teorias da administraÇÃo. a administraÇÃo cientÍfica segundo henry ford

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TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

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Page 1: TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO. A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA SEGUNDO HENRY FORD

TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

Page 2: TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO. A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA SEGUNDO HENRY FORD

A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA SEGUNDO

HENRY FORD

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Um pouquinho de história...

O Taylorismo desenvolveu-se em uma época de notável expansão da indústria e junto com outra inovação revolucionária do século XX: a linha de montagem de Henry Ford.

Foi Henry Ford (1863 – 1947) quem elevou ao mais alto grau os dois princípios da produção em massa, que é a fabricação de produtos não diferenciados em grande quantidade: peças padronizadas e trabalhador especializado.

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Um pouquinho de história...• Henry nasceu em 30/07/1863. Ainda jovem ajudava seus irmãos nos

trabalhos da fazenda de seus pais, cortando lenha, recolhendo vacas do pasto, ordenhando-as, arando, plantando e colhendo. ( ele detestava este seu primeiro trabalho ), preferia observar o funcionamento de objetos mecânicos ou consertar as ferramentas, carroças e os trenós quebrados dos vizinhos na oficina do pai. Apenas observando um mecanismo, Henry entendia a interdependência entre as peças, seguindo uma linha de raciocínio que envolvia roldanas, catracas, polias, rodas dentadas e alavancas. Sua mãe sempre o incentivou no seu interesse pela mecânica.

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• Apesar de competente em matemática, na verdade ele nunca aprendeu a escrever corretamente, ler livremente e expressar-se bem na escrita . Henry preferia convencer outros meninos a deixarem os estudos para ajudá-lo a construir rodas d’água e turbinas a vapor. Fazia suas próprias ferramentas e seus bolsos sempre estavam cheios com porcas, pregos, barbante, engrenagem de relógios, molas e etc.

• Em 1.876 viu pela primeira vez um veículo de autopropulsão (um motor portátil e uma caldeira à vapor sobre rodas que debulhava grãos). Este encontro casual mudaria todo o curso de sua vida. Foi um experiência arrasadora.  Henry examinou detalhadamente a máquina e fez muitas perguntas ao operador que ficou admirado com a percepção do garoto. Aos 16 anos ( 1.879 ), Henry pendurou o macacão de fazendeiro e foi para Detroit (Michigan) para assumir um cargo de aprendiz na Michigan Car Company ( Fábrica de vagões ferroviários ). Foi despedido em 6 dias. “ O contramestre considerou-o muito arrogante ” pois vários engenheiros tentavam consertar uma máquina há horas. Depois que desistiram frustrados, Henry aproximou-se, olhou a máquina e consertou-a em minutos. Essa atitude causou sua demissão.

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• Após este pequeno problema, ele conseguiu outro emprego de aprendiz à   US$ 2,50 por semana em uma oficina mecânica. Como sua pensão custava US$ 3,50 por semana, ele foi obrigado a conseguir outro emprego, à noite, na joalheria Robert Magill, onde consertava relógios à US$ 3,00 por semana.

• Em Agosto de 1.880, Henry tornou-se aprendiz de engenheiro na Detroit Drydock Company, um grande estaleiro, pois pedira demissão da oficina mecânica, mas continuava consertando relógios, trabalhando assim extenuantes 96 horas p/ semana. Na Detroit Drydock viu pela 1º vez um motor de combustão interna. 

• Em 1.882 retornou à sua fazenda em Dearborn para ajudar na administração. Ajudava na debulha com um motor à vapor portátil da Westinghouse. Ele operava e consertava tão bem estas máquinas que a Westinghouse o contratou para consertar os motores à vapor.

• Em 1.884 voltou à frequentar a escola, fazendo um curso de administração. Estudou ainda contabilidade e desenho mecânico.

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• Em 1.888 Henry casa-se com Clara Bryant e vão morar em uma fazenda de 40 acres, ganha de presente de casamento. Nestas terras, Henry trabalhava limpando a terra, cortanto árvores e tocos e consertando motores à vapor para uma firma. Nesta época, Henry já estava obcecado pela construção de um motor que facilitasse o cultivo e o transporte. Testou durante dois anos vários tipos de caldeiras, mas acabou abandonando a idéia de um veículo movido à vapor.

• Na pequena oficina que construiu em sua casa, ele se concentrou na fabricação de um motor de 2 cilindros, que impulsionaria uma bicicleta. Mas enquanto desenvolvia esta tarefa, Henry foi convidado e aceitou a oferta de um cargo como engenheiro na Usina Elétrica de Detroit da Firma “ Edison Illuminating Company ” a US$ 40,00 por mês.  Portanto em 1.891, com uma carroça de feno, cheia de mobília, Henry e Clara mudaram-se para Detroit, cidade fundada em 1.701 por Antoine de La Mothe Cadillac, as margens do Rio que viria a ser chamado de Detroit.  

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• Os novos empregadores de Henry deixavam que ele usasse uma oficina para seus projetos nas horas de folga. Ele testava um motor à gás. Em 1.893 nasceu seu filho Edsel e enquanto Clara se ocupava com os festejos, Henry arrastou seu primeiro motor para a cozinha e o montou na pia. Ele construiu o motor basicamente com pedaços e peças de objetos que tinha. Com a ajuda de sua esposa, conseguiu, finalmente, seu intento. A geringonça funcionou. Agora, bastava construir um motor melhor e um automóvel para este motor.

• Passaram-se mais 3 anos até Henry conseguir mostrar seu primeiro automóvel ( um quadriciclo )  o que aconteceu exatamente em 4 de Junho de 1.896 às 4 horas da manhã, coroando assim anos de trabalho duro.

• Ainda trabalhando para a Edison Illuminating Company, finalmente foi apresentado ao grande inventor da lâmpada e do cinema, Thomas Alva Édison, que ao saber do quadriciclo e ver seus desenhos, disse : “ É esse o caminho! Siga em frente! ”. Mais tarde tornar-se-iam grandes amigos.

• Logo depois disso, Henry largou de seu “ último emprego ” para se dedicar de corpo e alma  à fabricar seus automóveis.

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FORDISMO

• MOTOR A AUTOPROPULSÃO

• MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA

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FORDISMO• O PRIMEIRO CARRO DE FORD

ESTE CARRO UTILIZAVA UMA MISTURA DE ÁLCOOL E GASOLINA

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As técnicas de Ford – de Produção em Massa• Peças e componentes padronizados intercambiáveis. Na

produção massificada, cada peça ou componente pode ser montado em qualquer sistema ou produto final. Para alcançar a padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de calibragem para todas as peças, em todo o processo de manufatura. Esse princípio deu origem ao controle de qualidade, cujo objetivo era assegurar a uniformidade das peças.

• Especialização do trabalhador. Na produção massifica, o produto é dividido em partes e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas. Cada etapa do processo produtivo corresponde à montagem de uma parte do produto. Cada pessoa e cada grupo de pessoas, num sistema de produção em massa têm tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo pré-definido. A divisão do trabalho tem como resultado a especialização do trabalhador

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A administração científica e a linha de montagem

São responsáveis pela notável expansão da atividade industrial em todo o mundo. Entrando neste exato instante em qualquer fábrica de grande porte, em qualquer lugar do planetas, você poderá constatar que Taylor e Ford iriam sentir-se em casa.

Linhas de montagem correm carregando todos os tipos de produtos, em diferentes estágios de acabamento. Engenheiros de produção ou especialistas em organização e métodos continuam circulando, fazendo anotações em pranchetas, desenhando fluxogramas, cronometrando e filmando as operações, para, em seguida, torná-las mais eficientes.

A tecnologia sofisticou-se, há robôs ao lado de pessoas, computadores, cronômetros digitais e câmeras de vídeo.

No entanto, os princípios são exatamente os mesmos.

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Revolucionou a estratégia comercial da época.

Entre 1905 e 1910 Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa. Embora não tenha inventado o automóvel e nem mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo possível. Em 1913 já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com seus empregados uma parte do controle acionário da empresa.

Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e jornada diária de oito horas, quando na época, a jornada variava entre dez e doze horas.Em 1926 já possuía oitenta e oito fábricas e com 150.000 operários, fabricando dois milhões de carros por ano.

Utilizou um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado, além da concentração horizontal através de uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias.

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A racionalização da produção, idealizou a linha de montagem, que permitiu a produção em série, que nada mais é do que o produto padronizado, bem como material, mão-de-obra, maquinário e o desenho a um mínimo de custo possível. A condição precedente necessária e suficiente é a capacidade de consumo em massa, seja real ou potencial, justificando aí os preços baixos do carro.

A produção em massa se baseia na simplicidade.

Três aspectos suportam o sistema:• A progressão do produto através do processo produtivo é

planejada, ordenada e contínua. Não há interrupções.

• O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo.

• As operações são analisadas em todos os seus elementos.

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Ford adotou três princípios básicos, a saber:• Princípio de intensificação: diminuir o tempo de produção com o

emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.

• Princípio de economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago antes do vencimento da matéria-prima adquirida e dos salários. A velocidade de produção deve ser rápida.

• Princípio de produtividade: aumentar a capacidade de produção do homem por meio da especialização e da linha de montagem.

O esquema se caracteriza pela aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico

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Crítica à Administração Científica• Mecanicismo• Taylor tentou imprimir às pessoas a mesma precisão e regularidade

das máquinas. Nem todos os processos produtivos são compatíveis com um comportamento tão mecânico do ser humano. Esta dimensão psicológica das empresas foi desprezada por Taylor.

• Visão Atomizada do Homem• Ao contrário do que previa Taylor, a comunicação informal entre os

membros de uma organização desempenha um papel importante para a melhoria dos processos produtivos. O homem é um ser social, que não deve ser analisado apenas em sua individualidade.

• Superespecialização• Tarefas extremamente repetitivas, resultantes da

Superespecialização e da divisão do trabalho causam tédio, problemas motores e psicológicos.

• Empiricismo

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• Foram constatadas evidências meramente práticas do sucesso dos princípios tayloristas; não se constituiu nenhum modelo teórico de análise que permitisse, por abstração, generalizar os achados de Taylor para o universo das organizações.

• Abordagem parcial da organização• Taylor abordou predominantemente a variável organizacional

"tarefas". O seu trabalho e a escola de administração científica praticamente desconsidera outros aspectos importantes da organização, tais como sua estrutura e tecnologia.

• Abordagem prescritiva• Taylor não se aprofunda nas razões explicativas da realidade

organizacional. Ele simplesmente constata de forma empírica alguns problemas de eficiência e propõe soluções práticas para os mesmos. Portanto, a Teoria da Administração Científica não identifica claramente as causas da ineficiência, apenas receita o remédio para as suas conseqüências.

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• Empresa como sistema fechado• Taylor desconsidera os impactos do ambiente externo da

empresa em suas operações. Variáveis econômicas, culturais e sociais afetam diretamente a eficiência da empresa; sobre estas, as medidas propostas por Taylor têm alcance limitado.

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