terminologia - apostila análise de custos de formação de preços

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Apostila sobre Terminologia

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TERMINOLOGIA UTILIZADA NA AREA DE CUSTOS 1.1 INTRODUCAO A eficincia do sistema de custos tern uma depencrncia muito grande do nivel de informagOese de integragao entre produgao e administragao. Uma srie de atitudes devem ser observadas para que as informacc5es sejam eficientes: equilibrar a velocidade da informago e sua completa exatidao; gerar informagOes de forma que seu usuario as entenda; procurar evitar sempre a seguinte situagao: "o incompetente informando o irrelevante para o indiferente". Custo e uma despesa que se faz a fim de obter urn rendimento..Ao estabelecer urn prego, para seu produto ou servigo, deve-se saber qual seu custo total e o custo por unidade. E preciso tambm estar familiarizado corn os \Janos conceitos de custo, que sao Oteis na determinagao da receita, na tomada de decisOes a curto e a longo prazos, no planejamento, nas avaliagOes e nos controles. Diferentes tipos de custos sao usados para diferentes propOsitos, e a escolha correta podera assegurar o use apropriado dos recursos do departamento. 0 controle de custos permite aferir o desempenho da empresa e fornecer periodicamente os dados histOricos que se tornam disponiveis, apresentando as analises para maximizagao de resultados. 1.2 ASPECTOS HISTORICOS DA TEORIA DE CUSTOS A teoria de custos tern sua atengo historicamente voltada para a apuragao dos valores da fase de produgao. Ja desde os prim6rdios da Revolugo Industrial existem modelos de desenvolvimento desses calculos. Essa atengo consubstancia-se e comprova-se na ampla bibliografia existente sobre custos industriais. Entre as inOmeras razOes para essa concentragao na fase de produgao, duas podem ser destacadas: a importancia histbrica da area de produgao e dos custos industrials (estes Oltimos em termos do montante de participagao na formagao do valor total do bem); a major facilidade de quantificagao dos custos da fase de produgao. Desde o surgimento da denominada Administragao Cientifica, toda a atengao gerencial foi predominantemente concentrada para a area de produgao. Toda a bibliografia da 6poca revela essa clara preocupacao corn estudos de tempos e movimentos, incentivos salariais para incrementar a eficincia, organizagao e racionalizagao da produgao, programagao e controle da produgao etc. Praticamente, inexiste qualquer tipo de preocupaco corn a area de distribuigao. Dentro de urn enfoque mercadolOgico, esse periodo e denominado fase de produgao. No entanto, a medida que as tcnicas de marketing foram aperfeigoando-se, que os produtos passaram a enfrentar major competicao no mercado e os consumidores se tornaram mais exigentes em suas opgOes de compra, as despesas de distribuicao passaram a ter major influncia na composigao final dos custos dos bens e servigos. Efetivamente, no momento ern que esse cenario se delineou, as empresas foram contingenciadas a intensificar suas pesquisas sobre bens e servigos, no sentido de mant-los sempre bem atualizados e ajustados ao gosto dos consumidores, tanto em termos de conteUdo como de embalagem e apresentagao. Da mesma forma, o processo de comunicagao e promogao de bens e servigos assumiu caracteristicas bem mais sofisticadas, passando a representar uma parcela bem mais acentuada no custo dos mesmos.

A colocagao e tambem valida para o processo de vendas e distribuigao. Assim, para se posicionar em um nivel competitivo de vendas, mister manter bons vendedores, bem selecionados e treinados, o que, evidente, gera maiores despesas. E igualmente importante manter ampla cobertura de mercado, com urn sistema de distribuigao dinamico e eficiente, o que e, tambem, fator de acrescimo de despesas. Em fungao desses argumentos, pode ser facilmente constatado que as despesas de distribuigao vem aos poucos experimentando urn crescimento dentro da composigao final dos custos dos bens e servigos. Essa tend6ncia devera acentuar-se cada vez mais, nos prOximos anos, a medida que a automagao tende a racionalizar os processos dos produtos corn conseqUentes redugOes de custos, enquanto a colocagao dos produtos no mercado exigira uma estrutura mercadolOgica cada vez mais habilitada, o que corn certeza incrementara a participagao das despesas de distribuigao. As mudangas e a evolugao da teoria de custos tem alguns pontos importantes, a saber: a expressividade da mao-de-obra direta tern caido em termos de custos; custo fixo tern crescido, em termos de expressividade, nas empresas; os materiais diretos e a energia sao, talvez, os Cmicos custos variaveis na area de produgao; em face dos tOpicos anteriores, ocorre uma busca para direcionar custos e despesas fixas aos produtos, mercadorias e servigos, via atividade (ABC Activity Based Cost); as mudangas nos custos decorrem do aumento da competitividade e da evolugao tecnolOgica, o problema da falta de competitividade, em nivel de pregos, esta ligado aos sistemas tradicionais de custeio; os japoneses estabelecem custos corn base ern pregos de mercado; os japoneses adotam o sistema de custos como urn instrumento de auxilio, mais para criar urn futuro de crescente competitividade do que para mensurar o desempenho atual. A inflagao tern sido urn fenOmeno de crescente preocupagao em muitos 'Daises, nas Ciltimas decadas, entre os quais se situa o Brasil. Tal fen6meno passou a exigir alteragOes nos tradicionais criterios de calculo de custos, especialmente em fungao da alta importancia dos custos financeiros incidentes. 0 risco da descapitalizagao e elevado ern urn contexto de alta inflagao. Dessa forma, o custo e a margem de contribuigao dos produtos, mercadorias e servigos precisam ser encarados sob urn enfoque mais dinamico, financeiro (em termos de ocorrencia de fluxo de caixa), em contraposigao a visao tradicional (resultado como diferenga entre prego e custo indicador de desempenho). 0 avango extraordinario da informatizagao nas Ciltimas decadas constitui-se em instrumento adicional de competitividade por parte das empresas, no mercado, em fungao do alto grau de agilidade das negociagOes. A rapida e agil informagao e urn elemento poderoso de competigao. Cada negOcio passa a seu encarado como urn centro especifico de lucros. A contabilidade de custos, assim como a contabilidade mercantil, utiliza terminologia prOpria, cujos termos muitas vezes sac) usados corn diferentes significados. Assim, torna-se necessario definirmos nosso entendimento sobre as dife-i rentes terminologias de custos, permitindo uma uniformizagao de conceitos.

1.3 CUSTOS, DESPESAS E GASTOSA obtengao e a compreenso das informagbes sobre custos sao essenciais para o sucesso de seu negOcio. Ern primeiro lugar, os custos determinam o prego de venda; se os custos forem maiores do que o prego de venda, tera prejuizo. Todos os custos aplicaveis ao produto ou servigo precisam ser considerados (incluindo fabricagao, venda e outras despesas) quando se for determinar o prego de venda. A contabilidade de custos, qualquer que seja o sistema, necessita da distingao entre custos e despesas. Teoricamente, a distingao e facil: custos sao gastos (ou sacrificios econbmicos) relacionados corn a transformagao de ativos (exemplo: consumo de materia-prima ou pagamento de salarios) e despesas sao gastos que provocam

redugao do patrimbnio (exemplo: impostos, comissbes de vendas etc.). Gastos o termo genrico que pode representar tanto urn custo como uma despesa.

1.3.1 Terminoloqia Contabil:objetivo e uniformizar o entendimento de determinados termos que serao utilizados. GASTO Sacrificio que a entidade arca para obtengao de um bem ou servigo, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). gasto se concretiza quando os servigos ou bens adquiridos sao prestados ou passam a ser de propriedade da empresa. Exemplos: Gasto corn mao-de-obra (salarios e encargos sociais) = aquisigao de servigos de mao-de-obra. Gasto corn aquisigao de mercadorias para revenda. Gasto corn aquisigao de matnas-primas para industrializagao. Gasto corn aquisigao de maquinas e equipamentos. Gasto corn energia eltrica = aquisigao de servigos de fornecimento de energia. Gasto corn aluguel de edificio (aquisigao de servigos). Gasto corn Reorganizagao Administrativa (servigo). gasto normalmente implica desembolso, embora este possa estar defasado do gasto. DESEMBOLSO Pagamento resultante da aquisigao de urn bem ou servigo. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto (pagamento a vista) ou depois deste (pagamento a prazo). Os gastos podem ser: INVESTIMENTOS, CUSTOS ou DESPESAS.

INVESTIMENTO Gasto corn bem ou servigo ativado em fungao de sua vida Otil ou de beneficios atribuiveis a periodos futuros.Exemplos: Aquisigao de mOveis e utensilios. Aquisigao de imOveis. Despesas pr-operacionais. Aquisigao de marcas e patentes. Aquisigao de matria-prima. Aquisigao de material de escritbrio. CUSTO Gasto relativo a bem ou servigo utilizado na produgao de outros bens e servigos, sao todos os gastos relativos a atividade de produgao. Exemplos: Salarios do pessoal da produgao. Matria-prima utilizada no processo produtivo. Combustiveis e lubrificantes usados nas maquinas de fabrica. Aluguis e seguros do prdio da fabrica. Depreciagao dos equipamentos da fabrica. Gastos corn manutengao das maquinas da fabrica. * Nota: Ateng5o! A mat6ria-prima adquirida pela indirstria, enquanto no utilizada no processo produtivo, representa urn investimento e estar ativada numa conta de Ativo Circulante; no momento em que e requisitada pelo setor de produgo, e dado baixa na conta de Ativo e ela possa a ser considerada urn custo, pois sera consumida para produzir outros bens ou servigos.

DESPESAS Gasto corn bens e servigos nao utilizados nas atividades produtivas e consumidos corn a finalidade de obtengao de receitas.Ern termos praticos, nem sempre e facil distinguir custos e despesas. Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didatico: todos os gastos realizados corn o produto ate que este esteja pronto sao custos; a partir dai, sao despesas. Assim, por exemplo, gastos corn embalagens sac) custos se realizados no 'ambito do processo produtivo (o produto e vendido embalado); sao despesas se realizados apps a produgao (o produto pode ser vendido corn ou sem embalagem). Todos os custos que estao incorporados nos produtos acabados que sao fabricados pela empresa industrial sao reconhecidos como despesas no momento em que os produtos sao vendidos. Outros exemplos: Salarios e encargos sociais do pessoal de vendas. Salarios e encargos sociais do pessoal do escritbrio de administragao. Energia eletrica consumida no escritbrio. Gasto corn combustiveis e refeigbes do pessoal de vendas. Conta telefbnica do escritbrio e de vendas. Alugueis e Seguros do predio do escritbrio. *Nota: Atencao! (1) A mat6ria-prima industrial que, no momento de sua compra, representava urn investimento, passa a ser considerada custo no momento de sua utilizacao na produgao e torna-se despesa quando o produto fabricado e vendido. Entretanto, a materia-prima incorporada nos produtos acabados em estoque, pelo fato de estes serem ativados, volta a ser investimento. (2) Os encargos financeiros incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes da aquisicao de insumos para a produgao, sao sempre considerados despesas.

PERDAS Gasto nao intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. No primeiro caso, sao consideradas da mesma natureza que as despesas e sao jogadas diretamente contra o , resultado do periodo. No segundo caso, em que se enquadram, por exemplo, as perdas normais de materias-primas na produgao industrial, integram o custo de produgao do periodo.A distingao mais dificil e mais importante e entre custos e despesas. Se urn gasto e considerado despesa, ele afeta diretamente o resultado do exercicio. Se considerado custo, so afetara o resultado a parcela do gasto que corresponder aos produtos vendidos. A parcela correspondente aos produtos em estoque ficara ativada.

1.4 CUSTO POR FACILIDADE DE RASTREAMENTO 1.4.1 Custos Diretos:Sao os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mao-de-obra ou de maquina, quantidade de forga consumida etc.). Em geral, identificam-se corn os produtos e variam proporcionalmente a quantidade produzida. Sao aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque ha uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricagao. Exemplos:

1 - Materia - prima: Normalmente, a empresa sabe qual a quantidade exata de materia-prima que esta sendo utilizada para a produgao de uma unidade do produto. Sabendo-se o prego da materia-prima, o custo dai resultante esta associado diretamente ao produto.

2 - Mo-de-obra Direta: Trata-se dos custos corn os trabalhadores utilizados diretamente na produgao. Sabendo-se quanto tempo cada urn trabalhou no produto e o prego da mao-de-obra, possivel apropria-la diretamente ao produto. 3 - Material de embalagem. 4 - Depreciaco de equipamento: quando e utilizado para produzir apenas urn tipo de produto. 5 - Energia eletrica das mOuinas: quando e possivel saber quanto foi consumido na produgao de cada produto. 1.4.2 Custos Indiretos: Sao os que, para serem incorporados aos produtos, necessitam da utilizagao de algum critrio de rateio. Exemplos: aluguel, iluminagao, depreciagao, salario de supervisores etc. Na pratica, a separagao de custos ern diretos e indiretos, alrn de sua natureza, leva em conta a relevancia e o grau de dificuldade de medigao. Por exemplo, o gasto de energia eltrica (forga) , por sua natureza, urn custo direto, porem, devido as dificuldades de medigao do consumo por produto e ao fato de que o valor obtido por rateio, em geral, pouco difere daquele que seria obtido corn uma medigao rigorosa, quase sempre e considerado como custo indireto de fabricagao. Sao os custos que dependem de calculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, que s6 sao apropriados indiretamente aos produtos. 0 parametro utilizado para as estimativas e chamado de base ou critrio de rateio. Exemplos: Depreciacao de equipamentos utilizados na fabricacao de mais de urn produto. Salarios dos chefes de superviso de equipes de produgao. Aluguel da fabrica. Gastos corn limpeza da fabrica. 5. Energia eltrica que nao pode ser associada ao produto. *Nota: Ateng5o! (1) Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos sao diretos. (2) As vezes, o custo e direto por natureza, mas e de tao pequeno valor que nao compensaria o trabalho de associ-lo a cada produto, sendo tratado como indireto. Exemplo: Gastos corn verniz e cola na fabricago de mOveis. 1.5 CUSTOS POR COMPORTAMENTO 1.5.1 Custos Fixos: Custos fixos sao aqueles cujo total nao varia proporcionalmente ao volume produzido. Por exemplo: aluguel, seguro de fabrica etc. Um aspecto importante a ressaltar e que os custos fixos sao fixos dentro de determinada faixa de produgao e, em geral, n sac, eternamente fixos, podendo variar em fungao de grandes oscilagOes no volume de produgao. Observe que os custos fixos sao fixos em relaco ao volume de produgao, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. 0 aluguel da fabrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado ms, n deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez que tern o mesmo valor qualquer que seja a produgo do m6s. Outros exemplos: imposto predial, depreciagao dos equipamentos (pelo mtodo linear), salarios de vigias e porteiros da fabrica, prmios de seguros etc. 1.5.2 Custos Vari5veis: Sao os que variam proporcionalmente ao volume produzido. Exemplos: matria-prima, embalagem.

Se nao houver quantidade produzida, o custo variavel sera nulo. Os custos variaveis aumentam a medida que aumenta a produgao. Outros exemplos: materials indiretos consumidos, depreciagao dos equipamentos quando esta for feita em fungao das horas/maquinas trabalhadas, gastos corn horas extras na produgo etc. Custos semivariaveis: sao custos que variam corn o nivel de produgao, mas que, entretanto, tern uma parcela fixa que existe mesmo que nao haja produgao. E o caso, por exemplo, da conta de energia eltrica da fabrica, na qual a concessionaria cobra uma taxa minima mesmo que nada seja gasto no periodo, embora o valor total da conta dependa do nOmero de quilowatts consumidos e, portanto do volume de produgo da empresa. Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cOpia seja tirada; gasto corn combustive) para aquecimento de uma caldeira, que varia de acordo corn o nivel de atividade, mas que existira, mesmo que seja num valor minima, quando nada produza, ja que a caldeira nao pode esfriar. 1.6 CUSTOS DE TRANSFORMACAO Representam o esforgo empregado pela empresa no processo de fabricagao de determinado item (maode-obra direta e indireta, energia, horas de maquina etc.). Nao inclui materia-prima e outros produtos adquiridos prontos para consumo. 1.7 CUSTOS PRIMARIOS E a soma simples de matria-prima e mao-de-obra direta. N e o mesmo que custo direto, que e mais amplo, incluindo, por exemplo: materials auxiliares, energia eletrica etc. 1.8 CUSTOS POR FUNCAO 1.8.1 Materiais Diretos: Sao os materials que se incorporam (se identificam) diretamente aos produtos. Exemplos: materia-prima, embalagem, materials auxiliares tais como: cola, tinta, parafuso, prego etc. 1.8.2 Mao-de-obra direta: Representa custos relacionados corn pessoal que trabalha diretamente na elaboragao dos produtos, por exemplo, o empregado que opera urn torno mecanico. A mao-de-obra direta nao deve ser confundida corn a de um operario que supervisions um grupo de torneiros mecanicos. Como regra pratica, podemos adotar o seguinte critrio: sempre que for possivel medir a quantidade de mao-de-obra aplicada a determinado produto e mao-de-obra direta, caso contrario, havendo necessidade de rateio, e mao-de- obra indireta. Na medigao da mao-de-obra direta, podem surgir dificuldades e, principalmente, certos custos, que levam as empresas a tratar gastos de mao-de- obra, que por sua natureza sao diretos, como custos indiretos. Evidentemente, o custo dos produtos ficara distorcido, cabendo a empresa urn estudo de custo-beneficio para decidir qual e o tratamento mais adequado.H que se lembrar, ainda, que o calculo do custo da hora de mao-deobra (quer direta, quer indireta) deve levar em conta todos os encargos sociais, como INSS, FGTS, 13 salario etc., e tambm deve ser feito urn ajuste para considerar as horas efetivamente trabalhadas e o tempo improdutivo decorrente de ferias, fim de semana remunerado, feriados etc.

1.9 RATEIO Representa a alocago de custos indiretos aos produtos em fabricagao, segundo criterios racionais. Exempla: depreciagao de maquinas rateada segundo o tempo de utilizagao (h/m) por produto etc. Contudo, dada a dificuldade de fixagao de criterios de rateio, tais alocagOes carregam consigo certo grau de arbitrariedade. A importancia do criteria de rateio esta intimamente ligada a manutengo ou uniformidade em sua aplicagao. Devemos lembrar que a simples mudanga de um criteria de rateio afeta o custo de produgao e conseqUentemente afetara o resultado da empresa. Algumas normas praticas, como as que apresentamos a seguir, podem reduzir os problemas decorrentes de rateio: gastos irrelevantes nao necessitam ser rateados, porque podem nao justificar o trabalho envolvido; gastos cujo rateio seja extremamente arbitrario devem ser langados diretamente contra o resultado do exercicio. 1.9.1 Formas de Rateio dos GGF - Gastos Gerais de Fabricaco: Uma vez determinado o criteria ou base de rateio, a execugao do rateio consiste numa regra de trs simples. Assim, por exempla, suponhamos que temos que ratear gastos corn material indireto que totalizaram $20.000,00 entre tres produtos, A, B e C, e que a base de rateio seja o gasto de materia-prima incorrido em cada urn e discriminados a seguir.

Produto A B C TOTAL

Gasto corn materia-prima $50.000,00 $125.000,00 $75.000,00 $250.000,00

O rateio do Material Indireto para o Produto A sera:$ 20.000 estao para $ 250.000 assim como: X esta para $ 50.000 logo, x = 50.000 x 20.000 = $4.000 250.000 Os calculos para os produtos B e C seriam: B > 20.000 = 250.000 X 125.000

logo, x = 20.000 x 125.000 = $10.000 250.000 C 20.000 = 250.000 X 75.000

logo, x = 20.000 x 75.000 = $6.000 250.000 Outra forma de efetuar o rateio seria estabelecer a porcentagem de cada produto em relagao ao critrio de rateio e multiplicar a porcentagem pelo valor a ser rateado. Veja quadro a seguir: Produtos A B C Total Criterio de rateio = gasto corn materia-prima 50.000 125.000 75.000 250.000%

Material Indireto (% x 20.000) 4.000 10.000 6.000 20.000

20 50 30 100

Ha mais uma maneira de efetuar a distribuigao dos custos indiretos. Toma-se o valor do mesmo e divide-se pelo valor total do parametro de rateio. Multiplica-se a seguir pelo valor do parametro correspondente a cada produto. Assim: Valor do Custo Indireto: (+) Valor total do gasto corn matria-prima: (=) $ de Custo Indireto por $ de matria-prima $20.000 $250.000 $0,08

PRODUTO A > $ 50.000 x $ 0,08 = $ 4.000 PRODUTO B > $ 125.000 x $ 0,08 = $ 10.000 PRODUTO C > $ 75.000 x $ 0,08 = $ 6.000Como se percebe, qualquer que seja a forma de efetuar o rateio, chega-se sempre ao mesmo resultado. Cabe decidir qual delas Ihe e mais conveniente. 1.10 CENTRO DE CUSTO Em principio, centros de custo sao departamentos da area de produgao diferenciados segundo a fungao de cada urn no processo produtivo. Por vezes, essa diferenciagao esta mais ligada ao ponto de vista econOrnico, em vista da maior ou menor uniformidade de custos incorridos nas varias fungties, do que ao ponto de vista tecnolbgico, pois este esta mais ligado a natureza das fases do processo. Distinguem-se fundamentalmente duas espcies de centros de custos:

Centros de custos auxiliares, que sao centros de prestagao de servigos aos centros de custo produtivos ou aqueles de sua espcie, possibilitando a continuidade das condigOes de produgao. Podem exercer controle de condigbes e pessoas, manutengao de equipamentos, distribuigao de insumos como agua, energia eltrica, vapor, gas, frio etc. Eventualmente, podem gerar receitas, por prestagao de servigos a terceiros.

Centros de custos produtivos, que sao centros onde os produtos da linha de comercializagao da empresa so fabricados, por meio de operagOes de produco parcial ou de acabamento final.

EXERCICIOS CAPITULO 1 QUESTIONARIO DE COMPREENSAO DE CONCEITOS E APLICAQAO PRATICA

EXERCICIO 1: Classificar os langamentos a seguir em investimentos, custo, despesas, perda e desembolso: Dbito Estoque de Matria-prima (compra) Crdito Fornecedores Dbito Fornecedores Crclito Bancos c. Dbito Custo de Produgao (Mao-de-obra) Crclito Salarios a Pagar Dbito Custo dos Produtos Vendidos Crdito Produtos Acabados e. EXERCICIO 2: Os dados a seguir so referentes a uma empresa industrial em dado periodo: MD = $ 200.000 MCD = $ 300.000 CIF = $ 400.000 Pede-se: Custo primario; Custo de transformag5o; c. Custo total. EXERCICIO 3: Classificar os itens a seguir em Ativo, Passivo, Custo e Despesas (no caso de custo, classifique em diretos ou indiretos): Fornecedores Depreciagao acumulada de maquinas industrials Materials de escritbrios consumidos na fabrica Matria-prima em estoque Salario das costureiras (fabrica de roupas) Comissao dos vendedores g. Honorarios do Diretor Administrativo Dbito Perda com materiais (conta de resultado) Crdito Estoque de materiais (baixa).

Honorarios do Diretor Industrial Despesas corn veiculos da administragao Despesas de depreciagao das maquinas industriais Consumo de energia eltrica na fabrica I. Linhas utilizadas na fabricagao de roupas (nao ha controle do consumo) Despesas de depreciagao das maquinas de escritbrio utilizadas pela fabrica Aluguel da area ocupada pela fabrica Despesas de depreciagao das maquinas de escritbrio da Admin ist ragao Salario da secretaria da gerncia da fabrica Matria-prima consumida na produgo Salarios dos supervisores da fabrica Embalagem usada no produto acabado Custo dos Produtos Vendidos u. IPI a recuperarEXERCICIOS DE FIXAcAO CAPITULO 1 EXERCICIO 1:

Uma indOstria de metais, durante certo ms, fabricou 400 produtos ao custo total de produgao de $ 570.000. Contudo, 20 unidades do produto foram refugadas e consideradas como perda do periodo. 0 custo unitario sera: a. ( ) $ 1.000; b. ( ) 1.500; c. ( ) 1.200; d. ( ) 1.300.EXERCICIO 2:

Urn gasto referente a bens ou servigos empregados na produgao considerado: a. ( ) desembolso; b. ( ) despesa; c. ( ) custo; d. ( ) perda.EXERCICIO 3:

Urn bem ou servigo consumido de forma anormal e involuntaria definido como: a. ( ) perda; b. ( ) investimento; c. ( ) despesa; d. ( ) custo.EXERCICIO 4:

Urn bem ou servigo consumido com o objetivo de obter receitas conceituado como: a. ( ) desembolso; b. ( ) despesa; c. ( ) custo; d. ( ) investimento.EXERCICIO 5:

Gastos ativados sao considerados: a. ( ) desembolso; b. ( ) despesa; c. ( ) custo; d. ( ) investimento.EXERCICIO 6:

0 pagamento referente a aquisigao de urn bem ou servigo : a. ( ) desembolso; b. ( ) gasto; c. ( ) despesa; d. ( ) custo.

EXERCICIO 7: O sacrificio que uma entidade faz para a obtengao de urn produto ou servigo :a. ( ) despesa; b. ( ) custo; c. ( ) gasto; d. ( ) desembolso.

EXERCICIO 8:Custo de transformagao : ( ) a soma da matria-prima mais a mao-de-obra direta; ( ) a soma da matria-prima, embalagens e mao-de-obra direta; ( ) a soma dos materiais diretos e indiretos; ( ) a soma da mao-de-obra direta mais os custos indiretos de fabricagao.

EXERCICIO 9:Valores extraidos dos registros contabeis de uma empresa industrial referentes a certo period sac): Matria-prima consumida $ 600.000 Mao-de-obra direta $ 380.000 Mao-de-obra indireta $ 130.000 Energia eltrica $ 70.000 Seguro da fabrica $ 12.000 Depreciagao de maquinas $ 37.000 Embalagens consumidas $ 20.000 Qual e o valor do Custo Direto, Custo de Transformagao e Custo Total? ( ) $ 980.000, $ 629.000, $ 1.200.000; ( ) $ 600.000, $ 580.000, $ 1.200.000; ( ) $ 1.000.000, $ 629.000, $ 1.249.000; ( ) $ 980.000, $ 580.000, $ 1.249.000.

QUESTOES EXTRAS CAPITULO 1 EXERCICIO 1:A aquisigao de matria-prima, pagamento de fornecedor de matria-prima e o consumo de matria-prima na produgao sao, respectivamente: ( ) custo, despesa e gasto/investimento; ( ) gasto/investimento, desembolso e custo; ( ) despesa, custo e gasto/investimento; ( ) gasto/investimento, custo e desembolso; e. ( ) despesa, gasto/investimento e custo.

EXERCICIO 2:A empresa Zola estava desmontando seu parque operacional e, para isso, efetuou as seguintes operagOes: I vendeu, a vista, por $ 3.000,00, uma maquina adquirida por $ 4.000,00 e que ja fora depreciada em 70%; II baixou do acervo patrimonial urn guindaste comprado por $ 5.000,00, ja depreciado em 80%; e

Ill alienou por $ 2.000,00 urn cofre, ainda born, corn valor contbil de $ 3.000,00, embora j depreciado ern 25%. No periodo, nao houve incidncia de correcao monetaria e as operagbes n sofreram tributagao. Considerando apenas as transagOes citadas, podemos dizer que a empresa Zola incorreu em: ( ) custos de $ 13.000,00; ( ) custos de $ 4.450,00; ( ) lucros de $ 550,00; ( ) perdas de $ 2.600,00; e. ( ) perdas de $ 200,00. EXERCICIO 3: A Fabrica de Sorvetes Spuma, iniciando o periodo produtivo, adquiriu materials no valor de $ 10.000,00, registrou as despesas de mao-de-obra direta a base de 60% dos materials consumidos, aplicou custos indiretos estimados em $ 6.000,00 e realizou despesas de $ 3.000,00 corn vendas. No periodo, a Fabrica vendeu 70% da producao, na qual usara 90% dos materials comprados. Sabendo-se que toda a producao iniciada foi concluida, podemos dizer que: ( ) o custo de transformagao foi de $ 12.000,00; ( ) o custo por absorgao foi de $ 14.280,00; ( ) o custo primario foi de $ 14.400,00; ( ) o custo do produto vendido foi de $ 17.280,00; e. ( ) o custo total do periodo foi de $ 20.400,00. EXERCICIO 4: 0 garoto Francisco de Assis largou o emprego para fazer urn cursinho de treina mento durante 60 dias corridos. A mensalidade sera de $ 130,00, mais apostilas' de $ 35,00 e conduco e alimentagao de $ 3,00 dirios. 0 salrio de Francisco no emprego abandonado era de $ 180,00 mensais, corn encargos de previd6ncia de 11%. Analisando-se gerencialmente a atitude de Francisco, corn base exclusiva nos dados fornecidos, verifica-se que, nesses dois meses, havera: ( ) custo econbmico de $ 874,60; ( ) custo econbmico de $ 795,40; ( ) despesa eletiva de $ 835,00; ( ) custo de oportunidade de $ 475,00; e. ( ) custo de oportunidade de $ 360,00.