teorias do positivismo e fenomenológica

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TEORIAS DO SERVIÇO SOCIAL INFLUÊNCIA DA FENOMENOLOGIA NO SERVIÇO SOCIAL: Husserl estava interessado em estudar a intencionalidade e como ela integra a consciência e o objeto. Para ele a intencionalidade é o ato de dar um significado, um sentido, encontrar uma referência de ligação, o elo entre o ser e a realidade, isto ocorre na consciência do indivíduo. O fenômeno integra a consciência e a realidade, e a fenomenologia é o estudo que quer saber como o indivíduo percebe o fenômeno. Se o fenômeno integra a consciência do indivíduo e a realidade (mundo exterior), a fenomenologia está interessada em saber também como o indivíduo se percebe. Em função da somatória de percepções que o indivíduo tem da realidade ele formará o que os fenomenologistas chamam de campo perceptual. Husserl estava interessado em entender as coisas através do mundo sensível e não suprassensível, em entender as coisas a partir das vivências dos indivíduos e como esses estabeleciam os significados para suas vivências. A realidade está dada. O ser humano, com os componentes essenciais de seu sistema nervoso como a memória, o raciocínio hipotético dedutivo, a imaginação, a criatividade, suas emoções, suas intuições e os limites do seu conhecimento acumulado, procura exatamente a compreensão da realidade. A ignorância o torna inseguro quando a realidade lhe provoca um novo desafio para aprender. Ele, muita vezes, enxerga esse desafio como ameaça. Essa forma de

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Teoria que permeiam a ação profissional do assistente social.

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Page 1: Teorias do positivismo e fenomenológica

TEORIAS DO SERVIÇO SOCIAL

INFLUÊNCIA DA FENOMENOLOGIA NO SERVIÇO SOCIAL:

Husserl estava interessado em estudar a intencionalidade e como ela

integra a consciência e o objeto. Para ele a intencionalidade é o ato de dar um

significado, um sentido, encontrar uma referência de ligação, o elo entre o ser

e a realidade, isto ocorre na consciência do indivíduo. O fenômeno integra a

consciência e a realidade, e a fenomenologia é o estudo que quer saber como

o indivíduo percebe o fenômeno. Se o fenômeno integra a consciência do

indivíduo e a realidade (mundo exterior), a fenomenologia está interessada em

saber também como o indivíduo se percebe. Em função da somatória de

percepções que o indivíduo tem da realidade ele formará o que os

fenomenologistas chamam de campo perceptual. Husserl estava interessado

em entender as coisas através do mundo sensível e não suprassensível, em

entender as coisas a partir das vivências dos indivíduos e como esses

estabeleciam os significados para suas vivências. A realidade está dada. O ser

humano, com os componentes essenciais de seu sistema nervoso como a

memória, o raciocínio hipotético dedutivo, a imaginação, a criatividade, suas

emoções, suas intuições e os limites do seu conhecimento acumulado,

procura exatamente a compreensão da realidade. A ignorância o torna

inseguro quando a realidade lhe provoca um novo desafio para aprender. Ele,

muita vezes, enxerga esse desafio como ameaça. Essa forma de encarar

aprendizagem é substancialmente fenomenológica, subjetiva.

O ser humano é o ser vivo mais complexo do planeta. Seu

comportamento é multideterminado. Essa afirmação de que o ser humano

é multideterminado apresenta já em si uma parte dessa complexidade.

Quando se fala de determinação quer se encontrar exatamente

objetividade. A ciência que se construiu nesses últimos séculos

queria e quer exatamente ser a mais objetiva possível, e para isso

desenvolve uma metodologia capaz não somente de explicar os

fenômenos, mas de controlá-los. E para controlá-los seria preciso

conhecer seus processos, funcionamentos, ou em alguns casos, as leis

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que regem sua ordenação. O comportamento humano, com toda sua

variabilidade, síntese das motivações internas e externas (de cunho

social) é alvo de uma ciência que procura construir leis que possam

explicar muito bem seu funcionamento (SILVA, 2004).

É um método compreensivo e não explicativo, é indutivo e não

dedutivo. Para o Serviço Social, a atitude fenomenológica se

caracteriza pelo diálogo, conscientização, participação, compreensão

intersubjetiva, captação intencional das vivências por meio da

presença corporal. Exige conhecimento mútuo (assistente

social/usuário) o que implica saber ouvir, sentir com, perceber. Em

meados do século passado, surgiu em todo o mundo o movimento pela

Reconceitualização do Serviço Social, que, no Brasil, foi motivado pela crise do

paradigma positivista. Esse método já não atendia às necessidades do Serviço

Social, em parte pelas suas lacunas inatas, e em outra parte pelas mudanças

políticas, econômicas e sociais ocorridas no Brasil. Fazia-se necessário um

método mais adequado à realidade latino-americana, em vez de métodos

tradicionais, copiados dos Estados Unidos e Europa.

O movimento de Reconceitualização se realizou através de Seminários

Regionais, promovidos pelos próprios Assistentes Sociais, cujo objetivo era a

discussão sobre o que era o Serviço Social e que Metodologia a profissão

deveria utilizar.

O Documento Sumaré foi produzido no III Seminário de Reconceitualização do

Serviço Social, realizado na casa da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos

do Brasil), na cidade de Sumaré, no estado do Rio de Janeiro, no período de

20 a 24 de Novembro de 1978.

Nesse seminário, 254 assistentes sociais se reuniram e estudaram diferentes

propostas do Serviço Social, bem como criticaram o paradigma tradicional

(Positivista). Eles estudaram, nesse seminário, a Cientificidade do Serviço

Social, o Serviço Social e a Fenomenologia, e, o Serviço Social e a Dialética.

Os estudos dessas temáticas se deram por meio de conferências, estudos em

grupo e sessões em plenária.

No entanto, foi a questão relativa à cientificidade que motivou Anna Augusta de

Almeida a apresentar uma nova proposta, por ela elaborada, que manifesta seu

Page 3: Teorias do positivismo e fenomenológica

métodos genérico, baseado no processo de ajuda psicossocial, o qual é obtido

através do dialogo entre a pessoa-assistente social e a pessoa-cliente (pessoa

usuário).

O diálogo como ajuda psicossocial é um processo em que a pessoa-assistente

social e a pessoa-cliente efetivam uma experiência, tomando como ponto de

partida a situação existencial problematizada (SEP).

No dialogo, o trabalho que caracteriza a pessoa-cliente, que é sujeito de uma

experiência, é a investigação de uma verdade, a qual em Fenomenologia

chamamos de essência.

A metodologia do dialogo necessita tanto do conhecimento da pessoa-

assistente social quanto do conhecimento de que a pessoa-cliente é portadora,

posto que um sem o outro inviabiliza a dialetização crítica e necessária do

conhecimento.

A pessoa-assistente social, na ajuda psicossocial é o “homem total”, sujeito

racional e livre. A proposta de Anna Augusta exige uma metodologia que

possibilite um trabalho em maior profundidade com as personalidades (ser-na-

natureza) e uma fenomenologia que possibilite trabalhar em nível de

entendimento (o serviço-como-pessoa).

A atitude fenomenológica nos faz reconhecer que cada caso é um caso, que a

pessoa-cliente é dependente da posição e da situação em que está inserida,

seja do ponto de vista da percepção do meio social, intelectual, sócio-cultural,

histórico ou religioso. Torna-se necessário então, admitir o fenômeno, o que é

dado, sem preconceitos, teorias ou juízos de espécie alguma, observando que,

a cada retorno, a pessoa-cliente traz uma nova situação, cheia de significados

e, portanto, sendo preciso recomeçar com a pessoa-cliente, ouvi-la, entendê-la,

e não tentar enquadrá-la nesta ou naquela teoria.

A Fenomenologia não apresenta uma proposta finalística para os problemas

sociais nem para os problemas humanos, mas considera que a solução dos

problemas está na pratica, valorizando a intersubjetividade das consciências –

que é de onde a pessoa-cliente e a pessoa-assistente social têm projetos e

aspirações – e buscando encontrar a essência através da experiência.

O homem é visto, segundo a Fenomenologia, como ser individual, e único

capaz de construir-se, considerando que o próprio homem, ou seja, a pessoa-

cliente, ao interpretar os problemas por ela vividos, pode encontrar

Page 4: Teorias do positivismo e fenomenológica

possibilidades, ela própria, para resolver os mesmos.

A Fenomenologia enfatiza a importância do (que foi) vivido, pois tanto a

pessoa-cliente quanto a pessoa-assistente social estão inseridos na relação e a

influenciam com significados que trazem da vida cotidiana, ou seja, com a

interpretação que fazem de si e de seu mundo.

A pessoa-assistente social deve tentar entender a pessoa-cliente, para que,

juntos, possam experiênciar a descoberta da verdade. Nessa busca pelo

entendimento, surge o diálogo, como instrumento de trabalho, estabelecendo a

relação em que tanto a pessoa-assistente social quanto a pessoa-cliente estão

problematizando algo. Ressaltando que se faz necessário entender qual

significado as situações possuem para a pessoa-cliente, rejeitando as idéias

prontas e tendo em vista que todo momento em que estamos em contato com

o outro indicará possibilidades construídas a dois, através do diálogo e da

reflexão.

Assim, a Fenomenologia seria um caminho que nos possibilitaria entender

antes de julgar ou explicar; que nos ajudaria a acolher o outro e com ele buscar

o crescimento, através do diálogo e da reflexão, meios tais que farão com que

a pessoa-assistente social e a pessoa-cliente tragam elementos novos à

consciência, que ajudarão a explicar a situação problema.

A pessoa-assistente social que segue a orientação fenomenológica não dirá à

pessoa-cliente como é o mundo, mas sim, quererá saber o que essa pessoa-

cliente pensa do mundo, pois essa pessoa-assistente social acredita que existe

uma diferença de individuo para individuo e, portanto, havendo concepções

variadas sobre o mundo, a realidade é um fenômeno subjetivo. A pessoa-

assistente social passa a ser, então, uma viabilizadora das condições que leva

a pessoa-cliente a perceber que é capaz de conhecer sua realidade, de refletir

sobre ela e de transformá-la, pois agora ela é capaz de questionar o que

conhece e, por tudo isso, entende a realidade. É necessário salientar que, além

dessa capacidade de refletir, o homem também possui capacidade de reter o

que aprendeu usar este conhecimento posteriormente e não deixá-lo “parado”,

imutável, e sim sempre acrescentar algo de novo que o ajudará no continuo

processo de aprendizagem e crescimento.

A pessoa-assistente social deve estar disposta a “trazer à tona” o significado da

experiência vivida com a pessoa-cliente, buscando a essência daquilo que ela,

Page 5: Teorias do positivismo e fenomenológica

a pessoa-assistente social, viveu, para poder esboçar um projeto futuro, não

encarando a pessoa-cliente como pronta, acabada e marcada pelo seu

passado, e sim a deixando livre para decidir entre as suas possibilidades.

Apesar de estar em contato com o subjetivo da pessoa-cliente, a pessoa-

assistente social deve manter seu rigor cientifico, despojando-se de tudo aquilo

que lhe foi incutido como certo e pré-estabelecido, deste modo estando pronta

para ajudar a pessoa-cliente a desenvolver todas as suas potencialidades,

através do diálogo educativo.

Mas o dialogo concebido por Anna Augusta não é apenas isso. Existe algo

mais. Para que se entenda de que diálogo estamos falando, precisamos fazer

duas importantes distinções:

v Compreender x Entender: quando alguém compreende um outro, significa

dizer que este alguém simplesmente decodificou signos concretos – letras,

palavras, estruturas frasais etc. – para o pensamento, tendo conhecimento

apenas do que o outro diz, conforme o que ele diz com as palavras. ‘Entender’

é muito mais que ‘compreender’. É compreender e, além disso, sentir o mesmo

que o emissor sentiu no momento em que ele falou ou escreveu. É ter atenção,

interesse, envolvimento, identidade com que o outro diz.

v Expor x Fazer entender: É a mesma dualidade compreender x entender, só

que no sentido inverso. ‘Expor’ é simplesmente o processo de se fazer

compreendido. Enquanto que ‘fazer entender’ é quando, ao falar ou escrever,

doa-se sentimento, emoção, conseguindo o envolvimento do ouvinte, fazendo-

o ‘entender’ e fazendo com que ele aprenda verdadeiramente.

Partindo dessas duas dualidades, podemos também entender o que é

comunicação. Comunicação nada mais é do que a troca ‘fazer entender-

entender’. Não é troca apenas intelectual, e sim intelectual e emocional. A troca

‘exposição-compreensão’ não é verdadeira comunicação, posto que os homens

não são constituídos apenas de intelecto.

Outra dualidade que tem estreita relação com os conceitos anteriores é a

dualidade ‘relação x encontro’. Devemos saber que tanto a ‘relação’ quanto o

‘encontro’ são conceitos carregados de afetividade pelo menos na perspectiva

fenomenológica aplicada ao Serviço Social. Depois, devemos saber que o

‘encontro’ é englobado pela ‘relação’, ou seja, a ‘relação’ é constituída por

vários ‘encontros’. A pessoa-assistente social deve estar consciente de que em

Page 6: Teorias do positivismo e fenomenológica

cada ‘encontro’ é uma nova oportunidade de entender a pessoa-cliente, assim,

constituindo um relacionamento de ajuda.

A ajuda, por sua vez apenas se dá quando se põe em vivencia todos esses

aspectos mencionados anteriormente, fazendo com que a pessoa-cliente,

através do dialogo, aprenda, transformando-se e, por conseguinte, encontrando

e realizando as soluções para os seus problemas.

A ajuda é capacitar a pessoa-cliente, desenvolvendo suas próprias

potencialidades. Consciente dessa realidade, a pessoa-assistente social não se

pergunta “como ajudar?”, e sim, “como educar?”. A ‘educação’ se dará através

do dialogo, cujo interlocutor deve ter a intenção de se colocar no lugar do outro,

durante o dialogo. A realização desta intenção implica a renúncia de todas as

prenoções, os preconceitos, as pré-compreensões etc., para entrar no mundo

da pessoa-cliente, descobrindo todas as singularidades que a fazem diferente

de outras pessoas-cliente.

No método dialógico, a relação não se dá entre o sujeito pessoa-assistente

social e seu objeto pessoa-cliente, e sim, dá-se entre duas pessoas, dois

sujeitos.

Após esses esclarecimentos iniciais, podemos colocar que há quatro condições

necessárias para que se dê o conteúdo educativo da relação de ajuda.

A primeira delas é o reconhecimento, por parte dos Assistentes Sociais, de que

a pessoa-cliente quer procurar a solução para seus problemas e quer resolvê-

los.

A segunda condição é chamada de congruência, e pressupõe uma pessoa-

assistente social verdadeira no que diz, no seu apoio, no seu interesse. Essa

condição a pressupõe verdadeiramente dialógica, e não pseudo-dialógica. Ela

é ela mesma, não podendo, desta forma, ser neutra ou despossuída de

experiências pessoais.

Na verdade, não existe neutralidade técnica, tampouco subjetiva. É impossível

a separação do eu pessoal do eu profissional. Consciente disso, a pessoa-

assistente social deve dar um bom uso a essa realidade: deve adquirir auto-

conhecimento, a fim de participar na relação, transformando e se deixando

transformar.

A terceira condição para a aprendizagem é a ‘aceitação’ total da pessoa-

cliente, do jeito como ela é. Para completar a ‘aceitação’, a quarta condição é a

Page 7: Teorias do positivismo e fenomenológica

compreensão, que deve se realizar em três tipos:

1. Em seu primeiro tipo, a compreensão é ‘saber sobre a pessoa’, ler sobre ela,

ouvi-la, observá-la etc.

2. O segundo tipo de compreensão consiste em entender a pessoa ‘através de

nós mesmos’, utilizando a intencionalidade de nossas consciências. “Trata-se

de usar a nossa percepção, nossos sentimentos, nosso pensamento para

experimentar a significação que o outro vivencia”. [1]

3. O terceiro tipo de compreensão baseia-se na ‘empatia’, que é a captação do

“mundo particular do paciente como se fosse seu próprio mundo, mas sem

nunca esquecer esse caráter de ‘como se”[2].De posse desse três tipos de

compreensão, afirma-se novamente que não existe comunicação sem

compreensão, no sentido de entendimento. Dizemos que o conteúdo educativo

se deve sobretudo à atitude fenomenológica, que busca as essências de cada

homem ou objeto. Em Serviço Social, a Fenomenologia nos mostrou o quão

importante e viabilizador é a realidade subjetiva de cada pessoa-cliente, que

permite o conhecimento daquele ser, depois sua transformação, possibilitada

pela aprendizagem, pelo conteúdo educativo, que por sua vez, deu-se através

do método dialógico.

PROPOSTA DE AÇÃO FENOMENOLÓGICA

No Serviço Social o processo fenomenológico busca abordar os

problemas sociais do indivíduo, do grupo, das instituições a partir do encontro

do sentido originário da fenomenologia que fundamenta maneiras específicas

de vivenciar o mundo, permitindo compreender (não explicar) comportamentos

e atuações sociais. Para Husserl, “a essência é encontrada a partir das

vivências intencionais fundamentais”. Para se alcançar a essência parte-se da

percepção concreta e vivida da coisa, assim como de sua representação pela

imaginação. Esse processo exige um conhecimento mútuo entre assistente

social e cliente ao nível de compreensão que supõe a descrição do vivido, a

descoberta do sentido do vivido, a caracterização da estrutura do vivido.

Apresenta-se uma proposta metodológica, baseada na fenomenologia, cujo

[[

Page 8: Teorias do positivismo e fenomenológica

marco referencial é constituído pelos conceitos de diálogo, Pessoa e

transformação.

Diálogo – assistente social e cliente desenvolvem uma interação baseada

na percepção e na forma de consciência que dará origem a um projeto a partir

da SEP (Situação Existencial Problematizada). O diálogo deve constituir-se em

um processo gerador de transformação social.

Pessoa – pessoa é o homem total, sujeito, logo racional e livre.O

desenrolar metodológico requer a elaboração de um “insight” psicanalítico que

oportunize um trabalho em maior profundidade (ser-na-sua-natu-reza) e uma

fundamentação teórico-metodológica que possibilite trabalhar em nível de

compreensão(ser-como-pessoa). O procedimento metodológico dá-se em cinco

movimentos exercidos no diálogo.

1º momento – Colocação de uma SEP como fenômeno social.

2º momento – Análise crítica dessa SEP.

3º momento – Síntese crítica da SEP gerada pelo conhecimento constituído na

análise.

4ºmomento – Construção do projeto de transformação.

5ºmomento – Retorno reflexivo (questionar os resultados comparando o que foi

alcançado com o que se pretendia alcançar). Para a autora, a experiência deve

conduzir a uma tomada de consciência crítica de necessidades novas, de

exigências de novas opções. O agir profissional sempre acontece embasado

por um método científico, e que norteia a práxis, influenciando, diretamente a

ação profissional.

A TEORIA POSITIVISTA

Identificou na sociedade dois movimentos vitais: chamou de dinâmico

o que representava a passagem para formas mais complexas de existência,

como a industrialização; e de estático o responsável pela preservação dos

elementos permanentes de toda ORGANIZAÇÃO SOCIAL. As instituições

que mantêm a coesão e garantem o funcionamento da sociedade – por

exemplo: família, religião, propriedade, linguagem, direito etc. – seriam

Page 9: Teorias do positivismo e fenomenológica

responsáveis pelo movimento estático da sociedade. Comte relacionava os

dois movimentos vitais de modo a privilegiar o estático sobre o dinâmico, a

conservação sobre a mudança. Isso significava que, para ele, o progresso

deveria aperfeiçoar os elementos da ordem e não destruí-los.

Assim se justificava a intervenção na sociedade sempre que fosse

necessário assegurar a ordem ou promover o progresso. A existência da

sociedade burguesa industrial era defendida tanto em face dos movimentos

reivindicativos que aconteciam em seu próprio interior quanto em face da

resistência das sociedades agrárias e pré-mercantis em aceitar o modelo

industrial e urbano.

O Positivismo de Comte foi a primeira corrente teórica sistematizada de

pensamento sociológico; a primeira a definir precisamente o objeto, a

estabelecer conceitos e uma metodologia de investigação. Além disso, o

positivismo, ao definir a especificidade do estudo científico da sociedade,

conseguiu distinguir-se de outras ciências estabelecendo um espaço próprio à

ciência da sociedade.

O positivismo derivou do “cientificismo”, isto é,da crença no poder exclusivo

e absoluto da razão humana em conhecer a realidade e traduzi-la sob a forma

de leis naturais. Essas leis seriam as bases da regulamentação da vida do

homem, da natureza como um todo e do próprio universo. Seu conhecimento

pretendia substituir as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum

por meio das quais – até então – o homem explicava a realidade.

Época histórica:

Rápida evolução do conhecimento das ciências naturais – física,

química, biologia;

O visível sucesso de suas descobertas no incremento da produção

material e controle das forças da natureza atraíram os primeiros

cientistas sociais para o seu método de investigação.

Essa filosofia social positivista se inspirava no método de investigação das

ciências da natureza, assim como procurava identificar na vida social as

mesmas relações e princípios com os quais os cientistas explicavam a vida

natural.

Page 10: Teorias do positivismo e fenomenológica

A sociedade era concebida como um organismo constituído de partes

integradas e coesas que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo

físico ou mecânico. Por isso o positivismo foi chamado de ORGANICISMO.

O primeiro princípio teórico é:

A tentativa de constituir seu objeto, pautar seus métodos e elaborar seus

conceitos à luz das ciências naturais, procurando dessa maneira chegar à mesma

objetividade e ao mesmo êxito nas formas de controle sobre os fenômenos

estudados.

O positivismo não apenas afirma a unidade do método científico e o

primado desse método como instrumento cognoscitivo, mas também exalta a

ciência como o único meio em condições de resolver, ao longo do tempo, todos

os problemas humanos e sociais que, até então, haviam atormentado a

humanidade.

Consequentemente, a era do positivismo é época perpassada por otimismo

geral, que brota da certeza de progresso irrefreável, por vezes concebido como

fruto da engenhosidade e do trabalho humano e, por vezes, ao contrário, visto

como necessário e automático rumo às condições de bem-estar generalizado

em uma sociedade pacífica e penetrada pela solidariedade humana.

Os traços socioculturais interpretados pelo Posit ivismo são: uma

substancial estabil idade polít ica, o processo de industrial ização e o

desenvolvimento da ciência e da tecnologia.

Para o Positivismo, o único conhecimento válido é o cientí f ico; o

único método válido para adquiri- lo é o das ciências naturais, que

consiste no encontro de leis causais e em seu controle sobre os fatos, como

único meio capaz de resolver, no curso do tempo, todos os problemas

humanos e sociais anteriormente sofridos pela humanidade e aí está a

sua l igação como Serviço Social.

PONTOS CENTRAIS DA FILOSOFIA POSITIVISTA

1) Diversamente do Idealismo, o Positivismo reivindica o primado da

ciência: nós conhecemos somente aquilo que as ciências nos dão a

conhecer, pois o único método de conhecimento é o das ciências

naturais.

Page 11: Teorias do positivismo e fenomenológica

2) Por isso, entendida como ciência dos “fatos naturais” que são as

relações humanas e sociais, a Sociologia é fruto quali f icado do

programa fi losófico posit ivista.

3) O Positivismo não apenas afirma a unidade do método cientí f ico e o

primado desse método como instrumento cognoscitivo, mas também

exalta a ciência como o único meio em condições de resolver, ao

longo do tempo, todos os problemas humanos e sociais que até

então haviam atormentado a humanidade.

Para Comte, no estágio positivo, o homem procura descobrir, “com o uso bem combinado

do raciocínio e da observação”, as leis efetivas “de sucessão e de semelhança” que presidem

ao acontecimento dos fenômenos.

O objetivo da ciência, para Comte, é a pesquisadas leis, e isso por

causa do fato de que “apenas o conhecimento das leis dos fenômenos [...]

pode evidentemente levar-nos na vida ativa a modificá-los para nossa vantagem”

A física social ou Sociologia divide-se em estática social e dinâmica

social. A estática social estuda as condições comuns que permitem a

existência das diversas sociedades no tempo: a sociabilidade fundamental do

homem, a família, a divisão do trabalho e a cooperação nos esforços etc. A lei

fundamental da estática social é a da ligação entre os diversos aspectos da

vida social (político, econômico, cultural etc.).

A dinâmica social compreende o estudo das leis de desenvolvimento da

sociedade. A lei fundamental da dinâmica social é a dos três estágios. Eis um

exemplo: o feudalismo é o estágio teológico; a revolução (que começa com a

Reforma protestante e termina com a Revolução Francesa) é o estágio

metafísico; e a sociedade industrial é o estágio positivo.

JOHN STUART MILL

O pensamento de Mill constitui uma etapa fundamental na história da

lógica e na história da defesa da liberdade dos indivíduos. Mill construiu um

conjunto de teorias lógicas e ético-políticas que marcaram a segunda metade

do século XIX na Inglaterra e que se constituem, até hoje, pontos de referência

e etapas obrigatórias, tanto para o estudo da lógica da ciência, como para a

reflexão dos campos ético e político.

Page 12: Teorias do positivismo e fenomenológica

A lógica, afirrma Mill, é a ciência da prova, do modo correto de inferir

proposições de outras proposições. A tese fundamental de Mill é a de que toda

inferência é de particular para particular. Todos os conhecimentos e verdades

são de natureza empírica e se fundam na indução. Para distinguir as

circunstâncias essenciais das não essenciais, Mill propõe o que ele chama de

os quatro métodos da indução: o método direto da concordância, o método da

diferença, o método dos resíduos e o método das variações concomitantes.

Método direto da concordância:

Método indutivo: O método indutivo ou o indutivismo é um método científico

que obtém conclusões gerais a partir de premissas individuais. Trata-se do

método científico mais usual, que se caracteriza por quatro etapas básicas: a

observação e o registro de todos os fatos: a análise e a classificação dos fatos;

a derivação indutiva de uma generalização a partir dos fatos; e a

constatação/verificação.

Significa que, após uma primeira etapa de observação, análise e

classificação dos fatos, apresenta-se uma hipótese que soluciona o problema.

Uma forma de levar a cabo o método indutivo é propor, com base na

observação repetida de objetos ou acontecimentos da mesma natureza, uma

conclusão para todos os objetos ou eventos dessa natureza.

O raciocínio indutivo pode ser completo (assemelha-se ao raciocínio

dedutivo, já que a conclusão não fornece mais informação do que aquela que

dão as premissas) ou incompleto (a conclusão vai mais além das informações

fornecidas pelas premissas; quanto maior a quantidade de informações, maior

é a probabilidade. No entanto, a verdade das premissas não garante a verdade

da conclusão).

Page 13: Teorias do positivismo e fenomenológica

Método empirista: Na ciência, o empirismo é utilizado quando falamos no

método científico tradicional, que é originário do empirismo filosófico, que

defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do

mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.

Método investigativo:

Método funcionalista:

Método da observação:

Método da experimentação indireta ou comparação:

Método histórico:

Page 14: Teorias do positivismo e fenomenológica

A sociologia positivista de Emile Durkheim

Émile Durkheim seu principal expoente e que estuda a sociedade a partir

dos fatos sociais como eles se apresentam na prática, o que também possibilita

a utilização dos métodos das ciências naturais para análise dos fenômenos

sociais.

Preocupou-se em estudar os fatos sociais como eles ocorrem na

realidade e trabalhou na perspectiva de análise (decomposição dos fenômenos

em suas partes constituintes) e síntese (reconstrução em que se seleciona o

significativo do acessório) dos fatos sociais.

Alguns pontos fundamentais para compreender o pensamento de

Durkheim, cuja base assenta-se em alguns pressupostos ou noções

fundamentais a serem detalhadas adiante:

- Os fatos sociais devem ser tratados como coisas;

- A análise dos fatos sociais exige reflexão prévia e fuga de idéias pré-concebidas;

- O conjunto de crenças e sentimentos coletivos são a base da coesão da sociedade;

- Destaca o estudo da moral dos indivíduos;

- A própria sociedade cria mecanismos de coerção internos que fazem com que

os indivíduos aceitem de uma forma ou de outra as regras estabelecidas (a

explicação dos fatos sociais deve ser buscada na sociedade e não nos

indivíduos– os estados psíquicos, na verdade, são conseqüências e não

causas dos fenômenos sociais).

Em suas convicções ele defendia que os problemas sociais vividos pela

sociedade européia eram de natureza moral e não de fundo econômico e que

estes decorriam devido à fragilidade decorrente de uma longa época de

transição.

Durkheim entendia que a sociedade predomina-ria sobre o indivíduo,

uma vez que ela é que imporia a ele o conjunto de normas de conduta social.

Page 15: Teorias do positivismo e fenomenológica

Seu esforço foi voltado para a emancipação da Sociologia em relação às

filosofias sociais, tentando constituí-la como disciplina científica rigorosa, dotada

de método investigativo sistematizado, preocupando-se em definir com clareza o objeto

e as aplicações dessa nova ciência, partindo dos paradigmas e modelos

teóricos das ciências naturais.

Em sua compreensão, a sociedade, como qualquer outro organismo

vivo, passaria por ciclos vitais com manifestação de estados normais e

patológicos, ou seja, saudáveis e mórbidos. O estado saudável seria o de

convivência harmônica da sociedade consigo mesma e com as demais

sociedades, harmonia que se faria pelo consenso social.

O estado mórbido, doentio, seria caracterizado por fatos que colocassem

em risco essa harmonia, os acordos de convivência e, portanto, a adaptação e

a evolução histórica natural da sociedade.

A definição de fato social em Durkheim é: toda maneira de agir, fixa ou não,

suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, que é geral na

extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria,

independente das manifestações individuais que possa ter.

Durkheim defendeu uma postura de absoluto rigor e não envolvimento

frente ao objeto de estudo da Sociologia. Para ele, o comportamento do

cientista social deveria ser de distanciamento e sua posição, de neutralidade

frente aos fatos sociais. Apenas essa atitude é que garantiria objetividade de

sua análise e, portanto, suas bases científicas. Esses fatos deveriam ser encarados

como coisas, objetos exteriores ao pesquisador. Cabia-lhes apenas a

observação, a medição e a comparação dos fenômenos sociais, não

importando o que o próprio pesquisador ou os indivíduos cogitassem ou

afirmassem sobre sua natureza.

Durkheim acreditava que o conhecimento dos fatos sociológicos deve vir de fora, da

observação empírica dos fatos.

Os fenômenos sociais são exteriores aos indivíduos:

A sociedade não seria simplesmente a realização da natureza humana,

mas, ao contrário, aquilo que é considerado natureza humana é, na verdade,

produto da própria sociedade. Os fenômenos sociais são considerados por

Page 16: Teorias do positivismo e fenomenológica

Durkheim como exteriores aos indivíduos, e devem ser conhecidos não por

meio psicológico, pela busca das razões internas aos indivíduos, mas sim

externamente a ele na própria sociedade e na interação dos fatos sociais.

Os fatos sociais são uma realidade objetiva:

Para Durkheim, os fatos sociais possuem uma realidade objetiva e,

portanto, são passíveis de observação externa. Devem desta forma, ser tratados

como “coisas”.

O grupo (e a consciência do grupo) exerce pressão (coerção) sobre o individuo:

 Durkheim inverte a visão filosófica de que a sociedade é a realização de

consciências individuais. Para ele, as consciências individuais são formadas

pela sociedade por meio da coerção. A formação do ser social, feita em boa

parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas,

princípios morais, religiosos, éticos, de comportamento etc., que balizam a

conduta do indivíduo na sociedade. Portanto, o homem, mais do que formador

da sociedade, é um produto dela.

O fato social é tudo o que se produz na e pela sociedade, ou ainda,

aquilo que interessa e afeta o grupo de alguma forma (Idem, p. 28).Os fatos sociais,

para Durkheim, existem fora e antes dos indivíduos (fora das consciências

individuais) e exercem uma força coercitiva sobre eles (ex. as crenças, as

maneiras de agir e de pensar existem antes dos indivíduos e condicionam

coercitivamente o seu comportamento).

Para Durkheim, o fato social é um resultado da vida comum, e ele propõe

isolá-los para estudá-los. Desta forma, a Sociologia deveria preocupar-se

essencialmente com o estudo dos fatos sociais, de forma objetiva e científica.

Para Durkheim, a observação dos fatos sociais deveria seguir algumas regras, como:

a) Os fatos sociais devem ser tratados como COISAS. Para Durkheim,

“é coisa tudo aquilo que é dado, e que se impõe à observação”. Nem a existência da

natureza humana, nem o sentido de progresso no tempo, como admitia

Comte,por exemplo, fazia sentido, segundo Durkheim,dentro do método sociológico.

Eles são uma concepção do espírito. Durkheim, neste sentido, é essencialmente

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objetivista, empirista e indutivista, ao contrário de Comte, o fundador da

Sociologia, que era considerado por ele como subjetivista e filosófico.

b) Uma segunda concepção importante no método sociológico de

Durkheim é de que, para ele,o sociólogo, ao estudar os fatos sociais, deveria

despir-se de todo o sentimento e toda a pré-noção em relação ao objeto.c)

Terceiro, o pesquisador deveria definir precisa-mente as coisas de que se trata o

estudo, a fim de que se saiba, e de que ele saiba bem o que está em questão e

o que ele deve explicar.

d) E, quarto, a sensação, base do método indutivo e empirista, pode ser subjetiva. Por isto, dever-

se-ia afastar todo o dado sensível que corra o risco de ser demasiado pessoal

ao observador.

Ele define saúde como a perfeita adaptação do sujeito ao seu meio, e doença

como tudo o que perturba esta adaptação.

Mostrar como um fato é útil não explica como ele surgiu nem como ele é o que

é (Idem, p. 92). Para explicar um fenômeno social é preciso pesquisar

separadamente a causa eciente que ele produz e a função que ele cumpre (Idem,

p. 97). Apesar disso, para explicar um fato de ordem vital não basta explicar a

causa da qual ele depende, é preciso também ao menos na maior parte dos

casos, encontrara parte que lhe cabe no estabelecimento desta harmonia geral

(Idem, p. 99).

P a r a D u r k h e i m , a o i n v é s d e b u s c a r a c a u s a d o s f a t o s s o c i a i s n o s f i n s o u n a f u n ç ã o q u e e l e d e s e m p e n h a , “ a c a u s a d e t e r m i n a n t e d e u m f a t o s o c i a l d e v e s e r b u s c a d a e n t r e o s f a t o s s o c i a i s a n t e c e d e n t e s , e n ã o e n t r e o s e s t a d o s d e c o n s ciências individuais”. Por outro lado, “a função d e u m f a t o s o c i a l d e v e s e m p r e s e r b u s c a d a n a r e l a ç ã o q u e e l e m a n t é m c o m a l g u m f i m s o c i a l ” ( I d e m , p . 1 1 2 ) .

Sobre a relação de causalidade:

Dado que do fato social primeiro deve se buscaras causas para

depois explicar-lhe as conseqüências (ou seja, não se pode deduzir a

causa da sua conseqüência), deve-se ter, então, rigor científico na

explicação causal. Assim, para Durkheim só existe um meio de demonstrar que

um fenômeno é causa de outro: comparar os casos em que eles estão

simultaneamente presentes ou ausentes e examinar se as variações que

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apresentam nessas diferentes combinações de circunstâncias testemunham

que um depende do outro (p. 127).

Ora, este é um método que advoga a observação e o estudo estatístico do fato e dos

fatores que hipoteticamente podem lhe ser causadores, para que se possa estabelecer

correlação entre eles. Para Durkheim, em razão da natureza dos fatos, os métodos científicos

que decorriam desta concepção dividiam-se em dois grupos:

a) experimentação, quando os fatos podem ser artificialmente produzidos pelo observador; e

b) experimentação indireta ou comparação quando os fatos se produzem espontaneamente e não podem ser produzidos pelo observador.

Como se pode observar, o método para se estabelecer a causalidade

em Sociologia, para Durkheim,seria a Experimentação Indireta ou

Comparação. Comte também uti l izava o método da comparação,

mas a este ele adicionou o método histórico, pois ele t inha que

buscar a f inalidade e a evolução dos fenômenos, ou seja, o sentido

de progresso. Isto, para Durkheim, não tinha sentido em

Soc i o l o g i a .

Segundo a sua concepção de causalidade, a um efeito

corresponderia sempre uma mesma causa. Assim, se um fato tem mais de

uma causa, então ele não é um fato único. Durkheim dá o exemplo do

suicídio: se o suicídio depende de mais de uma causa, é porque, na

verdade, existem várias espécies de suicídio (ele identi f icou três t ipos,

que decorriam de causas distintas, o suicídio egoísta, o altruísta e

o anômico).

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