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Terapias de Substituição Renal JULIO CESAR MATIAS 7º SEMESTRE - ENFERMAGEM

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Health & Medicine


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Page 1: Terapias de substituição renal

Terapias de Substituição

RenalJULIO CESAR MATIAS

7º SEMESTRE - ENFERMAGEM

Page 2: Terapias de substituição renal

DEFINIÇÃO

Rim Limpa o plasma sanguíneo de substâncias indesejáveis ao organismo através da filtração .

Metabólitos Ureia, creatinina, ácido úrico e uratros.

Quando os rins não são capazes de remover metabólitos, manter eletrólitos e regular o balanço hídrico indica-se a terapia para substituição de sua função.

Page 3: Terapias de substituição renal

TIPOS DE TERAPIA

As terapias de substituição renal incluem, além do transplante renal, as diálises. ( Diálise Peritoneal, Hemodiálise e Terapia de Substituição renal Contínua)

Diálise Aguda Curto prazo.

Indicações:

• Hipercalemia e Hipercalcemia• Sobrecarga de líquidos e risco

para Edema Pulmonar• Acidose• Pericardite• Superdosagem de fármacos ou

intoxicação• Uremia

Diálise Crônica Longo Prazo.

Indicações:

• Doença Renal Crônica• Doença Renal Terminal• Uremia com sinais de

intoxicação sistêmica como vômitos, anorexia, letargia e confusão mental

• Edema

Page 4: Terapias de substituição renal

HEMODIÁLISE

Pode ser de curto ou longo prazo.

Não cura a doença e nem compensa as atividades endócrinas ou metabólicas renais, apenas extrai substâncias nitrogenadas e tóxicas do sangue e remove o excesso de água.

O método mais comum é a hemodiálise intermitente, a qual consiste num tratamento de 3 x/ sem com duração entre 3 e 4 horas.

Dialisador É o rim artificial. Funciona como membrana semipermeável sintética para filtração do sangue que vem com toxinas e metabólitos nitrogenados e é devolvido ao paciente após a remoção dos mesmos.

Page 5: Terapias de substituição renal

HEMODIÁLISE

Page 6: Terapias de substituição renal

Máquina de Diálise

Dialisadores

Page 7: Terapias de substituição renal

HEMODIÁLISE

Normalmente, o sangue é retirado do corpo por meio de um

acesso vascular, que resulta de uma fístula artificial que une uma

veia e uma artéria superficiais do braço, e é impulsionado por uma

bomba até o dialisador, contido em uma máquina. Nesse filtro,

o sangue é posto em contato com a solução de diálise, separado dela

apenas por uma membrana semipermeável, através da qual se

fazem as trocas de substâncias entre os dois líquidos. Após ser

filtrado, o sangue é devolvido ao paciente pelo mesmo

acesso vascular.

Page 8: Terapias de substituição renal

HEMODIÁLISEACESSO VASCULAR

O acesso ao sistema vascular pode se dar por dispositivos, fístulas e enxertos arteriovenosos.

DISPOSITIVOS DE ACESSO VASCULAR Hemodiálise Aguda

Cateter de grande calibre e duplo lúmen em veia subclávia, jugular ou femoral

FÍSTULA ARTERIOVENOSA Hemodiálise Crônica Anastomose de artéria em uma veia, geralmente no antebraço A fístula precisa “amadurecer” antes de ser usada , em média

esse processo acontece entre 2 e 3 meses no qual o segmento venoso dilata-se devido ao fluxo sanguíneo aumentado proveniente da artéria.

ENXERTO ARTERIOVENOSO Ligar veia a artéria através de ducto artificial.

Page 9: Terapias de substituição renal

Fístula Arteriovenosa

Catéter Duplo Lúmen

Page 10: Terapias de substituição renal

HEMODIÁLISEPROCEDIMENTOS:

- Preparo do sistema de hemodiálise: ligar a máquina e realizar checagem de seu funcionamento,

valores de condutividade e temperatura, montar o sistema de diálise, preencher câmara interna do

dialisador e interna do circuito extracorpóreo com solução salina, checar remoção completa de ar do

sistema e/ou resíduos de solução esterilizante com reagente específico; 

- - Preparo do paciente para hemodiálise: orientar o paciente a checar seu nome e registro gravado no

material de diálise, verificar sinais vitais e peso seco do paciente, higienizar o braço da fístula (quando

for esta a via de acesso vascular), acomodar o paciente de modo confortável à poltrona ou cama;

 

Page 11: Terapias de substituição renal

HEMODIÁLISEPROCEDIMENTOS

- Instalação do paciente: proceder a punção da fístula ou a abertura do cateter, coletar material para

exames (se solicitado), anticoagular o paciente (se prescrito), conectar a linha arterial à via arterial do

cateter ou fístula e a linha venosa à via venosa, ligar a bomba de sangue; 

- Monitorizar o tratamento hemodialítico;

- Finalização do tratamento hemodialítico: verificar sinais vitais e pesar o paciente, desligar a bomba de

sangue e devolver ao paciente o conteúdo do segmento pré-bomba do equipo arterial, administrar drogas

prescritas e coletar exames antes de desconectar os equipos, desconectar os equipos do acesso do

paciente encaminhando o circuito para o reprocessamento, retirar as agulhas do paciente (em caso de

fístula como acesso vascular) e realizar hemostasia com gaze estéril por cinco minutos, orientar quanto

aos cuidados no período interdiálise. 

Page 12: Terapias de substituição renal

DIÁLISE PERITONEAL

Terapia alternativa a pacientes com insuficiência renal que são incapazes ou que

não querem submeter-se a hemodiálise ou transplante renal.

Remove toxinas e metabólitos e reestabelece o equilíbrio hidroeletrolítico normal.

A solução de diálise é introduzida na cavidade abdominal através de um cateter,

onde permanece por um determinado tempo para que ocorram as trocas entre a

solução e o sangue (esse processo é chamado de permanência). De um modo

geral, as escórias nitrogenadas e líquidos passam do sangue para a solução de

diálise, a qual é posteriormente drenada da cavidade peritoneal. Após isso, uma

nova solução é infundida, repetindo assim o processo dialítico e dando início a um

novo ciclo de diálise.

Page 13: Terapias de substituição renal
Page 14: Terapias de substituição renal

DIÁLISE PERITONEAL

Existem duas modalidades desta diálise e ela possibilita o seu uso no domicílio.

Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC): realizada diariamente e de forma

manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde,

noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre

as trocas, o paciente fica livre das bolsas.

Diálise Peritoneal Automatizada (DPA): realizada todos os dias, normalmente à noite,

em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido,

fazendo as trocas do líquido. Antes de dormir, o paciente conecta -se à máquina, que faz

as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica. A drenagem é realizada

conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente rígido para grandes

volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas “trocas manuais”.

Page 15: Terapias de substituição renal

DIÁLISE PERITONEALCATETER DE TENCKHOFF

Page 16: Terapias de substituição renal

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NO PACIENTE DIALISADO

Page 17: Terapias de substituição renal

CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES DIALISADOS

Monitoramento, apoio, avaliação e educação do paciente

Promover a terapia farmacológica

Promover a terapia nutricional e hídrica

Atender as necessidades psicossociais

Medidas antropométricas

Proteger o acesso vascular e verificar frêmito pelo menos a cada 8h

Monitorar sintomas de uremia (vômitos, anorexia, letargia e confusão mental)

Tratar o desconforto e a dor

Page 18: Terapias de substituição renal

CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES DIALISADOS

Monitorar SSVV

Prevenir infecção e monitorar local de inserção do catéter

O dialisador pode ser utilizado até 12 vezes pelo mesmo paciente, exceto em pacientes HIV+ e com Hepatite B.

Testar dialisadores quanto a sua capacidade

Bolsas de solução básica e ácida devem ser mantidas íntegras

Seguir regras assépticas em todos procedimentos

Page 19: Terapias de substituição renal

REFERÊNCIASDiagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014/ NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed, 2012

SMELTZER, S. C; BARE, B.G. BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de EnfermagemMédico- Cirúrgica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Vol. 2.

SOUZA, Emilia Ferreira de; DE MARTINO, Milva Maria Figueiredo; LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Diagnósticos de enfermagem em pacientes com tratamento hemodialítico utilizando o modelo teórico de Imogene King. Rev. esc. enferm. USP,  São Paulo ,  v. 41, n. 4, p. 629-635, Dec.  2007 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342007000400 013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 19  Maio  2015.