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Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

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Page 1: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

Teoria Geral do Direito - TGD

Professora Edna Ferraresi

Page 2: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

Diké - Grécia: Filha de Zeus e Têmis; Deusa graga dos julgamentos e da Justiça; Vingadora das violações da lei; Com a mão direita sustentava uma espada (simbolizando a força, elemento

tido por inseparável do direito) Na mão esquerda sustentava uma balança de pratos (representando a

igualdade buscada pelo direito), sem que o fiel esteja no meio, equilibrado. O fiel só irá para o meio após a realização da justiça, do ato tido por justo, pronunciando o direito no momento de "ison" .

Princípio da isonomia; É representada descalça e com os olhos bem abertos simbolizando a busca

pela verdade.

Introdução ao Direito: origens, e perspectivas metodológicas

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Iustitia - Justiça ou Justitia Deusa romana que personificava a justiça; Correspondia, na Grécia, à deusa Dice ou Diké; Difere dela por aparecer de olhos vendados ; Princípio da imparcialidade da justiça e a igualdade dos direitos; No dia de Justitia – 8 de janeiro é usual acender um incenso de lavanda para ter

a justiça sempre a favor; A deusa deveria estar de pé durante a exposição do Direito, enquanto o fiel

deveria ficar no meio, completamente na vertical, direito , no mais ficava sentada;

Os romanos pretendiam, assim, atingir a prudentia, o equilíbrio entre o abstrato e o concreto ;

A balança era empunhada pelas duas mãos, sem a espada; ou com ela em posição de descanso, podendo, quando necessário, ser utilizada.

Introdução ao Direito: origens, e perspectivas metodológicas

Page 4: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

Ramo da Ciência do Direito que estuda e pesquisa o Direito como um todo unificado, porém separa

os elementos essenciais e comuns a norma jurídica.

Constitui uma perspectiva de observação abrangente do Direito como Ciência em todos os seus aspectos, busca traçar definições precisas de

conceitos que possam ser aplicados a todas às áreas jurídicas.

Teoria Geral do Direito - TGD

Page 5: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

A língua é um instrumento para designar a realidade, pelos quais os conceitos linguísticos presumem a essência das coisas e as palavras como veículos. Cada palavra em princípio tem uma só definição válida, obtida por meio de processo intelectual.

Exemplo: a palavra “mesa”, o seu núcleo "mesa" é uma abstração feita do material em que nos leva a essência, assim a mesa é um objeto plano para sustentar as coisas.

Crítica a esta teoria é que o exemplo "mesa", não é apenas um objeto, mas também pode ser uma mesa diretora, mesa redonda, mesa pródiga, [...]

TEORIA ESSENCIALISTA DA LÍNGUA PARA DEFINIÇÃO DO

DIREITO

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Oposição a teoria essencialista, Existe a concepção convencionalista; Sistema de signos, arbitradas pelos homens; Uso de conceitos; Descrever a realidade varia conforme os usos conceituais;

Exemplo: se define "mesa" como um objeto material para sustentar coisas, servir almoço; ou se a descrição será uma "mesa", como um objeto abstrato referente

a direção, a descrição da realidade será outra.

Concepção Convencionalista

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homens se comunicam e é um único dado irrecusável; A linguagem falada é à base de todas as comunicações; As mesas servem para pôr pratos, dentre outras coisas; Utilizar o vocábulo correto;

Exemplo: a palavra Lei pode ser:lei social, lei física, leis da natureza. Lei um enunciado, emanado pelo Poder Legislativo,

conforme os ditames constitucionais. Quando a estipulação ao invés de inovar, se aperfeiçoa, é a redefinição, que deve ser julgado pelo critério da sua funcionalidade.

Concepção Convencionalista

Page 8: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

Assim, a definição da palavra "direito”, do ponto de vista da teoria convencionalista da língua, na forma lexical é

difícil. Se for de forma estipulativa a palavra "direito" gera uma incompreensão, quando enfrentar os usos

tradicionais da palavra. Por isso, a definição da palavra "direito" pela redefinição é o caminho correto, apesar da carga emotiva. Portanto, o que redefiniremos é o termo

"direito", procurando manter intacto o seu valor emotivo, que pode ser ideologia, que é uma das opções em termos

valorativos.

Definição de Direito

Page 9: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

Problemas dos Diferentes EnfoquesTeóricos: Zetético e Dogmático

Zetética significa: perquerir, indagar tendo por objeto o Direito no âmbito da

Sociologia, Antropologia, História, Filosofia, Psicologia, Ciência Política, dentre

outras. São disciplinas gerais que admitem, no âmbito de suas preocupações,

um espaço para o fenômeno jurídico. A medida, porém, que o espaço é

aberto para investigações destes fenômenos, elas incorporam-se ao campo

das investigações jurídicas, sob o nome de Sociologia do Direito,

Antropologia Forense, Psicologia Forense [...]

Característica principal a abertura constante para o questionamento dos objetos do estudo em todas as direções,

por isso dizemos que as investigações são infinitas.

Page 10: Teoria Geral do Direito - TGD Professora Edna Ferraresi

Corresponde, às disciplinas que, tendo por objeto não apenas o

Direito, são tidas como auxiliares da Ciência Jurídica.

Daí a nomenclatura das disciplinas Filosofia do Direito, Lógica

jurídica, Sociologia do Direito, [...]

O jurista, se ocupa delas para uma investigação mais detalhada e

como um especialista em questões dogmáticas é também em

certa medida, um especialista nas questões zetéticas.

ZETÉTICA JURÍDICA

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Zetética Jurídica

Zetética Empírica

Sociologia jurídica;Antropologia jurídica;Etnologia jurídica;História do Direito;Psicologia jurídica;Politologia jurídica;Economia jurídica.

Pura

Psicologia forense;Criminologia;Penalogia;Medicina legal;Política legislativa

Aplicada

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Zetética Jurídica

Zetética Analítica

Filosofia do Direito;Lógica Formal da Normas;Metodologia Jurídica.

Teoria Geral do Direito;Lógica do raciocínio Jurídico.

Pura

Aplicada

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Zetética analítica pura: tratam dos pressupostos últimos e condicionantes bem como com a crítica dos fundamentos formais e materiais do fenômeno jurídico e de seu conhecimento.

Zetética analítica aplicada: trata da instrumentalidade dos pressupostos últimos e condicionantes do fenômeno jurídico e seu conhecimento tanto formal quanto material.

Zetética empírica pura: trata do direito enquanto regularidade de comportamento efetivo, tanto de atitudes, quanto de expectativas que permitem explicar os diferentes fenômenos sociais.

Zetética empírica aplicada: trata do direito com um instrumento que atua socialmente dentro de certas condições sociais.

Explicação

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Com isso, Ferraz Jr. define a nossa disciplina do seguinte modo:

"Uma Introdução ao Estudo do Direito é uma análise zetética de como a dogmática jurídica

conhece, interpreta e aplica o Direito, mostrando-lhe as limitações"

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A dogmática jurídica é formada pela Ciência do Direito:Direito Constitucional; Direito Penal; Direito Civil;Direito Tributário; Direito Processual [...]

São dogmas do Direito, consideradas certas premissas, em si e por si arbitrárias, como vinculantes para o

estudo do Direito. As questões dogmáticas são finitas, porquanto esbarram em um dogma, em um ponto de partida. Contudo, essa limitação teórica não deve ser associada a posicionamentos cognitivos demasiado

restritivos, formais, intransigentes, cegos ao fenômeno jurídico. Ao contrário, consoante Ferraz Jr. (2003:49):

Dogmática Jurídica

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O jurista, ao se obrigar aos dogmas, parte deles,

mas dando-lhes um sentido, o que lhe permite certa

manipulação. Ou seja, a dogmática jurídica não se

exaure na afirmação do dogma estabelecido, mas

interpreta sua própria vinculação, ao mostrar que o

vinculante sempre exige interpretação, o que é

função da dogmática.

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Até a Próxima Aula