teoria geral do processo civil - unip

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5/9/2018 TeoriaGeralDoProcessoCivil-Unip-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/teoria-geral-do-processo-civil-unip 1/36 Título : Processo Conteúdo : DO PROCESSO Conceito: 1) é o meio de que se vale o estado para exercer a função jurisdicional, compondo-se de um conjunto de atos cuja finalidade é a composição da lide. 2) é o método, a técnica, o instrumento de que se utiliza o Estado para a solução dos conflitos de interesses submetidos à apreciação jurisdicional. PRO + CAEDERE - andar para frente, seguir Finalidade: atuação da lei às lides ocorrentes - Autos: conjunto de peças processuais (inicial, contestação, sentença), possuindo existência material; já o processo, imaterial - Procedimento: modo pelo qual o processo se desenvolve; aspecto externo do processo. - Tipos de processo: correspondem à tutela jurisdicional a que visa, ou seja, a tutela  jurisdicional de conhecimento, de execução e cautelar - art. 270 do CPC 1) Processo de Conhecimento ou de Cognição -é aquele que se destina à declaração acerca do direito disputado pelas partes, ou seja, compõe a lide com o acerto da efetiva situação jurídica das partes. Desenvolve-se entre dois termos: petição inicial e a sentença, sendo que entre estes termos, vários atos são praticados tanto pelas partes como pelo juiz. Subdivide-se em: a) Condenatório - imposição de sanção - Ex: ação penal;  b) Declaratório – art. 4º do CPC (Positiva ou negativa) – Ex: Usucapião; Hábeas Corpus; c) Constitutivo – criação, extinção e modificação - Ex: revisão criminal 2) Processo de Execução - quando há certeza prévia de direito do credor e a lide se resume na insatisfação do crédito; daí o processo limita-se a tomar conhecimento liminar da existência de um título do credor, para em seguida, utilizar a coação estatal sobre o patrimônio do devedor, e independente da vontade deste, realizar a prestação a que tem direito o credor. Funda-se em título executivo e também desenvolve-se entre dois termos: pedido de execução e os atos que esgotam as providências executórias.

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5/9/2018 Teoria Geral Do Processo Civil - Unip - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/teoria-geral-do-processo-civil-unip 1/36

Título : Processo

Conteúdo :

DO PROCESSO

Conceito:

1) é o meio de que se vale o estado para exercer a função jurisdicional, compondo-se deum conjunto de atos cuja finalidade é a composição da lide.

2) é o método, a técnica, o instrumento de que se utiliza o Estado para a solução dosconflitos de interesses submetidos à apreciação jurisdicional.

PRO + CAEDERE - andar para frente, seguir 

Finalidade: atuação da lei às lides ocorrentes

- Autos: conjunto de peças processuais (inicial, contestação, sentença), possuindoexistência material; já o processo, imaterial

- Procedimento: modo pelo qual o processo se desenvolve; aspecto externo do processo.

- Tipos de processo: correspondem à tutela jurisdicional a que visa, ou seja, a tutela jurisdicional de conhecimento, de execução e cautelar - art. 270 do CPC

1) Processo de Conhecimento ou de Cognição -é aquele que se destina à declaraçãoacerca do direito disputado pelas partes, ou seja, compõe a lide com o acerto da efetivasituação jurídica das partes.

Desenvolve-se entre dois termos: petição inicial e a sentença, sendo que entre estestermos, vários atos são praticados tanto pelas partes como pelo juiz.

Subdivide-se em:

a) Condenatório - imposição de sanção - Ex: ação penal;

 b) Declaratório – art. 4º do CPC (Positiva ou negativa) – Ex: Usucapião; HábeasCorpus;

c) Constitutivo – criação, extinção e modificação - Ex: revisão criminal

2) Processo de Execução - quando há certeza prévia de direito do credor e a lide seresume na insatisfação do crédito; daí o processo limita-se a tomar conhecimentoliminar da existência de um título do credor, para em seguida, utilizar a coação estatalsobre o patrimônio do devedor, e independente da vontade deste, realizar a prestação aque tem direito o credor.

Funda-se em título executivo e também desenvolve-se entre dois termos: pedido deexecução e os atos que esgotam as providências executórias.

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3) Processo Cautelar - quando é utilizado não para uma solução definitiva decontrovérsia estabelecida em torno da relação jurídica material, mas apenas para

 prevenir, em caráter emergencial, e provisório, a situação da lide contra as alteraçõesdos fatos ou do direito que possa ocorrer antes que a solução de mérito seja prestada.

OBS: Ao lado da classificação tradicional, a doutrina reconhece hoje uma classificaçãoquíntupla das ações, distinguindo das ações condenatórias puras, quais seja:

4) Ação mandamental – aquela que visa a formação de uma ordem judicial (mandado)dirigido a um outro órgão do Estado ou a particulares;

5) Ações executivas lato sensu: ação tendente a obter uma sentença que visa legitimar uma execução sem a necessidade de promover uma nova ação.

- Relação Jurídica processual:

Def: é a relação entre as pessoas, participantes do processo, cuja prática de atos visam àobtenção de uma prestação jurisidicional.

 No processo existe uma relação jurídica (conflito de interesses regulado pelo direito).Quando existe resistência a pretensão, constitui-se a lide, que perturba a paz social. OEstado, através da Jurisdição, provocada pela Ação, visa a composição da lide pelo

 processo.

Daí, processo não é apenas uma sequência de atos realizados para a obtenção da prestação jurisdicional, mas também é uma relação entre as pessoas que participam

dessa relação, cuja prática de atos visam a prestação jurisdicional. Tal é a relação jurídica processual.

- Características:

1) Complexidade: é constituída de um conjunto de posições ativas e passivas, gerandodireitos, obrigações, poderes e ônus.

2) Unidade: todos os atos processuais não são praticados de maneira aleatórias oucentrifugas, mas com uma única finalidade, qual seja, a obtenção de um provimentofinal.

3) Natureza Pública: pois envolve um sujeito de direito público, que se coloca entre as partes (neutralidade) e acima das partes (soberania).

4) Autônoma: a instalação da relação jurídica processual independe da existência dodireito material alegado pelo autor, bastando existir uma previsão em abstrato.

5) Tríplice Angularidade: apresenta três ângulos distintos, envolvendo os sujeitos principais do processo, vinculando as partes entre si, e as partes e o juiz.

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A ---------------------------R 

- Elementos da Relação Jurídica Processual:

- Subjetivos - sujeitos do processo: partes e órgão jurisdicional

- Objetivos - objeto do processo – emissão de um provimento jurisdicional para a tutelade um bem jurídico;

- Sujeitos da Relação Jurídica: Admitida como uma relação trilateral, temos que ossujeitos do processo são três: partes e juiz.

- Sujeitos principais - partes (autor e réu) - parciais;

juiz - (não é parte) - imparcial

- Sujeitos “sui generis” - Advogado, Ministério Público

advogado representa a parte em juízo, não é parte.

- Sujeitos secundários: outras pessoas que participam da relação jurídica processual -auxiliares da justiça: of. justiça, perito, etc...

terceiros: testemunhas, etc...

- Nomenclatura:

 processo de conhecimento: autor e réu;

exceções : excipiente/exceto;

reconvenção: reconvinte/reconvindo;

recursos: recorrente/recorrido;

apelação: apelante/apelado;

agravo: agravante/agravado;

 processo de execução: exequente/executado ou credor/devedor 

 processo cautelar: requerente/requerido

 procedimentos especiais de jurisdicão voluntária: interessados.

- Formação da Relação Jurídica Processual:

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a) por iniciativa da parte: através da petição inicial - art. 262 do CPC - princípio dainiciativa da parte/princípio do dispositivo

 b) por despacho do juiz ou distribuição da inicial - art. 263 do CPC - despacho positivoou que ordena a citação.

- deferimento - citação do réu - art. 285 do CPC

- indeferimento - extinção do processo - art. 267,I do CPC

c) citação do réu: é o ato pelo qual se dá ao réu o conhecimento da ação que já lhe foi proposta - art. 213 do CPC.

- ato que completa a relação jurídica processual

- requsito de validade de qualquer processo - arts. 285, 614, 802,etc...

- Pressupostos Processuais: são requisitos necessários à existência e validade do processo, ou melhor, da relação jurídica processual. São eles:

-juiz: imparcialidade; investidura; competência

a) Subjetivos

- partes: capacidade de ser parte; de estar em juízo ou processual oulegitimatio ad processum; postulatória ou jus postulandi.

- extrínsecos: que diz respeito à inexistência de fatos externosimpeditivos à formação da rel. jurídica. São negativos

 b) Objetivos

- intrínsecos: diz respeito à subordinação do procedimento à normaslegais, ou seja, os atos do processo devem ser desenvolvidos de acordo com a formaestabelecida na lei. Ex: Petição inicial, citação, etc...

OBS: Fazer a distinção com as condições da ação.

AMBOS – PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E CONDIÇÕES DA AÇÃO – SÃOPRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO JULGAMENTO DE MÉRITO;

- Pressupostos referentes ao juiz:

a) Imparcialidade - garantias: a lei enumera causas taxativas

- Impedimento: juiz está em situação em que a sua parcialidade se acha fora de dúvidaou se apresenta patente. Aqui as hipóteses são objetivas, ou seja, ou o juiz é ou não éimpedido

arts. 134 e 136

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Características: objetiva; não há preclusão; processo nulo.

- Suspeição: gera uma presunção relativa de parcialidade, que pode ser ilidida por provaem contrário. Aqui as hipóteses são subjetivas.

arts. 135 e parágrafo único

Características: subjetiva; preclusão; não há nulidade.

Características Comuns:

- juiz deve se declarar impedido ou suspeito - art. 137

- parte pode provocar a declaração - art. 137

- outras pessoas passíveis - art. 138

 b) Investidura: investido de jurisdição

c) Competência - relativa ou absoluta.

- Pressupostos referentes às partes:

a) Capacidade de ser parte: toda a pessoa tem capacidade de ser parte, ou seja, aptidãode participar da relação jurídica processual, em nome próprio ou alheio.

- art. 1º do CC - todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil -capacidade de gozo ou jurídica.

- pessoas jurídicas

- pessoas formais - art. 12 do CPC - III,IV,V,IX

 b) Capacidade de estar em juízo: capacidade de exercício ou de fato, ou seja, é acapacidade de exercer direitos e deveres processuais ou seja, é a capacidade de praticar validamente atos no processo.

- Quanto à pessoas naturais: capacidade processual plena - plenamente capazes na vidacivil - art. 7 do CPC

falta absoluta de capacidade processual - absolutamente incapazes - art. 5 do CC -deverão ser representados - art. 3º do CPC

capacidade processual relativa ou limitada - relativamente incapazes - art. 6 do CC -deverão ser assistidos - art. 4º do CPC

- Capacidade processual das pessoas casadas:

mulher - Lei 4.121/72 - Estatuto da mulher casada.

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regras especiais: Quanto à capacidade ativa - art. 10 do CPC atinge os cônjuges; no casode recusa, pode ser suprida judicialmente art. 11 do CPC. Chamada de capacidadeintegrativa, mas não torna o outro cônjuge parte no processo.

quanto à capacidade passiva: litisconsórcio necessário - art. 10,#1

do CPC.

- Curador Especial - art. 9,I do CPC - ausência de representante

- Pessoas Jurídicas: ativa ou passiva - art. 12 do CPC

I - direito público

VI - provado

VII e #2 - soc. s/ personalidade jurídica

VIII - estrangeira

OBS: Não é representação, mas sim presentação.

c) Capacidade Postulatória ou Jus Postulandi

art. 36 do CPC - por advogado

art. 36, seg. parte - advogar em causa própria

art. 37 - instrumento de mandato

art. 38 - mandato ou procuração

- ad judicia

- s/ reconhecimento de firma

- poderes expressos

- art. 13 do CPC - irregularidade da representação processual.

Título : Atos Processuais

Conteúdo :

DOS ATOS PROCESSUAIS

CONCEITO:

1) são aqueles que têm por efeito, a constituição, a conservação, o desenvolvimento, amodificação ou a cessação da relação jurídica processual.

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O processo é um conjunto de atos, tendentes à prestação jurisdicional, atos estesmanifestados pelos sujeitos do processo. (autor, réu, juiz,...)

FORMA DOS ATOS PROCESSUAISDefinição: é o conjunto de solenidades que devem ser observadas para que o ato

 jurídico seja plenamente eficaz.

Os atos quanto à forma são: solenes (previsão de forma para a sua validade) e nãosolenes (forma livre).

Os atos processuais não são solenes, somente quando a lei assim exigir, prescrevendoforma para sua validade, como por exemplo, a forma escrita e em tempo expressamente

 previsto na lei.

PRINCÍPIOS DOS ATOSPROCESSUAIS1) Princípio da Legalidade das formas: os atos processuais, cuja lei estabelece forma,devem ser realizados pela forma prescrita na lei, sob pena de nulidade. Art. 154 e 243do CPC

- Forma dos atos no CPC:

arts. 169, p. único; art. 170 e 171

2) Princípio da instrumentalidade da forma:a forma do ato não é um fim paraa suavalidade, mas sim um meio para atingir a sua finalidade. Tanto é que o art. 154 reputaválido o ato realizado de outro modo, desde que preencha a finalidade essencial (art.244 do CPC)

Ex: art. 214 - citação

3) Princípio da Documentação: os atos processuais, de ordinário, possuem forma

escrita, já existindo a documentação; se o ato puder ser praticado de forma oral, aredução a termo, ou seja, a documentação por escrito também será necessária. Ex:depoimento das testemunhas.

4) Princípio da Publicidade: os atos processuais devem ser públicos, ou seja, devemdesenvolver-se publicamente, na presença de quem quiser assistir a eles, salvo quandoversarem sobre a intimidade das pessoas, ou o interesse social exigir privacidade. (art.5,LX da CF; art. 93,IX da CF)

art. 155, segunda parte - atos em segredo de justiça.

5) Princípio do uso do vernáculo: só pode ser praticado ou juntado documentosredigidos em língua nacional, sendo permitida a juntada de docs. em língua estrangeira

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quando acompanhado da respectiva tradução, firmada por tradutor juramentado. Arts.156 e 157 do CPC.

CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

a) Quanto ao seu objeto:

1) Atos de iniciativa - são aqueles que destinam a instaurar a relação jurídica processual.Ex: petição inicial

2) Atos de desenvolvimento - são aqueles que movimentam o processo, compreendendoos atos de instrução e os de ordenação. Ex: citação, provas, etc...

3)Atos de conclusão - atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes. Ex: sentença,transação, renúncia, etc...

b) Quanto aos sujeitos (classificação do CPC):

1)atos das partes

- Atos das Partes: são aqueles praticados pelo autor e réu, terceiros intervenientes eainda pelo Ministério Público.

Classificação:

1) Postulatórios ou de Obtenção: são aqueles pelos quais as partes postulam

 pronunciamento do juiz, seja quanto ao processo, seja quanto ao mérito. Ex: petiçãoinicial, citação do réu, respostas do réu, etc...

2) Dispositivos: consistem em declarações de vontade destinadas a dispor da tutela jurisdicional, dando-lhe existência ou modificando-lhe as condições. Art. 158 do CPC.Podem ser:

 b) Concordantes ou de desistência: quando há manifestação de vontade de uma parte e aoutra parte adere, mesmo que por omissão. Ex: desistência da ação pelo autor, depois dacitação do réu (art. 267,#4)

c) Contratuais ou de transação: são declarações bilaterais de vontade. Ex; transação

3) Atos instrutórios ou de prova: são aqueles que se destinam a convencer o juiz daverdade dos fatos alegados pelas partes. Ex: provas.

4) Atos reais ou de afirmação: são aqueles que se manifestam através de coisas e não por palavras. Ex: apresentação de documentos, preparo de um recurso, etc...

- Eficácia do ato das partes:

art. 158 - independem de homologação judicial

- Petições e autos suplementares:

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Autos: são o conjunto de atos e termos do processo. Originais: constituem os atos etermos originais que compõe o processo. Ex: Petição inicial, etc..

art. 160 - recibos dos documentos apresentados

art. 162 do CPC

- art. 267 : extinção do processo sem resolução de mérito;

- art. 269 : resolução de mérito (não provocando a extinção, que somente ocorre com asatisfação do crédito, em razão da fase de cumprimento da sentença no próprio

 processo);

- art. 463 do CPC : redação alterada suprimindo a expressão “cumpre e acaba o ofício jurisdicional”;

- não leva ao encerramento do feito, embora possua cunho decisório (questão processualincidente. Ex: provas, tempestividade da defesa, etc...)

c) Despachos ordinatórios ou de mero expediente – art. 162, parágrafo 3º do CPC:

- visam dar movimentação ao processo. Ex: abrir vistas de um documento juntado a partes; designar audiência de instrução; mandar intimar perito e aasistente técnico;citação, etc...

- prática de ofício dos atos ordinatórios (parágrafo 4º)

d) Acórdão – art. 163 do CPC:

- decisão proferida por Tribunal

FORMA DOS ATOS DO JUIZ – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

art. 164 - assinatura

art. 165 - sentenças e acórdãos - art. 458 do CPC - decisões interlocutórias -fundamentação.

despachos ordinatórios - não reclamamfundamentação.

ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA:

Atos de movimentação ou de comunicação: são os que visam ao andamento do processo: termos de abertura de vistas p/ as partes; termo de conclusão, termo deremessa dos autos à instância superior; de intimação e citação, etc...

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Atos de documentação: são aqueles que por meio dos quais o escrivão atesta arealização de atos das partes, do juiz, ou de seus auxiliares. Ex: certidão de intimaçãodas partes; certidão de publicação, etc...

Atos de execução: atos realizados em cumprimento dos mandados judiciais, fora dos

cartórios. Ex: penhora; prisão...

Autuação - 1o ato de movimentação do processo

arts. 166 e 167

TERMOS PROCESSUAIS:

é a documentação escrita e autêntica dos atos processuais, feita por serventuários daJustiça no exercício de suas atribuições. Termo é a documentação de um ato.

- Classificação dos Termos:

a) Prejudiciais: são aqueles que documentam atos consistentes em modificação dodireito das Partes: Ex. Transação - art. 448

 b) Termos de andamento: visam a registrar a documentação dos atos.

c) Termo de autuação: certifica que foi apresentada a petição incial e os documentos quea acompanham - art. 166

d) Termo de juntada: documenta o ingresso de uma petição nos autos. Art. 168 do CPCe) termo de conclusão: documenta que o processo será encaminhado ao juiz

f) termo de vistas: documenta que abriu vistas as partes

g) Termo de intimação: documenta que intimou as partes

h) Termo de recebimento: atesta que os autos voltaram a cartório.

ATO PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO

- art. 172 - dias úteis

- art. 173 - prática de atos somente em dias úteis ou seja, que não ocorra em diasferiados.

- art. 175 - feriados - definição

- Exceções - #1 - art. 172 - conclusão dos atos

#2 - citação e penhora - art. 5,XI da CF

#3 - protocolo - funcionamento

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art. 175 - férias e feriados: os atos não produzem efeito salvo:

- art. 173,I e II - prática de atos, mas o processo está suspenso

- art. 174 - casos de não suspensão do processo.

art. 176 - Lugar - exceção: deferência (art. 411), interesse da Justiça (art. 440),obstáculo arguído pelo interessado e acolhido pelo juiz – (art. 336, p. único)

- Prazos:

Definição: é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado, delimitado por dois termos: um termo inicial (dies a quo) e um termo final(dies ad quem).

- art. 177 - lei fixará o prazo; na falta, o juiz determinará.

- Classificação dos prazos:

a) Legais: são os prazos fixados em lei. Ex: art. 297, 508, etc...

 b) Judiciais: são os prazos que fixam a critério do juiz. Ex: art. 182

c) Convencionais: prazo estabelecido pela convenção das partes. Ex: art. 181.

a) Comum: prazo estabelecido para ambas as partes para a prática de determinado ato.

 b) Particulares: prazo destinado à pratica de atoà uma das partes. Ex: prazo para acontestação.

a) Próprios: são aqueles fixados pelas partes, sujeitando-se a preclusão;

 b) Impróprios: prazo fixado ao juiz e seus auxiliares, não havendo preclusão.

- Natureza dos prazos: os prazos, em regra, são inalteráveis, ou seja, não pode ser  prorrogado ou reduzido. Quanto à natureza dos prazos, podemos classificar em

a) Dilatórios: são aquels que, embora fixado na lei, admite ampliação ou redução pelo juiz. art. 181 CPC. Requisitos:

a) deve ser requerido antes do vencimento do prazo

 b) fundado em motivo legítimo

c) juiz deve autorizar a alteração, fixando novo dia de vencimento (#1 e2).

- Cursos dos prazos: todo prazo em regra, é contínuo, ou seja, uma vez iniciado nãosofre interrupção - art. 178.

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- férias forenses - art. 179: suspensão do curso dos prazos, sendo que o restante, voltaráa correr quando cessada as férias.

- outros casos de suspensão do curso do prazo:art. 180 - obstáculo criado pela partes

art. 265, I à III;

- Contagem dos prazos:

art. 184 - dies a quo ou dia do começo: exclusão do dia do começo e inclusão do dia dovencimento. (início do prazo e início da contagem do prazo)

- contagem do prazo em horas - geralmente não se aplica esta regra. Ex: art. 652 doCPC.

#2 - dia do início - deve ser dia útil

- diferenciação entre citação e intimação: regra geral: data da juntada do mandado ou doAR - art. 241, I à III.

- Intimações feitas no D.O - arts. 236 e 237

- intimação feita na sexta-feira - Súmula 310 do STF - segunda feira.

- intimação feita no sábado - início da contagem - terça-feira.

art. 184,#1 - termo final - prorrogação:

- dia feriado

- fechamento do forum

- expediente encerrado antes do horário normal.

- Preclusão: art. 183 do CPC

Definição: é a perda de uma faculdade processual, em decorrência do não exercício emtempo útil (Temporal)

Lógica: em decorrência da incompatibilidade entre o ato praticado e outro ato que sequeira praticar;

Consumativa: em decorrência de já ter sido realizado um ato, não sendo possível tornar a realizá-lo.

- exceção - #1 e 2 do art. 183: justa causa.Ex: morte da parte ou do advogado, etc...

- Prazo para as partes:

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art. 185 - quando a lei é omissa e nem o juiz fixa o prazo: 05 dias.

art. 186 - renúncia do prazo: oposição de contestação antes de 15 dias - renúncia aorestante do prazo, desde que seja comum.

art. 191 - litisconsorcio - prazo em dobro

art. 192 - regra limitativa - nulidade.

- Prazo para o juiz:

art. 189, I - despachos de mero expediente - 2 dias

art. 189,II - decisões interlocutórias e sentença - 10 dias

art. 187 - motivo justificado - exceder prazo

- Prazo para os auxiliares da justiça:

art. 190 - conclusão dos autos - 24 horas

execução dos atos - 48 horas

- Prazos para o Ministério Público e Fazenda Pública

- art. 188 - quádruplo para contestar e em dobro para recorrer 

- Inobservância dos Prazos:

-pelos serventuários - art. 193 - fiscalização pelo juiz

art. 194 - instauração de procedimento administrativo.

- pelas partes: preclusão - sanção processual (determina a devolução da petição oumanda riscar o que houver sido escrito; perda do direito de vistas dos autos fora decartório e multa) - art. 195 e 196 do CPC

sanção penal: pela não devolução dos autos - art.356 do CP - Sonegação de Papel ou Objeto de valor probatório - detenção de 6/3 mesese multa.

sanção disciplinar: comunicação à OAB e pagamento de multa.

- pelo juiz - art. 198 - representação.

 

 b) Decisão interlocutória – art. 162 do CPC, parágrafo 2º:

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a) Sentença - art. 162 do CPC, parágrafo 1º:

ATOS DO JUIZ:

art. 161 - proibição de cotas marginais ou lineares.

Suplementares -art. 159 do CPC: têm duas finalidades: restauração dos autos originais -art. 1063 do CPC.; execução provisória (art. 589 do CPC).

Exceção - art. 158, p único - desistência da ação depois da citação do réu, transação.

a) Unilateral ou de submissão: quando a manifestação de vontade é de uma das partes.Ex: desistência da ação antes da citação do réu ; reconhecimento da procedência do

 pedido

2) atos do órgão jurisdicional, compreendendo os atos do juiz e dos auxiliares.

 No CPC - art. 155 - princípio da publicidade

Título : Nilidades Processuais

Conteúdo :

DAS NULIDADES PROCESSUAIS

FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS - PRINCÍPIOS

Da liberdade das formas: para os atos aos quais a lei não prescrve determinada forma,

desde que preste para atingir a sua finalidade.

Da instrumentalidade das formas: mesmo que a lei prescreva a forma para o ato, sem a

cominação de nulidade para sua observância, o uso de outra forma, se o ato tiver 

atingido o seu fim, não o invalidará.

Espécies de Vícios do ato processual

Atos inexistentes: é aquele que não reúne os mínimos requisitos de fato para sua

existência como ato jurídico, do qual não se apresenta nem mesmo a aparência exterior.

- Não produz efeito, pois não existe; não pode ser convalidado, nem tampouco

invalidado.

Ex. Sentença proferida por quem não é juiz.

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Parágrafo único do art. 37 do CPC - pode ser considerado como atom inexistente, se o

mesmo pode ser convalidado?

Atos absolutamente nulos ou nulidade absoluta: é aquele que possui defeitos num dos

seus requisitos essenciais, violando norma tutelar de interesse público. Deve ser 

reconhecida de ofício, em qualquer grau de jurisdição.É exceção aa regra das nulidades.

Ex. falta de requisitos da sentença - art. 458 do CPC, art. 246.art. 113 CPC

Atos relativamente nulos ou nulidade relativa: dá-se quando decorre de violação de

norma cogente, mas de interesse da parte.Deve ser decretada de ofício pelo juiz, mas a

 parte pode expressamente abrir mão da norma instituída em sua proteção, impedindo a

decretação e aceitando a situação e prosseguimento do processo.

Ex. Art. 247 CPC - parágrafo primeiro do art. 214 do CPC; art. 13 CPC irregularidaade

de representação processual.

Atos anuláveis ou anulabilidade: resulta de violação de norma dispositiva, e não

cogente, somente arguída por provocação do interessado no momento devido, sob pena

de preclusão.

Ex: não oposição de execeção de incompetência.

Nulidade do processo e nulidade do ato processual

Deve ainda ser feita a distinção entre a nulidade dos atos processuais, que vicia o ato

individualmente por falta de um dos seus elementos, atingindo os que dele são

consequência, viciando todos os demais que dele dependam; da nulidade do processo

que não se refere a atos individualmente, mas de requisitos de validade da própria

relação jurídica, ou seja, dos pressupostos processuais.

Princípios relativos à nulidade dos atos processuais

Princípio da legalidade e tipicidade das formas - a forma é prescrita pela lei, mas

quando não é, deve-se verificar se a finaalidade foi ou não atingida.

Diante desse preceito, existem alguns princípios que atenuam o sistema das nulidades.

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a) Princípio da instrumentalidade: art. 244 e 249, parágrafo primeiro. Não se aplica às

nulidades absolutas, pois o art. 244 fala em “sem cominação de nulidade...”

 b) Princípio da causalidade ou da consequencialidade: art. 248 do CPC Os atos que

dependam do ato declarado viciado, também devem ser declarados nulos.

c) Princípio da conservação dos atos processuais: Complementação do princípio supra,

no sentido de que os atos independentes não serão contaminados pelo vício

d) Princípio do interesse de agir: art. 243 do CPC quem deu causa à nulidade não poderá

requerê-la.

e) Princípio da economia processual: art. 249, parágrafos primeiro e segundo Deve-se

sempre evitar a repetição inútil do ato processual, retirando-lhe o máximo de eficácia,

com o mínimo emprego possível de atividade processual.

Também art. 250 do CPC - erro de forma (procedimento).

f) Princípio da preclusão: art. 245 do CPC. Aplicável somente às nulidades relativas

quando não declaradas de ofício e as anulabilidades

Título : Litisconsórcio

Conteúdo :

LITISCONSÓRCIO

Conceito:

Normalmente, na relação jurídica processual, os sujeitos são singulares, ou

seja, um autor e um réu.

Pode ocorrer que vários autores litigam contra um réu, ou um autor contravários réus, ou vários autores contra vários réus.

É o chamado litisconsórcio, ou seja, a cumulação subjetiva de partes, querno pólo ativo, quer no pólo passivo, ou em ambos.

Classificação:

1) ativo; b) passivo; c) misto

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2) Quanto ao momento de sua formação:

a) inicial – que surge no início do processo;

b) ulterior ou incidental – surge no curso do processo, após a propositura daação. Ex: denunciação da lide; quando se convocam os litisconsórciosnecessários que não foram citados;

3) Quanto à possibilidade das partes em dispensar ou recusar a formação:

a) necessário: aquele que não pode ser dispensado pela vontade das partes,pois decorre de lei;

b) facultativo: aquele que se estabelece pela vontade das partes;

4) Quanto à decisão a ser proferida:

a) simples: quando a decisão não é uniforme para todos os litisconsortes,podendo ser diferente para cada um;

b) unitário: quando a decisão deve ser uniforme para todos os litisconsortes.

 NO CPC:

A adoção do litisconsórcio não é livre, muito pelo contrário, necessitaestarem certos pressupostos presentes para que possa ocorrer. Para MoacyrAmaral, o art. 46 elenca esses pressupostos para a constituição dolitisconsórcio, alegando que não se aplica somente ao facultativo.

Outros afirmam que as hipóteses do artigo 46 dizem respeito àfacultatividade do litisconsórcio, pois afirmam que “podem litigar...”

Litisconsórcio Facultativo: art. 46 CPCI – credores ou devedores solidários; condôminos que podem se unir parademandar em conjunto (art. 623,II CC);

OBS: Geralmente, tal hipótese acarreta o litisconsórcio necessário. Ex:marido e mulher (direitos reais imobiliário);

II – causa de pedir (fundamentos de fato ou de direito) é parcialmente igual;

Ex: várias vítimas de um acidente de trânsito, podem juntar-se e proporuma ação somente contra o responsável pelos danos;

III – conexão de causas: credor que aciona o devedor e o fiador; credor queaciona co-devedores;

IV – afinidade de questões de fato ou de direito (aqui não existe um vínculo

como na conexão ou continência); Ex: contribuintes que se unem para pedira inconstitucionalidade de um imposto.

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Litisconsórcio Multitudinário – art. 46, parágrafo único CPC: dificultar a solução dolitígio ou direito de defesa;

Litisconsórcio necessário: art. 47 CPC

Ex: art. 10,#1º - ação sobre direitos reais imobiliários; art. 942,II – ação deusucapião (interessados e confinantes); art. 208 CC – anulação decasamento.

OBS: o artigo 47 faz confusão entre litisconsórcio necessário e unitário, poisnem todo necessário é unitário e nem todo unitário também é necessário.

Ex1: concurso de credores – devedor insolvente (necessário e simples);

Ex2: vários credores contra um devedor; ação reivindicatória de umcondômino; anulação de AGO por alguns acionistas (unitário e facultativo);

- Não observância da formação do litisconsórcio necessário:

art. 47, parágrafo único CPC: citação sob pena de extinção (vale somentepara o passivo, não existindo litisconsórcio ativo, pois não se pode obrigarninguém a demandar em juízo); Fundamento: legitimatio ad processum.

Litisconsórcio Simples e Unitário:

Princípio da autonomia dos litigantes:

art. 48 CPC- Essa regra vale para o litisconsórcio simples;

-  No litisconsórcio unitário, os atos benéficos se comunicam; os atosmaléficos não prejudicam os demais.

Ex: art. 350 e parágrafo único (confissão); art. 509 (recursos); art. 319,I(confissão);

Art. 49 do CPC – intimação de todos os litisconsortes.

Título : Intervenção de Terceiros. Assistência

Conteúdo :

Conceito de partes

Sujeitos principais do processo – Juiz e Partes

 Juiz – Sujeito imparcial; juiz não é parte

Partes – Sujeito parciais

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O conceito de parte evoluiu juntamente com o conceito do direito da ação,que, anteriormente, era vinculada ao direito material das partes. Daí chamava-se antes autor quem era credor na relação do direito material eréu quem era devedor; o que não subsistia por exemplo, se a ação fosse

 julgada“improcedente”.

Atualmente, o conceito de parte está ligado à atividade judicial do Estado;

Partes são as pessoas que pedem, ou em face das quais se pedem, emnome próprio, a tutela jurisdicional (Moacyr Amaral).

Ex: Devedor na relação de direito material pode ser, por exemplo, autor nocaso de ação de consignação em pagamento.

Parte postula “em nome próprio” na defesa de “seu próprio direito”=“Legitimatio ad causam”.

Não pode terceiro, postular em nome próprio, na defesa de direito que nãoseja seu. Nesse caso, se dá carência de ação, falta legitimidade. O amigo doautor, o parente, não pode postular em seu próprio nome, na defesa dodireito do autor.

Mas o art 6° do CPC prevê a hipótese de legitimação extraordinária ousubstituição processual.

Mas esses casos dependem de expressa autorização legal.

 Temos:

Legitimidade – ordinária

extraordinária – substituição processual.

Ex:Marido na defesa dos bens totais da mulher ( C.C art 289, III)

Ministério Público quando move ação reparação de dano quando a

vítima for pessoa pobre ( art 68, CPP)

Ação popular, quando um cidadão tutela interesses em nome de toda umacoletividade (CF, art5°, LXXIII)

Ação Civil Pública ( Lei 7.347/85)

Gestor de negócios em nome do gerido (art 1331 CC)

Daí temos na Legitimação extraordinária:

Autor: sujeito do processo – substituto processual

 Titular o direito material – sujeito da lide – substituto

Conceito de terceiro:

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  Terceiro é todo aquele que não se apresenta como sujeito no processopendente. É através da intervenção que o terceiro se torna parte noprocesso.

Em todos os casos, o terceiro só deverá ser aceito se tiver interesse,

interesse jurídico na relação processual.

Nem sempre o ingresso de outras pessoas, diferente das partes origináriasconstitui intervenção de terceiros. Exemplo: litisconsórcio necessário.

 Também as modificações subjetivas, como a substituição de partes não secaracteriza como forma de intervenção.

Classificação:

a) Espontânea ou voluntária – casos em que o terceiro intervemespontaneamente

– Assistência e Oposição.

b) Provocada ou coacta – casos de intervenção provocada por uma daspartes. –

- Nomeação à autoria

- Denunciação da lide

- Chamamento ao processo

Humberto Theodoro Jr. afirma que a intervenção é sempre “voluntária”; o juiz não pode de ofício, obrigar terceiro a ingressar na relação jurídica. Oterceiro tem o ônus de ingressar e daí sujeitar-se aos efeitos da sentença aser proferida.

Portanto temos:

- Substituição processual ou Legitimação extraordinária: dá-se quandoalguém pleiteia em seu próprio nome a defesa de direito de outrem, desdeque haja expressa autorização legal.

- Representação: dá-se quando alguém atua, em nome alheio, na defesa deinteresse alheio. Visa simplesmente suprir a falta de capacidade.

PAI – FILHO ADVOGADO – PARTE

- Presentação: é a forma com que a pessoa jurídica se faz presente.  Tecnicamente não é “Representação”, pois ela, pessoa jurídica, não éincapaz.

- Da sucessão das Partes ou substituição das Partes: “é a troca físicade partes” ou alteração nos elementos subjetivos da ação.

A regra é: Art.264 – Estabilização da Instância.

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- Art 41 à 43

- Art. 41: Só é permitida a substituição quando autorizada pela Lei.

- Art. 42: Alienação ou cessão do bem litigioso.

- Art. 43: Morte de qualquer das partes – habilitação art. 1055 (suspensãodo processo)

Art. 44 e 45: Substituição do advogado.

DA ASSISTÊNCIA 

Definição e Conceito: O assistente ingressa no processo não como parte,mas apenas como coadjuvante da parte (é “parte secundária”) isto é,buscando auxiliar a defesa dos interesses do seu “assistido”, que tantopode ser o demandante como o demandado. Não sendo parte, o assistentenada pede para si, não formula pretensão; nem é sujeito passivo dapretensão alheia, pois contra ele nada é pedido.

NOÇÕES GERAISIntervenção espontânea: Art. 50 CPC

Não se torna parte; mais sim sujeito do processo, somente com o intuito deajudar uma das partes, pois ele tem interesse que a sentença seja favorávela uma delas.

Não é qualquer interesse, mas sim interesse jurídico. Ex: Decisão entre aspartes pode causar prejuízos à terceiros.

Discussão – Se a assistência é ou não intervenção de terceiros, já está forado capítulo da CPC.

PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE ASSISTÊNCIAa) que esteja pendente uma causa (art.50)

- parágrafo único, art.50- em qualquer tipo de procedimento e em todos osgraus de jurisdição;

b) o assistente poderá ingressar em qualquermomento do processo mas

recebe o processo no estado que se encontra.

- Art. 50, parágrafo único.

c) existência de um “interesse jurídico”, ou seja que a sentença a serproferida entre as partes possa atingir o “direito” do terceiro.

PROCEDIMENTODeverá ser requerida por petição, do assistente, expondo os motivos; o juizdará vistas aos litigantes para a impugnação (art. 51).

Se não houver impugnação – assistência será admitida ( art. 51, 1ª parte).

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Se houver impugnação, sem a suspensão do processo principal ( art.. 51, 2ªparte):

I – atuação em apenso

II – provas

III – decisão

Natureza da decisão = interlocutória

TIPOS DE ASSISTÊNCIA

a) Simples ou adesiva;b) Litisconsorcial, autônoma ou qualificada.

a) Assistência simples: é intervenção de terceiro no processo entre as partes,visando a

sustentar as razões de uma delas contra a outra (art. 50 CPC);

- Não está em causa o direito do assistente, e sim da parte assistida;

- Papel do assistente é de auxiliar, ajudar o assistido;

- Não pede nada para si.

b) Assistência litisconsorcial: é intervenção de terceiros no processo entreas partes, visando assumir uma defesa direta de direito próprio contra umadas partes (Art 54 CPC)

- Poderia ter sido um litisconsorte facultativo, mas foi deixado de fora.Poderá intervir como assistente;

- Passa a agir como um litisconsorte.

Ex: condômino reivindica a coisa toda sem necessidade dos outroscondôminos, mas estes poderiam ter formado um litisconsórcio ativo; não ofizeram, mas poderão intervir como assistente litisconsorcial, pois o direito édele também.

PODERES DO ASSISTENTE

- Varia conforme se trate de assistência simples oulitisconsorcial (Art. 52 CPC).

a) Assistente simples:

- atua em complemento à atividade do assistido.

- Não pode atuar contra a posição do assistido, está vinculado à posiçãodaquele.

- Só pode produzir provas se o assistido quiser;- Só pode recorrer da sentença se o assistido não renunciou ao recurso.

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b) Assistente litisconsorcial (art. 48)

- poderes de um litisconsórcio.

- Sua atividade não está vinculada ao do assistido, atua como se partefosse.

Art. 53 – assistência simples/não na litisconsorcial.

EFEITOS DA ASSISTÊNCIA – Art. 55.A “coisa julgada”, formada na sentença entre as partes, obriga o assistente,tenha ou não ingressado no processo. Daí não pode rediscutir a decisão emprocessos posteriores.

Exceção – art. 55, I e II

30/08/2011

Título : Oposição. Nomeação a autoria

Conteúdo :

OPOSIÇÃO

Conceito e Definição:

O opoente ingressa no processo pendente, apresentando uma “pretensãoprópria” sobre a coisa ou o direito, objeto da lide; busca fazer com que suapretensão, (dele opoente), prevaleça sobre pretensões tanto do autor como

do réu.

A oposição é processualmente uma nova ação, em que é autor o terceiro,como opoente, e são réus, o autor e o réu da ação já existente, comoopostos.

Exemplo: “A” reivindica uma coisa ou cobra um crédito de “B”. Pode ocorrerque C considere o verdadeiro proprietário da coisa ou titular do direito decrédito. Poderá propor uma ação autônoma ou poderá intervirimediatamente em face das partes da ação já existente, até por motivo de

economia processual.CABIMENTO – ART. 56 CPC

Oposição poderá ser total ou parcial – “ no todo ou em parte”;

PROCEDIMENTO

- Art. 57 – Inicial é distribuída por dependência ao juízo onde já esta a açãoprincipal – art. 109 CPC.

- São réus as partes da ação principal(litisconsórcio necessário) e opostos,

mas não é unitário.

- Réus: Citado na pessoa de seus procuradores;

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 Art.57 - § único – se ocorrer a revelia do réu no processo principal/este será citado pessoalmente.

Prazo para resposta em 15 dias.

FORMAS DE OPOSIÇÃO

O CPC contempla 02 formas de oposição.

1) forma de intervenção no processo – art. 59

2) autônoma- art. 60

1) forma de intervenção – art.59 (ocorre antes da audiência deinstrução e julgamento)

Incidente processual - apenso-Ação;

- Oposição;

- Autos em apartados;

- Junção dos autos (se oferecida antes da audiência de instrução)

- Instrução comum

- Sentença comumArt. 61 – julgamento 1ª da oposição.

- Se Procedente Oposição - Improcedente Principal

- Se Improcedente Oposição – Procedente ou Improcedente Principal.

- Se Procedência Parcial/Oposição – Procedente Parcial Principal.

2) Oposição como processo autônomo – art. 60 – processo incidente– novo processo

Autor – opoente réus – opostos A e B

- Oferecida após iniciada a audiência de instrução (não é maisintervenção, pois o processo é autônomo)

- Ação

- Oposição

- Oferecida após audiência – autos apartados com instrução própria.

- Art. 60, 2ª parte – juiz poderá paralisar ação principal.

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O juiz deve julgar conjuntamente com a oposição. Caso contrário julgará aação e depois a oposição.

NATUREZA DA SENTENÇA DE OPOSIÇÃO

Declaratória -- em face do autor.

Condenatória – em face do réu.

Casos que cabe a oposição: Somente no processo de conhecimento, até asentença.

NOMEAÇÃO À AUTORIA

CONCEITO E DEFINIÇÃO:

Na nomeação à autoria, o objetivo visado é substituir o réu pelo terceiro,

com o objetivo de afastar da relação processual um réu que seja parteilegítima “ad causam”, nela fazendo ingressar um réu legitimado para acausa.

O réu que se considera parte ilegítima “nomeia” o terceiro, para que ovenha a substituir no pólo passivo da relação processual.

Finalidade – ato exclusivo do réu. Corrigir a legitimação passiva.

Normalmente, quando o réu se considera parte ilegítima, alegaILEGITMIDADE DE PARTE em contestação e o juiz, extingue o processo

sem julgamento de mérito. Art. 267, VI

O autor poderá renovar a ação, após contra a parte legítima.

Com esse instituto o réu se vê obrigado, em certos casos, a provar asua saída do processo, para que o autor possa litigar em face do réuverdadeiro.

Cabimento: arts. 62 e 63

PROCEDIMENTO

Art. 64 – réu – nomeação no prazo para defesa;

 Juiz – deferindo ouvirá o autor em 05 dias.

Art. 65 – autor aceitando – promover a citação do nomeado

Não aceitando – sem efeito.

Art. 66 – uma vez citado o nomeado, se concordar, ingressa no processo;caso contrário, o processo correrá contra o nomeante.

Assim; a substituição do réu como nomeante, pelo terceiro nomeado,pressupõe dupla concordância, do autor e do nomeado.

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Se o autor recusar a nomeação – corre o risco de litigar contra parteilegítima.

Se o terceiro nomeado recusar, ao autor cabe desistir da ação contra onomeante e propor demanda contra o nomeado.

Art. 67 – devolução do prazo ao nomeante para contestar quando o autorrecusar ou o nomeado recusar.

Art. 68 – presunção de aceitação da nomeação.

Art. 69 – Dever de nomeação à autoria por parte do réu ou nomearpessoa diversa.

Perdas e danos – pleiteada em ação autônoma, promovido pelo autor, ou

pelo terceiro que deverá ter sido nomeado.

Título : Chamamento ao Processo. Denunciação a lide

Conteúdo :

DO CHAMAMENTO AO PROCESSO 

DEFINIÇÃO E CONCEITO:

Pelo instituto do “Chamamento ao Processo”, o réu tem a faculdade de

fazer “citar” um terceiro, para que este ingresse no processo como seulitisconsorte.

Amplia-se, assim pela vontade do réu o pólo passivo da relação processual.O credor(autor da ação) pretendia acionar apenas o devedor, mas passa aacionar não apenas o réu devedor, como também o “chamado” (terceiro).

O chamamento pressupõe, naturalmente, que ao “chamado” seja atribuídoa condição de co-devedor ao Autor. Assim, réu e terceiro chamado sãodevedores solidários do autor da ação; este move ação de cobrança apenascontra o réu, que chama o terceiro ao processo.

Finalidade:

Promover a inclusão dos chamados no pólo passivo da relação jurídicaprocessual existente, que são coobrigados pela dívida.

Não é obrigação; é faculdade do réu.

Promovendo o chamamento o réu originário já tem garantido o seu direitode reembolso em face dos demais coobrigados, no mesmo processo.

Pressupostos:

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- A relação de direito material deve pôr o chamado também como devedor(caráter principal ou subsidiário);

- O pagamento da dívida pelo chamante dá a este o direito de reembolso(relação ao direito material) , total ou parcialmente contra o chamado.

Ex: credor x fiador – chamamento ao processo - afiançado

Credor x afiançado (devedor principal) – não pode promover o chamamentodo fiador, pois quem deve é ele, não há direito de reembolso.

Casos de chamamento: art. 77 CPC

PROCEDIMENTO

- ART 78 – Requerimento do réu (contestação);

- Art 79 – manda observar os arts. 72/74 CPC;

- Pode o juiz indeferir liminarmente o chamamento, se não couber;

- Chamamento – independe da vontade dos chamados;

-  Na mesma sentença, juiz define a responsabilidade de cada um doslitisconsortes.

Efeitos da sentença : Art.80 CPC

DENUNCIAÇÃO DA LIDE.

CONCEITO E DEFINIÇÃO:

Mediante o instituto da “denunciação da lide”, uma das partes (+freqüentemente o réu), como denunciante, promove no mesmo processouma ação regressiva contra o terceiro, chamado denunciado.

A denunciação pressupõe necessariamente que o denunciante tenha umapretensão própria ( um crédito de reembolso) contra o denunciado,pretensão que fará valer caso venha, ele denunciante, a sucumbir na açãoprincipal.

Obs: O denunciado, além de ser réu na ação regressiva, torna-selitisconsorte do denunciante na ação principal. Isso porque ao denunciadoassiste interesse em que o denunciante saia vitorioso na causa principal,pois destarte resultará improcedente a ação regressiva.

FINALIDADEAutor ou réu da ação principal garantir seu direito, no caso de ser vencidona demanda.

Relação de prejudicialidade – somente se o denunciante for sucumbente,

poderá exercer direito de regresso.

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MEDIDA OBRIGATÓRIA – art. 70 CPC- Se não ocorrer a denunciação, há a perda do direito de regresso (A tesemajoritártia é de que esta situação somente se refere ao inciso I (garantiaprópria, ou seja, evicção e transmissão de direito), ou seja, somente quandoa obrigatoriedade decorre da lei material.

CASOS DE DENUNCIAÇÃO – ART. 70 CPC.

INCISO I - Evicção – é a perda que o possuidor da coisa adquirida sofre, emvirtude de uma sentença obtida por terceiro que, à mesma coisa tenhadireto anterior à transferência, ou seja, é a perda da coisa, sofrida peloadquirente, em conseqüência de um anterior direito de outrem, declaradopor sentença.

Art. 456 C.C – para garantir o direito de regresso.

Art. 450 – indenização.

Ex: A vende a B uma coisa. B é demandado por C, que se diz dono. Se B forvencido, perde a coisa, aquele de que ele a houve ( A ) responderá pelaevicção.

Denunciação no pólo ativo – A comprou de C um imóvel, e ao tentar tomarposse, B já estava lá. A propôs litígio x B e denuncia da lide C.

INCISO II – Confunde-se com o instituto da nomeação à autoria, mas aquitrata-se de mero Possuidor, e naquele, de detentor .

Ex: Ação reivindicatória x locador

Detenção – Situação de fato entre pessoa ou coisa, sem qualquer efeito jurídico.

Posse – é o exercício de fato, de alguns poderes peculiares a propriedade.

INCISO III – Acidente de veículo, denunciando a seguradora.

Ação de indenização x União/Estado/município – Objetivo

Denúncia o funcionário – subjetivo(art.37,§6° C.F).

PROCEDIMENTO da denunciação da lide:

A) Pelo autor:

- Art.71 citação do denunciado/réu já na inicial;

- Art. 72 processo suspenso – com a citação do denunciado em face do réu;

- Art.74 poderá aditar a inicial em prol do denunciante e daí cita-se o réu.b) Pelo réu:

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- Art.71, 2ª parte : réu denunciante – prazo para contestar;

- Art.72: suspensa até citação do denunciado.

- § 2° - Somente se não tiver culpa o denunciante.

- POSIÇÃO DO DENUNCIADO:

A) Pelo autor: art. 74

B) Pelo Réu: Art. 75 

- DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA: Art. 73

- EFEITOS DA SENTENÇA: Art. 76.

Título : Formação, Suspensão e Extinção do Processo

Conteúdo :

FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSOO processo nasce, desenvolve e se extingue normalmente, quando atinge àsua meta: a composição da lide.

Mas pode ocorrer a chamada (crise do processo) obstáculos que ocorrem noandamento provocado na paralisação temporária (suspensão) ou definitiva(extinção) impedindo que a relação jurídica atinja sua meta.

DA FORMAÇÃO DO PROCESSO

ART.262 CPC

Para instauração do processo – se aplica o princípio dainiciativa da parte e do dispositivo, já para odesenvolvimento, princípio do impulso oficial.

Iniciativa – propositura da inicial – pretensão do autor.

Propositura da Ação:

 – Somente seja despachado ou distribuída onde houver mais de um juiz.

- Iniciada o relação jurídico processual, (juiz/autor), este ao despachar,defere a citação do réu (art. 263, 2ª parte CPC);

- Réu comparece e se forma a relação jurídica processual;

- Caso seja indeferida a inicial, extingue-se o processo (art. 267 CPC)

EFEITOS DA CITAÇÃO

Citação: completa a relação jurídica processual, da qual restam váriosefeitos.

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-Fixação dos elementos subjetivos e objetivos (Art. 264);

a) Subjetivos: partes somente a alteração permitida por lei – Art. 41 à 43/1055à 1062;

b) Objetivos:- inalterabilidade do pedido e da causa de pedir feita na inicial, salvoconcordância do réu

- Após o saneamento, mesmo com consentimento do réu, a modificação éterminantemente proibida.

Alteração do pedido.

- Antes da citação – ato unilateral e livre do autor;

- Depois da citação – somente com concordância do réu;

- Depois do saneamento – proibida qualquer alteração;

Estabilização do processo ou da relação ou da instância

- Alteração de pedido

- Alteração das partes

- Vinculação ao órgão (perpetuatio jurisdicionis)

DA SUSPENSÃO DO PROCESSO

DEFINIÇÃO: Existência de incidente, voluntário ou não, que provoca,temporariamente, a paralisação do processo. Relacionamento processualnão se encerra, fica inerte.

CAUSAS DE SUSPENSÃO : art. 265

I – Morte de qualquer das partes: Ao desaparecer qualquer das partes,deverá ocorrer a substituição ( art. 43 CPC ). O processo é suspenso até ahabilitação dos herdeiros ( art. 1055 à 1062 ).

No caso de direitos intransmissíveis – a morte gera a extinção do feito. art.267, IV.

No caso de inércia das partes – processo pode ser extinto ( art. 267, II ).

Perda da capacidade das partes: ao ser decretada a interdição, deverá sernomeado um representante legal. Na ausência, juiz nomeará curadorespecial. Art. 9° CPC.

Perda da capacidade do representante legal da parte: deverá sersubstituído.

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Morte do representante legal da parte: deverá ser substituído. Morte doprocurador (advogado) art. 265,§2°. – nomeação de um novo procuradorAutor (extinto). Réu (revelia).

II – Convenção das partes (suspensão facultativa)

As partes podem convencionar a suspensão, por prazo não superior a 06meses. Depende da autorização judicial para suspensão. Alguns acham queo juiz não pode vetar a suspensão quando requerida. Cessado o prazo, aretomada do curso do processo não depende de provocação das partes-(impulso oficial) art. 265,§3°.

III – Exceção – art. 112 e 304/314

IV – Sentença de mérito depende:

a) de outro julgamento:

b ) verificação de fato ou produção prova (fins probatórios).

Ex: atua de testemunha em outra comarca.

c) questão de Estado – deve ser requerida como declaração incidente (arts.5° e 325 CPC) – a questão prejudicial é relativa à outra demanda que influino curso da demanda a ser suspensa, e não demanda a ser suspensa. Açãodeclaratória incidental.

V – Força maior – razão de ordem física que torna impossível o andamento

do processo, impedindo o funcionamento dos tribunais.

Ex: guerra, incêndio, destruição de prédios, etc...

VI – Outros casos: Art. 13 irregularidade da representação processual

Art. 64. nomeação à autoria

Art. 72. denunciação da lide

Art. 79. chamamento ao processo

Art. 60. oposição

Art. 79 Embargos à execução, etc...

Duração da Suspensão (tempo)

Varia conforme a causa de suspensão;

Morte ou perda da capacidade processual do advogado – 20 dias(art.265,§2°)

Morte das partes – enquanto se processa a habilitação. (art.1.062).

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Perda da capacidade processual das partes – nomeação novo representantedevendo ser observado. Art.267,II e III.

Converção das partes – 06 meses – pode ser requerida por prazo menor até06 meses.

Exceção – até que seja julgada. Art. 306

Hipótese - “a”, “b”, “c” – 01 ano

Letra “b” – art. 203 – prazo para cumprimento

Força maior – critério do juiz.

Demais casos – depende cada fato determinante

Efeitos da Suspensão do Processo.

Com relação aos atos – art. 266 – vedada a prática de atos; sendoinexistente ou ineficazes.

Exceção – realização atos urgentes / dano irreparável.

Com relação aos prazos – suspensão, voltando a completo tempo querestava após a suspensão.

Com relação ao prosseguimento do processo – prossegue (impulso oficial)

extingue.

MOMENTOS DA SUSPENSÃO

Sempre depende de decisão judicial (não é automática) quando:

A suspensão se dá desde o momento do acontecimento de fato suspensivoe não do seu reconhecimento (efeito “ex tunc).

Quando for de conhecimento do juiz.

a) no caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer daspartes ou de seu representante legal. (art.265, §1°)

provado o falecimento ou incapacidade – certidão de óbito ou daincapacidade.

Hipóteses – se a prova da incapacidade ou falecimento for produzidaantes de iniciada a audiência de instrução e julgamento – juizsuspenderá. Se iniciada após audiência de instrução e julgamento,não suspenderá e continuará até publicar a sentença. art. 265, §1°,letras “a” e “b”.

Advogado continuará até o encerramento da audiência.

Processo – suspensão após publicação acórdão/ sentença.

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b) art. 265,§ 2ª - morte ou perda da capacidade processual do advogado– prazo 20 dias para constituir novo advogado.

c)  art. 265, §3° - suspensão – 06 meses – findo o prazo, inicia-seautomaticamente o andamento do processo.

d) Art. 265,§4° - exceção de incompetência arts. 304/306.

e) Art. 265, §5° - letras “a”,”b” e “c” – art. 265, II.

Suspensão não poderá ultrapassar de 01 ano.

DA EXTINÇÃO DO PROCESSO.

O processo tinha o seu fim normalmente através da sentença.Entretanto, com as recentes modificações ocorridas, especialmente coma Lei 11.232/2005, que alterou a redação dos arts. 162, 267 e 269, a

sentença não mais, em todas as hipóteses, põe fim ao processo, sendoque, muitas vezes, termina somente com uma fase (cognitiva) dandoinício à fase de cumprimento da sentença.

a) Sentença - art. 162 do CPC, parágrafo 1º:

- art. 267 : extinção do processo sem resolução de mérito;

- art. 269 : resolução de mérito (não provocando a extinção, que somenteocorre com a satisfação do crédito, em razão da fase de cumprimento dasentença no próprio processo);

- art. 463 do CPC : redação alterada suprimindo a expressão “cumpre eacaba o ofício jurisdicional”;

EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. ART. 267.

Definição – dá-se quando o juiz põe fim ao relacionamento processualsem dar uma resposta (negativa ou positiva) ao pedido do autor.

Hipótese.

I – indeferimento da inicial – art. 295

II – processo se desenvolve por impulso oficial com a colaboração doimpulso das partes. Art. 262.

Quando depender o impulso das partes e ficar parado mais de 01 ano( ano e dia ), resulta a extinção.

Só que antes, o juiz é obrigado a intimar a parte, pessoalmente parasuprir a falta em 48 horas. Art. 267,§1°.

Custas pagas proporcionalmente – art. 267,§2°.

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O juiz pode extinguir o processo de ofício, requerimento de qualquer daspartes ou do Ministério Público, mesmo que fiscal.

III- abandono da causa pelo autor – quando não praticar atosnecessários por mais de 30 dias.

Inércia do autor.

Declaração – de ofício, requerimento réu ou M.P.

Intimado pessoalmente – art. 267,§1°.

Autor – (pagamento, despesas e honorários). Art. 267,§2°.

IV – pressupostos processuais.

Matéria de ordem pública. Art. 267,§3°.

Art. 22 – perda de honorários.

Art. 265. §2°. – ausência de advogado.

V – perempção – de causa 3 vezes à extinção por fundamento no art.267,III.

Art. 268, parágrafo único – fica ressalvado o direito de se defender, casoseja proposta ação contra ele.

Litispendência e coisa julgada :art. 301,§3°.

Art. 267§3°.

Art. 268,§ único.

VI – Condições da ação.

Art. 267, § 3°.

Carência da ação.

VII – arbitragem – lei 9.307 de 23.09.96.

VIII – Desistência da ação – autor abre mão do direito de ação e não dodireito material. Ela pode renovar a demanda.

É ato unilateral desde que protocolado antes do prazo de resposta doréu. Art. 267,§4°

Limite temporal para desistência – é a sentença.

Não pode haver desistência da ação em grau de qualquer recurso. Porque não pode o autor, mesmo com a concordância do réu, inutilizar a

sentença, não relação de direito processual, mas sim material.

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O que ocorre depois da sentença é a renuncia do direito sobre que sefunda ação ( art. 269, V ) que não depende da ausência do réu, eis queprovoca a improcedência da ação para o autor.

Desistência – deve ser homologada – sentença.

IX – Morte do titular de direito intransmissível: o próprio direito seextingue com a pessoa de seu titular, pois trata-se de direitopersonalíssimo.

Não há sucessão, nem de direito, nem de fato.

Ex: separação judicial; alimentos.

X – Confusão – art. 381 novo C.C. (quando se confundirem as qualidadesdo credor e devedor).

Se dá quando ocorre a inexistência de uma das partes da relação jurídicaprocessual – autor ou réu, pois o mesmo pressupõe lide e se não existemais duas partes, não há conflito de interesses.

XI – Demais casos:

Ato do juiz que determina a extinção – sentença – apelação.

- Efeitos da extinção.

Com a extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos doart. 267, a sentença terminativa se faz coisa julgada formal, e permite arenovação da ação pelo autor.

Mas deverá a parte comprovar o pagamento das despesas e honorários.Art. 268.

Exceção à renovação – art. 268 – hipótese art. 267,V.

RESOLUÇÃO DE MÉRITO.

Hipóteses – art. 269 CPC.

I - O juiz soluciona a lide improcedente/procedente ou procedente emparte.

Assim não é a ação mas o pedido que é procedente ou improcedente.

II – Reconhecimento: é a adesão do réu àquilo que contra ele foi pedido.

É diferente da hipótese de confissão, pis esta não provoca a procedênciado pedido, diz respeito apenas aos fatos em discussão; é meio de prova.Reconhecimento – refere-se diretamente ao próprio direito material, aopedido.

- acarreta o desaparecimento da lide.

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- pressupostos – parte capazes – direitos disponíveis.

- pode ser feito pela parte ou advogado com poderes para tal. Art. 38CPC.

- não dispensa a sentença – homologatória.

III - Transigência é transação – art. 1025 C. Civil.

È o negocio jurídico bilateral realizado entre as partes para prevenir outerminar o litígio, mediante concessões mútuas.

Depene da homologação do juiz. Forma de autocomposição.

Deverá ser feita por documento elaborado pelas partes ou em termosnos autos

Pressupostos – partes capazes, direitos disponíveis. (patrimoniaisprivados).

IV – Decadência/Prescrição. – Ligada à idéia de tempo.

Decadência – perda do próprio direito material.

Prescrição – perda do direito de ação em virtude do decurso d o tempo.

V – Renúncia: dá-se quando o autor, de forma expressa, abre mão dodireito material que envolve quando da dedução de sua pretensão em

 juízo.

- depende da sentença homologatória.

- Sempre deve ser feita expressamente;

- Mesmos pressupostos da transação e do reconhecimento do pedido.

- Advogado – poderes especiais.

-  Renúncia – difere da desistência, pois a demanda não pode serrenovada.

f) força maior – assim que o juiz reconhecer a sua existência.