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16 TERÇA-FEIRA | 14 de outubro de 2014 CORREIO DO POVO Publicações Legais anuncie: [email protected] | (51) 3216.1620 Pregão Eletrônico (SRP) n° 47/2014 OBJETO: REGISTRO DE PREÇOS para eventual aquisição de materiais consumíveis de agricultura, irrigação, insumos (sementes e adubos) e ferramentas, conforme condições, quantidades e exigêcias estabelecidas no edital e nos seus anexos. DATA E HORÁRIO DA ABERTURA: 04/11/2014, às 09h15min. LOCAL: www.comprasnet.gov.br UASG: 158517 EDITAL:O edital encontra-se a disposição dos interessados no sítio da Universidade Federal da Fronteira Sul www.uffs.edu.br e no portal de compras do governo federal www.comprasnet.gov.br. Chapecó/SC, 14 de Outubro de 2014 EVERTON ROGÉRIO ALVES CAVALHEIRO Pregoeiro AVISO DE LICITAÇÃO Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E INFRAESTRUTURA SUPERINTENDÊNCIA DE COMPRAS E LICITAÇÕES Computadores para escolas Questão trabalhista em debate Estão abertas até o dia 31 inscrições para o Prê- mio Fala (Formando Adolescentes na Luta Antivio- lência), iniciativa do Memorial do Judiciário do RS e da Corregedoria-Geral da Justiça. Estudantes e escolas concorrem a computadores que serão en- tregues em dezembro. O tema é “Eu na rede e a consciência do jovem quanto aos direitos huma- nos, à equidade social, de gênero e de etnia”. O mais importante é ter uma perícia autônoma. A afirmação é de Rodrigo Ebert Harsteln, um dos peritos que atuou no caso da boate Kiss, de Santa Maria, onde morreram 242 jovens e mais de cem ficaram feridos durante incêndio no dia 27 de janeiro de 2013. O trabalho das equipes de perícia nos casos da Kiss e do massacre de Caran- diru, a casa de Detenção de São Paulo, foram debatidos na tarde de ontem durante o Seminário Pe- rícia Criminal e Justiça, promovi- do pela Escola Superior de Magis- tratura (Escola da Ajuris) e pelo Sindicato dos Peritos Oficiais da Área Criminal do Estado (Acrigs). Participaram do evento os peri- tos Osvaldo Negrini Neto, que ex- pôs sua atuação em 1992 no caso Carandiru, em São Paulo, e Rodri- go Ebert Harsteln, sobre a boate Kiss, além do advogado Ronald Dutra e do juiz Sidinei José Br- zuska, que exploraram os aspec- tos legais dessas perícias. As apre- sentações foram feitas com fotos e trechos dos laudos, seguidos de questionamentos do público. Para Harsteln, os obstáculos nos caminhos, o tamanho das portas, a ausência de saída de emergência e de sinalização fo- ram as principais causas da tra- gédia na Kiss, além da fumaça tóxica gerada pela queima da es- puma. O perito criminal do Insti- tuto-Geral de Perícias relembrou que o trabalho da equipe se deu em etapas. Na primeira, houve uma análise de como teria inicia- do o incêndio e, na segunda, so- bre como estava a segurança no local no momento do acidente e o que teria causado tantas mor- tes. “O incêndio mesmo não foi muito grande, atingiu pouco me- nos de um quarto do local. En- tão precisávamos saber porque foi tão difícil sair dali”, conta. Houve dificuldades por ser um desastre de massa, revelou Harsteln. “Aprendemos muito so- bre como trabalhar nesses ca- sos. Esperamos que não tenha mais nada parecido mas, se ti- ver, o Estado está muito mais preparado para casos trágicos do que antes”, afirma. O profis- sional considera o trabalho de to- das as perícias satisfatório, pois o laudo de aproximadamente 160 páginas foi produzido em 50 dias. “Isso permitiu que o caso já esteja sendo julgado”, disse. No caso Carandiru, o perito Os- valdo Negrini contou que, na épo- ca do massacre, teve dificuldades para acessar o local. “A Polícia Militar dificultava a entrada de qualquer um. Eu só entrei depois de uma autorização deles”, lem- bra. O profissional conseguiu acesso apenas às primeiras celas onde via buracos de tiros nas pa- redes, mas não podia precisar quantos haviam morrido, e visuali- zou os corpos colocados lado a la- do no chão do primeiro pavimen- to. “Só depois de uma semana permitiram que eu entrasse para olhar as celas. Apenas depois de feita uma limpeza.” De acordo com Negrini, a perí- cia foi essencial para a conclu- são do caso. “O laudo pratica- mente sustentou a conclusão do Ministério Público”, acredita. Além disso, o profissional crê que a mentalidade da PM mudou depois do caso. “O número de mortes pela polícia era de 220 ao mês na grande São Paulo, na épo- ca. Hoje está em 35”, destaca. Em um salão, cabeleireiros, manicures e esteticistas são funcionários ou parceiros? Esses e outros assuntos serão abordados na palestra “Administrando riscos trabalhistas no setor de beleza”, com o especialista Paulo Roberto Bres- ciani. Hoje, a atividade acontece às 10h, em Canguçu, e às 19h, em Pelotas. No dia 22, será em Frederico Westphalen. Inscrições gratuitas nas unidades regionais do Sebrae/RS. Carandiru e Kiss sob a ótica dos peritos » Espaço Jurídico [email protected] Editora: Thaïs Bretanha e Rosangela Groff JFRS participa da Feira do Livro de Novo Hamburgo até o dia 18 prestando serviço à comunidade. SAMUEL MACIEL A OAB/RS e o Ministério Público emitiram a Recomendação Conjunta (RC) 10/2014 para que o defensor público-geral do Estado Nilton Leonel Arnecke Maria edite ato orientador da atuação dos defensores públicos do Estado. O documento foi assinado pelo presidente da Ordem gaúcha, Mar- celo Bertoluci, e pelo titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patri- mônio Público de Porto Alegre, Nilson de Oliveira Rodrigues Filho. Entre as medidas a serem adotadas pela Defensoria Pública do Estado está o fim da assistência processual a servidores públicos processados por ato praticado em razão do exercício de suas atribuições funcionais quando não reconhe- cidos como hipossuficientes de recursos materiais. O documento ainda re- comendou que atendimentos prestados a grupos vulneráveis — como mu- lheres vítimas de violência doméstica, idosos, crianças e adolescentes — justificam-se quando comprovarem a carência de recursos materiais. Defensoria: recomendação para assistência Perito do massacre do Carandiru, Negrini, falou das dificuldades do caso O poder Judiciário do RS e o Ministério da Justiça lançam ho- je o Projeto Solução Direta Con- sumidor. O objetivo é proporcio- nar acordos às demandas de con- sumo, evitando ajuizamento de processo judicial. A proposta consiste em disponibilizar, na pá- gina do TJRS, um link que leva o usuário ao site consumidor.gov. br, onde poderá fazer a reclama- ção sem custo. Os dados são compartilhados com os Procons. A ferramenta permite que o consumidor se comunique com as empresas participantes (telefo- nias, bancos, redes de lojas) que se comprometem a responder as reclamações em dez dias. Em ca- so de insucesso, o histórico da ten- tativa de solução pode ser útil no ajuizamento de demanda judicial. CONSUMIDOR Solução de conflito on-line

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16 ■ TERÇA-FEIRA | 14 de outubro de 2014 CORREIO DO POVO

PublicaçõesLegaisanuncie: [email protected] | (51) 3216.1620

Pregão Eletrônico (SRP) n° 47/2014

OBJETO:REGISTRODE PREÇOS para eventual aquisição demateriais consumíveisde agricultura, irrigação, insumos (sementes e adubos) e ferramentas, conforme

condições, quantidades e exigêcias estabelecidas no edital e nos seus anexos.

DATA E HORÁRIO DAABERTURA: 04/11/2014, às 09h15min.LOCAL: www.comprasnet.gov.br UASG: 158517EDITAL:O edital encontra-se a disposição dos interessados no sítio da UniversidadeFederal da Fronteira Sul www.uffs.edu.br e no portal de compras do governo federal

www.comprasnet.gov.br.

Chapecó/SC, 14 de Outubro de 2014EVERTON ROGÉRIO ALVES CAVALHEIRO

Pregoeiro

AVISO DE LICITAÇÃO

Ministério daEducação

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SULPRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E INFRAESTRUTURASUPERINTENDÊNCIA DE COMPRAS E LICITAÇÕES

Computadores para escolas Questão trabalhista em debate■ Estão abertas até o dia 31 inscrições para o Prê-mio Fala (Formando Adolescentes na Luta Antivio-lência), iniciativa do Memorial do Judiciário do RSe da Corregedoria-Geral da Justiça. Estudantes eescolas concorrem a computadores que serão en-tregues em dezembro. O tema é “Eu na rede e aconsciência do jovem quanto aos direitos huma-nos, à equidade social, de gênero e de etnia”.

Omais importante é teruma perícia autônoma. Aafirmação é de Rodrigo

Ebert Harsteln, um dos peritosque atuou no caso da boate Kiss,de Santa Maria, onde morreram242 jovens e mais de cem ficaramferidos durante incêndio no dia27 de janeiro de 2013. O trabalhodas equipes de perícia nos casosda Kiss e do massacre de Caran-diru, a casa de Detenção de SãoPaulo, foram debatidos na tardede ontem durante o Seminário Pe-rícia Criminal e Justiça, promovi-do pela Escola Superior de Magis-tratura (Escola da Ajuris) e peloSindicato dos Peritos Oficiais daÁrea Criminal do Estado (Acrigs).

Participaram do evento os peri-tos Osvaldo Negrini Neto, que ex-pôs sua atuação em 1992 no casoCarandiru, em São Paulo, e Rodri-go Ebert Harsteln, sobre a boateKiss, além do advogado RonaldDutra e do juiz Sidinei José Br-zuska, que exploraram os aspec-tos legais dessas perícias. As apre-sentações foram feitas com fotose trechos dos laudos, seguidos dequestionamentos do público.

Para Harsteln, os obstáculosnos caminhos, o tamanho dasportas, a ausência de saída deemergência e de sinalização fo-ram as principais causas da tra-gédia na Kiss, além da fumaçatóxica gerada pela queima da es-puma. O perito criminal do Insti-tuto-Geral de Perícias relembrouque o trabalho da equipe se deuem etapas. Na primeira, houveuma análise de como teria inicia-do o incêndio e, na segunda, so-bre como estava a segurança nolocal no momento do acidente eo que teria causado tantas mor-tes. “O incêndio mesmo não foi

muito grande, atingiu pouco me-nos de um quarto do local. En-tão precisávamos saber porquefoi tão difícil sair dali”, conta.

Houve dificuldades por serum desastre de massa, revelouHarsteln. “Aprendemos muito so-bre como trabalhar nesses ca-sos. Esperamos que não tenhamais nada parecido mas, se ti-ver, o Estado está muito maispreparado para casos trágicosdo que antes”, afirma. O profis-sional considera o trabalho de to-das as perícias satisfatório, poiso laudo de aproximadamente160 páginas foi produzido em 50dias. “Isso permitiu que o casojá esteja sendo julgado”, disse.

No caso Carandiru, o perito Os-valdo Negrini contou que, na épo-ca do massacre, teve dificuldadespara acessar o local. “A PolíciaMilitar dificultava a entrada de

qualquer um. Eu só entrei depoisde uma autorização deles”, lem-bra. O profissional conseguiuacesso apenas às primeiras celasonde via buracos de tiros nas pa-redes, mas não podia precisarquantos haviam morrido, e visuali-zou os corpos colocados lado a la-do no chão do primeiro pavimen-to. “Só depois de uma semanapermitiram que eu entrasse paraolhar as celas. Apenas depois defeita uma limpeza.”

De acordo com Negrini, a perí-cia foi essencial para a conclu-são do caso. “O laudo pratica-mente sustentou a conclusão doMinistério Público”, acredita.Além disso, o profissional crêque a mentalidade da PM mudoudepois do caso. “O número demortes pela polícia era de 220 aomês na grande São Paulo, na épo-ca. Hoje está em 35”, destaca.

■ Em um salão, cabeleireiros, manicures e esteticistas sãofuncionários ou parceiros? Esses e outros assuntos serãoabordados na palestra “Administrando riscos trabalhistasno setor de beleza”, com o especialista Paulo Roberto Bres-ciani. Hoje, a atividade acontece às 10h, em Canguçu, e às19h, em Pelotas. No dia 22, será em Frederico Westphalen.Inscrições gratuitas nas unidades regionais do Sebrae/RS.

Carandiru e Kiss soba ótica dos peritos

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EspaçoJurí[email protected]: Thaïs Bretanha e Rosangela Groff

JFRS participa daFeira do Livro de

Novo Hamburgo até odia 18 prestando

serviço à comunidade.

SAMUEL MACIEL

■ A OAB/RS e o Ministério Público emitiram a Recomendação Conjunta(RC) 10/2014 para que o defensor público-geral do Estado Nilton LeonelArnecke Maria edite ato orientador da atuação dos defensores públicos doEstado. O documento foi assinado pelo presidente da Ordem gaúcha, Mar-celo Bertoluci, e pelo titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patri-mônio Público de Porto Alegre, Nilson de Oliveira Rodrigues Filho. Entre asmedidas a serem adotadas pela Defensoria Pública do Estado está o fim daassistência processual a servidores públicos processados por ato praticadoem razão do exercício de suas atribuições funcionais quando não reconhe-cidos como hipossuficientes de recursos materiais. O documento ainda re-comendou que atendimentos prestados a grupos vulneráveis — como mu-lheres vítimas de violência doméstica, idosos, crianças e adolescentes —justificam-se quando comprovarem a carência de recursos materiais.

Defensoria: recomendação para assistência

Perito do massacre do Carandiru, Negrini, falou das dificuldades do caso

O poder Judiciário do RS e oMinistério da Justiça lançam ho-je o Projeto Solução Direta Con-sumidor. O objetivo é proporcio-nar acordos às demandas de con-sumo, evitando ajuizamento deprocesso judicial. A propostaconsiste em disponibilizar, na pá-gina do TJRS, um link que levao usuário ao site consumidor.gov.br, onde poderá fazer a reclama-ção sem custo. Os dados sãocompartilhados com os Procons.

A ferramenta permite que oconsumidor se comunique com asempresas participantes (telefo-nias, bancos, redes de lojas) quese comprometem a responder asreclamações em dez dias. Em ca-so de insucesso, o histórico da ten-tativa de solução pode ser útil noajuizamento de demanda judicial.

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