENTO ESPÍRITA, 2004.)

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escolhido deve ser usado sistematicamente até o final.1.4.1 Regras gerais:

Na indicação das fontes citadas, deve-se observar o seguinte: a) o sobrenome do autor citado é transcrito em letras maiúsculas, no texto, precedido

de suas iniciais ou Prenome; b) havendo até três autores, todos têm seu nome grafado em maiúsculo.c) título muito longos podem ser citados pelas primeiras palavras seguidas de

reticências, desde que à primeira menção tenham sido citados completos;

1.4.2 Sistema alfabético:No sistema alfabético, o sobrenome do autor é mencionado em letras maiúsculas,

seguido da data de publicação da obra citada e da página, ou seção, de onde foi retirada a citação, não podem ser usadas notas de referência em rodapé. A referência bibliográfica completa deve figurar em lista, no final do trabalho. Quando a menção ao nome do autor está incluída no texto, a data de publicação e a paginação são transcritas entre parênteses, sendo a paginação ou seção precedida pela abreviatura correspondente.Ex: (ALVES, 1979, p. 27)

1.4.3 Sistema numérico:A fonte é indicada em nota de rodapé. A utilização de notas de rodapé não dispensa a

apresentação de lista de referências bibliográficas ao final do trabalho.As citações são numeradas no texto, em ordem crescente e consecutivamente em um

mesmo capítulo ou artigo; os números no rodapé, correspondem no texto entre parênteses, entre colchetes ou com número alto, imediatamente após a citação.

2 Notas de rodapé

Notas de rodapé são as que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas. Servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto para não sobrecarregá-lo.

Podem ser:a) notas de conteúdo, que evitam explicações longas dentro do texto, prejudiciais à

linha de argumentação podendo incluir uma ou mais referências;b) notas de referência, que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes

da obra onde o assunto foi abordado.As notas de rodapé são usadas para: esclarecimentos, citação de autoridade,

referências cruzadas.

Lembretes

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS9

É um conjunto de elementos que permite a identificação de documentos impressos ou registrados em qualquer suporte físico, tais como: livros, periódicos e materiais audiovisual. Descreveremos apenas os elementos essenciais, a NBR 6023 não fixa pontuação, mas determina consistência no seu uso.

1 APRESENTAÇÃO:

As referências bibliográficas podem aparecer:- em nota de rodapé;- em lista bibliográfica;- encabeçando resumos ou recensões10

Na referência bibliográfica, a segunda linha e subseqüentes iniciam sob a primeira letra da primeira linha. Os vários elementos da referência são separados por ponto, seguido de dois espaços.

A lista bibliográfica apresentada ao final do texto pode ser alfabética, sistemática (assunto) ou cronológica, com as referências numeradas consecutivamente em algarismos arábicos.

Esta lista bibliográfica não se repete a mesma entrada (autor ou título), que é substituído por um travessão equivalente a seis traços de sublinhado. O título de várias edições de uma mesma obra, referenciadas sucessivamente, é substituído a partir da segunda referência, por um segundo travessão, também equivalente a cinco espaços, mantendo-se as pontuações adequadas.

Os títulos de livros, artigos e similares dentro de um texto são transcritos segundo as regras ortográficas comuns da língua. Os autores citados no texto têm seus sobrenomes escritos em maiúsculas.

Entradas:

a) Obra escrita por um autor: SOBRENOME, Nome

Ex: Escreva o seu:

9 HEEMANN, Ademar; VIEIRA, Leociléa Aparecida. A roupagem do texto científico. Curitiba: IBPEX, 2000.10 apreciação breve de um livro ou um escritoCEWK – www.cewk.escolabr.com – [email protected] Organizado pela Prof. Rosângela Menta Mello - [email protected]

11

Livros. Disponível em www.libreriaespanola.com.br acessado em 24/02/2007 as 9h15min

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b) Obra escrita por dois autores: SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome

Ex: Escreva o seu e de seu colega:

c) Obra escrita por três autores ou mais: SOBRENOME, Nome et al.

Ex: Escreva o seu e de seus colegas:

d) Obra de autoria desconhecida: a entrada é feita pelo título, transcrevendo-se a primeira palavra em caixa alta.

Exemplifique:

e) Obra de entidades coletivas: normalmente é feita pelo título, exceto de anais de congressos e trabalhos de cunho administrativo e legal, cuja a entrada é pela entidade ou nome do congresso.

Ex: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ....

BRASIL. Ministério da Justiça...

Outros exemplos de referencias de autores:

Autor individual Rosângela Menta MelloMELLO, Rosângela Menta

Sobrenomes em Espanhol: por tradição cultural os espanhóis indicam primeiro o sobrenome paterno e depois o sobrenome materno.

Ramon Menendez PidalMENENDEZ PIDAL, Ramon

Sobrenomes com complemento Paulo Silva NetoSILVA NETO, Paulo

Sobrenomes compostos Virgílio Espírito SantoESPÍRITO SANTO, VirgílioIrwing São PauloSÃO PAULO, Irwing

Sobrenomes unidos por hífem Joaquim Gama-RodriguesGAMA-RODRIGUES, Joaquim

Sobrenomes estrangeiros com prefixo Yara Fleury Van Der MolenVAN DER MOLEN, Yara FleuryYves de La toilleLA TOILLE, Yves de.

2 ORDEM DOS ELEMENTOS

2.1 Monografias ou livros considerados no todo

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12

http://cienciahoje.uol.com.br/materia/resources/images/che/drumond2.jpg acessado em 24/02/2007 as 9h20min

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SOBRENOME DO AUTOR, Prenome ou iniciais. Título do livro. Edição. Local: Editora, ano. número de páginas.

2.1.1 Teses, dissertações e trabalhos acadêmicos

SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título da tese. data. Número de páginas. Tese, dissertação ou trabalho acadêmico (grau e área) – Unidade de Ensino, Instituição. local e data da defesa.

2.1.2 Anais de congressos

NOME DO EVENTO (número do evento.: ano: local). Título. Local: Editora, ano.

2.2 Partes de obras (capítulos, fragmentos, volumes)

SOBRENOME DO AUTOR da parte, Prenome. Título da parte. In: SOBRENOME DO AUTOR da obra, Prenome. Título da obra. Local: Editora, ano. página inicial-final da parte.

2.3 Publicações periódicas consideradas no todo (coleção)

TÍTULO DO PERIÓDICO. Local: Editora, ano de início da publicação.

2.4 Publicações periódicas consideradas em parte (suplementos, fascículos, números especiais)

TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo, suplemento ou número especial. local: Editora, número do volume, número do fascículo, data. número total de páginas. Nota indicativa do tipo de fascículo.

2.5 Artigos de periódicos

SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenome. Título do artigo. Título do periódico, local de publicação, número do volume, número do fascículo, página inicial-final do artigo, data.

2.6 Artigo de jornal

SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, data.

2.7 Resenhas, discussões e revisões

SOBRENOME DO AUTOR da resenha, discussão ou revisão, Prenome. Título. Referenciação da publicação onde aparece a resenha, discussão ou revisão. Nota de resenha, discussão ou revisão.

2.8 Tabelas

SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título da tabela. Local: Editora, ano. Nota de tabela.

2.9 Leis, Decretos, etc.

LOCAL DE JURISDIÇÃO. Título e número da lei, data. Ementa, Referenciação da publicação. Título da publicação oficial, local, v. n. página, data, seção, parte.

2.10 Entrevistas não publicadas

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SOBRENOME DO ENTREVISTADO, Prenome. Título. Local, data.

2.11 Atas de reuniões

NOME DA ORGANIZAÇÃO, local. Título e data. Livro nº, p. inicial-final.

2.12 Gravação de vídeo e filmes cinematográficos

TÍTULO. Responsável. Local. Produtora. Distribuidora. data. Número de unidades físicas: características de som, cor, dimensões. Notas. Indicação de filme cinematográfico ou gravação de vídeo.

2.13 Transparências

AUTOR. Título. Local. Editor. Data. Número de unidades físicas: cor, dimensões. Notas.

2.14 Material cartográfico

AUTOR. Título. Edição. Local. Editor, data. Número de unidades físicas: indicação da cor, dimensões. Escala. Notas.

2.15 Textos manuscritos

AUTOR. Título. Data. Descrição física. Notas. Manuscrito.

2.16 Textos mimeografados

AUTOR. Título. Cidade: Editor, Ano. Mimeografado.

2.17 Documentos eletrônicos

2.17.1 Livros em meio eletrônico:

SOBRENOME, Nome. Título. ed. Cidade: Editor, ano. Disponível em: <nome da rede>. Acesso em: dia/mês/ano e hora:minuto.

2.17.2 Arquivos em disquete:

AUTOR DO ARQUIVO. Nome do arquivo. Extensão do arquivo. Local, data. Características físicas, tipo de suporte. Notas.

2.17.3 Programas de computador (Software)

AUTOR DO PROGRAMA. Nome do programa e versão. Local: Editor, data. Características físicas. Notas.

2.17.4 Informações obtidas via CD-ROM

AUTOR. Título. Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

Anotações:

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RELATÓRIOSRelatório é a exposição escrita na qual

se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se historia a execução de serviços ou de experiências. É geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como tabelas, gráficos, estatísticas e outros.

Os principais tipos são:

1 Relatório técnico-científico:

É o documento original pelo qual se faz a

difusão da informação corrente, sendo ainda o registro permanente das informações obtidas. É elaborado

principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos e análises.

O texto dos relatórios técnico-científicos contém as seguintes seções fundamentais:

- Introdução: é a parte em que o assunto é apresentado como um todo, sem detalhes.

- Desenvolvimento: é a parte mais extensa e visa a comunicar os resultados obtidos.

- Resultados e conclusões: consistem na recapitulação sintética dos resultados obtidos, ressaltando o alcance e as conseqüências do estudo.

- Recomendações: contém as ações a serem adotadas, as modificações a serem feitas, os acréscimos ou supressões de etapas nas atividades.

2 Relatório de viagem:

É o documento por meio do qual são fornecidos informações sobre viagem realizada, indicando data, destino, duração, participantes, objetivos e atividades desenvolvidas.

Em relatórios de viagem, a introdução deve incluir a data, o destino e o objetivo da viagem. No desenvolvimento são

relacionados os participantes, as funções ou atividades desempenhadas e os lugares visitados. Se o objetivo foi a participação em cursos, congressos, seminários e similares, o programa deve ser incluído. A conclusão consiste na avaliação crítica da viagem.

3 Relatório de estágio e de visita:

É o documento que visa a descrever o local onde foi realizado o estágio ou a visita, o período de duração, as atividades desenvolvidas pelo estagiário, ou as observações feitas pelo visitante.

O texto é composto por:- Descrição geral do local da visita ou

do estágio.- Descrição dos trabalhos executados.- Descrição dos processos técnicos ou

de outras particularidades técnicas observadas.- Conclusão que deve incluir referência

ao aproveitamento obtido com o estágio ou a visita.

4 Relatórios administrativos:

É a comunicação organizada de forma particular, que especifica instruções para otimizar o uso de materiais, máquinas, dispositivos e equipamentos. Outros exemplos de relatórios para fins especiais são: levantamento de produção, orçamento de pesquisas, registro de patentes, manuais de software.

São geralmente submetidos à apreciação de uma pessoa ou organização e devem ser acompanhados de carta de encaminhamento, que pode ser redigida nos seguintes termos: pessoais (Antônio... professor, constituído por Vossa Senhoria para julgar), funcionais (Na condição de Chefe do Departamento de... tenho a honra de apresentar...), normativos (Francisco... Diretor do Departamento... encaminha a Vossa Senhoria o ...) e vagos (Ao encerrarmos o projeto de... apraz-nos encaminhar a Vossa ...).

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O amor divino habita em seu coração. Permita que

ele se manifeste em seus

pensamentos, palavras e atos.

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CURRICULUM VITAE E MEMORIALCurriculum vitae é o conjunto de dados biográficos, de formação

profissional e de atividades anteriormente desenvolvidas, que é apresentado por um candidato a emprego, para participação em concursos ou para outra finalidade.

Memorial é o relatório circunstanciado que se apresenta à comissão de progressão funcional, o qual inclui a descrição e a avaliação crítica da formação universitária, das atividades profissionais e, em particular, das atividades docentes que possam contribuir para o julgamento global do candidato. Distingue-se do curriculum vitae, pois, além do conjunto de informações sobre as habilidades pessoais, apresenta uma apreciação das atividades e trabalhos do candidato, possibilitando inferência sobre sua atuação.

Apresenta a seguinte estrutura:

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1 Capa:

2 Sumário: é a relação das principais seções na ordem em que aparecem no documento e suas respectivas páginas. Desnecessário em currículos pouco extensos ou pouco divididos.

3. Título e data:

4 Dados pessoais:

- nome completo- sexo- filiação- data e local do nascimento- nacionalidade- estado civil e nome do

conjugue

- filhos: nome e data de nascimento

- carteira de identidade: número e local de expedição

- certificado de reservista: número, série, categoria e região

- cadastro de pessoas físicas- carteira de trabalho:

número e série- registro profissional:

número, conselho e região- título de eleitor: número,

zona, seção e local- endereço profissional- endereço particular

5 Histórico Escolar: deve conter o período abrangido, curso, unidade de ensino, instituição e local. Pode ser utilizada a seguinte subdivisão:

- formação no Ensino Médio- formação no Ensino Pós-

Médio- formação universitária –

graduação- formação universitária –

pós-graduação- mestrado ou doutorado,

pós-doutorado- aperfeiçoamento ou

especialização- residência médica

- estágios- outros cursos: cursos de

extensão e outros que não se enquadrem nas modalidades anteriores;

- bolsas de estudo (após o período abrangido, indicar a instituição financiadora, a finalidade da bolsa, a unidade de ensino, a instituição e o local).

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NOME

CURRICULUM VITAE

TELÊMACO BORBA2000

Curriculum VitaeMarço, 2001

1. Dados Pessoais

Nome:....

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Em memorial esta seção deve se chamar TÍTULOS DE CARREIRA UNIVERSITÁRIA, que são os que qualificam a pessoa para o magistério. Nela são apresentadas as atividades desenvolvidas sobre como decorrem, o resultado final e também seus reflexos na carreira profissional, docente, científica e artística do candidato.

6. Conhecimento de línguas estrangeiras: indicar o grau de domínio, mediante a especificação das habilidades: entende, fale, lê, escreve. Esta seção não deve figurar o memorial.

7 Atividades acadêmicas: são aquelas desenvolvidas durante o período de formação universitária e não devem fazer parte de memorial. Indicar o período abrangido, o cargo ocupado, a unidade de ensino, a instituição e o local.

8 Atividades profissionais: são as exercidas no desempenho da profissão, excetuando-se as de magistério. Devem ser mencionadas: período abrangido, cargo ocupado, instituição e local. O profissional liberal, exercendo a profissão em consultório ou escritório particular, deve fazer essa indicação em lugar da instituição.

9 Atividades docentes: referem-se exclusivamente às funções desenvolvidas no ensino e na orientação de estudantes. Quando necessário, adotar as seguintes subdivisões:

- cargos ocupados (período abrangido, cargo, disciplina, curso, unidade de ensino, local)

- funções ocupadas (período abrangido, função, unidades de ensino, local)

- aulas e cursos ministrados (período abrangido, tema e/ou curso, instituição que promoveu o evento, unidade de ensino ou instituição em que foi realizado, local)

- orientação de teses (ano, autor, título, grau, unidade de ensino, local)

- participação em comissões examinadoras (ano, concurso, candidato, unidade de ensino, local)

- conferências e palestras proferidas (ano, tema, instituição em que foi realizado, local)

10 Outras atividades: Indicar atividades de extensão, assessoria e consultoria, que são aquelas eventualmente desenvolvidas na função de técnico em determinada especialidade. Pode-se indicar, também, participação em comissões e atividades de coordenação de trabalhos e projetos que não se enquadrem nas modalidades anteriores. Mencionar o período abrangido, cargo ocupado, nome da organização e local.

11 Funções: indicar chefia de serviços e direção de organizações. As funções eletivas, inclusive as exercidas em sociedades científicas e

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associações de classe, devem ser incluídas neste item que, se for o caso, pode subdividir-se em: funções com mandato e outras funções. Mencionar o período abrangido, cargo ocupado, organização e local.

12 Participação em eventos (congressos, jornadas, reuniões científicas e outros). Indicar o ano, a denominação do evento e o local onde foi realizado. Se necessário, subdividir por forma de participação:

- em mesas redondas, seminários, painéis e outros encontros ocorridos durante o evento;

- presidências de meses;- coordenação de eventos;- coordenação de trabalhos ou

de grupos;- comunicação de trabalhos;- participação como ouvinte

13 Títulos e concursos: relacionar diplomas e certificados de exames prestados. Mencionar, também, aprovação em concursos, indicando o ano, título pleiteado, unidade de ensino, instituição e local. Para homenagens, honrarias e outros prêmios obtidos, mencionar o ano, a distinção outorgada, a instituição outorgante e o local. A inclusão do motivo da homenagem ou prêmio é opcional.

14 Filiação a sociedades científicas e associações de classe: indicar o nome da entidade e o local. A data, geralmente em aberto, é a admissão na sociedade científica ou associação de classe.

15 Atividades científicas, literárias

e artísticas: incluir os trabalhos que tenham sido ou não publicados, como também as comunicações apresentadas em congressos. Devem estar dispostos em ordem cronológica, mencionando-se obrigatoriamente o ano e o título e a editora. Em currículo vitae, quando muito numerosos, os trabalhos podem ser reunidos de acordo com as seguintes categorias:

- teses e dissertações- trabalhos publicados- trabalhos não-publicados- trabalhos em colaboração

não-publicados- pesquisas em andamento- atividades editoriais (nome

da editora e periódico)- trabalhos artísticos- outros trabalhosEm memorial, referenciar os

trabalhos de acordo com as seguintes categorias:

-teses e dissertações-livros-artigos de pesquisa-artigos de revisão-notas científicas prévias-capítulos de livros-traduções de livros-organização de livros-participação em comissões

editoriais (nome da editora ou periódico)

-manuais didáticos-artigos de jornal-resenhas-traduções de artigos-relatórios técnicos-trabalhos artísticos-trabalhos não publicados-pesquisas em andamento-outros trabalhos

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16 Referências: no final, indicar nome e endereço de três autoridades (pessoas com a quais tenha desenvolvido atividades profissionais, escolares) das quais os examinadores do curriculum vitae poderão obter informações sobre o candidato. Esta seção não deve figurar em memorial.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PARANÁ. Normas para apresentação de Trabalhos: Curriculum Vitae e Memorial. Curitiba: UFPR, 1995. v. 5

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APROVEITE SUAS AULAS

Planeje seu tempo: essa é a forma correta de “ganhar” tempo para o estudo:- Programe a

utilização de períodos vazios em sua atividade.

- Substitua o horário de uma ou mais atividades não-essenciais para obter tempo de estudo.

- Reserve ao menos um período mínimo para estudar todos os dias.

Não estabeleça períodos muito longos de estudo sem pausas para descanso.

Freqüente as aulas.

Sempre que possível, prepare as aulas que vai assistir.

Assista às aulas com “silêncio anterior”. Concentre sua atenção na explanação do professor.

Depois das aulas faça uma revisão de tudo o que aprendeu em classe.

MODALIDADES DE PESQUISA

A pesquisa pode ser considerada como forma de aprendizagem cultural e como forma de produção cultural. A primeira pode ser chamada de pesquisa didática, e a segunda é pesquisa científica. A pesquisa científica, bem como a pesquisa didática, podem ser feitas na própria realidade ou em documentos escritos. A pesquisa feita na própria realidade é chamada de pesquisa de campo ou de observação, quando o universo pesquisado é observado no seu ambiente ou situação natural; é chamada de pesquisa experimental ou de laboratório, conforme o caso, se o universo pesquisado é posto em ambiente ou situação provocada e artificial.

Por outro lado, a pesquisa feita em documentos escritos é chamada de pesquisa bibliográfica, quando se utilizam fontes, isto é, documentos escritos originais primários; chama-se de consulta bibliográfica ou estudos exploratórios, quando se utiliza subsídios, literatura corrente ou obras de autores modernos. Comumente, ambos os estudos são denominados simplesmente de pesquisa bibliográfica.

A pesquisa bibliográfica pode ser realizada concomitantemente com as diversas fases da pesquisa de campo ou experimental para recolher informações prévias acerca do problema, das hipóteses, dos métodos, etc., bem como estudo independente e autônomo, quer como trabalho científico original, quer como estudo recapitulativo.

MODALIDADES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

Trabalhos científicos são os escritos que resultam de pesquisas científicas e também, em sentido largo, de pesquisas didáticas. De acordo com a UNESCO, devem ser classificados em três categorias, tendo como critérios à natureza do conteúdo, a forma de redação e o material utilizado:

- memórias científicas originais: quando além de apresentar um conteúdo inédito ou original que contribui para ampliar sensivelmente o conhecimento ou a compreensão de um problema, vem redigido de tal forma que um pesquisador competente e especializado possa, a

CEWK – INTRODUÇÃO A METÓDOLOGIA CIENTÍFICA/PROF. ROSÂNGELA MENTA MELLO 26

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partir exclusivamente das indicações e informações contidas no texto: a) reproduzir as experiências e obter os

Condições para a eficiência do grupo

O grupo deve reunir até seis ou sete pessoas que tenham certa afinidade de comunicação entre si e possibilidades reais de encontrarem-se fora da escola. Todos os componentes do grupo devem ter igual disposição para a realização do trabalho coletivo. O grupo deve eleger um de seus membros para coordenar suas atividades.

Qualidades de um bom membro de

grupo Ter disposição para o trabalho em grupo. Aceitar a liderança do coordenador. Cumprir todos os seus compromissos para com o grupo. Ser objetivo e eficiente na realização das tarefas e durante as reuniões do grupo.

Ser democrático quanto à opinião da maioria dos colegas nas decisões tomadas pelo grupo. Manter seriedade e responsabilidade ante o trabalho.

os resultados descritos, com a mesma precisão e sem ultrapassar a margem de erro indicada pelo

autor; b) repetir as observações e julgar as conclusões do autor; c) verificar a exatidão das análises e deduções que permitam ao autor chegar às suas conclusões.

- publicações provisórias ou notas prévias: quando contém informações científicas novas mas não vem redigido com detalhes necessários ou suficientes para possibilitar ao leitor a verificação de tais informações nas condições do item anterior.

- estudos recapitulativos: quando publica estudos em torno de um assunto particular em que reúne, analisa e discute informações já publicadas.

TRABALHOS CIENTÍFICOS

Os alunos devem ser orientados a progredir gradativamente da mera informação para a autodescoberta do conhecimento e para a criatividade; de trabalhos gerais para estudos monográficos; de estudos recapitulativos para trabalhos originais.

É que o ser humano progride do egocentrismo para a integração social e desta para a integração final ou cósmica, própria de quem tendo superado as categorias de tempo e de espaço, vive os valores eternos e universais.

Tendo em vista os diferentes passos rumo à originalidade e criatividade, podemos estabelecer, em ordem ascendente, diferentes níveis de trabalhos científicos:

Trabalhos de síntese

Qualidade das fontes de pesquisa

Resenha crítica

Trabalhos de divulgação científica

I - TRABALHOS DE SÍNTESE:CEWK – INTRODUÇÃO A METÓDOLOGIA CIENTÍFICA/PROF. ROSÂNGELA MENTA MELLO 27

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Destinam-se a expor resumidamente um assunto tratado numa ou mais obras, isto é, a reproduzir condensadamente os elementos essenciais de uma ou mais obras, sem emitir juízo de valor a respeito delas. A originalidade dos trabalhos de síntese está na capacidade de distinguir os elementos essenciais dos assessórios, as idéias principais das idéias secundárias.

Roteiro para elaboração do trabalho em

grupo

Estabelecer o tema de trabalho.

Definir a bibliografia do tema.

Distribuir a elaboração do trabalho.

discutir em conjunto os resultados obtidos pelos diversos membros no estudo individual.

Realizar quantas reuniões forem

necessárias para elaborar o trabalho e dar-lhe o acabamento final.

DICAS

Nunca sublinhe um texto na primeira leitura. antes de começar a sublinhar é preciso ter um contato inicial com o texto e submetê-lo a um questionamento.

Quando esquematizar utilizando chaves ou numeração progressiva, mantenha fidelidade ao texto original.

Os trabalhos de síntese podem condensar um único livro ou um artigo: neste caso chamam-se sinopse ou resumo, simplesmente; podem condensar vários escritos, bem como toda a literatura sobre o assunto: neste caso chamam-se de resumo de assunto.

1.1 Resumo

Conceito de texto: Texto é um tecido verbal estruturado de tal forma que as idéias formam um todo coeso, uno, coerente. Todas as partes de um texto devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único.

Contexto: Informações que acompanham o texto, cuja compreensão depende dessas informações. Deve ser visto em duas dimensões: a estrutura da superfície e estrutura de profundidade. No primeiro caso, considera os elementos do enunciado e no segundo, a semântica das relações sintáticas. O contexto pode ser imediato ou situacional.

Intertexto: A leitura deve considerar que um texto pode ser produto de relações com outros textos. Os procedimentos intertextuais são: paráfrase, paródia e estilização. A paráfrase pode ser ideológica

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(desvio mínimo com a recriação das idéias) ou estrutural (há uma recriação do texto e do contexto).Os graus da paráfrase são progressivamente:- simples

substituição de palavras por outras de sentido equivalente

- resumo- comentários- exposição de

apreciação, de juízo de valor.

A paródia é o desvio total, havendo ruptura e deformação propositada. A estilização exige a recriação do texto, considerando sobretudo procedimentos estilísticos.

Elementos estruturais do texto são:- o saber partilhado

é conhecimento prévio do leitor, aparece na introdução;

- a informação nova, mas não significa originalidade total e absoluta;

- as provas é menção das referências utilizadas

- a conclusão.

Resumo: a norma NBR 6028: É apresentação sintética e seletiva das idéias

de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas.

O ESTUDO DO TEXTO

1. Idéia principal: procure a idéia central do texto. Ela poderá estar implícita nos parágrafos.

2. Sublinhar: antes de sublinhar deve ter um contato inicial com o texto, faça uma leitura atenciosa, questionando o texto. Você poderá assinalar com pequenas marcas o que considerou interessante. Na segunda leitura você poderá sublinhar a idéia principal, mas raramente terá de sublinhar a oração inteira.

3. Esquematizar: é a representação gráfica, sintética do que leu, pode ser usados de chaves ou com subdivisão numérica. Deve representar fielmente a idéia do autor.

4. Resumir: é a condensação do texto, deve-se: não resumir antes de levantar o esquema ou preparar as anotações da leitura; ao redigir, usar frases breves, diretas e objetivas, se fizer citações, não esqueça das aspas e referência; acrescentar referências bibliográficas de caráter pessoal, sempre que necessário.

5. Análise textual: Nessa etapa o leitor deve assinalar os termos desconhecidos, os pontos que requerem esclarecimento e todas as Quanto ao conteúdo:- o assunto do texto;- o objetivo do texto;- a articulação das idéias;- as conclusões do autor do texto objeto do

resumo.Quanto aos procedimentos:- ser redigido em linguagem objetiva;- evitar a repetição de frases inteiras do original;- respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são

apresentados.Deve:- não deve apresentar juízo valorativo ou crítico;- deve ser compreensível por si mesmo, isto é,

dispensar a consulta ao original.Classificação:- indicativo ou descritivo: caracteriza-se como

sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original;

- informativo ou analítico: devem salientar o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Evitam-se comentários pessoais e juízos de valor;

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- resumo crítico ou recensão, ou ainda, resenha: compreende análise e interpretação de um texto.

Estilo e extensão: Quanto ao estilo, deve ser composto com frases concisas, evitando-se enumerar tópicos. A primeira frase indica o assunto do texto, e em seguida, a categoria do tratamento.Recomenda-se- até 100 palavras

se for de notas e comunicações breves;

- até 250 palavras de monografias e artigos;

- até 500 palavras de relatórios e teses.

Técnicas de elaboração de resumo:Deve destacar:- Elementos

bibliográficos do texto (referência).

- Tipo de texto, o gênero a que se filia (literário, didático, acadêmico).

- Resumo do conteúdo: assunto do texto, objetivo, métodos, critérios utilizados, conclusões do autor da obra resumida.

Recomenda-se, segundo SILVA apud MEDEIROS, 2000:

- que guarde 1/3 ou ¼ da extensão primitiva preservando os pontos essenciais;

dúvidas que interfiram na compreensão do pensamento do autor. Depois de esclarecer as dúvidas, procure dados sobre o autor e finalmente elabore um esquema provisório do que foi estudado. (conhecimento)

6. Análise temática: Nesta fase o estudante vai apreender o texto. Primeiro deve-se descobrir a idéia central do texto, pergunte-se Do que trata o texto? O que mantém sua unidade global?. Verifique como o autor fundamenta sua argumentação e em que baseia sua conclusão. O estudante deve estabelecer com segurança o esquema definitivo do pensamento do autor (compreensão profunda)

7. Análise interpretativa: relacione as idéias do autor com o contexto filosófico e científico de sua época e de nossos dias. Faça a leitura nas entrelinhas a fim de inferir o que não está explícito no texto. Adote uma posição crítica, a mais objetiva possível, com relação ao texto. Esta posição deve estar fundamentada em argumentos válidos, lógicos e convincentes. Faça o resumo do que estudou e discuta o resultado obtido no estudo. (julgamento).- a prática do resumo cerceia o plágio

involuntário, além de assegurar ao leitor que o texto foi entendido e convertido a uma linguagem própria.

II - QUALIDADE DAS FONTES DE PESQUISA11

1. Consulta bibliográfica:

Há dois tios de bibliotecas: as especializadas e as gerais.

Há também as públicas e as particulares.

2. Acervo:

É um conjunto de obras que formam o patrimônio de uma biblioteca, ou conjunto de documentos abrigados e organizados por uma biblioteca.

2.1 Tipos de publicação: A coleção de livros gerais abarca livros científicos, didáticos e literários. Os livros de referência englobam enciclopédias, dicionários, índices, Atlas, bibliografias. Os periódicos são as publicações que apresentam artigos atuais (jornais,

11 idem. p. 45-55.

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revistas...) A classificação dos periódicos chama-se hemeroteca.

2.2 Tipos de informação: podem ser primárias ou secundárias. Primário é o texto original, mas tanto pode ser baseado em pesquisa, como ser fruto exclusivo da criação do autor. O material primário compreende periódicos de todas as formas, monografias, relatórios, ensaios, dissertações, teses, livros. As publicações secundárias compreendem obras de referências, como enciclopédias, dicionários, anuários, livros bibliográficos. A diferença entre ambos é que o material secundário apresenta informações de segunda mão, isto é, retiradas de outras fontes.

3. Uso da biblioteca: Em geral encontra-se a disposição do usuário um fichário ordenado por autor, título e assunto.

4. Biblioteca informatizada: nas grandes cidades o usuário poderá procurar num sistema de busca automática, digitando o assunto, ou autor ou tema. O terminal informará a localização exata na prateleira e a quantidade de material existente.

PROCESSO DE ESTUDO

Procure uma boa razão que justifique sua participação no curso em que está matriculado

Comece a estudar as coisas mais agradáveis e depois as menos agradáveis. É preciso vencer o limite de “não gostar de estudar”.

Estude para aprender. Vença suas limitações. Habitue-se ao estudo.

Tenha uma atitude responsável e participativa.

Planeje seu tempo para as atividades escolares. Diariamente reserve um espaço para seus estudos. Sempre há o que estudar.

Freqüentemente, organize o material de estudo.

Estude em local tranqüilo, silencioso e privativo.III - RESENHA CRÍTICA:

A resenha ou recensão crítica situa-se no segundo nível de trabalhos científicos pelo fato de apresentar ao resumo da obra um juízo crítico.

Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica,

formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro.

A resenha, em geral, é feita por cientistas que, além do conhecimento sabre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos.

O resenhista deve resumir o assunto e ressaltar as falhas, sem entrar em muitos pormenores, pois o

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seu objetivo é informar. Deve ter competência no assunto, mas isso não lhe dá o direito de fazer juízo de valor ou de deturpar o pensamento do autor.

Mesmo não fazendo parte dos trabalhos científicos de primeiro nível a resenha crítica apresenta uma estrutura ou roteiro.

Referência Bibliográfica Autor( es )Título (subtítulo)Imprenta (local da edição, editora, data) Número de páginasIlustrações (tabelas, gráficos, fatos etc. )

Credenciais do AutorInformações gerais sobre o autor Autoridade no campo científico Quem fez o estudo?Quando? Por quê? Em que local?

ConhecimentoResumo detalhado das idéias principais Do que trata a obra? O que diz? Tem alguma característica especial?Como foi abordado o assunto?Exige conhecimentos prévios para entendê-lo?

Conclusão do AutorO autor faz conclusões? (ou não?)Onde foram colocadas? (final do livro, dos capítulos) Quais foram?

Quadro de Referência do Autor Modelo teórico

Que teoria serviu de embasamento? Qual o método utilizado?

ROTEIRO DE PESQUISA1.Escolha do tema: proposta do Professor ou do estudante.2.Identifique as limitações; aspectos e ângulos a serem abordados3.Formule os objetivos. Responda à questão: para que fazer?4.Vá à biblioteca. Faça o levantamento bibliográfico. Anote as referências bibliográficas dos documentos selecionados: livros, folhetos, catálogos, textos legais, revistas, boletins, jornais, anuários...5.Leia o material. Registre em fichas transcrições extraídas dos documentos, e suas “traduções” das idéias neles contidas.6.Faça a análise e interpretação dos dados coletados.7.Elabore as conclusões.8.Elabore a introdução.9.Registre bibliografias e anexos.10.Faça a revisão geral11.Datilografia12. Entrega e/ou apresentação.

Apreciação: Julgamento da obra :

Científica, didática, de divulgação Como se situa o autor em relação:- às escolas ou correntes científicas, filosóficas,

culturais? - às circunstâncias culturais, sociais,

econômicas. históricas etc.?1. Mérito da Obra :

Qual a contribuição dada?Idéias verdadeiras, originais, criativas? Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?

2. Estilo : Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Linguagem correta? Ou o contrário?

Forma:Lógica. sistematizada?

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Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?

3. Indicação da Obra :A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes?

Observação:

Quando se tratar de resenhas realizadas por estudantes, sob orientação de um professor, podem-se solicitar mais outros tópicos, para avaliação: Qual o sistema utilizado para fazer o trabalho? Quantas vezes leram? Leu tudo de uma vez? Adquiriu conhecimentos? Reforçou conhecimentos anteriores?

Uma resenha pode converter-se em um pequeno artigo científico e até mesmo num trabalho monográfico em torno de um assunto e a propósito da leitura e crítica de um livro.

IV - TRABALHOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA:

Ocupam o terceiro nível na escola ascendente rumo à originalidade e criatividade, propriamente dita. Sua originalidade consiste, como o nome indica, na reelaboração e recriação, ao nível da capacidade do público a que se destina, dos resultados da investigação científica

publicada nos informes, relatórios, ensaios, dissertações e teses. Como por exemplo: enciclopédias gerais, livros-de-textos, obras didáticas, notas ou comunicações, os artigos de revistas e memórias.O momento que você vive é o mais importante

de sua vida. O ontem já passou. O amanhã depende do agora. É apenas neste segundo

que você tem o poder de reescrever o grande romance de sua vida. Que mensagens você

quer deixar para as gerações futuras? Certifique-se de escrever um livro cuja leitura

agrade a todos, principalmente a você, quando for consultá-lo no futuro.

Sou co-autor do meu destino. Decido hoje mudar tudo que pode ser mudado e aceitar como lição àquilo que ainda não consigo mudar. Minha meta é colocar meus

dons a serviço da Humanidade, mesmo nas tarefas mais humildes que sou convocado a realizar. Meu

sábio interior é meu guia na estrada de minha evolução.

4.1 Artigos científicos:

Os artigos científicos, para publicações em revistas ou periódicos, são pequenos estudos que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas não chegam a constituir-se em matéria de um livro.

Distinguem-se dos diferentes tipos de monografias, abordados anteriormente, pela sua reduzida dimensão em matéria de um livro.

Tem a mesma estrutura exigida para trabalhos científicos, ou seja: introdução, desenvolvimento e conclusão.

A introdução apresenta o assunto, o objetivo CEWK – INTRODUÇÃO A METÓDOLOGIA CIENTÍFICA/PROF. ROSÂNGELA MENTA MELLO 33

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Quando é difícil

conseguir uma

passagempara a lua?Qual o cão mais rápido do mundo?

e a metodologia empregada; o desenvolvimento, por ser o núcleo do trabalho, consiste na exposição, explicação e demonstração da matéria; a conclusão expõe resumidamente os resultados.

O conteúdo abrange os mais variados aspectos e, em geral, apresenta temas e/ou abordagens novos, atuais, diferentes. Pode:

a) versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta ou dar um enfoque contrário ao já conhecido;

b) oferecer soluções para questões controvertidas;

c) levar ao conhecimento do público intelectual. ou especializado no assunto, idéias novas, para sondagem de opiniões ou atualização de informes;

d) abordar aspectos secundários. levantados em alguma pesquisa, mas que não serão utilizados na mesma.

O estabelecimento de um esquema para expor, de maneira lógica e sistemática os diferentes itens do assunto, evita repetições ou omissões ao longo da dissertação.

O público a que se destina o artigo também deve ser levado em con-sideração; isto pode ser mais ou menos previsto, conhecendo-se de ante-mão a natureza da revista: científica,

didática, de divulgação etc.O estilo deve ser claro, conciso, objetivo e a

linguagem correta, precisa, coerente e simples. Adjetivos supérfluos, rodeios, repetições ou ex-plicações inúteis devem ser evitados assim como a forma excessivamente compacta, que pode prejudicar a compreensão do texto.

O título também merece atenção: precisa corresponder, de maneiras adequadas, ao conteúdo.

Seus únicos inimigos são os seus pensamentos. Faça deles seus

melhores amigos e aliados através de um exercício diário de higiene.Dissolvo agora todo pensamento

negativo que alimentei no passado. Apago as vibrações de insucesso.

Com a energia do Amor Divino limpo a tela da mente para nela inscrever

os mais radiantes poemas de felicidade.

4.2 Informes e relatórios de pesquisas de observação e experimentação:

Resultam de investigações feitas diretamente no mundo que nos cerca, mediante a observações e a experimentação. É escrito que descrevem tais pesquisas e/ou os resultados obtidos.

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O informe científico deve possuir introdução, em que é apresentado o fenômeno que desperta o interesse intelectual; o corpo do informe, em que se expõe objetiva, clara e ordenadamente os resultados alcançados, os fenômenos observados, indicando os resultados alcançados, os fenômenos observados, indicando os elementos que neles intervêm e as circunstâncias em que aparecem; e uma conclusão em que aparecem em síntese os resultados da investigação, objeto do informe.

Os relatórios científicos apresentam a seguinte estrutura:

- apresentação do tema ou problema pesquisado;

- descrição do planejamento seguido;

- apresentação das hipóteses formuladas, definições, categorias e conceitos utilizados;

- justificativa do método escolhido;

- descrição dos instrumentos e técnicas de coleta de dados;

- justificativa da amostra selecionada;

- apresentação e interpretação dos resultados;

- formulação de conclusões.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GALLIANO, A. Guilherme. O método científico. São Paulo: Harper & Row do Brasil, s.d.MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1982.MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de Monografias. São Paulo: Altas, 1990.SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa científica. Porto Alegre: Sulina, 1986.

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LER E APRENDERUMA PROPOSTA DE AÇÃO PEDAGÓGICA

OLGA MOLINA

1º Passo – Visão geral do capítulo

Registrar os títulos e subtítulos, em forma de esquema, que traduzem a estrutura do capítulo.

2º Passo – O questionamento despertado pelo texto:

Tem como objetivo principal criar uma expectativa do leitor em relação ao texto com o qual vai se defrontar.

É o levantamento de perguntas para os pontos principais do texto. Pode-se transformar os títulos e subtítulos em perguntas. Registre as perguntas/questionamentos em seu caderno, sem resposta.

3º Passo – Estudo do vocabulário:

Pela definição, o próprio autor a define a seguir. Pela inferência, extraindo do texto algo além daquilo que ele explicitamente oferece. Contraste, certos textos apresentam explicações que contrastam com a palavra

desconhecida e o leitor deve saber explorá-la. Pela análise, atendendo-se aos prefixos, sufixos e radicais. Pelo dicionário. Liste, em seu caderno, as palavras desconhecidas e escreva o seu significado ao

lado.

4º Passo – A linguagem não verbal:

A imagem ajuda na tarefa pedagógica quando é usada de forma adequada. O professor deve explorar a linguagem não-verbal. Observe as imagens e analise-as oralmente, procurando sua relação com o texto.

5º Passo – A essência do texto:

O leitor identifica as principais idéias do autor e, a partir delas, situar o autor num certo contexto ideológico.

Distinguir o que é essencial do que é acessório. O aluno deve trabalhar os parágrafos do texto: idéia central, nuclear, secundária,

tópicos frasais. Se o texto for seu, poderá grifar as frases principais, caso contrário, copie-as em seu

caderno.

6º Passo – A síntese do texto:

É a recriação do texto em suas partes principais. Pode ser feito oralmente e depois o aluno deve fazer uma síntese por escrito.

7º Passo – A avaliação do que se lê:

Faça uma reflexão crítica do texto estudado e registre suas conclusões, contextualizando o tema com a realidade atual, sua vivência estudantil ou pedagógica.

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O ATO DE ESTUDARO estudo é verdadeiramente algo importante. Ao

estudarmos melhoramos os nossos desempenho na vida como um todo e passa a ter na nossa sociedade seu valor redobrado devido à seletividade cada vez maior no mercado de trabalho e a facilidade de acesso às novas informações, não sendo mais possível abrir-se mão de novas aprendizagens.

Estudar não é algo fácil, só será adquirida praticando o ato de estudar, formar uma rotina e desenvolver o hábito implicam em persistência.

Conquistando o hábito, o estudante vai percebendo que gradativamente o estudo vai lhe assegurando uma maior segurança no seu eu, possibilitando que este assuma o seu papel de sujeito na sua história com maior segurança. Decidir-se a levar o estudo a sério é decidir assumir uma atitude diante do mundo, pois o quanto mais o conhecemos, maiores são as possibilidades de superar suas contradições.

Um cuidado importante a ser tomado é não esquecer de centrar o foco do seu estudo. Estudar tudo torna o processo cansativo e impossível de ser completado. Para tanto devemos definir as áreas do conhecimento que mais nos afinamos; estas devem ser conhecidas com profundidade extrema. Acerca das demais áreas devem saber o bastante para operacionalizá-las mentalmente quando em alguma situação seu conhecimento nos seja necessário.

Estudar não é simplesmente assumir uma postura de “consumidor de idéias”, mas sim de quem dialoga com o autor, é ser crítico, mas manter a humildade de perceber que quanto mais sabemos, mais percebemos que há muito a aprender. Estudar é criar e recriar, inferir (operacionalizar o aprendido), só assim a conhecimento terá real valor.

Estudar é saber que educação é o que há de mais importante na vida, ela está presente sempre, no ato de ler, plantar uma árvore, não poluir, respeitar a cultura, o patrimônio público, não discriminar as memórias etc. É a educação que nos ensina a viver no nosso país e no mundo, é saber quem somos e para onde queremos ir , é construir uma nação melhor e acima de tudo saber que educação é um processo constante, sem fim, um permanente dever para um futuro melhor.

CEWK – INTRODUÇÃO A METÓDOLOGIA CIENTÍFICA/PROF. ROSÂNGELA MENTA MELLO

HISTÓRIA ESTRANHA

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.

O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver

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Motivação O segredo do

sucessoAtualmente, constitui fato inegável a insensibilidade cada vez maior dos alunos diante do discurso do professor. Essa insensibilidade enseja a desatenção do aluno e o leva ao desinteresse total. Esse fato tem causado preocupação nos meios docentes, sobretudo naqueles professores que entendem que toda aula, por mais técnica que seja, tem que encerrar uma lição de vida. Asseguro que essa insensibilidade existe, não só pelo que observo nas minhas aulas, mas também pelas observações que tenho feito nas aulas de outros professores. Todos são unânimes em afirmar que essa insensibilidade dos alunos cresce em progressão geométrica. (SALES apud RIBEIRO, 2001, p.12)

Como fazer o nosso aluno gostar de estudar e, conseqüentemente, crescer nos estudos? Esta questão, pertinente a todos nós, educadores, aos pais e especialmente aos alunos, que são os mais interessados, começa a receber respostas, as mais variadas.

As respostas aos questionamentos acima trazem em comum, um aspecto que vem sendo cada vez mais respeitado e valorizado na pessoa humana, que é a motivação. É preciso ter vontade, um sentimento que incita alguém a atingir um fim proposto por desejo. É preciso escolha, determinação, garra e prazer.

A sociedade em que vivemos está cada vez mais seletiva; isto tem feito com que as exigências em relação ao nível de capacitação sejam crescentes, não sendo possível mais se abrir mão das aprendizagens formais e informais existentes na escola.

Lembre-se: estude todo dia para não ter que estudar o dia todo.

Condições físicas favoráveis

As condições físicas do aluno e as de seu ambiente de estudo devem ser favoráveis, possibilitando o trabalho atento e tranqüilo.

Criar melhores condições de estudo é melhorar o rendimento. Para tanto, observe o seguinte:

Conserve sua saúde em boas condições.

Cuide dos problemas físicos existentes e que dificultam o estudo: visão e audição deficientes, adenóides, respiração nasal obstruída, problemas dentários etc.

Cuide de sua higiene pessoal para manter a boa saúde.

Procure melhorar as condições do local de estudo.

O ambiente de estudo deve ser bem iluminado (a luz natural é a melhor), arejado, silencioso e mobiliado adequadamente.

Antes de iniciar o estudo, providencie todo o material de que vai necessitar.

Adquira o hábito de estudar sempre no mesmo local.

Como organizar o tempo de estudo

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É muito comum encontrarmos jovens que não sabem distribuir adequadamente o tempo de que dispõe para o estudo. A prática mais comum consiste em ir acumulando tudo e estudar as vésperas das provas. A pratica correta está em estudar um pouco todos os dias, e sua aprendizagem dar-se-á de maneira mais sólida e com maior consistência.

Para conseguir fazer isso com sucesso o educando pode começar colocando uma hora de estudo por semana para cada disciplina. O educando deve seguir fazendo a mesma distribuição para os dias subseqüentes e assim estará fazendo um valioso trabalho de fixação do que aprendeu naquele dia, sendo que o melhor dentre todos os métodos é aquele que consiste em o aluno rever, fixar e fazer os exercícios indicados em sala logo após ter assistido à explicação do professor e “dar uma olhada”, mesmo que breve, às vésperas de cada aula.

Criar melhores condições de estudo é melhorar o seu

rendimento.

Como tornar mais produtivo o estudo

Para tornar o estudo mais produtivo, observar as seguintes orientações:

Estudar mais a disciplina de que menos gosta . Estudar aquilo que se gosta é prazer; trabalho é aprender o que parece difícil.

Distinguir “não gostar do professor” com “não gostar da matéria”.

O medo de tirar má nota atrapalha o estudo. Não estudar por nota, estudar porque ficará diferente e melhor.

Ninguém aprende nada sem se interessar. Procurar criar interesse. Uma pessoa inteligente descobre

interesse nas tarefas mais enfadonhas. Caso esteja com problemas pessoais,

não se culpar por não conseguir estudar. Procure aconselhar-se com alguém capacitado.

Não estudar em seqüência as matérias parecidas, uma pode atrapalhar a outra. Intercalar Português com Matemática, Física com História etc. A mudança de método é uma forma de descanso mental.

Fazer da escola apenas um lugar de orientação. Estudo mesmo é o que se faz por conta própria. Não esperar que o professor “meta a matéria na cabeça” do aluno. O máximo que aquele pode fazer é orientar.

Organize um horário não só para estudos, mas para todas as atividades.

Cuide também do ambiente de estudo, não deixar que as circunstâncias atrapalhem o trabalho.

Fixe o lugar e as horas em que estuda; isto ajudará a obter concentração e transformar-se á em hábito.

Horário de estudo

Basta criar o hábito de realizar as mesmas tarefas, no mesmo local, à mesma hora e, ao se criar uma rotina tudo transcorre de forma natural e fácil, como comer, dormir etc. É preciso estabelecer um horário certo para o estudo.

Eis algumas dicas para uma melhor elaboração do horário de estudo: Colocar no mapa de estudo todas as

atividades que já são habituais e que obedecem a um horário.Ex: almoço, jantar, curso de línguas e outras

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atividades. Especificar o horário de aulas do

colégio. Reservar pelo menos quatro horas

diárias de estudo. Procurar estudar as matérias

ministradas pelos professores o mais cedo possível após a aula.

Fazer um intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos de estudo.

Estudar primeiramente as matérias mais difíceis.

Ao estudar uma matéria, esquecer por completo as demais.

Não esperar sentir vontade para começar a estudar; na hora marcada, inicie.

Só terminar de estudar quando esgotar o tempo estabelecido, mesmo que aparentemente tenha aprendido tudo.

Seguir o plano de estudo até formar hábito.

Não estudar em seqüência as matérias com raciocínio semelhante.

Procurar estudar alternadamente matérias onde haja maior e menor dificuldade.

Utilizar o Domingo como dia de descanso, no máximo usá-lo para leitura.

Desse modo com a regularidade da prática, o jovem observa, dentro de pouco tempo, que não mais necessita de uma hora de fixação diária para cada componente curricular. Depois de algum tempo com a matéria em dia e tendo assistido com a devida atenção às aulas, ele necessitará algo em torno de meia hora, apenas, para cada disciplina no dia em que teve contato com a mesma.

Um equívoco muito freqüente em jovens desavisados consiste em estudar somente as matérias das quais gostam. Estudam-se apenas as matérias com que temos mais afinidade, vamos aumentar cada vez mais à distância entre nós e as disciplina com que não nos afinamos.

Ao organizar seu horário de estudos não esqueça de reservar tempo para leitura de revistas e

jornais; é aconselhável deixar também uma faixa de horário para assistir a um telejornal.

É preciso não esquecer de deixar espaço para o lazer. Algumas atividades lúdicas como passeios e jogos são importantes para manter o equilíbrio físico e mental, necessário ao nosso intelecto. O cumprimento destas práticas de estudo produz resultados saudáveis em curto prazo. Vale a pena vivencia-las.

ORIENTANDO O ATO DE APRENDER

Não procure aprender por “pedaços”. Lance-se na aprendizagem como quem mergulha numa piscina ou aprende a andar de bicicleta. O “todo” ajuda a aprender as partes que ajudam a aprender o “todo”.

A aprendizagem é lenta. Não queira aprender tudo de uma vez; aprenda bem um “pouquinho” e verá como esse pouco, bem aprendido, transformará você.

Comece o estudo com uma revisão dos passos anteriores, se possível apanhando toda à parte já percorrida.

Aprenda a concentrar-se, a concentração é indispensável para que se possa estudar com proveito. (MUNIZ apud RIBEIRO, 2001, p. 30).

Decida-se se concentrar, assuma a postura física e mental de quem estuda,

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Toda aprendizagem é uma estrutura que deve ser

assimilada globalmente.

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inicie seu estudo com empenho evitando desviar sua atenção. Caso atarefa lhe pareça extensa, divida-a em partes. Principalmente, estude com a intenção de aprender, isso facilita o ato de concentrar.

Etapas do estudo (como estudar)

Um estudo produtivo passa necessariamente por três etapas que, articuladas, levarão o educando a atingir com mais eficiência a aprendizagem desejada.

1 Etapa inicial (síncrese)

No início do estudo, para superar a dispersão psicológica e eliminar outros interesses, faça algo decisivo: leia em voz alta, escreva, resolva exercícios começando pelos mais fáceis, até “esquentar o motor” (obter concentração). Antes de começar o trabalho, trace os objetivos, diga a si mesmo até onde vai chegar, realize pequenos objetivos de cada vez. Os planos muitos arrojados terminam por desencorajar.

Comece o estudo por uma “visão de conjunto” sincrética ou global. Vá até o fim da lição. Não pare no meio. Fazer depois um resumo do que ficou.

Agora você pode começar a

separar o que já sabia do que não sabia. Todo trabalho que não segue um encadeamento, facilmente se perde: compare o novo com o que já era conhecido.

Consulte o dicionário para que não fiquem palavras do texto ou do problema cujo significado não esteja inteiramente claro. Muita dificuldade em aprender advém do fato de o aluno não ter clareza sobre o significado das palavras.

Aprenda para a vida na forma como a vida exige a aprendizagem. A inteligência é que é o verdadeiro instrumento de aprendizagem, é um instrumento de estruturação; tudo que se estrutura conserva-se na mente com “quadro mental”.

O ato de decorar é um “subproduto” da compreensão

perfeita.

2 Etapa intermediária (fase analítica)

Na fase analítica, procure ver e compreender todos os detalhes. Mas ficando apenas nisto não há aprendizagem. São meras informações. Não perca, contudo, a noção de conjunto adquirida na fase de síncrese.

Faça em seguida um esquema analítico onde entrem todos os detalhes, faça diagramas e esboços do assunto, pois a visualização facilita à compreensão e à fixação. Faça desenhos esquemáticos: flechas, círculos, quadros etc., geometrizando as idéias principais. Faça enumerações, transforme o texto em itens, grife, sublinhe, ponha sinais à margem do livro.

Não procure decorar nesta fase. Não se surpreenda se a aprendizagem, à medida que caminha, se torna mais difícil. Veja a

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subida de uma escada, por exemplo: os últimos degraus são os mais difíceis, mas comprovam que já se está quase no topo.

3

Etapa final (fase da síntese)

Chegou a hora da síntese, conclusões, regras, definições, princípios, esquemas, diagramas, tudo são sínteses. Obter um conceito é retirar dele, por abstração, tudo que for acessório e conservar o fundamental. Só a síntese feita pelo próprio aluno (partindo de uma pesquisa analítica) faz com que ele aprenda.

Ninguém aprende pelo outro; bom professor é aquele que

ensina o aluno a construir seu conhecimento.

Agora, faça o controle: veja se sabe aplicar o que pensa que aprendeu. Aprender é modificar estratégias de comportamento.

Alguns aspectos educacionais se forem conquistados pelo estudante podem ajudá-lo a atingir com eficiência a etapa de síntese. Vale lembrar que fazer um resumo é eliminar do texto todos os detalhes

óbvios ou que atrapalham a compreensão; é procurar substituir frases longas por mais curtas ou, se possível, substituir frases por palavras.

Um outro aspecto a ser considerado é o de saber ler bem. Lembre-se que ler é algo prazeroso. Procure questionar o que lê; dessa forma sua leitura passa a ser analítica e você se envolve mais no texto.

Para dominar um assunto, o aluno deve ser capaz de aplicar os conhecimentos adquiridos.

Os exercícios tem um triplo sentido: permitem o controle da

compreensão do conteúdo estudado, pois indicam as falhas na aprendizagem, ou seja, onde o processo não ocorreu;

indicam o ponto onde ainda existem dúvidas (aprendizagem relativa);

complementam e enriquecem o conhecimento, tornando-o mais sólido e possível de ser aplicado na própria vida, já que comprova a capacidade de operacionalizá-lo mentalmente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

RIBEIRO, Marco Aurélio de Patrício. Como Estudar e Aprender. Petrópolis: Vozes, 2001. p. 11-35.

ANOTAÇÕES:

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ANALISANDO O PERFIL DO ALUNO

O autoconhecimento é uma necessidade para que possamos encontrar em nós mesmos aquilo que nos motiva. Responda às perguntas a seguir refletindo sobre você em cada aspecto questionado.

1. Como você costuma ser em sala de aula?( ) inquieto( ) disperso( ) participativo( ) calmo e calado( ) brincalhão( ) curioso( ) questionador( ) falta muito às aulas

2. Na hora das explicações:( ) não presto atenção( ) sou disperso( ) logo me interesso( ) converso muito( ) fico em silêncio( ) absorvo a explicação( ) presto atenção( ) fico atento

3. Quanto às tarefas:a) Costumo concluir as tarefas

iniciadas?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

b) Ao realizar as tarefas, costumo ser:( ) lento( ) rápido para terminar logo( ) rápido e eficiente( ) preguiçoso( ) acho que não sei fazer

c) Costumo ter em mãos o material

necessário (lápis, borracha, livros, etc.)?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

d) Sou organizado e zeloso com meu material?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

4. Você tem amigos em sala de aula?( ) sim ( ) não

5. Costuma manifestar sua opinião?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

6. Sente vergonha de falar em grupo?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

7. Você tem conduta de liderança?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

8 Costuma apresentar problemas disciplinares?( ) sim ( ) não ( ) às vezes

9. Está satisfeito com seu rendimento escolar?( ) sim ( ) não

10. Por que você estuda?( ) não sei( ) detesto estudar

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( ) sou obrigado( ) para atingir meus ideais( ) para ter uma profissão digna( ) gosto de estudar

11. Está com dificuldades nos estudos?( ) sim ( ) não

12. O que está causando essas dificuldades?( ) falta de dedicação da sua parte?

( ) problemas em casa( ) o sistema de ensino( ) os professores( ) não me adaptei bem à escola em que estudo( ) a culpa é da escola( ) necessito de orientação e ajuda nas tarefas e não as tenho

13. Você estuda sistematicamente?( ) sim ( ) não

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TESTANDO O ATO DE ESTUDAR

Este teste é para você analisar seus hábitos de estudo. Responda às questões com sinceridade, assinalando com um x a resposta que melhor se aplique ao seu caso. No final, some os pontos obtidos e veja que tipo de estudante você é. Caso necessário, volte ao seu plano de estudo e mude-o, adequando-o à sua forma de ser estudante.

A. Técnica para ler e tomar apontamento Sim Não Às vezes1. Tenho que reler o texto várias vezes para entende-lo?2. É difícil perceber os pontos mais importantes?3. Procuro no dicionário as palavras que desconheço?4. Reviso a matéria estudada?5. Quando anoto o que o professor disse, perco algo que ele está dizendo?

B. Hábitos de concentração Sim Não Às vezes1. É difícil concentrar-se no que estou estudando? Depois que termino não sei o que li?2. Tenho tendência de “sonhar” quando estou estudando?3. Demoro muito para acordar e estar pronto para o trabalho?4. Tenho que estar inspirado para poder começar a estudar e com isso perco muito tempo?5. Assisto TV antes de começar a estudar?

C. Distribuição de tempo e relações sociais durante o estudo

Sim Não Às vezes

1. As horas parecem curtas para concentrar-me ou sentir-me com vontade de estudar?2. Meu tempo não está bem distribuído? Dedico muito tempo para algumas coisas e pouco para outras?3. Minhas horas de estudo são interrompidas por telefonemas, visitas e barulhos que me distraem?4. Tenho dificuldade em concluir um trabalho no prazo certo, por isso fica por terminar, malfeito ou em atraso?5. Não consigo estudar sozinho; apenas com outros?6. Gosto muito de “ficar sem fazer nada” e isso perturba meus estudos?7. Antes de estudar em grupo, procuro ver a matéria sozinho?8. Ocupo muito do meu tempo vendo TV, lendo ou dormindo?9. Minha vida social é muito intensa: festas, passeios e encontros? Tenho pouco tempo para estudar?

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D. Hábitos e atitudes gerais de estudo Sim Não Às vezes1. Fico nervoso nas provas: “dá um branco”, esqueço tudo e não consigo dizer ou escrever o que aprendi?2. Antes de começar a escrever uma redação ou prova subjetiva, preparo mentalmente o que vou responder?3. Termino minhas provas escritas rapidamente e entrego-as sem revisar o que fiz?4. Procuro entender cada ponto da matéria à medida que vou estudando, para não ter que voltar atrás para esclarecer pontos duvidosos?5. Trato de relacionar os assuntos que se estudam em uma matéria com os outros de diferentes matérias?6. Procuro resumir, classificar e sistematizar os fatos aprendidos, associando-os com matérias e fatos que estudei posteriormente?7. Trato de estudar apenas o indispensável para o teste?8. Quando preciso de conhecimento das matérias básicas que já estudei, tenho a impressão de que não sei mais nada?9. Antes de começar a fazer as provas, leio cuidadosamente as instruções?10. Quando não gosto de uma matéria ou de um professor, não consigo estudar o assunto?11. Sinto-me sempre cansado, com sono ou indiferente para assimilar os assuntos?

Analisando cada item anterior (A, B, C e D), que tipo de estudante eu sou? (Assinale cada resposta dada no gabarito a seguir e veja quantos pontos você fez de acordo com a tabela)Questões A B C D

Sim Não As Vezes Sim Não As Vezes Sim Não As Vezes Sim Não As Vezes01 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 202 1 3 2 1 3 2 1 3 2 3 1 203 3 1 2 1 3 2 1 3 2 1 3 204 3 1 2 1 3 2 1 3 2 3 1 205 1 3 2 1 3 2 1 3 2 3 1 206 1 3 2 3 1 207 3 1 2 1 3 208 1 3 2 1 3 209 1 3 2 3 1 210 1 3 211 1 3 2

TOTALDe 32 a 64 pontos: você precisa reorganizar seu horário e sua forma de estudar. Deve estar distribuindo de forma inadequada seu tempo para cada matéria e/ou errando na metodologia de estudo.De 65 a 80 pontos: você tem pontos positivos em sua forma de estudar, mas ainda apresenta falhas nos seus hábitos que poderão prejudicar seus resultados. Analise os pontos negativos.De 81 em diante: Parabéns! Você está desenvolvendo ótimos hábitos de estudo. Continue assim.

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RIBEIRO, M. A. P. Como estudar e aprender: guia para pais, educadores e estudantes. Petrópolis: Vozes, 2001.

LEITURA ESQUEMALAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Procedimentos Didáticos. In: ____. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Atlas, 2001. p. 15-30.1. PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS1.1 Leitura 1.1.1 Importância1.1.2 Natureza da Leitura1.1.2.1 Espécies de Leitura

a) De entretenimento ou distração

b) De cultura ou informativac) De aproveitamento ou

Formativa: Implica quatro operações: reconhecer, organizar, elaborar, valorar

1.1.3 O que se deve ler1.1.3.1 Identificação

a) O títulob) A data da publicaçãoc) A ficha catalográficad) A orelhae) O índice ou sumáriof) A introdução ou prefáciog) A bibliografia

1.1.4 Como se deve ler1.1.4.1 Leitura proveitosa

a) Atençãob) Intenção (interesse)c) Reflexãod) Espírito críticoe) Análisef) Sínteseg) Velocidade

1.1.4.2 Defeitos a serem evitadosa) Dispersão do espíritob) Inconstânciac) Passividaded) Excessivo espírito críticoe) Preguiçaf) Deslealdade (distorção do

pensamento do autor)1.1.5 Tipos de leitura1.1.5.1 Scanning (procura um certo tópico

da obra)1.1.5.2 Skimming (captação da tendência

geral)1.1.5.3 Do significado (visão ampla do

conteúdo)1.1.5.4 De estudo (absorção mais

completa do conteúdo)1.1.5.5 Crítica (avaliação dos dados)1.1.5.6 De erudição (entendimento)

a) Leitura-trabalho (conhecimento científico do texto)

b) Leitura-crítica (análise do conteúdo, fazendo um juízo de valor)

c) Leitura-descanso (prazer)1.1.6 Outras classificações1.1.6.1 Leitura informativa

a) De reconhecimento ou pré-leitura

b) Seletivac) Crítica ou reflexivad) Interpretativa

1.1.6.2 Fases da leitura informativaa) De reconhecimento ou préviab) Exploratória ou pré-leiturac) Seletivad) Reflexivae) Críticaf) Interpretativa

1.2 Análise do texto 1.2.1 Conceito: estudar, decompor,...1.2.2 Finalidades: dependo do objetivo1.2.3 Procedimento: método de análise1.2.4 Recomendações: observar as

normas citações, a fidelidade, descrição simples, a clareza.

1.2.5 Tipos de análise1.2.5.1 Análise dos elementos:

fragmentaçãodo material em suas partes

1.2.5.2 Análise das relações: verificar suas conexões e interações

1.2.5.3 Análise da estrutura do texto e as intenções do autor.

1.2.6 Outros tipos de análise1.2.6.1 Análise textual: elementos

importantes do texto1.2.6.2 Análise temática: apreensão do

conteúdo1.2.6.3 Análise interpretativa1.2.6.4 Problematização do texto1.2.6.5 Síntese pessoal1.2.7 Roteiro de análise1.2.7.1 Fontes e bibliografia do autor1.2.7.2 Aspecto metodológico1.2.7.3 Dificuldades apresentadas pelo

autor na realização do trabalho1.2.7.4 Reflexão crítica1.2.7.5 Sugestões temáticas que o leitor

pode levantar após a leitura do texto

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CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

1 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTO

1.1 Correlação entre conhecimento popular e conhecimento científico: o conhecimento popular não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido – o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do conhecer.

1.2 Características do conhecimento popular: superficial (aparência), sensitivo (emoções), subjetivo (ouvir dizer...), assistemático e acrítico.

1.3 Os quatro tipos de conhecimento:POPULAR CIENTÍFICO FILOSÓFICO RELIOSO (TEOLÓGICO)Valorativo Real (factual) Valorativo ValorativoReflexivo Contingente12 Racional Inspiracional

Assistemático Sistemático Sistemático SistemáticoVerificável Verificável Não verificável Não verificável

Falível Falível Infalível InfalívelInexato Aproximadamente

exatoExato Exato

2 CONCEITO DE CIÊNCIA

Segundo LAKATOS (1991, p. 21) “ciência constitui-se em um conjunto de proposições e enunciados hierarquicamente correlacionados, de maneira ascendente ou descendente, indo gradativamente de fatos particulares para os gerais e vice-versa, comprovados pela pesquisa empírica.”

3 CARACTERÍSTICAS DA CIÊNCIAS FACTUAIS:

O conhecimento científico é racional, objetivo, factual, transcendente aos fatos, analítico, claro e preciso, comunicável, verificável, é dependente de investigação metódica, sistemático, acumulativo, falível, é geral, explicativo, preditivo, aberto, útil

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1991.

12 Suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não apenas pela razão, como ocorre com o filosófico.

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FRANCIS BACONO método experimental contra os ídolos

É considerado um dos fundadores do método indutivo de investigação científica. Atribui-se a ele, também, a criação do lema: saber é poder, que revela sua firme disposição de ânimo de fazer dos conhecimentos científicos um instrumento prático

de controle da realidade. Segundo Bacon a ciência deveria valorizar a pesquisa experimental, tendo em vista proporcionar resultados objetivos para o homem. Mas, para isso, era necessário que o cientista se libertasse daquilo que ele denominava ídolos, isto é, as falsas noções, os preconceitos, os maus hábitos mentais.

Ídolos: os responsáveis pelo insucesso da ciência

Em sua obra Novum Organum, Francis Bacon destaca quatro gêneros de ídolos que bloqueiam a mente humana, denominando-os ídolos da tribo, ídolos da caverna (alusão ao mito da caverna de Platão), ídolos do mercado (ou do foro) e ídolos do teatro. Seriam eles os responsáveis pelos insucessos da ciência. Vejamos cada um:

Os ídolos da tribo estão fundados na própria natureza humana, na própria tribo ou espécie humana. É falsa a asserção de que os sentidos do homem são a medida das coisas. Muito ao contrário, todas as percepções, tanto dos sentidos como da mente, guardam analogia com a natureza humana e não com o universo. O intelecto humano é semelhante a um espelho que reflete desigualmente os raios das coisas e, dessa forma, as distorce e corrompe.

Os ídolos da caverna são os próprios homens enquanto indivíduos. Pois cada um - além das aberrações próprias da natureza humana em geral – tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a luz da natureza: seja devido à natureza própria e singular de cada um; seja devido à educação ou conversação com os outros; seja pela leitura de livros pela autoridade daqueles que se respeitam e admiram; seja pela diferença de impressões, segundo ocorram em ânimo preocupado e predisposto ou em ânimo equânime e tranqüilo; de tal forma que o espírito humano – tal como se acha disposto em cada um – é coisa vária, sujeita a

múltiplas perturbações, e até certo ponto sujeita ao acaso. Por isso, bem proclamou Heráclito que os homens buscam em seus pequenos mundos e não no grande ou universal.Há também os ídolos provenientes, de certa forma, do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos do gênero humano entre si, a que chamamos de ídolos do foro devido ao

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comércio e consórcio entre os homens. Com efeito, os homens se associam graças ao discurso, e as palavras são cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto. Nem as definições, nem as explicações com que os homens doutos se munem e se defendem, em certos domínios, restituem as coisas ao seu lugar. Ao contrário, as palavras forçam o intelecto e o perturbam por completo. E os homens são, assim, arrastados a inúmeras e inúteis controvérsias e fantasias.

Há, por fim, ídolos que imigram para o espírito dos homens por meio das diversas doutrinas filosóficas e também pelas regras viciosas da demonstração. São os ídolos do teatro: por parecer que as filosofias adotadas ou inventadas são outras tantas fábulas, produzidas e representadas, que figuram mundos fictícios e

teatrais. Não nos referimos apenas às que ora existem ou às filosofias e seitas dos antigos. Inúmeras fábulas do mesmo teor se podem reunir e compor, porque as causas dos erros mais diversos são quase sempre as mesmas. Ademais, não pensamos apenas nos sistemas filosóficos, na sua universalidade, mas também nos numerosos princípios e axiomas das ciências que entraram em vigor, mercê da tradição, da credulidade e da negligência.

Para combater os erros provocados pelos ídolos, Francis Bacon propôs o método indutivo de investigação, baseado na observação rigorosa dos fenômenos naturais e do cumprimento das seguintes etapas:

a) observação rigorosa da natureza para a coleta de informações;b) organização racional dos dados recolhidos empiricamente;c) formulação de explicações gerais (hipóteses) destinada à compreensão

do fenômeno estudado;d) comprovação da hipótese formulada mediante experimentações

repetidas, em novas circunstâncias.

Para Bacon: aquele que começa uma investigação repleto de certezas acabará terminando cheio de dúvidas. Mas aquele que começa com dúvidas poderá terminar com algumas certezas.

Assim, a grande contribuição de Francis Bacon na história da ciência moderna foi apresentar o conhecimento científico como resultado de um método de investigação capaz de conciliar a observação dos fenômenos, a elaboração racional das hipóteses e a experimentação controlada para comprovar as conclusões obtidas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: ser, saber e fazer. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 149-151.

Questões: - Faça uma síntese dos quatro ídolos que bloqueiam a mente humana com suas

palavras, exemplificando com situações do cotidiano atual.- Faça uma análise das repercussões que os ídolos podem ser no

desenvolvimento humano e na ciência.

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O MÉTODO CIENTÍFICO E A LEGITIMIDADE DA INDUÇÃO

1. Generalidades:

O homem primeiro agiu metodicamente, e só depois estruturou os passos e exigências do método científico.

Surgiu o traçado fundamental do caminho a percorrer na pesquisa científica.

2. Importância:

- Segurança- Economia- Progresso- Instrumento de trabalho

3. Método e técnica:

Métodoetapas da pesquisaTécnica procedimentos ou instrumentos específicos

4. Espécies de método:

4.1 Racional ou dedutivo

A dedução só será correta quando a extensão da conclusão não for maior do que a extensão das premissas.A necessidade de explicação não reside nas premissas, mas, ao contrário, na relação entre as premissas e a conclusão (que acarretam)Críticas:- precisamos saber por que são verdadeiras as premissas;- a dedutibilidade não só não é condição suficiente de explicação, mas

também não é condição necessária.

4.1.1 Argumento dedutivo

Reformula ou enuncia de modo explícito a informação já contida nas premissasEx: Todo mamífero tem coração

Ora, todos os cães são mamíferosLogo, todos os cães têm coração

4.1.2 Argumentos condicionais:

Afirmação do antecedente e negação do conseqüente.

Ex: Se uma criança for frustrada em seus esforços para conseguir algo, então reagirá através da agressão.

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Ora, esta criança sofreu frustração.Então, reagirá com agressão.Se a água ferver, então a temperatura alcança 100°.A temperatura não alcançou 100°.Então, a água não ferverá.

4.1.3 Explicação Dedutivo-Nomológica (leis gerais):

A explicação se encaixa no fenômeno a ser explicado e um contexto de uniformidades.

Ex: a) todo objeto com determinada velocidade inicial, percorrerá certa

distância, em uma superfície plana;b) mantendo-se sempre o mesmo objeto e a mesma velocidade inicial, a

distância variará de acordo com o tipo de superfície: quanto maior o atrito, menor a distância percorrida;

c) uma superfície de vidro oferece menor resistência ao atrito do que uma de concreto.

d) (portanto) o mesmo objeto, dispondo da mesma velocidade inicial, percorrerá uma distância maior numa superfície plana de vidro do que em uma de concreto.

4.2 Indutivo

Amplia os alcance dos conhecimentos das premissas

4.2.1 Indução vulgar

Generaliza a partir de observações superficiais.

4.2.2 Indução formal

Resulta da enumeração de todos os casos pertinentes a série completo, é uma espécie de soma.

4.2.3 Indução científica

4.2.3.1 Legitimidade

A extensão da conclusão ultrapassa a extensão dos casos enumerados no antecedente.A relação de

causalidade se fundamenta na uniformidade, constância e determinismo da natureza e de seus processos de atuação.

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4.2.3.2 Argumentos

4.2.3.2.1 Indução causal apodítica13

Enuncia no antecendete a verdadeira e necessária relação causal entre dois fenômenos, e, no conseqüente, generaliza esta relação em enunciado universalmente válido.

4.2.3.2.2 Indução estatística

A indução, que apresenta no antecedente o resultado do exame de amostras, não pode, no conseqüente, generalizar simplesmente a conclusão, mas deve conte-la na extensão provável permitida pelo exame da amostra.

4.2.3.2.3 Indução por analogia

É a semelhança parcial entre dois seres, objetos ou fenômenos diferentes. Cumpre que se levem igualmente em conta as diferenças existentes e que devem acautelar os espíritos apressados contra o uso infundado das induções por analogia.

4.3 Hipotético-dedutivo

Defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema e da conjectura, que serão testados pela observação e experimentação.

Etapas: a) Expectativas ou conhecimento préviob) Problema (desencadeia a pesquisa)c) Conjecturas (hipóteses)d) Falseamento (testes para eliminar

erros)

4.4 Dialético

A dialética é a lógica do conflito, do movimento, da vida.Leis: a) tudo se relacionab) tudo se transformac) mudança qualitativad) luta dos contrários

4.5 Métodos específicos das ciências sociais

13 Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; entendimento, harmonia. Ausência de conflitos íntimos; tranqüilidade de alma; sossego:

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4.5.1 Histórico: investiga acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje.

4.5.2 Comparativo: realiza comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências.

4.5.3 Monográfico: examina o tema escolhido, observando todos os fatores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos.

4.5.4 Estatístico: os processos estatísticos permitem obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas têm relações entre si.

4.5.5 Tipológico: ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais,

construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno.

4.5.6 Funcionalista: estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades (interpretação).

4.5.7 Estruturalista: caminha do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenômenos.

REF. BIBLIOGRÁFICA

1. DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1992.

2. GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harba, 1979.

3. GOODE, William J. ; HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. São Paulo: Nacional, 1968.

4. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1991.

CEWK – Introdução à Metodologia Científica - Prof. Rosângela Menta Mello

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5. RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para a eficiência nos estudos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1992.

PESQUISA

1. Conceito de pesquisa, segundo Ander-Egg, é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento.

2. Finalidades: descobrir respostas para questões, mediante a aplicação de métodos científicos.

3. Características: procedimento sistematizado, exploração técnica, sistemática e exata, lógica e objetiva, organização quantitativa dos dados, relato e registro meticuloso e detalhados da pesquisa

4. Tipos de pesquisa:

4.1. Ander-Egg: básica, pura ou fundamental e aplicada.4.2. Best acrescenta mais três: histórica, descritiva, experimental.4.3. Rummel: bibliográfica, de ciência da vida e ciência física, social e tecnológica ou

aplicada.4.4. Outra: monodisciplinar e interdisciplinar.

TÉCNICAS DE PESQUISA

1. Documentação indireta:

1.1. Pesquisa documental 1.1.1. Arquivos públicos: documentos oficiais

e jurídicos, coleções particulares, iconografia

1.1.2. Arquivos particulares1.1.3. Fontes estatísticas1.1.4. Fontes não escritas

1.2. Pesquisa bibliográfica 1.2.1. Identificação: catálogo, índice, bibliografia, abstracts1.2.2. Localização do acervo1.2.3. Compilação: reunir sistematicamente o material: fichas, xerox, etc.1.2.4. Fichamento: registro dos dados da pesquisa em fichas pedagógicas

a) Redação da ficha: comentário, informação geral, glosa (explicação de um texto para torna-lo mais claro), resumo e citações.

b) Classificação das fichas: alfabética, sistemática, cronológica, etc. c) Crítica documental bibliográfica: (analisar as fontes, autenticidade e a

veracidade)

2. Documentação direta2.1. Pesquisa de campo 2.2. Pesquisa de laboratório

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3. Observação direta intensiva: é realizada através da entrevista e da observação.

3.1. Observação3.1.1. assistemática: espontânea, informal, o pesquisador recolhe e registra fatos da realidade sem um método específico, é quase que acidental.3.1.2. sistemática: utilizar instrumentos estruturados e metodologia adequada para seleção de dados3.1.3. não-participante: o pesquisar não faz parte do grupo a ser pesquisado.3.1.4. participante: o pesquisador se incorpora ao grupo e faz parte dele3.1.5. individual: um pesquisador3.1.6. em equipe: grupo de pesquisadores3.1.7. na vida real: ambiente natural3.1.8. em laboratório: cria-se as condições de pesquisa.

3.2. Entrevista 3.2.1. objetivos: averiguar os fatos, determinar as opiniões sobre o fato, os

sentimentos, descoberta de planos de ação, etc.3.2.2. tipos: padronizada ou estruturada (roteiro estabelecido), despadronizada ou

não estruturada (coversação informal, sem estrutura rígida de perguntas), painel (várias pessoas são entrevistadas com o mesmo roteiro juntas).

3.2.3. vantagens: Pode ser utilizada por todos os segmentos da sociedade. Fornece uma amostragem muito melhor que a população em geral. Há maior flexibilidade. Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas. Recolhe-se dados que não estão nos documentos. As informações podem ser mais precisas e comprovadas. Facilita o tratamento estatístico dos dados.

3.2.4. limitações: Difuculdade de expressão e comunicação clara de ambos os lados. Incompreensão do entrevistado das perguntas, quando mal formuladas. Nem sempre o entrevistado tem disponibilidade para a entrevista. Omissão de dados importantes para que não seja identificado o

entrevistado. Ocupa muito tempo e é difícil o seu registro (gravar, copiar...)

3.2.5. preparação da entrevista Planejamento Conhecimento prévio do entrevistado Oportunidade da entrevista: hora, local... Condições favoráveis: garantia do segredo das confidências e da

identidade do entrevistado. Contato com líderes: espera-se obter maior entrosamento com o

entrevistado e maior variabilidade de informações. Conhecimento prévio do campo: local e do tema. Preparação específica: organizar roteiro

3.2.6. diretrizes da entrevista: contato inicial, formulação de perguntas, registro das hipóteses, término da entrevista,

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requisitos importantes (validade, relevância, especificidade e clareza, profundidade e extensão)

4. Observação direta extensiva: é feita através de questionário, formulário, de medidas de opinião e atitudes e de técnicas mercadológicas.

4.1. Questionário: é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.

4.1.1. Vantagens Economiza tempo e viagens Menor risco de distorção Nem sempre se escolhe quem vai responder

o questionário. Exige um universo mais homogêneo.

4.1.3. Processo de elaboração: conhecer o assunto, limitar o número de perguntas, identificar quem a organizou, o patrocinador, sua finalidade, com instruções claras, layout.

4.1.4. O pré-teste4.1.5. Classificação das perguntas:

Perguntas abertas Perguntas fechadas Perguntas de múltipla escolha

4.1.6. Conteúdo, vocabulário, bateria4.1.7. Deformações das perguntas:

conformismo ou deformação conservadora, efeitos de certas palavras e estereótipos, influência da personalidade, influência da simpatia ou da antipatia

4.1.8. Ordem das perguntas: deve iniciar pelas gerais, chegando pouco a pouco nas específicas.

4.2. Formulário: consiste em obter as informações diretamente do entrevistado.

4.2.1. Vantagem Utilizado por quase todo segmento da

população. Contato pessoal. Presença do pesquisador. Flexibilidade para adaptar-se a cada situação. Obtenção de dados mais complexos e úteis. Facilidade de grandes amostras. Uniformidade no preenchimento (próprio pesquisador)

4.2.2. Desvantagem Menos liberdade nas respostas. Riscos de distorções. Menos prazo para responder às perguntas. Mais demorado na sua aplicação. Insegurança na resposta. O pesquisador deve ir até o entrevistado.

4.2.3. Apresentação: idem ao anterior Medidas de opinião e atitudes:

podem ser utilizadas vários tipos

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de escalas.

5. Outras técnicas

5.1. Os testes: projetivos, psicológicos, de aptidão e de personalidade.5.2. Sociometria5.3. Análise de conteúdo5.4. História de vida5.5. Técnicas mercadológicas

PROJETO DE PESQUISAROTEIRO

Identificação

1.1 Instituição:1.2 Professor-Coordenador:1.3 Área do conhecimento:1.4 Alunos:

Tema1. Problema1.1 Enunciado1.2 Delimitação1.2.1 Local1.2.2 Universo1.2.3 Amostra: acidental, proposital

e randonômica (aleatória)1.2.4 Época

2. Justificativa

3. Objetivos4. Fundamentação Teórica4.1 Definição de termos

5. Hipóteses

6. Metodologia6.1 Métodos de pesquisa: campo,

bibliográfica e de laboratório6.2 Instrumentos de coleta de

dados6.3 Plano de análise e

interpretação dos dados6.47. Recursos7.1 Recursos humanos7.2 Recursos ambientais7.3 Recursos institucionais7.4 Recursos materiais7.5 Recursos financeiros

8. Cronograma

9. Avaliação

10. Referências bibliográficasPROJETO DE PESQUISA

Identificação

1.1 Instituição: Colégio Estadual Wolff Klabin – Ensino Fundamental e Médio

1.2 Prof.-Coordenador: Ex. Rosângela Menta Mello1.3 Área do conhecimento: Ex. Introdução à Metodologia Científica e .....1.4 Alunos: (Nome completo, nº, série, turma)

Tema

É o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática encontrada pelo coordenador, da sua curiosidade

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científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. Pode Ter sido sugerido pela entidade responsável pela parte financeira, portanto, encomendado, o que não lhe tira o caráter científico, desde que não se interfira no desenrolar da pesquisa; ou se encaixar em temas muito amplos, determinados por uma entidade que se dispõe a financiar pesquisas e que promove uma concorrência entre pesquisadores, distribuindo a sua verba de que dispõe entre os que apresentam os melhores projetos. Independentemente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente ampla, precisando bem o assunto geral sobre o qual se deseja realizar a pesquisa.

1. Problema

1.1 Enunciado Pode ser formulado em forma de pergunta, deve ser claro e preciso.O pesquisador deve-se questionar se:- trata-se de um tema original;- é adequado a mim;- tenho hoje possibilidades reais para executar tal estudo;- existem recursos financeiros para a investigação

desse tema- terei tempo suficiente para investigar tal questão

1.2 Delimitação

1.2.1 LocalCidade onde será realizada a pesquisa, sua coleta de dados.

1.2.2 Época Período da pesquisa, poderá ser quantificado em meses e anos.

1.2.3 UniversoÉ o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. A delimitação do universo consiste em explicar que pessoas ou coisas, fenômenos, etc. serão pesquisadas, enumerando suas características comuns, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vivem, etc. Aqui você diz com o quê e com quem irá lidar.

1.2.4 AmostraSalvo nos casos em que a pesquisa implica em saber sobre o

universo como um todo (trabalhos para o censo, levantamento de acervo ou na Pesquisa Participante) costuma-se trabalhar com uma parte da população que, pretensamente é significativa. Esta parte é chamada Amostra.

Amostra é o subconjunto de elementos de uma população.

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Amostra Acidental: considerado o menos defensável dos tipos de amostras, consiste de subconjuntos de uma população, escolhido por se encontrar mais à mão.

Amostra Proposital: subconjunto de uma população cujo processo de seleção é caracterizado por uso de julgamento, no sentido de que a amostra selecionada seja representativa, pela inclusão.

Amostra Randonômica (aleatória): subconjunto de uma população, selecionada de tal forma que todos os possíveis subconjuntos de tamanho semelhante contidos na mesma população apresentem a mesma probabilidade de serem selecionados.

Verifique se a amostra garante a imparcialidade do pesquisador e se é representativa.

2. Justificativa

A justificativa consiste na apresentação, de forma clara e sucinta, das razões de ordem teórica e/ou prática que justificam a realização da pesquisa. É o porquê.

No caso de pesquisas de natureza científica ou acadêmica, a justificativa deve indicar:

- O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos ao tema;- As contribuições que a pesquisa pode trazer com vistas a

proporcionar respostas aos problemas propostos ou a ampliar as formulações teóricas a esse respeito.

- A possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema.No caso de pesquisas de natureza prática, a justificativa deve

considerar os objetivos da instituição e os benefícios que os resultados da pesquisa poderão proporcionar.

Os cuidados com a elaboração da justificativa devem ser redobrados no caso de pesquisas para as quais se solicita algum tipo de financiamento, já que a entidade financiadora necessita de boas razões para justificar o investimento.

3. Objetivos

Nesta parte indica-se o que é pretendido com o desenvolvimento da pesquisa e quais os resultados que se procura alcançar. É para quê.

A apresentação dos objetivos varia significativamente em função da natureza do projeto. Nos projetos de pesquisa rigidamente científica, assim como aqueles elaborados para fins acadêmicos, cabe identificar claramente o problema, apresentar sua delimitação (em termos conceituais, espaciais e temporais), bem como apresentar as hipóteses a serem testadas (quando for o caso).

Nos projetos destinados à resolução de problemas mais práticos, geralmente procede-se à apresentação do objetivo geral e dos objetivos específicos. Isto é bastante comum em projetos de pesquisas caracterizados como levantamentos.

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4. Fundamentação Teórica

A maior parte das pesquisas apóia-se em supostos teóricos. Nestes casos torna-se conveniente indicar a teoria ou as teorias que serviram de orientação geral para a pesquisa. É o momento em que o pesquisador se familiariza com o assunto que lhe interessa. Deve estar de acordo com o objetivo e o assunto pesquisado. Deve relatar através de citações, resumos, paráfrases o que localizou sobre o assunto.

4.1 Definição de termos

O estabelecimento de sistema conceitual é exigido em projetos de pesquisa que tratam de temas complexos. Nestes casos, torna-se necessário definir de forma clara e precisa os conceitos contidos no problema e nas hipóteses. Em muitos casos convém ainda esclarecer acerca do sistema que determinou a classificação conceitual adotada.

5. Hipóteses

São enunciados que provisoriamente, solucionam, explicam o problema definido. Sua formulação deve caracterizar-se:

- Por estabelecer relações entre as variávies.- Por ser testável.- Por ser um enunciado de redação clara, sem ambigüidade.É uma fonte geradora de novas idéias e aquisições.

6. Metodologia

A parte mais complexa na redação de um projeto de pesquisa é constituída, geralmente, pela especificação da metodologia a ser adotada. Diversos itens podem aqui ser considerados, conforme a extensão e a complexidade da pesquisa. De maneira bem abrangente podem ser considerados os seguintes componentes:

- Tipo de delineamento- Operacionalização das variáveis- Amostragem- Técnicas de coleta de dados- Tabulação- Análise de resultados- Forma de relatório.Trata-se de você, nos mínimos detalhes, contar como irá acontecer

cada momento do trabalho.

6.1 Métodos de pesquisa: 6.1.1 Campo: devem indicar quais as técnicas a serem utilizadas.6.1.2 Bibliográfica: diga como você irá proceder ao levantamento e a

utilização do que já se encontra nos acervos humanos, através de

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uma redação discursiva, objetiva e técnica.6.1.3 Laboratório: idem ao 6.1.1.6.2 Instrumentos de coleta de dados : pode-se descreve-los ou já

identifica-los no método da pesquisa.

6.3 Plano de análise e interpretação dos dados : se irá utilizar o excel ou outro recurso.

7. Recursos

7.1 Recursos humanos : escreva quais as pessoas necessárias à execução da pesquisa, não nominalmente, mas em termos de função.

7.2 Recursos ambientais : indique todos os locais que serão necessários à pesquisa.

7.3 Recursos institucionais : indique o tipo de instituição, o nome, indispensável a pesquisa.

7.4 Recursos materiais : indique todos os materiais necessários, tais como lápis, borracha, filmes, etc.

7.5 Recursos financeiros : escreva qual é a meta do projeto e o montante geral e a ser investido.

8. Cronograma

Trata-se de uma projeção que você faz do item anterior. O cronograma permite às pessoas, mais rapidamente, a visualização das concomitâncias de ocorrências, de datas.

Exemplo:

ATIVIDADES PERÍODO DE 2003MAIO JUN-JUL AGO-SET OUT-NOV

Redação do ProjetoPesquisa BibliográficaPesquisa de CampoTabulação dos dados e análise estatísticaRedação da monografiaApresentação da monografia

9. Avaliação

Escreva de que forma, todo o tempo, o projeto será avaliado, com que critério e por quem. De que forma os resultados da pesquisa serão julgados.

10. Referências bibliográficas

Indique, dentro das normas, as obras utilizadas para a elaboração do projeto e as que serão relevantes durante a sua implementação e para a

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elaboração do documento final (monografia, relatório, artigo, etc.)Anexos

Devem ser anexados ao projeto de pesquisa modelos dos instrumentos a serem utilizados para a coleta de dados, tais como: formulários, questionários, escala de atitudes, ou ainda, mapas, material estatístico, instruções, etc.

Exemplo de alguns ítens: A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NO PROCESSO

ENSINO-APRENDIZAGEM: DE QUE FORMA AS BRINCADEIRAS CONTRIBUEM NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral:

Compreender de que forma as brincadeiras contribuem no processo de ensino e aprendizagem.

1.2 Objetivos Específicos:

Analisar como o corpo docente, das escolas objeto de estudo, trabalham a brincadeira com seus alunos.

Observar a prática pedagógica realizada nas escolas pesquisadas, que envolvam situações de brincadeiras.

Avaliar as visões do corpo docente, das escolas pesquisadas, sobre as brincadeiras desenvolvidas com alunos de séries iniciais do Ensino Fundamental.

2. JUSTIFICATIVA

Considerando a prática pedagógica atual e observando os planos de ensino, nota-se que o processo ensino-aprendizagem desenvolvido no Ensino Fundamental, ainda tem se mostrado muito teórico, principalmente, no que se refere ao ensino das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Estudos Sociais. Já as disciplinas de Ciências, Educação Artística e Educação Física vem tendo maiores possibilidades de aplicar metodologias de ensino com a efetiva participação do aluno e com atividades lúdicas, o que nos leva a acreditar na importância da multiplicidade dos recursos pedagógicos, integrando o real com o conhecimento teórico, isto é, aliando a teoria com a prática, de forma interdisciplinar.

A escola deve ser um local onde o aluno sinta prazer em ir e em ficar. As brincadeiras além de proporcionar o estabelecimento de limites, a construção de regras, leva a aprendizagem.

O que pretendemos é justamente fazer uma análise sobre até que ponto a brincadeira é importante para o processo de ensino aprendizagem, buscando compreender se o profissional de séries iniciais está desenvolvendo metodologias adequadas a estas atividades e como as brincadeiras interferem no cotidiano do Ensino Fundamental.

TRABALHANDO COM HIPÓTESES

O FRANGOFRANGO

PERGUNTA:

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Por que o frango cruzou a estrada?Por que o frango cruzou a estrada?

Algumas respostas:

1. PROFESSORA PRIMÁRIA: Porque queria chegar do outro lado da estrada...

2. CRIANÇA: Porque sim.

3. ARISTÓTELES: É da natureza dos frangos cruzar a estrada.

4. NELSON RODRIGUES: Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado.

5. MARX: O atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe de frangos, capazes de cruzar a estrada.

6. MOISÉS: Uma voz vinda do céu bradou ao frango: "Cruza a estrada!" E o frango cruzou a estrada e todos se regozijaram.

7. MARTIN LUTHER KING: Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos serão livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.

8. MAQUIAVEL: A quem importa o por quê? Estabelecido o fim de cruzar a estrada,é irrelevante discutir os meios que utilizou para isso.

9. FREUD: A preocupação com o fato de o frango ter cruzado a estrada é um sintoma de sua insegurança sexual.

10. DARWIN: Ao longo de grandes períodos de tempo, os frangos têm sido selecionados naturalmente, de modo que, agora, têm uma predisposição genética a cruzar estradas.

11. EINSTEIN: Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango,depende do ponto de vista. Tudo é relativo.

12. FHC: Por que ele atravessou a estrada, não vem ao caso. O importante é que, com o Plano Real, o povo está comendo mais frango.

13. MACONHEIRO: Foi uma viagem...

14. PINOCHET: El se fué, pero tengo muchos penachos de el en mi mano!

15. ACM: Estava tentando fugir, mas já tenho um dossiê pronto, comprovando que aquele frango pertence a Jorge Amado. Quem o pegar vai ter que se ver comigo.

16. FEMINISTAS: Para humilhar a franga, num gesto exibicionista, tipicamente machista, tentando, além disso, convencê-la de que, enquanto franga, jamais terá habilidade suficiente para cruzar a estrada.

17. PDT: Para protestar contra as perdas internacionais promovidas por esse governo neoliberal e entreguista, e apoiar a renúncia de FHC. Fora FHC!

18. MALUF: Não tenho nada a ver com isso. Pergunte ao Pitta.

19. CHE GUEVARA: Hay que cruzar la carretera, pero sin jamás perder la ternura...

20. BLAISE PASCAL: Quem sabe? O coração do frango tem razões que a própria razão desconhece.

21. CAETANO VELOSO: O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara. Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque é Narciso, filho de anô, quisera comê-lo, ...ou não!

22. DORIVAL CAYMMI : Eu acho (pausa)... - Amália, vai lá ver pra onde vai esse frango pra mim, minha filha, que o moço aqui tá querendo saber...

23. CARLA PEREZ: Porque queria se juntar aos outros mamíferos.

ORGANIZAÇÃO E REGISTRO DA PESQUISA

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PROJETO DE PESQUISA RELATÓRIO DE PESQUISA (MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO, TESE)

CAPA CAPAFOLHA DE ROSTO FOLHA DE ROSTO

SUMÁRIOLISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE TABELASLISTA DE FIGURAS

RESUMO1 PROBLEMA1.1 ENUNCIADO1.2 DELIMITAÇÃO1.2.1 LOCAL1.2.1 UNIVERSO OU POPULAÇÃO1.2.3 AMOSTRA1.2.4 VARIÁVEIS2 JUSTIFICATIVA3 OBJETIVOS3.1 OBJETIVOS GERAIS3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

INTRODUÇÃO- ENUNCIADO DO PROBLEMA- OBJETIVOS- JUSTIFICATIVA- HIPÓTESES DE TRABALHO- DIFICULDADES E ALTERAÇÕES

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA4.1 UNIVERSO TEÓRICO4.2 CONCEITUÁRIO BÁSICO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA- UNIVERSO TEÓRICO- CONCEITUÁRIO BÁSICO

5 HIPÓTESES6 PREMISSAS7 METODOLOGIA7.1 METODOLOGIA DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA7.2 METODOLOGIA DA PESQUISA DE CAMPO7.3 METODOLOGIA DA PESQUISA DE LABORATÓRIO

METODOLOGIA- DELINEAMENTO DA PESQUISA- DESCRIÇÃO DA POPULAÇÃO E

AMOSTRA- MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS- DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS- DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS

8 RECURSOS9 PLANO DE APLICAÇÃO DE VERBA10 ESTÁGIO DE EXECUÇÃO E DURAÇÃO TOTAL11 CRONOGRAMA12 AVALIAÇÃO12.1 AVALIAÇÃO DE PROCESSO12.2 AVALIAÇÃO DE PRODUTO

ANÁLISE DE DADOS- TRATAMENTO DOS DADOS- EVIDENCIAÇÃO DOS RESULTADOS- INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOSCONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES- CONCLUSÕES- RECOMENDAÇÕES

13 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAANEXOS

Prof. Benhur Etelberto Gaio – IBEPEX

MODELO DE FICHA DE DESCRIÇÃO DOS PROJETOS ESPECIAIS

Campo 1 – O QUÊ?Nome do Projeto:

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Identificador:

Campo 2 – POR QUEM?Envolvidos na Execução:

Parceiros na Execução:

Campo 3 – QUANDO?Início do Projeto:

Eventual Interrupção:Continuidade Prevista:

Campo 4 – PARA QUEM?

Beneficiários diretos:

Campo 5 – ONDE?Área de Abrangência

Geográfica:

Campo 6 – POR QUÊ?Problematização:

Campo 7 – PARA QUÊ?Meta(s):

Campo 8 – COMO?Organização:Dificuldades:

Resultados Obtidos:Ações de Continuidade:

Campo 9 – QUANTO?Recursos Financeiros

previstos:

MENSAGEM

COMO PREPARAR BOAS PALESTRAS E APRESENTAÇÕES

O preparo de uma boa apresentação

compreende duas fases distintas:a) levantar todos os dados que

cercam o evento;b) iniciar a elaboração do discurso.

O roteiro de um bom planejamento

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inicial incluirá informações apropriadas para as circunstâncias, de acordo com:

- o assunto;- os objetivos;- o público que irá participar.

Ao selecionar o assunto, o orador poderá:- escolher um tema novo ou dar uma

nova roupagem a um antigo;- escolher um assunto pelo qual

tenha interesse e autoridade;- escolher um assunto pertinente à

circunstância;- escolher um tema com tempo para

pesquisar e fazer a apresentação;- escolher um assunto que o

auditório ainda desconhece.

Ao ter em mente o que de fato deseja obter numa apresentação, o orador deve analisar e definir seus objetivos, que podem aparecer em separado, ao mesmo tempo, ou, ainda, de forma alternada. Alguns deles são:

- informar;- persuadir e motivar;- entreter;- promover-se

Considerando-se que numa apresentação tudo deverá estar de acordo com o auditório, o orador terá que levar em conta:

- a forma como as pessoas ouvem;- os motivos que as levaram à

apresentação;- quanto elas gostariam de saber e

quanto ele deseja informar;- suas motivações de vida;- seu espírito de participação;- suas características próprias:

- sexo;- idade;- nível sóciocultural;

Ao concluir sua pesquisa, os cuidados com o local e as circunstâncias são bastante importantes. Por isso, o orador deverá levar em consideração e se informar sobre:

- o tamanho do auditório;- o local onde será realizada a

apresentação;

- os recursos disponíveis;- o apoio da apresentação;- o que ocorreu antes da sua

apresentação;- últimas providências a serem

tomadas.

Partes de uma apresentação

Uma apresentação ordenada de forma correta possui três partes iniciais:

- Introdução;- Estrutura Central;- Conclusão.

1 – Introdução

É a parte do discurso em que nos dedicamos a:

- conquistar a atenção dos ouvintes;- romper sua resistência;- cativar sua disposição favorável.

Faz parte da introdução o vocativo, que é o cumprimento ao público, uma forma educada de nos dirigirmos à platéia, chamando sua atenção para nossa presença.

A escolha correta da introdução deverá levar em conta o público e as circunstâncias que cercam a apresentação.

Os recursos mais usados como introdução são:

a) Para todos os tipos de circunstâncias:- aludir à ocasião;- elogiar ou valorizar a platéia;- usar as características positivas do orador;- destacar qualidades do concorrente ou do adversário.

b) Para a conquista dos ouvintes indiferentes:- frase ou informação que promove impacto;- fato bem-humorado;- uma história ou narrativa interessante;- levantamento de uma reflexão;

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- apresentação da utilidade, das vantagens e dos benefícios do assunto.

c) Para vencer a hostilidade do público:- com relação ao tema: construir um campo de neutralidade;- com relação ao orador:

- por falta de credibilidade: demonstrar conhecimento e experiência de forma sutil;

- devido a sua pouca idade ou inexperiência: fazer uma citação, transferindo para si a credibilidade do autor;

- por ser desconhecido: aproveitar circunstâncias de pessoa, tempo e lugar;

- por inveja ou rivalidade: elogiar sinceramente o auditório.

- com relação ao ambiente: fazer promessa de brevidade.

São consideradas inadequadas as introduções:

- que não tenham relação com o assunto;

- que não sirvam para conquistar o público;

- que sejam muito previsíveis;- que coloquem em risco a

estabilidade e a segurança do orador diante dos ouvintes.

Nas introduções devemos evitar:- contar piadas;- fazer perguntas quando não

desejamos resposta;- pedir desculpas ao auditório;- tomar partido sobre assuntos

polêmicos ou controvertidos;- começar com palavras

inconsistentes;- usar chavões ou frases feitas;- criar expectativas que não possam

ser cumpridas;- mencionar acontecimentos que

incomodam o público, sem condições de resolvermos o

problema;- mostrar-nos muito humildes

diante de ouvintes importantes;- explicar a falta de tempo para

expor o que desejamos;- ser muito previsíveis.

2 – Estrutura central

Depois de termos motivado o ânimo do ouvinte, chegou o momento de nos preocuparmos com a estrutura central, ou seja, a mensagem que é o objeto da nossa apresentação.

Para que essa mensagem seja exposta de maneira clara e organizada, haverá o desenvolvimento de duas partes essenciais:

- preparação;- assunto central.

A preparação é constituída dos seguintes elementos:

a) A proposição, em que informamos aos ouvintes qual é o nosso assunto, e aonde pretendemos chegar com ele.Poderá ser suprimida:- quando o assunto contrariar o

interesse do público;- quando os ouvintes já

souberem qual é o assunto e qual é o seu objetivo;

- quando o assunto for controvertido.

b) A narração é a parte em que expomos os motivos e os fatos que sustentam o desenvolvimento do assunto central.Os principais tipos são:- histórico;- levantamento de problemas;- solução de problemas.

c) A divisão é a parte em que informamos que segmentos do assunto serão desenvolvidos.Convém que seja muito breve, de poucas partes, e o orador deve abordar apenas um assunto de cada vez.Deve ser suprimida:

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- quando o assunto tiver apenas uma parte;

- quando a apresentação for muito curta;

- quando as partes forem facilmente compreendidas durante a apresentação do assunto central;

- quando for interessante não revelar qual a seqüência da apresentação.

O assunto central é a parte do discurso na qual estão incluídas todas as informações que norteiam a linha de argumentos de nossa mensagem e estabelecem a base de defesa das idéias contra as possíveis objeções dos ouvintes.

São elementos do assunto central:a) A confirmação, que orienta a

exposição ordenada da mensagem por meio dos seguintes critérios:- ordenação no tempo;- ordenação no espaço;- ordenação de natureza intrínseca;- ordenação de causa e efeito;- ordenação pelos prós e contras;- ordenação pela experiência;- ordenação pela solução de problemas;- ordenação crescente.

Alguns métodos que facilitam o entendimento da mensagem são usados para motivar os ouvintes a acompanharem toda a exposição com interesse:

- visualização de medidas: comparação de medidas desconhecidas para o ouvinte com medidas semelhantes que possam ser rapidamente identificadas;

- imagem extensiva: a mensagem que pretendemos transmitir é colocada no contexto de uma imagem que dê ao público a força do significado que queremos expressar;

- elementos de transição: expressões

ou frases usadas para ligar suavemente a seqüência das idéias ou as partes da apresentação;

- uso de ilustrações: embora não substitua a linha de argumentação, torna claro o que já foi informado.

Alguns elementos podem ser usados como apoio da argumentação ou exposição. Além de esclarecer os ouvintes sobre a nossa forma de pensar, eles servem como prova para as afirmações que fazemos. São eles:

- os exemplos;- os testemunhos;- a estatística;- a definição.

b) A refutação, que consiste na defesa de possíveis objeções expressas ou não pelos ouvintes.

O momento de refutar será:- imediatamente, se a objeção for

para um argumento específico;- logo após a idéia ser apresentada,

se a objeção for para todos os argumentos ou um grande número deles;

- desde o princípio do discurso, se soubermos que inevitavelmente haverá objeções.As formas de refutar são:

- pela negativa das afirmações feitas sem provas;

- pela defesa dos argumentos, contestando as provas contrárias.

Dependendo da qualidade dos argumentos, a refutação deverá obedecer aos seguintes critérios:

- se todos forem fracos, deverão ser refutados isoladamente;

- se todos forem fortes, deverão ser refutados ao mesmo tempo;

- se tiverem qualidade diferente, o mais forte deverá ser refutado no início e o mais fraco no final.

3 - Conclusão

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A conclusão é o coroamento da qualidade do discurso, instante em que fazemos a platéia refletir ou agir de acordo com as nossas propostas.

Caracteriza-se pelos seguintes traços:- deve ser breve (menor ainda que a

introdução);- é a única parte da apresentação que

deve ser anunciada, fazendo com que os ouvintes fiquem mais atentos.

Possui dois elementos essenciais:- recapitulação;- epílogo.

Na recapitulação, contamos, numa única frase ou em duas, a essência do conteúdo que acabamos de apresentar.

Poderá ser suprimida se a linha de argumentação for simples e curta.

No epílogo, as palavras devem ser dirigidas mais para o sentimento que para a razão. É o momento mais apropriado para o uso da emoção.

Podemos encerrar as apresentações de duas maneiras:

- aumentando a velocidade e a intensidade da fala;

- diminuindo a velocidade e a intensidade da fala.

Algumas formas de concluir:- levantar uma reflexão;- usar uma citação ou frase poética;- pedir ação;- elogiar o auditório;- aproveitar um fato bem-humorado;- provocar arrebatamento;- aludir à ocasião;- contar um fato histórico;- utilizar uma circunstância de

tempo, lugar ou pessoa.

Alguns cuidados especiais devem ser tomados na conclusão:

- evitar palavras hesitantes ou frases

inconsistentes, como, por exemplo: “Era isso o que eu tinha para dizer. Muito Obrigado”;

- não ficar parado diante do público esperando que os aplausos cessem;

- não revelar seus sentimentos negativos sobre a sua performance;

- programar a sua saída para não ficar parado na frente do público, sem saber para onde ir;

- utilizar expressões como “Assim sendo...”, “Desta forma...”, se a conclusão for fraca e sem vibração, pois darão abertura para um novo encerramento com condições de resgatar a emoção não aproveitada.

COMO SE TORNAR UM BOM ORADOR

Atributos de um bom orador

1 – A credibilidade

Para conquistar a credibilidade, o orador precisa de quatro requisitos fundamentais:

- naturalidade;- emoção;- conhecimento;- conduta exemplar.

2 – A voz

A boa voz depende fundamentalmente de uma respiração adequada.

Devemos pronunciar bem as palavras, ajustar o volume para cada ambiente, ter uma velocidade apropriada e promover alternância do volume e da velocidade.

Para que a comunicação seja expressiva, devemos também colocar ênfase nas palavras e fazer pausas adequadas.

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O sotaque deve ser corrigido se dificultar a compreensão das palavras ou trouxer prejuízo à credibilidade do orador.

Para usar bem o microfone, é preciso deixa-lo numa altura correta. O mais indicado é coloca-lo um pouco abaixo da boca, mais ou menos na direção do queixo.

O grande segredo para o bom funcionamento do microfone é falar sempre olhando sobre ele.

3 – Vocabulário

O vocabulário precisa ser amplo e estar automatizado para a fala.

Devemos evitar, entretanto:- o palavrão e a gíria;- os termos incomuns;- o palavreado técnico;- os chavões e as frases vulgares;- os tiques e maneirismos.

4 – A expressão corporal

Dentro de um processo natural, o gesto deve ocorrer antes ou junto com a palavra, não depois.

São dois os maiores erros da gesticulação: a ausência e o excesso de gestos.

Atitudes desaconselháveis

Braços e mãos:- atrás das costas;- nos bolsos;- cruzados;- apoiados sobre a mesa, tribuna ou

haste do microfone;- gestos abaixo da linha da cintura ou

acima da linha da cabeça;- coçar a cabeça, segurar a gola da

blusa ou do paletó, mexer na aliança, na pulseira, distrair-se com um lápis ou uma caneta.

Pernas:- com movimentos desordenados;- muito abertas ou fechadas;- apoio ora sobre uma, ora sobre a

outra;- muito rígidas.

Postura:- negligente, de alguém

derrotado;- propotente, com ar

arrogante.

A boa expressão corporal para falar

- Faça um gesto para cada informação predominante na frase.

- Não tenha pressa de voltar à posição de apoio.

- Gesticule com os braços acima da linha da cintura.

- Faça o movimento a partir do ombro.

- Varie os gestos.- Marque o ritmo da fala com os

braços na frente do corpo.- Estabeleça um sincronismo sobre

as duas pernas.- Use o jogo fisionômico para

tornar a comunicação mais expressiva.

- Olhe para os ouvintes.

Como falar sentado

Fale sentado se puder ver todos os ouvintes e eles também puderem vê-lo.

Evite cruzar os pés em forma de x embaixo da cadeira, não estique as pernas, nem prenda o corpo demasiadamente para um dos lados.

Posicione-se com os dois pés no chão, ou cruze uma das pernas sobre a outra.

Sua aparência também fala

Ao escolher a roupa, os sapatos, o corte do cabelo, os óculos e todos os acessórios que constituem a sua aparência, considere sempre o seu bem-estar e a impressão que estará causando nos ouvintes.

A roupa precisa ser vistosa e atraente; não deve, porém, chamar mais atenção do que o orador.

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Tão importante quanto vestir-se de acordo com a época e a circunstância é sentir-se bem com a roupa que está se usando e preservar o próprio estilo pessoal.

Palestra para fins didáticos

Se a palestra tem fins didáticos, normalmente é solicitado o seguinte material para ser entregue ao professor:

- pesquisa bem apresentada, com as indicações bibliográficas;

- sumário que vai ser utilizado;

1 – Pesquisa

Material que serviu de embasamento teórico para a palestra, com as respectivas referências bibliográficas.

2 – Sumário

Roteiro que vai servir para ajuda-lo a lembrar-se da seqüência do assunto a ser seguido, dos diversos itens a serem desenvolvidos. Isto quer dizer que, no sumário, só irão lembretes, palavras-chave, datas, nomes, itens e subitens, tudo na ordem de apresentação.

SUMÁRIONome: Nº: Turma: Data:

A SECA NORDESTINA1. Introdução:

Levar os assistentes a imaginarem nossa terra sem as chuvas em abundância, sem os rios caudalosos, sem o solo fértil...2. Conseqüências da seca a) economia pobre (fig. 1)

b) problemas sociais (fig. 2, 3, e 4)- moradia- mortalidade infantil- desemprego e êxodo

c) politicagem - verbas mal dirigidas- campanhas infrutíferas- novo Ministério da Irrigação

3. Providência em andamentoa) canalização de rios (fig. 5)b) bombardeio de nuvens (fig. 6)c) auxílio ao pequeno agricultor d) frente de trabalho (fig. 7)

4. Conclusão(Mostrar mapa) Comparar a extensão nordestina com as outras, salientando a sua dependência econômica de outros Estados quando poderia ser o contrário.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAPOLITO, Reinaldo. Como ser tornar um bom orador e se relacionar bem com a imprensa. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1995._____. Como preparar boas palestras e apresentações. São Paulo: Saraiva, 1995.

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