tese da chapa rebele-se ao iv encontro de mulheres da une

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TESE DA CHAPA REBELE-SE AO IV ENCONTRO DE MULHERES DA UNE | ABRIL 2011 Desde 2008, os trabalhadores e as trabalhadoras, em especial os jovens, foram diversas vezes às ruas contra a política dos capitalistas de jogar nas costas do povo o ônus da crise econômica, a maior desde a 2ª Guerra Mundial. Na Grécia, ocorreram cinco greves gerais no último ano. Na França, 2,87 milhões de trabalhadores ocuparam as ruas contra a reforma da previdência e em defesa de empregos e salários. Além disso, mobilizações ocorreram na Irlanda, Portugal, Letônia, Lituânia, Polônia, República Checa, Romênia, Sérvia, Chipre, Itália, na África do Sul e em várias províncias da China. No final do ano passado e início desse ano, foi a vez dos povos africanos e árabes que cansados de conviver com o desemprego e a pobreza em seus países, derrubaram ditaduras. Tunísia, Egito foram exemplo para outros povos se mobilizarem, e várias manifestações clamam por mudanças em Bahrein, Marrocos, Líbia, Irã, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Iêmen, Sudão e Argélia. Mais uma vez, as potências imperialistas (EUA, Inglaterra e França), com o consentimento da carcomida Organização das Nações Unidas (ONU), se unem para jogar bombas sobre um país visando se apossar de seu petróleo. Depois da Iugoslávia, do Iraque e do Afeganistão, agora é a vez da Líbia. O pretexto para a nova agressão imperialista é proteger os civis que estavam sendo mortos pelo exército do reacionário Muamar Khadafi. Teve destaque em todo esse processo a presença ativa das mulheres. Mesmo nos países árabes, que limitam inúmeros direitos das mulheres, sua presença nas lutas foi marcante, numa mostra de indignação e disposição à luta. Nas últimas décadas, a luta das mulheres garantiu grandes avanços sociais. O voto, o divórcio, as leis trabalhistas, contra a discriminação, contra o assédio, contra o abuso e a violência sexuais, foram importantes direitos conquistados. Mas, todas essas lutas ainda não foram suficientes para por fim à opressão e a exploração sofrida pela mulher. MULHERES EM LUTA POR SEUS DIREITOS E POR UM MUNDO NOVO! UNIR AS MULHERES PARA PÔR FIM À CRISE, AO CAPITALISMO E AO MACHISMO Nesse momento de crise do sistema capitalista, as mulheres trabalhadoras são as primeiras afetadas, pois representam quase 40% da população economicamente ativa, mas ganham os menores salários, e por conta disso são quase 70% dos mais pobres do mundo. No Brasil, a crise internacional ainda não teve os mesmos efeitos, mas o atual “ciclo de crescimento” não resultou em uma melhora de vida para as mulheres. Pelo contrário. O governo sustenta o país com o aumento da exploração dos trabalhadores. Contratam-se pessoas, mas os salários estão menores, com menos direitos. As mulheres são utilizadas para regular o preço da mão de obra, porque recebem até 30% menos que um homem na mesma função. Isso piora muito quando falamos das mulheres negras. Sem dúvida, são imensas as barreiras que nós, mulheres, precisamos enfrentar diariamente para vencer os valores e a exploração impostos pelas classes dominantes. De fato, o capitalismo, ao levar a mulher para participar da produção, o fez com o intuito não de emancipá-la, mas de aumentar os seus lucros, isto é, de explorá-la ainda mais do que explora os homens. Hoje, mais do que nunca, a organização e a luta das mulheres precisam se desenvolver, pois com o aprofundamento da crise do sistema capitalista, tem crescido em todo o mundo as tentativas de por fim a vários direitos e aumentar a exploração sobre a mulher e todo o povo. O IV Encontro de Mulheres da UNE deve ser um espaço de luta e mobilização para garantir as mulheres a igualdade de direitos e o fim da exploração capitalista. Entre em contato conosco: www.rebelesenaune.wordpress.com | www.rebeliao.org Mulheres na linha de frente na luta dos povos árabes

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TESE DA CHAPA REBELE-SE AO IV ENCONTRO DE MULHERES DA UNE

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TESE DA CHAPA REBELE-SE AO IV ENCONTRO DE MULHERES DA UNE | ABRIL 2011

Desde 2008, os trabalhadores e as trabalhadoras, em especial os jovens, foram diversas vezes às ruas contra a política dos capitalistas de jogar nas costas do povo o ônus da crise econômica, a maior desde a 2ª Guerra Mundial. Na Grécia, ocorreram cinco greves gerais no último ano. Na França, 2,87 milhões de trabalhadores ocuparam as ruas contra a reforma da previdência e em defesa de empregos e salários. Além disso, mobilizações ocorreram na Irlanda, Portugal, Letônia, Lituânia, Polônia, República Checa, Romênia, Sérvia, Chipre, Itália, na África do Sul e em várias províncias da China.

No final do ano passado e início desse ano, foi a vez dos povos africanos e árabes que cansados de conviver com o desemprego e a pobreza em seus países, derrubaram ditaduras. Tunísia, Egito foram exemplo para outros povos se mobilizarem, e várias manifestações clamam por mudanças em Bahrein, Marrocos, Líbia, Irã, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, Iêmen, Sudão e Argélia.

Mais uma vez, as potências imperialistas (EUA, Inglaterra e França), com o consentimento da carcomida Organização das Nações Unidas (ONU), se unem para jogar bombas sobre um país visando se apossar de seu petróleo. Depois da Iugoslávia, do Iraque e do Afeganistão, agora é a vez da Líbia. O pretexto para a nova agressão imperialista é proteger os civis que estavam sendo mortos pelo exército do reacionário Muamar Khadafi.

Teve destaque em todo esse processo a presença ativa das mulheres. Mesmo nos países árabes, que limitam inúmeros direitos das mulheres, sua presença nas lutas foi marcante, numa mostra de indignação e disposição à luta.

Nas últimas décadas, a luta das mulheres garantiu grandes avanços sociais. O voto, o divórcio, as le is trabalhistas, contra a discriminação, contra o assédio, contra o abuso e a violência sexuais, foram importantes direitos conquistados. Mas, todas essas lutas ainda não foram suficientes para por fim à opressão e a exploração sofrida pela mulher.

MULHERES EM LUTA POR SEUS DIREITOS E POR UM MUNDO NOVO!

UNIR AS MULHERES PARA PÔR FIM À CRISE, AO CAPITALISMO E AO MACHISMO Nesse momento de crise do sistema capitalista, as

mulheres trabalhadoras são as primeiras afetadas, pois representam quase 40% da população economicamente ativa, mas ganham os menores salários, e por conta disso são quase 70% dos mais pobres do mundo.

No Brasil, a crise internacional ainda não teve os mesmos efeitos, mas o atual “ciclo de crescimento” não resultou em uma melhora de vida para as mulheres. Pelo contrário. O governo sustenta o país com o aumento da exploração dos trabalhadores. Contratam-se pessoas, mas os salários estão menores, com menos direitos. As mulheres são utilizadas para regular o preço da mão de obra, porque recebem até 30% menos que um homem na mesma função. Isso piora muito quando falamos das mulheres negras.

Sem dúvida, são imensas as barreiras que nós, mulheres, precisamos enfrentar diariamente para vencer os valores e a exploração impostos pelas classes dominantes. De fato, o capitalismo, ao levar a mulher para participar da produção, o fez com o intuito não de emancipá-la, mas de aumentar os seus lucros, isto é, de explorá-la ainda mais do que explora os homens.

Hoje, mais do que nunca, a organização e a luta das mulheres precisam se desenvolver, pois com o aprofundamento da crise do sistema capitalista, tem crescido em todo o mundo as tentativas de por fim a vários direitos e aumentar a exploração sobre a mulher e todo o povo.

O IV Encontro de Mulheres da UNE deve ser um espaço de luta e mobilização para garantir as mulheres a igualdade de direitos e o fim da exploração capitalista.

Entre em contato conosco: www.rebelesenaune.wordpress.com | www.rebeliao.org

Mulheres na linha de frente na luta dos povos árabes

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A luta pelo o direito a Creche nas pelo movimento, pois o que percebemos, é que essas Universidades Públicas Federais tem sido uma luta de creches não atendem aos filhos dos estudantes, ou da longos anos. Pela forte mobilização das mulheres comunidade.trabalhadoras, em 1972 na Universidade Federal do As creches na maioria das vezes estão Rio Grande do Sul foi criada a Creche Francesca Zácaro desvinculados dos centros de educação das próprias identificada como a primeira creche de universidade universidades, sem cumprir assim com seus objetivos federal. que seriam: garantir o direito à creche aos filhos das

Hoje das 52 Instituições Federais de Ensino trabalhadoras e trabalhadores das (IFES), aos filhos dos Superior (IFES), apenas 19 tem creches e 33 continuam estudantes, apoio à comunidade e estágios na área, sem garantir esse direito as trabalhadoras e garantindo assim um espaço que além de proporcionar estudantes. Mas com a aprovação do direito à creche a assistência estudantil e os direitos trabalhistas se no local de trabalho para as mulheres e homens transforme em um local de aprendizado, pesquisa, e servidores das universidades federais (Decreto nº extensão.93.408, de 10/10/1986), direito esse que passa a ser, Devemos ter como exemplo a luta das um direito trabalhista, esse quadro passa a mudar em trabalhadoras que em plena ditadura militar lutavam alguns locais. Entretanto, as necessidades da não só pelo direito a creche, direito a amamentar os comunidade universitária estão longe de serem seus filhos nos locais de trabalho, mas principalmente atendidas, mesmo com várias vitórias conquistadas por uma sociedade democrática, livre e soberana.

POR CRECHES EM TODAS AS UNIVERSIDADES!

São mulheres de diferentes cidades do Brasil. Algumas amamentavam. Outras, grávidas, tiveram seus filhos na prisão ou, com a violência sofrida, abortaram. Não mereciam o inferno pelo qual passaram, quaisquer fossem os crimes que tivessem cometido. E não cometeram. Eram estudantes, professoras, jornalistas, médicas, assistentes sociais, donas de casa. Quase todas militantes, inconformadas com a ditadura militar que em 1964 implantou o terror no país. Foram presas, torturadas, violentadas. Muitas morreram ou desapareceram lutando acreditando na conquista de um mundo livre da exploração a que estamos submetidos.

É um absurdo viver num mundo que não foi capaz de impedir crimes hediondos contra mulheres indefesas, cometidos por assassinos inescrupulosos em nosso país. A lembrança de crimes tão monstruosos contra a maternidade, contra a mulher, contra a dignidade feminina, contra a vida, é doloroso e indignante. O movimento estudantil e a União Nacional dos Estudantes – UNE devem realizar uma campanha em todas as universidades e na sociedade exigindo do governo federal, a abertura imediata dos arquivos da Ditadura Militar e a punição dos responsáveis e assassinos!

PELA ABERTURA DOS ARQUIVOS DA DITADURA!

CONHEÇA UM POUCO DAS PERSONAGENS DESSA PÁGINA DE NOSSA HISTÓRIA

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Durante o processo de industrialização do Brasil, a Também o desemprego atinge principalmente a participação feminina no mercado de trabalho avançou mulher. Segundo o Dieese, 61,6% dos desempregados significativamente. Hoje, elas já correspondem à metade brasileiros em 2007 eram mulheres. Na Região da classe trabalhadora e chefiam 30% dos lares brasileiros. Metropolitana de São Paulo, a taxa de desocupação No entanto, isto constitui um avanço relativo. Na medida feminina chegou a 17,8% no ano passado, contra 12,3% em que a industrialização levou a mulher para o mercado dos homens. de trabalho, o desenvolvimento capitalista criou um mar As mulheres também continuam em desvantagem de contradições e uma situação em relação aos salários. O rendimento amplamente desfavorável a ela, pois, médio por hora das trabalhadoras além de trabalhar fora e receber um corresponde a 74,6% do que ganham os s a l á r i o m e n o r, e l a a i n d a é homens no Distrito Federal (maior responsável por educar os filhos e diferença) e a 84,3% no Recife (menor pelas tarefas domésticas. desigualdade). Segundo a ONU, 70% do

Mas, sem dúvida, sobram trabalho mundial é feito por mãos para as trabalhadoras os piores femininas, mas as mulheres recebem postos de trabalho. Segundo a apenas 10% do salário mundial.Organização Internacional do A falta de independência Trabalho (OIT), de 1996 a 2006, cresceu em 100 milhões a econômica já é a primeira grande violência contra a participação da mulher no mercado, porém, “muitos mulher. Ela é tida como importante para os meios de desses trabalhos são em empresas menores, não produção e reprodução do capitalismo e ao mesmo tempo sindicalizadas, onde as mulheres têm menos poder de desprestigiada, ao receber salários menores que o dos barganha e menos possibilidade de melhorar sua homens. Essa condição coloca muitas mulheres pobres na situação”. situação de manter-se com um marido mesmo sofrendo

Um fato que reflete essa realidade é que grande violência física. parte das mulheres que trabalham fora permanecem no Assim, no capitalismo, a ida da mulher para o trabalho doméstico em outras residências. No Brasil, por mercado de trabalho não a emancipou, mas tornou-a exemplo, seis milhões de mulheres que trabalham são ainda mais explorada e oprimida enquanto trabalhadora. empregadas domésticas. Para se ter uma idéia só em São As limitações impostas para as mulheres são muito Paulo cerca de um quinto das trabalhadoras faz esse tipo pesadas, e é urgente que avancemos nessa organização e de trabalho. luta para garantir a nossa verdadeira emancipação.

A MULHER E O MERCADO DE TRABALHO

De 4 a 8 de março, cerca de 2.000 mulheres vindas 40 países, participaram da Primeira Conferência Mundial de Mulheres de Base, na cidade de Caracas, Venezuela. O Brasil esteve representado por 21 delegadas, de oito estados, do Comitê pelos Direitos da Mulher e pelo Socialismo Olga Benário.

Em todos os grupos, as delegadas tiveram a possibilidade de compartilhar experiências, conhecer diferentes realidades, discutir os problemas que sofrem as mulheres e principalmente desenvolver propostas para o fim da exploração e da opressão das mulheres trabalhadoras.

Foi unânime o entendimento de que o grande responsável pela exploração e opressão da mulher em todo o mundo é o sistema capitalista, fortalecido por uma cultura patriarcal, só sendo possível a emancipação efetiva da mulher com a construção da sociedade socialista. Nas discussões, ficou clara a necessidade de desconstruir os conceitos patriarcais que estimulam a violência contra a mulher, bem como as desigualdades no mercado de trabalho, fortalecendo os exemplos de luta e as datas comemorativas como o 8 de março e o 25 de novembro, dia latino-americano contra a violência à mulher.

Ao final, a Conferência reafirmou em sua resolução que a libertação integral da mulher só é possível com a transformação radical da sociedade capitalista em socialista. Somente em uma sociedade na qual não seja aceita a exploração entre seres humanos, em que todos tenham igualdade de condições para se desenvolverem, na qual todos sejam realmente iguais e os relacionamentos não se baseiem em relações de propriedade, só aí é que teremos plenas condições materiais para eliminar todas as formas de opressão a que as mulheres historicamente são submetidas.

VENEZUELA SEDIOU CONFERÊNCIA MUNDIAL DE MULHERES DE BASE

Mulheres são vítimas de menores salários

Delegação brasileira contou com 21 mulheres

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Um dos reflexos do machismo casos se fortalecendo. declaram que sua primeira relação predominante em nossa sociedade é a Segundo a da OMS (Organização sexual foi forçada.violência que a mulher sofre Mundial de Saúde), uma em cada cinco É importante para as classes simplesmente por ser mulher. Os mulheres no mundo diz ter sofrido dominantes nos fazer pensar que essa constantes casos de mulheres abuso sexual antes dos 15 anos de situação é natural, que as mulheres violentadas por homens são uma idade. O Informe Mundial sobre nasceram para se subordinarem aos demonstração do poder deles sobre interesses dos homens. Assim podem elas. Na maioria das vezes, essa explorá-la com mais facilidade e ainda violência acontece entre pessoas criar uma divisão que enfraquece a muito próximas. Os agressores das luta do nosso povo. É por isso que os mulheres costumam ser seus maridos, meios de comunicação investem tanto namorados, pais, parentes, colegas de para perpetuar esses pensamentos trabalho, etc. atrasados. Utilizam as mulheres como

Isso contribui para fortalecer um meros objetos sexuais, mercadoria a sentimento de insegurança nas disposição dos homens, como uma mulheres, levando a dificuldades de cerveja, um cigarro ou um carro. denunciar e de reagir contra essa A lei Maria da Penha foi fruto de situação. É importante lembrar que avanço das lutas das mulheres para Violência e Saúde de 2002 da mesma são as mulheres pobres que sofrem punir os seus agressores, porém temos OMS, alerta que quase metade das com essa situação. São elas, por que ir mais além, pois a questão da mulheres assassinadas são mortas e x e m p l o , q u e c o n v i v e m violência contra a mulher é fruto de pelo marido ou namorado, atual ou ex. constantemente com a violência todo um sentimento de superioridade A v i o l ê n c i a r e s p o n d e p o r dentro de casa por dependerem dos homens, criado historicamente na aproximadamente 7% de todas as financeiramente do marido agressor. sociedade devido à divisão em classes mortes de mulheres entre 15 a 44 anos Essa “superioridade” do homem sobre sociais com diferentes interesses, e no mundo todo. Em alguns países, até mulher continua, em pleno século XXI, que favorece até hoje as classes 69% das mulheres relatam terem sido não só existindo como em muitos dominantes. agredidas fisicamente e até 47%

Na universidade também estão presentes a imposição da mercantilização do corpo da mulher e a imposição de padrões estét icos. O movimento estudantil e a UNE não podem reproduzir esse valores em calouradas, festas, bienais, trotes, etc...

Recentemente, os estudantes da UNESP ficaram tristemente famosos pela organização de uma repugnante atividade nomeada “rodeio das gordas”. Este e outros tipos de ações “engraçadinhas” precisam ser repudiadas pelos estudantes.

O movimento estudantil e a UNE precisam aprofundar seus debates e ações acerca da situação da mulher e ir muito além das aparências. O IV EME deve contribuir para colocarmos no dia-a-dia do movimento estudantil essa discussão, contribuindo para a construção de uma p r á t i c a s o c i a l v e r d a d e i r a m e n t e democrática, inclusive entre os próprios militantes do movimento estudantil brasileiro.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UMA TRISTE REALIDADE!

O M.E. E AS MULHERES ABORTO É QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA!

Você é contra ou a favor do aborto? Foi o que mais ouvimos na última campanha eleitoral. Mas quase nada se discutiu sobre quais são, de fato, as consequências do aborto continuar sendo um crime em nosso país. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, uma em cada sete brasileiras de 18 a 39 anos já fez aborto. Para piorar, o aborto inseguro causa milhares de mortes no Brasil e milhões no mundo.

Entretanto, isso não afeta todas as mulheres de todas as classes. As pesquisas mostram que essas mortes estão diretamente ligadas às condições financeiras. Ou seja, quem tem dinheiro paga uma clínica particular, com profissionais mais capacitados, tendo muito mais segurança, quem não tem corre os riscos em clínicas clandestinas que funcionam sem as devidas condições.

Do ponto de vista da saúde pública, podemos afirmar que, no Brasil, o aborto é a prática de saúde perpassada pelas maiores injustiças e desigualdades ligadas à situação socioeconômica das mulheres.

A luta pela descriminalização do aborto tem haver com a saúde da mulher, para que ela possa viver plenamente, com dignidade, tenha acesso a métodos anticoncepcionais, a planejamento familiar. A UNE em parceria com as UEE´S; DCE´S e CA´S no dia

uma ampla campanha através de debates, palestras, oficinas nas universidades e na sociedade para garantirmos que seja aprovado em nosso país a LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, pois essa é uma questão de saúde pública!

28 de setembro, dia Latino-Americano pela descriminalização do Aborto, deve realizar

Debate Violência contra Mulher - REBELE-SE