teoria musical aplicada à banda de musica - ezidemar siemiatkouski

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Apostila de teoria musical básica para desenvolvimento de grupos musicais.Se desejar baixar clique no link abaixohttp://www.esnips.com/doc/abf2e40e-1e8d-4419-8f8d-d35e20de5d27/Teoria-musical-aplicada-%C3%A0s-bandas-de-m%C3%BAsica---Ezidemar-Siemiatkouski

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& Grupos Vocais e Instrumentais

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AS DEFINIÇÕES DE MÚSICA

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MúsicaÉ a arte de combinar diversos sons (e o silêncio) uns após os outros

ou ao mesmo tempo. Além de Tudo Música é uma Linguagem, um idioma musical que todo músico deveria compreender.A Música se divide em: MelodiaOs sons são ouvidos uns após os outros formando um sentido

musical. Muitas vezes é adicionado à melodia um poema (letra). HarmoniaVários sons são ouvidos ao mesmo tempo obedecendo certas

“Regras Musicais”. ContrapontoDiversas melodias são ouvidas todas ao mesmo tempo dando a ideia

de movimento de vozes. RitmoMovimento dos sons obedecendo uma certa ordem de tempo e

duração. Às vezes mais rápido, às vezes mais lento. TimbreSão as diferentes “cores” dos sons de cada instrumentos (flauta,

trombone, saxofone) ou vozes (femininas, masculinas) e que ao ouvir esses sons, sozinhos ou juntos, sabe-se distingui-los uns dos outros.

NOTAÇÃO MUSICAL

Pauta ou PentagramaÉ o conjunto de cinco linhas e quatro espaços onde são escritas

as notas musicais (do, re, mi, fa,sol, la, si) e todos os simbolos e sinais de uma partitura.

Abaixo e acima da Pauta também se encontram linhas e espaços invisíveis que são conhecidos como: Linhas e Espaços Suplementares Superiores e Inferiores.

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Observe que os 2 pontinhos (:) colocados ao lado da clave de Fa e de Do, servem para indicar a linha em

que se acha assinada a clave.

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Linhas e Espaços Suplementares Superiores

Linhas e Espaços Suplementares Inferiores

CLAVES

Para que as notas tenham nomes (do, re, mi, fa,sol, la, si) e sua altura definida na escala, coloca-se no inicio da pauta um sinal conhecido como CLAVE.

Há três sinais de clave:

Clave de Sol Clave de Fa Clave de Dó

A clave de Sol é escrita na segunda linha.

A clave de Fa pode ser escrita na terceira ou quarta linha.

A clave de Do pode ser escrita na primeira, segunda ou terceira linha.

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Correspondência Uníssona (mesmo som) nas Claves.

A clave de Sol é usada para os instrumentos solistas e mais agudos, nos sons intermediários usamos a clave de Dó e nos sons médios para grave usamos a clave de Fá.

As claves mais usadas são:

A clave de Sol A clave de Fá na quarta linha A clave de Dó na terceira linha (que é própria para a Viola Clássica)

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DEFININDO O NOME DAS NOTAS NAS DIVERSAS CLAVES

Clave de Sol Escrita na segunda linha. Dessa forma a nota que se encontrar

escrita nessa linha terá o nome da clave: SOL. A partir dai sabemos no nome das demais notas no pentagrama.

Clave de Fa

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Escrita na terceira e na quarta linha. Dessa forma a nota que estiver escrita nessa linha terá o nome da clave: FA. A partir dai sabemos no nome das demais notas no pentagrama.

Vejamos o exemplo mais comum que é a clave na quarta linha.

Clave de DóA clave de Dó pode ser escrita na primeira, segunda, terceira ou

quarta linha. Veremos a seguir o caso mais usado que é na terceira linha. Portando a nota DÓ estará escrita na terceira linha.

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Clave de Percussão

A clave de Percussão é usada para instrumentos de percussão de notas não definidas (do, re, mi, etc).Ela é escrita como todas as outras no início da pauta.

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Geralmente a pauta de uma partitura de instrumento de percussão só possui uma única linha pois o que interessa não é a nota (do, re, mi, etc), visto que esses não tem nota definida, e sim o ritmo. Porém, muitas vezes, a clave de Percussão é escrita em uma pauta normal (com as 5 linhas e os quatro espaços). Veja os exemplos abaixo:

Os instrumentos de percussão que se utilizam dessa clave em suas partituras são: BOMBO, CAIXA CLARA, PRATOS, TAMBORES, PANDEIRO, BATERIA e vários outros do mesmo gênero.

Atualmente a escrita musical para esses instrumentos, além

de se utilizar da Clave de Percussão , faz uso também de notas com a “cabeça” modificada mantendo sua duração e dando importância ao ritmo. Veja o exemplo:

Anotações:

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VALORES

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Nem todas as notas tem a mesma duração. Para entendermos a duração dos sons musicais é necessário que as notas apareçam sobre formas diferenciadas.

Estas diversas formas das notas se chamam Figuras ou Valores.

Temos então na seqüência abaixo as figuras mais usadas e que representam os sons, elas aparecem em sete formas diferentes:

Pausas

As pausas são figuras que indicam duração de silêncio entre sons. Cada figura de som tem sua respectiva pausa que lhe corresponde o mesmo tempo de duração, ou seja, temos a pausa da semibreve, da mínima, da semínima, da colcheia, da semicolcheia, da fusa e da semifusa.

Veja abaixo as figuras e suas pausas correspondentes:

Quando se escreve duas ou mais colcheias, semicolcheias, fusas e semifusas consecutivas os colchetes são substituídos por barras horizontais, ficando as notas unidas em grupos.

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Divisão proporcional dos valores

A semibreve é a figura que representa maior duração e é tomada como unidade da Divisão Proporcional dos Valores, em resumo, todas as demais figuras são divisões da semibreve.Divisão Proporcional dos Valores

Abaixo temos a comparação real dos valores de acordo com o que explicamos acima. Temos a semibreve e em seguida os valores das demais em relação a semibreve.

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Também assim:

E assim: a Breve é uma figura usada mais raramente.

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Em outras palavras:

Os numeros são as frações de cada figura correspondentes à semibreve.

PONTO DE AUMENTO

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É um ponto colocado à direita da figura (nota ou pausa) para aumentar a METADE de seu valor de duração.

Dois ou mais pontos podem ser colocados à direita da figura, tendo nesse caso, o primeiro ponto o valor já conhecido e os seguintes pontos cada um a metade do ponto anterior.

Exemplos:

LIGADURA

É uma linha curva que se coloca acima ou abaixo das notas. Existem 2 tipos de ligaduras: de Valor e de Fraseado. A que mais nos

interessa por enquanto é a de Valor.

Ligadura de Valor

É uma linha curva que une duas ou mais notas da mesma altura, (notas iguais), e indica que os sons (notas) que estiverem ligados não devem ser separados. Somente o primeiro som é emitido e os demais serão apenas a prolongação do primeiro de acordo com seus valores.

Anotações:

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As pausas também podem ser pontuadas.

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COMPASSOS

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As figuras que representam o valor da notas têm duração INDETERMINADA (não tem valor fixo). Para que as figuras tenham um determinado valor na duração do som, são utilizados espaços de duração à que se dá o nome de: TEMPO.

Tempo é um valor determinado na duração do som ou do silêncio (pausa).

Os Tempos são agrupados em “pulsações”(batidas) iguais, de 2 em 2, de 3 em 3 ou de 4 em 4, formando uma métrica.Contamos o tempo na música através da pulsação que é constante.

A forma como contamos e dividimos o tempo é chamada de Compasso.

Compasso é a divisão da música em séries regulares de tempo.

Essas séries, ou seja, Compassos, podem ser de 2 tempos, 3 tempos, 4 tempos, 5 tempos, 7 tempos, 11 tempos, etc., mas os mais usados são:

de 2 tempos - Chamado de COMPASSO BINÁRIO de 3 tempos - Chamado de COMPASSO TERNÁRIO de 4 tempos - Chamado de COMPASSO QUATERNÁRIO

O Compasso é identificado em uma determinada música pela pulsação dos tempos fracos e fortes. Veja no quadro a seguir como é a pulsação nos principais compassos:

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Compasso Binário - 2 Tempos

Compasso Ternário - 3 Tempos

Compasso Quaternário - 4 Tempos

* Há também os compassos de 5, 7 ou mais tempos.

BARRAS DE COMPASSO

Os compassos são separados na pauta por uma linha vertical, chamada barra de compasso.

Usa-se uma barra dupla para separar períodos ou trechos da música.

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O número superior (Numerador)indica a quantidade de tempos em cada compasso

O número inferior (Denominador)indica qual figura valerá 1 tempo (Unidade de Tempo)

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Para concluir a música usa-se a barra final.

E, para indicar repetição de um trecho, usam-se barras de repetição chamadas de RITORNELLO

FÓRMULAS DE COMPASSO

Representação do compassoO Compasso é representado através de números em forma de

fração que aparecem no início da pauta.

Portanto entendemos assim:

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Os números que podem ser utilizados no Numerador de uma

Fórmula de Compassos são: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, etc, e representam a quantidade de tempos dentro de cada compasso.

Os números que podem ser utilizados no Denominador de uma Fórmula de Compassos são as frações semibreve, e representam as figuras que valerão 1 Tempo:

Lembrando que esses números não são o Tempo de Duração das figuras, são apenas as proporções delas em relação à Semibreve.

Em qualquer compasso a figura que preenche um tempo chama-se Unidade de Tempo (U.T.); e a figura que preenche um compasso inteiro; sem faltar ou sobrar tempo; chama-se Unidade de Compasso (U.C.).

Atualmente usa-se muito a escrita das Fórmulas de Compasso da seguinte maneira:

Anotações:

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CLASSIFICAÇÃO DOS COMPASSOS

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Os Compassos são classificados em: Simples e Compostos.

Compasso SimplesCompasso Simples é aquele em que a figura que vale 1 tempo

(unidade de tempo) forma uma figura simples, ou seja, não pontuada. Nos Compassos Simples, cada Unidade de Tempo é dividida em duas metades iguais:

Os números que são os Numeradores dos COMPASSOS SIMPLES são:

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Dessa maneira já se sabe quando a Fórmula de Compasso é de um Compasso Simples pelos Numeradores.

Algumas U.C. nos Compassos Simples são formadas por figuras pontuadas

Compasso Composto

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Veja esse quadro

contendo as Fórmulas de Compassos

SIMPLES mais comuns:

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Compasso Composto é aquele em que a figura que vale 1 tempo (unidade de tempo) forma uma figura composta, ou seja, figura pontuada. Nos Compassos Composto, cada Unidade de Tempo é dividida em três metades iguais:

Os números que são os Numeradores dos COMPASSOS COMPOSTOS são:

Dessa maneira já se sabe quando a Fórmula de Compasso é de um Compasso Composto pelos Numeradores.

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Algumas U.C. nos Compassos Compostos são formadas por duas figuras ligadas

AS PULSAÇÕESPulsações divididas em duas

(2)Pulsações divididas em três (3)

Duas Pulsações por compasso

Binário simples Binário composto

Três Pulsações por compasso

Ternário simples Ternário composto

Quatro Pulsações por compasso

Quaternário simples Quaternário composto

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Veja esse quadro

contendo as Fórmulas de Compassos

COMPOSTOS mais comuns:

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Anotações:

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MÉTRICA

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A MÉTRICA se baseia no estudo dos Compassos e suas combinações com os diversos ritmos.

E que o RITMO se trata da distribuição de valores e figuras diversas obedecendo uma certa ordem.

Acento Métrico Os tempos dos compassos obedecem a diversas acentuações,

umas fortes outras fracas. Essa acentuações são o Acento Métrico.

É por meio do Acento Métrico que podemos reconhecer, apenas ouvindo, se:

Esta música tem compasso Binário Esta música tem compasso Ternário Esta música tem compasso Quaternário

O Acento Métrico dos compassos se dá dessa maneira:

Para o Compasso Quaternário também utiliza-se o seguinte Acento Métrico:

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Os tempos também são subdivididos em Partes Fracas e Fortes.

Assim:

Fórmula RítmicaA métrica é sempre combinada a um padrão rítmico para gerar um

estilo particular. É o que acontece com músicas de dança, (a valsa ou a polka) que têm padrões particulares para enfatiza as pulsações (batidas), as quais são imediatamente reconhecíveis. Isto frequentemente é feito para que a música coincida com os passos rápidos da dança. Esses padrões rítmicos são oque chamamos de Fórmula Rítmica e são o agrupamento de valores e figuras que fazem um sentido musical.

Exemplo:

INÍCIO DO RITMO

Início do Ritmo

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(Hino Nacional Brasileiro)

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O Ritmo pode-se iniciar de três formas:

Ritmo TéticoO ritmo começa no 1° tempo do compasso; no Tempo Forte:

Tempo Forte

Ritmo Anacrústico (Protético)O ritmo começa antes do início do compasso:

Tempo Forte

Anacruse ou Prótese são as figuras que estão antes do início de um compasso.

Ritmo Acéfalo (Decapitado)O início do 1º compasso é ocupado por pausa(s), e o ritmo começa

no tempo Fraco.

TERMINAÇÕES DO RITMO

O Ritmo pode-se terminar de duas formas:

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Terminação Feminina (Plana)O ritmo termina no tempo Fraco do compasso:

Terminação Masculina (Truncada)O ritmo termina no tempo Forte do compasso:

CONTRATEMPO

É quando as notas são executadas nos tempos (ou partes) fracas, ficando os tempos (ou partes) fortes com pausas. O tempo onde deveria recair a acentuação é preenchido por silêncio: a pausa.

SÍNCOPE

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É quando o som de uma nota executada no tempo (ou parte) fraca se prolonga até o tempo (ou parte) forte seguinte. Assim, o tempo forte estará preenchido com os “restos” de som da nota anterior.

Síncopes Regulares são compostas por notas de mesma duração. Síncopes Irregulares são compostas por notas de duração

diferentes.

Também assim:

QUIÁLTERAS

Quando as Unidades de Tempo (U.T.) e Unidade de Compasso (U.C.) são subdivididas em grupos de notas, e esses grupos são alterados na quantidade de notas que normalmente os compõe; para mais ou para menos; chamamos: Quiálteras. Coloca-se acima ou abaixo do grupo da Quiáltera o numero de quantidades de figuras que compõem a divisão alterada.

Exemplo:

As Quiálteras também podem ser constituidas por figuras de diferentes valores, ou ainda com notas e pausas. Assim:

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As Quiálteras formadas por valores iguais são as regulares e as formadas por valores desiguais são as irregulares.

As Quiálteras são classificadas em: Diminutivas e Aumentativas.

As Quiálteras Aumentativas alteram para mais a quantidade de subdivisões estabelecidas pela fórmula de compasso.

As Quiálteras Diminutivas alteram para menos a quantidade de subdivisões estabelecidas pela fórmula de compasso.

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Mais conhecida como TERCINA

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As Quiálteras devem ser executadas no mesmo tempo que o grupo de notas da subdivisão normal de

cada Fórmula de Compasso é executado.

Anotações:

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ANDAMENTOS

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A velocidade com que uma música é tocada; um movimento rápido ou um movimento devagar; sempre mantendo uma pulsação constante a cada compasso ou acelerando e desacelerando gradativamente, a isto chamamos de Agógica e é ela quem define a velocidade de execução de uma música. Esta velocidade é chamada de Andamento e indica a duração de cada tempo nos diversos compassos.

Agógica, termo utilizado para descrever os desvios e alterações do tempo, os quais são necessários para conferir sutileza e um maior

interesse na frase musical. É usado para ressaltar todos os detalhes de execução de uma peça musical criando vitalidade através do uso

inteligente do rubato, precipitações, rallentamento, interrupções, etc.

Apesar de todas as indicações em uma partitura, o Andamento permanece sempre uma questão de interpretação do músico, de cada grupo ou de cada maestro e não existe realmente o Andamento “correto” para uma peça musical, dado que a Acústica (como o som se propaga em diferentes ambientes) e outras influências externas exercem grande efeito sobre a velocidade a que uma composição se torna mais ou menos expressiva.

Metrônomo

O Metrônomo é um aparelho (relógio) que mede o tempo musical. Determina o Andamento marcando regularmente a duração de cada tempo através de um “click”. Para isso utiliza-se a seguinte Indicação Metronômica como no exemplo abaixo:

A Semínima representa o tempo a cada minuto e o número a quantidade de batidas (Semínimas) por minuto.

A Indicação Metronômica é colocada ao lado do Andamento ou isolada - no início da partitura ou no decorrer dela.

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Grave - É o andamento mais lento de todos

Largo - Muito lento, mas não tanto quanto o Grave

Larghetto - Um pouco menos lento que o Largo

Lento - Lento

Adágio - Moderadamente lento

Andante - Moderado, nem rápido nem lento

Andantino - Igual ao Andante, mas um pouco mais acelerado

Moderato - Moderado

Allegretto - Moderadamente rápido

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A representação escrita da Indicação Metronômica dependendo da U.T. de cada fórmula de compasso.

O Andamento é indicado no início ou em outros locais da partitura e é representado por palavras (em italiano) e representam somente a velocidade dos Andamentos.

Consideram-se três tipos de Andamentos: Lentos, Moderados e Rápidos.

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Andamentos Lentos

Andamentos Moderados

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Allegro - Andamento veloz e ligeiro

Vivace - Um pouco mais acelerado que o Allegro

Vivo - Um pouco mais acelerado que o Vivace

Presto - Andamento muito rápido

Prestíssimo - É o andamento mais rápido de todos

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Essas palavras aparecem, muitas vezes, modificadas por meio de outros termos (também italianos), e representam mudanças no Andamento, tais como:

Assai (bastante), Molto (muito), Più (mais), Meno (menos) Animato (animado), Quasi (quase), Non Tanto (não tanto), Mosso (movimentado), Poco (pouco), Non Troppo (não demais), etc.

Exemplo: Allegro non troppo, Allegretto Assai, Andante meno mosso, Andante Quasi Lento, etc...

Algumas vezes encontramos outros termos; não em italiano; representando as velocidades dos Andamentos e sim em alemão, francês, inglês, espanhol e também em português, além de outros.

MODIFICAÇÕES NO ANDAMENTO

As modificações momentâneas do Andamento inicial são indicadas no decorrer de um trecho musical, com termos também em Italiano:

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Andamentos Rápidos

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Para aumentar a velocidade do Andamento:

Affret. (Affretando): Apressar. Instrução para aumentar o ritmo, o que implica também um aumento na energia sonora.

Accel. (Accelerando): Acelerando. String. (Stringendo): Espremer . Direção à qual a

intensidade da música deve ser aumentada , por aceleração do tempo (como quando se aproxima de um clímax).

Più Mosso, Più Moto, Più Animato, Più Vivo. Poco a poco Accelerando, Calcando, Incalzando. Stret. (Stretto): Reunido , apertando. O Tempo fica mais

rápido. Também quando o tempo é acelerado para o clímax final.

Para diminuir a velocidade do Andamento:

Rit. (Ritardando): Retardando gradativamente. Segurando para trás, para segurar, retido.

Allarg. (Allargando). Rit. (Ritenuto): Retido , ou seja, mais lento

(imediatamente , e não gradualmente, com ritardando e rallentando ).

Rall. (Rallentando): Abrandar, gradualmente. Praticamente o mesmo que ritardando.

Meno Mosso, Morrendo, Mancando, Calando. Slargando, Slentando,Strascinando, Tardando,

Smorzando, etc.

Para voltar ao Andamento anterior:

A Tempo A Tempo Primo

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Tempo I L’istesso Tempo - o mesmo andamento. embora a

fórmula de compasso mude , a duração do tempo real permanece a mesma.

In Loco - Tocar exatamente como está escrito.

Outras modificações de Andamento:

Suspender o Andamento:

Ad. Lib. (Ad libitum): À Vontade. A interpretação é livre, sem compasso e sem tempo.

A Piacere: À Vontade. Senza Tempo: Sem tempo Rub. (Rubato) – Indica certa liberdade na duração

do valor das figuras sem alterar a divisão do compasso.

Doppio Movimento – Duplo. Duas vezes mais rápido (ou seja, o dobro da velocidade anterior).

A Fermata:

FERMATA sobre uma NOTA indica prolongamento, a vontade, do som.

SUSPENSÃO sobre uma PAUSA indica prolongamento, a vontade, do som.

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PARADA sobre uma BARRA (DUPLA) indica interrupção entre duas partes do trecho musical.

Pode-se ainda acrescentar sobre a FERMATA as palavras LONGA ou CURTA, indicando uma sustentação maior ou menor do valor.

EXPRESSÃO

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Para interpretar uma obra, o músico deve compreender todas as intenções e sentimentos que compositor teve ao compô-la. Muitas vezes o título da obra ja traz todo um clima de como ela será interpretada. A maneira ou o caráter no qual o andamento deverá ser tocado chamamos de EXPRESSÃO.

É pela Expressão que o músico se orienta para executar essa peça musical conforme a intenção do compositor.

Para informar o caráter da música, o compositor utiliza no início da partitura termos de Expressão em Italiano.

Existe uma infinidade de termos de Expressão. Veja alguns deles:

Addolorato - doloroso, triste.

Affabile - afável, carinhoso.

Affetuoso - terno, meigo. Agevole - ágil. Agitato - agitado. Allegremente - alegre. Amabile - amável. Amoroso - amoroso. Animato - animado. Appassionato -

apaixonado. Ardito - com ardor. Brillante - com brilho. Burlesco - cômico. Caldamente - com

emoção. Calmato - com calma. Cantabile - cantando. Con Duolo – com dor. Con Anima - com a alma. Con Fuoco - com (“fogo”)

intensidade. Con Moto - movido, com

vida.

Dolce - com doçura. Dolente - doloroso. Flebile - triste. Giocoso - brincando. Giusto - justo, exato. Leggiero - ágil, leve. Maestoso - majestoso. Mesto - triste. Mosso - movido, animado. Parlando - como se

estivesse falando. Piacevole - agradável. Piangendo - chorando. Recitativo - como se

estivesse falando. Risoluto - decidido. Scherzando - brincando. Sciolto - naturalmente,

desembaraçado. Sostenuto - sustentando

o som. Tenero - com ternura.

Brillante - com brilho. Burlesco - cômico.

Todas essas Expressões são combinados com os termos de Andamento. Assim:

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Andantino Affetuoso Allegro con brio Allegretto Scherzando Andante Mesto

Lento Piangendo Adagio Sostenuto Presto Mosso Andante Piacevole

Anotações:

DINÂMICA

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A variação de Intensidade dos sons fortes e fracos constitui o “colorido” da música.

A Dinâmica dos sons executados em uma obra, quase sempre vem indicada por palavras Italianas – muitas vezes abreviadas – e também por sinais gráficos encontrados no decorrer de uma partitura. Veja abaixo a tabela das Intensidades:

A Dinâmica na partitura vem escrita logo abaixo da pauta indicando o trecho que deverá ser executado num Forte:

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“GRAMPOS” DE INTENSIDADE

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ou num Mezzo-Piano e Piano logo após:

As mudanças gradativas de Intensidade, (do forte para o fraco), e vice e versa, (ou do fraco para o forte e depois para o fraco novamente), são escritas utilizando sinais gráficos dessa Forma:

Outras abreveaturas em Italiano, também podem ser utilizadas para designar aumento ou diminuição gradativa da Intensidade, tais como:

dim. : diminuindo. smoorz. : extinguindo o som.

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rinf. : reforçando o som. cresc. : crescendo a intensidade do som. Morendo: desaparecendo o som. s.v. (Sotto Voce): em baixa voz, som mediano. poco a poco. Etc..

Outras escritas de Dinâmica:

Dinâmicas Extremas:

Costuma-se também utilizar outras abreveaturas combinadas com os sinais de Dinâmica habituais.

ARTICULAÇÃO

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Costuma-se também utilizar outras abreveaturas combinadas com os sinais de Dinâmica

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BIBLIOGRAFIA

MED, Bohumil – Teoria da Música. Brasília. Musi Med. 1996. PRIOLLI, Maria Luiza Mattos – Princípios Básicos da Música para

a Juventude Vol. I & II. Rio de Janeiro. Casa Oliveira de Músicas LTDA. 1985.

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Page 48: Teoria Musical Aplicada à Banda de Musica - Ezidemar Siemiatkouski

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HARNONCOURT, Nikolaus – O Discurso dos Sons. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro. 1988.

BONA, Pascoal – Curso complete de divisão musical. Irmãos Vitalle BENNET, Roy – Uma breve história da Música. Rio de Janeiro:

Zahar, 1986. ISAACS, Alan & MARTIN, Elizabeth – Dicionário de Música Zahar.

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