teoria musical e composição parte i,ii,iii,iv,v,vi,vii

12
Teoria musical e composição parte I Harã Lemes Oi pessoal tudo bem? Pra quem não se lembra de mim, meu nome é Harã Lemes. Exibi meu meu primeiro cd, na coluna do visitante graças ao espaço que meus amigos Jaime, Mauricio e Renan me deram. Vou postar matérias aqui todo os domingos que for possivel, ao convite do meu amigo Jaime. Bom, vocês ficam estudando técnica, ritmo, transcrições, e etc, mais na hora de compor uma música, a maioria de vocês ficam meio perdidos não é? Então a gente vai falar sobre Teoria musical e de composições, calma, isso não é chato não, o guitarrista que vc gosta tanto, não compôs aquela música que vc gosta tanto sem saber teoria....técnica por si só, não resolve!! Vamos ver o que a gente pode fazer pra vocês melhorarem no "som" de vocês. Por falar nisso som é o efeito produzido no ouvido pelos efeitos vibratórios elásticos, (cordas, tubos cilindricos, peles elásticas, madeiras, cordas vocais e etc). Então sons musicais vão ser vibrações. E classificamos isso em Frequências regulares e irregulares, calma, já explico. Frequências regulares , nada mais é do que sensações agradáveis. Um exemplo são os sons musicais, sons que nos agradam dependendo do gosto musical de cada um, claro. Frequências Irregulares , são sons que não podem ser chamados de sons musicais, podem ser ruidos, estrondos ou barulhos, bom então vibrações irregulares sãos sons desagradáveis ok? Vou dar um exemplo, sabe quando vc está na beira da calçada esperando fechar o sinal pra você passar? E de repente vem aquela motoca velha no pau, deixando todo mundo surdo com aquele barulho de pirar o poposão? Então, som irregular é isso!! Então vamos estudar a música, que é o resultado de frequências regulares!! A primeira coisa que precisamos saber é que uma música é formada por harmonia, melodia e ritmo. A partir desses 3 elementos temos uma música, (Música: Arte

Upload: grecocruz

Post on 07-Jun-2015

8.463 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Teoria Musical fundamental e composição.

TRANSCRIPT

Page 1: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

Teoria musical e composição parte I Harã Lemes

Oi pessoal tudo bem? Pra quem não se lembra de mim, meu nome é Harã Lemes. Exibi meu meu primeiro cd, na coluna do visitante graças ao espaço que meus amigos Jaime, Mauricio e Renan me deram. Vou postar matérias aqui todo os domingos que for possivel, ao convite do meu amigo Jaime. Bom, vocês ficam estudando técnica, ritmo, transcrições, e etc, mais na hora de compor uma música, a maioria de vocês ficam meio perdidos não é? Então a gente vai falar sobre Teoria musical e de composições, calma, isso não é chato não, o guitarrista que vc gosta tanto, não compôs aquela música que vc gosta tanto sem saber teoria....técnica por si só, não resolve!! Vamos ver o que a gente pode fazer pra vocês melhorarem no "som" de vocês. Por falar nisso som é o efeito produzido no ouvido pelos efeitos vibratórios elásticos, (cordas, tubos cilindricos, peles elásticas, madeiras, cordas vocais e etc). Então sons musicais vão ser vibrações. E classificamos isso em Frequências regulares e irregulares, calma, já explico. Frequências regulares, nada mais é do que sensações agradáveis. Um exemplo são os sons musicais, sons que nos agradam dependendo do gosto musical de cada um, claro. Frequências Irregulares, são sons que não podem ser chamados de sons musicais, podem ser ruidos, estrondos ou barulhos, bom então vibrações irregulares sãos sons desagradáveis ok? Vou dar um exemplo, sabe quando vc está na beira da calçada esperando fechar o sinal pra você passar? E de repente vem aquela motoca velha no pau, deixando todo mundo surdo com aquele barulho de pirar o poposão? Então, som irregular é isso!! Então vamos estudar a música, que é o resultado de frequências regulares!! A primeira coisa que precisamos saber é que uma música é formada por harmonia, melodia e ritmo. A partir desses 3 elementos temos uma música, (Música: Arte de manifestar os diversos afetos da alma através do som), vamos começar falando primeiramente sobre a melodia. Melodia é a parte principal da música, ela é o que vai caracterizar uma música. Ela é a parte da música que se move, que evolui. Uma melodia bem conscistente é a chave perfeita para uma música conscistente. Melodia pode ser a voz do cantor ou cantora, pode ser o solo de uma guitarra ou pode ser também o som do vento batendo em uma janela. A partir de agora eu vou começar a ensinar vocês como montar e a trabalhar a melodia de uma música, como usar o um acorde para montar uma melodia legal, e como usar modulações de melodias dentro de uma música.

  Teoria musical e composição parte II Harã Lemes

Oi Galera sejam bem vindos, a Revista Virtual do Guitarrista!!! Bom, nessa aula, vamos começar trabalhando uma melodia por si só. Sem o ritmo e sem a harmonia ok?

Page 2: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

Vamos começar usando como exemplo, músicas de ninar e cantigas de roda. Se vocês escutarem uma cantiga de roda que vocês nunca ouviram antes, automaticamente você vai ver que ela tem um sentido musical, dependendo do caso você até pode perceber as mudanças de acordes da música, mesmo você ouvindo ela sem acordes nenhum. Isso se dá por que a melodia foi feita em cima de um padrão, exemplo: uma escala, um tom, um começo meio e fim....e o não menos importante....um ritmo. Escrevi esse tema bem simples pra vocês tocarem (não muito rápido, seus viciados), e com isso, sacarem que só a melodia fala tudo. Audio - Melodia Jônio

 Teoria musical e composição parte III Harã Lemes

Oi pessoal, quanto tempo héim? Desculpem, tive uns problemas com meu pc também.

Bom, vamos ao que interessa. Nessa coluna vamos continuar falando mais um pouco sobre um dos componentes da música que é a melodia.

Bom, eu to passando pra vocês, uma música do Heraldo do Monte que se chama, "Na pisada", ela foi composta basicamente sobre a escala mixolídia!

Essa música é muito interessante por que ela retrata muito bem aquilo que eu chamei de "melodia consistente". O trecho que eu passei, foi composta quase inteiramente sobre o acorde de G7, isso prova o quanto à melodia pode ir conduzindo e dando direções para uma música, quanto à harmonia.

Heraldo mostrou que a melodia é que manda, claro que não estou induzindo vocês a não

Page 3: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

ligarem para a Harmonia da música, que é muito importante por sinal, mais se lembrem que a melodia é a parte da música que esta na "cara" da música.

Teoria Musical e composição parte IV Harã Lemes

Oi pessoal, tudo em cima? Vocês se lembram do pequeno lick que utilizamos na 2ª aula para entendermos um pouco mais sobre melodias? Bom, hoje voltaremos a utiliza-lo, mais é para podermos trabalhar uma melodia em tons diferentes, então vamos lá?! Saber trabalhar em tons diferentes, tanto para compor ou improvisar é importantíssimo, tanto para a parte técnica e tbm teórica do instrumento, é por isso que eu digo, não adianta saber fazer todos os modelos possíveis de escalas no braço na velocidade da luz e não saber usar nem para fazer uma simples modulação de tom. Então, para relembrar a melodia eu estou passando ela abaixo novamente, e agora vamos fazer ela ficar em tom menor,não no seu relativo, mais sim, uma mudança utilizando a mesma tônica, que é o Sol. Então para isso é importante a gente sacar a diferença entre uma escala maior de uma escala menor, em termos de som, a diferença fica bem clara quando tocamos. Experimente tocar um acorde de lá maior, você vai perceber que o acorde maior, seja lá qual for tem um som alegre, pra cima, já um menor por exemplo (toque um lá menor), tem um som melancólico, triste. Agora em termos teórico, vamos ao que interessa, veremos a diferença entre uma escala de Sol maior e a de Sol menor. Apenas 3 notas, vão diferenciar uma da outra, que são a: 3ª, 6ª e 7ª. A 3ª, é a nota que vai caracterizar se um acorde, ou uma escala será maior ou menor, se

Page 4: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

pintar uma 3ª menor, evidentemente o acorde ou a escala, será menor.

Sol maior (G A B C D E F# ) (G A B C D E F# ) (G A B C D E F# )

G Tônica, A 2ª maior, B 3ª maior, C 4ª justa, D 5ª justa, E 6ª maior, F# 7ª maior.

Sol menor (G A Bb C D Eb F G) (G A Bb C D Eb F G) (G A Bb C D Eb F G)

G Tônica, A 2ª maior, Bb 3ª menor, C 4ª justa, D 5ª justa, Eb 6ª menor, F 7ª menor.

Bom abaixo está a pequena melodia no tom original e na segunda está a melodia em tom menor, então galera, é só substituir a 3ª, 6ª e 7ª, para conseguir essa diferença de tonalidade, isso em vista não tem muito importância, mais é bom saber isso tanto teoricamente e tanto na prática, alguns de meus alunos gostavam de transformar músicas em tons maiores em tons menores, e em certos casos ficavam lindas....façam o mesmo, peguem algo que gostem, nem que seja uma coisa pequena e transponham para menor e tbm para os modos mixolídio, lídio, e etc. Para compor é sempre bom saber trabalhar com isso tudo. Um abraço para todos, bons estudos e pratiquem em casa.....É bom pegar um papel pautado e uma caneta as vezes, ok?

Melodia Jônio

Audio - Melodia Jônio

Melodia Eólio

Page 5: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

Audio _ Meolodia Eólio Teoria Musical e Composição parte V Harã Lemes

Oi pessoal, uma coisa comum de quem toca guitarra e violão, é a enfocação de acordes como barras verticais. Isso se dá, ao fato de nós começarmos a aprender a tocar acordes, no violão ou guitarra, encarando os acordes como estar fazendo um mero acompanhamento. Todos nós, fizemos, fazemos, ou ainda vamos fazer, pois isso faz parte de nosso instrumento, mais não é bem por ai!!

Estava eu conversando com um amigo que é um super pianista, um dos melhores da cidade de Campinas, sobre a questão de que dependendo do instrumento, temos visões diferentes sobre arranjos, composições e etc. Ao meu ver, o instrumento que nos da uma melhor visão musical é o piano. Você já prestou atenção nas músicas do Bach? Deus o que era aquilo? Ele mostrou para o mundo o que é uma visão horizontal de acordes, ele trabalhava um acorde tendo como primeiro plano a melodia, quer dizer, procurando criar uma melodia tocando acordes, é o que os músicos de Jazz chamam de Chord melody, coisas que ja eram feitas por Bach a muito tempo atrás.

Bom, tudo isso por que ele era um pianista, e na minha visão, o piano é um instrumento que proporciona uma facilidade muito grande para compor, pelo fato de as notas musicais estarem na sua frente e é só apertá-las para tirar a dúvida se aquelas notas vão soar legais ou não, coisa que não é igual com a guitarra, devido a abertura da mão, que é um tanto limitada.

Então veremos um pequeno tema de acordes fazendo melodias em suas "notas de ponta", que é a nota mais aguda do acorde. Isso que chamamos de acordes horizontais. Procure fazer sequências de acordes que não sejam iguais às que tocamos todos os dias, em nossas "bases rockeiras". Faça da nota mais aguda do acorde uma melodia. Isso vai abrir muito a sua cabeça para futuras composições e arranjos. Ai vai um pequeno exemplo do assunto

Page 6: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

desta aula.

Oi Guitarreiros e Guitarreiras, ó nóis aqui traveiz!! Gostaria de agrader pelas boas vindas e pelos milhares de mails que eu recebi, mentira só recebi 2 hehe,bom mais é isso ai! Bom aproveitando, gostaria de dizer tbm que é muito bom estar fazendo parte do GUITAR X, que é um canto só nosso, onde nós guitarristas damos espaço para nós mesmos, por que se não ninguém vai dar. Galera é muito bom estar tabalhando com vcs, obrigados aos meus 3 irmãos Jaime, Mauricio e Renan do Guitar X, por tudo, e principalmente pela amizade. Bom, vamos lá, na aula passada o assunto foi melodias que podemos obter dos acordes, sequências de acordes, dando ênfase às notas agudas, nessa aula, vamos falar sobre os baixos. O baixo do acorde, pode ser usado não só como tônica, mais tbm como melodia, é claro que não vai ser tão "principal" como uma melodia com uma nota aguda, mais vai dar uma perspectiva diferente para o bloco de acordes de uma música, por exemplo. O que eu estou dizendo é que o baixo tbm pode andar, enquanto acordes estão sendo feitos. Bom nesse post, eu criei um dedilhado para usar como exemplo, um exemplo mais light por sinal, uma sequências de acordes que se repetem enquanto o baixo muda (trabalhando como tônica mesmo). Bom, esse teminha tem 4 compassos como vcs podem ver, nos dois primeiros compassos eu criei uma sequencia de acordes com as notas agudas se movimentando (post da aula passada), e repeti a mesma coisa no compasso 3 e 4. E adicionei o post de hj, que é o baixo, mudando os acordes, quer dizer enquanto o baixo anda, nos 4 compassos, o acorde

Page 7: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

fica fazendo a mesma sequência de acordes. Prestem atenção na indicação do dedo a ser usado, nas notas da partitura. Na aula que vem, vamos ver um baixo se movimentando pra valer, ok?

 

Teoria e Composição parte VII Harã Lemes

Oi galera tudo ok? Bom, conforme prometido hoje vamos ver um lance bem bacana que é uma sequência de acordes com o baixo andando. Bom, então eu criei uma sequência bem Jazzistica, e para quem não gosta de Jazz, eu aconselho a tentar também, por que é um estudo bem legal. Bom, os baixos dos acordes ficam andando totalmente, e nesse caso você terá que tocar os acordes com a mão, quer dizer, sem o uso da palheta certo?, ou vc pode tambem optar para a palheta e dedo, mais nesse caso vc palhetará só o baixo. Bom, tecnicamente não é muito complicado, mais sugiro para tocar numa velocidade de 195 bpm, que é um pouco dificil, é a partir dessa velocidade que o teminha fica legal, mais comece devagar e vá aumentando aos poucos a velocidade, sempre com o uso do metrônomo. Essa tecnica de "baixo andante", foi muito comum em músicas do Bach por exemplo. O estilo de música que mais se usa, é o funk (não to falando do funk do Rio héim hehe). Dando assim um clima muito legal para as músicas. Além de isso ter sido usado por Bach, e grandes nomes do erudito, e depois ter passado para o Jazz com uma conotação menos

Page 8: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

barroca, o funk aproveitou isso pensando bastante no swing. Bom, a gente pode tocar baixos andantes em acordes no nosso próprio instrumento, e podemos aproveitar esse lance dos estilos que eu citei acima para criar o nosso som, que também dá pra fazer o baixo andar no blues e no rock por exemplo.

Tema

Análise Harmônica Vocês perceberam que o post de hoje foi feito sobre 4 acordes certo?!??!?! Não, errado, ele está apenas maquiado em baixo de 4 acordes, na verdade existe bem mais. É que com o baixo em uma nota diferente, com certeza muda-se o acorde. Isso que dá a cara do Jazz. Vamos ver quais acordes são esses??

No primeiro compasso, começamos com o acorde de cmaj7(9) certo? mais no 2ª tempo do 1ª compasso, com o baixo em sol, teremos o acorde G6, e com isso não será mais o Cmaj7(9). No 3ª tempo teremos um Em7, já que o baixo estará em E, no 4ª tempo, teremos o G#º, e assim vai....vamos ver os outros compassos?

No 2ª compasso, começamos com Am7, no tempo 2 temos o acorde C, no tempo 3, o Ab6(13b) e no 4ª tempo um C/E, já que o baixo pega a nota E.

No 3ª compasso, começamos com o acorde Dm7(9), o próximo será um Cadd4, no próximo um Am(6b). Bom, no 4ª e último compasso teremos, G7(13) iniciando o bloco, e já no 2ª tempo teremos um E5, no 3ª tempo um Dsus(6/9) e no último tempo do último compasso, fechamos com

Page 9: Teoria Musical e Composição Parte I,II,III,IV,V,VI,VII

um A5. Bom está ai uma análise harmônica do bloco....

Espero que vocês tenham gostado da coluna, um grande abraço para todos.

Harã Lemes