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Teorias da Justiça 6ª e 7ª. aulas ● Autonomia e justiça ● Kant e a fundamentação racional da ética e do direito

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Teorias da Justiça6ª e 7ª. aulas● Autonomia e justiça● Kant e a

fundamentação racional da ética e do direito

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Rousseau e a soberania popular

● Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778)

● Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens (1755)

● Do Contrato social (1762)

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Sociedade anterior ao Estado

● “Antes de examinar o ato pelo qual um povo elege um rei, conviria examinar o ato pelo qual um povo é povo, pois esse ato, sendo necessariamente anterior ao outro, constitui o verdadeiro fundamento da sociedade” (Do contrato social, I, p. 31)

● Unidade anterior à instituição do Estado: coletividade

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Problema da política

● “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes”. (O Contrato Social, livro I, cap. VI).

● Encontrar algo que diga respeito ao interesse de todos e que os une.

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Liberdade e direito natural

● “O homem nasce livre...● e por toda a parte encontra-se a ferros” (I,

1)● “Renunciar à liberdade é renunciar à

qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres” (I, 4)

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Da natureza às convenções sociais

● “A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções” (I, 1)

● “Visto que homem algum tem autoridade natural sobre seus semelhantes e que a força não produz qualquer direito, só restam as convenções como base de toda a autoridade legítima existente entre os homens” (I, 4)

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Contrato social● “A alienação total de cada

associado, com todos os seus direitos, à comunidade toda, porque, em primeiro lugar, cada um dando-se completamente, a condição é igual para todos, e sendo a condição igual para todos, ninguém se interessa por torná-la onerosa para os demais”.

● “Enfim, cada um dando-se a todos não se dá a ninguém e, não existindo um associado sobre o qual não se adquira o mesmo direito que se lhe cede sobre si mesmo, ganha-se o equivalente de tudo que se perde, e maior força para conservar o que se tem”.

(O Contrato Social, livro I, cap. VI).

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Vontade geral“Imediatamente, esse ato de associação produz, em lugar da pessoa particular de cada contratante, um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembléia, e que, por esse mesmo ato, ganha sua unidade, seu eu comum, sua vida e sua vontade. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade, e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado quando passivo, soberano quando ativo, e potência quando comparado a seus semelhantes. Quanto aos associados, recebem eles, coletivamente, o nome de povo e se chamam, em particular, cidadãos, enquanto partícipes da autoridade soberana, e súditos enquanto submetidos às leis do Estado”. (idem)

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Autonomia● “O ato de associação

compreende um compromisso recíproco entre o público e os particulares, e cada indivíduo contratando, por assim dizer, consigo mesmo, se compromete numa dupla relação: como membro do soberano em relação aos particulares, e como membro do Estado em relação ao soberano” (I, 7).

● “Aquele que recusar obedecer à vontade geral a tanto será constrangido por todo um corpo, o que não significa senão que o forçarão a ser livre, pois é essa a condição que, entregando cada cidadão à pátria, o garante contra qualquer dependência pessoal” (Idem).

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Liberdade e Igualdade

● Liberdade: “única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (I, cap. 8).

● Igualdade: “O pacto fundamental, em lugar de destruir a igualdade natural, pelo contrário, substitui por uma igualdade moral e legítima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens, que, podendo ser desiguais na força ou no gênio, todos se tornam iguais por convenção e direito”. (I, cap. 9).

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Liberdade e cidadania

● “O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto aventura e pode alcançar. O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo que possui. A fim de não fazer um julgamento errado dessas compensações, impõe-se distinguir entre a liberdade natural, que só conhece limites nas forças do indivíduo, e a liberdade civil, que se limita pela vontade geral, e mais, distinguir a posse, que não é senão o efeito da força ou o direito do primeiro ocupante, da propriedade que só pode fundar-se num título positivo” (I, 8)

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Liberdade e autonomia em Kant● Immanuel Kant (1724 - 1804).● Crítica da razão pura (1781)● Fundamentação da

Metafísica dos Costumes (1785)

● Crítica da Razão Prática (1788)

● Metafísica dos Costumes – Doutrina do Direito / Doutrina da Virtude (1797)

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O iluminismo

● “A nossa época é a época da crítica, à qual tudo tem que submeter-se. A religião, pela sua santidade e a legislação, pela sua majestade, querem igualmente subtrair-se a ela. Mas então suscitam contra elas justificadas suspeitas e não podem aspirar ao sincero respeito, que a razão só concede a quem pode sustentar o seu livre e público exame” (KANT, Crítica da razão pura, p. 5, nota AXI).

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Antinomia da liberdade

Tese● A causalidade segundo as

leis da natureza não é a única de onde podem ser derivados os fenômenos do mundo no seu conjunto. Há ainda uma causalidade por liberdade que é necessário admitir para os explicar

Antítese● Não há liberdade, mas tudo

no mundo acontece unicamente em virtude das leis da natureza

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Resolução da antinomia● a liberdade, que não pode ser

provada teoricamente, pode, no entanto ser pensada, a partir de um outro ponto de vista, o ponto de vista prático-moral.

● O que torna possível esse uso prático da razão, voltado para o interesse moral é a distinção de todos os objetos em fenômenos e coisas-em-si.

● “Se, porém, a crítica não errou, ensinando a tomar o objeto em dois sentidos diferentes, isto é, como fenômeno e como coisa em si; se estiver certa a dedução dos seus conceitos do entendimento e se, por conseguinte, o princípio da causalidade se referir tão somente às coisas tomadas no primeiro sentido, isto é, enquanto objeto da experiência e se as mesmas coisas, tomadas no segundo sentido lhe não estiverem sujeitas, então essa mesma vontade pode, por um lado, na ordem dos fenômenos (das ações visíveis), pensar-se necessariamente sujeita às leis da natureza, ou seja, como não livre; por outro lado, enquanto pertencente a uma coisa em si, não sujeita a essa lei e, portanto, livre, sem que deste modo haja contradição” (Kant, 1993, p. 26, B XXVIII).

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Razão Teórica PráticaTem como matéria ou conteúdo a realidade exterior a nós, um sistema de objetos que opera segundo leis necessárias de causa e efeito, independentes de nossa intervenção.

Cria sua própria realidade na qual se exerce – é a liberdade como instauração de normas e fins éticos.

Objeto: NaturezaReino da necessidade causal

Objeto: LiberdadeReino da finalidade ética (dever)

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Liberdade e moralidade

● a lei moral implica que a vontade humana seja causa livre, pois o dever exige que nós nos determinemos por um motivo puramente racional, desembaraçado de todo motivo da sensibilidade, o que vem a ser a própria definição de liberdade:

● “a liberdade, no sentido prático é a independência do arbítrio frente à coação dos impulsos da sensibilidade” (KANT, Idem, B562)

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Vontade

● O homem é livre, pois obedece à sua própria lei, isto é, à lei que faz para si mesmo, diferente da lei dada pela natureza. Esta lei que cria para si não é, portanto, uma lei natural, mas sim uma lei moral (prática), que diz respeito à ação humana e que só pode ser posta pela razão.

● “Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios (segundo leis morais distintas das leis da natureza): só ele tem uma vontade.” (Fundamentação da metafísica dos costumes).

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Dever

● Agir sob a influência da sensibilidade, ainda que a ação seja concorde ao dever é algo de patológico. Prático ou moral é só o que depende direta e exclusivamente da razão.

● Não é o objeto que desejo atingir que faz o valor moral do meu ato, mas a razão pela qual eu quero atingi-lo.

● “O dever é a necessidade de cumprir uma ação por respeito à lei”.

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Exemplos

● O comerciante leal● Aquele que conserva a vida por amor à

vida ou por dever● O benevolente● O preceito do evangelho: “amar o

próximo e até o inimigo”.

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Formalismo● O dever não se apresenta através de um

conjunto de conteúdos fixos, que definiriam a essência de cada virtude e diriam que atos deveriam ser praticados e evitados em cada circunstância de nossa vida. O dever não é um catálogo de virtudes

● A razão limitada pela experiência sensível fornece regras de destreza ou conselhos de prudência, isto é, imperativos hipotéticos que representam a necessidade de uma ação possível como um meio de alcançar determinado fim. A busca pela felicidade, as regras de prudência, as prescrições médicas são imperativos que pressupõe o cálculo da relação entre meios e fins. Eles dependem da realização, não são bons por si mesmos. Quando um assassino recorre a um veneno para matar sem ser percebido ele se vale de um imperativo hipotético. Já um imperativo categórico é bom por si mesmo porque pode ser universalizado, independente das circunstâncias ou de sua realização.

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Imperativos

● Hipotéticos: Imperativos que dependem das circunstâncias e das consequências. Deve-se fazer “a” ou “b” para alcançar “c”.

Exemplo: “Devo pagar o empréstimo para não ser punido”

● Categórico: ordena incondicionalmente, independente das circunstâncias e consequências. Deve-se fazer x.

Exemplo: “Devo pagar o empréstimo”.

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Imperativo categórico

“Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal”

● O imperativo categórico não enuncia o conteúdo particular de uma ação, mas a forma geral das ações morais. O dever nasce da razão e da vontade legisladora universal do agente moral. O acordo entre vontade e dever é o que Kant designa como boa vontade.

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Procedimento de universalização

● Procedimento racional de avaliação das ações do homem: consiste em saber se a regra de conduta adotada pode ou não valer para todos os sujeitos racionais.

● “Ficaria eu satisfeito se minha máxima (a regra de minha ação) devesse valer como lei universal (tanto para mim como para os outros)?

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Construtivismo moral

● Teoria formal e procedimental da moral

● A razão prática constrói para a vontade seu próprio objeto a partir de si mesma e não conta com uma ordem de valores prévia e anterior.

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Autonomia e heteronomia

Autonomia● Para ser autônoma,

a vontade não pode depender de nenhum objeto externo que a determine.

Heteronomia● A vontade é

determinada por algo anteriormente dado – seja algo derivado da experiência sensível ou uma concepção de bem previamente dada

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Autonomia da vontade

● “Se a vontade busca a lei que deve determiná-la em qualquer outra parte que não a conveniência de suas máximas para sua própria elaboração da lei universal –se, portanto, indo além de si mesma, busca essa lei no caráter de qualquer dos seus objetos – o resultado é sempre heteronomia. Nesse caso, a vontade não dá a lei a si mesma, mas sim é o objeto que o faz, em virtude de sua relação com a vontade. Essa relação, seja baseada na inclinação ou em idéias racionais, só pode dar origem a imperativos hipotéticos: ‘devo fazer alguma coisa porque quero alguma outra coisa’”.

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Independência do arbítrio em relação aos fatos

● “Por exemplo, a pura lealdade na amizade, embora até ao presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem essencialmente pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na idéia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori”.

● “Mesmo o Santo do Evangelho deve ser comparado com nossa idéia de perfeição moral antes de ser reconhecido como tal”

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Ética e direito

● “Essas leis da liberdade são chamadas morais, para distingui-las das leis da natureza. Na medida em que elas dizem respeito apenas às ações exteriores e sua conformidade a leis, chamam-se jurídicas; mas, se exigem também que essas mesmas devam ser os princípios de determinação das ações, elas são éticas, e diz-se: o acordo com as primeiras é a legalidade das ações, o acordo com as segundas, a moralidade das ações” (Metafísica dos Costumes).

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Ações morais

Legalidade● Ações que mesmo

realizadas por interesse pessoal ou por inclinação estão de acordo com a lei

Moralidade● Ações realizadas

pelo simples respeito ao dever

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Duas legislações (interna e externa)

Direito● liberdade externa, que

tem a ver com a limitação recíproca do arbítrio, para que a liberdade de cada um possa coexistir com a liberdade de todos os outros segundo uma lei universal (possibilita a coerção)

Ética● liberdade interna,

enquanto capacidade que tem o indivíduo de dar a si mesmo fins propostos por sua própria razão. (não admite coerção, a não ser aquela a que a razão submete a sensibilidade)

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Estado de direito

● Estado que tem como função principal e específica a instituição de um estado jurídico, ou seja, a “instituição e a manutenção de um ordenamento jurídico como condição para a coexistência das liberdades”

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Autonomia e política

● As leis jurídicas são coercitivas, isto é, elas obrigam a agir de determinada maneira para garantir a coexistência das liberdades. Essa coerção poderia ser contrária à idéia de autonomia se não houvesse em seu fundamento uma razão prática atuante. É a própria razão que fornece a lei a qual ela mesma se submete. Kant supõe uma vontade geral que coordena as vontades particulares na esfera jurídica que se dá sob leis universais da liberdade, pois todos participam da legislação a qual se submetem.

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Jusnaturalismo e republicanismo

● No fundamento da legislação exterior deverá haver um direito natural que lhe dê autoridade. O direito natural não é estatutário, mas é “cognoscível a priori pela razão de todos os homens” (KANT, Doutrina do Direito, § 36).

● O direito natural servirá de padrão ideal para o direito positivo. Isso significa que a idéia de uma constituição de acordo com o direito natural dos homens, isto é, que aqueles que obedecem às leis devam reunidos, legislar, deve estar na base de todas as formas de Estado. Com isso se tem um critério para a formação do Estado, para os melhoramentos da constituição e para a elaboração das leis positivas: as leis que o povo não pode promulgar para si mesmo, o legislador não pode proclamá-las para o povo.

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Direito e política

● Jusracionalismo: o direito natural é concebido como um direito racional

● O problema da política consiste em alcançar uma sociedade civil que administre universalmente o direito

● O estado de natureza é um estado jurídico, mas provisório; o estado civil é um estado jurídico peremptório.

● O Estado não é instituído para anular o direito natural, mas para tornar possível seu exercício mediante a coação organizada.