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iii TERMO DE APROVAÇÃO CLEVERSON EDUARDO UMEZAKI AVG VEÍCULO AUTO-GUIADO Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia da Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte banca examinadora: Prof. Laerte Davi Cleto Prof. Adriana Cursino Thomé Prof. José Carlos Cunha Curitiba, 08 de Novembro de 2004

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iii

TERMO DE APROVAÇÃO

CLEVERSON EDUARDO UMEZAKI

AVG – VEÍCULO AUTO-GUIADO

Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de

Engenharia da Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte

banca examinadora:

Prof. Laerte Davi Cleto

Prof. Adriana Cursino Thomé

Prof. José Carlos Cunha

Curitiba, 08 de Novembro de 2004

iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por me proporcionar à vida e a saúde

necessária para que eu possa realizar mais uma etapa da minha vida.

Agradeço a minha mãe e minha tia que sempre estavam por perto para

poderem me auxiliar nas horas mais difíceis. Agradeço ao meu pai que mesmo

estando tão longe pode me proporcionar este curso de graduação e sempre me

incentivou, me motivando a nunca desistir de meus objetivos e nunca desviar

do meu caminho. Agradeço a minha namorada, fiel companheira, que só ela

fez por mim o que ninguém mais poderia ter feito.

v

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12

2.DESCRIÇÃO ...................................................................................................... 14

2.1. Módulo Servidor ............................................................................................. 16

2.2. Módulo de Transmissão/Recepção ................................................................ 16

2.3. Módulo Veículo Auto-Guiado ......................................................................... 17

3.ESTUDO TEÓRICO ........................................................................................... 18

3.1. Transmissão e Recepção de Radiofreqüência ............................................... 18

3.2. Sensor LDR .................................................................................................... 18

3.3. Sensores Magnéticos ..................................................................................... 20

4.ESPECIFICAÇÃO DO HARDWARE .................................................................. 22

4.1. Transmissor RT e Receptor RR ..................................................................... 22

4.2. Codificadores e Decodificadores .................................................................... 22

4.3. Microprocessador 8951 .................................................................................. 23

4.4. Sensores ........................................................................................................ 23

4.5. Diagrama em blocos do sistema .................................................................... 24

5.ESPECIFICAÇÃO DO SOFTWARE ................................................................... 26

5.1. Firmware ........................................................................................................ 26

5.2. Controle dos caminhos................................................................................... 26

5.3. Diagrama em blocos do sistema .................................................................... 27

6.ESPECIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DO PROJETO ............................................. 28

7.PROJETO DE HARDWARE ............................................................................... 29

7.1. Projeto de Hardware do Veículo Auto Guiado ................................................ 29

7.1.1.Microcontrolador 8951 .................................................................................. 29

7.1.2.Circuito Receptor .......................................................................................... 30

7.1.3.Circuito Ldr1 e Ldr2 ...................................................................................... 32

7.1.4.Circuito Ldr3 ................................................................................................. 33

7.1.5.Circuito Transmissor..................................................................................... 34

7.1.6.Circuito dos Motores .................................................................................... 35

7.1.7.Sensor Magnético ........................................................................................ 37

7.2. Projeto do Transmissor e Receptor ................................................................ 38

vi

7.3. Projeto de Firmware ....................................................................................... 38

7.4. Projeto de software ........................................................................................ 41

7.4.1.Algoritmo de menor caminho ........................................................................ 41

7.4.2.Interface com o usuário ................................................................................ 42

8.IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................................ 43

8.1. Veículo auto-Guiado ...................................................................................... 43

8.2. Transmissor/Receptor .................................................................................... 44

8.3. Motores .......................................................................................................... 45

8.4. Microcontrolador 8951.................................................................................... 45

9.TESTES DE IMPLEMENTAÇÃO ....................................................................... 47

9.1. Teste Veículo Auto-Guiado ............................................................................ 47

9.2. Teste Ponto de Referência ............................................................................. 47

9.3. Teste de transmissão via Radiofreqüência .................................................... 47

10. CONCLUSÃO ................................................................................................ 49

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 50

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Trajetória definida e identificações de pontos de referência. ............ 14

Figura 2 – Módulos utilizados. ................................................................................... 15

Figura 3 – Sensor magnético. .................................................................................... 20

Figura 4 – Posicionamento dos sensores com perfil inferior. ............................... 24

Figura 5 – Módulo de comunicação PC-Transmissor-Receptor .......................... 24

Figura 6 – Módulo AGV – Veículo Auto-Guiado ..................................................... 25

Figura 7 – Módulo Software ...................................................................................... 27

Figura 8 – Pinagem conectada ao kit 8031. ............................................................ 30

Figura 9 – Esquemático do Receptor. ...................................................................... 31

Figura 10 – Circuito Ldr1 e Ldr2 acionado pela Luz. ............................................. 32

Figura 11 – Colocação dos sensores. ...................................................................... 33

Figura 12 – Mudança de direção para direita. ........................................................ 33

Figura 13 – Circuito Ldr3 acionado pela sombra.................................................... 34

Figura 14 – Esquemático do circuito transmissor. ................................................. 35

Figura 15 – Ponte H, Q1 e Q3 conduzindo. ............................................................ 36

Figura 16 – Ponte H, Q2 e Q4 conduzindo. ............................................................ 36

Figura 17 – Circuito utilizando Ponte “H”. ................................................................ 37

Figura 18 – Sensor Magnético. ................................................................................. 38

Figura 19 – Fluxograma do sistema. ........................................................................ 40

Figura 20– Interface com o usuário. ......................................................................... 42

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valores de freqüência de oscilação. ..................................................... 31

Tabela 2 – Descrição dos sensores e ação do veículo. ........................................ 35

Tabela 3 – Descrição de ação dos motores. ........................................................... 37

ix

LISTA DE ANEXOS

Anexo I – Diagrama esquemático do circuito do veículo...................................51

x

RESUMO

Este trabalho descreve a implementação de um veículo auto-guiado

controlado via radiofreqüência por um computador remoto. A meta é fazer com

que o veículo se locomova de forma independente, guiado por uma marcação

com fita preta sob o solo, estabelecendo uma trajetória entre pontos de partida

e de chegada, fornecidos pelo usuário. Veículos auto-guiados são utilizados

para transporte de equipamentos dentro de uma empresa sem a necessidade

de um operador para este veículo. O veículo navega em caminhos previamente

definidos. A transmissão e recepção de dados, através de radiofreqüência, é

necessária para troca de informações sobre localização, do veículo para o

computador e a tomada de decisões sobre a rota a ser tomada do computador

para o veículo. Um software de grafos e nós, um algoritmo de menor caminho,

determinam a inteligência artificial do sistema, fornecidos através do

computador remoto.

xi

ABSTRACT

This work describes the implementation of a auto-guided vehicle

controlled by radio frequency from a remote computer. The goal is to achieve

that the vehicle moves in an independent form, guided for a marking with black

ribbon on the ground, establishing a trajectory between start and finish points,

defined by the user. Auto-guided vehicles are used for equipment transport

inside of a company without the necessity of an operator for this vehicle. The

vehicle sails in previously definite way. The transmission and reception of data

through radio frequency are necessary for exchange of information on

localization the vehicle to the computer and the taking of decisions on the route

to be taken by the computer for the vehicle. An algorithm of shortest path and

alternative route run in the remote computer determine the artificial intelligence

of the system.

12

1. INTRODUÇÃO

O interesse no processo de auto-guiar um veículo pode ser encontrado

desde a criação dos veículos. Esse interesse deve-se ao constante avanço dos

sistemas de produção, entretenimento e transporte que possuem algum tipo de

automação e com a evolução de sistemas de controle baseados em

computadores.

O sistema de auto-guiar um veículo pode ser implementado, utilizando

uma larga gama de sensores existentes atualmente, dentre eles, sensores de

Ultra-som, infra-vermelho, câmeras de vídeo e GPS, porém ainda existe a

possibilidade de encontrar novas formas de implementar um solução para

determinar uma navegação com maior eficiência [1].

Os fatores preço do sistema e custos de mudança e manutenção ainda

são fatores decisivos para implementação de um sistema auto-guiado. Para

executar uma mudança de trajetória o sistema deve se comportar de maneira

genérica. Desta forma será possível criar um sistema com baixo custo para

alterações e manutenções.

A maior parte dos veículos auto-guiados ainda é feita sob encomenda,

projetados e definidos de acordo com as especificações de cada empresa.

Existem diversos projetos de auto-guiar veículos sendo implantados,

porém ainda existe grande dificuldade em identificar a localização do veículo

para uma navegação precisa. Muitos destes projetos utilizam a navegação via

satélite (GPS) o que acaba aumentando o valor do projeto e inviabilizandoo

sistema para aplicações mais modestas.

A utilização de meios computacionais para resolver o problema de

localização, será essencial para a realização de um projeto eficiente, uma vez

que será necessária obter a localização correta do veículo para que seja

executada a próxima instrução do sistema.

O principal objetivo do projeto é desenvolver um mecanismo de

automação que poderá ser utilizado em empresas de pequeno e médio porte,

13

para transporte e peças, correspondências e objetos em geral, entre setores e

uma empresa.

A principal dificuldade será em identificar uma trajetória para locomoção

do veículo, sendo que deverá ser coletado o maior número de informações

necessárias para uma navegação eficaz. A aplicação dos sensores adequados

para confrontar cada uma das informações fornecidas pelo mapa do trajeto é

de extrema importância.

14

2. DESCRIÇÃO

O projeto a ser realizado é um sistema de auto-guiar um veículo,

baseado em trajetórias definidas e identificadas através de um fita preta fixada

ao solo.

Serão identificados, por meios de imãs, os pontos de referência para

localização do veículo dentro dos caminhos conforme mostra a Figura 1.

Figura 1 – Trajetória definida e identificações de pontos de referência.

Um servidor estático conterá o software que interage com o usuário.

Este por sua vez, irá identificar o ponto de início e o ponto final dentro da

trajetória, para após, ser processado o melhor caminho para percorrer o trajeto.

Definido o trajeto, serão enviadas as informações ao veículo através de

radiofreqüência. O veículo executará a ação de acordo com a trajetória definida

por meio do software em um servidor estático. Ao identificar um ponto de

15

referência o veículo envia essa informação apor meio de radiofreqüência para o

computador, que irá associar o ponto de referência à trajetória, atualiza a

informação e envia novos dados de ação ao veículo.

Para que o veículo possa se movimentar sem sair de sua rota, serão

utilizados 2 sensores LDR. O primeiro será o sensor central que estará

constantemente em contato com a fita preta, identificando e enviando as

informações para o microcontrolador. O segundo e terceiro, que estarão nas

extremidades direita e esquerda, serão utilizados para corrigir o veículo, caso

esteja saindo de sua trajetória permitindo alterar sua rota para direita ou

esquerda de acordo com as informações recebidas dos sensores.

Para a localização será utilizado um sensor magnético que irá identificar

os pontos de referências fixados ao solo.

O sistema é composto de 3 módulos distintos, conforme mostra a Figura

2:

Módulo Servidor;

Módulo de Transmissão/Recepção;

Módulo Veículo Auto-Guiado.

Figura 2 – Módulos utilizados.

16

2.1. Módulo Servidor

É neste módulo onde estará implementado o software onde serão

tomadas todas as decisões de movimentação do veículo, enviando os dados

através de porta paralela, que serão transmitidas pelo transmissor. Informações

sobre a localização do veículo, que chegaram pelo receptor, também serão

recebidas através da porta paralela.

O software define os pontos de saída e de chegada do veículo. Após a

definição dos pontos inicial e final, um algoritmo define o melhor caminho,

identificando a rota que o veículo irá seguir.

2.2. Módulo de Transmissão/Recepção

Este módulo será responsável pela transmissão e recepção das

informações necessárias para o correto funcionamento do sistema. Estas

informações serão transmitidas através de radiofreqüência, sendo que deverão

ser utilizados, dois transmissores e dois receptores. Para que não haja colisão

de informações, já que ambas os transmissores funcionam em uma freqüência,

quando o transmissor do módulo envia dados para o servidor estático, ele

desabilita o receptor. O mesmo comportamento é realizado pelo módulo de

transmissão/recepção acoplado ao servidor estático.

O transmissor terá acoplado um codificador de dados necessário para

enviar os dados seriais para o transmissor. Já o receptor possui um

decodificador para disponibilizar os dados seriais em linhas de dados para que

estes possam ser disponíveis na porta paralela.

17

2.3. Módulo Veículo Auto-Guiado

No veículo estará a maior quantidade de componentes para o

funcionamento do projeto. Estarão acoplados ao veículo 2 sensores LDR, 1

sensor magnético, 1 chave dipswitch, 1 microprocessador 8951, uma antena

receptora e transmissora de sinal, 2 motores DC, 2 rodas independentes e

baterias para alimentação dos circuitos.

Serão utilizados 2 motores para movimentação do veículo, a

implementação do veículo com 2 rodas somente, visa facilitar as manobras

realizadas pelo veículo dentro da rota que irá executar. Há uma rodas

independente que servem somente para apoio do veículo [2].

Para que haja uma troca de informações o veículo contará ainda com

um módulo de transmissão/recepção de dados, conforme descrito no item 2.2.,

que será necessário para que o veículo possa enviar as informações de

localização e para receber dados de controle do microprocessador.

O veículo será independente, quando estiver em movimento, para que

não desvie de sua rota e siga corretamente a fita fixada ao solo e dependerá de

comandos do software quando estiver sob um ponto de referência para

continuar o caminho.

18

3. ESTUDO TEÓRICO

3.1. Transmissão e Recepção de Radiofreqüência

Para projetos de radiofreqüência, sempre imaginamos um transmissor

básico de FM. Para que seja possível a utilização deste transmissor deve-se

montar um receptor e este deve entregar o sinal recebido a um outro circuito

com filtros PLL. Estes circuitos possuem ajustes complexos. Um circuito

receptor deste tipo teria cinco regulagens no total, sendo uma no trimmer do

transmissor e mais quatro para PLL’s. Somando todas as regulagens teríamos

no total, dez regulagens, sendo cinco no transmissor, uma no trimmer do

receptor e mais quatro para os geradores de tom e cinco no receptor [3].

Toda e qualquer regulagem em radiofreqüência é sempre complexa,

todos os “corpos” próximos ao circuito podem atrapalhar uma boa regulagem.

Dependendo da região é grande o número de rádios comunitárias, legais e

piratas no espectro. A partir da complexidade em montar e regular um sistema

de transmissão e recepção de sinais de radiofreqüência será utilizado no

projeto um par de transmissor e receptor pronto, denominados RT e RR. O RT

é um transmissor e o RR um receptor.

Estes módulos não necessitam de nenhum tipo de regulagem, tendo uso

direto, podendo operar em freqüências entre 300 e 400MHz e o formato de

transmissão dos dados é digital.

3.2. Sensor LDR

Os LDR´s são dispositivos semicondutores que quando expostos à luz

aumentam sua condutividade. O comprimento de onda (l) da luz incidente

sobre o LDR tem influência sobre sua resistência - é a chamada Resposta

19

Espectral. Os LDRs são como o olho humano, não apresentam a mesma

sensibilidade para as mesmas cores de luz.

O pico de sensibilidade do LDR ocorre aproximadamente em 5100

ângstron. Nessa faixa de comprimento de onda, a luz é vermelha-alaranjada.

Através desse gráfico, notamos ainda que o LDR é mais sensível do que o olho

humano, cobrindo uma faixa maior de comprimentos de onda, chegando a ser

sensibilizado mesmo pelo infra-vermelho, o que sugere algumas aplicações

interessantes para esse componente.

A variação da resistência de um LDR em função de uma variação de

iluminação não se dá instantaneamente. Se o componente for deslocado de

uma região de iluminação para uma região de escuro total, sua resistência não

aumentará instantaneamente, apresentando uma resposta, na prática, em

torno de 200K ohms/s.

Isso significa que, estando iluminado de modo a apresentar uma

resistência de 1000 ohms (1K), cortando-se essa luz o LDR demora cerca de 5

segundos para atingir a resistência de 1M ohms.

Passando o LDR do escuro total para uma região de certa iluminação,

verifica-se uma variação de resistência mais rápida, decrescendo com grande

velocidade (cerca de 10 ms para passar de 1M ohms para 1000 ohms).

Em geral, o tempo de resposta dos LDR´s de CdSe é cerca de dez

vezes menor que o tempo de resposta dos LDR´s de CdS.

A resistência máxima (no escuro) de um LDR deve ficar entre 1M ohms

e 10M ohms, dependendo do tipo, e a resistência sob iluminação ambiente

tipicamente fica entre 75 e 500 ohms.

Uma forma simples de se verificar essa característica dos LDRs é utilizar

um multímetro em escala de resistência (Rx100). Com o LDR iluminado, o

multímetro deve indicar a resistência mínima. Cobrindo-se o LDR, de modo que

nenhuma luz o atinja, sua resistência deve ser máxima (se necessário, utilize a

escala Rx1000 para notar essa variação).

O processo de construção de um LDR consiste na conexão do material

foto-sensível com os terminais, sendo que uma fina camada é simplesmente

exposta à incidência luminosa externa.

20

Conforme aumenta a intensidade de luz incidente no LDR, um número

maior de elétrons na estrutura tem também seu nível de energia aumentado,

devido à aquisição da energia entregue pelos fótons. O resultado é o aumento

de elétrons livres e elétrons fracamente presos ao núcleo. Conseqüentemente,

ocorre uma diminuição da resistência.

Uma característica importante do LDR é o fato da variação de sua

resistência frente a uma variação de iluminação independer do sentido de

percurso da corrente que por ele circula. Por isso, é perfeitamente possível o

seu emprego em corrente alternada.

Existem LDR´s para potências altas e tensões de trabalho tão elevadas

que podemos inclusive utilizá-los diretamente com a tensão da rede AC.

Por ser um elemento semicondutor, o LDR sofre também influência da

temperatura, sendo sua resistência decrescente com a elevação da mesma.

Os LDR´s mais comuns são os de 1 cm e 2,5 cm de diâmetro,

diferenciando-se principalmente pela sua capacidade de corrente, já que o LDR

com uma superfície maior, além de apresentar maior sensibilidade também

apresenta uma maior capacidade de dissipar calor, conseguindo controlar

correntes mais intensas. Um LDR de 2,5 cm, por exemplo, pode controlar

diretamente a corrente da bobina de um relé sensível, e até mesmas lâmpadas

de baixa potência.

3.3. Sensores Magnéticos

O tipo mais comum de sensor magnético é o interruptor de lâminas ou

reed-switch, observado na Figura 3.

Figura 3 – Sensor magnético.

21

Esse sensor é formado por lâminas em um bulbo de vidro com um gás

inerte. O gás inerte é usado para prolongar a vida dos contatos evitando a

oxidação. Existem sensores com duas ou mais lâminas, conforme mostra a

mesma figura.

No tipo NA, normalmente aberta, as lâminas estão afastadas uma da

outra de modo a manter o circuito aberto.

Quando o campo magnético de um imã ou de uma bobina age sobre as

lâminas, magnetizando-as, aparece uma força de atração que une essas

lâminas fechando circuito em que o dispositivo está ligado [4].

Pode ser observado, na Figura 3, qual deve ser a orientação do campo

de imã para uma ação eficiente sobre um sensor de lâminas.

22

4. ESPECIFICAÇÃO DO HARDWARE

Este projeto contará com uma parte de hardware complexa necessária

para a funcionalidade do sistema. Será dividido em vários itens, que estarão

presentes em diferentes partes do sistema conforme descrição do projeto.

4.1. Transmissor RT e Receptor RR

Estes módulos farão a comunicação entre PC-Veículo, Veículo-PC

enviando e recebendo todas as informações necessárias para o funcionamento

do sistema. Não requerem nenhum tipo de regulagem, pois seu uso é direto, já

vêm regulados de fábrica. São preparados para operar em freqüências “altas”,

entre 300 e 400 MHz e o formato de transmissão e recepção dos dados é

digital.

O projeto irá utilizar uma comunicação bidirecional (full-duplex),

necessitando dois pares de transmissor e receptor, vide item 2.2. [3].

4.2. Codificadores e Decodificadores

O codificador tem como finalidade receber as informações necessárias

através de entrada de dados e enviar as informações serialmente para o

módulo transmissor.

O decodificador receberá as informações serialmente do receptor que

serão dispostos em linhas de dados.

Um ponto importante que deve ser tratado é o sincronismo. Para isso

serão utilizados CI’s que possuam redes de temporização formadas por

resistores e capacitores. Estas freqüências devem ser iguais. As freqüências

também serão responsáveis pela velocidade de transmissão e recepção dos

23

dados. É importante que esta esteja dentro da taxa máxima do sistema de

transmissão e recepção.[3]

4.3. Microprocessador 8951

O projeto utiliza um microprocessador 8951 que é composto por uma

memória RAM interna, além de uma EPROM também interna para conter o

software do 8951. Possui ainda um cristal de 11,0592MHz para gerar os pulsos

de clock necessários com o sinal, este microprocessador estará fixado ao

veículo e gerencia todas as funções realizadas no veículo [5].

Uma das funções do 8951 será a aquisição das informações dos

sensores LDR sobre o posicionamento do veículo sob a fita preta. Estas

informações serão tratadas pelo 8951 que corrigirá o curso do veículo, caso ele

saia de seu trajeto.

A informação do sensor magnético também será recebida pelo 8951 e

enviada para o codificador e posteriormente para o transmissor. Esta

informação será recebida por um receptor acoplado ao servidor estático, este

conterá um software que irá tratar a informação.

Os motores serão controlados também pelo 8951. Os motores são

independentes entre si e podem se movimentar nos dois sentidos, horário ou

anti-horário.

4.4. Sensores

O projeto utiliza 2 tipos de sensores para aquisição de informações

necessária para a localização do veículo e guia de navegação do veículo.

Os principais sensores utilizados serão os LDR´s que identificam o

caminho a ser seguido. O caminho é identificado pelos sensores, devido à

incidência de luz sobre a superfície. Essa incidência de luz sob a fita preta faz a

24

resistência do LDR aumentar, podendo ser diferenciada da incidência de luz

sob uma superfície clara.

O sensor que determina a localização do veículo será o magnético. Isso

pela praticidade na sua utilização e facilidade em implementar este tipo de

sensor.

A disposição dos sensores está representada na Figura 4.

Figura 4 – Posicionamento dos sensores com perfil inferior.

4.5. Diagrama em blocos do sistema

Figura 5 – Módulo de comunicação PC-Transmissor-Receptor

25

Figura 6 – Módulo AGV – Veículo Auto-Guiado

26

5. ESPECIFICAÇÃO DO SOFTWARE

Este projeto contará com uma parte de software e firmware que será

descrita e dividida em itens mostrando sua funcionalidade.

5.1. Firmware

O sistema tem uma porcentagem de sua implementação gravada

diretamente na memória EPROM interna do microcontrolador. O

microcontrolador será utilizado para controlar todos os sensores, atuar

diretamente sobre os motores, receber informações do software através do

receptor e enviar dados do sensor magnético quando for necessário.

Os sinais dos sensores LDR´s serão utilizados para controlar a trajetória

do veículo em movimento, para que este não saia de sua rota. Para isso uma

lógica será empregada para que, de acordo com uma combinação de sinais

dos sensores, o sistema possa executar funções para ativar os motores e

conseqüentemente corrigir sua rota.

5.2. Controle dos caminhos

Para a implementação de controle para definição do caminho a ser

seguido pelo veículo, será utilizada a linguagem C++, onde serão

implementadas classes utilizando grafos e nós, facilitando a mudança de

algoritmos para busca do melhor caminho.

O software terá como entrada do usuário somente a informação de

INÍCIO e FIM do percurso a ser realizado pelo veículo. Estará disponível para o

usuário uma interface gráfica, com todos os pontos visíveis na tela, onde ele

poderá definir com maior facilidade os pontos de início e fim.

27

Para que uma estrutura seja implementada de maneira eficiente serão

utilizados grafos para definir cada ponto como um nó de referência do sistema,

de acordo com a Figura 1, mostrada anteriormente.

Após definição dos pontos, um algoritmo define o melhor caminho a ser

seguido e enquanto o veículo estiver executando o caminho enviará os sinais

necessários para o percurso do veículo.

5.3. Diagrama em blocos do sistema

Figura 7 – Módulo Software

28

6. ESPECIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DO PROJETO

Para validação do projeto, este deverá executar funções básicas para o

mínimo funcionamento do sistema, cada módulo será implementado

separadamente.

O módulo AGV – Veículo Auto-Guiado, poderá funcionar de modo

independente da transmissão e recepção de dados do software. Isso será

possível somente em um único percurso, onde o veículo irá se locomover até o

próximo ponto de referência. A princípio será montada uma pista contendo dois

nós, onde o veículo deverá sair do primeiro nó e chegar ao segundo nó sem

sair da marcação no solo e parar corretamente quando o sensor magnético

detectar o ponto de referência ou ponto de parada.

Os módulos de transmissão e recepção serão os pontos chaves para o

funcionamento integral do projeto. Para este módulo será utilizada a mesa de

teste digital, confirmando o correto envio e recepção de dados.

Após o funcionamento correto do módulo de transmissão e recepção,

será unido um módulo ao veículo e será testado em um percurso maior

contendo pelo menos três nós. Cada nó poderá ter ramificação. Será verificado

então se o veículo consegue rotacionar corretamente, quando estiver sob um

ponto de referência que se divide em diferentes rotas. Os sinais de controle

podem ser dados por uma mesa de teste digital.

Serão enviados sinais representando um sensor, gerando uma

interrupção ao software. Estas informações serão enviadas através Da porta

paralela, sendo tratadas e o resultado mostrado na tela. Será então verificado o

correto funcionamento dos algoritmos de melhor. Esse resultado pode definido

se o sistema em conjunto irá funcionar de maneira correta.

29

7. PROJETO DE HARDWARE

7.1. Projeto de Hardware do Veículo Auto Guiado

Será desenvolvido um sistema de hardware que estará no veículo para

que as funções de auto guia sejam satisfeitas. O sistema consistirá em um

microcontrolador 8951, um módulo de comunicação via radiofreqüência de

transmissão e recepção, sensores necessários para a locomoção do veículo e

o sistema de controle dos motores. No anexo I encontra-se o diagrama

esquemático completo do circuito do veículo.

7.1.1. Microcontrolador 8951

O microcontrolador dispõe de entradas externas para os timers (Timer 0

e Timer 1), entradas externas de interrupção (/INT0 e /INT1), pinos de RX e TX

para comunicação serial e pinos de /RD e /WR informando que operação está

sendo executada pelo microcontrolador (se escrita ou leitura na memória

externa).

Um cristal oscilador de 11,059MHz deve ser utilizado para que, quando

for utilizar o 8951 para comunicação serial, seja possível utilizar taxas de baud

rate entre 1200 e 19200 bits/s. Se for utilizado um cristal de 12MHz, a taxa de

transmissão possível será de 1200 ou, no máximo, 2400 bits/s [6].

O microcontrolador tem como função controlar os motores, envio de

dados do sensor magnético e do dip-switch à um transmissor acoplado no

veículo e receber os dados provenientes de um receptor também presente no

veículo.

Para que este controle de dados seja possível, serão ligados aos pinos

do PORT1, do microcontrolador: os dados de saída do decodificador presente

30

no circuito receptor; a saída do circuito do ldr1 e ldr2 que é ativado pela luz, ou

pela ausência de fita preta; a saída do circuito ldr3, que é ativado pela sombra,

ou ativado pela fita preta. Ao pino INT0, que é pino de interrupção externa, será

conectado o sensor magnético. Nos pinos do PORT2, serão conectados o

circuito transmissor e o circuito dos motores.

Figura 8 – Pinagem conectada ao kit 8031.

7.1.2. Circuito Receptor

O circuito receptor tem como função receber os dados enviados de um

transmissor conectado a um servidor estático, ambos operando na mesma

frequência. O CI RR recebe os dados digitais serialmente e os entrega ao

decodificador MC145027.

A freqüência de oscilação (que é feita por dois resistores e dois

capacitores) do decodificador é a mesma utilizada no transmissor [13] que

pode ser determinada a partir da tabela abaixo:

31

f osc(KHz) RTC CTC RS R1 C1 R2 C2

362 10K 120pF 20K 10K 470pF 100K 910pF

181 10K 240pF 20K 10K 910pF 100K 1800pF

88,7 10K 490pF 20K 10K 2000pF 100K 3900pF

42,6 10K 1020pF 20K 10K 3900pF 100K 7500pF

21,5 10K 2020pF 20K 10K 8200pF 100K 0,015F

8,53 10K 5100pF 20K 10K 0,02F 200K 0,02F

1,71 50K 5100pF 100K 50K 0,02F 200K 0,1F

Tabela 1 – Valores de freqüência de oscilação.

Os valores de oscilação, são fornecidos pelo fabricante [7].

A decodificação do dado recebido é feita comparando a linha de

endereços configurada no circuito do decodificados, com os bits recebidos

referentes ao endereço configurado no circuito do codificador. O endereço

configurado deve ser o mesmo no decodificador e no codificador.

Após a comprovação do endereço os dados são dispostos nas linhas D6

a D9, como mostra a figura 9.

A figura 10 mostra o diagrama esquemático do circuito receptor.

Figura 9 – Esquemático do Receptor.

32

7.1.3. Circuito Ldr1 e Ldr2

O circuito Ldr1 e Ldr2 tem como função realizar o trajeto, dentro da

marcação com fita preta no solo, mantendo o veículo guiado.

Para que o veículo consiga identificar a marcação o circuito da figura 11

será implementado.

Figura 10 – Circuito Ldr1 e Ldr2 acionado pela Luz.

Serão utilizados: um sensor Ldr, um transistor, dois resistores e um

diodo. Quando ocorre a incidência de luz sobre o Ldr, determinada pela

ausência de fita preta, sua resistência diminui, fazendo com que o transistor

entre em condução, enviando o valor ao buffer que será disponibilizado na

saída que irá ao microcontrolador. O microcontrolador, por sua vez recebe o

dado e habilita o funcionamento do motor. Quando não há incidência de luz

sobre o Ldr o transistor entra em corte, fazendo que a entrada do buffer seja

“0”, determinada pelo resistor de 4,7K ligado ao terra, criando um “pull-down”.

Consequentemente o microcontrolador irá parar o funcionamento do motor [8].

Este circuito será implementado para cada um dos Ldr’s, onde a

colocação destes sensores é mostrada na figura 12, a fita preta estará entre os

Ldr’s, mantendo o veículo em sua trajetória.

33

Figura 11 – Colocação dos sensores.

7.1.4. Circuito Ldr3

O circuito do sensor Ldr3 será o inverso do circuito Ldr1 e Ldr2, sendo

acionado pela sombra ou presença de fita preta.

Este sensor será necessário para que o veículo possa realizar uma

mudança no rumo. Quando o veículo estiver em um ponto de referência, estará

com a frente apontada para uma direção, se for necessário uma mudança para

a direita, por exemplo, será utilizado este sensor para determinar quando o

veículo irá para de girar, como mostra a figura 13.

Figura 12 – Mudança de direção para direita.

O circuito do sistema Ldr3, controlado pela sombra é similar ao do Ldr1

e Ldr2. Quando há incidência de luz sobre o Ldr o transistor entra em corte,

fazendo o buffer receber o valor “0” determinado pelo resistor 4,7K ligado em

terra. Quando não há incidência de luz, determinado pela fita preta, o transistor

34

conduz, disponibilizando no buffer o nível “1” [8]. A figura 14 mostra o circuito

Ldr3.

Figura 13 – Circuito Ldr3 acionado pela sombra.

7.1.5. Circuito Transmissor

O circuito transmissor tem como função enviar os dados fornecidos pelo

microcontrolador a um receptor conectado a um servidor estático, ambos

operando na mesma frequência. O codificador MC145026 recebe os dados nas

linhas de D6 a D9 e disponibiliza dados digitais serialmente e os entrega ao

transmissor RT [3].

A freqüência de oscilação (que é feita por dois resistores e dois

capacitores) do decodificador é a mesma utilizada no receptor que pode ser

determinada a partir da tabela 1[13].

O transmissor irá enviar os dados necessários dos sensores ao receptor,

que transmite ao software para serem tratados. Os sensores são ativados pelo

nível lógico “0”. Os dados são determinados pelo microcontrolador e descritos

de acordo com a tabela 2, onde X o valor é irrelevante.

35

P2.0 P2.1 P2.2 P2.3 Descrição

0 1 X X Sensor Magnético Ativo

1 1 1 1 Frente

1 1 1 0 Direita

1 1 0 1 Esquerda

1 1 0 0 Trás

Tabela 2 – Descrição dos sensores e ação do veículo.

A figura 15 mostra o diagrama esquemático do circuito transmissor.

Figura 14 – Esquemático do circuito transmissor.

7.1.6. Circuito dos Motores

Para implementar um circuito capaz de inverter o sentido de circulação

numa carga usando apenas transistores e com fonte simples é a Ponte H. Pela

distribuição dos componentes lembra a letra “H”, temos uma ponte de controle

completa, pois há controle das correntes em dois ramos do circuito.

Quando os transistores estão sem sinal nas suas bases, nenhum deles

conduz e nenhuma corrente pode circular pela carga. Aplicando nas bases de

Q1 e Q3 uma tensão que os sature, estes transistores conduzirão e a corrente

circulará no sentido indicado na figura 16 [9].

36

Figura 15 – Ponte H, Q1 e Q3 conduzindo.

Se a carga for um motor de corrente contínua, podemos dizer que ele

rodará no sentido direto.

Para inverter o sentido da circulação da corrente, bastará aplicar uma

tensão que polarize os transistores Q2 e Q4 levando-os ao corte. A corrente

circulará então no sentido indicado na figura 17 [9].

Figura 16 – Ponte H, Q2 e Q4 conduzindo.

Para este funcionamento é utilizado o CI SN754410, presente no projeto,

o CI contém quatro drivers internos que permitem controlar até quatro motores

em um único sentido ou dois motores nos dois sentidos.

A montagem completa utilizando o CI SN754410 está ilustrada na figura

18.

37

Figura 17 – Circuito utilizando Ponte “H”.

A lógica combinacional empregada para o controle do microcontrolador

sobre o CI SN754410 é dada pela tabela 3.

P2.4 P2.5 P2.6 P2.7 Descrição

1 0 1 0 Frente

0 1 1 0 Direita

1 0 0 1 Esquerda

0 0 0 0 Parado

Tabela 3 – Descrição de ação dos motores.

7.1.7. Sensor Magnético

O sensor será tratado pelo microcontrolador como interrupção do

sistema, pois sua implementação é fundamental no sistema para detecção do

ponto de referência, que é dada pelo sensor magnético [4].

O funcionamento do sensor magnético é direto, sendo que a conexão

será fechada quando for detectado um imã presente nos pontos de referência

do percurso. Sendo detectado o imã o sensor fecha o circuito enviando um

sinal ao microcontrolador. A figura 19 mostra como será conectado sensor ao

38

sistema, tendo uma tensão aplicada e sinal de saída ligada ao pino INT0 do

microcontrolador 8951.

Figura 18 – Sensor Magnético.

7.2. Projeto do Transmissor e Receptor

O projeto do módulo de transmissão e recepção utilizado para realizar a

comunicação com o computador é o mesmo utilizado no veículo. O módulo

receptor terá necessariamente que trabalhar na mesma freqüência que o

transmissor do veículo e a oscilação do decodificador também deverá ser a

mesma, isso serve para o módulo transmissor.

A diferenciação se dá ao fato de não haver conexão com o

microcontrolador e sim com a porta paralela do computador. O funcionamento

também é o mesmo empregado no módulo de transmissão e recepção do

veículo.

7.3. Projeto de Firmware

As principais funções do veículo serão gerenciadas pelo

microcontrolador e com isso será necessário empregar uma lógica para

controle dos recursos que serão utilizados no sistema.

O microcontrolador irá receber informações do módulo receptor, a partir

destas informações serão enviados sinais de controle aos dispositivos

acoplados ao veículo, como o controle dos motores, módulo transmissor e

ainda coletar as informações dos sensores.

39

De acordo com estas informações, foi elaborado um fluxograma, como

mostra a figura 21, que determina as funções a serem executadas pelo

microcontrolador, de acordo com as entradas do sistema.

40

Figura 19 – Fluxograma do sistema.

Inicio

Frente em Cruz.

Direita em Cruz.

Esquerda em Cruz.

Trás em Cruz.

Envia sinal “1010”

Envia sinal “0110”

Envia sinal “1001”

Envia sinal “0110”

Sensor Magné-

tico

Linha

Linha

Linha

Recebe Informação

Envia sinal “0110”

Linha

Envia sinal “0000” Tx “01XX”

Sim

Não

Sim Sim

Sim

Sim Sim

Sim

Sim

Não Não

Não Não

Não Não Não

Não

41

7.4. Projeto de software

Para a implementação do sistema será utilizado o conceito de grafos e

nós. Um grafo consiste de um conjunto de objetos chamados de vértices (ou

nós), e um outro conjunto chamado de arestas (ou arcos). Uma aresta pode

também ser identificada pelo par de vértices a ela associada. Um grafo pode

também ser identificado por uma figura onde os vértices sejam designados por

pontos, e as arestas por linhas que interliguem os vértices a elas associados

[12].

7.4.1. Algoritmo de menor caminho

O software terá implementado um algoritmo que irá determinar o menor

caminho entre os pontos que o usuário informará como dados de entrada. Os

pontos são definidos como sendo ponto inicial e ponto final.

Cada vértice do sistema é representado por uma letra conforme mostra

a figura 1, presente na descrição do projeto.

O algoritmo implementado será o algoritmo de Dijkstra. Este algoritmo

determina o menor caminho entre dois pontos retornando o traçado realizado

para chegar ao ponto final [10].

Abaixo segue o algoritmo que determina a menor distância entre dois

vértices.

1- Designar para o nó inicial o valor zero e marcar este nó como nó

avaliado;

2- Identificar todos os nós não avaliados conectados a um nó avaliado;

3- Selecionar o nó que fornece a mínima soma obtida e marcá-lo. Este

nó terá um ponteiro para indicar de onde a mínima soma foi obtida. Se o

terminal ainda não está avaliado, retorne ao item 2.

4- A distância mínima do início ao final é o valor do nó final. A rota será

encontrada traçando backward do término ao início, seguindo os ponteiros [11].

42

7.4.2. Interface com o usuário

Na interface com o usuário, terá na tela inicial o mapa dos caminhos

presentes. O usuário inicialmente entrará com os dados de inicio e fim do

percurso que deverá ser realizado, como mostra a figura 22.

Figura 20– Interface com o usuário.

Após entrada dos dados deverá ser executado, para que a menor rota

seja encontrada pelo algoritmo. A partir deste momento o usuário não entrará

com nenhum outro valor e não executará nenhum outro comando até que o

veículo chegue ao seu destino.

A medida que o veículo se locomove aparecerá na tela qual aresta esta

sendo percorrida pelo veículo.

43

8. IMPLEMENTAÇÃO

Este projeto contará com a implementação de hardware, software e

firmware. Na implementação foram necessários alguns ajustes para o correto

funcionamento do sistema.

8.1. Veículo auto-Guiado

Inicialmente foram acoplados todos os componentes descritos no projeto

de hardware a uma placa de acrílico. Nesta placa de acrílico foram colocados

os motores e uma placa padrão contendo todos os componentes e suas

conexões. Os ldr´s foram posicionados de forma que a marcação da fita ficasse

entre os Ldr 1 e Ldr 2 conforme mostrado na Figura 12.

Em seguida o programa foi gravado na eprom do microcontrolador e o

8951 colocado em um socket apropriado para o encaixe no circuito.

O circuito do veículo foi alimentado com quatro baterias de 1,5v ligadas

em série.

Foram verificadas algumas necessidades de adaptação para que o

veículo não perdesse sua rota. Primeiro foi ajustado o valor do resistor do Ldr1

e Ldr2 para 14,7k. Este resistor é responsável pelo divisor resistivo conforme

mostrado na Figura 10 deste projeto. Foi necessário também utilizar uma fonte

de iluminação no próprio veículo, para que a incidência de luz sob uma

superfície clara e sob a fita preta fosse detectada pelos sensores ldr. Muitas

vezes em um ambiente com baixa luminosidade, os sensores ldr não

funcionavam da maneira esperada, prejudicando a guia do veículo. A

iluminação foi conseguida, adicionando a parte inferior do veículo dois led´s de

alta luminosidade.

44

8.2. Transmissor/Receptor

Os circuitos de transmissão e recepção foram montados primeiramente

em protoboard. Os quatro bits de dados necessários para a transmissão foram

ligados a uma mesa digital e os quatro bits do receptor ligados a led´s. Em

seguida foi realizada uma contagem binária para verificar se todos o bits seriam

transmitidos e recebidos corretamente, o que confirmou o funcionamento da

transmissão e recepção de dados.

Após o funcionamento em protoboard os circuitos de transmissão e

recepção foram montados na placa do veículo auto-guiado. Utilizando o

microcontrolador e o módulo conectado ao Pc, foi verificado que após uma

instrução do microcontrolador, o programa conseguia identificar o dado

enviado, mostrando na tela uma mensagem.

O projeto conta com dois módulos de transmissão e recepção, sendo um

módulo no veículo e outro conectado ao servidor estático através da porta

paralela. Para a comunicação full duplex foram utilizados dois pares de

transmissores e receptores em freqüências diferentes, isso para que não

ocorrer conflito de informações durante a transmissão de dados.

Devido a problemas na aquisição de módulos em diferentes freqüências

foram utilizados dois módulos na mesma freqüência. Para isso foi necessário

adaptar o projeto. Primeiro foi conectada a alimentação do transmissor do

veículo a um buffer, este controlado pelo P1.0 do microcontrolador. O segundo

ajuste foi feito no módulo transmissor conectado ao servidor estático, onde uma

nova linha de dado da porta paralela, que opera em nível TTL, foi conectada

na alimentação deste transmissor. Após estas alterações de hardware o

controle de habilitação para a transmissão de dados era realizada via software,

no módulo Tx/Rx conectado no servidor estático e via firmware no veículo auto-

guiado.

45

8.3. Motores

O CI754410, presente neste projeto realiza o controle de até dois

motores de corrente contínua. Após a primeira montagem do circuito

controlador dos motores o funcionamento foi direto, sem ser necessário realizar

ajustes.

Na montagem dos motores no veículo foi verificado que o CI 754410

possui duas entradas de alimentação, uma de 5v do CI e outra que alimenta os

motores. A principio foi utilizada somente uma fonte com quatro pilhas de 1,5v

ligadas em série para todo o circuito do veículo auto-guiado o que incluía os

motores, porém viu-se necessário readequar a alimentação deste circuito, uma

vez que os motores consumiam muita energia. A autonomia do veículo

diminuía consideravelmente utilizando somente uma fonte de alimentação,

então foi conectado diretamente ao CI 754410 outra fonte com quatro pilhas.

Com isso o veículo ficou mais ágil aumentando a autonomia e com maior

velocidade no deslocamento.

8.4. Microcontrolador 8951

O projeto conta com um microcontrolador 8951. No inicio do projeto foi

especificado que seria utilizado um Kit 8031, este kit estaria no veículo e sua

função seria o controle executado pelo 8951. Alguns problemas foram

identificados na utilização Kit 8031.

O primeiro problema detectado foi o tamanho físico de kit 8031 que

mede aproximadamente 15cm X 8cm e acabaria aumentando o tamanho e o

peso do veículo. No projeto não é utilizada Ram para armazenar informações e

os componentes do kit 8031 para comunicação serial também não são

utilizados. Com isso o microcontrolador 8951 foi incorporado ao projeto, pois

possui eprom e ram interna e sua funcionalidade é a mesma encontrada no

microcontrolador 8031 presente no Kit.

46

Para a utilização das memórias internas o pino /EA foi setado para o

nível lógico “0” ou terra. Os Port0, Port1 e Port2 podem ser acessador a

qualquer momento sem necessitar de endereçamento e estão disponíveis para

entrada e saída do microcontrolador.

47

9. TESTES DE IMPLEMENTAÇÃO

Este item descreve os testes realizados após a implementação do

sistema.

9.1. Teste Veículo Auto-Guiado

O primeiro item testado foi o guia do veículo, verificando se o veículo

seguia corretamente a marcação com fita preta sob uma superfície clara. A

partir deste primeiro teste foi realizado o ajuste de implementação. Utilizando a

iluminação e os novos resistores o veículo obteve um melhor desempenho para

detecção do caminho a ser percorrido.

9.2. Teste Ponto de Referência

Verificado o funcionamento da guia, foram posicionados os pontos de

referências. Os pontos são definidos como sendo os nós do percurso e em

cada nó deste percurso é colocado um imã. A função do imã e realizar uma

interrupção no pino /INT0 do microcontrolador fazendo o veículo parar.

O teste de parada no ponto de referência foi realizado com sucesso, o

veículo seguiu corretamente a marcação com fita preta e parou exatamente

sob o imã.

9.3. Teste de transmissão via Radiofreqüência

Enviar a informação de ponto de referência do veículo para o servidor

estático através de radiofreqüência. O programa foi ajustado para mostrar uma

mensagem na tela assim que o veículo chegasse no ponto de referência.

48

O teste foi realizado e a mensagem no servidor foi mostrada no instante

que o veículo chegava no ponto de referência.

9. Testes de software

O software consiste na verificação do menor caminho e no envio de

informações através de radiofreqüência para o veículo.

Para realizar os testes de software foram criados dois campos na tela

inicial do sistema. Um campo chamado “Menor Rota”, mostra o resultado do

processamento do software para disponibilizar ao usuário os pontos que o

veículo irá passar.

Os valores foram colocados nos campos “Nó Inicial” e “Nó Final”, em

seguida o botão “Executar” foi pressionado para iniciar o processamento.

O primeiro teste mostrou o resultado em ordem crescente.

Ao receber a informação do veículo de ponto de referência o campo

“Posição” foi ajustado como o ponto de referência atual do veículo, sendo

mostrado ao usuário.

49

10. CONCLUSÃO

O projeto de veículo auto-guiado controlado via radiofreqüência por um

servidor estático mostrou o funcionamento desejado.

O sistema de guia empregado neste projeto, utilizando uma faixa preta

como guia, mostrou-se bastante eficiência para que o veículo possa seguir um

trajeto se a necessidade de controle humano.

Alguns pontos deverão ser observados para a implementação deste

sistema. Primeiramente o local deverá ser corretamente construído, utilizando

terrenos planos, o local de deslocamento do veículo deverá ser amplo,

diminuindo assim problemas na locomoção do veículo.

A utilização de radiofreqüência foi interessante para deixar o sistema

ainda mais independente. Um servidor estático poderá ser colocado em

qualquer localização dentro da empresa e poderá ser manuseado por um ou

mais funcionários com facilidade.

As alterações de percursos podem ser realizadas apenas mudando

algumas configurações de sistema e remarcando os trajetos de forma simples,

seja elas com a fita preta ou tinta que são identificadas da mesma forma pelo

veículo.

50

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] http://www.aat-agv.com.br/introducao.asp

[2] REVISTA MECATRÔNICA FÁCIL. São Paulo, V.1, n.2, Janeiro, 2003.

[3] REVISTA MECATRÔNICA FÁCIL. São Paulo, V.5, n.15, Julho, 2004.

[4] REVISTA MECATRÔNICA FÁCIL. São Paulo, V.3, n.8, Julho, 2003.

[5] Scott MacKenzie. The 8051 Microcontroller. Prentice Hall, s.ed.,s.d.

[6] Herbert Taub; McGraw-Hill. Circuitos Digitais e Microprocessadores. São

Paulo, 1984.

[7] http://www.radiometrix.com

[8] REVISTA MECATRÔNICA FÁCIL. São Paulo, V.1 n.3, Fevereiro, 2003.

[9] REVISTA MECATRÔNICA FÁCIL. São Paulo, V.2, n.4 Março, 2003.

[10] Larson, R.C.; Odoni, A.R. Urban Operations Research, Prentice Hall, NJ,

1981.

[11] Boaventura, Paulo. Grafos: teoria, modelos e algoritmos. Edgard Blücher

Ltda

s.d.

[12] LOWSH, C.; HEIN, N. Pesquisa Operacional “Fundamentos e modelos”.

Editora Furb.

[13] REVISTA MECATRÔNICA FÁCIL. São Paulo, V.5, n.16, Julho, 2004.