tese luis de andrade - usp · 2009. 8. 20. · fichacatalogrÁfica andrade, luísemmanuelcarvalho...
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LUIacuteS EMMANUEL CARVALHO DE ANDRADE
UM ESTUDO SOBRE TERMINAIS INTERMODAIS
PARA GRANEacuteIS SOacuteLIDOS
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave EscolaPoliteacutecnica da Universidade deSatildeo Paulo para obtenccedilatildeo doTiacutetulo de Mestre em Engenharia
Satildeo Paulo2002
LUIacuteS EMMANUEL CARVALHO DE ANDRADE
UM ESTUDO SOBRE TERMINAIS INTERMODAIS
PARA GRANEacuteIS SOacuteLIDOS
Dissertaccedilatildeo apresentada agrave EscolaPoliteacutecnica da Universidade deSatildeo Paulo para obtenccedilatildeo doTiacutetulo de Mestre em Engenharia
Aacuterea de ConcentraccedilatildeoEngenharia Naval e Oceacircnica
OrientadorProf Dr Hernani Luiz Brinati
Satildeo Paulo2002
FICHA CATALOGRAacuteFICA
Andrade Luiacutes Emmanuel Carvalho deUm estudo sobre terminais intermodais para graneacuteis soacutelidos
LEC de Andrade -- Satildeo Paulo 2003246 p
Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Escola Politeacutecnica da Universidadede Satildeo Paulo Departamento de Engenharia Naval e Oceacircnica
1Terminais intermodais (Projeto) 2Simulaccedilatildeo 3Graneacuteissoacutelidos IUniversidade de Satildeo Paulo Escola Politeacutecnica Depar-tamento de Engenharia Naval e Oceacircnica IIt
A todos aqueles que me nortearam
durante esta batalha Da primeira
remada ateacute a chegada Pois
ldquoPara aquele que natildeo sabe para que
porto viaja natildeo haacute vento que lhe
seja favoraacutevelrdquo
H F Haniel
AGRADECIMENTOS
Agrave Escola Politeacutecnica da USP e agrave Faculdade de Tecnologia de Jahu pela
oportunidade de graduar-me Podendo a partir de agora ter o prestiacutegio de ser
considerado mestre em Engenharia Naval e Oceacircnica
Ao meu orientador pela receptividade que teve Discutindo temas esclarecendo
duacutevidas dotado de muita paciecircncia e competecircncia
A todos aqueles que me auxiliaram na colheita de dados fornecendo-me fontes para
a consecuccedilatildeo deste trabalho
Agraves pessoas proacuteximas amigos familiares professores funcionaacuterios os quais de uma
forma ou de outra dia a dia apoiaram-me contribuiacuteram e muitas vezes ateacute relevaram
situaccedilotildees fazendo do meu objetivo os seus
Agrave minha matildee pela compreensatildeo que teve em meus periacuteodos mais criacuteticos por nunca
deixar de confiar em minha potencialidade De forma que sem tal respaldo nada
faria sentido
A todos os colegas de turma pela uniatildeo e companheirismo Pela possibilidade de
compartilhar alegrias e sofrimentos nas sextas agrave tarde e nos saacutebados de manhatilde
Agravequele em quem me apoiei que nutriu-me de forccedilas e acima de tudo possibilitou-me
subir um degrau de toda uma escada que vem pela frente DEUS
SUMAacuteRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUCcedilAtildeO1
11 Contextualizaccedilatildeo do Problema1
12 Revisatildeo Bibliograacutefica4
13 Objetivo9
14 Organizaccedilatildeo do Texto10
2 ESTUDOS PRELIMINARES PARA ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DO
TERMINAL12
21 Estudo de Demanda12
211 - Cargas agrave granel para retorno15
212 - Conclusatildeo do Estudo de Demandas20
22 - Descriccedilatildeo da Carga21
221 - Caracteriacutesticas da soja21
222 - Periacuteodo de produccedilatildeo21
23 - Previsatildeo de Quantidades Movimentadas22
231 - Projeccedilatildeo da Produccedilatildeo22
232 - Escoamento de Soja pela Hidrovia27
24 - Estimativa de Capacidade da Hidrovia29
241 - Fatores Limitantes32
3 - CONSIDERACcedilOtildeES GERAIS SOBRE TERMINAIS MULTIMODAIS
PARA GRANEIS SOacuteLIDOS36
31 ndash Finalidade dos Portos Fluviais36
32 ndash Esquema Baacutesico de um Terminal Multimodal37
33 ndash Subsistema Hidroviaacuterio40
331 ndash Configuraccedilotildees do sistema de atracaccedilatildeo42
332 ndash Arranjos utilizados para a movimentaccedilatildeo dos equipamentos no
cais43
333 ndash Elemanto de transbordo44
34 ndash Subsistema Ferroviaacuterio51
341 ndash Consideraccedilotildees gerais sobre componentes ferroviaacuterios52
342 ndash Setor de carga e descarga57
35 ndash Subsistema Rodoviaacuterio59
351 ndash Consideraccedilotildees gerais sobre componentes rodoviaacuterios61
352 ndash Elemento de carga de descarga63
36 ndash Setor (subsistema) de Armazenagem64
361 ndash Paracircmetros para concepccedilatildeo de um complexo de armazenagem65
362 ndash Aspectos gerais dos sistemas de armazenagem68
37 ndash Subsistema de Movimentaccedilatildeo70
371 ndash Interaccedilatildeo do subsistema de movimentaccedilatildeo71
372 ndash Equipamentos de movimentaccedilatildeo71
373 ndash Seleccedilatildeo dos equipamentos73
38 ndash Criteacuterios de Avaliaccedilatildeo do Terminal75
381 ndash Consideraccedilotildees gerais75
382 ndash Criteacuterio do custo global76
383 ndash Meacutetodo do valor presente liacutequido84
4 - LEVANTAMENTO E ANAacuteLISE DOS TERMINAIS FLUVIAIS DE
GRANEacuteIS SOacuteLIDOS DA HIDROVIA TIETEcirc-PARANAacute85
41 - Os terminais da Hidrovia Tietecirc ndash Paranaacute85
42 - Caracteriacutestica dos Terminais89
43 ndash Anaacutelise dos Terminais 92
431 ndash Setores modais 92
432 ndash Sistema de movimentaccedilatildeo95
433 ndash Armazenagem98
5 ndash DIMENSIONAMENTO DE TERMINAL ndash UM ESTUDO DE CASO100
51 - Condicionantes de Projeto100
511 - Terminal de recepccedilatildeo hidroviaacuteria 100
512 - Projeto modular101
513 - Evoluccedilatildeo da movimentaccedilatildeo101
514 - Distribuiccedilatildeo da movimentaccedilatildeo de carga102
515 - Distribuiccedilatildeo da recepccedilatildeo e expediccedilatildeo das cargas103
516 - Distribuiccedilatildeo de chegada e tempos de atendimento e eventos nos
paacutetios105
517 - Tratamento dado aos clientes107
52 ndash Especificaccedilatildeo Parcial do Terminal107
521 ndash Subsistema hidroviaacuterio109
522 ndash Subsistema rodoviaacuterio112
523 ndash Subsistema ferroviaacuterio114
524 ndash Escolha do tipo de armazeacutem silo115
525 ndash Equipamentos de movimentaccedilatildeo interna118
526 ndash Estimativa da aacuterea alocada119
53 ndash O Procedimento de Simulaccedilatildeo121
531 ndash Estimativa da aacuterea alocada125
532 ndash Resultados preliminares126
54 ndash Levantamento de Custos para Avaliaccedilatildeo do Terminal129
55 ndash Formulaccedilatildeo das Alternativas135
551 ndash Alternativas de projeto para 2005135
552 ndash Alternativas de projeto para 2010140
553 ndash Alternativas de projeto para 2015144
554 ndash Consideraccedilotildees gerais sobre as alternativas148
56 ndash Avaliaccedilatildeo das Alternativas151
561 ndash Aplicaccedilatildeo do criteacuterio de custo global151
562 ndash Emprego do criteacuterio do Valor Presente Liacutequido154
563 ndash Emprego do criteacuterio de tempo maacuteximo de permanecircncia158
564 ndash Emprego do criteacuterio de tempo maacuteximo de permanecircncia158
57 ndash Determinaccedilatildeo de outras Caracteriacutesticas do Terminal160
571 ndash Determinaccedilatildeo da capacidade de paacutetios e aacuterea de fundeio160
572 ndash Definiccedilatildeo do nuacutemero de gares161
572 ndash Definiccedilatildeo do nuacutemero de berccedilos162
58 ndash Especificaccedilatildeo da Soluccedilatildeo163
581 ndash Arranjo fiacutesico163
582 ndash Caracteriacutestica econocircmica167
583 ndash Comportamento operacional168
6 ndash CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES170
61 ndash Siacutentese do Trabalho170
62 ndash Principais Conclusotildees171
63 ndash Recomendaccedilotildees174
ANEXO A ndash Mapa do Terminais da Hidrovia176
ANEXO B ndash Fotos dos Terminais de soja da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute179
ANEXO C ndash Modelo de Simulaccedilatildeo200
ANEXO D ndash Tabelas (taxa efetiva de atratividade e coeficiente efetivo de espera) 224
ANEXO E ndash Arranjo Geral do Terminal 235
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS237
LISTA DE FIGURAS
Figura 21 - Estimativa mensal de colheita de soja22
Figura 22 - Carga atual potencialmente movimentaacutevel e economicamente viaacutevel
para exportaccedilatildeo de soja atraveacutes do porto de Santos panorama 200026
Figura 23 - Carga atual potencialmente movimentaacutevel e economicamente viaacutevel
para exportaccedilatildeo de soja atraveacutes do porto de Santos panorama 201526
Figura 24 - Capacidade maacutexima de movimentaccedilatildeo de soja + farelo na hidrovia
segundo hipoacuteteses assumidas35
Figura 31 - Esquema baacutesico do terminal multimodal38
Figura 32 - Macro-concepccedilatildeo do setor hidroviaacuterio42
Figura 33 - Tipologia do sistema de atracaccedilatildeo43
Figura 34 - Arranjos de movimentaccedilatildeo dos equipamentos no berccedilo44
Figura 35 - Modelo de expediccedilatildeo hidroviaacuteria ldquoshiploaderrdquo45
Figura 36 - Transbordo utilizando equipamento poacutertico46
Figura 37 - Poratildeo com baixa coluna de carga (uso de maacutequina para facilitar
o transbordo da carga) 48
Figura 38 - Maacutequina auxiliando no transbordo do granel48
Figura 39 - Baixa taxa de movimentaccedilatildeo48
Figura 310 - Fim do descarregamento48
Figura 311 - Descarregamento por sugador49
Figura 312 - Acesso e Egresso ferroviaacuteria53
Figura 313 - Tipologia e dimensotildees principais54
Figura 314 - Gabarito de instalaccedilotildees fixas56
Figura 315 - Formas de posicionamento e manobra ferroviaacuterios57
Figura 316 - Processo de recepccedilatildeo ferroviaacuterio58
Figura 317 - Macroconcepccedilatildeo do setor rodoviaacuterio61
Figura 318 - Inclinaccedilatildeo de rampa62
Figura 319 - Caracteriacutesticas de circulaccedilatildeo e manobra rodoviaacuteria62
Figura 320 - Sistema de descarregamento por plataforma inclinada (a) e moega
de recepccedilatildeo subterracircnea (b)64
Figura 321 - Tipo e caracteriacutesticas de silos e armazeacutens graneleiros67
Figura 322 - Caracteriacutesticas das pilhas de estocagem de graneacuteis soacutelidos67
Figura 323 - Fluxograma subsistema armazenagem69
Figura 324 - Pulmatildeo de expediccedilatildeo70
Figura 41 - Terminais Intermodais de cargas na regiatildeo de influecircncia da
Hidrovia Tietecirc-Paranaacute86
Figura 51 - Distribuiccedilatildeo mensal de gratildeo in natura mais farelo104
Figura 52 ndash Expediccedilatildeo Rodo-Ferroviaacuteria104
Figura 53 ndash Esquema baacutesico do terminal108
Figura 54 - Comboio tipo Tietecirc110
Figura 55 - Rodo-trem modelo Scania113
Figura 56 - Semi-reboque modelo Scania114
Figura 57 - Vagatildeo Hopper fechado convencional115
Figura 58 ndash Vista parcial corte A-A 118
Figura 59 - Vista parcial corte B-B120
Figura 510 - Fluxograma do descarregamento da chata122
Figura 511 - Fluxograma do carregamento da composiccedilatildeo ferroviaacuteria123
Figura 512 - Fluxograma do carregamento das carretas124
Figura 513 - Variaccedilatildeo do tempo de permanecircncia em funccedilatildeo da taxa de
movimentaccedilatildeo 2005138
Figura 514 - Variaccedilatildeo do tempo de permanecircncia em funccedilatildeo da taxa de
movimentaccedilatildeo 2010142
Figura 515 - Variaccedilatildeo do tempo de permanecircncia no terminal em funccedilatildeo da taxa
de movimentaccedilatildeo 2015146
Figura 516 ndash Custos Globais versus Valor presente para as respectivas
soluccedilotildees155
Figura 517 - Arranjo detalhado do terminal 164
Figura 518 - Vista parcial corte AA165
Figura 519 - Vista parcial corte BB166
Figura 520 ndash Participaccedilatildeo dos componentes no investimento total167
Figura 521 - Participaccedilatildeo percentual dos itens de formaccedilatildeo da tarifa168
Figura 522 ndash Variaccedilatildeo dos tempos de permanecircncia dos veiacuteculos no terminal169
Figura 523 ndash Variaccedilatildeo dos estoque ao longo do periacuteodo de simulaccedilatildeo169
LISTA DE TABELAS
Tabela 21 - Estimativa da safra 19981999 (em 103)14
Tabela 22 - Produccedilatildeo agriacutecola estadual safra 1998199915
Tabela 23 - Produccedilatildeo e Consumo de Cimento 20002005201518
Tabela 24 - Consumo de fertilizante para cultura no Brasil19
Tabela 25 - Consumo de fertilizante 20002005201519
Tabela 26 - Estimativa mensal de colheita de soja22
Tabela 27 - Estimativa de aacutereas potenciais para produccedilatildeo de soja no paiacutes23
Tabela 28 - Produccedilatildeo de soja em aacutereas de expansatildeo de fronteira agriacutecola 2000
2015 (em mil t)24
Tabela 29 - Escoamento de soja e farelo na hidrovia Tietecirc-Paranaacute 199928
Tabela 210 - Escoamento de soja e farelo na hidrovia Tietecirc-Paranaacute 200028
Tabela 211 - Capacidade maacutexima de traacutefego das eclusas da hidrovia Tietecirc-
Paranaacute31
Tabela 212 - Projeccedilotildees maacuteximas mensais de fluxo de soja parametrizadas pelos
anos de 1999 e 200034
Tabela 31 ndash Tabela comparativa entre as categorias de equipamento de
transbordo50
Tabela 41 ndash Caracteriacutesticas dos modais89
Tabela 42 ndash Caracteriacutestica do setor de movimentaccedilatildeo90
Tabela 43 ndash Caracteriacutesticas do setor de armazenagem91
Tabela 51 Distribuiccedilatildeo mensal da movimentaccedilatildeo de soja (ton e )102
Tabela 52 - Distribuiccedilatildeo de chegadas dos comboios103
Tabela 53 ndash Expediccedilatildeo do granel pelos modais ferro-rodoviaacuterios 104
Tabela 54ndashOferta mensal requerida de composiccedilotildees ferroviaacuterias e carretas105
Tabela 55 - Tempos para execuccedilatildeo de atividades nos paacutetios rodoviaacuterio e
ferroviaacuterio e na aacuterea de evoluccedilatildeo 106
Tabela 56 ndash Caracteriacutesticas Principais do Comboio Tipo Tietecirc 109
Tabela 57 - Modelos de Carretas113
Tabela 58 - Dimensotildees da vaga rodoviaacuteria114
Tabela 59 - Modelo de vagatildeo 114
Tabela 510 ndash Caracteriacutesticas dos Equipamentos de Movimentaccedilatildeo118
Tabela 511 ndash Estimativas preliminares das ceacutelulas de estocagem 128
Tabela 512 - Caracteriacutestica do Terminal para os 3 cenaacuterios130
Tabela 513 - Paracircmetros para a estimativa dos custos 131
Tabela 514 - Custos unitaacuterios para estimativa dos investimentos132
Tabela 515 ndash Alternativa de sistema de Armazenagem em 2005137
Tabela 516 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2005137
Tabela 517 ndash Composiccedilatildeo dos custos para definiccedilatildeo da tarifa em 2005139
Tabela 518 ndash Alternativa de capacidade de estoque em 2010140
Tabela 519 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2010141
Tabela 520 ndash Composiccedilatildeo dos custos para definiccedilatildeo da tarifa em 2010143
Tabela 521 ndash Alternativa de sistema de armazenagem em 2015144
Tabela 522 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2015145
Tabela 523 ndash Composiccedilatildeo dos custos de cada cenaacuterio para definiccedilatildeo da tarifa
em 2015147
Tabela 524 - Custos de investimento ateacute 2015150
Tabela 525 ndash Comparaccedilatildeo dos custos de espera e global para o ano de 2005152
Tabela 526 - Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2010 - Criteacuterio do Custo
Global153
Tabela 527 - Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2015 ndash Criteacuterio do Custo
Global154
Tabela 528 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas ndash Criteacuterio do Valor Presente
Liacutequido156
Tabela 529 - Efeito da Taxa efetiva de Atratividade sobre o Valor Presente
Liacutequido157
Tabela 530 ndash Efeito da variaccedilatildeo do nuacutemero de gares162
Tabela 531 ndash Efeito da inclusatildeo de outro berccedilo ndash 2015163
Tabela 5 32 ndash Resumo dos elementos do terminal163
RESUMO
Este trabalho estaacute relacionado com a implantaccedilatildeo de adequados terminais
intermodais para graneacuteis soacutelidos nas margens das hidrovias de modo a aumentar a
participaccedilatildeo do modal fluvial na matriz de transporte do paiacutes
Apresenta-se inicialmente um panorama da distribuiccedilatildeo modal de
transportes em que se enfatiza a deficiecircncia dos terminais fluviais existentes como
um fator responsaacutevel por esta distribuiccedilatildeo
Eacute estabelecido entatildeo como objetivo do trabalho o desenvolvimento do
projeto de um terminal intermodal para a hidrovia Tietecirc-Paranaacute
O primeiro passo para o projeto eacute um estudo de demandas e de
capacidade da via onde se define o tipo de carga quantidade de carga movimentada
atualmente e a projeccedilatildeo de demanda bem como a distribuiccedilatildeo da movimentaccedilatildeo ao
longo do ano E em seguida estima-se a capacidade de movimentaccedilatildeo da via
Para desenvolver o projeto eacute feita uma compilaccedilatildeo de diretrizes propostas
para dimensionamento de terminais e de seus subsistemas (hidroviaacuterio ferroviaacuterio
rodoviaacuterio de armazenagem e de movimentaccedilatildeo) Aleacutem disto satildeo analisados os
criteacuterios para avaliaccedilatildeo do terminal
Antes de desenvolver o projeto faz-se uma anaacutelise criacutetica dos terminais
existentes na hidrovia assinalando-se suas falhas
Para o dimensionamento do terminal satildeo formuladas diversas
configuraccedilotildees que envolvem combinaccedilotildees de diferentes taxas de movimentaccedilatildeo e
diferentes capacidades de armazenagem Utilizando a teacutecnica de simulaccedilatildeo com o
emprego do software ARENA obteacutem-se o desempenho destas configuraccedilotildees em
termos de tempo de permanecircncia para cada modal que mede o niacutevel de serviccedilo
oferecido pelo terminal As alternativas geradas satildeo entatildeo avaliadas em funccedilatildeo do
niacutevel de serviccedilo oferecido e do valor presente liacutequido do investimento o que conduz
a escolha de melhor soluccedilatildeo
ABSTRACT
This thesis is related to the implementation of suitable intermodal
terminals for solid bulk cargo with the purpose of increasing the inland waterway
participation in the country transportation matrix
Firstly it is presented a general view of the modal transportation
distribution mainly based on the highway modal in which the deficiency of the
existing inland terminals is stressed as a factor for this distribution
It is specified therefore as the purpose of this thesis the development of
the project of an intermodal terminal for the Tietecirc-Paranaacute waterway
As the first step of the study it is performed an analysis of cargo
demand as well as of the waterway capacity in which it is defined the type of cargo
the amount of cargo transported and its distribution along the year It is also
estimated the cargo demand for the future which remains below the waterway
capacity
In order to prepare the project development it is done a compilation of
procedures recommended for multimodal terminals and their components
(waterway railway and highway ends storage systems and cargo handling
equipments) Besides some criteria to evaluate the terminal performance are
presented A critical analysis of the waterway existing terminals is then presented
and their drawbacks are pointed out
For the terminal project some configurations which involve combinations of
different handling rates and storage capacities are formulated The performance
evaluation of each option in terms of vehicle stay time at the terminal is done by
probabilistic simulation technique employing the commercial software ARENA
The generated options are then compared in terms of service level and net present
value and the best configuration is then selected
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
1
1 - INTRODUCcedilAtildeO
11 - Contextualizaccedilatildeo do Problema
Eacute de conhecimento geral que o Brasil possui um sistema de transporte de
carga insatisfatoacuterio com uma concentraccedilatildeo inaceitaacutevel no modal rodoviaacuterio Como
mencionado por Riva (1990) este vieacutes da matriz de transporte se deve a uma
filosofia rodoviarista implantada no paiacutes a partir da deacutecada de 60 atraveacutes da
construccedilatildeo de estradas subsiacutedios ao oacuteleo diesel e agraves transportadoras rodoviaacuterias bem
como agrave industria automobiliacutestica
Como consequumlecircncia os demais modais satildeo bem menos utilizados a
hidrovia que eacute ldquouma grande estrada uma via natural um dos meios de transporte
mais antigo movimenta apenas cerca de 1 da produccedilatildeo nacional GEIPOT (1999)O
modal ferroviaacuterio tambeacutem tem uma pequena participaccedilatildeo no transporte de cargas no
paiacutes responde por apenas 327 do total levando ainda em consideraccedilatildeo a grande
parcela de mineacuterio de ferro movimentada GEIPOT (1999 )
Eacute importante ressaltar que a matriz de transportes em outros paiacuteses eacute
muito diferente da brasileira com participaccedilatildeo bem mais significativa dos modais
ferroviaacuterio e hidroviaacuterio que tecircm uma maior eficiecircncia energeacutetica e
consequumlentemente acarretam uma menor custo de transporte
Conforme mencionado por Pavan (1999) em funccedilatildeo das distorccedilotildees da
atual matriz de transporte o Brasil apresenta um dos mais elevados custos de
transportes em todo o mundo sendo o dobro do verificado no Canadaacute Ruacutessia e
China e 60 maior do que nos Estados Unidos Este mesmo autor salienta que este
desequiliacutebrio tem reflexo sobre a matriz energeacutetica brasileira Devido ao excesso de
consumo de oacuteleo diesel o paiacutes tem que recorrer agrave importaccedilatildeo deste produto para
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
2
evitar ainda mais excedentes de gasolina O modal rodoviaacuterio eacute responsaacutevel por 68
do consumo de oacuteleo diesel em todo Paiacutes
Pode-se ainda abordar o problema sob um outro enfoque Segundo a
GEIPOT (2001) o total das economias geradas por fretes e por dispecircndios energeacuteticos
somente para a soja e subprodutos em 2000 caso tivessem sido utilizadas as rotas
otimizadas utilizando o conceito multimodal chegariam a US$ 2669 milhotildees estes
resultados foram obtidos tomando como referecircncia as rotas para Rotterdam e Shangai
e representariam uma expressiva reduccedilatildeo do custo meacutedio por tonelada exportada
Eacute importante ressaltar um outro fator que tem contribuiacutedo para a
manutenccedilatildeo desta matriz de transporte Trata-se da ineficiecircncia dos portos mariacutetimos
brasileiros bem como dos terminais fluviais Conforme estudo do GEIPOT (2001) eacute
importante observar que aleacutem dos incentivos concedidos ao modal rodoviaacuterio e da
existecircncia de regiotildees em que somente o transporte rodoviaacuterio tem acesso persistem
ainda dificuldades operacionais como falta de capacidade de terminais de transbordo
e de equipamentos adequados entre outras para implementaccedilatildeo eficiente do
transporte multimodal
Em se tratando de integraccedilatildeo operacional em estudo realizado pelo
DERSA (1987b) eacute enfatizado que o transporte hidroviaacuterio eacute extremamente
dependente de outros modais para propiciar o escoamento de um produto desde o
local de produccedilatildeo ateacute a consumidor final Nestas condiccedilotildees os terminais
desempenham uma conexatildeo entre os modais e o balanceamento dos fluxos Morlok
(1978) tambeacutem afirma que os terminais tecircm uma importacircncia capital na adequaccedilatildeo
do transporte intermodal e enfatiza que a sua localizaccedilatildeo seu dimensionamento e de
seus componentes influiratildeo na eficiecircncia e rentabilidade dos sistemas em niacutevel
nacional
Para a mudanccedila da matriz de transportes fica assim evidenciada a
necessidade de um lado da modernizaccedilatildeo dos portos brasileiros o que jaacute vem
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
3
ocorrendo nos uacuteltimos anos e de outro lado da implantaccedilatildeo de terminais fluviais
adequados
No que diz respeito aos terminais fluviais que eacute o objeto central deste
estudo eacute patente a inadequaccedilatildeo dos terminais existentes Nota-se em particular que
alguns terminais ao longo da hidrovia Tietecirc-Paranaacute estatildeo desativados ou funcionando
de forma precaacuteria Constata-se em alguns casos a falta de um plano diretor na
definiccedilatildeo do terminal
Os dados e comentaacuterios anteriores revelam uma realidade bastante
insatisfatoacuteria do transporte multimodal brasileiro Eacute importante entatildeo examinar se
existem tendecircncias de mudanccedila deste quadro Alguns fatores devem ser considerados
As privatizaccedilotildees das ferrovias ampliaccedilatildeo e remodelaccedilatildeo da mesma e a
concretizaccedilatildeo das hidrovias vecircm provocando uma lenta mudanccedila no cenaacuterio de
movimentaccedilatildeo de cargas GEIPOT (1999)
Da mesma forma verifica-se que as privatizaccedilotildees das rodovias aleacutem de
uma decrescente queda dos subsiacutedios ao diesel e pedaacutegios vecircm agregando valor ao
frete rodoviaacuterio reforccedilando a tendecircncia de mudanccedila na atual matriz de transporte
Uma alteraccedilatildeo mais radical da matriz de transporte depende de diversos
fatores um deles eacute sem duacutevida a existecircncia de terminais intermodais adequados
Eacute de conhecimento notoacuterio que a insuficiecircncia de paracircmetros e criteacuterios
para a concepccedilatildeo de projetos de terminais fluviais de graneacuteis soacutelidos dentro de uma
realidade brasileira tem grande contribuiccedilatildeo na falta de eficiecircncia operacional niacutevel
de serviccedilo e integraccedilatildeo multimodal
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
4
12 - Revisatildeo Bibliograacutefica
Natildeo existem muitas referecircncias sobre projeto de terminais fluviais mas
pode-se extrapolar certas recomendaccedilotildees apresentadas para terminais mariacutetimos e
mesmo para movimentaccedilatildeo de carga em instalaccedilotildees industriais Inicialmente satildeo
mencionados trabalhos especiacuteficos para dimensionamento de terminais intermodais
fluviais
Lima (1988) introduz uma metodologia para concepccedilatildeo e
dimensionamento de terminais multimodais de pequeno e meacutedio porte que se
constitui na principal referecircncia para o presente estudo Neste trabalho o autor inicia
com a abordagem do terminal sob um enfoque sistecircmico definindo o terminal e seus
sistemas salientando que o terminal em essecircncia tem a funccedilatildeo de transferecircncia de
cargas mas que acaba incorporando outras funccedilotildees como abrigo e manutenccedilatildeo de
veiacuteculos ou armazenagem de carga
Em seu estudo Lima utiliza o conceito de capacidade associada a niacuteveis
de serviccedilo voltado principalmente para os aspectos dimensionais e de capacidade A
metodologia proposta eacute formulada para a concepccedilatildeo de um terminal modular
dependente entatildeo das projeccedilotildees preacute-definidas A metodologia contempla 4 fases
distintas
i) Especificaccedilatildeo do problema - definiccedilatildeo dos paracircmetros e variaacuteveis
intervenientes bem como as restriccedilotildees e recursos existentes para uma situaccedilatildeo em
estudo
ii) Caracterizaccedilatildeo e dimensionamento dos componentes ndash apresenta o
dimensionamento do terminal em quatro subsistemas com particularidades distintas
rodoviaacuterio ferroviaacuterio hidroviaacuterio e de movimentaccedilatildeo e armazenagem
iii) Geraccedilatildeo de alternativas ndash a partir da fase anterior tem-se subsiacutedios
para a geraccedilatildeo do arranjo fiacutesico e visualizaccedilatildeo dos niacuteveis de utilizaccedilatildeo dos
componentes realizando na sequumlecircncia o balanceamento dos fluxos e a concepccedilatildeo de
diversos arranjos fiacutesicos
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
5
iv) Avaliaccedilatildeo e seleccedilatildeo da soluccedilatildeo ndash efetua-se uma avaliaccedilatildeo das
configuraccedilotildees viaacuteveis geradas anteriormente
Em outro trabalho o IPT (1985) mostra o desenvolvimento do projeto
baacutesico de implantaccedilatildeo de um terminal intermodal no Meacutedio Tietecirc com localizaccedilatildeo no
municiacutepio de Pederneiras Eacute elaborado um estudo de cargas potenciais para o
terminal determinando para isto uma matriz de escoamento dessas cargas
O estudo daacute ecircnfase agrave concepccedilatildeo do projeto modular com demanda preacute-
definida para os horizontes de tempo estabelecidos em estudo preliminar e para isto
ressalta a importacircncia de se estimar a capacidade de traacutefego da hidrovia Com relaccedilatildeo
agrave localizaccedilatildeo estrateacutegica cita a importacircncia da integraccedilatildeo com os meios de
transportes rodoviaacuterio e ferroviaacuterio aleacutem da geografia do local Eacute efetuada tambeacutem
uma simulaccedilatildeo do comportamento dos sistemas de transporte no periacuteodo de 1987 a
1990 para se estimar volumes os fluxos de transporte atraveacutes de modelos
desenvolvidos pela TRANSESP SPT
O estudo salienta ainda que a definiccedilatildeo da tarifa de transporte eacute de
fundamental importacircncia para a estimativa da demanda de transporte na hidrovia
pois eacute a partir dessas tarifas que o usuaacuterio decide a utilizaccedilatildeo de um ou outro modo
de transporte bem como seus percursos
Na concepccedilatildeo do lay-out os fatores determinantes satildeo os seguintes
- caracteriacutesticas locais de geologia e topologia pois as alternativas de
implantaccedilatildeo decorrem das caracteriacutesticas do meio fiacutesico local e dos requisitos
exigidos para atendimento aos aspectos operacionais
- acessos terrestres (ferrovia e rodovia) e requisitos do seu traccedilado
- capacidade prevista de traacutefego e flexibilidade para atendecirc-la nas vaacuterias
etapas de demanda
- disciplina de ocupaccedilatildeo fiacutesica (plano diretor) pelo setor puacuteblico e pela
iniciativa privada
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
6
- condicionantes de obras civis notadamente obras de terra e
consolidaccedilatildeo dos berccedilos de atracaccedilatildeo das embarcaccedilotildees
Uma outra referecircncia de caraacuteter igualmente abrangente mas voltado a
terminais mariacutetimos eacute o trabalho da TRANSESP (1978) que trata do projeto baacutesico
do porto-piloto de Satildeo Sebastiatildeo
Esta referecircncia identifica os diversos componentes que o projetista deve
considerar na concepccedilatildeo de qualquer terminal intermodal com as respectivas
interfaces e caracteriacutesticas peculiares tendo como foco a carga que seraacute
movimentada neste terminal dando ecircnfase aos sistemas de transbordo como
condicionantes do projeto Satildeo examinados a caracteriacutestica do meio natural a
definiccedilatildeo das condiccedilotildees operacionais acessos terrestres e mariacutetimos a definiccedilatildeo de
traacutefegos os potenciais de cargas do porto a definiccedilatildeo do lay-out do porto e os
equipamentos de transbordo
Agerchou (1983) em seu trabalho sobre terminais mariacutetimos daacute um
enfoque preponderante para aspectos de infra-estrutura portuaacuteria dado que estes
terminais satildeo mais suscetiacuteveis a condiccedilotildees climaacuteticas como onda vento e corrente
Este mesmo autor tambeacutem faz algumas consideraccedilotildees com respeito ao projeto de
sistemas de movimentaccedilatildeo e armazenagem e com relaccedilatildeo ao planejamento
organizaccedilatildeo e operaccedilatildeo de terminais mariacutetimos
Hennesand e Ekse (1963) ldquosalientam que um porto (terminal) fluvial
apresenta problemas de projeto muito mais simples que portos mariacutetimos
principalmente pelo fator de proteccedilatildeo agrave accedilatildeo de ondasrdquo Concluem que as restriccedilotildees
dependem menos da topografia do que das conexotildees ferroviaacuterias e rodoviaacuterias e em
maior grau de seus clientes potenciais que lhe geraram carga comeacutercio e tambeacutem do
plano diretor da cidade Tudo isso significa que o projetista tem mais liberdade na
escolha da localizaccedilatildeo e no desenvolvimento do projeto
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
7
Os autores apontam ainda que os portos fluviais dificilmente demandam
piers e outras obras perpendiculares agrave margem jaacute que em geral natildeo existe restriccedilatildeo
de espaccedilo terrestre e em contrapartida existem limitaccedilotildees de largura do rio
Destacam que com isto a localizaccedilatildeo dos portos passa a ser fruto das das origens e
destinos das cargas a serem transportadas havendo maior flexibilidade de
localizaccedilatildeo
Gualda (1995) apresenta uma siacutentese de vaacuterios estudos e pesquisas
relacionadas agrave modelagem e agrave anaacutelise de terminais de transporte focalizando o seu
planejamento e o dimensionamento Este trabalho contribui para a modelagem e
anaacutelise dos diferentes problemas enfrentados pelo projetista de diferentes tipos de
terminais de transporte mas com um enfoque maior para terminais aeroportuaacuterios
O autor formula diversas alternativas apresenta diversos modelos e
propostas para tratar de problemas como macrolocalizaccedilatildeo de terminais concepccedilatildeo e
otimizaccedilatildeo de lay-out de terminais dimensionamento balanceamento capacidades
de terminais associadas a niacuteveis de serviccedilo dimensionamento de frotas de veiacuteculos e
equipamentos de paacutetios de interface e de alocaccedilatildeo de aeronaves a posiccedilotildees de
estacionamento em paacutetios aeroportuaacuterios
Gualda daacute ecircnfase para a utilizaccedilatildeo da abordagem sistecircmica e de meacutetodos
quantitativos na formulaccedilatildeo e na soluccedilatildeo de problemas voltados para o
balanceamento de capacidade para o dimensionamento operacional de terminais e de
componentes dos mesmos
O terminal segundo Morlok (1978) pode ser visto como um elemento de
um sistema de transporte facilitando o fluxo de carga e absorvendo em determinadas
condiccedilotildees parte desta carga Para executar esta funccedilatildeo o terminal requer uma planta
fiacutesica matildeo de obra e equipamentos uma operaccedilatildeo eficiente do terminal depende de
um estudo de tempos e meacutetodos
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
8
Morlok define ainda a capacidade de um terminal como a medida do
fluxo de cargas que eacute processado por ele Pode-se medir avaliar a capacidade
maacutexima de movimentaccedilatildeo supondo um fluxo maacuteximo e contiacutenuo ou entatildeo o maacuteximo
volume de movimentaccedilatildeo para valores aceitaacuteveis de tempo de espera e taxas de
utilizaccedilatildeo dos equipamentos A previsatildeo de filas e tempos de espera eacute um dos
aspectos importantes no dimensionamento dos terminais O autor coloca como
ferramentas para caacutelculo destes paracircmetros a teoria de filas e a teacutecnica de simulaccedilatildeo
Kondratowicz (1990) desenvolve um modelo de simulaccedilatildeo feito em
Fortran que representa diversas as tarefas existentes em um terminal utilizando para
os paracircmetros valores obtidos diretamente de uma situaccedilatildeo existente Eacute possiacutevel
assim simular a operaccedilatildeo de um terminal em funccedilatildeo de alguns dados de entrada
Uma outra caracteriacutestica do modelo eacute que ele natildeo funciona com distribuiccedilotildees de
tempos mas com distribuiccedilatildeo de taxas ou vazotildees isto eacute com valores de
movimentaccedilatildeo de gratildeos por navios ao dia caminhotildees por dia etc
Este modelo fornece resultados satisfatoacuterios se for utilizado para simular
grande periacuteodos de tempo Assim ele eacute muito adequado para se testar por exemplo
a instalaccedilatildeo de um novo equipamento ou um novo berccedilo Para se testar pequenas
mudanccedilas como dias de chuva greve de curta duraccedilatildeo ou a introduccedilatildeo de uma uacutenica
empilhadeira eacute utilizado o artifiacutecio de simular isso por um grande periacuteodo de tempo
e depois converter o resultado Uma outra desvantagem deste modelo eacute o fato de natildeo
levar em conta restriccedilotildees de aacuterea para a armazenagem de carga
Wadhwa (2001) elabora um modelo de simulaccedilatildeo em ARENA que
representa a operaccedilatildeo de um terminal de graneis soacutelidos que possui dois
(shiploaders) carregadores de navio e opera regularmente com um shiploader O
autor analisa a eventual utilizaccedilatildeo do segundo carregador em funccedilatildeo do tamanho da
fila e a manutenccedilatildeo do equipamento principal associando um niacutevel de serviccedilo que
corresponde a uma relaccedilatildeo tempo de espera do navio versus taxa de carregamento
Nesta anaacutelise o autor estabelece como criteacuterio que o tempo de espera mais o tempo
de carregamento natildeo pode exceder o tempo permissiacutevel de permanecircncia no cais
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
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descrito por uma expressatildeo que agrega uma penalizaccedilatildeo de acordo com uma taxa de
ldquodemurragerdquo 2 vezes maior que a tarifa de movimentaccedilatildeo
Com a simulaccedilatildeo de alguns cenaacuterios o autor desenvolve uma estrateacutegia
que considera um ponto de equiliacutebrio entre os custos de espera do navio e os da
utilizaccedilatildeo de dois shiploaders e assim eacute possiacutevel determinar-se qual o melhor
esquema de operaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo volumes de movimentaccedilatildeo anual
13 - Objetivo
Conforme mencionado em 11 a inexistecircncia de terminais intermodais
adequados junto agraves hidrovias eacute um dos fatores que contribui para a concentraccedilatildeo da
matriz de transportes no modal rodoviaacuterio e inibe a maior participaccedilatildeo do modal
hidroviaacuterio Em especial a movimentaccedilatildeo de cargas n hidrovia Tietecirc ndash Paranaacute estaacute
abaixo do previsto Uma possiacutevel causa eacute a inadequaccedilatildeo dos terminais existentes
O objetivo central do trabalho eacute elaborar o projeto de um terminal
intermodal para graneacuteis soacutelidos a ser implantado na hidrovia Tietecirc ndash Paranaacute
Para a elaboraccedilatildeo do projeto adotam-se as seguintes premissas
- o terminal funciona como um prestador de serviccedilos aos clientes
transportadores oferecendo e cobrando todos os serviccedilos que satildeo de seu escopo
- o terminal deve ser encarado como poacutelo fomentador para atraccedilatildeo de cargas
que tenham caracteriacutesticas hidroviaacuterias dentro de uma rede multimodal
- adota-se para o dimensionamento uma concepccedilatildeo modular de modo a
permitir a ampliaccedilatildeo do terminal decorrente de um aumento de fluxo de cargas na
hidrovia
- busca-se a integraccedilatildeo multimodal flexibilidade e a otimizaccedilatildeo do sistema
Como atividade preliminar eacute realizado um estudo de demanda de carga para
a hidrovia que iraacute servir como referecircncia para estimar a capacidade do terminal
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
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Para o desenvolvimento do projeto seraacute utilizada a metodologia proposta
por Lima (1988) com a formulaccedilatildeo de diversas configuraccedilotildees para o terminal Em
seguida estas configuraccedilotildees satildeo avaliadas mediante a utilizaccedilatildeo da teacutecnica de
simulaccedilatildeo de acordo com os criteacuterios de meacuterito selecionados de modo a se obter a
melhor alternativa
14 - Organizaccedilatildeo do Texto
Este trabalho encontra-se dividido aleacutem deste capitulo introdutoacuterio da
forma apresentada a seguir
No capiacutetulo 2 eacute elaborado um estudo de demandas que contempla
essencialmente graneacuteis soacutelidos e cargas de retorno Satildeo apresentadas as respectivas
projeccedilotildees considerando os atuais e futuros cenaacuterios Eacute realizado tambeacutem um estudo
baacutesico para se definir um patamar de capacidade maacutexima de movimentaccedilatildeo deste
terminal em funccedilatildeo da capacidade de movimentaccedilatildeo da hidrovia
No capiacutetulo 3 satildeo apresentados os princiacutepios baacutesicos que orientam o
projeto de um terminal intermodal de graneacuteis soacutelidos desde a escolha dos
componentes ateacute a avaliaccedilatildeo econocircmica do terminal
No capiacutetulo 4 eacute apresentado um levantamento de dados sobre
localizaccedilatildeo capacidades de movimentaccedilatildeo tipos de equipamentos lay-out e
sistemaacutetica de operaccedilatildeo dos terminais intermodais existentes na hidrovia Tietecirc-
Paranaacute Efetua-se uma anaacutelise criacutetica destes terminais
No capiacutetulo 5 apresenta-se como exemplo de aplicaccedilatildeo o
dimensionamento de um terminal intermodal no Tietecirc na regiatildeo de Pederneiras que
deve atender a um fluxo de carga estimado para um horizonte 200520102015
Utilizando os princiacutepios apresentados no capiacutetulo 3 define-se uma configuraccedilatildeo
Capiacutetulo 1 ndash Introduccedilatildeo_____________________________________________________________________
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inicial para o terminal Satildeo examinadas entatildeo diversas alternativas recorrendo ao
meacutetodo de simulaccedilatildeo Como criteacuterio de avaliaccedilatildeo utiliza-se o criteacuterio de custo global
o meacutetodo do valor presente liacutequido e o criteacuterio do tempo maacuteximo de permanecircncia
dos modais
No Capiacutetulo 6 finalmente satildeo apresentadas as conclusotildees e
recomendaccedilotildees do trabalho
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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2 - ESTUDOS PRELIMINARES PARA ESTIMATIVA DA
CAPACIDADE DO TERMINAL
O objetivo do presente trabalho eacute definir um procedimento para projeto
de terminais hidroviaacuterios de graneacuteis soacutelidos Como exemplo de aplicaccedilatildeo seraacute
considerada a hidrovia Tietecirc-Paranaacute Como etapa preliminar para o dimensionamento
eacute necessaacuterio ter um estudo inicial que defina os tipos de carga que o terminal
movimentaraacute bem como as quantidades O projeto do terminal deve ter um caraacuteter
dinacircmico de modo que ele possa atender o aumento do movimento de carga para
isso eacute conveniente ter tambeacutem uma projeccedilatildeo do movimento de carga no sistema
hidroviaacuterio Este capiacutetulo apresenta um estudo de demanda na hidrovia considerando
sua evoluccedilatildeo ateacute 2015 Para estabelecer uma limitaccedilatildeo para o dimensionamento do
terminal apresenta-se uma anaacutelise da capacidade de transporte da hidrovia
21 - Estudo de Demanda
Neste estudo eacute examinado o potencial de cargas a granel na aacuterea de
influecircncia da hidrovia Para dimensionamento de um terminal hidroviaacuterio de graneacuteis
soacutelidos deve-se estimar a quantidade de carga que pode ser transportada pela
hidrovia Para definiccedilatildeo das quantidades movimentadas eacute necessaacuterio identificar que
produtos podem ser transportados pela hidrovia
Procurou-se verificar as cargas potenciais primeiro levando em
consideraccedilatildeo os produtos agriacutecolas produzidos na regiatildeo e depois tendo em vista que
estas cargas tecircm um uacutenico fluxo de movimentaccedilatildeo examinou-se as possiacuteveis cargas
de retorno
Os cereais produzidos na regiatildeo satildeo a soja arroz milho e trigo
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Soja farelo e oacuteleo
A soja eacute o principal produto agriacutecola nacional voltado quase que
exclusivamente para a exportaccedilatildeo especialmente na forma de farelo O comeacutercio
internacional da soja brasileira em gratildeos corresponde apenas a 32 do volume
exportado de farelo Uma parcela significativa da produccedilatildeo eacute triturada dando origem
a dois produtos oacuteleo bruto e o farelo Nesse processo o farelo representa 72 em
peso o oacuteleo bruto 18 e os 10 restantes cascas e perdas EMBRAPA (1999)
A produccedilatildeo de soja atingiu cerca de 318 milhotildees de toneladas em 1999
destacando-se como principais produtores os estados do Paranaacute (25) Mato Grosso
(22) e Rio Grande do Sul (18) As produccedilotildees de farelo e oacuteleo de soja foram de
cerca de 17135 e 41 milhotildees de toneladas respectivamente
Eacute importante mencionar tambeacutem que o consumo interno do Estado de
Satildeo Paulo tendo como base o ano de 1998 representa 11 de toda a moagem de
soja do Brasil e por outro lado embora ele responda somente por 327 da produccedilatildeo
nacional de soja Nascimento (2000) Este consumo representa um grande fluxo de
soja proveniente principalmente dos estados sobre influencia da hidrovia
Um outro aspecto a ser mencionado eacute a participaccedilatildeo que a soja tem
dentre as demais culturas nas regiotildees em estudo A tabela 21 mostra que cerca de
80 da aacuterea plantada dos estados em estudo eacute ocupada por milho e soja e somente a
soja corresponde a 39 a 64 da aacuterea de plantio Pode-se dizer que fatores como
preccedilo e comeacutercio externo vieram a contribuir para que a soja se encontre difundida
predominantemente nesses estados
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Tabela 21 - Estimativa da safra 19981999 (em 103)
ESTADO Aacuterea Plantada (103) ha PRODUTO(103) ton aacutereaplantada com
SojaMilho Soja Aacuterea cultivada
total (103) haMilho Soja 39
Goiaacutes 81990 132470 277350 326200 341770 477Mato Grosso 55390 254800 398770 125170 713440 64Mato Grosso do Sul 49370 105390 178120 160240 274010 59TOTAL 18959 49551 85422 62458 133561 -Fonte Ministeacuterio da Agricultura - safra 19981999
Arroz
A cultura do arroz que eacute disseminada por todo o territoacuterio nacional eacute
feita na forma de sequeiro e irrigado Por tratar-se de um cereal tradicional de
subsistecircncia sua produccedilatildeo eacute destinada basicamente ao mercado interno Assim natildeo
gera fluxos significativos de longa distacircncia pois a maior parcela de sua produccedilatildeo eacute
consumida no proacuteprio estado de cultivo e o restante eacute transportado na forma
pulverizada
Milho
Este cereal que eacute cultivado em todo o territoacuterio nacional eacute
tradicionalmente plantado por pequenos agricultores os quais satildeo responsaacuteveis pela
maior parte da produccedilatildeo brasileira e tambeacutem pela maior aacuterea de plantio do paiacutes A
exemplo do arroz o milho natildeo gera volume significativo de transporte sendo seu
excedente de produccedilatildeo movimentado de forma pulverizada entre os poacutelos de
produccedilatildeo e de consumo A produccedilatildeo de milho na regiatildeo de influencia da hidrovia
Tietecirc-Paranaacute estaacute apresentada na tabela 22
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Tabela 22 - Produccedilatildeo agriacutecola estadual safra 19981999
PRODUTO TOTALESTADOArroz Feijatildeo Milho Soja Trigo Outros () ESTADO
Goiaacutes 3756 1346 326200 341770 135 4967 77001Mato Grosso 150330 167 125170 713440 --- 7053 106114Mato Grosso doSul
2596 286 160240 274010 656 1966 48929
Minas Gerais 3245 3093 406160 133600 266 2574 63154Total 28942 5144 104198 147859 1098 16597 303838Fonte Conab ndash julho1999(em 103)() Inclui algodatildeo amendoim aveia centeio cevada mamona e sorgo
Trigo
A produccedilatildeo de trigo eacute por fatores diversos tradicionalmente deficitaacuteria
frente ao consumo nacional sendo por isso produto tipicamente de importaccedilatildeo
oriundo de paiacuteses como Argentina Canadaacute e Franccedila
211 - Cargas agrave granel para retorno
Ultimamente na hidrovia Tietecirc-Paranaacute o comboio tem sido de certa
forma sub-utilizado carregado unicamente com a carga principal (soja e farelo) O
comboio navega pela hidrovia carregado de jusante agrave montante do Tietecirc descendo o
rio vazio O movimento do comboio vazio gera um outro problema devido ao
aumento da aacuterea veacutelica que eacute apontado por muitos como a causa de acidentes
ocasionados pela perda de controle do comboio sob a accedilatildeo do vento
Eacute interessante examinar a possibilidade de movimentar cargas de retorno
algumas cargas potenciais podem ser citadas como cimento fertilizante e calcaacuterio
Calcaacuterio
O calcaacuterio eacute um mineacuterio existente em quase todo o territoacuterio nacional
encontrando-se na forma de jazidas afloradas ou subterracircneas com jazidas estimadas
em torno de 220 milhotildees de toneladas
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Seu manuseio natildeo requer muitos cuidados sendo bem simples podendo
ser feito por retro-escavadeiras guindastes ldquoclamshellrdquo esteiras rolantes tanto para
carga como para descarga no entanto o uso de sugadores eacute inviaacutevel Ele pode ser
armazenado com uma cobertura plaacutestica ou tipo lona ou ateacute mesmo ao tempo
A utilizaccedilatildeo do calcaacuterio poderia ser mais significativa pois como
mencionado por Ferreira (1992) o consumo meacutedio de calcaacuterio eacute de 453 kgha sendo
que um ideal seria em torno de 1 a 15 tha No entanto este mesmo autor salienta
que o custo de transporte eacute uma das principais causas da baixa utilizaccedilatildeo do calcaacuterio
agriacutecola onerando bastante o preccedilo final do insumo e contribuindo para a retraccedilatildeo da
demanda
Ainda com relaccedilatildeo agrave demanda o estado brasileiro que mais consumiu
calcaacuterio ag riacutecola em 1997 (171 milhotildees de toneladas) foi o de Satildeo Paulo
respondendo por 218 do consumo total seguido do Paranaacute (17) e Rio Grande do
Sul (136)
Para a anaacutelise da viabilidade do transporte do calcaacuterio dois aspectos
precisam ser examinados adequaccedilatildeo do calcaacuterio para transporte nas embarcaccedilotildees
que movimentam a soja e potencial econocircmico de uso do calcaacuterio produzido em Satildeo
Paulo nos estados vizinhos
Em relaccedilatildeo ao primeiro aspecto os transportadores da hidrovia alegam
que a demora no processo de carregamento e descarregamento a necessidade de
limpeza das barcaccedilas antes de transportar outro produto como no caso especial do
farelo de soja natildeo viabiliza o transporte desta carga pois os custos de transporte e
manuseio natildeo seriam compensados pelos fretes que poderiam ser praticados
Poreacutem eacute importante mencionar que em relatoacuterio apresentado por Ferreira
(1992) constata-se que 697 do calcaacuterio foram consumidos no segundo semestre e
apenas 303 no primeiro semestre destacando-se que 475 foram consumidos nos
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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meses de julho a setembro Isto contraria as informaccedilotildees dos transportadores pois no
segundo semestre o volume de calcaacuterio eacute maior enquanto a movimentaccedilatildeo de soja cai
drasticamente
Quanto ao segundo aspecto estudo realizado por Toledo (1983) concluiu
que uma futura movimentaccedilatildeo de cargas agriacutecolas na hidrovia acabaraacute por gerar
fretes hidroviaacuterios de retorno e consequumlentemente viraacute a estimular o fluxo de
calcaacuterio ldquorio-abaixordquo para as regiotildees noroeste e oeste de Satildeo Paulo e para os estados
vizinhos
Ocorre poreacutem que nestas regiotildees hoje grande parte do calcaacuterio utilizado
eacute proveniente do Paranaacute provavelmente devido ao menor custo proporcionado pelas
facilidades do processo de extraccedilatildeo e pelo baixo frete rodoviaacuterio que eacute garantido
pelo grande fluxo de carregamentos de soja com destino as moageiras e ao porto de
Paranaguaacute viabilizando no sentido inverso o transporte do calcaacuterio como carga de
retorno
Deste modo dificilmente o calcaacuterio paulista poderia dominar este
mercado aleacutem do que os estados que estatildeo sob influecircncia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute
tambeacutem possuem jazidas de calcaacuterio a exemplo o estado do Mato Grosso que
produz praticamente tudo que consome
Cimento
Haacute histoacuterico no Brasil de transporte de cimento e fertilizante na hidrovia
Tietecirc-Paranaacute mas natildeo vem sendo realizado atualmente Para determinaccedilatildeo da
viabilidade do transporte deste produto algumas observaccedilotildees satildeo apresentadas
O GEIPOT (1999) fez projeccedilotildees de produccedilatildeo adotando para isto
algumas hipoacuteteses Admitiu-se que o parque industrial conservaria a mesma
participaccedilatildeo verificada em 1996 em cada regiatildeo e em cada estado do paiacutes sendo que
na Tabela 23 constam somente os estados que estatildeo na regiatildeo de abrangecircncia da
hidrovia Tietecirc-Paranaacute
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Tabela 23 - Produccedilatildeo e Consumo de Cimento 200020052015
2000 2005 2015ESTADOProduccedilatildeo Consumo Produccedilatildeo Consumo Produccedilatildeo Consumo
Satildeo Paulo 89763 122676 105650 144387 145798 198791Mato Grosso do Sul 6737 5743 7929 6760 10918 9306Mat o Grosso 6150 7033 7238 8277 9965 11397Goiaacutes 8772 11215 10324 13372 14215 18410Distrito Federal 17234 6667 20285 8004 27928 11019TOTAL 1286566 153334 151426 18080 208824 248923Fonte GEIPOT Corredores estrateacutegicos de desenvolvimento 1999 (Em 103t)
Conclui-se ao analisar os dados da Tabela 23 que a produccedilatildeo e
consumo de cimento se equilibram nos estado do Mato Grosso Mato Grosso do Sul
e Goiaacutes fazendo com que este produto esteja praticamente excluiacutedo como potencial
produto de retorno para o transporte hidroviaacuterio
Fertilizante
Em estudo apresentado por Ferreira (1999) verifica-se que o consumo
efetivo de fertilizante no Brasil alcanccedilou quantidades recordes em 1997 totalizando
138 milhotildees de toneladas de produto com acreacutescimo de 13 em relaccedilatildeo ao ano
anterior
A cultura que mais demandou fertilizantes em 1997 foi a de soja com
consumo estimado em 39 milhotildees de toneladas de produto representando 283 do
consumo total seguida pela cana-de-accediluacutecar e pelo milho (ambas com participaccedilatildeo de
166) Portanto somente estas trecircs culturas correspondem por mais de 60 da
quantidade consumida nesse ano
A tabela 24 mostra o consumo anual de fertilizantes na cultura de soja e
milho no periacuteodo de 1995 a 1999
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Tabela 24 - Consumo de fertilizante para cultura no BrasilCulturas Consumo Total (mil t)
1995 1996 1997 1998 1999
Milho 2027 2528 2388 2653 2617
Soja 2486 2797 3930 3873 3829
Fonte Anuaacuterio estatiacutestico - setor de fertilizante ANDA 1999
Um estudo apresentado pelo GEIPOT (1999) apresenta projeccedilotildees de
consumo de fertilizante considerando para isto uma taxa meacutedia anual de crescimento
do setor da ordem de 4 o que leva a nuacutemeros da ordem de 27 milhotildees de toneladas
que seratildeo consumidas no Brasil em 2015 que representa um incremento de 111
sobre o ano de 1996 como mostrado na Tabela 25
Tabela 25 - Consumo de fertilizante 200020052015
ANO (em 103 t)ESTADO2000 2005 2015
Satildeo Paulo 3472 4224 6327Goiaacutes 1248 1519 1784Mato Grosso 1320 1606 2275Mato Grosso do Sul 528 642 962Total 6568 7991 10348
Fonte GEIPOT- Corredores estrateacutegicos de desenvolvimento 1999
Eacute importante tambeacutem mencionar que o aumento no consumo de
fertilizantes no centro oeste brasileiro vem aumentando devido agrave abertura de novas
frentes agriacutecolas e agrave necessidade de maior produtividade da lavoura
Deve-se ainda mencionar que o Brasil atingiu em 1997 uma produccedilatildeo
total de fertilizante de 7411000 toneladas e importou cerca de 7288000 toneladas
sendo grande parte pelo Porto de Santos ldquoFerreira (1999b)rdquo Observa-se que o estado
de Satildeo Paulo eacute o maior produtor de fertilizante sendo que a grande maioria de suas
misturadoras se encontra na regiatildeo de Cubatatildeo
Desta forma conclui-se que o predomiacutenio de importaccedilotildees deste produto
pelo Porto de Santos e a grande produccedilatildeo de fertilizante proveniente da regiatildeo de
Cubatatildeo gera um fluxo natural de insumos para a regiatildeo de abrangecircncia da hidrovia
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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O que precisa no entanto ser considerado eacute que o fertilizante assim
como o cimento encontra-se em sua maioria acondicionado em sacos Desta forma
os terminais requerem uma estrutura para movimentaccedilatildeo deste tipo de unitizador
diferente da empregada no manuseio de gratildeos
Com isto um certo investimento ou adaptaccedilatildeo para se concretizar esta
outra alternativa de transporte eacute requerido Ressalte-se poreacutem que este produto
estando acondicionado em sacos viria a facilitar a limpeza da barcaccedila e mesmo que
este produto venha a ser transportado a granel a limpeza da barcaccedila natildeo penalizaria
o transporte uma vez que da mesma forma que o calcaacuterio o fertilizante tambeacutem tem
sua produccedilatildeo concentrada no segundo semestre
Contata-se com isto que haacute um certo deacuteficit deste produto nos estados
sobre influencia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute em relaccedilatildeo agrave produccedilatildeoconsumo gerando
uma importaccedilatildeo consideraacutevel de fertilizante do estado de Satildeo Paulo Isto justificaria
a inclusatildeo deste insumo no transporte hidroviaacuterio como carga de retorno
212 - Conclusatildeo do Estudo de Demandas
Considerando-se como aacuterea de influecircncia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute os
estados do Mato Grosso Mato Grosso do Sul Goiaacutes e os produtos agriacutecolas milho
arroz trigo e soja verifica-se que a soja na forma de gratildeo ou farelo eacute o uacutenico cereal
que representa grandes movimentaccedilotildees na regiatildeo de estudo Constata-se tambeacutem
que natildeo existe no momento uma garantia de cargas de retorno
Em funccedilatildeo destas conclusotildees propotildee-se a projetar um terminal que
trabalhe com fluxo em apenas um sentido de jusante para montante operando com
soja seja em gratildeo eou farelo Espera-se que a soja como produto principal garantiraacute
a movimentaccedilatildeo no terminal e por conseguinte fomentaraacute atraccedilatildeo de outros insumos
como carga de retorno fertilizante e ateacute outros commodities
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Este trabalho tem como proposta dimensionar um terminal para a
hidrovia Tietecirc-Paranaacute de forma que ele venha absorver a produccedilatildeo de graneacuteis de
uma determinada regiatildeo espera-se tambeacutem que cargas transportadas por outros
modais sejam atraiacutedas pela hidrovia projetando posteriormente um quadro de
movimentaccedilatildeo para os proacuteximos anos levando em conta alguns estudos do GEIPOT
22 - Descriccedilatildeo da Carga
221 - Caracteriacutesticas da soja
A CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) exige que a
armazenagem da soja seja feita em armazeacutem coberto fechado seja ele de concreto
alvenaria ou metaacutelico No entanto eacute desejaacutevel que haja aeraccedilatildeo forccedilada e sistema de
controle da temperatura do granel sendo importante efetuar sua limpeza para
eliminaccedilatildeo da poeira e outras impurezas
Com relaccedilatildeo agrave secagem ela deve ocorrer sempre que o produto chegue
ao silo com umidade superior a 13 nas regiotildees de clima temperado ou frio e
superior a 11 nas regiotildees de clima quente
A densidade do gratildeo de soja estaacute em torno de 800 kgm3 enquanto que
para o farelo ela eacute de 650tm3 admitindo uma perda da ordem 1
Para fim de armazenagem a granel o acircngulo de caimento ou talude para
soja e farelo de soja eacute de 29 graus sendo que no caso especifico do farelo este acircngulo
pode variar em funccedilatildeo do processo por que passa
222 - Periacuteodo de Produccedilatildeo
Como eacute possiacutevel verificar na tabela 26 e na figura 21 para os estados
considerados o periacuteodo da safra de soja vai fevereiro a maio com um pico nos meses
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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de marccedilo a abril Esta informaccedilatildeo eacute importante para avaliar as quantidades maacuteximas
mensais que seratildeo movimentadas no terminal
Tabela 26 - Estimativa mensal de colheita de soja
UF PRODUCcedilAtildeOFEV
() QtdMAR
() QtdABR
() QtdMAI
() QtdMT 90524 120 10863 550 49788 320 28968 10 905MS 27372 100 2737 500 13686 380 10401 20 547GO 40389 120 4847 520 21002 340 13732 20 808
Fonte CONAB ndash Fev 2001 (em mil t)
18469
84829
53454
2283
-2000040000
60000
80000100000
Figura 21 - Estimativa mensal de colheita de soja
23 - Previsatildeo de Quantidades Movimentadas
231 - Projeccedilatildeo da Produccedilatildeo
As perspectivas com relaccedilatildeo agrave produccedilatildeo de soja para os proacuteximos anos
satildeo bastante otimistas estima-se que a produccedilatildeo de soja no Brasil aumente num
ritmo crescente com taxa de 39aa no periacuteodo de 2000 a 2005 e de 53 aa de
2005 a 2015 Constata-se tambeacutem a tendecircncia de crescimento do consumo interno
que vem se verificando nos uacuteltimos anos O GEIPOT (1999) estima que o consumo
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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interno de oacuteleo de soja e farelo cresccedila cerca de 23 e 24 entre 2000 a 2005 e para
mais de 50 de 2005 a 2015
Desta forma o GEIPOT estima que em 2015 o Brasil produza cerca de
316 milhotildees de toneladas de farelo de soja sendo que Mato Grosso passaria a ser o
maior processador de farelo do paiacutes com 82 milhotildees de toneladas
Em se tratando das projeccedilotildees da produccedilatildeo de soja para os estados que
estatildeo na regiatildeo de influecircncia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute a Tabela 27 apresenta a
produccedilatildeo de soja para o ano de 2000 e as respectivas estimativas para os anos de
2010 e 2015
Tabela 27 - Estimativa de aacutereas potenciais para produccedilatildeo de soja no paiacutes
ESTADO ANO - BASE 1996 POTENCIALPRODUCcedilAtildeO ESTIMADA
(103ton)Horizontes
AacutereaPlantada(103ha)
Rendi-mento(tha)
Produccedilatildeo(103t)
Aacuterea(103ha)
Produccedilatildeo(103t)
2000 2005 2010 2015
SatildeoPaulo
563 2190 1234 3747 7816 1419 1703 1873 2061
MatoGrossodo Sul
831 2409 2003 13192 29608 2104 2209 2319 3015
MatoGrosso
1933 2462 4759 12290 35017 5851 7895 11597 17396
Goiaacutes 876 2303 2017 13179 27198 2463 2832 3257 4234Total 4204 23401 10015 42409 99640 11838 14639 19048 26708
Total noBrasil
10621 2377 25238 74388 170808 28327 34224 40849 52851
Fonte Elaborado pelo GEIPOT conforme dados baacutesicos fornecidos pelas seguintes entidades em niacutevel federal e estadualEMBRAPA EMATER Secretarias de Agricultura IPLAN e Projeto Hermasa Vale ressaltar que na metodologia utilizadaforam considerados os municiacutepios que jaacute produzem soja excluindo-se assim no caacutelculo da potencialidade as aacutereascultivadas em 1996 aacutereas para pecuaacuteria outras culturas e reservas indiacutegenas
Constata-se na tabela 27 que 56 da aacuterea plantada atual eacute ocupada pela
cultura de soja Cabe mencionar ainda que estudo feito pelo Ministeacuterio da
Agricultura indica que das aacutereas potenciais totais para cultivo de soja no Brasil
somente os estados na regiatildeo de influencia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute representam
64 deste total
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Um outro trabalho apresentado pelo GEIPOT (2001) analisa o
escoamento de soja dos poacutelos de produccedilatildeo pelos principais eixos de transporte Este
trabalho vem desta forma explorar alguns corredores alternativos calculando
valores de gasto com frete e consumo de combustiacutevel desde a regiatildeo de colheita ateacute
seu destino final com o objetivo de permitir ao paiacutes uma reduccedilatildeo do custo de
transporte que tem como destino os portos de Rotterdam (Holanda) e Shangai
(China)
Este trabalho que tem como base o ano de 2000 e como horizonte o ano
2015 selecionou alternativas de rotas tendo em vista recomendaccedilatildeo de novos
projetos e a identificaccedilatildeo de novas alternativas de escoamento em funccedilatildeo dos
investimentos futuros previstos pelo Governo eou iniciativa privada na aacuterea de
transportes
Este trabalho prevecirc uma que a movimentaccedilatildeo de soja na aacuterea de
influecircncia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute para o ano de 2015 seraacute de 22000000 de
toneladas tendo como destino o porto de Santos que seria a alternativa de menor
custo para exportaccedilatildeo de soja
A tabela 218 mostra a produccedilatildeo descriminada pelos diversos poacutelos
enquanto que as figuras 22 e 23 ilustram os corredores
Tabela 28 - Produccedilatildeo de soja em aacutereas de expansatildeo de fronteira agriacutecola20002015 (em mil t)
PRODUCcedilAtildeO DE SOJAESTADO REGIAtildeO POacuteLO2000 2015
MT Leste de Mato Grosso Primavera do Leste 16430 43202MT Sudeste de Mato Grosso Rondonoacutepolis 13367 29496GO Sudoeste de Goiaacutes Rio Verde 34636 128785MS Norte de Mato Grosso do
SulChapadatildeo do Sul 5645 14215
MS Centro de Mato Grosso doSul
Campo Grande 4243 10686
TOTAL 74321 226384
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Todas as estimativas de custo levaram em conta o escoamento rodo-
ferroviaacuterio Natildeo existe com relaccedilatildeo a estes poacutelos nenhuma referecircncia para o emprego
do modal hidroviaacuterio
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Figura 22 - Carga atual e economicamente viaacutevel para exportaccedilatildeo atraveacutes doporto de Santos panorama 2000
Figura 23 - Carga potencialmente movimentaacutevel e economicamente viaacutevel paraexportaccedilatildeo de soja atraveacutes do porto de Santos panorama 2015
7432000 t
564500 tano
424300 tano
3463600 tano
1643000 tano1336700 tano
22638400 t
1421500 tano
1068600 tano
12878500 tano
4320200 tano
2949600 t ano
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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232 - Escoamento de Soja pela Hidrovia
a) Previsatildeo de escoamento pela hidrovia
Os estudos mencionados acima geram uma grande expectativa com
relaccedilatildeo agrave movimentaccedilatildeo de soja para os proacuteximos anos Com isso a hidrovia Tietecirc-
Paranaacute poderia ter papel importante neste escoamento pois ela liga o maior mercado
de consumo de soja do paiacutes e tambeacutem o maior porto exportador agrave regiatildeo com maior
potencial de produccedilatildeo do paiacutes e onde as fronteiras agriacutecolas tecircm se expandido mais
expressivamente
Eacute importante lembrar que as regiotildees de abrangecircncia da hidrovia Tietecirc-
Paranaacute satildeo tambeacutem atendidas por ferrovias e rodovias e estes modais tecircm hoje uma
participaccedilatildeo significativa no transporte de soja
Contudo a ferrovia possui assim como a hidrovia uma capacidade
limite de traacutefego Assim tendo em vista as projeccedilotildees de escoamento de 22638400
toneladas de soja este fluxo supera as projeccedilotildees da Brasil Ferrovias (que hoje
engloba a Ferronorte Novoeste e Ferroban) que eacute de movimentar em toda a sua
malha um total de 16100525 de toneladas de soja e subprodutos para o ano de 2015
Deve-se salientar que estes valores satildeo bastante otimistas uma vez que a Ferroban e
a Novoeste movimentaram em 1999 somados todos os produtos e em todos os
sentidos um montante de 17457000 toneladas (GEIPOT ndash 2000 anuaacuterio estatiacutestico)
Eacute de se esperar que o modal hidroviaacuterio absorva uma parcela maior do
transporte de cargas Essas conclusotildees tambeacutem foram apontadas em trabalho
divulgado pelo GEIPOT (1999) que prevecirc que a participaccedilatildeo do modal hidroviaacuterio
(interno) deva evoluir de 09 - valor constatado em 1996 - para um conjunto de 12
produtos (arroz milho soja farelo de soja oacuteleo de soja trigo fertilizante cimento
mineacuterio de ferro gasolina oacuteleo diesel e aacutelcool) - para 4 em 2015
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Em particular o terminal abordado no presente estudo deveraacute ser
dimensionado para atender um aumento de transporte de soja pela hidrovia Assim
como ponto de partida seraacute examinada a viabilidade de implantaccedilatildeo de um terminal
para movimentar soja Oportunamente este terminal poderaacute atrair cargas de retorno
que poderatildeo aumentar o seu desempenho econocircmico
b) Quadro atual do escoamento da soja
Para o dimensionamento do terminal natildeo basta conhecer o valor da
movimentaccedilatildeo anual de soja eacute preciso saber a sua distribuiccedilatildeo ao longo do periacuteodo
O fluxo mensal de soja mensal na hidrovia Tietecirc-Paranaacute atraveacutes do seu tramo norte
(que parte de Anhembi ateacute Satildeo Simatildeo) durante os uacuteltimos 2 anos estaacute apresentado
nas tabelas 29 e 210 e figura 24
E com relaccedilatildeo ao exemplo de aplicaccedilatildeo as projeccedilotildees de
movimentaccedilatildeo teratildeo como estimativa mensal as referecircncias apresentadas na tabela
29 e 210 diferindo somente por um fator de escala
Pode-se ainda estimar a partir da demanda total as parcelas
correspondentes agrave soja in natura e farelo a meacutedia para os dois anos amostrais eacute de
635 para soja in natura e 365 para farelo de soja
Tabela 29 - Escoamento de soja e farelo na hidrovia Tietecirc-Paranaacute 1999
1999 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total
SOJA 4007 29273 75831 55935 82694 79787 54825 30692 31384 15086 0 0 459514 59
FARELO 0 19743 25309 40428 35768 33626 14071 40072 36497 35822 28694 11330 321360 41
Total 4007 49016 101140 96363 118462 113413 68896 70764 67881 50908 28694 11330 780874 100
Tabela 210 - Escoamento de soja e farelo na hidrovia Tietecirc-Paranaacute 2000
2000 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Total
SOJA 0 18385 91338 108137 102165 73947 77974 19979 0 11466 24101 16497 543988 68
FARELO 0 900 20691 37316 36175 17756 27149 30063 29059 23229 22449 10155 254941 32
Total 0 19285 112029 145453 138340 91703 105123 50042 29059 34695 46550 26652 798929 100
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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24 - Estimativa de Capacidade da Hidrovia
A capacidade de transporte da hidrovia Tietecirc-Paranaacute ainda eacute uma questatildeo
discutiacutevel Natildeo se pretende abordar este toacutepico a fundo e sim chegar a certas
conclusotildees com base em estudos disponiacuteveis No trabalho em questatildeo o
dimensionamento do terminal depende da quantidade de soja movimentada A
quantidade arbitrada deve ser compatiacutevel com a capacidade efetiva da hidrovia
considerando natildeo soacute seu valor maacuteximo mas tambeacutem restriccedilotildees impostas por
periacuteodos de estiagem e execuccedilatildeo de obras
A capacidade de traacutefego maacutexima teoacuterica (CMT) de uma via navegaacutevel
pode ser definida segundo Almeida (1968) como a quantidade maacutexima de carga que
poderia ser movimentada por ano ao longo da via nas condiccedilotildees ideais de fluxo
contiacutenuo nos dois sentidos com as embarcaccedilotildees ideais para a via (embarcaccedilotildees tipo)
trafegando totalmente carregadas A CMT depende fundamentalmente das
caracteriacutesticas das obras de transposiccedilatildeo de desniacutevel e soacute em uma segunda
aproximaccedilatildeo das condiccedilotildees de traacutefego
Contudo como salientado por Almeida amp Brighetti (1970) em uma
hidrovia natildeo se consegue atingir a CMT Por isso como definido por estes mesmos
autores tem-se uma capacidade efetiva de traacutefego (CET) que eacute designada como
sendo aquela que nas condiccedilotildees reais pode ser atingida dentro de um regime
operacional normal e de uma utilizaccedilatildeo econocircmica para a hidrovia
Nas vias canalizadas quase sempre satildeo as eclusas que limitam o fluxo de
embarcaccedilotildees e que portanto impotildeem a capacidade de traacutefego As deficiecircncias das
instalaccedilotildees de transbordo podem tambeacutem restringir o traacutefego nas hidrovias Poreacutem
este aspecto normalmente natildeo eacute considerado nos estudos de vias navegaacuteveis
A relaccedilatildeo entre a CET e a CMT eacute designada pelos mesmos autores como
sendo o ldquocoeficiente de utilizaccedilatildeordquo ou ldquocoeficiente global de eficiecircnciardquo Seu valor
seraacute sempre menor que a unidade e dependeraacute fundamentalmente das condiccedilotildees
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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locais de operaccedilatildeo e exploraccedilatildeo da via fluvial levando sempre em consideraccedilatildeo os
seguintes fatores
-tempo real de operaccedilatildeo da eclusa durante o periacuteodo do ano
-tempo de transposiccedilatildeo das diferentes embarcaccedilotildees
-nuacutemero de embarcaccedilotildees efetivamente operadas em cada eclusagem
-tonelagem de carga efetivamente transportada por embarcaccedilotildees
Com relaccedilatildeo a estudos sobre a capacidade da hidrovia Tietecirc-Paranaacute
alguns trabalhos podem ser citados A Cesp apresenta um estudo de capacidade
nominal de escoamento de cargas pela Hidrovia Tietecirc-Paranaacute em que foi adotado o
criteacuterio de utilizaccedilatildeo otimizada do sistema de eclusas Admitiu-se a natildeo ocorrecircncia
de filas de espera para eclusagem e a chegada de embarcaccedilotildees para seguir em
sentido contraacuterio ao das que estatildeo eclusando sincronizadamente quando estas
estiverem saindo Dessa maneira a eclusa natildeo fica parada nem as embarcaccedilotildees
ficam agrave espera de liberaccedilatildeo para eclusagem Foi admitido um tempo meacutedio para
transposiccedilatildeo de uma barragem de 55 min distribuiacutedos nas seguintes operaccedilotildees 10
min para aproximaccedilatildeo e entrada do comboio na cacircmara da eclusa 5 min para efetuar
as amarraccedilotildees nos cabeccedilos flutuantes e fechamento das comportas 25 min para
enchimentoesvaziamento da cacircmara 5 min para desamarraccedilatildeo e abertura das
comportas 10 min para saiacuteda da cacircmara e afastamento do comboio para permitir a
aproximaccedilatildeo do proacuteximo comboio e eclusar em sentido contraacuterio aproveitando a
condiccedilatildeo da cacircmara estar cheia ou vazia Considerando esse tempo meacutedio de
utilizaccedilatildeo e como periacuteodo de funcionamento do sistema 11 meses durante o ano
reservando-se um mecircs para manutenccedilatildeo eacute possiacutevel efetuar anualmente 8640
eclusagens 4320 em cada sentido
Nas eclusas padratildeo Tietecirc cujo gabarito permite embarcaccedilotildees de ateacute
137m de comprimento 11m de largura e 25 m de calado os comboios com um
empurrador e duas chatas totalmente carregadas podem transportar ateacute 2200
toneladas Portanto eacute possiacutevel transportar anualmente no trecho Tietecirc em cada
sentido 95 milhotildees de toneladas
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Santana (2002) utilizou metodologia elaborada por Almeida e Brighetti
para o caacutelculo da capacidade das eclusas nos quais admitiu-se que toda
movimentaccedilatildeo seria realizada por comboios tipo Tietecirc (com aproximadamente 1200
tonchata) com as devidas eclusas perfeitamente adequadas a estas embarcaccedilotildees
(acessos livres agrave montante e agrave jusante muros guias garagens etc) Admitiu-se os
tempos meacutedios de enchimento e esgotamento das cacircmaras indicados nos projetos das
obras Utilizou-se tambeacutem para todas as eclusas valores meacutedios para as atividades
de transposiccedilatildeo da barragem conforme dados CESP
A partir do ciclo de eclusagem (tabela 211) e considerando ainda que
esse sistema tenha possibilidade de funcionar 24 horas por dia 365 dias no ano e
admitindo para calculo comboio simples padratildeo Tietecirc (duas chatas de 1100 ton
cada) determinou-se a capacidade maacutexima teoacuterica de traacutefego de cada eclusa para
ambos os sentidos de fluxo conforme mostrado na tabela 211
Eacute importante ressaltar que os valores obtidos para as eclusas de Nova
Avanhandava e Trecircs Irmatildeos se baseiam na hipoacutetese de natildeo haver restriccedilatildeo de traacutefego
no canal intermediaacuterio
Deste modo no estudo de Santana chegou-se a conclusatildeo que a
capacidade maacutexima de traacutefego teoacuterica na hidrovia eacute da ordem de 34500000 ton
ano que eacute a capacidade de traacutefego da eclusa de menor capacidade
Tabela 211 - Capacidade maacutexima de traacutefego das eclusas da hidrovia Tietecirc-Paranaacute
Eclusa Ciclo deEclusagem
(min)
Capacidade de Traacutefego(tano)
Barra Bonita 59 39200000Bariri 53 43600000Ibitinga 57 40500000Promissatildeo 67 34500000Nova Avanhandava (Sup)Nova Avanhandava (Inf)
5753
4050000043600000
Trecircs Irmatildeos (Sup)Trecircs Irmatildeos (Inf)
5957
3920000040500000
Jupiaacute 67 103500000Porto Primavera 67 103500000
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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Os dados dos estudos acima seratildeo utilizados com os devidos ajustes
para se determinar agrave capacidade da hidrovia Em relaccedilatildeo aos resultados da Tabela
211 deve-se assinalar que admitiu-se eficiecircncia maacutexima do sistema o que na praacutetica
natildeo ocorre Por outro lado como explicado por Almeida e Brighetti a capacidade da
hidrovia natildeo depende apenas da capacidade da eclusa mas tambeacutem de outros fatores
como tempo de passagem entre pilares de pontes periacuteodos de seca e periacuteodos de pico
de movimentaccedilatildeo Assim utilizando o conceito elaborado por estes autores segundo
o qual a relaccedilatildeo entre capacidade maacutexima teoacuterica e a capacidade efetiva varia de 03
a 04 e tomando como referecircncia o valor da eclusa mais criacutetica (a eclusa de
Promissatildeo com capacidade maacutexima de 34500000 toneladas) a capacidade da
hidrovia estaria entre 10350000 e 13800000 toneladas por ano
241 - Fatores Limitantes
- Periacuteodo de seca
A estiagem vem influenciando o transporte de carga na hidrovia nos
uacuteltimos anos natildeo soacute pelo fato de ter chovido menos mas tambeacutem pela falta de uma
poliacutetica que regule os niacuteveis dos reservatoacuterios
Nos meses de agosto a dezembro o problema de calado tem restringido a
navegaccedilatildeo segundo fonte do Departamento Hidroviaacuterio do Estado de Satildeo Paulo
Nesse periacuteodo as embarcaccedilotildees tem navegado com calado de 230 agrave 240m o que
reduz a capacidade de carga do comboio
- Periacuteodo de safra
Os produtos agriacutecolas como soja milho etc tem seu periacuteodo de safra
durante os meses de marccedilo a junho periacuteodo este em que o reservatoacuterio se encontra
com boa lacircmina da aacutegua O pico do transporte de soja na hidrovia eacute justamente nos
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
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meses de cheia o que natildeo limita o transporte diminuindo gradativamente ateacute o mecircs
de dezembro
Pode-se entatildeo admitir que no periacuteodo de janeiro a julho quando natildeo haacute
restriccedilatildeo de calado na hidrovia a capacidade de transporte seria de cerca de
14000000 de tonano nos dois sentidos ou de 7000000 de tonano em cada
sentido com uma capacidade mensal de 584000 tonmecircs Para os meses de agosto a
dezembro considerando que o calado seria reduzido a 23 m a capacidade fica
limitada a 537000 tonmecircs
Para a determinaccedilatildeo da quantidade transportada de soja natildeo se pode
esquecer que outras cargas satildeo movimentadas na hidrovia especialmente a cana de
accediluacutecar em alguns trechos da via
A tabela 212 apresenta os dados referentes ao movimento mensal de
cargas para 1999 e 2000
Verifica-se que no total anual a soja responde por 516 do total
transportado embora na comparaccedilatildeo mecircs a mecircs a variaccedilatildeo seja muito grande
Percebe-se ainda que nos meses de pico de movimento de soja (maio)
tambeacutem haacute um grande transporte de outras cargas pois como jaacute mencionado o
periacuteodo de safra da soja coincide com a safra de outras culturas
Com relaccedilatildeo agrave capacidade maacutexima de movimentaccedilatildeo nota-se que a
hidrovia tem ociosidade operacional nos primeiros e uacuteltimos meses do ano
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
34
Tabela 212 - Projeccedilotildees maacuteximas mensais de fluxo de soja parametrizadas
pelos anos de 1999 e 2000
Para determinar a maacutexima quantidade de soja transportada pela hidrovia
seratildeo adotadas as seguintes hipoacuteteses
-natildeo haveraacute acreacutescimo do transporte de outras cargas tendo em vista que
as demais cargas tem sua movimentaccedilatildeo predominantemente entre os lagos da via e
no maacuteximo executam uma eclusagem como eacute o caso da cana de accediluacutecar Aleacutem do
que a soja dentre as cargas da hidrovia eacute a que mais cresce
-a distribuiccedilatildeo de mensal do movimento de soja verificado no periacuteodo
1999 ndash2000 seraacute mantido para qualquer acreacutescimo de movimentaccedilatildeo
Adotando estas hipoacuteteses e utilizando-se os dados de capacidade maacutexima
de transporte da hidrovia pode-se construir a Figura 24 que permite determinar a
quantidade maacutexima de soja que pode ser transportada mecircs a mecircs
total soja+ farelo
OutrasCargas
total decargas
mensalfarelo+
soja
outrascargas
proj maacutexmensal de
soja
proj mensalde outras
cargas
Total decargas
capac maacutexhidrovia emum sentido
JAN 2004 1393 3396 590 410 7939 1393 9331 584000FEV 34151 1335 35486 962 38 130901 1335 132236 584000MAR 106585 1148 107733 989 11 396673 1148 397821 584000ABR 120908 2306 123214 981 19 445774 2306 448079 584000MAI 128401 103534 231935 554 446 480456 103534 583989 584000JUN 102558 127951 230509 445 555 385373 127951 513324 584000JUL 87010 122116 209125 416 584 320691 122116 442806 537000AGO 60403 120203 180606 334 666 227880 120203 348083 537000SET 48470 100756 149226 325 675 185402 100756 286157 537000OUT 42802 102693 145495 294 706 161650 102693 264343 537000NOV 37622 55015 92637 406 594 138412 55015 193427 537000DEZ 18991 1341 20332 934 66 69146 1341 70487 537000Total 789902 739790 1529691 516 484 2950295 739790 3690083 6726000
Projeccedilatildeo maacutex mensal de cargas (ton)
Meses
meacutedia dos fluxos de carga - 19992000 (ton)
Capiacutetulo 2 ndash Estudos Preliminares para Estimativa da Capacidade do Terminal_____________________________________________________________________
35
Figura 24 - Capacidade maacutexima de movimentaccedilatildeo de soja + farelo
na hidrovia segundo hipoacuteteses assumidas
Assim com as hipoacuteteses admitidas a capacidade maacutexima de transporte
de soja seria em torno de 3000000 de toneladas por ano
0100000200000300000400000500000600000700000
Proj maacutex mov soja + farelo+outras Meacutedia mov soja +farelo (19992000)Capac maacutex mensal hidrovia Proj capac maacutex mov soja+farelo
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________36
3 CONSIDERACcedilOtildeES GERAIS SOBRE TERMINAIS MULTIMODAIS
PARA GRANEacuteIS SOacuteLIDOS
Satildeo apresentados neste capiacutetulo os princiacutepios baacutesicos que orientam o
projeto de um terminal multimodal instalado em uma hidrovia A abordagem do tema
inicia-se com uma definiccedilatildeo da funccedilatildeo de um porto fluvial Apresenta-se depois o
esquema baacutesico do terminal identificando-se os seus diversos subsistemas Trata-se
em seguida cada um destes subsistemas apresentando uma siacutentese de diretrizes para
o seu projeto (dimensionamento) Por uacuteltimo o capiacutetulo descreve a metodologia para
dimensionamento global do terminal considerando as interaccedilotildees entre os diversos
subsistemas
31 Finalidade dos Portos Fluviais
De acordo com estudo Brascosult (1968) e tambeacutem mencionado no
trabalho de Bird (1971) os portos fluviais destinam-se basicamente ao transbordo
das cargas dos meios de transporte terrestre para as embarcaccedilotildees e vice-versa
Para bem desempenharem esta finalidade baacutesica os portos fluviais devem
dispor das facilidades necessaacuterias de um lado ao acesso dos veiacuteculos terrestres e do
outro lado ao acesso das embarcaccedilotildees Bird Este mesmo autor salienta ainda que os
portos devem dispor tambeacutem do equipamento baacutesico essencial agrave movimentaccedilatildeo das
cargas e como complemento quase sempre indispensaacutevel de depoacutesitos destinados agrave
armazenagem das mercadorias para fazer frente agraves eventuais irregularidades de
traacutefego Os portos fluviais ainda necessitam de uma seacuterie de facilidades acessoacuterias
tais como oficinas estaleiros de manutenccedilatildeo e reparos sistema de abastecimento de
combustiacuteveis e viacuteveres etc que permitam a execuccedilatildeo de trabalhos complementares
durante os periacuteodos forccedilados de imobilizaccedilatildeo dos veiacuteculos
Considerando a operaccedilatildeo completa do transbordo o porto eacute constituiacutedo
dos seguintes elementos fundamentais
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________37
- canal de acesso das embarcaccedilotildees
- aacuterea do estacionamento das embarcaccedilotildees
- estrutura de acostagem
- equipamento de carga e descarga
- aacuterea da armazenagem e depoacutesito
- paacutetio de carregamento (trens e caminhotildees)
- paacutetio de manobra dos veiacuteculos
- acessos terrestres (rodovias e estradas de ferro)
- local de abastecimento das embarcaccedilotildees
No presente trabalho o porto fluvial seraacute tratado como um terminal
multimodal situado agraves margens de uma hidrovia Como ressaltado no capiacutetulo 1 a
hidrovia interior natildeo pode mais do que os outros modais ser considerada dissociada
das outras modalidades De um modo geral para se utilizar a navegaccedilatildeo interior
passa-se necessariamente pelo transporte rodoviaacuterio eou pelo ferroviaacuterio Para isto o
terminal tem funccedilatildeo capital de promover o transbordo da mercadoria e regular as
diferenccedilas de fluxos geradas pelos diferentes modais de forma que o sistema funcione
harmoniosamente
Utilizando um enfoque mais moderno pode-se dizer que um terminal
multimodal eacute um processador de cargas de um sistema de transporte que atenderaacute uma
certa demanda que seraacute absorvida pelo terminal com um certo niacutevel de serviccedilo De
seu dimensi onamento e de seus componentes fiacutesicos e organizacionais dependeratildeo a
eficiecircncia e a rentabilidade do sistema de transporte Morlok (1978)
32 Esquema Baacutesico de um Terminal Multimodal
Para os objetivos do presente trabalho considera-se que o terminal
multimodal a ser instalado na hidrovia tenha o esquema baacutesico definido na Figura
31
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________38
LEGENDA DOS SUBSITEMASRODOVIARIOFERROVIARIO
ARMAZENAGEMHIDROVIARIO
MOVIMENTACcedilAtildeO
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________39
O esquema operacional baacutesico de qualquer terminal depende
primordialmente de seu arranjo fiacutesico De um arranjo bem planejado dependeraacute sua
eficiecircncia na movimentaccedilatildeo armazenagem etc Com um projeto de lay-out bem
elaborado com equipamentos corretamente selecionados reduzem-se os
investimentos e o gasto com energia assim como minimizam-se os danos agraves cargas
Weber (1995)
Assim o objetivo principal do planejamento do arranjo-fiacutesico eacute
compatibilizar a armazenagem e a movimentaccedilatildeo necessaacuteria de cargas e veiacuteculos com
o espaccedilo fiacutesico disponiacutevel e utilizar este espaccedilo de forma mais racional possiacutevel
Neste processo de planejamento e concepccedilatildeo do arranjo fiacutesico deve-se
procurar
- minimizar as movimentaccedilotildees de cargas dentro do terminal
- garantir as condiccedilotildees miacutenimas de circulaccedilatildeo e manobras dos veiacuteculos
- maximizar o aproveitamento das aacutereas
- racionalizar a distribuiccedilatildeo dos componentes de forma compatiacutevel com seu
inter-relacionamentos
- prever formas e espaccedilos de crescimento para os componentes
Certamente consideraccedilotildees de natureza econocircmica condicionam o projeto
do terminal Por exemplo dependendo dos valores mobiliaacuterios pode-se dotar o
terminal de maiores aacutereas que daratildeo maior flexibilidade aos sistemas de
movimentaccedilatildeo e armazenagem
Eacute importante tambeacutem para um melhor aproveitamento de sistemas de
movimentaccedilatildeo localizar os portos em locais em que a topologia permita o
descarregamento dos silos gravidade Brasconsult (1968)
Na distinccedilatildeo da concepccedilatildeo deve sempre que possiacutevel buscar espaccedilo livre
ao lado do cais de modo que as vias de circulaccedilatildeo rodoviaacuterias e ferroviaacuterias sejam
localizadas nesta regiatildeo permitindo o transbordo direto do subsistema hidroviaacuterio
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________40
para o subs istema rodo-ferroviaacuterio minimizando assim movimentaccedilotildees no terminal
Brasconsult (1968) e IPT (1985)
33 Subsistema Hidroviaacuterio
Os componentes baacutesicos do subsistema hidroviaacuterio como dividido por
Lima (1988) satildeo canal de acessoegresso aacuterea de evoluccedilatildeo e manobra regiatildeo de
fundeio sistema de atracaccedilatildeo e elemento de transbordo conforme mostrado na
Figura 32
Apresenta-se a seguir uma descriccedilatildeo das funccedilotildees destes componentes
bem como diretrizes para definiccedilatildeo de seus paracircmetros Adicionalmente seratildeo
descritos os processos de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo deste subsistema
Canal de acessoegresso
O canal de acessoegresso corresponde agrave interface com a hidrovia Este
canal deve ter dimensotildees e caracteriacutesticas adequadas em determinados casos eacute
necessaacuterio executar obras de infra-estrutura para a atracaccedilatildeo e fundeio condizentes
com a embarcaccedilatildeo criacutetica
Regiatildeo de fundeio e Aacuterea de evoluccedilatildeo
Eacute a regiatildeo onde as chatas cheias ou vazias ficam posicionadas
aguardando cargadescarga ou simplesmente o transporte Face agrave baixa incidecircncia de
vento ondas e correntes muitas vezes natildeo satildeo necessaacuterias obras de infra-estrutura de
acostagem podendo a barcaccedila se posicionar fundear na proacutepria margem da hidrovia
dependendo precisamente das restriccedilotildees da via Por isso as embarcaccedilotildees podem ser
fundeadas ao longo da margem
A aacuterea de evoluccedilatildeo por sua vez eacute uma regiatildeo virtual onde seratildeo
realizadas as manobras das chatas suas dimensotildees satildeo fixadas em funccedilatildeo do comboio
criacutetico que frequumlentara o terminal
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________41
Sistema de atracaccedilatildeo
Eacute o espaccedilo reservado para atracaccedilatildeo da embarcaccedilatildeo onde equipamentos
de transbordo executam o carregamento ou descarregamento da embarcaccedilatildeo Pode ser
provido de berccedilos com uma certa infra-estrutura portuaacuteria ou entatildeo em casos
especiacuteficos pode ser a proacutepria margem da via onde as chatas satildeo carregadas ou
descarregadas Eacute possiacutevel tambeacutem que se realize o transbordo direto para os veiacuteculos
terrestres ou entatildeo para equipamento intermediaacuterio de movimentaccedilatildeo eou aacutereas de
armazenagem necessitando-se para isso arranjo fiacutesico adequado
MARGEM
ACESSO AGRESSO
EVOLUCcedilAtildeO
FUNDEIO FUNDEIO
MARGEM MARGEM
CARGA E DESCARGA
RETROPORTOESTAacuteGIO INICIALCRESCIMENTO
Figura 32 Macro-concepccedilatildeo do setor hidroviaacuterio Fonte Lima (1988)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________42
Como a configuraccedilatildeo do setor hidroviaacuterio depende essencialmente das
caracteriacutesticas das embarcaccedilotildees ao se projetar um terminal deve-se levar em conta as
diferentes capacidades dos comboios que compotildeem a frota que opera na hidrovia
Uma orientaccedilatildeo para projeto de canal de acesso egresso regiatildeo de
evoluccedilatildeo e fundeio pode ser encontrado em Lima (1988) No presente trabalho seraacute
focalizado com mais atenccedilatildeo o sistema de transbordo
331 Configuraccedilotildees do sistema de atracaccedilatildeoConforme Lima (1988) haacute quatro formas baacutesicas de se posicionar a
embarcaccedilatildeo para executar as operaccedilotildees de carga e descarga Offshore (flutuante ou
natildeo) longitudinal flutuante e transversal
Qualquer uma destas configuraccedilotildees pode ser dividida em moacutedulos
unitaacuterios (para uma embarcaccedilatildeo) analisando separadamente cada um deles
Haacute vaacuterias formas construtivas de cais ficando a sua escolha na
dependecircncia das caracteriacutesticas da margem do rio e comportamento da lacircmina drsquoaacutegua
A Figura 33 apresenta as principais caracteriacutesticas destas 4 formas
Foi constatado que na maioria dos Portos que apresentam sistemas de
transbordo composto de Guindastes ou Poacuterticos (descarregamento) o sistema
Longitudinal eacute o mais difundido bem como a configuraccedilatildeo offshore eacute a mais
recomendada para os processos de carregamento
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________43
RETROPORTO
CC
F F
ED
LC
LP
A-OFFSHORE
L PTLP
L C
B-LONGITUDINALRETROPORTO
F CC F
C-FLUTUANTERETROPORTO
FLUTUANTE
RAMPA
CC
LC F
LF
LR
C-TRANSVERSALRETROPORTO
L L
C
FF
CP
C
F
C
L
F
α
C
L
C
C
P
P
E-INCLINADORETROPORTO
Figura 33 Tipologia do sistema de atracaccedilatildeo Fonte Lima (1988)
332 Arranjos utilizados para a movimentaccedilatildeo dos equipamentos no cais
Vaacuterios arranjos de carregamentodescarregamento podem ser utilizados
dependendo do produto em questatildeo para graneacuteis soacutelidos podem ser utilizados os
tipos radial linear e fixo como ilustrado na Figuras 34 e 311 Agerschov (1983)
O arranjo mais simples e frequumlentemente com menor custo eacute o fixo
Utiliza um uacutenico equipamento de carregamento mas tem o inconveniente de requerer
a movimentaccedilatildeo da barcaccedila no cais para que seja efetuado o
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________44
carregamentodescarregamento Ele eacute mais aconselhaacutevel para baixas taxas de
movimentaccedilatildeo Por outro lado os outros dois arranjos citados necessitam de um berccedilo
com menor comprimento e o equipamento se movimenta linearmente ou radialmente
com maiores taxas de carregamentodescarregamento pois natildeo haacute necessidade de
mover a embarcaccedilatildeo pelo cais
Figura 34 Arranjos de movimentaccedilatildeo dos equipamentos no berccedilo
Fonte Agerschov (1983)
333 Elemento de transbordo
Existe uma grande variedade de equipamentos utilizados para
carregamento ou descarga de embarcaccedilotildees hidroviaacuterias Satildeo enfocados nesta sub-
seccedilatildeo equipamentos utilizados para movimentaccedilatildeo de graneacuteis soacutelidos com ecircnfase
especiacutefica para os empregados no manuseio de gratildeo e farelo de soja
Entre os graneacuteis soacutelidos distinguem-se os mineacuterios que apresentam alta
densidade o carvatildeo de baixa densidade e materiais pulverulentos (ou quase
pulverulentos) cabendo entre estes distinguir os produtos alimentiacutecios (que exigem
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________45
cuidados especiais para evitar contaminaccedilatildeo e deterioraccedilotildees) e materiais de
construccedilatildeo em geral Cada tipo destes graneacuteis exige equipamento portuaacuterio
especializado que varia consideravelmente de um modo geral para os portos
destinados agrave recepccedilatildeo e os destinados agrave expediccedilatildeo destes produtos
Nos portos destinados agrave expediccedilatildeo destacam-se os ship-loaders que
consistem em uma trompa de descarregamento associada a um esteira transportadora
O sistema de carregamento eacute constituiacutedo por um ou mais trompas conforme ilustrado
nas Figura 35 alimentados pelos silos de armazenagem atraveacutes de um conjunto de
esteiras transportadoras ou galerias elevadas as quais movimentam o gratildeo ateacute a
moega de expediccedilatildeo Eacute possiacutevel tambeacutem efetuar o carregamento da barcaccedila
diretamente dos modais de recepccedilatildeo Eacute interessante sempre que possiacutevel aproveitar o
desniacutevel do terreno
Figura 35 Modelo de expediccedilatildeo hidroviaacuteria ldquoshiploaderrdquo
Nos portos destinados agrave recepccedilatildeo os equipamentos de transbordo no cais
satildeo subdivididos segundo Agerchov (1983) em trecircs categorias guindastes
intermitentes (guindaste e poacuterticos) mecacircnicos contiacutenuos e pneumaacuteticos
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________46
Os guindastes segundo Agershov movimentam a carga por ciclos e se
restringem a poucas centenas de toneladas por hora Esta configuraccedilatildeo se destina a
pequenas movimentaccedilotildees de graneacuteis com a vantagem de ser simples pois natildeo
necessita praticamente de nenhuma obra de instalaccedilatildeo Aleacutem da capacidade reduzida
existe a limitaccedilatildeo do alcance da lanccedila o que requer movimento frequumlente da chata no
cais
Taylor (1992) se refere aos equipamentos poacuterticos como unidades
versaacuteteis que podem cobrir altas tonelagens e cuja capacidade natildeo eacute afetada pelo tipo
de gratildeo Figura 36 Sua faixa de operaccedilatildeo eacute geralmente em torno de 60 agrave 400 th e se
caracteriza por ser mais eficiente que os guindaste
Figura 36 Transbordo utilizando equipamento poacutertico
Os equipamentos mecacircnicos contiacutenuos chegam agrave taxas de movimentaccedilatildeo
de 1000 a 5000 tonh nesta categoria estatildeo as caccedilambas em cadeia (caccedilamba em
alcatruzes) e o sistema de rosca sem fim Taylor (1992) salienta que equipamentos
mecacircnicos de transporte tecircm alta capacidade mas sofrem algumas restriccedilotildees em
espaccedilos com difiacutecil acesso Este poreacutem natildeo eacute o caso do sistema por rosca sem fim
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________47
que permite atingir altas taxas de descarregamento e possibilita a operaccedilatildeo em aacutereas
de difiacutecil acesso do poratildeo
Muitos dos equipamentos mecacircnicos satildeo capazes de quebrar o granel
solidificado portanto essa configuraccedilatildeo tambeacutem serve para graneacuteis de produtos
derivados que se agregam naturalmente como cimento e fertilizante
Eacute importante salientar que tanto os equipamentos intermitentes quanto os
equipamentos mecacircnicos tecircm rendimento variaacutevel ao longo do descarregamento seu
rendimento eacute maacuteximo quando o poratildeo estaacute cheio torna-se meacutedio quando o poratildeo esta
em um niacutevel meacutedio e fica peacutessimo quando a carga se concentra no fundo do poratildeo
Para determinados equipamentos mecacircnicos a retirada de carga exige uma
coluna de granel da ordem de 15m Nestas condiccedilotildees para o teacutermino de
descarregamento utiliza se um bob cat paacute carregadeira ou similar para aglomerar o
restante da carga como eacute possiacutevel se constatar pelas figuras 37 a 310 mostradas em
seguida (Resulta Importadora e Exportadora Ltda)
Ambas categorias de equipamentos (intermitentes e mecacircnicos contiacutenuos)
podem ser utilizados para qualquer tipo de granel e em sua maioria satildeo fabricados
mediante encomenda atendendo portanto agraves taxas de movimentaccedilatildeo requisitadas
pelo empreendedor
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________48
Figura 38 Maacutequina auxiliando no transbordo
do granelFigura 37 Poratildeo com baixacoluna de carga (uso de maacutequinapara facilitaro transbordo da carga)
Figura 39 Baixa taxa de movimentaccedilatildeo
Figura 310 Fim do descarregamento
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________49
Os equipamentos pneumaacuteticos exigem potecircncia mais elevada e satildeo
unidirecionais mas satildeo praacuteticos tem grande eficiecircncia no controle de poeira e bom
rendimento um desenho esquemaacutetico deste equipamento eacute apresentado na Figura
311 Moura (1987) Taylor (1992) afirma que os sistemas de succcedilatildeo pneumaacuteticos satildeo
recomendados para graneacuteis secos e soltos para materiais natildeo abrasivos de pequena
granulometria e baixo peso especiacutefico Estes sistemas de succcedilatildeo satildeo capazes de
alcanccedilar partes de difiacutecil acesso e tecircm uma capacidade em torno de 100 agrave 700 tonh
mas alguns podem atingir de 10000 agrave 15000 tonh
Figura 311 Descarregamento por sugador
A Tabela 31 mostra uma comparaccedilatildeo entre as trecircs categorias de
equipamento de transbordo quanto agrave eficiecircncia flexibilidade consumo de energia
custo do investimento custo operacional etc Ela se constitui em uma boa ferramenta
para nortear o projetista na escolha do equipamento que melhor se ajuste a seus
requisitos
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________51
34 Subsistema Ferroviaacuterio
O subsistema ferroviaacuterio eacute responsaacutevel pela recepccedilatildeo expediccedilatildeo
formaccedilatildeo classificaccedilatildeo e posicionamento para carga e descarga dos vagotildees Os
componentes baacutesicos do setor ferroviaacuterio satildeo acesso e egresso aacuterea de circulaccedilatildeo e
manobra paacutetios e setor de carga e descarga Apresenta-se a seguir uma descriccedilatildeo das
funccedilotildees desses componentes bem como diretrizes para definiccedilatildeo de seus paracircmetros
Lima (1988)
Acesso e egresso ferroviaacuterio
Este componente consiste em um entroncamento ferroviaacuterio que eacute o elo
entre a via feacuterrea e o terminal O dimensionamento deste componente deve levar em
consideraccedilatildeo restriccedilotildees estabelecidas pela composiccedilatildeo criacutetica que frequumlentaraacute este
subsistema bem como as normalizaccedilotildees existentes Em maiores configuraccedilotildees pode-
se desmembrar este componente em linhas distintas de chegada e saiacuteda sendo para
isto necessaacuterio instalaccedilotildees de sinalizaccedilatildeo chaveamento etc
Aacuterea de circulaccedilatildeo e manobra
Trata-se de uma aacuterea de formaccedilatildeo classificaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo dos trens
Nos terminais em que a movimentaccedilatildeo de trens natildeo eacute muito grande e natildeo ocorre
saturaccedilatildeo do sistema a utilizaccedilatildeo de algumas linhas concorrentes eacute suficiente para
realizar as atividades mencionadas
Nos pequenos terminais natildeo existe uma diferenciaccedilatildeo niacutetida entre as aacutereas
de estacionamento de vagotildees e a aacuterea de formaccedilatildeo classificaccedilatildeo e decomposiccedilatildeo de
trens Entretanto para terminais que venham a operar com fluxos mais expressivos de
movimentaccedilatildeo deve se estudar a necessidade de regiotildees distintas para as atividades
descritas de forma a combinar as linhas ferroviaacuterias e possibilitar o manuseio dos
vagotildees
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________52
Paacutetios ferroviaacuterios
O terceiro componente eacute a aacuterea de regulaccedilatildeo de fluxo de vagotildees que
consiste de um paacutetio com linhas concorrentes onde se armazenam os vagotildees cheios e
vazios e onde podem ser executadas manobras
Haacute ainda uma regiatildeo de preparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo onde se compotildee lotes de
vagotildees para carga e descarga visando reduzir os tempos de manobra e evitar
interrupccedilotildees desnecessaacuterias no carregamento ou descarregamento do vagatildeo
Setor de carga e descarga
O setor de carga e descarga eacute local onde ocorre a transferecircncia de carga
seja ela direta de um modal para o outro ou para o sistema de armazenagem Este
componente deve ser dimensionado consistentemente com o subsistema de
movimentaccedilatildeo o qual por sua vez depende da demanda de transbordo
Na sequumlecircncia satildeo discutidos alguns dos componentes deste subsistema
poreacutem maiores detalhes podem ser encontrados no trabalho de Lima (1988)
341 Consideraccedilotildees gerais sobre componentes ferroviaacuterios
Na concepccedilatildeo do setor ferroviaacuterio deve-se seguir algumas regras estabelecidas
pela AREA (American Railway Engineering Association) conforme citado por Lima
(1988)
- paacutetios muito largos devem ser evitados pois geram ineficiecircncia operacional
advindas das longas distacircncias a serem percorridas
- as vias principais natildeo devem atravessar o setor ferroviaacuterio do terminal
- as conexotildees das vias principais com o recebimento e expediccedilatildeo devem ser as
mais diretas possiacuteveis
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________53
- as interferecircncias entre movimentos devem ser minimizadas
- os acircngulos dos desvios devem ser os maiores possiacuteveis para reduzirem o
comprimento das linhas
A Figura 312 mostra a configuraccedilatildeo da via de acesso e egresso e as
correspondentes restriccedilotildees dimensionais que satildeo consistentes com as velocidades de
movimentaccedilatildeo da composiccedilatildeo na aacuterea do terminal
Deve-se salientar tambeacutem que em funccedilatildeo da topografia do terreno as vias de
circulaccedilatildeo interna podem apresentar aclives e declives contudo natildeo eacute recomendada
inclinaccedilatildeo da linha na aacuterea do terminal
Figura 312 Acesso e Egresso ferroviaacuteria Fonte Lima (1988)
TIPOLOGIA
BITOLA100160
MISTA
RC
150001500010000
280280240LG LE
430400400
CARACTERISTICAS PRINCIPAIS
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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A Figura 313 apresenta as dimensotildees principais da linha feacuterrea em funccedilatildeo das
caracteriacutesticas da composiccedilatildeo padratildeo adotada Como as caracteriacutesticas do sistema
ferroviaacuterio dependem essencialmente das dimensotildees das composiccedilotildees do sistema
ferroviaacuterio eacute importante ao projetar um terminal levar em consideraccedilatildeo as diferentes
capacidades dos vagotildees que frequentaratildeo o terminal
EDIFICACcedilAtildeO
LE
EDIFICACcedilAtildeO
245
C COMPRIMENTO DE UMA COMPOSICcedilAtildeO PADRAtildeOC COMPRIMENTO DE UM VAGAtildeO PADRAtildeOC COMPRIMENTO DE EDIFICACcedilAtildeOL LARGURA DE EDIFICACcedilAtildeODIMENSOtildeES EM METROSCRESCIMENTO POR REBATIMENTOBITOLA 100 160 m E MISTA
C
V
E
E
MOacuteDULO MIacuteNIMO
ELEMENTO
LARGURA
COMPRIMENTO
AacuteREA
COMPRIMENTODE VIA FEacuteRREA
VALOR
49 + L
2 C + C
(49 + L ) (2 C + C )
2 C + C
E
C V
E C V
C V
Figura 313 Tipologia e dimensotildees principais Fonte Lima (1988)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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Para a definiccedilatildeo do comprimento da linha de acesso e egresso Lima
(1988) salienta que cada linha do paacutetio deve conter um trem criacutetico com folga e o
comprimento da linha em que se encontra o elemento de controle deve ter dimensotildees
conforme a Figura 313
A empresa Brasil Ferrovias recomenda que para se evitar excessos de
manobras no paacutetio e reduzir o tempo de permanecircncia da composiccedilatildeo da maacutequina
motriz no terminal as dimensotildees da linha de carregamento deve comportar duas vezes
o comprimento da composiccedilatildeo tiacutepica permitindo sua evoluccedilatildeo sem o
desmembramento
Os paacutetios satildeo compostos por regiotildees de mudanccedila de vias e regiotildees de vias
concorrentes onde os acircngulos do AMV (aparelho de mudanccedila de via) podem variar de
3deg34rsquo47rsquorsquo agrave 7deg09rsquo10rsquorsquo Polido (1985) Adicionalmente deve-se evitar a concepccedilatildeo de
linha no paacutetio sem saiacuteda ldquorabichordquo
Com relaccedilatildeo agrave aacuterea de circulaccedilatildeo e manobra eacute necessaacuterio garantir espaccedilo
livre para uma adequada movimentaccedilatildeo interna das composiccedilotildees ferroviaacuterias Na
figura 314 encontram-se relacionadas algumas dimensotildees deste gabarito
Eacute importante mencionar que a movimentaccedilatildeo de vagotildees eacute unidirecional
(sobre a linha feacuterrea) as manobras ferroviaacuterias devem ser executadas de acordo com
algumas configuraccedilotildees particulares Na figura 315 satildeo apresentados possiacuteveis
arranjos
A pecircra ferroviaacuteria eacute um arranjo em que a composiccedilatildeo praticamente natildeo faz
nenhuma manobra Esta configuraccedilatildeo mostra-se eficiente operacionalmente pois a
composiccedilatildeo entra no terminal e executa todas as operaccedilotildees continuamente sem o
desmembramento da composiccedilatildeo ateacute que ela complete o ciclo no terminal seja ele
para manobra eou para carregamento ou descarregamento Por outro lado uma vez
que a composiccedilatildeo esteja na linha esta linha permanece ocupada ateacute que a composiccedilatildeo
seja despachada Aleacutem disso haacute necessidade de grande aacuterea uacutetil para a construccedilatildeo da
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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pecircra ferroviaacuteria se comparado agrave utilizaccedilatildeo de linhas concorrentes o que dependendo da
topografia do terreno pode acarretar em grandes obras de terraplanagem
490
340
250
160
100PLANO FR ROLAMENTO
RAIOS DE CURVATURA
BITOLA 100 R=10000 mBITOLA 160 R=15000 mBITOLA MISTA R=15000 m
Figura 314 - Gabarito de instalaccedilotildees fixas Fonte Lima (1988)
Com relaccedilatildeo ao paacutetio de manobras ferroviaacuterio este arranjo consiste de
linhas concorrentes e se mostra eficiente para manobra estacionamento classificaccedilatildeo
ordenaccedilatildeo sendo independente da linha principal No entanto sua eficiecircncia
operacional eacute inferior ao da pecircra operacionalmente pois requer muitos movimentos
durante as operaccedilotildees
Em relaccedilatildeo ao posicionamento ferroviaacuterio pode-se distinguir duas formas
baacutesicas os posicionadores de vagotildees e o posicionador triangular Com relaccedilatildeo ao
posicionador de vagotildees sua instalaccedilatildeo eacute relativamente cara e muitas vezes se restringe
a um vagatildeo ou uma maacutequina motriz Jaacute o posicionador de vagotildees triangular eacute mais
difundido e barato poreacutem necessita de uma aacuterea uacutetil maior
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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PERA FERROVIAacuteRIA
POSICIONADORES DE VAGOtildeES
PAacuteTIO DE MANOBRAS
Figura 315 Formas de posicionamento e manobra ferroviaacuteriosFonte Lima (1988)
342 Setor de carga e descarga
Neste setor ocorre o processo de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo que satildeo os descritos
a seguir
Processo de recepccedilatildeo
A composiccedilatildeo estando no paacutetio ou na aacuterea de ordenaccedilatildeo e preparaccedilatildeo
pode ser desmembrada em lotes definidos pelo nuacutemero de gares em funccedilatildeo do
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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arranjo e sistema de pesagem Os vagotildees satildeo pesados e dependendo do tipo de
balanccedila satildeo desmembrados um a um de forma que um vagatildeo natildeo interfira na afericcedilatildeo
de peso do outro
No passo seguinte conforme ilustrado na Figura 316 satildeo abertas as
tremonhas dos vagotildees e o escoamento do granel se daacute por gravidade para a moega
que direciona o granel para um conjunto de esteiras e elevadores de canecas
destinando a carga ao silo ou agrave pilha de armazenagem ou ainda agrave expediccedilatildeo
hidroviaacuteria
Quando ocorrer transbordo direto para o setor hidroviaacuterio deve-se manter
o fluxo de carga para a expediccedilatildeo hidroviaacuteria de forma a evitar interrupccedilotildees do fluxo
O tempo de descarregamento do vagatildeo estaacute diretamente associado ao tipo
de vagatildeo (hopper ou gocircndola) sendo que em alguns o processo de descarregamento eacute
muito raacutepido e em outros eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de matildeo de obra auxiliar para
completar o descarregamento
Os vagotildees graneleiros fechados tem seu tempo de descarregamento em
torno de 20 a 30 minutos jaacute para os tipo hooper o tempo eacute de 3 agrave 5 minutos
Figura 316 Processo de recepccedilatildeo
Pulmatildeo de expediccedilatildeo
Moega de recepccedilatildeo
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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Processo de expediccedilatildeo
Da mesma forma como no processo de recepccedilatildeo a composiccedilatildeo
dependendo do sistema de afericcedilatildeo da carga deve ser desmembrada e os vagotildees
devem ser posicionados sob o pulmatildeo de expediccedilatildeo composto por moegas que satildeo
alimentadas por um sistema de correias e elevadores de canecas conforme mostrado
na Figura 316 O granel pode vir do armazeacutem ou direto da recepccedilatildeo hidroviaacuteria
Caso exista uma linha feacuterrea ao lado do cais e o equipamento de
transbordo hidroviaacuterio seja provido de um poacutertico com grab ou similar o transbordo
pode ser feito direto para o vagatildeo ferroviaacuterio utilizando para isso uma moega de
recepccedilatildeo no cais
Apoacutes o carregamento do vagatildeo caso a pesagem seja por balanccedila
convencional o vagatildeo ainda eacute pesado e entatildeo forma-se a composiccedilatildeo para seguir
viagem ou os vagotildees satildeo deslocados para o paacutetio Caso o sistema de pesagem seja
feito por balanccedila de fluxo natildeo eacute necessaacuterio o desmembramento da composiccedilatildeo e desta
forma quando a composiccedilatildeo estiver carregada ela eacute liberada Em relaccedilatildeo ao
carregamento este tempo varia de 5 agrave 8 minutos
35 Subsistema Rodoviaacuterio
O subsistema rodoviaacuterio apresenta basicamente quatro componentes via
de acesso e egresso paacutetio de estacionamento aacuterea de circulaccedilatildeo e elementos de carga
e descarga Lima (1988) Apresenta-se na sequumlecircncia uma descriccedilatildeo destes elementos
e dos processos de carregamento e descarregamento
Via de acesso e egresso rodoviaacuterio
Possibilita a interconexatildeo com as vias externas acessos externos este
componente normalmente possui elementos de seguranccedila para fiscalizar a entrada e
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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saiacuteda de veiacuteculos tais como elementos de controle postos de pesagem amostragem
com escritoacuterios de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo
Paacutetio de estacionamento
As aacutereas de regulaccedilatildeo de fluxo devem suportar as demandas diaacuterias de
veiacuteculos de diferentes tipos definindo assim o tipo de arranjo que melhor conveacutem e
sua capacidade Para seu dimensionamento devem ser consideradas as caracteriacutesticas
dos veiacuteculos e as restriccedilotildees do terreno
O paacutetio de estacionamento pode ser o proacuteprio regulador de fluxo deste
subsistema poreacutem para terminais com movimento elevado de veiacuteculos Lima (1988)
salienta a necessidade de se criar outros moacutedulos de estacionamento como um paacutetio
para posicionamento na aacuterea de carga e descarga dos veiacuteculos de forma a manter o
carregamento e descarregamento sem interrupccedilatildeo
Aacuterea de circulaccedilatildeo interna
Este componente eacute definido como a aacuterea de transito interna dos veiacuteculos
no terminal deve ser compatiacutevel com as dimensotildees para circulaccedilatildeo do veiacuteculo critico
Elementos de carga e descarga
As baias de carga e descarga satildeo os lugares onde ocorrem as transferecircncias
de carga seja ela direta de um modal para o outro ou do subsistema de
armazenagem Este componente estaacute diretamente relacionado ao sistema de
movimentaccedilatildeo
Na figura 317 eacute destacada a macroconcepccedilatildeo do setor rodoviaacuterio
Observa-se a inter-face entre a via principal e o terminal aacutereas de circulaccedilatildeo e
estacionamento de caminhotildees e outra interface onde ocorre a transferecircncia de cargas
para outros modais ou para a armazenagem
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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Analogamente ao que foi feito para o subsistema ferroviaacuterio satildeo
discutidos a seguir alguns dos componentes do subsistema rodoviaacuterio maiores
detalhes podem ser encontrados no trabalho de Lima (1988)
ESTACIONAMENTOE CIRCULACcedilAtildeO
POSTO DECONTROLE EPESAGEM
CARGA EDESCARGA
PROCESSAMENTO DOVEIacuteCULO
TRANSFEREcircNCIA DECARGA
ACESSO EGRESSO
Figura 317 Macroconcepccedilatildeo do setor rodoviaacuterio Fonte Lima (1988)
351 Consideraccedilotildees gerais sobre componentes rodoviaacuterios
Para este subsistema deve-se definir a populaccedilatildeo de caminhotildees que
utilizaraacute o terminal e sua participaccedilatildeo percentual
Com relaccedilatildeo a via de acesso e egresso deste setor Lima apresenta trecircs
formas de ligaccedilatildeo em niacutevel entre o terminal e a via puacuteblica
- a interseccedilatildeo perpendicular adequada para baixos fluxos de traacutefego na via puacuteblica
- a interseccedilatildeo inclinada utilizada para niacuteveis intermediaacuterios de fluxo sendo o raio de
curvatura funccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo
- a interseccedilatildeo com faixa eacute a mais adequada para rodovias com alto fluxo de traacutefego
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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Dependendo da topografia do terreno podem existir aclives e declives eacute sendo
recomendado poreacutem que o acircngulo formado entre o plano e a rampa natildeo superior a
11 (6deg e 17rsquo) de forma a garantir o movimento articulado entre o cavalo e a carreta
Figura 318 SAE (1992)
(6deg17)
Figura 318 Inclinaccedilatildeo de rampa
As aacutereas de circulaccedilatildeo e manobra devem ser compatiacuteveis com as
caracteriacutesticas dos veiacuteculos envolvidos A Figura 319 apresenta um esquema baacutesico
das dimensotildees principais para manobra Poreacutem valores estimados para os raios
interno e externo de manobra variam muito entre os diferentes fabricantes de carretas
e do cavalo A norma SAE (1992) apresenta na seccedilatildeo SAE J695 toda a formulaccedilatildeo
de caacutelculo para determinaccedilatildeo dos raios de manobra (raio interno e externo) em funccedilatildeo
do tipo de carreta e caracteriacutesticas do cavalo
90deg
180deg SOBRELARGURA = 090 m
Figura 319 Caracteriacutesticas de circulaccedilatildeo e manobra rodoviaacuteria
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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O paacutetio de estacionamento de veiacuteculos ou aacuterea de regulaccedilatildeo do fluxo pode
ter duas funccedilotildees distintas armazenar veiacuteculos vazios ou cheios e manter veiacuteculos em
fila posicionando e aguardando processamento A aacuterea de regulaccedilatildeo de fluxo deve ter
capacidade para absorver com folga o fluxo diaacuterio de veiacuteculos Lima (1988) Maiores
detalhes sobre concepccedilatildeo do paacutetio de estacionamento podem ser encontrados nesta
referecircncia
352 Elemento de carga e descarga
Neste setor ocorrem os processos de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo que satildeo
descritos a seguir
Recepccedilatildeo rodoviaacuteria
No subsistema rodoviaacuterio existe basicamente 2 formas de
descarregamento O primeiro eacute o sistema de plataforma inclinada no qual a carreta eacute
posicionada conforme indicado na Figura 320 (a) a carreta eacute fixada sobre a
plataforma e inclinada ateacute um determinado acircngulo para que a carga seja escoada e
direcionada agrave moega de recepccedilatildeo (subterracircnea) A moega direciona o granel para um
conjunto de esteiras e elevadores de canecas que movimentam a carga ateacute os silos ou
diretamente para a expediccedilatildeo hidroviaacuteria Eacute importante observar que assim como no
subsistema ferroviaacuterio o processo de expediccedilatildeo direta para o subsistema hidroviaacuterio
deve evitar interrupccedilotildees do sistema de movimentaccedilatildeo seja ela devido a falta de
carretas ou pelo uso de equipamentos que natildeo garantam uma taxa adequada de
movimentaccedilatildeo
O segundo sistema utiliza uma moega de recepccedilatildeo subterracircnea Figura
320 (b) Apoacutes pesagem na balanccedila de plataforma (gravidade) as carretas seguem para
a aacuterea de descarregamento sobre a grelha da moega onde satildeo abertas as bicas da
carreta A sequumlecircncia do processo eacute a mesma descrita para o outro sistema
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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O sistema de descarregamento por plataforma inclinada eacute mais raacutepido
poreacutem tem um maior custo de instalaccedilatildeo pois requer mecanismos mais sofisticados
No sistema de moega de recepccedilatildeo (subterracircnea) parte do granel permanece na carreta
depois do descarregamento exigindo entatildeo o uso de matildeo de obra auxiliar para a
remoccedilatildeo do restante da carga este problema pode ser ainda agravado dependendo do
tipo de granel
(a) (b)
Figura 320 Sistema de descarregamento por plataforma inclinada (a) e moega
de recepccedilatildeo subterracircnea (b)
Expediccedilatildeo rodoviaacuteria
O carregamento das carretas graneleiras eacute realizado basicamente por
moegas (pulmatildeo de expediccedilatildeo) que satildeo alimentadas por esteiras como ilustrado na
Figura 320 (b) o granel pode vir do silo ou do subsistema hidroviaacuterio A carreta eacute
primeiramente pesada depois entra na aacuterea de carregamento sob o pulmatildeo de
expediccedilatildeo apoacutes carregada eacute novamente pesada
36 Setor (subsistema) de Armazenagem
A armazenagem tem fundamental importacircncia e estaacute diretamente ligada ao
subsistema de movimentaccedilatildeo Segundo Weber (1995) a concepccedilatildeo de uma unidade
armazenadora deve ser tratada com muita atenccedilatildeo pois aleacutem de envolver os projetos
civil e mecacircnico tem implicaccedilatildeo direta sobre consumo de energia do terminal Este
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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subsistema estaacute inserido no fluxo de movimentaccedilatildeo do terminal e por isso requer
estudo conjunto com o sistema de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo
Bird (1971) salienta que o estoque tem funccedilatildeo essencial em armazenagem
em tracircnsito (transit storage) balanceamento entre o fluxo gerado pelo
descarregamento do navio e os veiacuteculos terrestres e seguranccedila contra atraso
Embora seja notaacutevel a importacircncia deste subsistema em um terminal de
graneacuteis soacutelidos deve-se salientar que natildeo eacute sua funccedilatildeo reter cargas por longo periacuteodo
de tempo ele deve criar condiccedilotildees para que a falta de veiacuteculo de um outro modal natildeo
venha a penalizar a operaccedilatildeo deste terminal bem como ofereccedila cadecircncia de carga para
os modais
361 Paracircmetros para Concepccedilatildeo de um complexo de armazenagem
O subsistema armazenagem deve ser dimensionado levando em conta
balanceamento de fluxo absorvendo volumes excessivos de carga e irregularidades de
traacutefego e garantir cadecircncia para o carregamento como jaacute mencionado Satildeo tambeacutem
fatores a serem considerados tipo de produto sazonalidade maacuteximo uso do espaccedilo
acesso faacutecil movimentaccedilatildeo eficiente maacutexima proteccedilatildeo boa qualidade de
armazenagem e dados de demanda
Eacute interessante localizar os armazeacutens e silos em locais em que a topologia
permita o descarregamento dos silos por gravidade aproveitando a inclinaccedilatildeo do
terreno na direccedilatildeo da margem Com isto pode-se reduzir o consumo de energia do
terminal Weber (1995)
As unidades armazenadoras podem ser unidade que recebem produtos de
origem das fazendas ou das unidades coletoras Portanto eacute muitas vezes funccedilatildeo de um
terminal tambeacutem prover processos secagem aeraccedilatildeo limpeza e ateacute beneficiamento
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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Jaacute outras unidades armazenadoras em funccedilatildeo de sua localizaccedilatildeo eou
finalidade recebem o produto com algum processamento eou armazenam por um
curto periacuteodo de tempo e assim necessitam somente de estrutura miacutenima de
armazenagem podendo dispor apenas de equipamentos de aeraccedilatildeo
Cabe ressaltar que dependendo da diversidade e quantidade de graneacuteis e
lotes movimentados no terminal podem existir vaacuterios silos ou armazeacutens especiacuteficos
ou ainda poderaacute ser concebido um armazeacutem dividido em septors
Conveacutem ainda mencionar que em trabalho realizado por Bergsten (1999)
foi ressaltado que a influecircncia do tamanho dos silos no custo global de transporte eacute
miacutenimo em relaccedilatildeo aos custos globais para um dado volume de movimentaccedilatildeo Isto
indica a viabilidade de se utilizar silos maiores do que o estritamente necessaacuterio
Tipo de Armazenagem
Um terminal intermodal de transporte pode ser composto por silos
armazeacutem ou ainda uma simples aacuterea descoberta A escolha de um outro tipo
dependeraacute da quantidade de carga movimentada no terminal da configuraccedilatildeo adotada
pelo projetista e tambeacutem do perfil de cargas deste terminal
Uma das variaacuteveis que influi na escolha do tipo de sistema de
armazenagem eacute o tipo de produto que seraacute estocado No caso de graneacuteis soacutelidos esta
escolha acaba sendo funccedilatildeo das caracteriacutesticas do granel Desta forma Moura (1978)
divide a armazenagem em dois tipos estocagem externa e estocagem interna
Alguns graneacuteis em razatildeo de cuidados especiais com umidade e
temperatura exigecircncia sanitaacuterias problemas de deterioraccedilatildeo etc devem ser
armazenados em locais totalmente fechados o que implica em ldquoEstocagem Internardquo
A figura 321 apresenta a tipologia do sistema de armazenagem para
estocagem interna Lima (1988)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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TIPOLOGIA
FUNDOCOcircNICO
FUNDOCHATO
SILOS ELEVADOSDE CONCRETO
TIPO - B TIPO - C
SILOS METAacuteLICOS
COMPRIMENTO = C
ARMAZEacuteM GRANELEIRO
TIPO - A TIPO - D
R
RB
α α
β
Figura 321 Tipo e caracteriacutesticas de silos e armazeacutens graneleirosFonte Lima (1988)
Outros graneacuteis necessitam de menos cuidados e podem ser armazenados
ao ar livre ldquoestocagem externardquo Este tipo de armazenagem se caracteriza pelo
empilhamento do granel tomando muitas vezes a forma de cone que tem
caracteriacutesticas proacuteprias de talude do produto ldquoacircngulo de empilhamentordquo e pode ser
visualizado na Figura 322TIPOLOGIA
TIPO - A
TIPO - A
TIPO - Aθ
L
α α α
Figura 322 Caracteriacutesticas das pilhas de estocagem de graneacuteis soacutelidosFonte Lima (1988)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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362 Aspectos gerais dos sistemas de armazenagem
Os elementos de armazenagem podem ser elevadores constituiacutedos por
grandes ceacutelulas construiacutedas em concreto armado ou chapas de accedilo podem ser
constituiacutedos por um conjunto de pequenas ceacutelulas de chapas de accedilo ou alumiacutenio
podem ser subterracircneos hermeacuteticos ou ainda convencionais (tipo graneleiro)
Basicamente satildeo depoacutesitos destinados ao armazenamento de carga a granel podendo
ser construiacutedos em concreto alvenaria e metaacutelico de fundo cocircnico ou natildeo
Eles podem ser alimentados atraveacutes de correias transportadoras e
transportador de corrente ou ainda diretamente atraveacutes de elevadores de canecas A
Figura 323 apresenta um fluxograma de operaccedilatildeo do subsistema de armazenagem Os
gratildeos satildeo recebidos na moega [MR-1] atraveacutes do elevador [E-1] passam pela
maacutequina de preacute limpeza [PL-1] e vatildeo para o elevador [E-2] na saiacuteda deste elevador
existem trecircs opccedilotildees a carga vai para [EXPED-1] que eacute a opccedilatildeo de expediccedilatildeo para o
secador de cereais que por sua vez repassa pela rosca tubular [RT-1] para o elevador
[E-1] ou entatildeo para a correia transportadora [CT-1] que direciona o granel para o silo
[SA-1] Do silo [AS-1] o granel eacute direcionado para a correia transportadora [CT-2]
que alimenta o elevador de canecas [E-2] que conduz o granel agrave expediccedilatildeo
Figura 323 Fluxograma subsistema armazenagem
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
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Os silos podem ser metaacutelicos ou de concreto Os silos de concreto satildeo
edificaccedilotildees que exigem elevados investimentos compreendidos por ceacutelulas de
concreto em que se aproveita como unidade de armazenamento as ceacutelulas e as
interceacutelulas Satildeo utilizados junto a moinhos e portos pois pela sua forma ciliacutendrica
vertical e altura ocupam menos espaccedilo normalmente tecircm fundo cocircnico para facilitar
a descarga por gravidade
Por outro lado os silos metaacutelicos satildeo de faacutecil montagem e raacutepida
instalaccedilatildeo apresentam facilidade de ampliaccedilatildeo e podem ser fornecidos em pequenas
unidades para diversos produtos Por estas caracteriacutesticas satildeo amplamente utilizados
Os silos podem ser verticais e horizontais Os silos verticais possibilitam a
economia de espaccedilo e a movimentaccedilatildeo da carga muita vezes por gravidade No
entanto os silos verticais natildeo satildeo recomendados para produtos de baixa granulometria
(farelo de soja farelo em geral accediluacutecar etc) dada a sua compactaccedilatildeo
Os silos horizontais satildeo geralmente do tipo graneleiros e possuem custo
de implantaccedilatildeo relativamente menor que os elevados e verticais poreacutem ocupam mais
espaccedilo natildeo tecircm a mesma flexibilidade e os recursos dos silos verticais
No que diz respeito ao fundo estes silos podem ter fundo plano com
aeraccedilatildeo sem tuacutenel fundo plano com aeraccedilatildeo e tuacutenel fundo semi ndash ldquoVrdquocom tuacutenel d)
fundo ldquoVrdquocom tuacutenel e fundo elevado em ldquoVrdquo
Os armazeacutens convencionais satildeo unidades de fundo plano em V ou em W
que muitas vezes satildeo divididas em seacuteptors sendo adequados agrave estocagem de produtos
em sacos caixas bags fardos e granel A estocagem se processa emblocada em lotes
individualizados que reuacutenem as mesmas caracteriacutesticas da espeacutecie agriacutecola devendo
apresentar como condiccedilatildeo essencial boas condiccedilotildees de ventilaccedilatildeo
Pulmatildeo de expediccedilatildeo
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________70
Satildeo utilizados para receber o granel facilitando a operaccedilatildeo do derrame de
granel e melhorando a cadecircncia do embarque Aleacutem disto serve como comporta de
reserva nos momentos das trocas de veiacuteculos ou eventuais paralisaccedilotildees da descarga
regulando desta forma o fluxo entre os subsistemas
Os pulmotildees de expediccedilatildeo satildeo moegas silos de menores dimensotildees que
possuem uma altura livre miacutenima de 450 metros e uma largura tal que permita a
passagem de caminhotildees ou vagotildees ferroviaacuterios sob as tulhas conforme mostrado na
Figura 324 Seu fundo eacute cocircnico possibilitando descarga total por gravidade os
pulmotildees possuem tambeacutem registros acionados por correntes dimensionados em
funccedilatildeo da capacidade dos transportadores existentes no carregamento do pulmatildeo e da
necessidade de velocidade na expediccedilatildeo Weber (1995)
Figura 324 Pulmatildeo de expediccedilatildeo
37 Subsistema de Movimentaccedilatildeo
Esta seccedilatildeo apresenta o relacionamento entre o sistema de movimentaccedilatildeo e
os demais sistemas do terminal uma siacutentese dos equipamentos de movimentaccedilatildeo
interna para graneacuteis soacutelidos e os paracircmetros para seleccedilatildeo dos equipamentos
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________71
Conveacutem observar que os equipamentos de transbordo jaacute foram descritos
na abordagem dos subsistemas modais
371 Interaccedilatildeo do subsistema de movimentaccedilatildeo
Em qualquer setor de carga ou descarga de um terminal intermodal
ocorrem processos de movimentaccedilatildeo Portanto todos os subsistemas abordados
anteriormente possuem interface com este subsistema Satildeo dependentes do subsistema
de movimentaccedilatildeo todos os subsistemas de um terminal que tecircm como variaacutevel a
unidade de carga que eacute movimentada
Este subsistema tem uma caracteriacutestica dinacircmica associada aos
equipamentos e modos de manuseio e transferecircncia de cargas Eacute importante uma
integraccedilatildeo harmoniosa entre arranjo fiacutesico do terminal e a definiccedilatildeo do sistema de
movimentaccedilatildeo de modo a minimizar a aacuterea necessaacuteria e o consumo de energia
372 Equipamentos de movimentaccedilatildeo
Os equipamentos de movimentaccedilatildeo e transporte podem ser divididos em 3
categorias Moura (1982)
sect Transportadores contiacutenuos motorizados ou natildeo utilizados para mover cargas
uniformes continuamente de um ponto a outro por percursos fixos
sect Equipamentos suspensos utilizados para movimentar cargas variaacuteveis
intermitentemente entre pontos variaacuteveis de uma mesma aacuterea
sect Veiacuteculos industriais motorizados ou natildeo utilizados para movimentar cargas
uniformes ou mistas intermitentemente por percursos variaacuteveis que tenham
superfiacutecies e espaccedilos apropriados
Equipamentos para movimentaccedilatildeo interna de graneacuteis soacutelidos
(transportadores contiacutenuos)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________72
Entre os transportadores contiacutenuos estatildeo incluiacutedos os seguintes tipos
elevadores de caccedilamba ou caneca transportadores de correias transportadores de
corrente transportadores de caccedilamba Moura (1982)
a) Elevador de caccedilambas
Eacute um transportador vertical constituiacutedo por uma seacuterie de caccedilambas
montadas verticalmente sobre correntes ou correias acionadas por um motor eleacutetrico
b) Transportadores de caccedilamba
Este equipamento eacute o que permite vencer as maiores distacircncias no
transporte de produtos a granel Eacute comumente utilizado no transporte de grandes
tonelagens a baixa velocidade em trajetos horizontais ou verticais Apresenta como
vantagens economia de espaccedilo na elevaccedilatildeo dos graneacuteis flexibilidade quanto ao
arranjo fiacutesico aleacutem de combinar movimento horizontal e vertical com bom
rendimento Tem como limitaccedilotildees alto custo de implantaccedilatildeo e comprimento limitado
e eacute recomedado para material corrosivo ou abrasivo Weber (1995)
c) Transportadores de correias
Satildeo equipamentos que movem a carga de um ponto a outro na posiccedilatildeo
horizontal Satildeo indicados para movimentaccedilatildeo de meacutedias e altas capacidades e exigem
pouca manutenccedilatildeo baixa potecircncia em relaccedilatildeo a outros transportadores causando o
miacutenimo de dano mecacircnico ao produto
O acircngulo maacuteximo de inclinaccedilatildeo do transportador varia de 8deg a 12deg e
depende das caracteriacutesticas do material a ser transportado do tipo da correia e do
coeficiente de atrito entre a correia e a carga Poreacutem para esta inclinaccedilatildeo gratildeos como
soja oferecem um percentual de retorno com diminuiccedilatildeo da capacidade do
transportador
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________73
As correias longas ou curtas reduzem a matildeo-de-obra aceleram o ritmo de
trabalho racionalizam o processo operacional possuem marcha suave e silenciosa
possibilitam carga e descarga em qualquer ponto de seu traccedilado podem ter trajetoacuteria
horizontal ou inclinada e movimento em um soacute sentido ou reversiacutevel
d) Transportadores de corrente
Os transportadores de corrente tambeacutem conhecidos por Redler satildeo
construiacutedos em estrutura metaacutelica riacutegida modulada com a finalidade de transportar
gratildeos atraveacutes do arraste dos elos da corrente Trata-se de um transportador compacto
que exige pouco espaccedilo e pode ser instalado ao tempo sendo utilizado em posiccedilatildeo
horizontal ou inclinada A versatilidade na alimentaccedilatildeo e descarga e o fluxo nos dois
sentidos eacute uma de suas vantagens
e) Transportador de Rosca
Eacute o sistema de transporte mais versaacutetil e barato para movimentaccedilatildeo a curta
distacircncia e em linha reta Consiste de um helicoacuteide girando em um tubo ou caixa no
qual o material a granel eacute lanccedilado Os transportadores de rosca satildeo indicados para
capacidades de moderadas a meacutedias em distacircncias que normalmente natildeo excedem
60m Este tipo de transportador natildeo eacute recomendado para gratildeos por causar a quebra do
gratildeo apresentam perda de rendimento na elevaccedilatildeo e natildeo satildeo aconselhados para
produtos abrasivos
Existem alguns modelos moacuteveis sobre rodas conhecidos por ldquochupimrdquo
que servem para o transporte horizontal ou inclinado e podem tambeacutem trabalhar na
posiccedilatildeo vertical
f) Transportador de planos inclinados
Tecircm de 40 a 45 graus de inclinaccedilatildeo satildeo usados principalmente para
carvatildeo evitam a aceleraccedilatildeo excessiva do material mediante travessas paralelas
373 Seleccedilatildeo dos equipamentos
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________74
Segundo Aplle (1977) a eficiecircncia da movimentaccedilatildeo dos materiais natildeo
acontece pura e simplesmente Ela exige uma cuidadosa anaacutelise de toda a operaccedilatildeo
com o objetivo de implementar um fluxo eficiente de materiais mediante a aplicaccedilatildeo
de meacutetodos e equipamentos adequados
Moura(1987) assim como Aplle (1977) apresenta em seu trabalho
teacutecnicas de concepccedilatildeo do sistema de movimentaccedilatildeo Seratildeo sintetizados a seguir alguns
conceitos desenvolvidos pelos autores
Paracircmetros para seleccedilatildeo dos equipamentos
A seleccedilatildeo dos equipamentos de movimentaccedilatildeo passa necessariamente pelo
exame das caracteriacutesticas do material (fluxos de movimentaccedilatildeo semelhantes) anaacutelise
dos movimentos exigidos (atraveacutes destes satildeo percebidos quais os tipos de
equipamentos adequados e que conhecimentos se fazem necessaacuterios para movimenta-
los) e finalmente pelos estudos dos meacutetodos aplicaacuteveis (capacidade ou requisitos
consistentes com as restriccedilotildees fiacutesicas) Moura (1987)
Os seguintes fatores precisam ser examinados para escolha do sistema de
movimentaccedilatildeo tipo caracteriacutesticas e quantidade do material origem e destino tipo e
caracteriacutesticas do movimento restriccedilotildees fiacutesicas e matildeo de obra exigida pelo
equipamento
O resultado desta seleccedilatildeo deve atingir os seguintes objetivos ou uma
combinaccedilatildeo deles reduccedilatildeo de custos reduccedilatildeo de perdas elevaccedilatildeo da capacidade
produtiva e melhoria das condiccedilotildees de trabalho
Adicionalmente deve-se procurar selecionar equipamento padronizado
sempre que possiacutevel pois o seu custo inicial sempre eacute menor do que o do
equipamento fabricado por encomenda equipamentos padronizados permitem o
intercacircmbio de peccedilas satildeo de entrega e instalaccedilatildeo mais raacutepidas e podem ser
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________75
expandidos com mais facilidade e rapidez Eacute importante tambeacutem quando se planeja
um sistema prever as necessidades futuras
Conveacutem mencionar que embora a escolha do equipamento de
movimentaccedilatildeo deve ser balizada pelos fatores abordados nesta seccedilatildeo no caso
especiacutefico de graneacuteis soacutelidos esta escolha estaacute muito associada agraves caracteriacutesticas do
granel capacidades de movimentaccedilatildeo e a topologia do terreno
38 Criteacuterios de Avaliaccedilatildeo do Terminal
Com as recomendaccedilotildees apresentadas nas seccedilotildees anteriores deste capiacutetulo
eacute possiacutevel desenvolver diversas configuraccedilotildees para um dado terminal que podem ser
identificadas pelo nuacutemero de berccedilos e gares pelo nuacutemero e capacidade de
equipamentos de transbordo e movimentaccedilatildeo e pela capacidade de armazenagem A
escolha entre estas configuraccedilotildees deve ser definida pela aplicaccedilatildeo de criteacuterios
adequados
381 ndash Consideraccedilotildees gerais
Existem diversos criteacuterios para avaliar o desempenho do terminal Alguns
satildeo mais apropriados para avaliar o sistema de transporte como um todo este eacute o caso
do custo global usado por Lima (1988) que corresponde agrave soma dos custos de
permanecircncia dos veiacuteculos nos respectivos modais com a tarifa Este eacute um criteacuterio que
seraacute utilizado no trabalho
Outros criteacuterios satildeo mais dirigidos agrave avaliaccedilatildeo especiacutefica do investimento
do terminal pode-se citar entre eles o meacutetodo do valor presente liacutequido e o meacutetodo
da taxa interna de retorno Neste trabalho seraacute empregado o criteacuterio do valor presente
liacutequido para estabelecer uma ordenaccedilatildeo das diversas alternativas
Certamente a melhor soluccedilatildeo sob o criteacuterio de custo global natildeo eacute a melhor
soluccedilatildeo sob o criteacuterio do valor presente Embora se deseje dar prioridade ao
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________76
desempenho econocircmico do terminal deve-se levar em consideraccedilatildeo que um alto custo
de espera para o transportador tende a afastaacute-lo do terminal Uma possiacutevel
compatibilizaccedilatildeo entre os dois tipos de criteacuterios eacute especificar um tempo maacuteximo
admissiacutevel de permanecircncia no sistema para cada modal
A partir da especificaccedilatildeo do tempo maacuteximo de permanecircncia pode-se
separar as diversas configuraccedilotildees em dois grupos as alternativas viaacuteveis que tecircm
tempo de permanecircncia para todos os modais inferior ou igual ao limite e as soluccedilotildees
inviaacuteveis em que pelo menos um dos tempos de permanecircncia supera o limite
A melhor soluccedilatildeo entatildeo seraacute a configuraccedilatildeo viaacutevel que tiver o melhor
valor presente liacutequido
A aplicaccedilatildeo deste procedimento exige uma consulta aos transportadores
para determinaccedilatildeo do tempo admissiacutevel de permanecircncia no terminal para os diversos
modais
382 - Criteacuterio do custo global
Este criteacuterio considera como jaacute foi mencionado a tarifa cobrada pelo
terminal e o custo de espera dos veiacuteculos em cada modal Tem-se assim
CG=Tarifa+CES (31)
onde
CG eacute o custo global da alternativa por tonelada
Tarifa eacute o valor cobrado pelo terminal R$ton
CES eacute o custo de espera total por tonelada
- Tarifa
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________77
O caacutelculo da tarifa eacute feito a partir da rentabilidade (margem de lucro)
especificada pelo proprietaacuterio do terminal para o seu empreendimento como indicado
a seguir
( ) [ ]( )1 (1 )
CF CV hTarifa L impostos
QTA +
= + times times + (32)
onde
L eacute a lucratividade desejada
CF satildeo os custos fixos
CV (h) satildeo os custos variaacuteveis em funccedilatildeo do periacuteodo de operaccedilatildeo
QTA eacute a quantidade de toneladas movimentada por ano
- Custo de espera
Para se computar o custo de espera dos veiacuteculos devido agrave existecircncia de
filas nos pontos de carga e descarga e com isso levar em conta o niacutevel de serviccedilo que
o terminal oferece sugere-se a seguinte expressatildeo
(33 )
onde
CES eacute o custo de espera total sistema por tonelada
TEMi eacute o tempo meacutedio do veiacuteculo do modal i
CCi eacute a capacidade carga do veiacuteculo do modal i
CHVi eacute o custo horaacuterio de permanecircncia do veiacuteculo do modal i
α eacute o coeficiente efetivo de custo de espera
O custo de espera representa um valor que embora o usuaacuterio natildeo
desembolse ele deixa de ganhar a cada hora parada Se o custo de espera for alto o
1
ni i
ii i
TEM CHVCESCC=
times= times
sum
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________78
usuaacuterio (transportador) pode aumentar o frete para operar no terminal o que pode vir a
inviabilizar o empreendimento
Eacute necessaacuterio ter cuidado na quantificaccedilatildeo do custo de espera pois nem
toda hora economizada pode ser revertida em dividendos O transportador soacute ganharaacute
produtividade se tiver uma logiacutestica sincronizada com outros clientes ou entatildeo se ele
for dedicado ao terminal Neste caso quanto menos tempo ele permanecer no terminal
maior nuacutemero de viagens ele pode fazer e com isso ter maior receita
Para estimar o custo de espera deste usuaacuterio admite-se que ele eacute composto
pelo lucro do usuaacuterio (com o veiacuteculo parado o usuaacuterio natildeo tem lucratividade
nenhuma) pelos custos fixos como salaacuterios encargos custo de capital custos
administrativos seguros custos de manutenccedilatildeo e os custos variaacuteveis como consumo
de oacuteleo combustiacutevel de motores auxiliares (caso especiacutefico de empurradores) Natildeo satildeo
incluiacutedas desta forma somente as parcelas referentes a consumiacuteveis como pneu oacuteleo
combustiacutevel oacuteleo lubrificante etc
Para levar em conta a diversidade de casos possiacuteveis eacute recomendaacutevel
arbitrar-se um o coeficiente efetivo de custo de espera α Para uma melhor anaacutelise do
efeito do custo de espera pode-se variar o valor deste coeficiente e efetuar uma analise
de sensibilidade sobre a escolha das alternativas
Para caacutelculo dos investimentos e custos do terminal pode-se utilizar a
formulaccedilatildeo baacutesica elaborado por Lima (1988) Em alguns pontos devem ser feitas
adaptaccedilotildees Uma descriccedilatildeo do procedimento eacute reproduzida a seguir
a) Investimentos Iniciais
Os principais componentes satildeo os seguintes
Custo de Aquisiccedilatildeo do Terreno (CAT)
CAT=VT x AT (34)
onde
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________79
VT eacute o valor do metro quadrado de terreno na regiatildeo considerada
AT eacute o aacuterea total do terminal
Custo de Movimentaccedilatildeo de Terra (CMT)
CMT= VTP x VM (35)
onde
VTP eacute o valor meacutedio do metro cuacutebico de terraplanagem
VM eacute o volume de terra a ser movimentado
Custo de Infraestrutura Rodoviaacuteria (CIR)
CIR=VD x AR (36)
onde
VD eacute o valor do metro quadrado de construccedilatildeo de pavimento
AR eacute o aacuterea total do setor rodoviaacuterio
Custo de Infraestrutura Ferroviaacuteria (CIF)
CIF= VF x CF+AMV x NAMV (37)
onde
VF eacute o valor do metro linear de construccedilatildeo de linha feacuterrea
CF eacute o comprimento total de linhas feacuterreas
AMV eacute o valor do aparelho de mudanccedila de via
NAMV eacute o nuacutemero de aparelhos de mudanccedila de via
Custo do Atracadouro (CATR)
1
n
iCATR VATi NATi
== timessum (38)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________80
onde
VATi eacute o valor de construccedilatildeo de atracadouro do tipo i
NATi eacute o nuacutemero de atracadouros de tipo iCusto de Aquisiccedilatildeo das Balanccedilas (CAB)
1
n
iCAB VBi NBi
== timessum (39)
onde
VBi eacute o valor de construccedilatildeo de 1 balanccedila do tipo i
NBi eacute o nuacutemero de balanccedilas do tipo i
Custo de Construccedilatildeo dos Edifiacutecios Administrativos (CCE)
CCE = VA x AA (310)
onde
VA eacute o valor do metro quadrado de construccedilatildeo de instalaccedilotildees
administrativas
AA eacute a aacuterea administrativa prevista
Custos das Unidades de Armazenagem (CUA)
1
n
iCUA UAi NARi
== timessum (311)
onde
UAi eacute o valor da unidade armazenadora do tipo i
NARi eacute o nuacutemero de unidades armazenadoras do tipo i
Custo do Equipamento de Movimentaccedilatildeo (CEM)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________81
1
n
iCEM VEMi NEMi
== timessum (312)
onde
VEMi eacute o valor do equipamento do tipo i
NEMi eacute o nuacutemero de equipamentos do tipo i
O investimento total (IT) pode ser obtido pela soma das parcelas descritas
acima
IT = CAT+CMT+CIR+CIF+CATR+CAB+CCE+CUA+CEM (313)
b) Custos Operacionais
Os custos operacionais podem ser divididos em custos fixos e custos
variaacuteveis Os custos fixos satildeo aqueles que independem da carga de trabalho do
terminal ocorrendo quer ela seja grande ou natildeo Nesta categoria estaratildeo incluiacutedas a
remuneraccedilatildeo do capital investido e as despesas gerais administrativas e de
manutenccedilatildeo de instalaccedilotildees
Os custos variaacuteveis satildeo aqueles que variam em funccedilatildeo dos volumes
movimentados e estatildeo associados agrave matildeo-de-obra operacional consumo de energia
combustiacuteveis lubrificantes e manutenccedilatildeo de equipamentos
A seguir satildeo relacionadas os componentes e as respectivas metodologias
para seu caacutelculo
Custos fixos (CF)
Remuneraccedilatildeo dos Investimentos em Instalaccedilotildees - Custo Anual Equivalente
ndash (CI)
1
( 1)(1 ) 1
NIin
NIii
J JCI IIiJ=
times += times + minus
sum (314)
onde
IIi satildeo os investimentos em instalaccedilotildees do setor i
NIi eacute a vida uacutetil das instalaccedilotildees do setor i
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________82
J eacute a taxa de atratividade do mercado
Obs Taxa de atratividade eacute uma taxa de atratividade efetiva isto eacute
descontada a inflaccedilatildeo
Remuneraccedilatildeo dos Investimentos em Equipamentos - Custo Anual
Equivalente ndash (CE)
1
(1 )(1 ) (1 ) 1
NEin
NEi NEii
VRi J JCE NEM IEiJ J=
times += times minus times + + minus
sum (315)
onde
NEMi eacute o nuacutemero de equipamentos do tipo i
IEi eacute o valor do equipamento do tipo i
VRi eacute o valor residual do equipamento do tipo i
NEi eacute a vida uacutetil de equipamento do tipo i
J eacute a taxa de atratividade do mercado
Despesas Gerais da Administraccedilatildeo (DA)
DA= I x AT+T x NE+M x NE+NA x AS(1+B) (316)
onde
I eacute o valor de imposto predial eou territorial por metro quadrado
AT eacute a aacuterea total do terminal
T eacute o valor de taxas como aacutegua energia por semana
NE eacute o nuacutemero da populaccedilatildeo do terminal
M satildeo despesas com materiais de escritoacuterio higiene e outros por pessoa
NA eacute o nuacutemero da matildeo-de-obra administrativa do terminal
SA eacute o salaacuterio meacutedio da matildeo-de-obra administrativa
B eacute o iacutendice de encargos sociais referentes ao salaacuterio da matildeo-de-obra
administrativa
Custo de Manutenccedilatildeo de Instalaccedilotildees (CMI)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________83
1
n
iCMI IIi KIi
=
= timessum (317)
onde
IIi eacute o investimento em instalaccedilotildees do setor i
KIi eacute o iacutendice de manutenccedilatildeo do setor i
Custos variaacuteveis (CV)
Custo da Matildeo-de-obra Operacional (CMO)
CMO = SO x (1+B) x NO x [T+(H-T) x (1+g) x p]
+NO x (SM x INS)30 (318)
em que
1 1( )
n m
i JNO NOSi NEMJ NMj
= =
= + timessum sum (319)
onde
SO eacute o salaacuterio horaacuterio meacutedio da matildeo-de-obra operacional
B eacute o iacutendice de encargos sociais
NO eacute o nuacutemero de empregados operacionais
H eacute o nuacutemero de operadores do setor i
g eacute o adicional de salaacuterio computando trabalho noturno e em dias natildeo
uacuteteis
T eacute o periacuteodo de operaccedilatildeo normal do terminal
p eacute o fator de correccedilatildeo p=1 para Hgt=T e P=0 para HltT
NOSi eacute o nuacutemero de matildeo-de-obra operacional do setor i
NEMj eacute o nuacutemeros de equipamentos do tipo J
NMj eacute o nuacutemero de operadores requeridos pelo equipamento tipo J
SM eacute o salaacuterio miacutenimo
INS eacute a insalubridade
Custos com Energia Combustiacutevel e Lubrificantes (ECL)
Capiacutetulo 3- Consideraccedilotildees Gerais sobre Terminais Multimodais para Graneacuteis Soacutelidos
__________________________________________________________________________________84
1 1
1
n n
i i
n
i
ECL H VE NEi CEi IUi NEi CCi VCi IUi
NEi CLi VLi IUi
= =
=
= times times times times + times times times +
times times times
sum sum
sum
(320)
onde
H eacute o nuacutemero de horas de operaccedilatildeo do terminal
VE eacute o valor do kilowatt hora de energia
NEi eacute o nuacutemero de equipamentos do tipo i
CEi eacute o consumo horaacuterio de energia pelo equipamento tipo i
CCi eacute o consumo horaacuterio de combustiacutevel pelo equip tipo i
VCi eacute o valor do combustiacutevel para equipamento do tipo i
CLi eacute o consumo horaacuterio de lubrificantes pelo equipamento do tipo i
VLi eacute o valor do lubrificante para equipamento do tipo i
IUi eacute o valor do iacutendice de utilizaccedilatildeo do equipamento i
Custo de Manutenccedilatildeo de Equipamentos (CME)
1
n
iCME NEi VEi KEi H
=
= times times times
sum (321)
onde
NEi eacute o nuacutemero de equipamentos do tipo i
VEi eacute o valor do equipamento do tipo i
KEi eacute o iacutendice de manutenccedilatildeo do equipamento do tipo i
H satildeo as horas de operaccedilatildeo do terminal
383 - Meacutetodo do valor presente liacutequido
Quando se analisa um fluxo de caixa referente a uma determinada
alternativa tem-se vaacuterios valores envolvidos ora como receitas ora como dispecircndios
A somatoacuteria algeacutebrica de todos os valores envolvidos no periacuteodo considerado
reduzidos ao instante inicial com base em uma ldquotaxa de juros ou taxa de atratividade
comparativardquo eacute denominada valor presente liacutequido Hirschfelt (1998)
Segundo o criteacuterio do valor presente liacutequido deve ser escolhida a
alternativa que maximizar este valor
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
85
4 LEVANTAMENTO E ANAacuteLISE DOS TERMINAIS FLUVIAIS DEGRANEacuteIS SOacuteLIDOS DA HIDROVIA TIETEcirc-PARANAacute
Apresenta-se inicialmente neste capiacutetulo um levantamento dos terminais de
graneacuteis soacutelidos que foram implantados na Hidrovia Tietecirc-Paranaacute que inclui dados de
capacidade estaacuteticas tipos de equipamentos armazeacutens e silos modais envolvidos
localizaccedilatildeo Embora a pesquisa inicial tenha envolvido todos os terminais seratildeo apenas
descritos aqueles que operam com cereais
Em seguida a partir dos conceitos apresentados no capiacutetulo 3 eacute feita uma anaacutelise
criacutetica do projeto e desempenho desses terminais
41 - Os terminais da hidrovia Tietecirc ndash Paranaacute
A figura 41 mostra a localizaccedilatildeo dos terminais Intermodais de cargas existentes
desativados e previstos na regiatildeo de influecircncia da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute No anexo A eacute
apresentado um mapa que mostra com mais detalhes a localizaccedilatildeo destes terminais
Figura 41 Terminais Intermodais de cargas na regiatildeo de influecircncia daHidrovia Tietecirc-Paranaacute
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
86
A) Terminal graneleiro de Conchas
Este terminal estaacute localizado no reservatoacuterio de Barra Bonita e pertence a
CNAGA ndash Cia Nacional de Armazeacutens Gerais Ele estaacute situado na margem esquerda do
rio Tietecirc e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a SP ndash
300 As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B1 a B4 do
Anexo B e nas Tabelas 41 a 43 junto com os demais terminais
B) Terminal graneleiro de Anhembi
O Terminal Graneleiro de Anhembi estaacute localizado no reservatoacuterio de Barra
Bonita e pertence agrave empresa Nova Meca Ltda Ele estaacute situado na margem esquerda do
rio Tietecirc e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a SP 300
e a SP 147 As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B5 e
B8 do Anexo B e nas Tabelas 41 a 43 junto com os demais terminais
C) Terminal graneleiro de Santa Maria da Serra
Este Terminal estaacute localizado no reservatoacuterio de Barra Bonita e pertence agrave
empresa ADM Armazeacutens Gerais Ltda Ele estaacute situado na margem esquerda do rio Tietecirc
e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a SP 300 SP 191
e SP 304 As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B9 a
B12 do Anexo B e nas tabelas 41 a 43
D) Terminal graneleiro de Satildeo SimatildeoGO
Este Terminal estaacute localizado no reservatoacuterio de Ilha Solteira e pertence agrave
empresa ADM Armazeacutens Gerais Ltda Ele estaacute situado na margem direita do rio
Paranaiacuteba e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a BR-
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
87
364 e BR-365 As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras
B13 e B14 do Anexo B e nas tabelas 41 a 43
E) ndash Terminal graneliro de Pederneiras
O terminal graneleiro de Pederneiras estaacute localizado no reservatoacuterio de Bariri e
pertence agrave empresa Comercial Quintella Ele estaacute situado na margem esquerda do rio
Tietecirc e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a SP 300 SP
261 SP 225 e pela malha ferroviaacuteria bitola larga e estreita As caracteriacutesticas principais
deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B15 a B20 do Anexo B e nas tabelas 41 a
43
F) - Terminal graneleiro de Satildeo SimatildeoGO
Este terminal estaacute localizado no reservatoacuterio de Ilha Solteira e pertence agrave empresa
Comercial Quintella Ele estaacute situado na margem direita do rio Paranaiacuteba e possibilita a
conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a BR 364 e BR 365 As
caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B21 e B22 do
Anexo B e nas tabelas 41 a 43
G) ndash Terminal graneleiro Nova Roseira - Satildeo SimatildeoGO
Este terminal estaacute localizado no reservatoacuterio de Ilha Solteira e pertence agrave empresa
Nova Roseira Armazeacutens Gerais Ltda Ele estaacute situado na margem direita do rio Paranaiacuteba
e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a BR 364 e BR
365 As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B23 e B24
do Anexo B e nas tabelas 41 a 43
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
88
H) - Porto Modal de Satildeo SimatildeoGO
O porto modal de Satildeo Simatildeo estaacute localizado no reservatoacuterio de Ilha Solteira e
pertence agrave empresa Caramuru Oacuteleos Vegetais Ltda Ele estaacute situado na margem direita do
rio Paranaiacuteba e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a
BR 364 e BR 365 As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras
B25 a B28 do Anexo B e nas tabelas 41 a 43
I) - Porto modal de Anhembi
Este terminal estaacute localizado no reservatoacuterio de Barra Bonita e pertence agrave empresa
Torque (empresa paulista de navegaccedilatildeo Ltda) Ele estaacute situado na margem direita do rio
Tietecirc e possibilita a conexatildeo da hidrovia com o modal rodoviaacuterio utilizando a SP 300 e
SP 147
Devido agrave ausecircncia de linha feacuterrea neste terminal esta empresa possui um terminal
de transbordo (I-a) no qual permite a conexatildeo entre os modais rodo-ferroviaacuterio atraveacutes da
malha sob concessatildeo da Brasil Ferrovias bitolas estreita e larga
As caracteriacutesticas principais deste terminal estatildeo ilustradas nas Figuras B29 a
B37 do Anexo B e nas tabelas 41 a 43
Obs Todos estes dados forma obtidos em levantamento junto ao departamento
hidroviaacuterio do Estado de Satildeo Paulo e em consultas aos proacuteprios terminais
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
89
42 ndash Caracteriacutestica dos Terminais
Para facilitar a comparaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos terminais as suas caracteriacutesticas dos
terminais satildeo apresentadas nas tabela 41 a 43
Tabela 41 ndash Caracteriacutesticas dos modaisMODAIS
SubsistemaRodoviaacuterio
SubsistemaFerroviaacuterio Subsistema HidroviaacuterioTerminal
Paacutetio Paacutetio Fundeio Atracaccedilatildeo
A Sem configuraccedilatildeodefinida
Natildeo dispotildee destemodal
4 dolfins paraamarraccedilatildeo
Berccedilo tipo cais acostaacutevelsobre estacas
B Sem configuraccedilatildeodefinida
Natildeo dispotildee destemodal
Amarraccedilatildeo agravemargem do rio
Flutuante fixado namargem
CEstacionamento a
90 para 5
carretas
Natildeo dispotildees destemodal
Dolfins paraamarraccedilatildeo
Berccedilo tipo cais acostaacutevelsobre estacas
D Sem configuraccedilatildeodefinida
Natildeo dispotildees destemodal
Amarraccedilatildeo agravemargem do rio
Natildeo dispotildees de infra-estrutura de atracaccedilatildeo
E Sem configuraccedilatildeodefinida
Entroncamentoferroviaacuterio paacutetio
em linhasconcorrentes comextensatildeo de 500
metros
4 dolfins paraamarraccedilatildeo
Berccedilo tipo cais acostaacutevelsobre estacas
FEstacionamento a
90Natildeo dispotildee deste
modal2 dolfins para
amarraccedilatildeoBerccedilo tipo cais acostaacutevel
sobre estacas
G Carretasestacionam em fila
Natildeo dispotildee destemodal
Amarraccedilatildeo agravemargem do rio
Natildeo dispotildees de infra-estrutura de atracaccedilatildeo
HConfiguraccedilatildeo
estacionamento90
Natildeo dispotildee destemodal
Amarraccedilatildeo agravemargem do rio
Berccedilo tipo cais acostaacutevelsobre estacas
I
Configuraccedilatildeoestacionamento
90
ambos os ladospara 14 carretas
a) ramalferroviaacuterio paacutetio
com linhasconcorrentes comextensatildeo de maisde 1000 metros
Amarraccedilatildeo agravemargem do rioprotegida por
estacas decontenccedilatildeo
Berccedilo tipo cais acostaacutevelsobre estacas
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
90
Tabela 42 ndash Caracteriacutestica do setor de movimentaccedilatildeoSetor MovimentaccedilatildeoTerminal Recepccedilatildeo da carga Movimentaccedilatildeo Interna Controle da carga expediccedilatildeo
A2 Sugadores comcapacidade de 250tonh cada
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 500tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade fluxoExpediccedilatildeo por balanccedilade gravidade
Pulmatildeo deexpediccedilatildeorodoviaacuteria comcapac de 80 tonh -1 baia
B 1 Sugador de 100tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 200tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade fluxoExpediccedilatildeo por balanccedilade gravidade p umveiacuteculo
Pulmatildeo deexpediccedilatildeorodoviaacuteria comcapac de 80 tonh -1 baia
C1 Sugador comcapacidade de100tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 100tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade fluxoExpediccedilatildeo por balanccedilade gravidade p umveiacuteculo
Pulmatildeo deexpediccedilatildeorodoviaacuteriacom capac de 170tonh - 1 baia
DPlataforma deelevaccedilatildeo comcapacidade 90 tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 300tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade gravidade p umveiacuteculoExpediccedilatildeo por balanccedilade fluxo
Correiatransportadora etrompa com capacde 300tonh
E2 Sugadores comcapacidade de 170tonh cada
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 400tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade fluxoExpediccedilatildeo por balanccedilade gravidade p umveiacuteculo
Pulmatildeo deexpediccedilatildeo rodo-ferroviaacuterio comcapac de 275 tonhp 2 vagotildees ou 2carretas
F
2 Plataforma deelevaccedilatildeo cada umcom capacidade de400 tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 800tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade gravidade pumveiacuteculoexpediccedilatildeo por balanccedilade fluxo
Correia com tubotelescoacutepico e capacde 800 tonh
G
Moega subterracircneacom rosca sem fimcom capac de 150tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 150tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade gravidade pumveiacuteculoexpediccedilatildeo por balanccedilade fluxo
Correiatransportadora etrompa com capacde 150tonh
H
2 Plataformas deelevaccedilatildeo cada umacom capacidade p150 tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 300tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade gravidade pumveiacuteculoexpediccedilatildeo por balanccedilade fluxo
Correiatransportadora etrompa com capacde 300tonh
I
Poacutertico tipoClamsheel comcapacidade de 200tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 300tonh
Recepccedilatildeo por balanccedilade fluxoExpediccedilatildeo por balanccedilade gravidade p umveiacuteculo
Pulmatildeo deexpediccedilatildeorodoviaacuterio comcapac de 60 tonh
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
91
I ndash a)1 Plataforma deelevaccedilatildeo c capac de250 tonh
Correias transportadoras eelevadores de canecas comcapacidade de 250tonh
Balanccedila ferroviaacuteriapara um vagatildeo
Moega de expediccedilatildeocom capacidade de250 tonh
Tabela 43 ndash Caracteriacutesticas do setor de armazenagem
Setor de Armazenagem Aacuterea doterminal
Capac (unid)
Terminal Tipo (ton) Quant (m )
Sistema deApoio
A Silo metaacutelico fundo plano com aeraccedilatildeoforccedilada e sistema de rosca varredoura 3100 2 120000 Natildeo dispotildee
B Silo metaacutelico fundo plano com aeraccedilatildeoforccedilada e sistema de rosca varredoura 1680 2 10000 Natildeo dispotildee
4000 1C Silo metaacutelico fundo plano com aeraccedilatildeoforccedilada e sistema de rosca varredoura 2200 1
120000 Abastecimentocomboio aacutegua
D Silo vertical de concreto com fundoem V sem aeraccedilatildeo 7100 2 160000 Natildeo dispotildee
Silo metaacutelico fundo plano com aeraccedilatildeoforccedilada 5000 2
E Armazeacutem de alvenaria com fundoplano e aeraccedilatildeo provido deequipamento de movimentaccedilatildeodenominado chupim
5000 110000
Abastecimentocomboioaacuteguamanutenccedilatildeoalojamento
F
Armazeacutem de alvenaria com fundosemi v provido de unidade desecagem termometria aeraccedilatildeo e comequipamento de movimentaccedilatildeo do tipochupim
60000 1 10000 Natildeo dispotildee
Silo metaacutelico fundo plano provido deunidade de secagem termometria eaeraccedilatildeo
4500 1G
Silo metaacutelico fundo plano com aeraccedilatildeoe rocas varredoura 500 2
60000 Natildeo dispotildee
Armazeacutem de alvenaria com fundosemi v provido de unidade desecagem termometria aeraccedilatildeo e comequipamento de movimentaccedilatildeo do tipopaacute carregadeira
45000 1H
Silo metaacutelico fundo plano com aeraccedilatildeoe rocas varredoura 6700 3
38000 Natildeo dispotildee
IArmazeacutem de alvenaria de fundo planocom aeraccedilatildeo e equipamento demovimentaccedilatildeo do tipo paacute carregadeira
10000 1 160000 Abastecimentocomboioaacutegua
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
92
43 ndash Anaacutelise dos Terminais
Antes de efetuar uma anaacutelise objetiva das caracteriacutesticas levantadas dos terminais
eacute importante ressaltar algumas Em primeiro lugar pode-se dizer que natildeo houve na maior
parte dos casos um planejamento adequado dos terminais Isto pode ser constatado pelo
nuacutemero de terminais que estatildeo desativados Eacute o caso dos terminais A B e G
Outro ponto importante a ser observado eacute que os terminais estatildeo em geral
vinculados a uma empresa transportadora que em alguns casos eacute tambeacutem a dona da
carga Isto torna difiacutecil determinar valores corretos de tarifas de movimentaccedilatildeo de carga
Finalmente eacute preciso ressaltar que natildeo se conseguiu efetuar um levantamento completo
de informaccedilotildees o que tornou difiacutecil a anaacutelise de certos aspectos
A anaacutelise apresentada a seguir eacute dividida por toacutepicos iniciando-se com uma
avaliaccedilatildeo qualitativa e complementando quando existem dados disponiacuteveis com uma
avaliaccedilatildeo quantitativa
431 - Setores modais
Os terminais A B C E e I recebem carga do subsistema hidroviaacuterio poreacutem os
terminais A B e C expedem a carga pelo modal rodoviaacuterio enquanto os terminais E e I
aleacutem da expediccedilatildeo da carga pelo modal rodoviaacuterio dispotildeem ainda da interface
ferroviaacuteria pertencendo a ela a maior parcela de carga movimentada
Os terminais D F G e H recebem a carga pelo modal rodoviaacuterio muitas vezes
diretamente do produtor e a expedem pelo modal hidroviaacuterio Estes terminais poderiam
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
93
movimentar carga nos 2 sentidos jaacute que eles operaram com fertilizantes ou calcaacuterio
poreacutem isto natildeo tem se verificado nos uacuteltimos anos
Constatou-se que na maioria dos terminais o subsistema rodoviaacuterio possui uma
aacuterea reservada para estacionamento e manobra de veiacuteculos poreacutem os arranjos fiacutesicos natildeo
estatildeo bem definidos Isto representa uma certa desorganizaccedilatildeo que soacute natildeo penaliza a
operacionalizaccedilatildeo porque a movimentaccedilatildeo de carga observada eacute pequena
Por outro lado os terminais C e H apresentam configuraccedilatildeo de paacutetio a 90deg com
aacuterea para circulaccedilatildeo e manobra o terminal C tem capacidade para 9 carretas e o terminal
H para 14 carretas Estaacute configuraccedilatildeo visa a reduccedilatildeo de aacuterea ocupada no entanto
proporciona dificuldade na manobra das carretas devido agraves dimensotildees dos semi-reboques
e rodo-trens
O terminal G dispotildee de paacutetio rodoviaacuterio com aacuterea reservada o seu arranjo poreacutem
natildeo se encontra bem definido os veiacuteculos estacionam em linha agrave margem da via de
acesso o que do mesmo modo que nos anteriores soacute natildeo compromete o desempenho do
terminal pela baixa movimentaccedilatildeo
Em uma anaacutelise quantitativa pode-se dizer que para condiccedilotildees normais de traacutefego
o nuacutemero de vagas para carretas nos terminais C e H eacute adequado De fato para as
movimentaccedilotildees previstas 170 tonh para o terminal C e 150 tonh para o terminal H os
nuacutemeros de vagas necessaacuterias seriam respectivamente 5 e 9
De um modo geral os terminais natildeo possuem subsistema ferroviaacuterio dispondo
apenas de interface rodoviaacuteria Em alguns casos a localizaccedilatildeo escolhida para os terminais
natildeo permite a conexatildeo com ferrovias Em outros casos embora os terminais pudessem ter
esta interface ela natildeo existe E deste modo ficam sujeitos a oscilaccedilotildees dos fretes
praticados pois o periacuteodo de safra da soja coincide com o de outros produtos agriacutecolas o
que determina um sensiacutevel aumento na demanda de carretas graneleiras
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
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Dois terminais E e I dispotildeem de paacutetio ferroviaacuterio com configuraccedilatildeo em linhas
concorrentes Este arranjo minimiza a aacuterea requerida poreacutem exige um maior movimento
no paacutetio Em relaccedilatildeo agraves dimensotildees do terminal e a demanda de carga movimentada esta
configuraccedilatildeo eacute perfeitamente adequada
Eacute importante observar que o terminal E tem as linhas de carregamento e o paacutetio
com dimensotildees inferiores ao tamanho da composiccedilatildeo que frequumlenta o terminal Isto
implica em uma maior movimentaccedilatildeo no paacutetio devido aacute necessidade do
desmembramento da composiccedilatildeo Adicionalmente na ausecircncia de maacutequina motriz estas
operaccedilotildees tornam-se ainda mais trabalhosas e demoradas devido ao sistema de traccedilatildeo
utilizado que eacute uma adaptaccedilatildeo de um car puller (equipamento utilizado na
movimentaccedilatildeo de vagotildees que consiste de um motor redutor e conjunto de polias e cabos
de accedilo)
No caso do terminal I as linhas de carregamento tecircm dimensotildees superiores ao
tamanho da composiccedilatildeo que frequumlenta o terminal natildeo havendo necessidade do
desmembramento da composiccedilatildeo o que reduz o tempo de atendimento
Constatou-se que a maioria dos terminais A C E F e H possuem no setor
hidroviaacuterio sistema de atracaccedilatildeo (berccedilo) do tipo retro-porto longitudinal sob estacas Este
tipo de berccedilo oferece boas condiccedilotildees para a operaccedilatildeo do equipamento pneumaacutetico mesmo
com grande variaccedilatildeo da lacircmina da aacutegua pois este equipamento manteacutem-se na cota de
instalaccedilatildeo utilizando uma trompa de succcedilatildeo para ajuste em relaccedilatildeo ao niacutevel da aacutegua
Todos estes terminais dispotildeem de dolfins de amarraccedilatildeo que facilitam a acostagem da
embarcaccedilatildeo bem como seu fundeio
Um outro grupo de terminais B D e G tecircm um sistema de atracaccedilatildeo constituiacutedo
por um piacuteer flutuante longitudinal Esta configuraccedilatildeo tem um baixo custo de instalaccedilatildeo
mas em funccedilatildeo das dimensotildees da chata cria uma dificuldade operacional pois existe a
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
95
necessidade de movimentaccedilatildeo da embarcaccedilatildeo durante o processo de carga ou descarga
Adicionalmente em condiccedilotildees adversas de vento ocorre o balanccedilo da estrutura de
fixaccedilatildeo do pier o que pode levaacute-la ao seu colapso ou entatildeo comprometer a operaccedilatildeo do
sugador Deve-se mencionar tambeacutem o problema de variaccedilatildeo do niacutevel da aacutegua que pode
inviabilizar a operaccedilatildeo do equipamento de transbordo devido agraves inclinaccedilotildees geradas entre
o sugador e os aparelhos de movimentaccedilatildeo interna
O terminal I possui sistema de atracaccedilatildeo constituiacutedo por dolfins que direcionam a
chata sob o equipamento poacutertico onde a barcaccedila eacute atracada Isto facilita a operaccedilatildeo de
amarraccedilatildeo para o transbordo da carga ao mesmo tempo que evita a interrupccedilatildeo das
operaccedilotildees por problemas de variaccedilatildeo na lacircmina da aacutegua A regiatildeo de fundeio deste
terminal eacute viabilizada atraveacutes de cabeccedilos existentes na margem
Constatou-se que para a maioria dos terminais examinados o fundeio das
embarcaccedilotildees eacute efetuado pela simples amarraccedilatildeo das barcaccedilas a estacas de madeira
instaladas na margem
Verifica-se que os terminais A B e I tecircm problemas na aacuterea de evoluccedilatildeo Existe
restriccedilatildeo de raio de curvatura no canal de navegaccedilatildeo o que dificulta a manobra dos
comboios utilizados Aleacutem disto dependendo da eacutepoca do ano existe nestes terminais
restriccedilatildeo de calado
432 - Sistema de movimentaccedilatildeo
Nos terminais A B C e E a recepccedilatildeo da carga eacute feita por meio de equipamento do
tipo sugador que eacute adequado agrave movimentaccedilatildeo de cereais pulverulentos e de baixa
granulometria Obteacutem-se com a utilizaccedilatildeo deste equipamento flexibilidade das
operaccedilotildees e reduccedilatildeo da porcentagem de perda da carga
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
96
Nos 4 terminais mencionados o sistema de controle de carga eacute feito por meio de
balanccedila de fluxo na recepccedilatildeo e balanccedila rodoviaacuteria na expediccedilatildeo jaacute que o terminal soacute
utiliza esse modal O terminal E dispotildee de balanccedila de gravidade rodo-ferroviaacuteria na
expediccedilatildeo isto leva ao um inconveniente de que caso uma carreta deva ser carregada e a
linha de carregamento estiver alocada com vagotildees esses vagotildees devem ser realocados de
forma a liberar a linha Atualmente a maior parte da carga deste terminal eacute expedida pelo
modal ferroviaacuterio o que acaba natildeo gerando maiores problemas operacionais
Os terminais D F e H apresentam recepccedilatildeo da carga utilizando equipamento do
tipo plataforma elevadiccedila que apresenta excelente fluxo de descarregamento aleacutem de
minimizar a utilizaccedilatildeo de matildeo de obra no processo de descarga No caso do terminal G
em que a recepccedilatildeo eacute feita por moega subterracircnea com rosca sem fim constata-se
inconvenientes no transbordo da carga pois haacute a necessidade da utilizaccedilatildeo de matildeo de
obra para auxiliar a operaccedilatildeo uma vez que a descarga eacute feita pelas bicas da carreta A
rosca sem fim tem problemas de rendimento para manuseio de graneacuteis pulverulentos e
apresenta problemas da quebra do gratildeo A afericcedilatildeo da carga no terminais D F e H eacute feita
por meio de balanccedila rodoviaacuteria na recepccedilatildeo e por balanccedila de fluxo na expediccedilatildeo
O terminal I tem um tipo de sistema de transbordo que difere dos demais A
recepccedilatildeo da carga eacute feita atraveacutes de um equipamento poacutertico dotado de um ldquoclamshellrdquo
que tem a vantagem de movimentar carga de qualquer granulometria com um consumo
de energia relativamente baixo quando comparado com o equipamento pneumaacutetico
Entretanto este equipamento com algumas desvantagens tem uma maior perda do granel
dificuldade de operaccedilatildeo dentro do poratildeo e perda acentuada de rendimento quando a
coluna de carga eacute pequena exigindo o uso de dispositivos adicionais para melhorar o
rendimento O controle de carga neste terminal eacute feito por meio de balanccedila de fluxo na
recepccedilatildeo e balanccedila de gravidade na expediccedilatildeo
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
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No que diz respeito agrave movimentaccedilatildeo interna todos os terminais dispotildee de
conjuntos de correias transportadoras e elevadores de canecas que satildeo eficientes na
movimentaccedilatildeo de graneis soacutelidos principalmente os de baixa granulometria
Deve-se ressaltar poreacutem que alguns terminais natildeo garantem um balanceamento
de fluxo pois a capacidade de movimentaccedilatildeo interna natildeo eacute igual agrave capacidade de
recepccedilatildeo eou de expediccedilatildeo Isto eacute o que se constata com os terminais B D G e E A
capacidade do sistema de movimentaccedilatildeo interna eacute maior que o de recepccedilatildeo hidroviaacuteria no
terminal B enquanto nos terminais D e G ela eacute maior que a capacidade de recepccedilatildeo
rodoviaacuteria Finalmente no terminal E a capacidade de movimentaccedilatildeo interna eacute maior que
as capacidades de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo
Ainda examinando a questatildeo de balanceamento de fluxo conveacutem mencionar que
os terminais A e B apresentam capacidade de expediccedilatildeo inferior agrave capacidade de
recepccedilatildeo Isto pode acarretar fila no subsistema hidroviaacuterio quando o estoque no terminal
estiver em seu niacutevel maacuteximo e sub-utilizaccedilatildeo dos equipamentos de movimentaccedilatildeo interna
e pneumaacutetico quando se faz uso do sistema de transbordo direto pois o equipamento
pneumaacutetico deve ser parado frequumlentemente devido a menor taxa de expediccedilatildeo
Jaacute os terminais C e E apresentam capacidade de expediccedilatildeo superior a do
equipamento pneumaacutetico o que natildeo compromete o sistema No entanto o sistema torna-
se mais eficiente quando transfere o granel dos silos para a expediccedilatildeo
Nos terminais D F G e H a expediccedilatildeo do granel eacute realizada para o modal
hidroviaacuterio aproveitando a inclinaccedilatildeo do terreno pois obviamente o sistema de
armazenagem nestes terminais apresenta uma cota maior que o subsistema hidroviaacuterio e
com isso eacute minimizando o consumo de energia
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
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Eacute conveniente destacar que estes terminais tecircm capacidade de expediccedilatildeo superior
a de recepccedilatildeo o que penaliza o transbordo entre os modais e privilegia o transbordo a
partir dos silos (isto caso haja carga suficiente nos silos para manter a cadecircncia)
Observou-se que na maioria dos terminais o arranjo fiacutesico concebido proporciona
o transbordo direto entre os modais com exceccedilatildeo do termina E que facilita o movimento
do granel a partir dos silos Contudo a forma como este terminal foi concebido remete
ao fato de que devido a grande inclinaccedilatildeo do terreno dificilmente se conseguiria
posicionar a linha feacuterrea proacuteximo a margem
433 Armazenagem
Os terminais A B C e G possuem sistema de armazenagem do tipo silos
metaacutelicos de fundo plano sendo dotados de roscas varredouras que permitem o melhor
escoamento do granel ateacute as correias em virtude do tipo de fundo Os silos destes
terminais tambeacutem dispotildeem de sistema de aeraccedilatildeo possibilitando que o granel possa
permanecer em estoque por um periacuteodo mais longo uma vez que o granel ingresse no
terminal seco Este eacute o caso do terminais AB e C que recebem o granel de um outro
terminal e desta forma pressupotildee-se que este granel jaacute tenha sofrido algum
processamento seja ele a secagem o expurgo ou a moagem Adicionalmente o terminal G
tambeacutem possui sistema de secagem
O terminal D tem sistema de armazenagem constituiacutedo por silos de alvenaria com
fundo em v o que facilita o escoamento do granel e minimiza gastos com dispositivos
mecacircnicos e eleacutetricos pressupotildee-se no entanto que este terminal possui sistema de
drenagem a fim de evitar o umedecimento do granel o que acaba encarecendo o sistema
Adicionalmente este terminal natildeo dispotildee de sistema de aeraccedilatildeo o que restringe o tempo
de estoque do granel Eacute pertinente mencionar que este terminal deveria ter sistema de
aeraccedilatildeo e secagem pois recebe carga proveniente do produtor atraveacutes do modal
Capiacutetulo 4 - Levantamento e Anaacutelise dos Terminais Fluviais de Graneacuteis Soacutelidos da Hidrovia Tietecirc-Paranaacute_______________________________________________________________________________________
99
rodoviaacuterio e a expede pelo modal hidroviaacuterio que apresenta tempo de viagem superior a
cinco dias
Deve-se salientar que os terminais citados acima natildeo permitem o estoque de
graneacuteis pulverulentos pois este tipo de produto tende a se compactar quando
armazenado em silos verticais
Os terminais F E H e I possuem armazeacutens de alvenaria o que permite atraveacutes de
ldquoseptorsrdquo o estoque de diversos cereais Estes armazeacutens possuem sistema de aeraccedilatildeo
sendo que o primeiro possui fundo semi v e os outros fundo plano Estes terminais
possuem tambeacutem silos verticais metaacutelicos com fundo plano
Deve-se mencionar que nos terminais F G e H existe sistema de secagem pois
muitas vezes o granel in natura recebido ainda estaacute verde Assim sendo estes terminais
podem estocar o granel por um periacuteodo mais longo
No armazeacutem dos terminais E F H e I para movimentar o granel ateacute as grelhas de
expediccedilatildeo satildeo utilizadas paacute carregadeiras ou equipamento denominado chupin o que natildeo
gera grandes inconvenientes mas que natildeo seriam necessaacuterios se o armazeacutem tivesse fundo
em v ou semi v Entretanto como jaacute citado a concepccedilatildeo do fundo em v ou semi v
implicaria em um sistema de drenagem do terreno o que encareceria o investimento
Deste modo as configuraccedilotildees adotadas para estes 4 terminais se mostram adequadas
Com relaccedilatildeo agrave capacidade de armazenagem os terminais A C D E F G H e I
natildeo atendem a diretriz apresentada no capiacutetulo 3 que estabelece que a capacidade do
sistema de armazenagem deve ser de 2 agrave 4 vezes o tamanho do maior veiacuteculo que
frequumlentar o terminal Somente o terminal B natildeo atende esta relaccedilatildeo e com isso
dependendo da movimentaccedilatildeo a que venha ser submetido e a frequumlecircncia dos comboios
este terminal estaacute sujeito agrave disponibilidade de veiacuteculos rodoviaacuterios para minimizar tempo
de espera no subsistema hidroviaacuterio
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
100
5 ndash DIMENSIONAMENTO DE TERMINAL ndash UM ESTUDO DE
CASO
Neste capiacutetulo eacute apresentado como um ldquoestudo de casordquo o dimensionamento
de um terminal multimodal de granel soacutelido situado agraves margens do Rio Tietecirc na cidade
de Pederneiras Como ferramenta de projeto utiliza-se a teacutecnica de simulaccedilatildeo
recorrendo-se ao software ARENA
Satildeo apresentadas inicialmente as premissas baacutesicas para o
dimensionamento estabelecendo-se hipoacuteteses simplificadoras para tratamento dos
diversos modais Satildeo entatildeo explicitados os paracircmetros adotados na avaliaccedilatildeo de
desempenho do terminal Procede-se em seguida agrave seleccedilatildeo preliminar de caracteriacutesticas
do terminal Define-se depois o esquema adotado para a aplicaccedilatildeo da teacutecnica de
simulaccedilatildeo e finalmente satildeo apresentados os resultados da simulaccedilatildeo definindo-se as
caracteriacutesticas complementares de projeto do terminal
51 - Condicionantes de Projeto
Para o dimensionamento do terminal considera-se que ele movimentaraacute carga
apenas em um sentido da hidrovia para a ferrovia eou rodovia Dois tipos de granel
devem ser atendidos soja in natura e farelo de soja
Estas condiccedilotildees foram extraiacutedas do estudo de cargas potenciais apresentado
no capiacutetulo 2
511 - Terminal de recepccedilatildeo hidroviaacuteria
Para este ldquoestudo de casordquo o terminal eacute portanto de recepccedilatildeo hidroviaacuteria
recebendo carga das regiotildees produtoras Centro OesteSudeste do Brasil gerando
provavelmente um fluxo de exportaccedilatildeo ou para o proacuteprio consumo interno
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
101
Com relaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo da carga se privilegiaraacute o
transbordo direto para os modais de expediccedilatildeo devido agraves vantagens citadas no capiacutetulo 3
de economia de movimentos e de minimizaccedilatildeo de tombos da carga no sistema de
armazenagem priorizando assim a economia global do sistema
512 - Projeto modular
Adota-se para o projeto do terminal uma concepccedilatildeo modular A partir das
demandas de movimentaccedilotildees estipuladas para o horizonte de tempo prevecirc-se a expansatildeo
necessaacuteria do terminal considerando os seguintes itens
- arranjo fiacutesico
- sistemas de movimentaccedilatildeo
- armazenagem
513 - Evoluccedilatildeo da movimentaccedilatildeo
Para o dimensionamento do terminal arbitrou-se um valor de 1000000
toneladas para o ano de 2005 para isto considerou-se um aumento de 20 na produccedilatildeo
de soja entre 2000 e 2005 admitindo-se tambeacutem que a hidrovia absorva parte da carga de
soja movimentada pelos outros modais levando em conta a tendecircncia de mudanccedila da
matriz de transporte nacional Para os anos de 2010 e 2015 adotou-se a expansatildeo
moderada da produccedilatildeo de soja apresentada no capiacutetulo 2
Para o dimensionamento da capacidade de armazenagem do terminal farelo e
gratildeos devem ocupar lugares distintos pois eles natildeo podem misturar-se Eacute necessaacuterio
entatildeo definir a participaccedilatildeo de cada granel na movimentaccedilatildeo do terminal uma vez que
ela iraacute determinar a capacidade das ceacutelulas armazenadoras e dos equipamentos de
movimentaccedilatildeo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
102
Para estabelecer a participaccedilatildeo dos dois tipos de carga soja in natura e farelo
de soja utilizou-se os dados da movimentaccedilatildeo desses produtos observados no periacuteodo
1999 - 2000 que conforme visto no capiacutetulo 2 correspondem respectivamente a 635 e
365
514 - Distribuiccedilatildeo da movimentaccedilatildeo de carga
Para o dimensionamento do terminal eacute importante conhecer a distribuiccedilatildeo da
movimentaccedilatildeo de carga ao longo do ano Para a definiccedilatildeo destes valores adotou-se para a
soja e o farelo as mesmas distribuiccedilotildees ocorridas no biecircnio 1999 - 2000 Com esta
premissa a tabela 51 mostra a distribuiccedilatildeo do movimento de soja prevista no terminal
em 2005 2010 e 2015 A figura 51 fornece uma visualizaccedilatildeo da distribuiccedilatildeo de carga ao
longo do ano
Atraveacutes do estudo de capacidade da via (Capiacutetulo 2) eacute possiacutevel verificar que
as movimentaccedilotildees estipuladas para os anos de 2005 2010 e 2015 satildeo compatiacuteveis com a
capacidade maacutexima estimada para movimentaccedilatildeo de carga na hidrovia Tietecirc-Paranaacute
Tabela 51 Distribuiccedilatildeo mensal da movimentaccedilatildeo de soja (ton e )MESESAno
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZtotal
ton 2550 43450 134850 152750 162450 130000 109900 76600 61650 54300 47500 2395010000002005 026 435 1349 1528 1625 1300 1099 766 617 543 475 240 10000
2010 ton 3045 51879 161011 182384 193965 155220 131221 91460 73610 64834 56715 285961200000
2015 ton 3940 67130 208343 235999 250985 200850 169796 118347 95249 83894 73388 370031550000
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
103
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
200520102015
Figura 51 Distribuiccedilatildeo mensal de gratildeo in natura mais farelo
515 Distribuiccedilatildeo da recepccedilatildeo e expediccedilatildeo das cargas
A distribuiccedilatildeo de chegadas de comboios no subsistema hidroviaacuteria seraacute
imposta pela oferta mensal de carga proveniente dos centros produtores de soja que para
os anos de (200520102015) eacute mostrada na tabela 52
Tabela 52 Distribuiccedilatildeo de chegadas dos comboios
SubsistemaHidroviaacuterio
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Tonsmecircs 2005 2550 44000 134850 152750 162450 130050 109900 76600 61650 54300 47500 23950Comboiosmecircsgratildeo in natura 1 13 39 44 47 38 32 22 18 16 14 7
Comboiosmecircsfarelo 0 7 22 25 27 22 18 13 10 9 8 4
Tonsmecircs 2010 3045 53000 161011 182384 193965 155220 131221 91460 73610 64834 56715 28596Comboiosmecircsgratildeo in natura 1 15 46 53 56 45 38 26 21 19 16 8
Comboiosmecircsfarelo 0 9 27 30 32 26 22 15 12 11 9 5
Tonsmecircs 2015 3940 68000 208343 235999 250985 200850 169796 118347 95249 83894 73388 37003Comboiosmecircsgratildeo in natura 1 20 60 68 72 58 49 34 27 24 21 11
Comboiosmecircsfarelo 0 11 35 39 42 33 28 20 16 14 12 6
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
104
Admite-se por outro lado que o subsistema de armazenagem no periacuteodo de
fevereiro agrave maio absorveraacute 5 da carga proveniente do subsistema hidroviaacuterio Contudo
a partir do mecircs de junho a carga estocada seraacute escoada de forma que ateacute o final de julho
natildeo haja carga armazenada no mecircs de agosto os fluxos recepccedilatildeo e de expediccedilatildeo se
igualam Estas hipoacuteteses se justificam pelo fato que a soja tem um bom preccedilo no mercado
internacional ateacute meados de julho A tabela 53 e a figura 52 ilustram estas hipoacuteteses
Admitiu-se que a maior parcela da carga eacute movimentada pelo subsistema
ferroviaacuterio (8750) sendo a parcela restante atendida pelo modal rodoviaacuterio Isto se
justifica porque os contratos ferroviaacuterios satildeo fechados por um periacuteodo de um ano em que
se garante uma oferta fixa de composiccedilotildees Aleacutem disto como o periacuteodo de safra da soja
coincide com o de vaacuterias ldquocommoditiesrdquo o que diminui a oferta de veiacuteculos
(ferroviaacuterios) o subsistema rodoviaacuterio pode vir a suprir esta eventual carecircncia de
composiccedilotildees ferroviaacuterias
Tabela 53 ndash Expediccedilatildeo do granel pelos modais ferro-rodoviaacuterios
Granel JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ2005 0 41800 128108 145113 149454 134500 134500 76600 61650 54300 47500 239502010 0 50350 152960 173264 178448 160800 160800 91460 73610 64834 56715 285962015 0 68000 208343 235999 250985 200850 169796 118347 95249 83894 73388 37003
0
50000
100000
150000
200000
250000
200520102015
Figura 52 ndash Expediccedilatildeo Rodo-Ferroviaacuteria
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
105
O modal rodoviaacuterio eacute atendido por dois tipos de veiacuteculos o rodo-trem e a
carreta semi-reboque Admite-se que a participaccedilatildeo das carretas semi-reboque
correspondam a 80 do volume movimentado por este subsistema cabendo agrave carreta
tipo rodo-trem movimentar os restantes 20
A Tabela 54 apresenta a oferta mensal requerida de composiccedilotildees ferroviaacuterias
e carretas segundo os volumes estimados de expediccedilatildeo e a divisatildeo modal admitida
Tabela 54 ndash Oferta mensal requerida de composiccedilotildees ferroviaacuterias e carretas
Carga totalexpedida
(ton)
S-R(unid)
R-T(unid)
C-F(unid)
Carga totalexpedida
(ton)
S-R(unid)
R-T(unid)
C-F(unid)
Carga totalexpedida
(ton)
S-R(unid)
R-T(unid)
C-F(unid)
JAN 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0FEB 41800 133 17 12 50350 191 24 14 64600 174 22 19MAR 128108 391 49 37 152960 411 51 45 197926 547 68 58APR 145113 399 55 42 173264 513 58 51 224199 615 75 66MAY 149454 400 50 44 178448 453 64 52 230906 571 77 68JUN 134500 400 50 39 160800 453 57 47 208000 571 71 61JUL 134500 242 50 39 160800 308 57 47 208000 374 71 61AUG 76600 175 30 22 91460 243 38 26 118347 257 47 34SEP 61650 175 22 18 73610 243 30 21 95249 257 32 28OCT 54300 144 18 16 64834 179 22 19 83894 272 34 24NOV 47500 126 16 14 56715 199 25 16 73388 237 30 21DEC 23950 67 8 7 28596 105 13 8 37003 160 20 10Total 1000000 128 872 1200000 129 871 1550000 124 876
S-R - semi-reboque R-T - rodo-trem C-F - composiccedilatildeo ferroviaacuteria
2005 2010 2015
516 - Distribuiccedilatildeo de chegada e tempos de atendimento e eventos nos paacutetios
Admitiu-se para todos os modelos que os intervalos entre chegadas tenham
distribuiccedilatildeo normalEsta hipoacutetese eacute razoaacutevel para os modais hidroviaacuterio e ferroviaacuterio
obedecendo ao planejamento dos transportadores Para o modal rodoviaacuterio que natildeo tem a
mesma rigidez admite-se que as carretas contratadas para o transporte do granel tenham
uma certa dedicaccedilatildeo ao terminal no periacuteodo de safra os desvios nos tempos de chegada
seriam neste caso resultantes de problemas de percurso
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
106
Considerou-se para a distribuiccedilatildeo de chegadas dos 3 modais um desvio
padratildeo igual a 20 do intervalo de chegada
Eacute admitido que os tempos para execuccedilatildeo de atividades nos paacutetios ferroviaacuterio
e rodoviaacuterio bem como os tempos de manobras no subsistema hidroviaacuterio tenham
distribuiccedilatildeo normal com desvio padratildeo igual a 10 dos valores meacutedios para estas
operaccedilotildees fornecidos pelos operadores dos terminais
Os tempos para a execuccedilatildeo de atividades nos paacutetio satildeo apresentados na tabela
55
Tabela 55 Tempos para execuccedilatildeo de atividades nos paacutetios rodoviaacuterio e ferroviaacuterioe na aacuterea de evoluccedilatildeo
Subsistema Ferroviaacuterio Subsistema Rodoviaacuterio Subsistema HidroviaacuterioAtividade Tempo
(min)Desviopadratildeo
Atividade Tempo(min)
Desviopadratildeo
Atividade Tempo(min)
Desviopadratildeo
Movimentaccedilatildeoda composiccedilatildeopara a linha decarregamento
20
10(em relaccedilatildeo
ao tempoda
atividade)
Movimentaccedilatildeoda carreta para
a linha decarregamento
2010
(em relaccedilatildeoao tempo daatividade)
Movimentaccedilatildeochata da aacuterea de
fundeio p aatracaccedilatildeo
15
10(em relaccedilatildeo
ao tempoda
atividade)Movimentaccedilatildeoda composiccedilatildeo
para o paacutetio15 10 Movimentaccedilatildeo
da carreta parao paacutetio
15 10 Saiacuteda da chatado berccedilo 20 10
Movimentaccedilatildeoda composiccedilatildeo
do paacutetio p linhade carregamento
15 10Movimentaccedilatildeoda carreta do
paacutetio p linha decarregamento
15 10 - - -
Mudanccedila devagotildees na gare 4 10
Carreta sai doterminal 4 10 - - -
Saiacuteda dacomposiccedilatildeo do
terminal20 10 - - - - - -
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
107
517 Tratamento dado aos clientes
O terminal funcionaraacute como um prestador de serviccedilos aos clientes
transportadores oferecendo e cobrando todos os serviccedilos que satildeo de seu escopo
Admite-se que o terminal teraacute como usuaacuterios empresas do tipo ldquotradersquo e o
conceito de operaccedilatildeo multimodal Considera-se que o transbordo da carga eacute uma parte do
sistema de transporte o terminal cobraraacute por este serviccedilo ou seja cobraraacute o
descarregamento da barcaccedila a movimentaccedilatildeo no terminal a possiacutevel armazenagem aleacutem
do transbordo da carga para os modais ferroviaacuterio e rodoviaacuterio Eacute importante salientar
que admitindo que o armazeacutem tenha a funccedilatildeo de balanceamento do fluxo os custos de
armazenagem seratildeo rateados na tarifardquo
52 Especificaccedilatildeo Parcial do Terminal
As dimensotildees do terminal satildeo funccedilatildeo do sistema de armazenagem
componentes rodoviaacuterios a topografia do terreno e principalmente do subsistema
ferroviaacuterio que apresenta as maiores dimensotildees envolvidas
Para a configuraccedilatildeo do arranjo fiacutesico do terminal a topografia do terreno teve
um papel determinante na localizaccedilatildeo dos subsistemas ferroviaacuterio rodoviaacuterio e de
armazenagem pois eacute conveniente localizar as linhas de expediccedilatildeo ferroviaacuteria e rodoviaacuteria
o mais proacuteximo possiacutevel da margem para facilitar o transbordo direto No entanto a
declividade do terreno inviabiliza este arranjo pois existe uma grande diferenccedila de cota
do entroncamento ferroviaacuterio que atenderaacute o terminal e o cais
A correccedilatildeo deste desniacutevel exigiria uma grande movimentaccedilatildeo de terra aleacutem
disto resultaria em um grande comprimento da linha feacuterrea para permitir que a restriccedilatildeo
de inclinaccedilatildeo maacutexima fosse atendida Desta maneira optou-se pelo arranjo
esquematizado na figura 53 (os cortes A-A e B-B satildeo apresentados na seccedilatildeo 524 e
525)
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
108
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
109
Este terminal eacute provido de portaria edificaccedilotildees administrativas e dos diversos
componentes que seratildeo descritos na sequumlecircncia
O arranjo mostrado na Figura 53 representa uma configuraccedilatildeo baacutesica que
pode ser alterada em funccedilatildeo de variaccedilotildees das taxas de movimentaccedilatildeo e do total de carga
movimentada ao longo do tempo
521 Subsistema hidroviaacuterio
Para especificaccedilatildeo deste subsistema satildeo consideradas as caracteriacutesticas das
embarcaccedilotildees atendidas
Perfil do comboio Tietecirc-Paranaacute
O comboio tipo Tietecirc eacute composto por um empurrador duas chatas com as
dimensotildees mostradas na tabela 56 e na figura 54
Figura 54 - Comboio tipo Tietecirc
Tabela 56 ndash Caracteriacutesticas Principais do Comboio Tipo Tietecirc
Chata EmpurradorDimensotildeesVariaccedilatildeo Comum Variaccedilatildeo Comum
Comboio
L (m) 5700 a 6000 5800 1700 a 2300 2100 13700B (m) - 1100 900 a 1100 1000 1100H (m) - 250 160 a 200 200 250
Fonte Adaptaccedilatildeo das informaccedilotildees em CESP (1995)
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
110
As dimensotildees apresentadas na Tabela 56 satildeo consideradas criacuteticas para o
dimensionamento dos componentes do subsistema hidroviaacuterio Cada chata tem
capacidade de carga de 1100-1200 ton logo a capacidade total do comboio eacute de 2200-
2400 ton Para o estudo de caso seraacute adotado o comboio de duas chatas com capacidade
de 2200 ton
Considerando que o traacutefego na via seja bidirecional obtem-se atraveacutes de
formulaccedilatildeo apresentada por Lima (1988) uma largura miacutenima da aacuterea de evoluccedilatildeo de
330 m
Infra-estrutura de atracaccedilatildeo
Entre as alternativas possiacuteveis para o sistema de atracaccedilatildeo e movimentaccedilatildeo
apresentado no capitulo 3 escolheu-se para este terminal o arranjo fixo do tipo retroporto
longitudinal
O arranjo fixo eacute mais simples e geralmente de menor custo poreacutem
apresenta como inconveniente a necessidade de movimentar a barcaccedila no cais para a
operaccedilatildeo de carregamentodescarregamento No entanto em se tratando de infraestrutura
portuaacuteria fluvial os berccedilos podem ser de concepccedilatildeo simplificada pois a embarcaccedilatildeo tem
um pequeno comprimento e eacute relativamente faacutecil a movimentaccedilatildeo da chata no berccedilo
Com isso consegue-se reduzir custos em obras portuaacuterias aleacutem de se obter
maior flexibilidade e simplicidade na instalaccedilatildeo dos equipamentos de transbordo
Definiccedilatildeo do equipamento de descarga
Para a escolha do equipamento de transbordo do subsistema hidroviaacuterio
levou-se em consideraccedilatildeo o tipo de granel que seraacute movimentado no terminal a
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
111
funcionalidade do equipamento o valor do investimento e a flexibilidade Dentre os tipos
de equipamentos de transbordo descritos no capitulo 3 foi selecionado o pneumaacutetico com
base nas consideraccedilotildees apresentadas a seguir
Considerou-se inicialmente as caracteriacutesticas do produto e os cuidados
necessaacuterios A soja in natura e o farelo apresentam grande quantidade de fuligem quando
em manuseio gerando grande quantidade de poeira e causando um certo desconforto
poluiccedilatildeo ambiental riscos de sauacutede para os operadores no caso do farelo essa poeira
representa uma certa perda
No que diz respeito agrave operaccedilatildeo do sistema a chata tem as dimensotildees do poratildeo
reduzidas se comparados agraves de um navio a coluna de carga gerada pelo
acondicionamento da soja no poratildeo tambeacutem eacute pequena o que dificulta ainda mais a
operaccedilatildeo dos equipamentos mecacircnicos e guindastes ldquograbsrdquo principalmente quando o
granel se aproxima do fim do carregamento
Nesta situaccedilatildeo os equipamentos pneumaacuteticos levam vantagem pois satildeo de
simples operaccedilatildeo e tecircm boa eficiecircncia de movimentaccedilatildeo para graneis pulverulentos e
baixa granulometria alcanccedilando praticamente todos os pontos dos porotildees das chatas
gerando ainda baixa quantidade de poeira e miacutenima perda do gratildeo Ainda com relaccedilatildeo
aos equipamentos pneumaacuteticos pode-se ressaltar que os do tipo moacuteveis proporcionam
grande flexibilidade de movimentaccedilatildeo sobre o cais o que facilita a operaccedilatildeo de
transbordo
Em relaccedilatildeo aos custos operacionais os equipamentos pneumaacuteticos apresentam
desvantagem quanto ao consumo energia poreacutem eles possuem vantagens no que diz
respeito agrave operaccedilatildeo e matildeo de obra
No que tange agrave infraestrutura de instalaccedilatildeo que eacute muitas vezes executada
sobre o cais os equipamentos pneumaacuteticos natildeo geram grandes solicitaccedilotildees estruturais
pois satildeo equipamentos leves Isto faz com que os custos de investimentos sejam menores
reduzindo tambeacutem os custos de instalaccedilatildeo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
112
Uma vantagem adicional eacute que este tipo de equipamento encontra-se
disponiacutevel no mercado para diversas faixas de capacidade
522 Subsistema rodoviaacuterio
Perfil dos Veiacuteculos Rodoviaacuterios
As dimensotildees principais dos tipos de veiacuteculos o rodo-trem e o semi-reboque
satildeo apresentadas na tabela 57 Nesta tabela satildeo incluiacutedos tambeacutem os valores dos raios de
giro interno e externo dos veiacuteculos que satildeo importantes para o dimensionamento do
terminal
As figuras 55 e 56 ilustram as dimensotildees apresentadas na tabela 57 para
rodo-trem e semi-reboque
Figura 55 - Rodo-trem modelo Scania Fonte FACHINI
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
113
Tabela 57 Modelos de Carretas
Tipo decarreta
Altura(m)
Largura(m)
Comprimento(m)
Altura daplataforma
(m)
CapCarga(ton)
CapCubica
(m3)
Raio degiro
interno(m)
Raio degiro
externo(m)
Rodo-trem 47 26 198 14 75 10367 1005 155Semi-reboque 47 26 181 14 35 107 798 155
Fonte ndashFachini ndash (dados para equivalentes ao caminhatildeo Scania de trecircs eixos)
Figura 56 - Semi-reboque modelo Scania fonte FACHINI
Paracircmetros de Dimensionamento
De acordo com as figuras 55 e 56 os raios de giro interno natildeo devem ser
inferiores a 16 m e conforme recomendaccedilatildeo apresentada no capiacutetulo 3 a inclinaccedilatildeo
maacutexima das rampas (Figura 318) em relaccedilatildeo ao piso plano natildeo deve exceder o acircngulo
6deg17rsquo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
114
Como o niacutevel de movimentaccedilatildeo deste modal eacute baixo optou-se pela
configuraccedilatildeo para traacutefego intermitente Lima (1988) Admite-se tambeacutem que a forma de
crescimento do paacutetio rodoviaacuterio seraacute por expansatildeo lateral A configuraccedilatildeo do paacutetio de
estacionamento eacute diagonal a 60 deg o que para as dimensotildees das carretas selecionadas
proporciona melhor manobrabilidade e economia de espaccedilo A tabela 58 mostra as
dimensotildees estimadas para uma vaga (Lima)
Tabela 58 Dimensotildees da vaga rodoviaacuteria
Largura da vaga (m) 41Largura da via (m) 18Comprimento vaga (m) 20
523 Caracteriacutesticas do Subsistema Ferroviaacuterio
Perfil da Composiccedilatildeo Ferroviaacuteria
Admite-se que os vagotildees da composiccedilatildeo que operaraacute no terminal tenham as
caracteriacutesticas indicadas na Figura 57 e na Tabela 59
Tabela 59 Modelo de vagatildeo
TIPO Comprimento(m)
Capacidadede Carga
(ton)
Capacidadevolumeacutetrica
(m3)
Meio deCarregamento
Meio dedescarregamento
Hopper fechadoconvencional 135 60 77 Tampas de
escotilhaBocas de descarga(fundo inclinado)
Fonte (Brasil Ferrovias)
O comprimento da composiccedilatildeo eacute funccedilatildeo do nuacutemero de vagotildees que varia de
22 agrave 50 e do comprimento da maacutequina motriz Admite-se neste estudo que a
composiccedilatildeo ferroviaacuteria possui 50 vagotildees cada um com capacidade de 60 toneladas aleacutem
da maacutequina motriz A composiccedilatildeo tem portanto um comprimento total de 697 m e uma
capacidade de 3000 toneladas
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
115
Figura 57 - Vagatildeo Hopper fechado convencional Fonte Brasil Ferrovias
Lima (1988) salienta que o tamanho da linha de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo deve
possibilitar o processamento de uma composiccedilatildeo criacutetica com folga de 20 e a linha do
elemento de controle deve ter 2 vezes o tamanho da composiccedilatildeo padratildeo mais um vagatildeo
Portanto o comprimento total da linha feacuterrea eacute em torno de 1400 m lembrando que esta
eacute possivelmente uma das dimensotildees do terminal
Caracteriacutesticas de Dimensionamento
A bitola utilizada seraacute a larga de 16 m com raio de curvatura de 150 m
distacircncia entre vias de 49 m AMV (aparelho de mudanccedila de via) de 6 deg e inclinaccedilatildeo da
via natildeo superior a 1deg seguindo as recomendaccedilotildees apresentadas no capiacutetulo 3 Nas
Figuras 53 58 e 59 eacute possiacutevel visualizar o arranjo fiacutesico do setor ferroviaacuterio
A configuraccedilatildeo do paacutetio ferroviaacuterio seraacute de linhas concorrentes pois os
tempos de movimentaccedilatildeo interna do terminal natildeo comprometem o seu desempenho De
fato a parcela mais significativa do tempo da composiccedilatildeo no sistema estaacute associada agraves
taxas de movimentaccedilatildeo Ressalte-se ainda que esta configuraccedilatildeo minimiza a aacuterea do
terminal em relaccedilatildeo a configuraccedilatildeo em pecircra e reduz tambeacutem a movimentaccedilatildeo de terra na
sua implantaccedilatildeo
524 ndash Escolha do tipo de armazenagem silo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
116
Para o estoque do granel de soja in natura o sistema de armazenagem mais
conveniente eacute o silo vertical metaacutelico pois ele tem menor custo de matildeo de obra maior
velocidade de recebimento e expediccedilatildeo aleacutem de um menor custo de instalaccedilatildeo Este tipo
de silo poreacutem soacute pode armazenar um tipo de granel Uma ilustraccedilatildeo deste silo eacute
mostrada na Figura 58
A ceacutelula de estocagem mais apropriada para o farelo de soja eacute o armazeacutem de
alvenaria mostrado na Figura 59 pois este produto apresenta o inconveniente da
compactaccedilatildeo do granel inviabilizando a sua estocagem em silos verticais O armazeacutem de
alvenaria apresenta grande flexibilidade podendo estocar vaacuterios tipos de graneacuteis atraveacutes
de sua septorizaccedilatildeo
As dimensotildees seratildeo definidas em funccedilatildeo das estimativas de estoque
necessaacuterio obtidas no estudo de otimizaccedilatildeo Como natildeo eacute viaacutevel a ampliaccedilatildeo de armazeacutens
de alvenaria ele deve ser implantado em 2005 com dimensotildees compatiacuteveis com as
estimativas de estoque requeridas para farelo em 2015
Desta forma no iniacutecio o armazeacutem eacute utilizado parcialmente para estocagem
de soja em gratildeo A medida que se aumenta a movimentaccedilatildeo seratildeo construiacutedos silos para
estocagem de gratildeo reduzindo o setor deste produto no armazeacutem
Adota-se assim uma configuraccedilatildeo inicial do sistema de estocagem para
2005 constituiacuteda de um armazeacutem de alvenaria septorizado para farelo e gratildeo e silos
verticais soacute para gratildeo Nos cenaacuterios futuros 2010 e 2015 com maior movimentaccedilatildeo
aumenta-se a ocupaccedilatildeo de farelo no armazeacutem construindo-se os silos adicionais para
estocagem do gratildeo
O armazeacutem e silos natildeo necessitaratildeo de equipamentos de secagem pois o
terminal eacute de recepccedilatildeo hidroviaacuteria e portanto o gratildeo jaacute ingressa seco nos silos No
entanto os silos deveratildeo ser providos de aeraccedilatildeo forccedilada para manter a umidade e
temperatura do gratildeo nos niacuteveis adequados
Os silos deveratildeo ser concebidos com fundo plano que elimina a necessidade
do emprego de sistema de drenagem
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
117
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
118
525 Equipamentos de movimentaccedilatildeo interna
As figuras 58 e 59 ilustram o sistema utilizado para movimentaccedilatildeo interna
de carga no terminal Ele eacute constituiacutedo por um conjunto de correias transportadoras com
um primeiro trecho de 12 m de extensatildeo ligando o sugador ao pulmatildeo de expediccedilatildeo e
um outro de 50 m que conecta o pulmatildeo aos silos
O subsistema de correias deve ser dimensionado com capacidade suficiente
para atender a demanda de 2015 A Tabela 510 apresenta as caracteriacutesticas do
subsistema de movimentaccedilatildeo para os 3 cenaacuterios considerados
Tabela 510 ndash Caracteriacutesticas dos Equipamentos de MovimentaccedilatildeoCenaacuterioEquipamento 2005 2010 2015
CorreiaModeloCT 30rdquo
Extensatildeo (m)120 adiciona-se 30m
total 150adiciona-se 30m
total 180
CorreiasubterracircneaModelo CT 30rdquo
Extensatildeo (m)120 adiciona-se 30m
total 150
adiciona-se 30mtotal 180
Correia ligandosugador aopulmatildeo
Extensatildeo (m)70 70 70
Para a conexatildeo entre os silos armazeacutem e o elevador de canecas eacute utilizado
um transportador de correia subterracircneo
A expediccedilatildeo rodoviaacuteria bem como a ferroviaacuteria se daacute por gravidade por
meio de moeacutegas suspensas e seu conjunto denominado de pulmatildeo expediccedilatildeo tem a
finalidade de manter a cadecircncia entre os subsistemas
Adotou-se para o sistema ferroviaacuterio uma taxa de expediccedilatildeo igual agrave taxa de
recepccedilatildeo do terminal e para o sistema rodoviaacuterio uma taxa proporcional agrave participaccedilatildeo
deste modal na movimentaccedilatildeo do terminal
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
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A afericcedilatildeo das quantidades movimentadas no terminal eacute feita na recepccedilatildeo
hidroviaacuteria por balanccedila de fluxo e na expediccedilatildeo por um conjugado de balanccedilas de
gravidade e uma outra balanccedila de fluxo Com relaccedilatildeo agrave expediccedilatildeo da carga a balanccedila de
gravidade efetua a pesagem do subsistema rodoviaacuterio e a balanccedila de fluxo mede a
quantidade de carga expedida pelo terminal e a parcela de carga expedida pelo modal
ferroviaacuterio
526 Estimativa da aacuterea alocada
Como jaacute mencionado a aacuterea do terminal depende dos vaacuterios subsistemas
mas principalmente do subsistema ferroviaacuterio uma vez que este apresenta as maiores
dimensotildees em funccedilatildeo do tamanho da composiccedilatildeo
Conveacutem ressaltar que muitas vezes o paacutetio ferroviaacuterio estaacute proacuteximo ou ateacute
na aacuterea de desapropriaccedilatildeo da ferrovia e neste caso custo de construccedilatildeo da linha bem
como de aquisiccedilatildeo do terreno podem ser rateados pelo terminal e pela empresa
ferroviaacuteria Aleacutem disto muitas vezes estas aacutereas podem ser doadas pelo municiacutepio
dependendo dos incentivos envolvidos
Para as estimativas de aacuterea ocupada pelo terminal e custos de construccedilatildeo da
linha esta aplicaccedilatildeo se basearaacute nas dimensotildees totais estimadas pois natildeo se sabe qual seraacute
a poliacutetica de parceria que poderia ser adotada
Desta forma atraveacutes do comprimento da linha ferroviaacuteria distacircncia entre
vias as dimensotildees admitidas para os silos armazeacutem e aacuterea de circulaccedilatildeo interna
conforme o anexo E tem-se uma aacuterea estimada de 100 metros de largura por 1400 metros
de comprimento totalizando 140000 m
Eacute importante tambeacutem mencionar que desta aacuterea aproximadamente 17m de
largura do terreno estaacute dentro da aacuterea desapropriada pela formaccedilatildeo dos lagos e esta
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regiatildeo encontra-se sobre concessatildeo da geradora que cobra uma taxa por sua utilizaccedilatildeo
como eacute mencionado mais adiante
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53 O Procedimento de Simulaccedilatildeo
As figuras 510 a 512 apresentam o fluxograma esquemaacutetico dos processos
A descriccedilatildeo do modelo concebido para a realizaccedilatildeo da simulaccedilatildeo utilizando o software
ARENA encontra-se no Anexo C
Para completar o dimensionamento do terminal recorreu-se agrave teacutecnica de
simulaccedilatildeo Para tanto foi elaborado um modelo que procura representar de forma mais
fiel possiacutevel a operaccedilatildeo de um terminal multimodal deste tipo Os valores de
determinados paracircmetros foram definidos a partir de informaccedilotildees levantadas na
bibliografia ou junto agrave empresa consultadas
Admite-se que o terminal trabalha com dois tipos de carga podem ser cada
uma de um cliente diferente (trade) Natildeo se daacute no entanto tratamento individual a cada
cliente
O modelo adotado privilegia o transbordo direto do subsistema hidroviaacuterio
para os subsistemas rodoviaacuterio e ferroviaacuterio Esta decisatildeo se justifica pois resulta em
reduccedilatildeo dos tombos da carga em silos e em consequumlecircncia minimizaccedilatildeo da
movimentaccedilatildeo interna reduzindo assim o consumo de energia Haacute tambeacutem um reduccedilatildeo
do custo inicial pois minimiza-se a instalaccedilatildeo de alguns equipamentos de movimentaccedilatildeo
interna Deve-se mencionar contudo que quando a transferecircncia de carga precisa ser
alterada passando do transbordo direto para a expediccedilatildeo a partir dos silos haacute um
intervalo de 3 minutos conforme recomendaccedilatildeo do fabricante
O modelo foi simulado levando em consideraccedilatildeo os meses de fevereiro a
agosto a fim de diminuir o tempo de simulaccedilatildeo visto que nos meses restantes o terminal
tem uma movimentaccedilatildeo quase nula
Para o caacutelculo de tempo de permanecia dos veiacuteculos no terminal poreacutem
foram utilizados os meses de abril e maio quando ocorre o pico de movimentaccedilatildeo nestes
meses que os componentes do terminal satildeo realmente exigidos em seu niacutevel maacuteximo
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Entrada aacutereade evoluccedilatildeo
Existe filaDesmenbracomboio e
fundeia
Desmenbraatraca e
amarra emb
Aguarda em fila
haacute vagotildees ecarretas
disponiacuteveis
sim
natildeosim
Niacutevelarmazeacutem eacute
maacuteximo
aguada
descarregacomboio carrega
armazeacutem
natildeo
sim
Aloca aacuterea decarregamento
Forma comboioARMAZENAGEM
Pulmatildeo deexpediccedilatildeo
haacute a falta decarretas evagotildees
sim
natildeo
Granel Pulmatildeoldifere da chata
eou pulmaocheio
sim
natildeo
Aloca aacuterea decarregamento
descarga comboiocarregamento
pulmatildeo
Houve oingresso devagotildees oucarretas
Descarregapulmatildeo
Granel silo (n)difere da
chata
natildeo
natildeo
subsistemasrodoviaacuterio eferroviaacuterio
Transfere sistemade correias dopulmatildeo p silos
natildeo
sim
sim
Transfere sistemade correiais dossilos p pulmatildeo
sim
sim
chata estaacutevazia
chata estaacutevazia
natildeo
natildeo
Comboio eacuteliberado
sim
Decisatildeo Processo LoopConsulta dedados Armazeacutemou Pulmatildeo
Direccedilatildeo doFluxo doDiagrama
Intercacircmbiodeinformaccedilotildees
Iniacutecio ouTermino doprocesso
Figura 510 Fluxograma do descarregamento da chata
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natildeo
Chegada do Trem
Existe vagana aacuterea dedescarga
Manobracomposiccedilatildeo no
Patio deestacionamento
Eacute liberada a aacuterea decarregamento p proacuteximos
vagotildees
Aloca-se aacutereade carga iniciacarreg vagotildees
Aloca linhacarregamento
Aguarda vaga aacutereadescarga
Silos+Pulmatildeogt=capacidade
vagatildeo
Aguarda linha decarregamento
natildeo
Carrega vagatildeo
sim
sim
composiccedilatildeocarregada
Aguarda chegadacomboio
sim
ARMAZENAGEMPulmatildeo
deexpediccedilatildeo
existe chatano berccedilo
natildeo
sim
Afere carga vagatildeo
Libera composiccedilatildeo
chata cheia
silos demesmo granel
+pulmaogtcarga
vagatildeo
estoque deoutros
graneacuteisgtvagotildeesrestantes
natildeo
sim
natildeo
natildeo
sim
sim
Figura 511 - Fluxograma do carregamento da composiccedilatildeo ferroviaacuteria
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Chegada daCarreta
Manobra carretano Paacutetio de
estacionamento
Libera aacuterea de carregamentoproacuteximas carretas
Aguarda vagaaacuterea descarga
Inter-face Rodoviaacuteria
Afere carga carreta
Aloca aacuterea decarga
Existe vagaaacuterea de
descarga
sim
Paacutetiointermadiaacuterio
simnatildeo
ARMAZENAGEMPulmatildeo
deexpediccedilatildeo
natildeo
Silos+Pulmatildeogt=capacidade
carreta
Aguarda aacuterea dedescarga
sim
existe chatano berccedilo
natildeo
Carrega carreta
Libera carreta
Figura 512 - Fluxograma do carregamento das carretas
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531 Condicionantes e estimativas operacionais
O terminal teraacute um regime de operaccedilatildeo de 24 horas admite-se que o iacutendice de
paralisaccedilotildees seja da ordem de 5 A partir destas premissas e dos dados de fluxo de
carga no terminal para os trecircs horizontes de tempo considerados foi feita uma estimativa
inicial da taxa de movimentaccedilatildeo Para o tratamento do farelo adotou-se conforme
recomendado pelo fabricante do equipamento uma queda de 20 na eficiecircncia do
equipamento
Para a seleccedilatildeo dos equipamentos pneumaacuteticos no mercado foram
considerados dois aspectos a seguranccedila da operaccedilatildeo e a capacidade efetiva dos
equipamentos Assim atendendo o primeiro aspecto procurou-se usar sempre mais de
um equipamento mesmo que houvesse um com capacidade para atender o requisito de
movimentaccedilatildeo do terminal Nestas condiccedilotildees quando da avaria de um equipamento o
terminal continua em operaccedilatildeo embora com taxa de movimentaccedilatildeo reduzida Para o
segundo aspecto admitiu-se que a capacidade efetiva dos equipamentos seja igual a 80
da capacidade nominal
Assim com a movimentaccedilatildeo de carga apresentada em 518 para os anos de
projeto (20052010 e 2015) e levando em consideraccedilatildeo a perda de rendimento nominal
para a movimentaccedilatildeo de farelo que implica em aumento aproximado de 20 no tempo
de carga e descarga em relaccedilatildeo aos do gratildeo in natura procedeu-se a estimativa inicial
das taxas de movimentaccedilatildeo Considerando-se entatildeo os equipamentos disponiacuteveis no
mercado e suas respectivas capacidade efetivas capacidades estas que representam 80
da capacidade nominal eacute possiacutevel selecionar possiacuteveis combinaccedilotildees de equipamentos
A determinaccedilatildeo das caracteriacutesticas do terminal seraacute feita sequumlencialmente no
estudo de simulaccedilatildeo avaliando-se o desempenho econocircmico operacional das possiacuteveis
configuraccedilotildees segundo os criteacuterios de meacuterito adotados Os seguintes paracircmetros seratildeo
examinados nuacutemero e capacidade dos sugadores nuacutemero e capacidade dos silos
capacidade do pulmatildeo de expediccedilatildeo equipamentos de movimentaccedilatildeo interna nuacutemero de
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gares ou baias de carregamento ferroviaacuterio e rodoviaacuterio capacidade do paacutetio ferroviaacuterio
capacidade do paacutetio rodoviaacuterio e capacidade da aacuterea de fundeio
532 Resultados preliminares
Um primeiro conjunto de simulaccedilotildees foi efetuado para definir certos
paracircmetros do terminal
a) Linha de carregamento
De inicio adotou-se uma uacutenica linha de carregamento na expediccedilatildeo comum
para os modais ferroviaacuterio e rodoviaacuterio Verificou-se que o tempo de espera de carretas
na fila era muito alto o que se explica porque como os veiacuteculos satildeo atendidos por ordem
de chegada uma carreta ao chegar imediatamente apoacutes uma composiccedilatildeo ferroviaacuteria
deve esperar ateacute o uacuteltimo vagatildeo ser atendido Conclui-se assim que eacute necessaacuterio utilizar
duas linhas distintas de carregamento
O sistema ferroviaacuterio eacute provido de uma linha de carregamento com
dimensotildees suficientes para a composiccedilatildeo jaacute definida composta inicialmente por duas
gares e pulmatildeo de expediccedilatildeo com dois moacutedulos de 120 ton que atendem dois vagotildees
simultaneamente estaacute configuraccedilatildeo estaacute mostrada nas Figuras 58 59
A capacidade do pulmatildeo de expediccedilatildeo ferroviaacuteria foi estimada inicialmente
com base em trecircs criteacuterios o primeiro com relaccedilatildeo agrave capacidade dos veiacuteculos que
frequumlentam o terminal pois alguns projetistas recomendam que o pulmatildeo tenha uma
capacidade de duas vezes o tamanho do veiacuteculo padratildeo como segundo criteacuterio admitiu-se
que este pulmatildeo tenha uma capacidade que possibilite a troca das barcaccedilas no berccedilo sem
a interrupccedilatildeo do carregamento no modal ferroviaacuterio jaacute no terceiro criteacuterio eacute levada em
consideraccedilatildeo a influecircncia do tamanho do pulmatildeo na dinacircmica do sistema pois um
pulmatildeo com capacidade incompatiacutevel com a taxa de movimentaccedilatildeo leva a interrupccedilotildees
excessivas no sistema uma vez que em funccedilatildeo dos tempos de posicionamento do vagatildeo
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na gare o pulmatildeo pode atingir seu valor maacuteximo frequumlentemente ocasionando a
interrupccedilatildeo do transbordo levando em consideraccedilatildeo os equipamentos disponiacuteveis no
mercado
Desta maneira uma gare com pulmatildeo de 120 ton atenderia o primeiro
criteacuterio pois o vagatildeo possui 60 ton No entanto este criteacuterio eacute deficiente pois independe
da taxa de movimentaccedilatildeo ou seja tanto faz se a taxa eacute de 100 ou 1000 tonh o a
capacidade citada ainda atenderia a este criteacuterio
Com relaccedilatildeo ao segundo criteacuterio como jaacute mencionado o intervalo entre a
paralisaccedilatildeo do sistema para troca da chata e seu iniacutecio de transbordo eacute de 15 minutos
Assim para o mesmo pulmatildeo de 120 ton para que se atendesse este criteacuterio seria
admitida uma taxa efetiva de movimentaccedilatildeo de ateacute 480 tonhora Acima disto seria
necessaacuterio acrescentar mais uma gare e um outro modulo a este pulmatildeo
Para o terceiro criteacuterio esta configuraccedilatildeo natildeo seria adequada pois verificou-
se durante as simulaccedilotildees que a configuraccedilatildeo de uma gare com pulmatildeo de 120 ton
apresentava niacutevel meacutedio muito proacuteximo de seu maacuteximo Isto indica que por diversas
vezes o pulmatildeo atingiu o seu niacutevel maacuteximo e desta forma os equipamentos de
movimentaccedilatildeo interna bem como os sugadores foram paralisados por diversas vezes
limitando assim a capacidade do terminal
O sistema rodoviaacuterio por sua vez teraacute uma linha de carregamento composta
por uma uacutenica baia e um pulmatildeo com capacidade de 120 ton que eacute adequada agrave baixa taxa
de movimentaccedilatildeo deste subsistema e a capacidade dos veiacuteculos que frequumlentam o
terminal
b) Sistema de armazenagem
A determinaccedilatildeo do volume requerido para estocagem de graneacuteis nos diversos
cenaacuterios foi obtida a partir da anaacutelise dos resultados de simulaccedilotildees em que se empregou
distintas taxas de movimentaccedilatildeo e capacidade de estoque ilimitada
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
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A Tabela 511 indica para os trecircs horizontes de tempo considerados os
volumes de estoque necessaacuterio para os dois graneacuteis em funccedilatildeo da taxa de movimentaccedilatildeo
dos equipamentos empregados
Uma anaacutelise dos dados da Tabela 511 mostra que no ano de 2005 para taxas
de movimentaccedilatildeo de 320 352 e 416 tonh as capacidades de estoque requeridas
convergem para valores da ordem de 14000 e 25000 toneladas para farelo e gratildeo in
natura respectivamente o que totaliza uma capacidade de estoque para este ano de
aproximadamente 39000 toneladas
Para o ano de 2010 usando o mesmo raciociacutenio tem-se aproximadamente
17000 toneladas para farelo de soja e 29000 toneladas para gratildeo de soja in natura
totalizando uma capacidade de estoque de 46000 toneladas Jaacute para o ano de 2015 a
capacidade requerida de armazenagem eacute de aproximadamente 20000 toneladas para
farelo de soja e de 34000 toneladas para gratildeo in natura o que totaliza 54000 toneladas
Contudo durante o processo de simulaccedilatildeo dos cenaacuterios estas capacidades
seratildeo alteradas de forma a avaliar a influecircncia desta variaacutevel no desempenho do terminal
Tabela 511 ndash Estimativas preliminares das ceacutelulas de estocagem2005 2010 2015
Taxas tonh 320 352 416 352 416 480 480 512 576
FARELO ton 10095 12902 14887 17391 16737 15721 20706 20912 20087GRAtildeO ton 23517 25548 24626 27440 27433 30330 32309 32546 34731Total de estoqueem tons
33612 38451 39514 44831 44170 46051 53016 53459 54818
Anteriormente jaacute havia se definido a configuraccedilatildeo do terminal com um silo
de alvenaria preferencialmente para farelo e silos metaacutelicos para soja a granel Para os
anos de 2010 e 2015 a capacidade de armazenamento seraacute aumentada introduzindo-se
silos metaacutelicos para gratildeo in natura e liberando assim espaccedilo no armazeacutem para farelo de
soja de forma que para o ano de 2015 este armazeacutem (alvenaria) seraacute exclusivo para
farelo de soja e os silos metaacutelicos seratildeo dedicados ao gratildeo in natura
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A definiccedilatildeo do nuacutemero e capacidade dos silos metaacutelicos seraacute feita
examinando-se as alternativas existentes no mercado
c) Tempo de espera
Eacute importante mencionar que durante as simulaccedilotildees levantou-se a duacutevida em
relaccedilatildeo aos custos de espera pois seus valores estatildeo atribuiacutedos aos meses de maior
movimentaccedilatildeo meses em que se tem maior fila e como consequumlecircncia os custos de
espera dos veiacuteculos poderiam estar superestimados Considerou-se entatildeo conveniente
executar uma anaacutelise desses dados Para isto aumentou-se o periacuteodo de anaacutelise de marccedilo
a julho constatando-se uma pequena variaccedilatildeo nos tempos meacutedios de permanecircncia para
mais no caso dos modais ferroviaacuterios e rodoviaacuterios e para menos no caso do comboio
Isto eacute justificaacutevel pelo fato de que nos meses inicias haacute certos periacuteodos em
que a composiccedilatildeo ou a carreta acaba esperando mais devido agrave falta de carga no terminal
o que natildeo ocorre com o comboio Por outro lado nos meses de pico o tempo de
permanecircncia do comboio no terminal passa a agregar resiacuteduos dos tempos em fila em
funccedilatildeo de disponibilidade de espaccedilo nos silos o que neste caso natildeo ocorre com as
carretas nem com as composiccedilotildees pois haacute disponibilidade de carga no terminal
Portanto constatou-se que a hipoacutetese admitida para simulaccedilatildeo eacute vaacutelida uma
vez que ocorre uma variaccedilatildeo muito pequena dos tempos meacutedios de permanecircncia do
veiacuteculo no terminal natildeo interferindo assim com a anaacutelise da soluccedilatildeo
54 Levantamento de Custos para Avaliaccedilatildeo do Terminal
Para avaliaccedilatildeo do desempenho do terminal eacute necessaacuterio determinar os
investimentos requeridos bem como os associados agraves diferentes alternativas
O procedimento utilizado para caacutelculo das diversas parcelas faz uso de uma
seacuterie de dados do terminal bem como de paracircmetros empregados na computaccedilatildeo dos
custos apresentados nas Tabelas 512 a 514
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
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A Tabela 512 mostra as caracteriacutesticas fiacutesicas do terminal que satildeo constantes
para os 3 cenaacuterios
As Tabelas 513 e 514 apresentam os paracircmetros adotados para os caacutelculos
de custo
a) Estimativas dos investimentos Iniciais
Para montar-se estimativas de investimentos associados a cada alternativa foi
necessaacuterio computar-se os elementos que compotildees os cenaacuterios para os respectivos anos
de projeto
b) Estimativas dos Custos Operacionais
Os resultados da estimativa dos custos operacionais bem como a definiccedilatildeo
das tarifas para os cenaacuterios de 2005 2010 e 2015 estatildeo sintetizados na proacutexima seccedilatildeo e
foram obtidos conforme o procedimento apresentado no capiacutetulo 3
Eacute considerado para definiccedilatildeo dos custos variaacuteveis um ano operacional de 10
meses
Tabela 512 Caracteriacutestica do Terminal para os 3 cenaacuteriosItem QuantidadeAacuterea total adquirida 116200 m2
APP (Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente Utilizada) 23800 m2
Movimentaccedilatildeo de terra 12583 m3
Construccedilatildeo de pavimento 7800 m2
Comprimento linear de obras feacuterreas 2100 mAparelho de Mudanccedila de Via 3Aacuterea do edifiacutecio administrativo 300 m2
Balanccedila de Fluxo 2Nuacutemero de funcionaacuterios ndash serviccedilos gerais 6Balanccedila rodoviaacuteria 1Nuacutemero de funcionaacuterios administrativos 3Funcionaacuterios por equipamento pneumaacutetico paracada turno
1
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Tabela 513 - Paracircmetros para a estimativa dos custosITEM PARAcircMETRO FONTEVida uacutetil das instalaccedilotildees 30 anos AdotadoValor residual dos equipamentos 10 Kepler WeberTaxa de atratividade 185 Taxa selicIacutendice de manutenccedilatildeo das instalaccedilotildees 4 Resulta LtdaInflaccedilatildeo 6 aa EstimadaCusto do kWatt de energia (R$Kwh) 012 CPFL (Pederneiras)Custo do m3 de aacutegua (R$ m3) R$ 2696 (ateacute
10000 m3)Sabesp (Pederneiras)
Salaacuterio meacutedio mensal matildeo de obraoperacional (R$)
80000 Terminais de Pederneiras
ISS 2 Prefeitura de PederneirasPIS 065 FRANSANO (escrit contaacutebil)ImpostosCONFINS 2 FRANSANO (escrit contaacutebil)
Insalubridade 40 do salaacuteriomiacutenimo
FRANSANO (escrit contaacutebil)
Adicional Noturno 20 FRANSANO (escrit contaacutebil)Salaacuterio meacutedio mensal matildeo de obraadministrativa (R$)
250000 Terminais de Pederneiras
Encargos Sociais 100 do salaacuterio Folha de Satildeo Paulo1 Doacutelar (R$) 3
Para os sugadores listados na Tabela 514 o fabricante especifica consumo de
energia de 180 e 120 Kwh respectivamente e despesas de manutenccedilatildeo a partir do
segundo ano de R$ 009 tonelada movimentada
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Tabela 514 - Custos unitaacuterios para estimativa dos investimentos
Armazeacutem alvenaria fundo plano capac32000 m3 (R$) 130000000 Arquitrave
AMV (aparelho de mudanccedila de via) ndash (R$) 85130 Brasil FerroviasVidauacutetil(anos)
Balanccedila de Fluxo 500th (R$) 14000000 Balanccedilas Toledo 20Balanccedila de Fluxo 600th (R$) 17000000 Balanccedilas Toledo 20Balanccedila de Fluxo 800th (R$) 21000000 Balanccedilas Toledo 20Balanccedila Rodoviaacuteria (R$) 7800000 Balanccedilas Toledo 20Silo metaacutelico fundo Plano capac 9000 tons+ infra (R$) 44800000 Kepler Weber 25
Silo metaacutelico fundo Plano capac 6000 tons+ infra (R$) 28000000 Kepler Weber 25
Correia + infra-estrutura p 400th (R$m) 204200 Kepler Weber 20
Correia subterracircnea 400th (R$m) 140000 Kepler Weber 20Correia + infra-estrutura p 500th (R$m) 158300 Kepler Weber 20Correia subterracircnea 500th (R$m) 225700 Kepler Weber 20Correia + infra-estrutura p 600th (R$m) 172500 Kepler Weber 20Correia subterracircnea 600th (R$m) 250857 Kepler Weber 20Correia + infra-estrutura p 700th (R$m) 187600 Kepler Weber 20Correia subterracircnea 700th (R$m) 268057 Kepler Weber 20Elevador de canecas 200 th+infra-estrutura (R$) 4330000 Kepler Weber 20
Elevador de canecas 300 th+infra-estrutura (R$) 5180000 Kepler Weber 20
Elevador de canecas 400 th+infra-estrutura (R$) 6375000 Kepler Weber 20
Elevador de canecas 500 th+infra-estrutura (R$) 7746000 Kepler Weber 20
Pulmatildeo Rodoviaacuterio 120 toneladas (R$) 7720000 Kepler Weber 20Pulmatildeo Ferroviaacuterio 240 toneladas (R$) 15000000 Kepler Weber 20Moacutedulo Pulmatildeo 120 toneladas (R$) 6500000 Kepler Weber 20Maacutequina paacute carregadeira (R$) 15800000 Caterpillar 25Sugador VIGAN ndash 200tonh (R$) 600000 Resulta LTDA 20
Sugador VIGAN ndash 120tonh (R$) 420000 Resulta LTDA 20
ITEM VALOR FONTETerreno 237 Imobiliaacuteria Paulista (Pederneiras)APP (aacuterea de preservaccedilatildeo permanente) R$ m2 semestre 00356 AES
Imposto predial (m2 ano) 012 Prefeitura de PederneirasMovimentaccedilatildeo de terra em geral (R$ m3) 800 De Russi ndash Projetos e ServiccedilosPavimento Rodoviaacuterio (R$ m2) 1000 De Russi ndash Projetos e ServiccedilosAtracadouro 10 m x 30 m (R$) 813311 DH (departamento hidroviaacuterio)Construccedilatildeo Civil - (preacutedios) - (R$ m2) 30000 De Russi ndash Projetos e ServiccedilosCusto construccedilatildeo feacuterrea (R$m) 17814 Brasil ferrovias
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
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c) Caracterizaccedilatildeo dos custos de espera
Para a formaccedilatildeo de custo de espera como definido no capiacutetulo 3 partiu-se do
princiacutepio de que os usuaacuterios do terminal satildeo penalizados pelo tempo de espera O tempo
despendido no terminal corresponde a uma perda para o usuaacuterio que deixa de receber
pelos seus serviccedilos enquanto seu veiacuteculo permanece imobilizado isto reflete diretamente
no nuacutemero de viagens em um determinado periacuteodo
Para o setor ferroviaacuterio utilizou-se com ajuste o valor fornecido pela Brasil ndash
Ferrovias que define em R$ 368h o custo de espera de uma composiccedilatildeo de 3200 ton
Para a composiccedilatildeo tiacutepica do estudo de caso com 3000 ton de capacidade adotou-se custo
de espera de R$ 345h
Para calcular o custo de espera do setor rodoviaacuterio aplicou-se o seguinte
procedimento
- obteve-se junto a NTC (Associaccedilatildeo Nacional do Transporte de Cargas)o valor
do frete cobrado para a viagem Pederneiras Santos que eacute de R$ 23ton
- Levantou-se o tempo meacutedio para uma viagem redonda que eacute de 18 horas
- Obteve-se junto a NTC (Associaccedilatildeo Nacional do Transporte de Cargas)
informaccedilatildeo segundo a qual os custos variaacuteveis correspondem a 33 do frete
cobrado
- Com estas informaccedilotildees chegou-se a um custo de espera para uma carreta (35
ton) de R$ 2956h
Para o setor hidroviaacuterio utilizou-se o procedimento elaborado por Santana
(2002) para o caacutelculo do custo de espera Foram tambeacutem usados valores das parcelas
levantadas pelo autor Adotando-se um ano operacional de 10 meses chegou-se a um
custo de espera do comboio de R$ 123h
Na realidade o custo de espera representa um potencial de receita que pode
ou natildeo se efetivar dependendo da disponibilidade de outras cargas No estudo de caso
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
135
seraacute feita uma anaacutelise de sensibilidade deste fator atraveacutes do uso de um coeficiente
efetivo de espera ldquoαrdquo que estabelece a relaccedilatildeo entre o custo de espera usado e o custo
nominal conforme delineado acima Valores de iguais a 05 07 10 e 12
d) Tempos admissiacuteveis de permanecircncia no sistema dos modais
Conforme apresentado no capiacutetulo 3 seraacute utilizado o tempo maacuteximo de
espera aceitaacutevel como criteacuterio de seleccedilatildeo de alternativas de projeto do terminal
Segundo este criteacuterio seratildeo consideradas inviaacuteveis e portanto descartadas as
configuraccedilotildees que resultarem em tempos de espera superiores aos valores maacuteximos
Consulta feita a uma empresa do segmento rodoviaacuterio que desempenha atividade
comercial semelhante agrave admitida para este terminal indicou que os tempos de
permanecircncia da carreta no terminal natildeo excedem 1 hora
Com relaccedilatildeo ao setor ferroviaacuterio verificou-se que existe uma preocupaccedilatildeo por
parte da empresa Brasil Ferrovias na concepccedilatildeo de terminais futuros no sentido de natildeo
se admitir tempo de permanecircncia de uma composiccedilatildeo em um terminal acima de 9 horas
haja visto que esta empresa dispotildee de poucas maacutequinas motrizes face a demanda
existente Quando isto natildeo for possiacutevel a empresa deixa os vagotildees vazios para o
carregamento e buscaacute-los tatildeo logo estejam carregados
Natildeo foi possiacutevel levantar dados do custo de espera para o modal hidroviaacuterio
Verificou-se alta oferta de comboios frente agraves quantidades atualmente movimentadas
Assim um tempo maior de permanecircncia do comboio no terminal natildeo penalizaria o seu
desempenho econocircmico
Em conclusatildeo para a anaacutelise das alternativas segundo este criteacuterio adotou-se
tempo maacuteximo de permanecircncia no terminal de 9 hs para o setor ferroviaacuterio e de 1 h para
o sistema rodoviaacuterio para o subsistema hidroviaacuterio natildeo se limitou o tempo de
permanecircncia
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
136
e) Rentabilidade do investimento (valor presente)
Existem diversas soluccedilotildees possiacuteveis para o terminal e do ponto de vista do
investidor ele sempre iraacute escolher a soluccedilatildeo que forneccedila maior rentabilidade Embora
seja importante oferecer um serviccedilo de bom niacutevel para manter e captar mais clientes a
principal preocupaccedilatildeo do investidor eacute maximizar o seu retorno
Para a comparaccedilatildeo econocircmica de alternativas como exposto no capiacutetulo 3
seraacute utilizado o criteacuterio do valor presente liacutequido Para o caacutelculo do valor presente
utilizou-se os valores jaacute mencionados de taxa efetiva de atratividade Para o caacutelculo das
receitas arbitrou-se alguns valores de tarifa cobrada pelo terminal
55 Formulaccedilatildeo das Alternativas
O modelo de simulaccedilatildeo foi utilizado para o dimensionamento dos
componentes do terminal considerando os cenaacuterios adotados para o estudo Os dados
relativos agrave movimentaccedilatildeo do terminal satildeo configurados no modelo de forma a gerar uma
demanda por movimentaccedilatildeo de carga compatiacutevel com as previsotildees mostradas na Tabela
51
As variaacuteveis de projeto consideradas para geraccedilatildeo das diferentes alternativas
satildeo as taxas de movimentaccedilatildeo do terminal e a sua capacidade de armazenagem Para cada
alternativa gerada procede-se ao caacutelculo dos custos e com a taxa de lucratividade
especificada determina-se a tarifa que deve ser cobrada
551 - Alternativas de projeto para 2005
Para 2005 eacute examinado um conjunto de alternativas que combina diversas
configuraccedilotildees de equipamentos de movimentaccedilatildeo com diversas capacidades de
armazenagem
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
137
As configuraccedilotildees de equipamento de movimentaccedilatildeo que proporcionam 6
taxas de movimentaccedilatildeo distintas satildeo listadas a seguir
a) 1 equipamento pneumaacutetico de 120 tonh e um equipamento pneumaacutetico de 200
tonh o que caracteriza uma taxa efetiva de movimentaccedilatildeo de 256 tonh
b) 2 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh o que totaliza uma taxa efetiva de
movimentaccedilatildeo de 320 tonh
c) 1 equipamento pneumaacutetico de 200 tonhora e 2 de 120 tonh com uma taxa efetiva
de movimentaccedilatildeo de 352 tonh
d) 2 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e um de 120 tonhora fornecendo uma
capacidade efetiva de 416 tonh
e) 3 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e uma capacidade efetiva de 480 tonh
f) 2 equipamentos de 200 tonh e 2 de 120 tonhora o que totaliza uma capacidade
efetiva de 512 tonh
A capacidade de estoque eacute variada para mais e para menos em relaccedilatildeo agraves
capacidades de estoque estimadas nos estudos preliminares e de acordo com a
disponibilidade de equipamentos no mercado A Tabela 515 apresenta as 3
configuraccedilotildees de sistema de armazenagem selecionadas
Eacute pertinente lembrar que o armazeacutem de alvenaria teraacute capacidade de 20000
toneladas de farelo ou 32000 m para uma densidade de 065tons m e o espaccedilo
ocioso para o periacuteodo de 2005 a 2015 seraacute ocupado por soja in natura que tem densidade
de 075ton m
Os resultados da simulaccedilatildeo do comportamento do terminal em 2005 para as
18 configuraccedilotildees consideradas (6 taxas de movimentaccedilatildeo e 3 capacidades de
armazenagem) estatildeo mostrados na Tabela 516 e na Figura 513
A Tabela 516 mostra um quadro comparativo de desempenho das
alternativas analisadas Para cada configuraccedilatildeo a tabela apresenta o tempo de espera no
terminal a taxa de utilizaccedilatildeo do terminal e a tarifa cobrada pelo terminal
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
138
Tabela 515 ndash Alternativa de sistema de Armazenagem em 2005
2005 Estoque Farelo(ton)
Total(ton)
Capacidadeestimada
preliminarmente14000 39000
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo
14000 69236000ou
9000
6000ou
90006000 38923
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo menor
11300 9346 6000 6000 32646
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo maior
16100 4500 6000 6000 6000 6000 44600
Estoque gratildeo in natura (ton)
25000
Armazeacutem alvenaria Silos metaacutelicos
Tabela 516 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2005
R F H R F H
1 32646 256 178 1617 2324 079 079 091 1692 32646 320 124 1220 1425 064 065 073 1773 32646 352 109 1122 1453 058 060 066 1894 32646 416 091 977 1341 049 052 056 1975 32646 480 078 864 1069 043 047 048 2006 32646 512 073 819 1043 040 043 045 2147 38923 256 178 1617 2356 079 079 092 1748 38923 320 124 1221 1087 064 065 073 1839 38923 352 107 1126 1106 058 060 066 19510 38923 416 092 980 906 049 052 056 20211 38923 480 078 866 742 043 047 049 20612 38923 512 074 819 658 040 043 045 21913 44600 256 178 1611 2254 079 079 092 18014 44600 320 121 1223 1060 064 065 073 18815 44600 352 108 1126 957 058 061 066 20016 44600 416 092 978 807 049 052 056 20817 44600 480 078 865 717 043 047 048 21218 44600 512 074 820 653 040 044 045 225
R - carreta F - composiccedilatildeo H - comboio
Taxa deUtilizaccedilatildeo do
berccedilogarebaia Tarifa(R$)t
Alternativa(2005)
CapacidadeArmazenagem
(ton)
Taxa deMovimentaccedilatildeoefetiva tonh
Tempo no terminal(h)
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
139
Pode-se perceber na Tabela 516 que a medida que se aumenta a taxa de
movimentaccedilatildeo para uma dada capacidade de armazenagem diminui o tempo de espera
para todos os modais
Jaacute o aumento da capacidade de armazenagem tem efeito apenas na reduccedilatildeo do
tempo de espera do comboio pois no caso do subsistema hidroviaacuterio a capacidade de
estoque pode limitar o transbordo de carga De fato se natildeo houver espaccedilo disponiacutevel no
estoque a descarga do comboio fica condiciona da ao ingresso de composiccedilotildees
ferroviaacuterias ou carretas
A Figura 513 apresenta a variaccedilatildeo do tempo de espera para os 3 modais em
funccedilatildeo da taxa de movimentaccedilatildeo e da capacidade de armazenagem
02468
1012141618202224
256 320 352 416 480 512
Ta xa de m ovim e ntaccedilatilde o (th)
capacidade de estoque 32646 tonsestoque deterinado na preacute sim ulaccedilatildeo 38923 tonscapacidade de estoque 44600 tonscom posiccedilatildeo ferroviaacuteriacarreta
comboio
Figura 513 Variaccedilatildeo do tempo de permanecircncia em funccedilatildeo da taxa demovimentaccedilatildeo
A Tabela 517 apresenta um detalhamento do caacutelculo da tarifa
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
141
552 Alternativas de projeto para ano de 2010
Para 2010 eacute examinado um outro conjunto de alternativas que combina
diversas configuraccedilotildees de equipamentos de movimentaccedilatildeo com diversos sistemas de
armazenagem
As configuraccedilotildees e equipamentos de movimentaccedilatildeo que proporcionam 6
taxas de distintas de movimentaccedilatildeo satildeo listadas a seguir
a) 1 equipamento pneumaacutetico de 200tonh e 2 de 120 tonh com uma taxa efetiva de
movimentaccedilatildeo de 352 tonh
b) 2 equipamentos pneumaacuteticos de 200ton h e de 120 tonh fornecendo uma
capacidade efetiva de 416 tonh
c) 3 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e uma capacidade efetiva de 480 tonh
d) 2 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e dois de 120 tonshora o que totaliza
uma capacidade efetiva de 512 tonh
e) 3 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e um de 120 tonh o que totaliza uma
capacidade efetiva de 576 tonh
f) 4 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh o que totaliza uma capacidade efetiva
de 640 tonh
Analogamente ao que foi feito para 2005 considera-se 3 alternativas para a
capacidade de estoque que satildeo mostradas na Tabela 518
Tabela 518 ndash Alternativa de capacidade de estoque em 2010
2010 Estoque Farelo(ton)
Total(ton)
Capacidadeestimada
preliminarmente17000 46000
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo
17000 3461 9000 9000 9000 47461
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo menor 14450 6403
6000ou
9000
6000ou
90006000 38853
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo maior 20000 0
6000ou
9000
6000ou
9000
6000 ou 9000
6000 ou 9000 6000 6000 56000
Estoque gratildeo in natura (ton)
29000
Armazeacutem alvenaria Silos metaacutelicos
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
142
Os resultados da simulaccedilatildeo do comportamento do terminal em 2005 para as
18 configuraccedilotildees consideradas (6 taxas de movimentaccedilatildeo e 3 capacidades de
armazenagem) estatildeo mostrados na Tabela 519 e na Figura 514
A Tabela 519 mostra um quadro comparativo de desempenho das
alternativas analisadas Para cada configuraccedilatildeo a tabela apresenta o tempo de espera no
terminal a taxa de utilizaccedilatildeo do terminal e a tarifa cobrada pelo terminal
Tabela 519 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2010
R F H R F H
1 38853 352 114 1146 1237 069 072 079 1652 38853 416 092 981 957 059 062 067 1703 38853 480 080 873 937 051 055 058 1724 38853 512 073 824 928 048 052 054 1845 38853 576 065 749 940 043 047 048 1866 38853 640 060 694 961 038 043 043 1967 47461 352 115 1142 1042 069 072 080 1728 47461 416 093 981 974 059 062 067 1769 47461 480 081 869 780 051 055 058 179
10 47461 512 073 824 775 048 052 054 19011 47461 576 065 753 780 043 047 048 19312 47461 640 060 694 642 038 044 043 20213 56000 352 115 1143 1074 069 072 079 17914 56000 416 091 981 848 059 062 067 18315 56000 480 080 871 697 051 055 058 18616 56000 512 075 825 687 048 052 054 19817 56000 576 066 753 665 043 047 048 20118 56000 640 060 695 542 038 044 043 209
R - carreta F - composiccedilatildeo H - comboio
Taxa deUtilizaccedilatildeo do
berccedilogarebaiaTarifa(R$)t
Alternativa(2010)
CapacidadeArmazenagem
(ton)
Taxa deMovimentaccedilatildeoefetiva tonh
Tempo no terminal(h)
Do mesmo modo como mencionado para o cenaacuterio de 2005 pode-se perceber
na Tabela 519 que a medida que se aumenta a taxa de movimentaccedilatildeo para uma dada
capacidade de armazenagem diminui o tempo de espera para todos os modais Observa-
se por outro lado que o aumento da capacidade de armazenagem tem efeito apenas sobre
a reduccedilatildeo do tempo de espera do comboio
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
143
A Figura 514 apresenta a variaccedilatildeo do tempo de espera para os 3 modais em
funccedilatildeo da taxa de movimentaccedilatildeo e da capacidade de armazenagem
02468
10121416
352 416 480 512 576 640capacidade de estoque 38853 tonsestoque deterinado na preacute sim ulaccedilatildeo 47461 tonscapacidade de estoque 56000 tonscom posiccedilatildeo ferroviaacute riacarreta
comboio
Figura 514 Variaccedilatildeo do tempo de permanecircncia em funccedilatildeo da taxa demovimentaccedilatildeo 2010
A Tabela 520 apresenta um detalhamento do caacutelculo da tarifa para 2010
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
145
553 Cenaacuterios de projeto para ano de 2015
Para 2015 eacute examinado um outro conjunto de alternativas que combina
diversas configuraccedilotildees de equipamentos de movimentaccedilotildees com diversas capacidades de
armazenagem
As configuraccedilotildees de equipamento de movimentaccedilatildeo que proporcionam 6
taxas de movimentaccedilatildeo distintas satildeo listadas a seguir
a) 1 equipamento pneumaacutetico de 200 tonh e 2 de 120 tonh com uma taxa efetiva
de movimentaccedilatildeo de 352 tonh
b) 2 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e um de 120 tonh fornecendo uma
capacidade efetiva de 416 tonh
c) 3 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e uma capacidade efetiva de 480
tonh
d) 2 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e dois de 120 tonh o que totaliza
uma capacidade efetiva de 512 tonh
e) 3 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh e um de 120 tonh o que totaliza
uma capacidade efetiva de 576 tonh
f) 4 equipamentos pneumaacuteticos de 200 tonh o que totaliza uma capacidade
efetiva de 640 tonh
As alternativas para o sistema de armazenagem satildeo apresentadas na Tabela 521
Tabela 521 ndash Alternativa de sistema de armazenagem em 2015
2015Estoque Farelo
(ton)Total(ton)
Capacidadeestimada
preliminarmente20000 54000
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo 20000 0
6000ou
9000
6000ou
9000
6000 ou9000
6000 ou9000 6000 6000 56000
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo menor
17000 3461 6000 6000 6000 6000 6000 50461
Possiacutevelconfiguraccedilatildeo maior 20000 0 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 62000
Armazeacutem alvenaria Silos metaacutelicos
34000
Estoque gratildeo in natura (ton)
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
146
Os resultados da simulaccedilatildeo do comportamento do terminal em 2005 para as
18 configuraccedilotildees consideradas estatildeo mostrados na Tabela 522 e na Figura 515
A Tabela 522 mostra um quadro comparativo de desempenho das
alternativas analisadas Para cada configuraccedilatildeo a tabela apresenta o tempo de espera no
terminal a taxa de utilizaccedilatildeo do terminal e a tarifa cobrada pelo terminal
Tabela 522 ndash Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2015
R F H R F H
1 50461 352352352 159 7722 10370 087 091 097 1422 50461 416416416 106 1054 1688 074 081 091 1453 50461 480480480 086 884 1087 065 072 075 1484 50461 416416512 078 833 977 061 068 073 1565 50461 480480576 070 755 843 054 062 064 1586 50461 480480640 065 698 779 049 056 058 1657 56000 352352352 147 7731 10072 088 091 097 1458 56000 416416416 104 1062 1669 074 080 092 1489 56000 480480480 087 888 913 065 071 078 151
10 56000 416416512 081 835 789 061 068 073 15911 56000 480480576 070 758 762 054 061 064 16112 56000 480480640 064 699 589 049 056 058 16813 62000 352352352 147 7731 10072 088 091 097 14814 62000 416416416 103 1063 1637 074 080 092 15215 62000 480480480 087 887 799 065 071 078 15516 62000 416416512 080 836 724 061 068 073 16317 62000 480480576 071 759 641 054 062 055 16518 62000 480480640 065 700 562 049 056 058 173
R - carreta F - composiccedilatildeo H - comboio
Taxa deUtilizaccedilatildeo do
berccedilogarebaia Tarifa(R$)t
Alternativa(200520102015)
CapacidadeArmazenagem
(ton)
Taxa deMovimentaccedilatildeoefetiva tonh
Tempo no terminal(h)
A anaacutelise da Tabela 522 conduz agraves mesmas conclusotildees mencionadas para os
cenaacuterios de 2005 e 2010
A Figura 515 apresenta a variaccedilatildeo do tempo de espera para os 3 modais em
funccedilatildeo da taxa de movimentaccedilatildeo e da capacidade de armazenagem
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
147
Figura 515 Variaccedilatildeo do tempo de permanecircncia no terminal em funccedilatildeo da taxa demovimentaccedilatildeo 2015
A Tabela 523 apresenta um detalhamento do caacutelculo da tarifa
02468
1012141618202224262830
352 416 480 512 576 640
Ta xa de m ovim enta ccedilatilde o (th)
capacidade de estoque 45900 tonsestoque deterinado na preacute sim u laccedilatildeo 56000 tonscapacidade de estoque 63000 tonscom posiccedilatildeo ferroviaacuteria
carreta
comboio
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
149
554 Consideraccedilotildees gerais sobre as alternativas
Verificou-se que a parcela preponderante do investimento inicial na
construccedilatildeo do terminal eacute representada pelas obras de infraestrutura Por isso observou-se
que modificaccedilotildees na capacidade dos equipamentos de movimentaccedilatildeo e na capacidade dos
silos natildeo tecircm como mostrado nas Tabelas 517 520 e 523 grande influecircncia sobre as
tarifas que devem ser cobradas pelo terminal
Nota-se tambeacutem que para os cenaacuterios de 2010 e 2015 a influecircncia de
alternativas diferentes de equipamento de movimentaccedilatildeo e de capacidade de
armazenagem torna-se menor em funccedilatildeo do aumento das quantidades movimentadas
A tabela 524 apresenta uma siacutentese dos custos acumulados para cada
alternativa desde os investimentos iniciais (2005) ateacute aqueles previstos para o ano de
2015
A capacidade de armazenagem influi de forma significativa sobre o tempo de
espera do sistema hidroviaacuterio Isto ocorre porque quando natildeo existe possibilidade de
transbordo direto o comboio fica aguardando para descarregar se os silos jaacute estiverem
totalmente ocupados Eacute importante no entanto ressaltar que como o custo de espera
hidroviaacuterio eacute baixo em relaccedilatildeo aos outros modais uma capacidade de armazenagem
baixa natildeo afeta significativamente o custo global do terminal
O pequeno tempo de permanecircncia no terminal do subsistema rodoviaacuterio se
deve a uma combinaccedilatildeo de fatores baixa participaccedilatildeo (116) na expediccedilatildeo da carga do
terminal baia com dedicaccedilatildeo exclusiva e pequena capacidade de carga do veiacuteculo quando
comparada com os demais modais Com isto o tempo de permanecircncia no sistema do
veiacuteculo rodoviaacuterio estaacute diretamente associado ao tempo de carregamento
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
150
O subsistema ferroviaacuterio por sua vez eacute influenciado pelas taxas de
movimentaccedilatildeo desvios nos intervalos entre chegadas mas principalmente pelo estoque
disponiacutevel no terminal dada a grande capacidade da composiccedilatildeo Por isso o baixo niacutevel
de estoque e a consequumlente dependecircncia da chegada dos comboios no terminal aumenta
expressivamente os tempos meacutedios de permanecircncia do modal ferroviaacuterio
Portanto os sistemas de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo se comportam de modo inverso
Ou seja quanto maior a quantidade de estoque no terminal menor eacute a probabilidade de
uma composiccedilatildeo permanecer parada pela falta de carga por outro lado quanto menor for
o niacutevel de estoque do armazeacutem menor eacute a probabilidade do comboio ficar parada por falta
de espaccedilo no armazeacutem
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
152
56 ndash Avaliaccedilatildeo das Alternativas
As diversas alternativas seratildeo avaliadas segundo os criteacuterios abordados no
capiacutetulo 3 e jaacute detalhados na seccedilatildeo 54
561 Aplicaccedilatildeo do criteacuterio de custo global
Este criteacuterio como mencionado anteriormente leva em consideraccedilatildeo o custo
de espera para cada modal que depende diretamente do tempo de permanecircncia dos
veiacuteculos no terminal e tambeacutem da tarifa cobrada pelo terminal que depende do
investimento inicial e da tecnologia empregada
Evidentemente com menor investimento chega-se a uma menor tarifa mas os
tempos de espera e consequumlentemente o custo de espera aumentam A soluccedilatildeo mais
adequada eacute aquela que pondera os 2 fatores
Os tempos de espera para os setores rodoviaacuterio e ferroviaacuterio estatildeo ligados
principalmente agrave taxa de movimentaccedilatildeo e disponibilidade de carga enquanto para o
subsistema hidroviaacuterio ele estaacute ligado agrave taxa de movimentaccedilatildeo e principalmente agrave
capacidade de estoque do terminal Eacute importante salientar que o modal hidroviaacuterio
apresenta o menor custo de espera e isto acaba refletindo na definiccedilatildeo das alternativas de
menor custo global
A anaacutelise da Tabela 525 mostra que para 2005 a alternativa de miacutenimo custo
global eacute a alternativa 11
Foi feita uma anaacutelise de sensibilidade da soluccedilatildeo oacutetima para dois fatores taxa
efetiva de atratividade e coeficiente efetivo de espera Os resultados da anaacutelise mostram
que para uma taxa de atratividade efetiva de 10 a 15 e coeficientes efetivos de espera
de 05 a 1 natildeo existe alteraccedilatildeo da soluccedilatildeo oacutetima como pode ser verificado no Anexo D
Para um coeficiente de espera de 12 e as mesmas taxas de atratividade
afetiva 10 a 15 observou-se que a melhor soluccedilatildeo eacute a de nuacutemero 12 pois para este
coeficiente o custo de espera tem um impacto muito maior
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153
Tabela 525 ndash Comparaccedilatildeo dos custos de espera e global para o ano de 2005
R F H R F H1 32646 256 178 1617 2324 129 180 128 169 6072 32646 320 124 1220 1425 090 136 078 177 4823 32646 352 109 1122 1453 079 125 080 189 4744 32646 416 091 977 1341 066 109 074 197 4455 32646 480 078 864 1069 056 096 059 200 4126 32646 512 073 819 1043 053 091 057 214 4167 38923 256 178 1617 2356 129 180 130 174 6148 38923 320 124 1221 1087 090 136 060 183 4689 38923 352 107 1126 1106 078 126 061 195 45910 38923 416 092 980 906 067 109 050 202 42811 38923 480 078 866 742 057 097 041 206 39912 38923 512 074 819 658 054 091 036 219 40013 44600 256 178 1611 2254 130 180 124 180 61314 44600 320 121 1223 1060 088 136 058 188 47115 44600 352 108 1126 957 078 126 053 200 45716 44600 416 092 978 807 067 109 044 208 42817 44600 480 078 865 717 057 097 039 212 40418 44600 512 074 820 653 054 092 036 225 406
R - carreta F - composiccedilatildeo H - comboio
Alternativa(2005)
CapacidadeArmazenagem (ton)
Taxa deMovimentaccedilatildeoefetiva tonh
Tempo no terminal(h)
Custo deEspera (R$) Tarifa
(R$)t
CustoTotal(R$)
Com relaccedilatildeo ao ano de 2010 eacute possiacutevel observar na Tabela 526 que a melhor
alternativa eacute a de nuacutemero 12 pois apresenta o menor custo de global
Repetiu-se para 2010 a anaacutelise de sensibilidade da soluccedilatildeo oacutetima para
variaccedilotildees de taxa efetiva de atratividade e o coeficiente efetivo de espera e neste caso
verificou-se uma mudanccedila na escolha da alternativa Como pode ser observado no Anexo
D para uma taxa efetiva de atratividade de 15 a melhor alternativa para coeficiente
efetivo de espera 12 eacute a 12 mas para os demais valores do coeficiente ldquoαrdquo a melhor
soluccedilatildeo eacute a 3
Para as outras taxas de atratividade 12 e 10 a melhor alternativa eacute a 12
para coeficiente efetivo de espera variando de 12 a 07 apenas para α=05 eacute que a
melhor soluccedilatildeo eacute a 5 Com relaccedilatildeo agrave estas taxas (12 e 10) a tarifa tem um menor
impacto no custo global e o custo de espera passa a ter uma maior participaccedilatildeo Para o
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
154
coeficiente ldquoαrdquo igual a 05 o custo de espera eacute reduzido pela metade favorecendo assim
as configuraccedilotildees que resultem em uma menor tarifa
Tabela 526 - Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2010 - Criteacuterio do Custo Global
R F H R F H
1 38853 352 114 1146 1237 083 128 068 165 4442 38853 416 092 981 957 067 109 053 170 3993 38853 480 080 873 937 058 097 052 172 3784 38853 512 073 824 928 053 092 051 184 3805 38853 576 065 749 940 047 084 052 186 3696 38853 640 060 694 961 044 078 053 196 3707 47461 352 115 1142 1042 083 127 057 172 4408 47461 416 093 981 974 067 110 054 176 4069 47461 480 081 869 780 059 097 043 179 37810 47461 512 073 824 775 053 092 043 190 37711 47461 576 065 753 780 047 084 043 193 36712 47461 640 060 694 642 043 077 035 202 35813 56000 352 115 1143 1074 084 128 059 179 44914 56000 416 091 981 848 066 109 047 183 40515 56000 480 080 871 697 058 097 038 186 37916 56000 512 075 825 687 054 092 038 198 38217 56000 576 066 753 665 048 084 037 201 36918 56000 640 060 695 542 044 078 030 209 360
R - carreta F - composiccedilatildeo H - comboio
Custo deEspera (R$) Tarifa
(R$)t
CustoTotal(R$)
Alternativa(2010)
CapacidadeArmazenagem (ton)
Taxa deMovimentaccedilatildeoefetiva tonh
Tempo no terminal(h)
Comparaccedilatildeo semelhante eacute apresentada na Tabela 527 para 2015 verificando
que a alternativa 12 eacute a de menor custo global
Na anaacutelise de sensibilidade conforme mostrado no Anexo D verificou-se que
para a taxa de atratividade 15 a melhor soluccedilatildeo para todos os valores de α eacute a 11
enquanto que para as taxas de 12 e 10 a melhor alternativa eacute a 12 Percebe-se que neste
cenaacuterio a tarifa varia muito pouco para as diversas configuraccedilotildees e assim o custo de
espera tem um impacto maior sobre o custo global
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155
Tabela 527 - Comparaccedilatildeo das Alternativas para 2015 ndash Criteacuterio do Custo Global
R F H R F H
1 50461 352352352 159 7722 10370 116 862 570 142 16892 50461 416416416 106 1054 1688 077 118 093 145 4323 50461 480480480 086 884 1087 062 099 060 148 3684 50461 416416512 078 833 977 057 093 054 156 3605 50461 480480576 070 755 843 050 084 046 158 3396 50461 480480640 065 698 779 047 078 043 165 3337 56000 352352352 147 7731 10072 107 863 554 145 16688 56000 416416416 104 1062 1669 076 119 092 148 4349 56000 480480480 087 888 913 063 099 050 151 36310 56000 416416512 081 835 789 059 093 043 159 35411 56000 480480576 070 758 762 051 085 042 161 33812 56000 480480640 064 699 589 046 078 032 168 32513 62000 352352352 147 7731 10072 107 863 554 148 167214 62000 416416416 103 1063 1637 075 119 090 152 43615 62000 480480480 087 887 799 063 099 044 155 36116 62000 416416512 080 836 724 058 093 040 163 35417 62000 480480576 071 759 641 051 085 035 165 33618 62000 480480640 065 700 562 047 078 031 173 329
R - carreta F - composiccedilatildeo H - comboio
Custo deEspera (R$) Tarifa
(R$)t
CustoTotal(R$)
Alternativa(200520102015)
CapacidadeArmazenagem (ton)
Taxa deMovimentaccedilatildeoefetiva tonh
Tempo no terminal(h)
562 Emprego do criteacuterio do Valor Presente Liacutequido
Foi feita tambeacutem uma comparaccedilatildeo entre as alternativas utilizando o criteacuterio
do valor presente liacutequido
Para aplicaccedilatildeo deste criteacuterio utilizou-se para a tarifa valores de R$ 150 20 e
25 reais e uma taxa efetiva de atratividade de 12 posteriormente empregou-se para
esta taxa valores de 10 e 15
O horizonte de anaacutelise para este estudo eacute de 20 anos de 2005 a 2025
computando todas as receitas relacionadas agrave tarifa e as despesas associadas aos custos
operacionais investimento inicial e posteriores investimentos para os anos de 2010 e
2015 Portanto a anaacutelise nesta seccedilatildeo se difere da anterior natildeo soacute pelo fato de que as
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156
tarifas satildeo fixas mas tambeacutem porque a avaliaccedilatildeo cobre um periacuteodo de 20 anos com todos
os investimento feitos na implantaccedilatildeo do terminal
Os resultados das comparaccedilotildees das alternativas satildeo mostrados na Tabela 528
e Figura 516 Foram utilizados na anaacutelise 3 valores diferentes de tarifa e como
referecircncia foi incluiacutedo na Tabela para cada alternativa o valor da tarifa calculado pelo
criteacuterio anterior bem como o custo de espera de cada modal
Assim segundo o criteacuterio de valor presente liacutequido para qualquer tarifa
considerada (R$ 25 20 e 15) a melhor soluccedilatildeo eacute aquela que tem menor capacidade de
estoque e menor taxa de movimentaccedilatildeo Adicionalmente nota-se que uma tarifa de R$
150 inviabilizaria totalmente o investimento
O efeito da taxa efetiva de atratividade sobre o desempenho das alternativas eacute
mostrado na Tabela 529 Como era de se espera quanto maior eacute a taxa menor eacute o valor
liacutequido presente Conclui-se entatildeo que dependendo da poliacutetica adotada para implantaccedilatildeo
do terminal seja ela atraveacutes de financiamento ou recursos proacuteprios o retorno do
investimento pode ser mais atrativo ou natildeo como fora abordado por Fernandez (2001)
Eacute importante mencionar que a melhor soluccedilatildeo segundo este criteacuterio pode
conduzir a tempos de espera excessivos que sejam inaceitaacuteveis para os usuaacuterios Eacute
necessaacuterio nestas condiccedilotildees encontrar uma soluccedilatildeo de conciliaccedilatildeo
320325330335340345350355360365370375380385390395400
352 416 480 512 576 640800000
1100000
1400000
1700000
2000000
2300000
2600000
2900000
3200000
3500000
3800000
4100000
estoq minestoq estimadoestoq maacutexValor P est minValor p estq estimadoValor p est maacutex
Figura 516 ndash Custos Globais versus Valor presente para as respectivas soluccedilotildees
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159
563 Emprego do criteacuterio de tempo maacuteximo de permanecircncia
A aplicaccedilatildeo deste criteacuterio corresponde a separar entre as alternativas geradas
um grupo de configuraccedilotildees viaacuteveis - tempo de permanecircncia no terminal menor ou igual
ao limite maacuteximo - e um grupo de soluccedilotildees inviaacuteveis ndash tempo de permanecircncia superior ao
maacuteximo
Considerando-se os tempos maacuteximos de espera especificados para os modais
ferroviaacuterio e rodoviaacuterio verifica-se na Tabela 525 que satildeo viaacuteveis para o ano 2005 as
alternativas 5 a 18
Analisando-se a Tabela 526 verifica-se que satildeo viaacuteveis para o ano de 2010 as
alternativas de 3 a 18 Finalmente de acordo com a Tabela 527 satildeo viaacuteveis para 2015 as
configuraccedilotildees 3 a 18
Eacute importante observar que a fator que define a viabilidade das soluccedilotildees eacute a
taxa de movimentaccedilatildeo pois para os 3 cenaacuterios (2005 2010 e 2015) mesmo para a menor
capacidade de armazenagem as configuraccedilotildees satildeo viaacuteveis Verifica-se por outro lado
que para os 3 cenaacuterios a taxa de transbordo de 480 tonhora atende o criteacuterio de tempo
maacuteximo de permanecircncia Eacute evidente poreacutem que a medida que se aumenta a
movimentaccedilatildeo no terminal aumenta-se o congestionamento nos sistema mantendo-se a
mesma taxa de transbordo e isto verifica pelo fato de que os tempos meacutedios de
permanecircncia no terminal para todos os modais aumentam progressivamente para os anos
de 2010 e 2015
564 Seleccedilatildeo da melhor alternativa
Como jaacute esclarecido anteriormente no Capiacutetulo 3 a melhor configuraccedilatildeo para
o terminal considerando uma implantaccedilatildeo gradual dos subsistemas de movimentaccedilatildeo e
armazenagem eacute aquela que dentro do grupo das soluccedilotildees viaacuteveis proporcione o maior
valor presente liacutequido
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
160
Pode-se entatildeo considerar que todas as alternativas que atendem o criteacuterio de
tempo o maacuteximo de permanecircncia satildeo viaacuteveis pois atendem aos usuaacuterio do terminal como
jaacute mencionado Assim sendo dentre as alternativas viaacuteveis a que apresentar maior valor
presente liacutequido pode ser apontada como a melhor soluccedilatildeo
Assim a soluccedilatildeo viaacutevel com maior valor presente liacutequido eacute de nuacutemero 3 cuja
configuraccedilatildeo inicial (2005) eacute constituiacutedo por
- 3 equipamentos sugadores com capacidade de 200tonhora cada e uma
capacidade efetiva de 480 tonhora
- 32 646 ton de capacidade nos armazeacutem mais silos
Em 2010 natildeo haacute necessidade de se aumentar a capacidade de transbordo eacute
adicionado um silo ao sistema de armazenagem o que leva agrave uma capacidade de estoque
de 38853 ton para a soluccedilatildeo 3
Em 2015 incorpora-se mais duas unidades de armazenagem agrave soluccedilatildeo 3 o que
totaliza para este ano 50461 ton sendo que a soluccedilatildeo 3 ainda atende o criteacuterio de tempo
maacuteximo de permanecircncia
Eacute conveniente no entanto mencionar que a alternativa 3 apresenta para 2015
tempos de permanecircncia dos modais ferroviaacuterio e rodoviaacuterio proacuteximos de limites
maacuteximos Aleacutem disto as taxas de utilizaccedilatildeo das gares e do berccedilo satildeo altas Nestas
condiccedilotildees eacute melhor escolher uma outra configuraccedilatildeo que embora tenha um menor valor
presente liacutequido natildeo apresente problema de congestionamento no periacuteodo posterior a
2015
Deste modo seleciona-se a alternativa 4 cuja configuraccedilatildeo eacute constituiacuteda por 3
equipamentos sugadores de 200 tonhora e 1 de 120 tonhora com uma taxa efetiva de
movimentaccedilatildeo de 576 tonhora e estoque de 50461 ton em 2015 pode garantir tempos
adequados de espera frente a picos de demanda natildeo previsto e aumento da quantidade
movimentada no terminal
Eacute importante mencionar tambeacutem que a escolha da alternativa 4 pela 3 resulta
para 2015 em filas menores nos 3 setores mas especialmente para o ferroviaacuterio haacute uma
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161
reduccedilatildeo significativa de 28 para 113 Esta reduccedilatildeo pode ter um certo impacto no
nuacutemero de linhas ferroviaacuteria como seraacute visto adiante
57 ndash Determinaccedilatildeo de outras Caracteriacutesticas do Terminal
O estudo de simulaccedilatildeo foi orientado para a determinaccedilatildeo de 2 paracircmetro a
taxa de movimentaccedilatildeo (transbordo) e a capacidade de armazenagem Eacute necessaacuterio definir
agora outras caracteriacutesticas do terminal
571 ndash Determinaccedilatildeo da capacidade de paacutetios e aacuterea de fundeio
a) Aacuterea de fundeio
Os resultados de simulaccedilatildeo mostram que para a configuraccedilatildeo modular
escolhida (alternativa 4) a fila maacutexima eacute de 233 193 e 26 comboios respectivamente
nos anos 2005 2010 e 2015
Portanto a aacuterea de fundeio deve ter capacidade para 2 comboios em
20052010 e para 3 em 2015
b) Paacutetio ferroviaacuterio
Os resultados de simulaccedilatildeo indicam que para a configuraccedilatildeo modular
escolhida a fila maacutexima eacute de 166 187 e 113 composiccedilotildees respectivamente para os
anos 2005 2010 e 2015
Portanto o paacutetio ferroviaacuterio deve ter aleacutem da proacutepria linha de carregamento
uma outra linha concorrente durante todo o periacuteodo
c) Paacutetio rodoviaacuterio
Os resultados de simulaccedilatildeo indicam que para a configuraccedilatildeo modular
escolhida a fila maacutexima atinge os valores de 24 36 e 25 carretas respectivamente
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162
para os anos de 2005 2010 e 2015 Com base nestes valores o paacutetio rodoviaacuterio teria uma
capacidade bem pequena
Contudo para este subsistema preferiu-se optar pelo procedimento adotado
por Lima (1988) que define a capacidade estaacutetica do paacutetio rodoviaacuterio pelo nuacutemero de
carretas que acessaratildeo diariamente o terminal no periacuteodo de maior movimentaccedilatildeo Isto se
justifica pois a aacuterea requerida por veiacuteculo e os correspondentes custos de investimento
satildeo pequenos permitindo assim ampliar a capacidade de estacionamento para dar conta
de eventuais problemas operacionais
Nestas condiccedilotildees satildeo necessaacuterias 15 17 e 23 baias de estacionamento para os
anos de 2005 2010 e 2015 respectivamente Adicionalmente como os tempos de
manobra satildeo bem maiores que os tempos de transferecircncia de carga seraacute utilizado um
paacutetio intermediaacuterio para posicionamento do veiacuteculo com capacidade para 1 rodo-trem
para os 3 cenaacuterios o permite manter a cadecircncia do sistema
O arranjo do terminal apresentando os trecircs estaacutegios de estudo eacute apresentado
nas Figuras 517 a 519 e no Anexo E
572 ndash Definiccedilatildeo do nuacutemero de gares
No estudo de simulaccedilatildeo considerou-se inicialmente 2 gares para o setor
ferroviaacuterio e uma baia para o setor rodoviaacuterio Os resultados obtidos para tempos de
permanecircncia indicam que o nuacutemero de gares eacute satisfatoacuterio
Como o aumento do nuacutemero de gares pode reduzir o tempo de permanecia do
modal ferroviaacuteria no terminal eacute interessante examinar a relaccedilatildeo entre os ganhos
operacionais e os investimentos necessaacuterios com o aumento do nuacutemero de gares
A anaacutelise da Tabela 530 indica que o incremento de uma ou duas gares para
taxa de movimentaccedilatildeo de 480 e 576tonh natildeo produz reduccedilatildeo significativa no tempo
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163
total de permanecircncia da composiccedilatildeo no terminal e praticamente natildeo afeta o custo global
do terminal
Portanto manteacutem-se a configuraccedilatildeo com 2 gares para o setor ferroviaacuterio
Tabela 530 ndash Efeito da variaccedilatildeo do nuacutemero de gares
Ano2015 2 gares 3 gares 4 gares 2 gares 3 gares 4 gares
tempo depermanecircncia do
trem (h)883 857 847 756 726 710
custo espera (R$) 099 096 095 084 081 079custo global (R$) 368 367 367 351 351 351
taxa de transbordo 480 - tonh taxa de transbordo 576 - tonh
573 ndash Definiccedilatildeo do nuacutemero de berccedilos
No estudo de simulaccedilatildeo considerou-se primeiramente um uacutenico berccedilo para
atracaccedilatildeo e transbordo Todavia analogamente ao que foi feito para o setor ferroviaacuterio eacute
conveniente examinar o efeito da adiccedilatildeo de 1 berccedilo
Atraveacutes da simulaccedilatildeo ficou constatado que os ganhos operacionais com o
incremento de um berccedilo conforme apresentado na Tabela 531 natildeo justificam os
investimentos necessaacuterios Isto ocorre porque os tempos de atracaccedilatildeo e amarraccedilatildeo natildeo
satildeo significativos e representam uma pequena parcela do tempo total gasto pelo comboio
no sistema
Eacute conveniente lembrar adicionalmente que os tempos do setor hidroviaacuterio
estatildeo mais associados agrave capacidade de estoque do terminal e entre as alternativas viaacuteveis
foi escolhida a configuraccedilatildeo com a menor capacidade de armazenagem Aleacutem disto o
custo de espera deste modal eacute relativamente pequeno enquanto o custo de construccedilatildeo de
um berccedilo eacute significativo Desta forma o custo global para a configuraccedilatildeo com 2 berccedilos e
maior que a com 1 berccedilo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
164
Tabela 531 ndash Efeito da inclusatildeo de outro berccedilo - 2015Ano
1 berccedilo 2 berccedilostempo de permanecircncia docomboio no terminal 843 801
taxa de utilizaccedilatildeo 064 060custo de espera 046 044tarifa 156 166
custo global 353 360
2015
Taxa de Movimento576 tonh
58 ndash Especificaccedilatildeo da Soluccedilatildeo
Nesta seccedilatildeo final seraacute apresentada a descriccedilatildeo fiacutesica da soluccedilatildeo escolhida
para o terminal dentro de uma concepccedilatildeo modular de projeto Seratildeo tambeacutem detalhadas
as caracteriacutesticas econocircmicas da soluccedilatildeo
581 ndash Arranjo Fiacutesico
A partir dos resultados obtidos ao longo deste capiacutetulo obteve-se para o
terminal a configuraccedilatildeo descrita na Tabela 532 e nas Figuras 517 a 519 e o Anexo D
conteacutem o arranjo geral do terminal
Tabela 5 32 ndash Resumo dos elementos do terminal2005 2010 2015
Elemento Quant (unid) Quant (unid) Quant (unid)Berccedilo 1 1 1Gare 2 2 2Baia 1 1 1PaacutetioFerroviaacuterio
1 linha concorrente 1 linha concorrente 1 linha concorrente
PaacutetioRodoviaacuterio
15 vagas 17 vagas 23 vagas
Aacuterea defundeio
2 comboios 2 comboios 3 comboios
480 tonhora 480 tonhora 576 tonhoraSugador 3Capacidade
(ton)
3Capacidade
(ton)
4Capacidade
(ton)Armazeacutem 1 20000 1 20000 1 20000
Silo 2 6000 3 6000 5 6000Pulmatildeo rodov 1 120 1 120 1 120Pulmatildeo ferrov 1 240 1 240 1 240
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
165
40 m
100 m
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
166
30 m
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
167
12 m
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
168
582 ndash Caracteriacutesticas econocircmica
A Figura 520 mostra o fracionamento do investimento entre os diversos
componentes do terminal e proporciona assim um melhor entendimento da particiapccedilatildeo
de cada componente no investimento
Pode-se verificar nesta figura que a infraestrutura baacutesica do terminal que
inclui a aquisiccedilatildeo do terreno as obras de terraplanagem as infraestruturas ferroviaacuteria e
rodoviaacuteria a infraestrutura portuaacuteria e edifiacutecios administrativos representa 21 do
investimento sendo que a penuacuteltima parcela tem a maior participaccedilatildeo (10)
Os equipamentos de transbordo movimentaccedilatildeo e afericcedilatildeo de descarga
respondem por 46 do investimento sendo que os sugadores isoladamente representam
o componente com maior participaccedilatildeo (26)
Finalmente o sistema de armazenagem constituiacutedo pelos silos e armazeacutem de
alvenaria representa 33 do investimento
Conclui-se entatildeo que mesmo com um alta estimativa de linha feacuterrea e aacuterea
do terreno face agraves hipoacuteteses admitidas estes 2 itens e os componentes associados a
infraestrutura de certa forma natildeo tecircm grande impacto nos custos do terminal Assim
sendo a tarifa do terminal estaacute mais atrelada aos elementos que envolvem maior
tecnologia
Edifiacutecio Adm1
Infra-es truturaportuaacuteria
10
Balanccedila5
Equipamentosmovimentaccedilatildeo
interna12
Sugador26
Armazeacutem15
Aquisiccedilatildeo do terreno3
Terraplanagem1
Infra-rodoviaacuteria1
Silos17
paacute carregadeira2
Infra-ferroviaacuteria4
Sistema expediccedilatildeorodo-ferroviaacuteria
3
Figura 520 ndash Participaccedilatildeo dos componentes no investimento total
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
169
A figura 521 ilustra a participaccedilatildeo das diversas parcelas na composiccedilatildeo da
tarifa do terminal para uma taxa de atratividade efetiva de 12 Pode-se constatar que
em relaccedilatildeo aos custos operacionais a remuneraccedilatildeo do investimento eacute a parcela mais
significativa percentualmente (493) Observa-se tambeacutem que o gasto com energia tem
uma participaccedilatildeo expressiva (107) o que eacute explicado pelo alto consumo de energia dos
equipamentos pneumaacuteticos As despesas com matildeo de obra representam a segunda parcela
(137)
APP04
DespesasGerais Adm+(func Adm)
74
energia107
matildeo de obra137
iss+pis+confins
44
lucro91
manutenccedilatildeoequipamentos
40
Remuneraccedilatildeoinvestimento
493
manutenccedilatildeoinstalaccedilotildees
11
Figura 521- Participaccedilatildeo percentual dos itens de formaccedilatildeo da tarifa
583 Comportamento operacional
A Figura 522 apresenta o tempo meacutedio de permanecircncia para os modais Eacute
possiacutevel verificar nesta figura que nos periacuteodos de pico de transporte o modal
hidroviaacuterio apresenta tempos de permanecircncia no sistema um pouco acima da meacutedia Isto
ocorre porque nos meses de pico os estoques atingem seus niacuteveis maacuteximos o que faz
com que alguns comboios tenham de esperar em fila pela falta de espaccedilo nos silos eou
falta de veiacuteculos que possibilite o transbordo direto
Ainda com relaccedilatildeo agrave esta figura constata-se que para o mecircs de agosto os
tempos de permanecircncia no sistema para os modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio apresentam
grande discrepacircncia em relaccedilatildeo agrave meacutedia Isto ocorre devido agrave falta de carga no terminal e
agrave falta de sincronismo de chegadas dos modais Eacute interessante ressaltar que na simulaccedilatildeo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
170
de baixa movimentaccedilatildeo no terminal somente seraacute enviada uma composiccedilatildeo para o
terminal caso haja estoque ou na im inecircncia de chegada de um comboio
0102030405060
Fila Rodoviaacuteria Fila hidroviaacuteria Fila ferroviaacuteria
Figura 522 ndash Variaccedilatildeo dos tempos de permanecircncia dos veiacuteculos no terminal
O comportamento dos niacuteveis de estoque do terminal ao longo do tempo para
farelo e gratildeo in natura estatildeo apresentados na Figura 523
05000
100001500020000250003000035000
farelo gratildeo
Figura 523 ndash Variaccedilatildeo dos estoque ao longo do periacuteodo de simulaccedilatildeo
Capiacutetulo 5 ndashDimensionamento de Terminal - Um Estudo de Caso__________________________________________________________________________________
171
Capiacutetulo 6 ndash Conclusotildees e Recomendaccedilatildeo________________________________________________________________________
170
6 CONCLUSOtildeES E RECOMENDACcedilOtildeES
Este capiacutetulo apresenta inicialmente um resumo do trabalho desenvolvido
para em seguida apontar as principais conclusotildees e finalmente alinhar algumas
sugestotildees para continuaccedilatildeo do trabalho
61 Siacutentese do Trabalho
Definiu-se como objetivo central do trabalho elaborar o projeto de um
terminal intermodal de graneacuteis soacutelidos para implantaccedilatildeo na hidrovia Tietecirc-Paranaacute
A partir da definiccedilatildeo deste objetivo foi feito inicialmente um estudo de
demandas que contemplou essencialmente graneacuteis soacutelidos para ambos sentidos de
movimentaccedilatildeo na regiatildeo de abrangecircncia da hidrovia Tietecirc-Paranaacute Foram definidas
deste modo as cargas potenciais para movimentaccedilatildeo e suas respectivas projeccedilotildees bem
como a distribuiccedilatildeo do fluxo ao longo do ano
Examinou-se em paralelo a capacidade de transporte de carga pela hidrovia
com o intuito de compatibilizar sua capacidade com as possiacuteveis projeccedilotildees de
movimentaccedilotildees de carga no terminal
Em seguida foram reproduzidas as diretrizes que orientam o projeto de
terminais de graneacuteis soacutelidos contemplando cada um de seus subsistemas Em particular
examinou-se os criteacuterios de avaliaccedilatildeo para utilizaccedilatildeo no projeto do terminal
Depois o trabalho focalizou os terminais multimodais implantados na
hidrovia Tiete-Paranaacute A partir das informaccedilotildees levantadas foi feita uma anaacutelise criacutetica
dos terminais tendo como referecircncia agraves diretrizes de projeto apresentadas anteriormente
Capiacutetulo 6 ndash Conclusotildees e Recomendaccedilatildeo________________________________________________________________________
171
Finalmente no capiacutetulo 5 que eacute a principal contribuiccedilatildeo deste trabalho eacute
apresentado o dimensionamento de um terminal multimodal no Tietecirc na regiatildeo de
Pederneiras Esse terminal foi projetado para um fluxo de carga estimado para o
horizonte de 200520102015 utilizando os princiacutepios apresentados no capiacutetulo 3 Foram
geradas diversas alternativas que envolvem combinaccedilotildees de diferentes taxas de
movimentaccedilatildeo e diferentes capacidades de armazenagem Utilizando a teacutecnica de
simulaccedilatildeo com o software ARENA obteacutem-se o desempenho destas configuraccedilotildees em
termos de tempo de espera para cada modalque mede o niacutevel de serviccedilo oferecido pelo
terminal As alternativas geradas satildeo entatildeo avaliadas pelo criteacuterio do custo global que
pondera o niacutevel de serviccedilo oferecido e a tarifa cobrada pelo terminal e pelo criteacuterio do
valor presente liacutequido do investimento Adota-se finalmente como criteacuterio de seleccedilatildeo o
uacuteltimo deles fixando uma restriccedilatildeo de tempo maacuteximo de espera escolhe-se a melhor
configuraccedilatildeo
62 Principais Conclusotildees
Este trabalho iniciou com uma anaacutelise de demanda que permitiu definir a
carga principal que o terminal opera (soja) levantando a possibilidade de atrair carga de
retorno Embora se constate que hoje a hidrovia opera sem carga de retorno pode-se
afirmar que isto depende muito da poliacutetica adotada pelos usuaacuteriosMuitos dos terminais
projetados satildeo de propriedade das empresas transportadoras ou ainda das tradies de
forma que o terminal tem como uacutenico objetivo o transbordo da carga movimentada
Determinados terminais instalados na hidrovia apresentam problemas
operacionais devido a restriccedilotildees da via como pequena profundidade e raio de curvatura
o que inviabiliza a movimentaccedilatildeo de carga durante certos periacuteodos do ano
Certos terminais da hidrovia possuem somente interligaccedilatildeo como o modal
rodoviaacuterio seja pela ausecircncia de linha feacuterrea na microrregiatildeo de fomento ou pela simples
opccedilatildeo de natildeo se viabilizar esta alternativa Isto cria dependecircncia da disponibilidade de
Capiacutetulo 6 ndash Conclusotildees e Recomendaccedilatildeo________________________________________________________________________
172
carretas graneleiras ficando o proprietaacuterio do terminal sujeito aos fretes praticados no
mercado principalmente porque existe coincidecircncia do periacuteodo de safra de diversos
graneacuteis Eacute importante a interligaccedilatildeo com o modal ferroviaacuterio principalmente pelo fato
deste frete ser menor que o rodoviaacuterio
Alguns terminais possuem sistema de movimentaccedilatildeo desbalanceado ou seja
equipamentos com diferentes taxas de movimentaccedilatildeo Outros apresentam sistema de
armazenagem inadequado ao acondicionamento do granel ou em relaccedilatildeo agraves condiccedilotildees de
movimentaccedilatildeo requeridas
Foram utilizados como paracircmetros baacutesicos para geraccedilatildeo de possiacuteveis
configuraccedilotildees do terminal a taxa de movimentaccedilatildeo e a capacidade de armazenagem
Verificou-se que a capacidade de armazenagem influi de forma significativa
sobre o tempo de espera do sistema hidroviaacuterio Isto ocorre porque quando natildeo eacute
possiacutevel o transbordo direto o comboio fica aguardando para descarregar se os silos
estiverem cheios Eacute importante ressaltar que estes resultados foram obtidos porque se
admitiu que nos primeiros meses o fluxo de entrada de carga eacute maior que o fluxo de
saiacuteda Nestas condiccedilotildees a capacidade de armazenagem tem uma menor influecircncia sobre
os outros modais
Observou-se por outro lado que a taxa de movimentaccedilatildeo influi sobre o tempo
de permanecircncia no sistema rodoviaacuterio e principalmente no sistema ferroviaacuterio Isto
ocorre porque como no periacuteodo examinado existem estoques relativamente grandes de
carga os veiacuteculos podem ser carregados mesmo na ausecircncia de transbordo direto A
influecircncia da taxa de movimentaccedilatildeo sobre o tempo de permanecircncia do setor hidroviaacuterio eacute
pequena
Pode-se perceber que os sistemas de recepccedilatildeo e expediccedilatildeo se comportam de
modo inverso ou seja quanto maior a quantidade de estoque no terminal menor eacute a
probabilidade de uma composiccedilatildeo ferroviaacuteria ou uma carreta permanecer parada pela
falta de carga Por outro lado quanto menor for o niacutevel de estoque do armazeacutem menor eacute a
probabilidade do comboio ficar parado por falta de espaccedilo no armazeacutem
Capiacutetulo 6 ndash Conclusotildees e Recomendaccedilatildeo________________________________________________________________________
173
Eacute importante observar que como os custos unitaacuterios de espera satildeo diferentes
para os 3 modais os tempos de espera dos modais tecircm pesos diferentes na avaliaccedilatildeo das
alternativas pelo criteacuterio do custo global Assim por exemplo as configuraccedilotildees que
tendem a aumentar o tempo de espera do modal hidroviaacuterio como satildeo aquelas com
menor capacidade de armazenagem natildeo afetam significativamente o custo global do
terminal tendo por isto possibilidade de serem selecionadas
Eacute preciso ressaltar que a conclusatildeo acima resulta das atuais condiccedilotildees de
operaccedilatildeo da hidrovia em que por excesso da oferta de comboios em relaccedilatildeo agrave demanda
de cargas o custo unitaacuterio de espera deste modal eacute menor que o dos outrosEacute tambeacutem por
este motivo que no criteacuterio de seleccedilatildeo adotado para escolha da melhor alternativa natildeo se
aplicou restriccedilatildeo de tempo maacuteximo de permanecircncia para o modal hidroviaacuterio
Certamente se houver uma mudanccedila no quadro relativo de oferta e demanda de
comboios deve ser reexaminada esta conclusatildeo
Constatou-se que as distribuiccedilotildees adotadas para as chegadas dos veiacuteculos nos
3 modais dependendo das hipoacuteteses admitidas para os fluxos de entrada e saiacuteda de carga
no terminal (maior ou menor disponibilidade de estoque num dado momento) podem ter
influecircncia relevante nos tempos de permanecircncia de cada modal E em virtude da
sazonalidade ou pico de movimentaccedilatildeo isto pode se tornar ainda mais
pronunciadoVerificou-se que dependendo das hipoacuteteses admitidas de nada adianta
aumentar as taxas de movimentaccedilatildeo do terminal se a capacidade de estoque do mesmo eacute
extremamente reduzida ou entatildeo natildeo haacute carga disponiacutevel no terminal
Para avaliaccedilatildeo das alternativas foram empregados 3 criteacuterios custo global
valor presente liacutequido e tempo maacuteximo de permanecircncia dos modais no terminalO criteacuterio
do custo global pondera o tempo de espera em cada modal com a tarifa cobrada para
proporcionar a lucratividade desejada ao terminalVerificou-se que com os valores
adotados para os custos unitaacuterios de espera a tarifa tem um efeito menor sobre o custo
global Assim este criteacuterio acaba privilegiando os terminais mais bem equipados isto eacute
Capiacutetulo 6 ndash Conclusotildees e Recomendaccedilatildeo________________________________________________________________________
174
com maiores taxas de movimentaccedilatildeo e capacidades de armazenagemUma mudanccedila de
tendecircncia soacute foi observada quando se reduzem os custos de espera em 50
Por outro lado o criteacuterio de maacuteximo valor presente liacutequido que atende
melhor os interesses do proprietaacuterio do terminal tende a privilegiar as configuraccedilotildees com
menores taxas de movimentaccedilatildeo e capacidades de armazenagem as quais acabam
impondo maiores tempos de permanecircncia no terminal
Finalmente o criteacuterio adotado de maior valor liacutequido presente com niacutevel
miacutenimo de serviccedilo leva a soluccedilotildees com uma taxa de movimentaccedilatildeo relativamente grande
mas com pequena capacidade de armazenagem
Observou-se que uma variaccedilatildeo da taxa efetiva de atratividade produz uma
alteraccedilatildeo da classificaccedilatildeo das soluccedilotildees de acordo com o criteacuterio de maacuteximo valor
presentePara valores maiores da taxa de atratividade a escolha recai em configuraccedilotildees
com menor taxa de movimentaccedilatildeo
Isto leva a conclusatildeo que dependendo da poliacutetica adotada para implantaccedilatildeo
do terminal seja ela atraveacutes de financiamento ou de recursos proacuteprios pode-se
selecionar alternativas diferentes
63-Recomendaccedilotildees
O estudo sobre terminais multimodais apresentado neste trabalho foi
desenvolvido a partir de um conjunto de premissas Para a escolha da melhor
configuraccedilatildeo foi adotado um certo criteacuterio Existem certamente algumas limitaccedilotildees no
trabalho realizado Para tornar mais abrangente o estudo satildeo apresentadas a seguir
algumas recomendaccedilotildees
A primeira diz respeito agraves distribuiccedilotildees de chegada Poderiam ser examinados
outros modelos A anaacutelise de dados de terminais existentes de mesma finalidade poderia
ser usada para gerar distribuiccedilotildees de chegadas mais adequadas para os modais as quais
poderiam variar de mecircs a mecircs
Capiacutetulo 6 ndash Conclusotildees e Recomendaccedilatildeo________________________________________________________________________
175
O estudo de simulaccedilatildeo considerou que o terminal opera com 2 produtos mas
tudo se passa como se toda a carga de um mesmo produto pertencesse a um uacutenico cliente
Seria interessante generalizar o modelo utilizado para que o terminal pudesse ser
simulado com n clientes e diferentes graneacuteis
O dimensionamento do terminal foi feito considerando fluxo de carga em um
uacutenico sentido do modal hidroviaacuterio para os modais ferro e rodoviaacuterioConsidera-se
importante adaptar o modelo para que o terminal movimente carga em ambos os sentidos
ou seja estudar a hipoacutetese de se transportar carga de retorno
Uma das premissas adotadas no dimensionamento do terminal foi empregar a
taxa de expediccedilatildeo do setor ferroviaacuterio igual agrave taxa de recepccedilatildeo do hidroviaacuterio
Recomenda-se estudar o desempenho do terminal com taxas de expediccedilatildeo maiores que as
taxas de recepccedilatildeo
O modelo adotado privilegia o transbordo direto Seria interessante analisar
qual o impacto do transbordo da carga via sistema de armazenagem comparando as
possiacuteveis vantagens operacionais com os custos adicionais de movimentaccedilatildeo
176
ANEXO A
177
Este anexo apresenta o mapa que mostra a localizaccedilatildeo de todos os
terminais existentes na hidrovia Tietecirc - Paranaacute (Fonte Departamento Hidroviaacuterio do
stado de Satildeo Paulo)
179
ANEXO B
180
Satildeo apresentados neste anexo fotos dos terminais intermodais de graneacuteis
soacutelidos (soja) da Hidrovia Tietecirc ndash Paranaacute que foram avaliados neste trabalho (Fonte
Departamento Hidroviaacuterio do Estado de Satildeo Paulo)
181
TERMINAL CNAGA - CONCHAS
TERMINAL CNAGA - CONCHAS
Figura B1
Figura B2
182
TERMINAL CNAGA - CONCHAS
SILO DE ARMAZENAGEM PULMAtildeORODOVIAacuteRIO E ELEVADOR DE CANECAS
Figura B3
Figura B4
183
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL NOVA MECA - ANHEMBI
TERMINAL NOVA MECA - ANHEMBI
Figura B5
Figura B6
184
BOMBA DE SUCCcedilAtildeO SOBRE A PONTESILOS DE ARMAZENAGEM E ESCRITOacuteRIO
PULMAtildeO RODOVIAacuteRIO E ESCRITOacuteRIOFigura B7
FiguraB8
185
TERMINAL ADM ARMAZEacuteNS GERAIS
TERMINAL ADM ARMAZEacuteNS GERAISFigura B9
Figura B10
186
CHATA ATRACADA AO PIER E COBERTURADA ESTEIRA TRANSPORTADORA
SILOS DE ARMAZENAGEM E ELEVADOR DE CANECASFigura B11
Figura B12
187
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL DA ADM - SAtildeO SIMAtildeOGO
TERMINAL DA ADM - SAtildeO SIMAtildeOGO
Figura-B13
Figura B14
188
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL QUINTELLA - PEDERNEIRAS
VISTA AEacuteREA DO TERMINALQUINTELLA - PEDERNEIRAS
Figura B15
Figura B16
189
PIER DE ATRACACcedilAtildeO E BOMBAS DE SUCCcedilAtildeOREALIZANDO O DESEMBARQUE
VISTA AEacuteREA DO TERMINALQUINTELLA - PEDERNEIRASFigura B17
Figura B18
190
VISTA AEacuteREA DO PIER DE ATRACACcedilAtildeOE CHATAS ATRACADAS
VISTA AEacuteREA DO TERMINALQUINTELLA - PEDERNEIRAS
Figura B19
Figura B20
191
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL QUINTELLA - SAtildeO SIMAtildeOGO
TERMINAL QUINTELLA - SAtildeO SIMAtildeOGO
Figura B21
Figura B22
192
VISTA AEacuteREA DO TERMINALNOVA ROSEIRA - SAtildeO SIMAtildeOGO
TERMINAL NOVA ROSEIRA - SAtildeO SIMAtildeOGO
Figura B23
Figura B24
193
VISTA AEacuteREA DA MOAGEIRACARAMURU - SAtildeO SIMAtildeOGO
TERMINAL DA CARAMURU - SAtildeO SIMAtildeOGO
Figura B25
Figura B26
194
TERMINAL DA CARAMURU - SAtildeO SIMAtildeO
TERMINAL DA CARAMURU SILOS E ARMAZEacuteM
Figura B27
Figura B28
195
TERMINAL TORQUE - ANHEMBI
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL TORQUE - ANHEMBIFigura B29
Figura B30
196
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL TORQUE - ANHEMBI
VISTA AEacuteREA DO TERMINAL TORQUE - ANHEMBI
Figura B31
Figura B32
197
CLAMSHELL POacuteRTICO EESTEIRA COM COBERTURA
MOEGA POacuteRTICO E ESTEIRAFigura B33
Figura B34
198
TERMINAL CESAR NETO - ANHEMBI
PULMAtildeO FERROVIAacuteRIO
Figura B35
Figura B36
199
TOMBADOR DE DESCARGAFigura B37
201
ANEXO C
202
Anexo C MODELO DE SIMULACcedilAtildeO
Apresenta-se neste anexo o modelo utilizado na simulaccedilatildeo da operaccedilatildeo
do terminal intermodal de graneacuteis
C1 O modelo loacutegico
Este modelo contempla os trecircs modais rodoviaacuterio ferroviaacuterio e
hidroviaacuterio Tal terminal receberaacute carga proveniente da hidrovia e a expediraacute pelos
modais rodoviaacuterios e ferroviaacuterios Natildeo eacute previsto o movimento de carga como
retorno
Os fluxogramas apresentados nas Figuras 510 a 512 representam
sistemicamente o funcionamento do terminal
Todos os processos envolvidos neste modelo dependem basicamente da
variaacutevel silo da disponibilidade de carretas e vagotildees vinculadas a variaacutevel c_paacutetio e
tambeacutem da variaacutevel pulmatildeo que garante a cadecircncia do sistema
A variaacutevel silo eacute definida por uma matriz silo(ij) em funccedilatildeo do nuacutemero
de silos do terminal a ser definido Esta matriz controla os estados do silo como
capacidade do silo tipo do granel existente (no exemplo de aplicaccedilatildeo o farelo eacute 12 e
gratildeo em natura eacute 1 e quando estaacute vazio eacute 0) tempo de armazenagem do granel e
volume instantacircneo O iacutendice 12 atribuiacutedo agrave variaacutevel fareloaleacutem de servir para
diferenciaacute-la do gratildeo in natura agrega ainda em todos os processo de transbordo um
tempo extra de 20 a mais visto que na movimentaccedilatildeo do farelo o rendimento dos
equipamentos cai
A variaacutevel silo(ij) pode ter silos com estados diferente isto significa que
quando o comboio acessar o terminal os estados dos diversos silos definidos pela
matriz silo(ij) seratildeo comparados ateacute que as condiccedilotildees para o inicio de
descarregamento sejam atendidas
203
Com relaccedilatildeo ao sistema de transbordo eacute priorizado o transbordo direto
para os modos rodo-ferroviaacuterio de forma que somente na ausecircncia de vagotildees ou
carretas (variaacutevel c_paacutetio=0) no terminal o transbordo seraacute direcionado para o silo
Uma outra variaacutevel que tem a finalidade de garantir a cadecircncia no
transbordo eacute denominada pulmatildeo Ela representa um pulmatildeo de expediccedilatildeo que
propicia carregamento do vagatildeo ou carreta bem como manteacutem o carregamento
mesmo ocorrendo paralisaccedilotildees hipoteticamente previstas
A variaacutevel pulmatildeo da mesma forma como os silos tambeacutem possui
estados sendo eles a capacidade do pulmatildeo valor instantacircneo do pulmatildeo e tipo de
granel que conteacutem o pulmatildeo Em qualquer momento que se mude o tipo de granel no
sistema de movimentaccedilatildeo esta variaacutevel seraacute zerada garantindo que os graneacuteis natildeo se
misturem
A seguir seraacute discutido separadamente o grupo de rotinas bem como os
moacutedulos do ARENA utilizados no modelo para facilitar o entendimento do
funcionamento do modelo
C2 Rotinas do Modelo de Simulaccedilatildeo em ARENA
C21 Chegada dos comboios hidroviaacuterios
O sistema preliminarmente eacute constituiacutedo de um berccedilo de atracaccedilatildeo em
que as embarcaccedilotildees ao chegarem ao terminal permanecem fundeadas ateacute que se
possa alocar o berccedilo isso ocorre na existecircncia de chatas atracadas ou na inexistecircncia
de espaccedilo nos silos eou falta de carretas e vagotildees nos paacutetios para o transbordo da
carga das chatas Senatildeo ocorrer nenhuma destas situaccedilotildees o berccedilo pode ser alocado
Moacutedulo CREATE (cria barcaccedilas) neste modelo existem dois create que
criam as barcaccedilas segundo uma taxa de distribuiccedilatildeo de chegadas definida no capiacutetulo
5 a partir de uma demanda definida no capiacutetulo 2 Um dos moacutedulos (cria comboio de
204
farelo) cria os comboios de farelo e o outro cria (cria comboio de gratildeo) os comboios
de gratildeo in natura segundo uma divisatildeo de carga obtida no Capiacutetulo 2 Figura C1
graoCria comboio de
comboio graoatribui dados
comboio fareloatribui dados
chatassepara em duas
Original
Duplicat eseja atendida
condicaograos ate que
comboiosegura
fareloCria comboio de
Record 58
0 0
0
0
Figura C1 Cria entidade comboio e aacuterea de fundeio
A partir daiacute cada entidade recebe de seus respectivos assign (atribui
dados do comboio gratildeos) e atribui dados do comboio farelo) atributos do comboio
como prioridade 2 (seraacute apresentada mais adiante) tipo de granel (que agrega o
valor de correccedilatildeo para tempo de descarregamento em funccedilatildeo do tipo de granel)
O Hold (segura comboio ateacute que condiccedilatildeo seja atendiada) da Figura C1
representa a fila ou regiatildeo de fundeio deste subsistema que eacute regido pelo sistema
FIFO ( o primeiro que entra eacute o primeiro que sai) desde que as condiccedilotildees para
acessar o berccedilo sejam satisfeitas
Contudo constatou-se a possibilidade de que quando houver mais de um
comboio em fila e o sistema de armazenagem estever com altos volumes de estoque
pode eventualmente ocorrer de natildeo existir mais espaccedilo para um determinado tipo de
granel e por coincidecircncia o primeiro comboio a ser atendido na fila FIFO seja deste
tipo Assim que este comboio natildeo pode ser atendido pela falta de espaccedilo no silo
Pode existir um outro comboio em fila que possua o outro tipo de granel para o qual
o sistema de armazenagem ainda apresenta disponibilidade para estoque e entatildeo
deve-se alocar o berccedilo para este comboio
Deste modo foi criado uma rotina de controle Figura C2 que consiste
de um create (entidade controle fila) que cria uma entidade que acessa um primeiro
search (busca cond prioridade na fila p farelo) e verifica inicialmente se o berccedilo
estaacute vazio se existe mais de um comboio em fila se natildeo haacute veiacuteculos (vagotildees e
carretas) se natildeo existe mais espaccedilo para gratildeo in natura no terminal e se existe algum
205
tipo de comboio em fila com granel do tipo farelo Verifica tambeacutem se para o outro
tipo de granel o sistema de armazeacutem natildeo estaacute disponiacutevel e se para o granel do tipo
farelo haacute espaccedilo disponiacutevel nos silos para descarregar uma chata Caso sejam
atendidas todas estas condiccedilotildees o search localiza a entidade comboio na fila e envia
um sinal para o modulo remove (atribui prioridade p entidade em fila) esta entidade
da fila e na sequumlecircncia o assign (263) atribui agrave entidade a prioridade 1 sendo quando
anteriormente sua prioridade era 2 Isto faz com que este comboio ultrapasse os
demais comboios em fila
Por outro lado caso natildeo seja atendida esta condiccedilatildeo um segundo search
(busca cond prioridade na fila p gratildeo) eacute acionado de forma similar soacute que desta vez
invertendo o tipo de granel Por fim caso nenhum desses moacutedulos seja acionado a
entidade controla fila eacute descartada no dispose (libera entidade de verificaccedilatildeo)
controle filaentidade
de veri ficacaolibera entidade
F o u n d
No t F o u nd
pfareloprioridadenafila
busca cond
Or ig in a l
Rem o v e d E n t i t y
filapentidade em
atribui prioridade
A ssign 263
F ou n d
No t F o u n d
pgraoprioridade nafila
buscacond
0
0
Figura C2 Controla fila em funccedilatildeo da disponibilidade de determinado granel
Ainda com relaccedilatildeo ao moacutedulo Hold (segura comboio granel ateacute que a
condiccedilatildeo seja atendida) mostrado na Figura C1 eacute verificado se o berccedilo estaacute
disponiacutevel e se existe veiacuteculos nos paacutetios ou nas baias ou gares Caso sejam
atendidas estas condiccedilotildees a chata eacute liberada para seu descarregamento caso
contraacuterio eacute verificado da mesma forma se o berccedilo estaacute disponiacutevel e se existe espaccedilo
206
miacutenimo suficiente na variaacutevel silo(ij) para a descarga desta chata bem como se o
tipo de granel eacute compatiacutevel com o estados de pelo menos um silo desta variaacutevel
Atendidas estas condiccedilotildees a entidade comboio eacute duplicada no modulo
separete (gera duas chatas) gerando assim duas chatas Em seguida um seize (aloca
berccedilo) eacute acessado e em funccedilatildeo do nuacutemero de berccedilos existentes no terminal que eacute
representado pelo numero de recursos deste moacutedulo que inicialmente eacute admitido
pois o nuacutemero de berccedilos eacute igual a 1 e uma chata deste comboio ainda permaneceraacute na
aacuterea de fundeio representado pela fila deste moacutedulo
C22 Controle descarga chata
Alocado o modulo seize (aloca berccedilo) Figura C3 na sequumlecircncia o assign
(tipo g_berccedilo) designa para variaacutevel g_berccedilo(i) (indica o tipo de gratildeo que estaacute no
berccedilo) o estados do tipo de granel e atribui a chata o valor de sua capacidade que eacute
1100 ton Na sequumlecircncia o processo de amarraccedilatildeo e movimentaccedilatildeo da chata da aacuterea de
fundeio para o berccedilo eacute representado pelo moacutedulo route (manobra chata berccedilo) no
qual a chata despende um certo tempo acessando em seguida o moacutedulo Hold
(controla descarga barcaccedila) Figura C4 Neste moacutedulo a chata eacute liberada mediante
verificaccedilotildees das condiccedilotildees admitidas se
aloca berc o chega caisgranel
area fundeiotipo g_berco barcaca
atribui valor achataberco
manobra
Figura C3 - Fila comboio e processo de movimentaccedilatildeo e amarraccedilatildeo da chata
- Chata atracada no berccedilo haacute carretas ou vagotildees no terminal para serem
carregadas e espaccedilo no pulmatildeo Se positivo a entidade eacute liberada
- Chata atracada no berccedilo natildeo haacute vagotildees no paacutetio ferroviaacuterio e haacute
carretas no paacutetio Verifica entatildeo se o pulmatildeo estaacute cheio se natildeo estiver libera
entidade chata caso contraacuterio verifica ainda se haacute espaccedilo miacutenimo disponiacutevel em um
dos silos com estoque compatiacutevel caso afirmativo a chata eacute liberada
207
Na sequumlecircncia o decide (transbordo para o silo ou pulmatildeo) Figura C4 e
C5 direcionaraacute o descarregamento da chata para a expediccedilatildeo rodo-ferroviaacuterio ou
para os silos verificando se haacute espaccedilo no pulmatildeo e granel chata compatiacutevel com o do
pulmatildeo caso contraacuterio o descarregamento seraacute direcionado para os silos
a) Transbordo para o pulmatildeo de expediccedilatildeo
- Transbordo direto para o sistema rodo-ferroviaacuterio Figura C4
novamente um decide eacute acessado para verificar se a capacidade da chata eacute maior que
disponibilidade de espaccedilo do pulmatildeo caso afirmativo o assign debita da chata o
volume instantacircneo do pulmatildeo menos sua capacidade maacutexima soma esta quantidade
ao pulmatildeo e atribui a chata um tempo de descarregamento em funccedilatildeo desta
quantidade movimentada e do tipo de granel Caso a capacidade da chata seja menor
que a disponibilidade do pulmatildeo a carga restante eacute adicionada a variaacutevel pulmatildeo o
tempo de descarregamento relativo agrave esta carga movimentada eacute atribuiacutedo agrave chata e
por fim o atributo chata eacute zerado para que esta entidade possa deixar este recurso
chatacontrola descarga
ou pulmaotransbordo para o silo
(( tipo_granel==g_pulmao)or (g_pulmao==0))and(capac_pulmao-pulmaogt0)and(chatagt0)
Else
A ssign 176
Decide 86True
False
A ssign 1 77
descarregamentotempo
A ssign 180
chata vazia
(chata==0)
Else
Assign 264
0
0
Figura C4 - Processo de descarregamento hidroviaacuterio para pulmatildeo
b) Transbordo para sistema de armazenagem
- Transbordo para o silo caso a entidade chata seja direcionada atraveacutes
do decide ( transbordo direto ou silo) para as respectivas rotinas de tranbordo direto
Figura C5
208
Esses moacutedulos verificam diversas condiccedilotildees - primeiramente satildeo
verificados quais dos silos que tem disponibilidade miacutenima de estoque e granel
compatiacutevel O primeiro silo que atender estas condiccedilotildees na matriz silo(ij) tem sua
posiccedilatildeo armazenada na variaacutevel pos_silo desta forma uma outra sub-rotina verificaraacute
se os demais silos ainda natildeo comparados possuem mesma caracteriacutestica poreacutem
volume de estoque maior no entanto que ainda apresente disponibilidade de estoque
Se afirmativo a variaacutevel pos_silo recebe este novo valor (Esta rotina foi criada para
na possibilidade de existirem diversos silos com mesmo granel se privilegiaria os
silos que natildeo tem maior volume de estoque)
Assim sendo definido qual seria a unidade de armazenagem
silo(pos_silo) eacute debitado da chata uma parcela constante que no caso da aplicaccedilatildeo eacute
de 100 ton e adiciona-se agrave unidade de armazenagem ldquosilo(pos_silo)rdquo 100 ton e
atribuindo a entidade chata o tempo correspondente agrave 100 ton em funccedilatildeo do tipo de
granel
Para ambos (transbordo silo ou transbordo pulmatildeo) um delay (tempo de
carregamento) reteacutem a entidade em funccedilatildeo volume de carga descarregado taxa de
movimentaccedilatildeo do terminal definida pela variaacutevel taxa_move e o tipo do granel Este
processo se repete ateacute que se finalize o descarregamento da chata ou seja o atributo
chata seja =0
209
chatacontrola descarga
p u l m aot ra ns b o rd o p a ra o s i lo o u
( ( t ipo_g r an el==g _pu lm ao) or ( g_pu lm a o==0 ) ) and ( ca pac _pulm ao- pulm ao gt0) and ( c hat a gt0)
Else
s o m a c a rg a a o s i l o 1
res ta n t e ao s i l o 1s o m a c a rga
descarregamentotempo
A s s i g n 1 8 0
ch a ta v a zi a
( chat a== 0)
Else
Dec i d e 89
( ca pac_ silo( p_s) - s ilo( p_s ) ) gt 100 and p_ slt=n an d ( ( p_s==1 and t ip o_gr ane l==1 2) or ( p_sgt1 and t ipo_gr a nel= =1) )p_s ==n
Els eA s s i g n 1 8 1
De c i d e 9 1
g_ s ilo( p_s) ==0 and p_ slt= n and ( ( p_s ==1 and t ip o_g r ane l==1 2) or ( p_s gt1 and t ipo _gr anel= =1) )
p_ s== n
Else
As s ig n 1 8 3
As s i gn 1 84 Dec id e 92
( 100lt =ca pac_ silo( p_s ) - s ilo( p_s) ) and ( ch at a gt=1 00)( chat alt1 00)
Else
As s ig n 2 22
g_ silo (p_s ) == tipo_ gr a nel a nd com p_s iloltsilo ( p _s) a nd (cap ac _silo( p _s) -s ilo( p_ s)gt= 1 00 ) an d p _slt= n
p_ s== n
Else
De c i d e 1 0 8
As s i g n 2 23
As s i gn 2 24
Dec i d e 1 1 4Tr u e
Fa lse
As s i g n 24 4
As s i g n 2 6 4
0
0
Figura C5 - Processo de descarregamento hidroviaacuterio para sistema de
armazenagem
A chata libera o berccedilo atraveacutes do release e entatildeo eacute formado o comboio
pelo batch (forma comboio) Figura C6 No passo seguinte a entidade passa por um
route (tempo de saiacuteda do comboio) que representa a saiacuteda do comboio do terminal e
finalmente a entidade eacute liberada do sistema atraveacutes do Dispose (elimina a entidade
comboio)
c o m b o i oe n t i d a d ee l i m in a a
do terminalcomboio sai
comboiosaida do
tempo de
fo rm a c o m b o i oRe c o rd 1 0
libera bercoRe c o rd 5 9 saiberco
0
0
Figura C6 - Formaccedilatildeo e saiacuteda do comboio
210
C3 Subsistema Rodoviaacuterio e Ferroviaacuterio
C31 Divisatildeo Modal
No subsistema rodoviaacuterio existe dois modulos create Figura C7 sendo
que um create (cria caminhatildeo) cria as carretas tipo semi-reboque e um outro create
(cria rodo_trem) que cria carreta do tipo rodo-trens segundo a divisatildeo modal e a
distribuiccedilatildeo de chegadas estabelecidas (Capiacutetulo 5)
A entidades Rodo-trem e semi-reboque passam pelos seus respectivos
moacutedulos assign (atribui dados carreta pequena) e assign (atribui dados carreta
grande) onde tanto a entidade rodo-trem e a semireboque recebem seus atributos de
capacidade de carga (capac_carga) e tempo de manobra Figura C7
cria c aminhaopequenocarreta
a tri b ui dados
carreta gra nd ea tri b ui dados
As sign 165
cria rodo trem
0
0
Figura C7 - Cria rodo-trem e carreta semi-reboque
Esses atributos satildeo apresentados na sequecircncia a fim de esclarecer melhor
seus respectivos papeacuteis
- capac_carga eacute a capacidade de carga que a entidade recebe sendo que tanto
a entidade carreta pequena quanto a carreta grande recebe o valor de 35 uma vez que
mais adiante a entidade carreta grande eacute duplicada totalizando 70 ton
- tempo_manobra eacute o tempo que a carreta leva para ir da do terminal ateacute o
paacutetio intermediaacuterio e com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo eacute o tempo de iniacutecio de
entrada no terminal ateacute a ocupaccedilatildeo da linha de carregamento
211
Em se tratando do subsistema ferroviaacuterio o create (cria trem) Figura C8
cria a entidade trem Cada entidade recebe no moacutedulo assign (atribui dados vagotildees)
os atributos capac_carga e tempo_manobra assim como no sistema rodoviaacuterio
c ria trem vagoesatribui dados
0
Figura C8Cria composiccedilatildeo ferroviaacuteria
C32 Loacutegica das atividades de manobra e estacionamento
a) Subsistema rodoviaacuterio
Depois de criada a entidade e ter seus atributos iniciais um decide que
representa a entrada do terminal verificaraacute se natildeo existe veiacuteculos no paacutetio rodoviaacuterio
se o paacutetio intermediaacuterio estaacute disponiacutevel Caso esta condiccedilatildeo seja atendida a entidade
(carreta semi-reboque ou rodo-trem) vai direto para a linha de carregamento
passando inicialmente por um route (rota direto) que reteacutem a entidade por um tempo
atribuiacutedo anteriormente que representa o deslocamento da carreta ateacute o pulmatildeo de
expediccedilatildeo ou paacutetio intermediaacuterio
Caso a condiccedilatildeo deste decide natildeo seja verdadeira a carreta vai para o
paacutetio de estacionamento passando por um route (rota paacutetio) que tambeacutem reteacutem a
entidade pelo tempo do deslocamento da carreta da entrada do terminal ateacute o paacutetio
rodoviaacuterio
Adicionalmente para ambos os casos um contador eacute acionado para
indicar que existem carretas nos paacutetios para as rotinas do subsistema hidroviaacuterio
Deve-se mencionar que uma vez que a variaacutevel c_paacutetio eacute maior que zero
o modelo prioriza o transbordo direto entretanto caso haja somente carretas no
terminal eacute efetuado o transbordo direto para o modal rodoviaacuterio ateacute que o pulmatildeo
esteja cheio e no instante seguinte o transbordo eacute redirecionado para os silos pois a
taxa de expediccedilatildeo rodoviaacuteria eacute menor que a taxa de transbordo o que acarretaria em
um maior tempo de permanecircncia do comboio no sistema
212
Uma vez que esta entidade (carreta) estaacute no paacutetio de estacionamento o
moacutedulo Hold (fila paacutetio) controlaraacute esta entidade e para que ela seja liberada o paacutetio
intermediaacuterio definido pela fila formada no seize (aloca baia) Figura C9 deve ser
menor que a capacidade atribuiacuteda para este paacutetio (que no caso da simulaccedilatildeo eacute 1 com
definido no capiacutetulo 5) e o pulmatildeo deve ser maior que zero ou entatildeo existir no
miacutenimo um silo com granel Se atendida esta condiccedilatildeo a entidade eacute liberada
passando por um route (deslocando a entidade do paacutetio de estacionamento ateacute o
pulmatildeo de expediccedilatildeo e em seguida caso a entidade seja do tipo rodo_trem ela eacute
duplicada no separete (rodo_trem) acessando em seguida o moacutedulo seize (alocaca
baia)
f ila pat iorota patio
c a rre g a m e n toe x i s te v a g a
Tr ue
False
ro ta d i re taa t ri b u i te m p o
i n te rm e d i a ri om a n ob ra p a ti oentra patio rodo
rota direto rodo_direto_cargarodo_direto
rota patio carga rodo_pat io_cargarodo_pat io
terminaljunto ao
aparecemcaminhoes
As s i g n 2 4 1
Re c o rd 5 4
As s i g n 2 4 6
0
0
Figura C9 - Loacutegica do paacutetio rodoviaacuterio
b) Subsistema ferroviaacuterio
No subsistema ferroviaacuterio o processo eacute semelhante ao rodoviaacuterio
diferindo basicamente nos seguintes aspectos
Quando da entrada no terminal seraacute verificado se existe alguma
composiccedilatildeo na linha de carregamento caso natildeo haja esta composiccedilatildeo despende o
tempo relativo a entrada do terminal ateacute o pulmatildeo de expediccedilatildeo ferroviaacuterio route
(rota direto trem) caso exista a composiccedilatildeo se desloca para a linha concorrente
tempo este representado por um route (caminha paacutetio) Figura C10 Da mesma
forma que no subsistema rodoviaacuterio um Hold (fila paacutetio trem) controlaraacute esta
entidade que somente seraacute liberada quando a composiccedilatildeo que existe na linha de
carregamento liberaacute-la
213
Em ambos os casos a entidade seraacute duplicada no modulo separete
(nuacutemero vagotildees) em n vagotildees conforme definido no capiacutetulo 5
c a rre g a m e n tol i n h a d e
Tr ue
False
caminho patio fila patio trem
v a g o e sa t rib u i d a d o s
m a n o b ra d i re t aa t rib u i te m p o
c a rre g a m e n tol in h a d e
m a n o b ra p a raentra patio ferreo
rota direto tremdireto_trem
junto ao terminalap arece mvagoes
Seize 50
0
direto_trem_carga
tremrota patio trem_patio_cargatrem_patio
vagoesnumero
Original
DuplicateRelease 7
A ssign 231
Record 55
A ssign 245
0
0
Figura C10 - Loacutegica do paacutetio ferroviaacuterio
C33 Sistema de carregamento rodo-ferroviaacuterio
O sistema de carregamento rodo-ferroviaacuterio consiste em um pulmatildeo de
expediccedilatildeo rodoviaacuterio e um de expediccedilatildeo ferroviaacuterio o qual satildeo compostos de bicas
de descarregamento
A adequada taxa de carregamento refletiraacute na capacidade do pulmatildeo
respectivas capacidade de vazatildeo das bicas bem como na quantidade de gares ou
baias
No moacutedulo seize (aloca gare) Figura C11 e C12 para o estaacutegio final do
trabalho satildeo variados o nuacutemero de recursos (gares) que seratildeo alocados levando em
consideraccedilatildeo as taxas de carregamento
a) Subsistema rodoviaacuterio
214
Neste subsistema acessado o modulo seize (aloca baia) o sistema de
carregamento estaacute alocado Uma ou mais entidades carretas poderatildeo acessar este
recurso em funccedilatildeo do nuacutemero de baias estabelecidas inicialmente tem-se uma baia
Na sequumlecircncia um Hold (controla carregamento rodo) faz o controle desta
entidade para manter a integridade da loacutegica uma vez que durante o processo de
carregamento diversas situaccedilotildees podem ocorrer Este moacutedulo para liberar a entidade
verifica se
- pulmatildeo tem capacidade maior que o veiacuteculo
- natildeo existe chata no berccedilo nem na aacuterea de fundeio mas existe granel nos
silos
- pulmatildeo maior que zero e granel pulmatildeo diferente do granel da chata
alocada no berccedilo (pois o pulmatildeo deve ser zerado para que receba outro
granel)
- Pulmatildeo maior que zero e granel do pulmatildeo diferente do granel silo (ij)
Atendida uma destas condiccedilotildees a carreta eacute liberada o conjunto de rotinas
estabelecidas pelos decide e assign da Figura C11 compotildee as tarefas de
carregamento e as hipoacuteteses admitidas inicialmente eacute verificado no decide
(transbordo direto ou silos) de forma a encaminhar para os devidos assign se
215
volum e pulm ao
p u lm a o gt (c a p a c _ c a rg a )
(p u lm a o lt = c a p a c _ c a rg a )a n d (p u lm a o gt 0 )
E ls e
car ga com boisr ecebe r est ant e
ou silost r ansbor do r odo dir et o
(c _ c h a ta gt 0 o r(g _ b e rc o (1 )+ g _ b e rc o (2 )gt 0 ))a n d p u lm a o gt = c a p a c _ c a rg a(g p u lm a o _ g b e rc o o rs ilo _ o ld )a n d p u lm a o lt c a p a c _ c a rg a a n d g _ s ilo (p _ s )= = g _ p u lm a o a n d p u lm a o gt 0
(g _ s ilo (p _ s )= = g _ p u lm a o a n d ((c _ fa ra n d v e r_ t_ s ilo a n d c o m p _ t_ s ilo lt = d ia -t_ s ilo (p _ s ))))a n d c _ c h a ta = = 0 a n d p _ s lt = n -rg _ p u lm a o = = 0 a n d ((c _ fa ra n d v e r_ t_ s ilo a n d c o m p _ t_ s ilo lt = d ia -t_ s ilo (p _ s )))a n d p _ s lt = (n -r)a n d c _ c h a ta = = 0
s ilo (c o m p _ p o s _ s ilo )gt 0 a n d ((v e r_ s ilo ))a n d p _ s = = n a n d (v e r_ p u lm a o o rg _ p u lm a o = = 0 )a n d (v e r_ t_ s ilo 1 o rc _ t_ s ilo )(p _ s = = n )a n d ((p u lm a o gt 0 a n d g _ p u lm a o lt gt g _ b e rc o (1 )a n d g _ p u lm a o lt gt g _ b e rc o (2 ))o rp u lm a o gt = c a p a c _ c a rg a )
p _ s = = n
E ls e
Assign 187
r odo
car r egam ent ocont r ola
aloca baia
Decide 106
s ilo (p _ s )lt = (c a p a c _ p u lm a o -p u lm a o )a n d s ilo (p _ s )gt 0 a n d (g _ b e rc o (1 )+ g _ b e rc o (2 )= = 0 )(g p u lm a o _ g b e rc o o rs ilo _ o ld )a n d p u lm a o lt c a p a c _ c a rg a a n d (s ilo (p _ s )gt c a p a c _ c a rg a -p u lm a o )a n d p u lm a o gt 0
g p u lm a o _ g b e rc o a n d p u lm a o lt c a p a c _ c a rg a a n d (s ilo (p _ s )lt = c a p a c _ c a rg a -p u lm a o )(s ilo (p _ s )gt c a p a c _ p u lm a o -p u lm a o )a n d (g _ b e rc o (1 )+ g _ b e rc o (2 )= = 0 )a n d (v e r_ t_ s ilo o r(d ia -t_ s ilo (p _ s )gt = t_ m a x _ s ilo ))
E ls e
Assign 218
Assign 219
Assign 233
Assign 239
r odo
car r egam ent ot em po de
Assign 255
Assign 256
As sign 257
Assign 260
Assign 262
Figura C11 - Processo de expediccedilatildeo do subsistema rodoviaacuterio
- se haacute chatas carregadas no terminal e pulmatildeogt capacidade de carga da
carreta Caso esta condiccedilatildeo seja atendida a carreta eacute carregada e segue viagem
- se o granel do pulmatildeo difere do granel alocado no berccedilo e a quantidade de
carga existente no pulmatildeo eacute menor que a capacidade de carga do veiacuteculo verifica
tambeacutem se haacute algum silo com mesmo tipo de granel existente no pulmatildeo se houver eacute
ainda comparado dentre eles ainda qual eacute o silo que possui mais tempo de estoque
Se estas uacuteltimas condiccedilotildees forem verdadeiras o silo que possui mesmo tipo de carga
com mais tempo de estoque seraacute acionado para completar a carga desta carreta caso
esta uacuteltima condiccedilatildeo natildeo seja verdadeira carreta segue viagem com carga que houver
no pulmatildeo e o zera
216
- se natildeo houver chata no sistema a rotina elaborada procuraraacute o silo que tenha
mesmo tipo de granel do pulmatildeo e se caso existir mais de um silo com o mesmo tipo
de granel do pulmatildeo se daraacute prioridade para o silo que tiver mais tempo de estoque
ou entatildeo ainda se o pulmatildeo estiver vazio o silo acionado para transbordo seraacute o que
dentre todos tenha mais tempo de estoque Deste modo a carreta eacute carregada e segue
viagem
Quando do atendimento de uma destas condiccedilotildees nos assign existente
nesta sequumlecircncia loacutegica a variaacutevel pulmatildeo eacute debitada pela capacidade da carreta No
caso do transbordo direto a variaacutevel pulmatildeo eacute incrementada pela rotina de
descarregamento da chata jaacute descrita jaacute no caso da movimentaccedilatildeo do silo para o
pulmatildeo o deacutebito ocorre na variaacutevel silo(pos_silo) selecionada em funccedilatildeo das
condiccedilotildees mencionadas
Na sequumlecircncia a entidade semi-reboque ou rodo-trem segue para um delay
(tempo de carregamento rodo) que simula o tempo da carga que foi carregada na
carreta em funccedilatildeo do tipo de granel taxa de movimentaccedilatildeo e o tempo de
movimentaccedilatildeo e pesagem da carreta
No assign seguinte eacute subtraiacutedo da variaacutevel c_paacutetio uma unidade e entatildeo
a entidade eacute libera a baia pelo release (libera entidade veiacuteculo)
b) subsistema ferroviaacuterio
Neste subsistema acessado o modulo seize (aloca gare) o sistema de
carregamento estaacute alocado Uma ou mais entidades vagotildees poderatildeo acessar este
recurso em funccedilatildeo do nuacutemero de gares estabelecidas inicialmente tem-se 2 gares
Na sequumlecircncia um Hold (controla descarregamento ferro) faz o controle
desta entidade para manter a integridade da loacutegica uma vez que durante o processo
de carregamento diversas situaccedilotildees podem ocorrer Este moacutedulo para liberar a
entidade verifica se
- natildeo existe chata no berccedilo nem na aacuterea de fundeio e existe granel nos silo
217
- natildeo existe chata no berccedilo nem na aacuterea de fundeio se existe granel nos
silos se o granel do pulmatildeo difere do granel existente nos silos se forem
atendidas estas condiccedilotildees verifica ainda se a soma dos graneacuteis existente
nos silos mais o pulmatildeo eacute maior que a quantidade de vagotildees na linha de
carregamento
- pulmatildeo tem capacidade maior que o vagatildeo ou pulmatildeo tem granel no
entanto este granel difere do granel da chata atracada no cais
Atendida uma destas condiccedilotildees o vagatildeo eacute liberado e o conjunto de
rotinas representada pelos moacutedulas apresentados na Figura C12 compotildee as tarefas
de carregamento e as hipoacuteteses admitidas eacute verificado entatildeo no decide (transbordo
ferro direto ou silos) se forma a encaminhar para os devidos assign se
Figura C12 Processo de expediccedilatildeo do subsistema ferroviaacuterio
- se haacute chatas carregadas no terminal e pulmatildeo maior capacidade de carga
Caso esta condiccedilatildeo seja atendida o vagatildeo eacute carregado e seque viagem
218
- se o granel do pulmatildeo difere do granel alocado no berccedilo e se a quantidade
de carga existente no pulmatildeo eacute menor que a capacidade de carga do vagatildeo verifica
tambeacutem se haacute algum silo com mesmo tipo de granel existente no pulmatildeo se houver eacute
ainda comparado dentre eles ainda qual eacute o silo que possui mais tempo de estoque
Se estas ultimas condiccedilotildees forem verdadeiras o silo que possui mesmo tipo de carga
com mais tempo de estoque seraacute acionado para completar a carga deste vagatildeo Caso
esta uacuteltima condiccedilatildeo natildeo seja verdadeira eacute apurado se a soma de carga de todos os
silos mais o pulmatildeo eacute maior que a capacidade dos vagotildees da composiccedilatildeo que ainda
natildeo foram carregados ou entatildeo eacute o ultimo vagatildeo a ser carregado se esta condiccedilatildeo se
confirmar o vagatildeo recebe a carga restante do pulmatildeo zerando esta variaacutevel liberando
a gare e o pulmatildeo para receber outro tipo de granel
- se natildeo houver chata no sistema a rotina elaborada procuraraacute um silo que
tenha mesmo tipo de granel do pulmatildeo e se caso existir mais de um silo com o
mesmo tipo de granel do pulmatildeo eacute dada maior prioridade para o silo que tiver mais
tempo de estoque ou entatildeo ainda se o pulmatildeo estiver vazio o silo acionado para
transbordo seraacute o que dentre todos tenha mais tempo de estoque Deste modo o vagatildeo
ou vagotildees satildeo carregados e a gare eacute liberad atraveacutes do reliase (libera gare) para os
proacuteximos vagotildees
Eacute importante salientar que caso o carregamento das entidades (vagotildees)
estejam sendo feitas pelo silo no instante em que uma nova chata acessar o terminal
o deacutebito da carga eacute direcionado para o pulmatildeo ateacute que a chata seja atracada e entatildeo
inicia-se novamente o transbordo direto do modal hidroviaacuterio
Quando do atendimento de uma destas condiccedilotildees nos assign existente
neste bloco de moacutedulos a variaacutevel pulmatildeo eacute debitada pela capacidade de carga do
vagatildeo No caso do transbordo direto a variaacutevel pulmatildeo eacute incrementada pela rotina de
descarregamento da chata jaacute descrita jaacute no caso da movimentaccedilatildeo do silo para o
pulmatildeo o deacutebito ocorre na variaacutevel silo(pos_silo) que armazena a posiccedilatildeo do silo
que atender as condiccedilotildees admitidas anteriormente
219
Na sequumlecircncia a entidade semi-reboque ou rodo-trem segue para um
process (tempo de carregamento ferro) que simula o tempo de carregamento em
funccedilatildeo do tipo de granel taxa de movimentaccedilatildeo aleacutem do tempo de movimentaccedilatildeo
dos vagotildees na gare
No assign seguinte eacute subtraiacutedo da variaacutevel c_paacutetio uma unidade E a
entidade posteriormente libera o recurso gare atraveacutes do release (libera gare)
C34 Saiacuteda das entidades carretas pequenas carretas grandes e
vagotildees
a) Egresso setor rodoviaacuterio
Em seguida as entidades acessam o decide (separa entidades) Figura
C13 Tais entidades satildeo separadas segundo o tipo de entidade (carreta pequena
carreta grande) e em seguida o rodo-trem eacute agrupado no batch (uni entidade rodo-
trem) Na sequumlecircncia o semi-reboque passa pelo route (rota saiacuteda) que simula o tempo
de egresso do semi-reboque jaacute o rodo-trem passa por um route (rota saiacuteda rodo) e
assim ambas entidades deixam o sistema
Figura C13 - Egresso do setor rodoviaacuterio
b) Egresso setor ferroviaacuterio
220
No caso da composiccedilatildeo as entidades que representam os vagotildees satildeo
agrupados no batch (forma composiccedilatildeo) Figura C14 e depois de agrupados a
entidade passa por um route (rota saiacuteda composiccedilatildeo) que simula o tempo de egresso
da composiccedilatildeo do terminal deixando o sistema atraveacutes do dispose (saiacuteda composiccedilatildeo
feacuterrea)
saida area carga Rota saida composicao composicaochega para formar
fe rre ac o m p os i c ao
Sa id a
Fo rm a c o m p o rs i c a o
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As s ig n 2 07Libera gares
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u n e v a go e s O r iginal
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v a g oe sSe p ara
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Figura C14 Egresso do setor ferroviaacuterio
C35 Loacutegica de mudanccedilas das taxa de chegada dos modais em funccedilatildeo
dos meses
Foi criada uma rotina de blocos Figura C15 para controlar a mudanccedila
das taxas de chegadas dos modais rodoviaacuterio ferroviaacuterio e hidroviaacuterio a variaacutevel
definida pela variaacutevel taxa (ij) que possui os valores de taxa de chegada para todos
os meses e todos os modais poreacutem separadas em colunas para diferenciar os modais
Esta rotina eacute um loop limitado por um decide (decide 37) que representa
o nuacutemero de meses estimados para este estudo Desta forma cada vez que um ciclo
(loop) eacute completo muda-se uma posiccedilatildeo na linha da variaacutevel mes que representa a
mudanccedila de mecircs os diversos assign seguintes mudam a posiccedilatildeo da coluna da variaacutevel
taxa(mescoluna_mes) que representam a taxa para determinado mecircs de cada modal e
assim as variaacuteveis mensal_rodo(mes) mensal_rodo_t(mes) mensal_ferro(mes)
mensal_chata(mes) e mensal_chata_f(mes) recebem suas taxas para os respectivos
meses em seguida a entidade passa por um delay (dias do mecircs) e reteacutem esta variaacutevel
221
ateacute que o mecircs tenho acabado iniciando todo o ciclo ateacute que todos os meses da
variaacutevel mes_referencia(i) tenham sido acessados e assim a entidade criada eacute
eliminada pelo dispose ou seja tem-se o fim da simulaccedilatildeo
Os creaties create(cria comboio de farelo) (cria comboio de gratildeo)
(cria rodo-trem) (cria caminhatildeo) e (cria trem) criam as suas entidades segundo as
taxas designadas para as variaacuteveis mensal_chata_f mensal_chata mensal_ferro
mensal_rodo e mensal_rodo_t respectivamente em funccedilatildeo dos meses
Adicionalmente existe ainda uma outra variaacutevel (dias_mes) que recebe o
numero de dias para cada respectivo mecircs da variaacutevel mes_referencia(i) uma vez que
cada mecircs possui um nuacutemero diferente de dias em relaccedilatildeo ao mecircs anterior
ro t i n a t a x a m e n s a l
Di s p o s e 1 3
As s ig n 7 3
De c id e 3 7
( m es==7)
Els e
dias do mes
As s i g n 7 4 As s i g n 7 5 As s ig n 7 6
As s i g n 7 8
As s ig n 2 4 2 As s ig n 2 4 3
0
0
Figura C15 Loacutegica de mudanccedila de taxas dos subsistemas (mecircs a mecircs)
C36 A Animaccedilatildeo do Modelo de Simulaccedilatildeo
A Figura C16 representa sistemicamente o funcionamento do terminal
onde pode-se verificar nitidamente o setor hidroviaacuterio representado pelo cais e regiatildeo
de fundeio o setor ferroviaacuterio e representado pela linha ferroviaacuteria e o pulmatildeo de
expediccedilatildeo o setor rodoviaacuterio eacute representado pelo paacutetio rodoviaacuterio e o pulmatildeo de
expediccedilatildeo rodoviaacuterio Jaacute o setor de armazenagem eacute esquematizado pelos moacutedulos de
animaccedilatildeo do arena que representam os niacuteveis dos diversos silos
222
Quant de Granel que Entra no Terminal
c arg a c h a ta
VEIacuteCULOS SAIacuteDA
QUANT COMP OSICcedilOtildeES
QUANT GRANEL SIL O1 QUANT GRANEL SIL O2
T IPO GRANEL
Re g iatilde o de F un de io
E n t ra da Te rmina l
Paacutetio R odo v iaacuter io
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17-03-2002
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Figura C16 - Animaccedilatildeo do modelo
Adicionalmente as Figuras C17 e C18 auxiliam na verificaccedilatildeo dos
resultados de interesse durante o processo de animaccedilatildeo sendo a Figura C17
apresenta os valores quantitativos do sistema de armazenagem e a Figura C18
apresenta valores quantitativos dos modais
Figura C17 Valores quantitativos dos modais
223
Figura C18 Valores quantitativos do setor de armazenagem
ANEXO D
Neste Anexo satildeo apresentadas as Tabelas com as variaccedilotildeesda taxa efetiva de atratividade e o coeficiente efetivo de espera α
225
226
227
228
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232
233
234
ANEXO E
235
Eacute apresentado neste Anexo o arranjo geral do terminal para os cenaacuterios
selecionados
Referecircncias Bibliograacuteficas_________________________________________________________________________________
238
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS