terapia cognitivo comportamental...

105

Upload: others

Post on 29-Jun-2020

15 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL (TCC)

DISCIPLINA: TÉCNICAS COGNITIVAS

CONHECIMENTO – Ao final desse programa você deverá conhecer

Os conceitos dos princípios fundamentais no entendimento das técnicas cognitivas.

COMPETÊNCIAS – Ao final desse programa você deverá ser capaz de

Aplicar os conceitos aprendidos para avaliar, formular e tratar os Transtornos Psicológicos.

ATITUDE – Ao final desse programa você deverá ter mudado sua atitude para:

Ser capaz de observar o paciente com uma visão cognitiva, aprimorando a capacidade de planejar e realizar

intervenções clínicas.

Para melhor aproveitamento há necessidade de preparação dos casos e leitura prévia de todo o material

indicado.

CONCEITUAÇÃO

Exposição dialogada dos conteúdos e práticas em sala de aula

CRÍTICA

não se aplica

VIVÊNCIA

Análise e discussão de situações reais de casos clínicos.

AÇÃO

Não se aplica

CONTEÚDO A SER DESENVOLVIDO

O MODELO COGNITIVO

OS CINCO ASPECTOS DE VIDA

OS PENSAMENTOS

OS SENTIMENTOS

O COMPORTAMENTO

A REAÇÃO FISIOLÓGICA

MÉTODOS COGNITIVOS BÁSICOS

REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS

TÉCNICAS COGNITIVAS

Bibliografia

MÉTODOS COGNITIVOS BÁSICOS

Estruturação da terapia

1. Psicoeducação2. Questionamento Socrático e Descoberta Orientada3. A Flecha Descendente4. RPD5. Identificando os Erros ou Distorções Cognitivas6. Identificando Esquemas7. Reestrutura Cognitiva8. Role-play9. Imagens mentais10. Resolução de problemas

Métodos de estruturação da terapia

1. Estabelecimento de metas.

2. Estabelecimento de agenda.

3. Realização de avaliação/ checagemde sintomas.

4. Ligar as sessões (fazer uma pontecom as sessões anteriores).

5. Dar feedback.

6. Dar compasso às sessões.

7. Prescrição de tarefa de casa.

8. Uso de técnicas terapêuticas.

9. Uso do caderno terapêutico..

Psioeducação

A psicoeducação é o estabelecimento de um fluxo de informações doterapeuta mutuamente para o paciente (Callaham & Bauer, 1999).

Explicar os fundamentos da terapia cognitivo comportamental.

Esclarecer para o paciente como ele funciona no meio ambiente, seuspensamentos automáticos, crenças intermediárias, crenças centrais eesquemas desadaptativos.

Promover uma abordagem teórico-prática que lhes possibilite oentendimento do transtorno. Educar e familiarizar o paciente emrelação aos seus problemas e a sua patologia, esclarecendo-o acercadas implicações e consequências do diagnóstico.

A psicoeducação possibilita ao paciente compreender as diferenças entreas suas características pessoais e as do transtorno psicológico, já que opaciente psicoeducado conhece com detalhes as consequências e osfatores desencadeantes e mantenedores dos problemas ou patologia queapresenta (Caminha et al., 2003).

Para psicoeducação pode ser utilizado a biblioterapia para a compreensãodo transtorno e da TCC.

O MODELO COGNITIVOA interpretação que uma pessoa faz de um evento, determina

como ela se sente e como se comporta.

Pensamento Sentimento Comportamento

Reações Fisiológicas

O Modelo Cognitivo Comportamental

Evento

Avaliação Cognitiva

EmoçãoReação física

Comporta-mento

OS CINCO ASPECTOS DE VIDA

• Quando um paciente fala de sua queixa para o terapeuta, oprofissional deve encorajar o paciente à compreender o problema,do qual, se queixa.

• Os questionamentos do terapeuta devem ser sobre cinco aspectosde vida: pensamentos (crenças, imagens, lembranças), estado dehumor, comportamentos, reações fisiológicas e ambiente (passado epresente).

•Cada um dos cinco componentes afeta e interage com osdemais.

•Pequenas mudanças em uma dessas áreas podemacarretar mudanças nas demais.

•A identificação desses cinco componentes em relação àdificuldade pode ajudar a direcionar áreas de mudança.

(Dennis Greenberger e Christine Padesky, 1999)

AMBIENTE

PENSAMENTOS

REAÇÕES ESTADOS

FÍSICAS DE

HUMOR

COMPORTAMENTOS (Center for Cognitive Therapy, Newport Beach, CA., 1986)

OS PENSAMENTOS

• Os pensamentos constroem o que somos e auxilia adefinir o estado de humor.

• Os pensamentos automáticos influenciam nossoscomportamentos.

• São palavras e imagens que surgem na mente, quandoestamos fazendo alguma tarefa.

• As crenças são pensamentos rígidos, construídos nodecorrer das experiências de vida, podem sofrerinfluência cultural/étnica, familiar, gênero, vizinhos,religião, mídia.

• O que pensa a respeito de si mesmo, do futuro, dasexperiências de vida é influenciado pelo passado epelo presente.

PENSAMENTOS CRIAM EMOÇÕES

• Pensamentos:

EU PENSO QUE...

- Ninguém me ama

- Não faço nada certo

- Vou errar tudo na prova

- Querem me assaltar

- Passarei no concurso

- Meu marido me ama

- Eu sou boa no que faço

• Sentimentos:

PORTANTO, SINTO-ME

- Solitário, rejeitado

- Fracassado

- Ansioso

- Medroso

- Feliz

- Amada

- Orgulhosa

AS EMOÇÕES

• São as emoções, experiências vividas internamente.

• Exemplo: ansiedade, tristeza, medo, desespero, raiva, mágoa,angústia, ódio, inveja, indiferença, impotência, fracasso,arrependimento, autocrítica, pena, felicidade, alegria,contentamento, amor, compaixão, esperança, entusiasmo...

• Evite contestar e desvalorizar os sentimentos do paciente. Asituação que ele está vivendo, o faz sentir realmente aquelaemoção.

• A emoção pode ser avaliada em uma escala de 0 a 100%.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

______________________________________

Nenhuma leve moderada grande extrema

O COMPORTAMENTO

• É a ação, o que o paciente faz e como ele se comporta mediantea situação que vivencia.

A REAÇÃO FISIOLÓGICA

• Todo emoção é sentida no corpo, provocada poruma liberação de hormônios que entra na correntesanguínea.

• A reação fisiológica acontece como uma resposta docorpo a liberação destes hormônios,

provocando sensações físicas.

Exemplo: Quando sente ansiedade a adrenalina éliberada e chega até o estômago provocando dor.

• Exemplo:

Você está andando pela rua deserta à noite, um homem que está dooutro lado da rua atravessa em sua direção e se aproxima de você.

Pode pensar que ele é um ladrão e irá assaltá-lo.

O que sente? Como se comporta?

Pode pensar que ele está querendo uma informação.

O que sente? Como se comporta?

Entende que você sente e se comporta a partir de um pensamento?

Identificação dos pensamentos automáticos

1. Reconhecimento das mudanças de humor

2. Uso de inventários

3. Questionamento socrático/ Descoberta orientada

4. Registro de pensamento disfuncional

5. Exercícios de imagens mentais

6. Exercício de role-play

Expressão facial e estado de humor

Identificando as emoções

QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO DESCOBERTA ORIENTADA

• Sócrates idealizou questões que conduzia chegar onde ele desejava,conforme registrado nos Diálogos Socráticos.

• Baseia-se na relação empírica colaborativa com o paciente.

• Questionamentos que provocam a curiosidade e o desejo de inquirir.

• Questões orientadoras para auxiliar os pacientes a identificar asnovas perspectivas que desafiem suas conclusões errôneas,modificando as cognições disfuncionais e os esquemasdesadaptativos.

• Conduzir o paciente através do caminho que o terapeuta deseja,permitindo que faça “associações livres”. Muito mais abertas e livresdo que o método criado pelo próprio Sócrates.

• O objetivo deste questionamento socrático é envolver o paciente aomáximo para pensar sobre o problema discutido e sobre as possíveissoluções para este problema.

• O ideal para treinar o questionamento socrático é escutar umagravação de uma reunião, parar a gravação cada vez que escutar umadeclaração ou uma pergunta fechada, e produzir questionamentosocrático que conduziria a mesma ideia porém mais frutífera.

Mário é administrador de empresas e foi convidado para ministrar uma palestra na universidade que se graduou.

Pr- “Não vão gostar da minha palestra”. (pensamento automático)

T- E se isso for verdade?

Pr- “Vão descobrir que eu sou uma fraude.”

T- E se isso for realmente verdade?

Pr- “Se eu for uma fraude então eu faço tudo errado.” (crença intermediária)

T- O que de pior pode acontecer?

Pr- “Me dá um branco”.

T- E se isso acontecer?

Pr- “Todos irão ver que eu falhei”.

Pr- “Eu sou um fracasso.” (crença central)

Identificação dos pensamentos automáticos

•Onde? Quando?

•Com quem?

Situação

•O que passou na sua cabeça?

Pensamento

•O que sentiu?

•Quanto sentiu de 1 até 100 (a maior que já sentiu na sua vida)?

Estado de Humor ou Emoção

•Em que parte do seu corpo sentiu?

•O que sentiu?

Reações físicas?

•O que você fez?

•Como reagiu?

Comportamento

Inventário de Pensamentos Automáticos

Marque um X ao lado de cada pensamento que você tenha tido nas duas últimas semanas.___ Eu deveria estar me dando melhor na vida.

___ Ele/ela não me atende.

___ Eu o/a decepcionei.

___ Eu simplesmente não consigo achar graça em nada.

___ Por que sou tão fraco(a)?

___ Eu sempre estrago tudo.

___ Minha vida está sem rumo.

___ Não consigo lidar com isso.

___ Estou fracassando.

___ Isso é demais para mim.

___ Não tenho muito futuro.

___ As coisas estão fora de controle.

___ Tenho vontade de desistir.

___ Com certeza alguma coisa de ruim vai acontecer.

___ Deve ter alguma coisa errada comigo. (adaptado de Wright, Wright, Beck, 2004)

O que pensa sobre?

EU

OUTRO

MUNDO/FUTURO

Conceituação Cognitiva

• A Conceituação Cognitiva visa sintetizar as informações sobre opaciente, com base nos dados encontrados na avaliação cognitiva,para clarificar os sintomas e das suas causas, otimizando oplanejamento do tratamento.

• A conceituação é efetivada com a colaboração do paciente e contémdados como hipótese diagnóstica; experiências significativas dainfância; situações desencadeadoras; PA; crenças intermediárias;crenças centrais e esquemas; mantenedores do problema e pontosfortes do paciente. Pode-se utilizar o modelo de formulário deconceituação cognitiva (KUYKEN; PADESKY; DUDLEY, 2010).

Diagrama de Conceitualização Cognitiva (Beck, 1997)

Situação 1

Pensamento automático

Significado do PA

Emoção

Comportamento

Situação 2

Pensamento automático

Significado do PA

Emoção

Comportamento

Situação 3

Pensamento automático

Significado do PA

Emoção

Comportamento

Dados relevantes da infância

Crenças nucleares

Pressupostos/regras

Estratégias compensatórias

Nome do paciente: ______________________________ data:

A FLECHA DESCENDENTE

• Os pacientes quando chegam ao consultório, geralmente se queixamde seus sintomas, mas não conseguem identificar seus pensamentosdisfuncionais e nem suas crenças.

• Quando o paciente relata seus pensamentos, são confusos e poucoprodutivos terapeuticamente.

• Na técnica da Flecha Descendente, organiza-se os pensamentos,ordenando-os e chegando a identificação da crença central.

• “A Flecha Descendente refere-se a uma de questões quepodem ser feitas para quase todas as inferências, na qualcada respostas propõe uma nova questão. Elas vêm naforma de:

•E se for verdade que...? Ou O que lhe incomoda nisso?

•O objetivo de cada questão é investigar o significado pessoalda inferência para o paciente, até que surja uma inferênciaque traga benefícios com o trabalho da terapia cognitiva.

Keith Gobson (2006)

QUESTIONAMENTO DA FLECHA DESCENDENTE

• O que isso significa ou diz respeito (a si mesmo ou aos outros ou sobre o mundo?)

• Supondo que isso seja verdade, o que significa?

O que isso significa? O que representa na sua via?

O que isso significa? O que de pior poderia acontecer?

O que isso significa?

Exemplo Se eu for falar com ela, ela não gostará de mim.

Se ela não gostar de mim, então irá me rejeitar.

Ficarei sozinho para sempre.

Ninguém gostará de mim.

Ninguém me ama.

Flecha descendente

• Partindo de uma situação (a mais recente que incomodou) faça os questionamentos da flecha descendente e chegue a crença central.

Situação

O que isso significa

para você?

O que isso representa

para você?

EVENTO E PENSAMENTO/ IMPLICAÇÃO

Evento: Vou a boate

Pensamento: “Ficarei nervoso ao me aproximar de uma garota”.

• O que você acha que acontecerá?

• Se isso acontecer, então significa que?

• Se for uma fracasso, isso significa que...

• Se jamais encontrar alguém, então...

• Se estiver sempre sozinho, isso o incomodaria porque...

• Qual é o pressuposto subjacente?

(Robert L. Leahy, 2006)

• Serei rejeitado

• Eu sou um fracasso

• Jamais encontrarei alguém para me relacionar

• Estarei sempre sozinho

• Não serei feliz – serei sempre muito infeliz

• Preciso de outras pessoas para me sentir feliz.

Reconhecimento de mudança de humorO terapeuta deve considerar qualquer mudança de estado de humordo paciente como um sinal de pensamento automático.

Ex.: Ana é uma engenheira química gerente de uma empresa depetróleo. Ana começou a se sentir deprimida quando algunssubordinados tiveram que ser demitidos e passou a trabalhar com umnúmero insuficiente de funcionários. Ao relatar isso para a psicólogabaixou o olhar e franziu a testa. A psicóloga questionou o que passavapor sua cabeça naquele momento e Ana disse: “Eu não consigo darconta”, “por mais que eu me esforce não adianta nada”, “Eu deveriame matar até conseguir”, “Sou um fracasso”.

Ana foi solicitada a anotar no Afetivograma e posteriormente no RPDtodas as vezes que sentir uma emoção ou estado de humor forte.

Afetivograma

Estado de humor - Medir (0 - 100) Pensamentos Automáticos (O que passa pela cabeça?)

O TERAPEUTA E O RPD

• Esclarecer ao paciente o que são os sentimentos, emoções ehumores.

• Ensinar julgar e graduar a intensidade destes estados.

• Solicita que o paciente anote a situação e o fluxo do pensamentoquando ocorrer um sentimento desagradável.

• Ensinar ao paciente a ficar atento aos seus pensamentos eimagens quando tem sentimentos desagradáveis.

REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS

• As colunas do RPD correspondem ao modelo cognitivo da emoção –situação, crença e consequência emocional; além de respostas oucontra respostas alternativas às crenças.

• Utiliza no momento em que experimentam um estado afetivodesagradável ou confuso.

• Anotam preenchendo as colunas.

ASPECTOS SECUNDÁRIOS DO RPD

• Reavaliação: o paciente quando ainda permanece num grau elevadode crença no pensamento automático, indica que não resolveu apreocupação inicial ou continua faltando algum significadoessencial.

• Resposta com pouco afeto: possui crenças importantes que nãoforam abordadas.

Quando observar que seu humor está piorando, pergunte-se: “O queestá se passando pela minha cabeça neste momento?” escreva opensamento ou imagem mental na coluna de PensamentosAutomáticos.

Data Situação Emoção Pensamentos Reações Comportamentos

Automáticos fisiológicas

_________________________________________________________________________________________________

Onde você Que emoções Que pensamentos O que sentiu Como se comportou?

estava e o que (tristeza, raiva, e/ou imagens no seu corpo?

estava fazendo ansiedade,...) passaram por sua

quando começou Avalie a cabeça? Avalie a

a ficar incomodado? intensidade sua crença em

De cada uma cada um (0-100)

(0-100%)

R P D

Quando observar que seu humor está piorando, pergunte-se: “O que está se passando pela minhacabeça neste momento?” escreva o pensamento ou imagem mental na coluna de PensamentosAutomáticos. Depois, considere o quanto esses pensamentos são corretos ou realistas._________________________________________________________________________________Data Situação Emoção Pensamentos Respostas Resultados

Automáticos Alternativas

_____________________________________________________________________________________________

Onde você Que emoções Que pensamentos Use as questões Reavalie sua crença em seus

estava- e o que (tristeza, raiva, e/ou imagens abaixo para pensamento automáticos

estava fazendo ansiedade...) passaram por sua compor respostas (0-100) intensidade de suas

quando começou Avalie a cabeça? Avalie a aos PA avalie sua emoções (0-100)

a ficar incomodado? intensidade sua crença em crença em cada uma

De cada uma cada um (0-100) (0-100). Consulte lista

(0-100%) de distorções cognitivas

possíveis.

R P D de respostas alternativas

PERGUNTAS QUE AUXILIAM IDENTIFICAR OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

• O que estava passando na mente instantes antes de começar a sentir-se destemodo?

• O que isso diz respeito a sua pessoa se for verdade?

• O que isso diz respeito a você, sua vida e seu futuro?

• O que você teme que pode acontecer?

• O que de pior poderia acontecer se isso fosse verdade?

• O que isso significa em termos do modo como a(s) outra(s) pessoa(s)sente(m)/pensa(m) a meu respeito?

• O que isso significa em relação à(s) outra(s) pessoa(s) ou às pessoas em geral?

• Quais imagens ou lembranças tenho nesta situação?

(Dennis Greenberger e Christine Padesky, 1995)

AS TRÊS QUESTÕES

• Quais são as evidências a favor ou contra a crença?

• Quais são as interpretações alternativas do evento ou da situação?

• Quais são as implicações reais se a crença estiver correta?

Devem ser adaptadas à situação ou estilo do paciente.

ERRO COGNITIVO

✓Terapeuta ensina o paciente a reconhecer quando seupensamento é um distorção cognitiva.

✓Lembrar que todo ser humano está propenso a exageros epensamentos tendenciosos.

✓Quando o paciente identifica que cometeu um erro cognitivo elereavalia a situação e flexibiliza o pensamento.

DISTORÇÕES COGNITIVAS

1- Leitura mental – imagina o que a pessoa está pensando sem ter evidências.

Ex. “Ele acha que sou burra.”

2- Adivinhação do futuro – Prevê coisas negativas sobre o futuro.

Ex. “Vou ser reprovado na prova.”

3- Catastrofização – acredita que o que vai acontecer será tão terrível que não irásuportar.

Ex. “Vou morrer se ele terminar o namoro”

4- Rotulação – atribui aspectos negativos a si ou aos outros.

Ex. “Eu sou nojenta” ou “Ela é maquiavélica”

5- Desqualificação dos aspectos positivos – as realizações própria ou do outro é banal.

Ex. “Terminar o Doutorado não é mais do que a minha obrigação” ou “É isso que seespera de uma filha”.

6- Filtro negativo – foca os aspectos negativos.

Ex. “A minha promoção só me trará trabalho e responsabilidade”

7- Supergeneralização – globaliza negativamente a partir de umúnico incidente.

Ex. “As pessoas sempre me criticam”

8- Pensamento dicotômico – “tudo ou nada”

Ex. “Sou rejeitado por todos.”

9- Afirmações do tipo Deverias – interpreta os eventos como elesdevem ser ao invés de como são.

Ex. “Eu deveria me sair bem, caso contrário serei um fracasso”

10- Personalização – atribui a si mesmo culpa por eventos negativos, não percebeque o outro pode ter culpa.

Ex. “Meu casamento terminou porque eu não soube fazer ele dar certo.”

11- Atribuição de culpa – culpa o outro por seus problemas.

Ex. “Minha esposa é a culpada de todos os meus problemas”

12- Comparações injustas – se compara com outras pessoas que se saem melhordo que ele, em situações irrealistas, se inferiorizando.

Ex. “Ele tem muito mais sucesso do que eu.”

13- Orientação para o remorso – fica pensando o que poderia ter feito melhor nopassado ao invés de pensar o que pode fazer agora.

Ex. “Se eu tivesse feito faculdade poderia ter um emprego bem melhor.

14- E se...? – Questiona várias vezes “e se...?” e nunca fica satisfeito com aresposta.

Ex. “E se eu ficar ansiosa e não conseguir fazer a prova?” “E se eu forreprovada?”

15- Raciocínio emocional – deixa os sentimentos guiar a interpretação dosacontecimentos.

Ex. “Sinto-me ansiosa, por isso eu não consigo levar nada ao fim.”16- Incapacidade de refutar – rejeita qualquer evidência que possa

contradizer os pensamentos negativos.Ex. “Esse não é o problema, existem coisas mais profundas”17- Foco no julgamento – avalia os acontecimentos em termos de bom-mau,

superior-inferior...Ex. “ Se eu for aprender inglês, vou me sair mal”.

CATEGORIZAÇÃO DAS DISTORÇÕES COGNITIVAS

Pensamentos automáticos

• Eu deveria me esforçar mais.

• Tudo que eu fiz não valeu nada.

• Sinto-me deprimida e por isso me sai mal no concurso.

• Não suportarei se não for contratada.

• Sou uma burra.

Distorções

• Afirmações do tipo Eu Deveria

• Pensamento dicotômico

• Raciocínio emocional

• Catastrofização

• Rotulação

Esquemas

Bowlby (1985)Os esquemas são desenvolvidospara lidar com a gama deeventos diversos que surgemcotidianamente a fim de tomardecisões apropriadas.

Clystine Gomes (2014)Inicialmente os esquemasaparecem nas situações comoproteções, para que possa seadaptar na vidas cotidiana, maspodem perdem o sentido e ficardesadaptativo, pois situaçõessemelhantes acionam osesquemas, mas não são assituações principiais.

Três grupos de principais esquemasClark e colaboradores (1999)

1- Esquemas simples: regras sobre anatureza física e ambiental, paraadministração das atividades do dia adia.

Ex.: “Seja prudente ao dirigir”.

“Em um temporal cubra osespelhos”.

“Quando chover leve o guardachuva para não se molhar”.

2- Crenças e pressupostos intermediários:regras condicionais do tipo se...então,influenciando a autoestima e a regulaçãoemocional.

Ex.: “Tenho que fazer tudo certo para seramado”.

“Se eu não tiver um excelentediscurso então não vou conquistarnenhuma garota”.

“Se eu não estudar então não irei tiraruma boa nota”.

3. Crenças nucleares sobre si mesmo: regras globais e absolutas inferindo sobre a autoestima.

Ex.: “Não mereço ser amado”

“Sou um burro”

“Eu me considero um fracasso”

“Sou uma amiga exemplar”

“Sou uma marido perfeito”

“Posso confiar nas pessoas”

Esquemas

Esquemas adaptativos

“Consigo lidar de alguma maneira com o pior que possa acontecer”.“Sou digno de ser amado”.“Posso realizar bem o que faço”.“Sou uma pessoa confiável”.“Sou inteligente e consigo resolver os problemas”.“Na minha vida tenho sucesso nas coisas que faço”.

Esquemas desadaptativos

“Sou burro e não consigo aprender coisas novas”.“Não fico bem com pessoas que não conheço”.“Se eu não der tudo de mim, então não irei conseguir”.“Sou uma farsa”.“Ninguém me amam”.“Não sobrevivo sem um amor”.

IDENTIFICANDO ESQUEMAS

Nove fatores :1-Vulnerabilidade2- Aprovação3- Perfeccionismo4- Necessidade de agradar aos outros5-Imperativos6- Necessidade de impressionar os outros7- Evitar fraquezas8- controle das emoções9- Desaprovação.OBS.: Todos os fatores, menos o oitavo tem nomes que refletem a

vulnerabilidade cognitiva, o oitavo reflete atitudes mais resilientes.

1- Vulnerabilidade – “Sempre que corro risco, estou procurando problemas”

2- Aprovação – “Meu valor como pessoa depende em grande parte do que os outrospensam de mim”

3- Perfeccionismo – “Minha vida será desperdiçada, mesmo que eu seja bem-sucedido”

4- Necessidade de agradar os outros – “É melhor desistir dos próprios interesses paraagradar às outras pessoas”

5- Imperativos – “Devo estar feliz o tempo todo”

6- Necessidade de impressionar os outros – “Devo impressionar as pessoas se quiser queelas gostem de mim”

7- Evitar fraquezas – “Se uma pessoa pede ajuda é um sinal de fraqueza”

8- Controle das emoções – “As críticas não devem perturbar a pessoa que as recebe”

9- Desaprovação – “É horrível quando pessoas importantes para nós nos decepcionam”

A REESTRUTURAÇÃO COGNITIVA

Passos

1) Monitoramento e Identificação dos Pensamentos automáticos.2) Reconhecimentos das relações entrecognição/afeto/comportamento/estados fisiológicos.3) Testagem da validade dos pensamentos (em termos cognitivos e darealidade objetiva).4) Formulação de pensamentos menos distorcidos.5) Substituição de pensamentos distorcidos por outros mais adaptativos erealistas.6) Nova testagem em termos da realidade objetiva.7) Avaliação.

1- Quais são as evidências que o pensamento automático éverdadeiro? Quais são as evidências que ele não éverdadeiro?

2- Existem explicações alternativas para este evento, oumaneiras alternativas de enxergar a situação?

3- Quais são as implicações se o pensamento forverdadeiro? Qual é a coisa mais perturbadora nisso? Qual éa visão mais realista? O que posso fazer a respeito?Keith S. Dobson e colaboradores ( 2006, pág.277)

Perguntas básicas sobre as evidências

Evidências que apoiam e não apoiam o pensamento disfuncional

1. Já teve alguma experiência que mostra que este pensamento nãoé sempre verdadeiro?

2. Se o seu melhor amigo ou alguém que você ama tivesse estepensamento, o que diria para ele ou ela?

3. Se o seu melhor amigo ou alguém que te ama soubesse que estátendo este pensamento, o que eles diriam para você?

4. Quando não está se sentindo deste modo, pensa sobre este tipode situação de forma diferente? Como?

5. Quando se sentiu deste modo no passado, o que pensou queauxiliou a se sentir melhor?

6. Você já teve neste tipo de situação antes? O que aconteceu? Há alguma diferençanesta situação e nas anteriores? O que aprendeu de experiências prévias quepoderia lhe ajudar agora?

7. Existem pequenas coisas que contradizem seus pensamentos que você possaestar descartando como não sendo importantes?

8. Daqui a cinco anos, se olhar para trás em relação a esta situação, você olharápara ela de forma diferente? Concentrará a sua atenção em qualquer outra parteda experiência?

9. Existe algum ponto positivo ou forte em você, na situação, que estejasignorando?

10. Está tirando conclusões precipitadas sobre seus pensamentos automáticos ousobre as evidências que apoiam estes pensamentos, que não são justificadaspelas evidências?

11. Está se culpando por algo que não tem total controle?

Formulário de evidências (Wright, Basco & Thase, 2008)

Evidências a favor do pensamento automático

1.

2.

3.

4.

5.

Evidências contra o pensamento automático

1.

2.

3.

4.

5.

Pensamento automático:

Erros cognitivos:

Pensamentos alternativos:

Formulário de evidências (Wright, Basco & Thase, 2008)

Evidências a favor do pensamento automático

1. Eu não consegui terminar o meu curso de inglês.

2. Eu não consigo fazer ginástica.

3. Eu não consigo terminar meu trabalho da pós-graduação.

4. Eu não consigo terminar a obra do meu apartamento.

Evidências contra o pensamento automático

1. Eu terminei a universidade.

2. Eu terminei o curso de Espanhol.

3. Eu terminei meu namoro.

4. Eu terminei meu curso de gestão.

5. Eu terminei meu estágio.

Pensamento automático: Eu não consigo terminar nada.

Erros cognitivos: Dicotomia, personificação.

Pensamentos alternativos: Eu consigo terminar a maioria das coisas que dependem de mim.

Cartões de reestrutura de pensamentos

Após reestruturas os pensamentos anotar em cartões e colocar nacarteira, no armário, no quadro de fotos, na gaveta, em locais quepoderá ver constantemente.

Pode também escrever no celular, mas é importante ter no papelpor ficar mais à vista.

Todas às vezes que sentir uma emoção forte pegar o cartão e ler.

Cartão de pensamentos alternativos

Quando meu namorado não

atende meu telefonema.

“Ele não me ama”“Ele deve estar

com outra”

“A outra deve ser melhor que eu”

“Ninguém me ama”

Cartão de pensamentos alternativos

Quando meu namorado não

atende meu telefonema.

“Ele me ama e está comigo”

“Eu mereço ser amada”

“Eu sou uma pessoa bonita, inteligente e

interessasnte”

“Eu sou amada por muitas pessoas, por minha família e por

meus amigos”

Cartão de enfrentamento

Quando meu namorado não atende

meu telefonema.

Perceber meu pensamento extremado

Distanciar-me da situação e verificar meus pensamentos antes de brigar com

meu namorado

Pensar nas coisas positivas de nosso

relacionamento

Ler o cartão de pensamento alternativo

Gráfico em pizza

trabalho

casamento

lazerfinanças

pessoal

saúde

Geralmente o paciente acredita que o problema é 100% da sua vida, mas ao

fazer uma reatribuição percebe que tem outras áreas da vida importantes.

Imagens mentaisAs imagens mentais são cognições que aparecem junto com ospensamentos automáticos e com as crenças disfuncionais. Àsvezes, lembranças remotas emergem com os pensamentosdisfuncionais e são mais marcantes do que palavras, frases oupressupostos.

Pacientes com dificuldade para entrar em contato com seuspensamentos disfuncionais podem ter bons resultados com essatécnica.

Pedir para o paciente fechar os olhos, voltar no tempo e entrar emcontato com a cena (situação), falar o que passava na mentenaquele momento.

Faça perguntas como: O que o levou para esta situação?

Onde está? Com quem?Como é o lugar?Como você está vestido?Lembra de algum som? Cheiro? Gosto?Como estão as pessoas?O que acontece?O que você sente?O que você pensa?Como se comporta?O que mais você consegue lembrar?

Exemplo:T- Feche os seus olhos... Respire profundamente... Solte o seu corpo e relaxe... Agora volte no tempo para a situação que sua esposa brigou com você por ter chegado em casa atrasado para o jantar de família. O que lembra?

Pr- Eu estou entrando em casa e logo ela grita comigo :”está cedo para amanhã”.

T- Quem estava lá?

Pr- meus pais e os pais dela estão lá.

T- Como é o lugar que estão?

Pr- Estão sentados à mesa, me esperando.T- O que mais você consegue lembrar?

Pr- A cara deles. Todos me olham e parecem que estão chateados comigo.

T- O que pensa? O que passa de ruim por sua cabeça?

Pr- Eu faço tudo errado, mais uma fez eu falhei.

T- O que mais pensa? Como estava se sentindo?

Pr- Que sou um fracasso. Um merda. Um nada.

Role Play

Nessa técnica o terapeuta dramatiza o papel da pessoa davida do paciente (cônjuge, filhos, pais, chefe...) depoisestimula um diálogo que emerjam os pensamentosautomáticos.

Pode-se inverter os papéis, o paciente é a outra pessoa e oterapeuta é o paciente.

Essa troca de papéis tem como objetivo identificar ospensamentos automáticos e reestruturá-los.

Exercício

Descreva uma situação desagradável que aconteceu nestasemana ou na semana passada. Foi aonde e com quem?

Agora seja a pessoa da situação e refaça essa história com opaciente.

Depois seja o paciente e o paciente passa a ser o terapeuta,deixe o paciente falar quais seriam os pensamentosalternativos e as mudanças de comportamentos.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

• “O ajuste psicológico relaciona-se com a destreza na solução deproblemas de caráter intra e interpessoal” (Caballo, 1995).

• O paciente geralmente apresenta vários problemas que nãoconseguiu solucionar, ele tem dificuldades pois está envolvidocom o seu transtorno e foca mais no problema do que nassoluções, muitas vezes sente-se incapacitado de achar umcaminho e tem crenças que o impede de ver o problema demaneira real, também pode supervalorizar o problemadeixando-o gigantesco e inatingível.

Criar uma lista de problemas

• Na primeira sessão o terapeuta cria uma lista de problemas como paciente, nas sessões seguintes ele solicita ao paciente paraescrever na agenda os problemas que surgirem e após, oterapeuta ensina o paciente a pensar e a escrever as possíveissoluções.

Os passos para a habilidade de solucionar problemas:

1) Orientação para o problema: avaliar a sensibilidade, asreações emocionais e motivacionais em relação ao problema.Verificar os julgamentos e expectativas gerais sobre osproblemas da vida e sobre a própria capacidade geral desoluciona-lo. Pensar sobre as atribuições, os obstáculos, qual é apercepção de controle sobre o problema e quanto pretende seesforçar e se comprometer na execução das soluções.

2) Definição do problema: busca de informação, organização dainformação para a compreensão e estabelecimento de objetivos.

3) Levantamento de alternativas de solução: princípio daquantidade, adiamento do Julgamento e princípio da variedade.

4) Tomada de decisão: antecipação cognitiva dos resultados dasolução e preparar para solução.

5) Prática da solução e verificação: auto - observação, auto avaliaçãodo bem estar emocional e da razão custo/benefício, auto reforço etarefas de casa para generalização.

Objetivos do treinamento em solução de problemas:

➢Ajudar os indivíduos a identificar as situações estressantes davida.

➢Maximizar as habilidades futuras de enfrentamento de situações

problemáticas.

➢Aumentar a eficácia das tentativas de solução de problemas.

Técnica de resolução de problemas

1- Identificar o problema.

2- Projetar soluções.

3- Selecionar uma da soluções.

4- Implementar a solução.

5- Avaliar a efetividade da solução

Estudo de casoPaulo tem dificuldades em praticar esporte, é obeso e diabéticotipo2. O seu médico prescreveu dieta e prática de atividadeaeróbica.

A psicóloga sugeriu que iniciasse a prática de forma gradativa emuma atividade mais convidativa. Paulo encontrou uma solução,inicialmente iria caminhar até o seu trabalho que fica a 6quadras de casa, nas 2 primeiras semanas ele iria para o trabalhoandando e voltaria de ônibus.

Posteriormente faria diariamente, a pé, todo o percurso egradativamente o aumentaria em algumas quadras além dotrabalho, até que caminhasse um total de 1 hora por dia.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS POR METAS POSITIVAS

1- Identificar os problemas.

2- Separar os problemas.

3- Estabelecer metas para solucionar os problemas.

4- Orientar o paciente a escrever a lista com itens comportamentais aserem utilizados.

Estudo de casoMaria está cursando Direito e tem dificuldade de acordar cedo para ir as aulas eprestar atenção, como dorme tarde e acorda cedo, de tarde dorme e não estudaem casa, o que a deixa bastante ansiosa ao fazer testes e provas .

Lista de metas:

1- Dormir mais cedo e acordar cedo.

2- Ficar acordada à tarde.

3- Estudar em casa para os testes e provas.

4- Concentrar-se nas aulas.

5- Reduzir preocupação com os testes e provas.

(paciente em casa lê a lista e vê se tem algo a acrescentar).

Relatório de resolução de problemas (Judith Beck, 1993)• Nome do paciente: data / / .

• 1- Problema

• 2- Significado especial: pensamento automático e crença

• 3- Resposta ao significado especial.

• 4- Solução(ões) possível(eis).

• Vantagens

• Desvantagens

• Nome da paciente: Maria data:02/06/2008.

• 1- Problema: Dificuldade nos estudos na universidade de Direito

• 2- Significado especial: Pensamento automático – Vou ficar reprovada.

• Crença – Eu sou um fracasso.

• 3- Resposta ao significado especial:

• Eu sou competente o suficiente para passar nas matérias, eu nunca fiqueireprovada.

• 4- Soluções possíveis: a- dormir e acordar cedo. b- estudar à tarde emcasa.

• c- prestar atenção na aula. d- ficar despreocupada com testes e provas

• 5- Vantagens de estudar Desvantagens

• A- aprovação B- formar, trabalhar A- não dormir bem

TOMADA DE DECISÃOÉ difícil para alguns pacientes fazer escolhas e tomar decisões,geralmente temos que abrir mão de algo em prol de outro, issopode ser muito complicado para algumas pessoas, considerandoa vivencia de pequenos lutos quando se deixa algo de lado pararealização de outra.

A ação do terapeuta é guiar o paciente a fazer escolhassolicitando-o à catalogar as vantagens e desvantagens de cadaopção, isso pode ajuda-lo a criar pesos para cada opção e aextrair uma conclusão que pareça a melhor para o momento.

Análise de vantagens e desvantagens É importante analisar as vantagens e desvantagens da tomada dedecisão, o terapeuta pode orientar o paciente através deperguntas e isso pode possibilitar ao paciente relembrar algunsitens a serem acrescentados ou retirados da lista. Dessa forma, opaciente pode tomar a melhor decisão para a sua vida naqueledeterminado momento.

ALCANCE DE OBJETIVOS

FORMULÁRIO PARA ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS

Nome: Rafael

Data: 03/03/2016

Objetivo Geral: passar no ENEM para a graduação de Direito

Gostaria de: passar para a Universidade Pública

Subobjetivos:

1)- matricular-se no curso pré-vestibular 2)- Frequentar o curso 3)-Estudar 4 horas por dia em casa. 4)- fazer a inscrição no ENEM 5)-Ir no dia da prova Outros: Ir nas monitorias quando necessitar.

A melhor crença possível Organize uma hierarquia de situações problema e suas crençascorrespondentes em torno de 10 ou 15 itens.

Desenvolva uma lista de crenças racionais para cada situação.

Peça ao paciente que relaxe e imagine a maneira ideal de lidar comcada situação. Oriente-o a se visualizar na situação, pensando nassaídas mais racionais e realistas possíveis e encarando as emoções eos comportamentos resultantes como consequências da novamaneira de pensar.

O terapeuta pode dizer:Visualize a cena, mas desta vez imagine-se concentrado nopensamento realístico, tão claramente quanto possível. Agoraimagine que está sentindo emoções realísticas e está agindo deacordo com elas. Permaneça nesta linha, até completar toda acena, convicto do pensamento correto e sentindo e agindo damaneira correspondente. Continue assim até que possavisualizar toda cena facilmente.

Quando a imagem acima estiver claramente definida na mente,peça ao paciente que imagine quais seriam as melhoresconsequências possíveis de pensar nesta nova maneira de secomportar, não apenas nesta situação, mas em todas assituações do gênero.

Ok, agora imagine a cena das melhores consequências depensar desta maneira. Imagine se pensasse racionalmente emtodas as situações deste tipo. O que aconteceria de positivo comvocê? De que maneira sua vida poderia melhorar? Não penseapenas no que poderia acontecer, imagine acontecendo...Continue assim até que esteja muito nítido em sua mente.

Repita o exercício por, no mínimo, três vezes a cada sessão.Continue até que os pacientes possam imaginar a cena originalsem relatar nenhuma reação negativa. Continue com o exercício,seguindo adiante na hierarquia, como foi estabelecido no passo 1.

Frequentemente este exercício é gravado e o paciente éorientado a pratica-lo, inicialmente, por no mínimo três vezes porsemana..

Estudo de Caso

Ana, é estudante de medicina e quer decidir se irá fazer um curso deférias ou viajar com seus pais para Europa.

T- Deixe-me mostrar a você como é mais fácil escolher quando temosa oportunidade de pesar as vantagens e desvantagens das opções deescolha. Você vai anotar as vantagens e desvantagens de fazer o cursode férias e de viajar com os seus pais para a Europa.

Curso de férias

Vantagens Desvantagens

• Me especializar. - estudar nas férias.

• Aprender novas habilidades. - não gostar.

• Sentir-me capaz. - não ter lazer.

• É bom para o currículo.

Viagem para Europa com os paisVantagens Desvantagens

-Conhecer um País -Não me especializar

-Estar com meus pais -Não melhorar o currículo

-Conhecer nova cultura -Gastar dinheiro

-Passear

-Ter momentos de lazer

Ana optou por ficar, não viajou com os pais para se especializar.

ESTUDO DE CASO

Assuntos Gerais

Não se

aplica

REFERENCIAS