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GRADUAÇÃO 2015.1 9ª EDIÇÃO TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO AUTOR: MÁRIO BROCKMANN MACHADO COLABORAÇÃO: THAMY POGRENBINSCHI

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GRADUAÇÃO 2015.1

9ª EDIÇÃO

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

AUTOR: MÁRIO BROCKMANN MACHADO COLABORAÇÃO: THAMY POGRENBINSCHI

SumárioTeoria do Estado Democrático

I. ROTEIRO DO CURSO ........................................................................................................................................... 31. Apresentação Geral .................................................................................................................... 32. Objetivos ................................................................................................................................... 33. Método Didático ....................................................................................................................... 44. Desafios e Dificuldades .............................................................................................................. 45. Avaliação ................................................................................................................................... 46. Atividade Complementar ........................................................................................................... 4

II. ROTEIRO DAS AUlAS ........................................................................................................................................ 5Aula 1: Apresentação do Curso ...................................................................................................... 5Aula 2: o Significado das Palavras e o Feitiço da Linguagem ........................................................... 6

PARTE I: POlÍTICA E CIÊNCIA POlÍTICA ..................................................................................................................... 7Aula 3: a História Dos Estados e os Estados na História ................................................................. 7Aulas 4 e 5: Política e Direito ......................................................................................................... 8Aula 6: Ideologia e Dominação .................................................................................................... 10

PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS ................................................................................................................ 11Aulas 7, 8, 9 e 10: Origem e Atualidade da Democracia .............................................................. 11Aula 11: Democracia e Liberalismo ............................................................................................. 13Aula 12: a Regra da Maioria ........................................................................................................ 14Aulas 13 e 14: Democracia, Participação e Capitalismo ............................................................... 15Aulas 15 e 16: Inovando a Democracia ........................................................................................ 16

PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIl .................................................................................................................... 17Aulas 17 e 18: a República ........................................................................................................... 17Aula 19: a Democracia Brasileira no Limiar do Século XXI ......................................................... 18Aulas 20 e 21: Democracia e Reforma Política ............................................................................. 19Aulas 22, 23 e 24: Democracia, Direito e Poder Judiciário ........................................................... 20Aula 25: Revisão do Curso e Conclusão ....................................................................................... 21

III. REFERÊNCIAS BIBlIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 221. Leitura Complementar ............................................................................................................ 222. Bibliografia Básica Sobre Democracia ...................................................................................... 22

IV: ANEXO: SElEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASIlEIRA E A HISTóRIA POlÍTICA DO PAÍS ................ 271. Revolução de 1930 .................................................................................................................. 272. Estado Novo ............................................................................................................................ 283. Queda de Vargas ...................................................................................................................... 294. 1964 ....................................................................................................................................... 295. Campanha pelas Diretas .......................................................................................................... 376. Congresso Nacional, Brasília: Promulgação da Constituição de 1988 (05 de Outubro de 1988) ....38

V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AUlAS ............................................................................................................... 39

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

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I. ROTEIRO DO CURSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL

a) Tema. A democracia moderna é o tema do curso de ciência política. Ele constará de três partes:

1. O conceito de política;2. Teorias da democracia;3. A democracia no Brasil.

A segunda parte será especialmente enfatizada.

b) Abordagem: O curso buscará apresentar visões conflitantes sobre os assuntos tratados.

c) Organização: O curso foi montado com base em tópicos, que serão analisados de maneiras distintas por diferentes autores. A ênfase nessas visões conflitantes justifica a extensão das leituras e a eventual repetição de assuntos ao longo do programa. A opção pelo estudo da democracia moderna levou neces sariamente à exclusão de alguns autores clássicos na matéria, especial-mente os mais antigos.

2. OBJETIVOS

Os principais objetivos do curso são:• Apresentarosconceitosfundamentaisdaanálisepolíticacontemporânea;• IdentificarasidéiascentraisdasteoriasdoEstadodemocrático;• ExaminarosprincipaisproblemasdaconstruçãodemocráticanoBra-

sil dos séculos XX e XXI.

Uma preocupação constante do curso é a relação entre política e direito. Haverá ênfase na dimensão política do direito.

O curso tem duas metas: primeiro, desenvolver nos alunos a capacidade de visualizar a política e a democracia de forma menos convencional; segun-do, estimular os alunos a perceberem a democracia como um processo em permanente aperfeiçoamento, para o qual todos são chamados a participar.

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3. MÉTODO DIDÁTICO

O material didático do curso foi elaborado de modo a permitir que os alu-nos se preparem com an tecedência para as aulas. O roteiro propõe questões sobre cada texto a ser trabalhado, enfatizando os principais pontos e temas a serem discutidos.

A participação dos alunos será sempre estimulada.

4. DESAFIOS E DIFICULDADES

Foramescolhidosalgunsdosmelhoresautorescontemporâneos,indepen-dentemente da dificuldade dos textos. Cabe ao professor torná-los inteligí-veis. A outra opção seria adotar livros de divulgação, do tipo “Introdução à Ciência Política”. Estes não seriam difíceis de ler; entretanto, dariam aos alunos uma falsa sensação de segurança em assuntos muito controversos, entre outras limitações. O programa incorpora uma longa bibliografia de referência, em acréscimo aos textos que deverão ser lidos pelos alunos. Essa bibliografia será utilizada pelo professor e poderá servir, even tualmente, a futuros interesses dos alunos.

5. AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados com base em:a) Duas provas escritas e participação em aula;b) Uma prova final para aqueles que não obtiverem média semestral

igual ou superior a sete (7,0).

P.S. Eventualmente, poderá haver um trabalho escrito extra.

6. ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Está prevista a audição de trechos de um CD do Senado Federal conten-do grandes discursos da história política brasileira. O excelente acervo do CPDOC também poderá ser utilizado (ver o “Anexo” deste roteiro).

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II. ROTEIRO DAS AULAS

AULA 1: APRESENTAÇÃO DO CURSO

Nesta primeira aula, o professor apresentará os objetivos do curso, a bi-bliografiaaserlida,adinâmicadetrabalhoaserempregadaeosmétodosdeavaliação que serão utilizados. Aproveite este momento para tirar suas dúvi-das iniciais sobre o curso de ciência política.

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AULA 2: O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS E O FEITIÇO DA LINGUAGEM

Nesta aula, além de uma breve notícia sobre “linguistic turn” e filosofia da linguagem, serão discutidos os seguintes textos:

GIANNETTI, Eduardo. O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Trecho a ser lido: Capítulo 10, “Sobre o uso errôneo da linguagem”, pp. 173-183.

Duas breves citações, a serem distribuídas, de John Locke e Morit Schlick. E uma terceira do Pe. Antônio Vieira

QUESTõES PROPOSTAS

• Comoserespondeaumaperguntasobreosignificadodeumapala-vra?

• Oqueéumadefinição?• Deondesurgemossignificadosdaspalavras?• Oquenosensinaarecomendaçãobaconianade“pensarcomopen-

sam os sábios, mas falar como falam as pessoas comuns”?• Emqueconsisteaarmadilhadafalsasegurança?• Oquevocêachadaideiadequeselevamaisasérioumtextoobscuro

do que um claro e preciso?

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PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA

AULA 3: A HISTÓRIA DOS ESTADOS E OS ESTADOS NA HISTÓRIA

Esta aula utilizará o seguinte texto de sociologia histórica:

TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: EDUSP, 1996.Trechos a serem lidos: pp. 23-28 e 45-50.

QUESTõES PROPOSTAS

• QualfoiaimportânciadasguerrasparaaformaçãodosEstadosnacionais?• Comonasceramosexércitoseasburocraciaspermanentes?• PorqueosEstadosqueriamomonopóliodacoerçãoedataxação?• DequemaneirasosgovernantesdosEstadoseuropeusemformação

podiam adquirir meios de coerção?• PorqueoEstadobrasileironãotemcumpridoasuaresponsabilidadede

garantir a segurança pública em todo o território nacional? O que pode ser feito a respeito?

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AULAS 4 E 5: POLÍTICA E DIREITO

As aulas que se seguem utilizarão um texto de um importante pensador italiano, Norberto Bobbio:

BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 2000.Trechos a serem lidos: Conceito de Política, pp. 159-173; Poder Político, pp.

216-222; Política e Socie dade, pp. 222-226; Política e Direito, pp. 232-238; Direito e Poder, pp. 238-252; Democracia, pp. 371-380.

Basicamente, os mesmos textos podem ser encontrados em: Bobbio, Norberto. O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.

QUESTõES PROPOSTAS

• Qualéaorigemetimológicadapalavra“política”?Equaléosignifi-cado atual desse conceito?

• Qualéadiferençaentredefiniçõesdescritivaseprescritivasdepo-lítica?

• Nocasodedefiniçõesprescritivasdepolítica,reflitasobreasseguintesindagações, entre outras: Quem seleciona o objetivo a ser atingido? Quem define o significado desse objetivo? Quem define se e quando esse objetivo foi alcançado?

• Oqueseentendepor“bemcomum”?• QuaissãoostrêselementosconstitutivosdoEstado?• OqueBobbioquerdizercom“fimmínimo”dapolítica?• Oqueseentendepor“poder”?Eoquesignifica“autoridade”?• Penseemcasosdepoderlegítimoedepoderdefato,assimcomode

poder legal e poder arbitrário. Imagine exemplos.• Émelhorogovernodasleisouogovernodoshomens?Porquê?• Comopodemosclassificarasformasmodernasdepoder?• Oque seriaopoderpolítico?Qual seriao seu fundamentomais

visível?• Oqueé“EstadodeDireito”?Reflitasobreaduplarelaçãoentrepoder

político e ordem jurídica.• Comenteaseguintefrase:“opodersemdireitoécego,masodireito

sem poder é vazio”.• ComoWeberdefine“Estado”?• Pensenasrelaçõesentrepoderpolíticoepodereseconômicoereligio-

so. Como são essas relações no Brasil?

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• Combasenostextos lidos,estabeleçaadistinçãoentre:a)Estadoesociedade; b) Estado como mal necessário e Estado como mal não necessário.

• Quaissãoasprincipais“formasdegoverno”?E“formasdeEstado”?

LEITURA SUGERIDA:

KRONMAN,Anthony.MarxWeber. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, pp.57-66.

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AULA 6: IDEOLOGIA E DOMINAÇÃO

Nesta aula, será discutido o seguinte texto:MACHADO, Mario Brockmann. “Ideologia, socialização política e domi-

nação”. Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149. (Ler, apenas, pp. 131-138.)Este artigo apresenta uma teoria da ideologia política. Talvez contenha

também o embrião de uma teoria geral da política.Observe como o autor apresenta, passo a passo, a problemática central

de sua reflexão, os pressupostos de sua teoria, e os principais conceitos que serão utilizados, definindo-lhes os significados empíricos e especificando as relações teóricas que se supõe existirem entre eles.

Procurefazerumaleituradinâmica,semsedeteremcadaparte,masnãodeixe de registrar alguns conceitos centrais: sistema político, dominação, ide-ologia, socialização política e atores políticos.

QUESTõES PROPOSTAS:

• Quais sãoasprincipais fontesde informaçãopolíticaqueos jovensbrasileiros têm hoje em dia? Quais são as mais confiáveis? Quais são as menos confiáveis?

• Pensandoemsuaprópriaexperiênciadevida,procureidentificardeonde provêm os seus mais fundamentais valores políticos. Eles são estáveis? Eles mudam com o tempo?

• Quais são os critérios que você normalmente utiliza para avaliar odesempenho de um governo?

• Emsuaopinião,quaissãoosmaisimportantesatoresdosistemapo-lítico brasileiro?

• Quaisseriamosquatrorequisitosfundamentaisdadominaçãoestável?

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PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS

AULAS 7, 8, 9 E 10: ORIGEM E ATUALIDADE DA DEMOCRACIA

Nestas aulas, será discutido um livro de um dos mais importantes cientis-tas políticos da atualidade: Robert Dahl. Além disso, também analisaremos partes de um relatório da ONU sobre a democracia na América Latina.

DAHL, Robert. On Democracy. New Havan: Yale University Press, 2000. Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 8, 13 e 14. (Há tradução pela edi-tora da Universidade de Brasília).

PNUD, A Democracia na América Latina. Nova York, 2004, pp. 49 a 64. (Nova versão: pp. 29-53.) Disponível em www.pnud.org.br/pdf/Texto-Proddal.pdf

QUESTõES PROPOSTAS

• Quaisseriam,segundooautor,osprincipaisadversáriosdademocracia?• Faça umpequeno resumodas origens da democracia.Como era a

democracia em Atenas e em Roma?• Seademocraciarefere-seaomesmotempoaumidealeaumarealida-

de, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal na sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real?

• Quaissãoasvantagensdademocraciaemrelaçãoaqualqueralterna-tiva viável?

• Quaissãoasinstituiçõespolíticasexigidasporumamodernademo-cracia representativa?

• Oqueéapoliarquiaouademocraciapoliárquica?• Descrevaa“democraciadeassembleia”.Elalheparecemelhoroupior

do que a democracia representativa, tal como a conhecemos hoje? Por quê?

• Quaissãoascondiçõesessenciaisparaademocracia?Eascondiçõesfavoráveis?

• Você concorda comDahl quando ele afirma que o capitalismo demercado favorece a democracia? E quando afirma que a prejudica?

• Quaissãoasdificuldadesdademocracia?Comoelaspodemserresol-vidas? Com base em tudo o que você aprendeu neste livro de Dahl e nas demais aulas do curso até agora, tente inventar respostas, me-canismos, procedimentos, instituições e experimentos possíveis para superar estas dificuldades. Use toda a sua imaginação!

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Observacão: A tradução do livro de Dahl contém muitos problemas, sen-do recomendável a leitura do livro em inglês.

LEITURA SUGERIDA:

O’DONELL, Guillermo. Democracy, Agency, and the State. Oxford Uni-versity Press, pp. 13-29.

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AULA 11: DEMOCRACIA E LIBERALISMO

Esta aula será baseada, mais uma vez, em escritos de Norberto Bobbio:BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988.Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 3 e 8.

QUESTõES PROPOSTAS:

• DeacordocomBobbio,qualéofundamentodeumasociedadede-mocrática?

• “Excessodedemocracia”éumtemabastantediscutido.Oquevocêpensa disso?

• Oqueéaapatiapolítica?VocêachaqueelaexistenoBrasil?Porquê?• Porquesefalaemumasuposta“ingovernabilidadedademocracia”?

Você acha que a democracia brasileira é ingovernável?• Caracterizeo“governadasleis”eo“governodoshomens.Quaissão

as principais diferenças entre eles?• VocêachaquenoBrasiltemosum“governodasleis”ouum“governo

dos homens”? Por quê?• Qualéarelaçãoentreliberalismoedemocracia?• QuaissãoospressupostoseasprincipaiscaracterísticasdoEstadoliberal?• Oqueéojusnaturismo?Qualasuarelaçãocomoliberalismo?• Oqueéocontratualismo?Oqueouneàdoutrinadosdireitosdohomem?• Quaissãoosmecanismosqueimpedemousoabusivodopoderde

Estado?• Oqueéoneoliberalismo?Emqueelesediferenciadoliberalismo?• Oquesãoasutopias?

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AULA 12: A REGRA DA MAIORIA

Para esta aula a leitura será:

LIJPHART, Arend. Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização Bra-sileira, 2003.

Trecho a ser lido: Emendas constitucionais e revisão judicial, pp. 247-261.

QUESTõES PROPOSTAS:

• Oqueéa“regradamaioria”?• Oqueéa“tiraniadamaioria”?• Épossívelimporlimitesdemocráticosaopoderlegislativodasmaio-

rias parlamentares? Como?• Quemdevedecidirseumaleiéinconstitucional?Comoasdemocra-

cias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil?

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AULAS 13 E 14: DEMOCRACIA, PARTICIPAÇÃO E CAPITALISMO

Nestas duas aulas serão discutidas duas obras de outro autor central do curso, o cientista político po lonês Adam Przeworski:

PRZEWORSKI,Adam.Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-Du-mará, 1994.

Trechos a serem lidos: pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44 e 56-60.

PRZEWORSKI,Adam.Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: Com-panhia das Letras, 1989.

Trechos a serem lidos: pp. 37-44, 59-61.

QUESTõES PROPOSTAS:

• ComosedánocapitalismoatensãoentremercadoeEstado?Ecomoa democracia se relaciona com essa tensão?

• Oquesignificadizerqueademocraciaéumgovernopro tempore?• Qualéarelaçãoentredemocraciaeincerteza?Vocêconcordaquea

incerteza é inerente à democracia? Que tipo de incerteza é essa?• Oquelevaosatorespolíticosaparticipardojogodemocrático?Eo

que os faz aceitar derrotas?• Qualfoiodilemaeleitoraldospartidossocialistaseuropeus?• Qualéadiferençaentrereformaerevolução?• Qual seria a importânciados fatores econômicosnamanutenção e

durabilidade das democracias?

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AULAS 15 E 16: INOVANDO A DEMOCRACIA

Nesta aula, será finalizada a segunda parte do curso, dedicada às teorias da democracia. Estude os se guintes textos:UNGER, Roberto Mangabeira. Democracia Realizada: a alternativa progres-

sista. São Paulo: Boitem po, 1999.Trechos a serem lidos: experimentalismo democrático, pp.11-16; resumo,

pp. 207-219.Do mesmo autor: O que a Esquerda deve propor. Rio de Janeiro: Civiliza-

ção Brasileira, 2008, pp. 93-104, 160-166.FALCÃO, Joaquim. Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janeiro:

FGV, 2004.Trecho a ser lido: “Democracia, mudança e terceiro setor”, pp. 49-67.

QUESTõES PROPOSTAS:

• Oquevocêentendepor“experimentalismodemocrático”?Comoépossível reconstruir instituições?

• Quaisseriamospassosparasecolocarempráticaoexperimentalismodemocrático no Brasil? Quais são os riscos envolvidos?

• Penseemformasalternativasdeparticipaçãoorganizadaspelasocie-dade civil: associações voluntárias, ONG’s etc. Identifique exemplos no caso brasileiro.

• Oquesignificaotermo“democraciaconcomitante”?

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PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL

AULAS 17 E 18: A REPÚBLICA

Nestas duas aulas será iniciado o terceiro e último módulo do curso: a democracia no Brasil. Inicial mente, examinaremos o papel de Rui Barbosa na organização da República em nosso país, para, em seguida, fazermos uma reflexão sobre uma visão sintética da nossa história política no século XX, com ênfase nos acontecimentos de 1964. Os textos escolhidos são:

LAMOUNIER, Bolívar. Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.Trechos a serem lidos: “Prefácio”, pp. 9-12; “Introdução”, pp. 51-54; “Conclusão”, pp. 111-123.

FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.

Trecho a ser lido: “O regime militar e a transição para a Democracia”, pp. 251-310 (especialmente 251-261, 283-286 e 306-310).

Do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515.

LEITURA ALTERNATIVA:

Adriana Lopez e Carlos Guilherme Motta. História do Brasil: uma interpreta-ção. São Paulo: Editora SENAC, 2008, capítulo 28.

QUESTõES PROPOSTAS:

Sobre o texto de Bolívar Lamounier:• Qual foi a participação de Rui Barbosa no processo de elaboração da

primeira constituição republicana? Qual a sua contribuição à cons-trução institucional da democracia no Brasil?– Como você definiria o modelo político de Rui Barbosa? Em que ele ainda é atual e pode contribuirparaodebatecontemporâneo?

• QuaiseramaspropostasdeRuiBarbosa,em1919,sobrea“questãosocial”?• Qualfoioimpactodasideologiasdo“Estadoforte”,dedireitaede

esquerda, sobre a herança política de Rui Barbosa?

Sobre o texto de Boris Fausto:• QualéaimportânciadaGuerraFriaparaoentendimentode1964?• Oquesignificavaaexpressão“radicalizaçãopolítica”?• Comoaausênciadeumaditadurapessoalduranteosgovernosmi-

litares influenciou a transição para a democracia? Compare o caso brasileiro com o chileno.

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AULA 19: A DEMOCRACIA BRASILEIRA NO LIMIAR DO SÉCULO XXI

Nesta aula, vamos examinar o seguinte livro de Bolívar Lamounier:

Da Independência a Lula: dois séculos de política brasileira. São Paulo: Augu-rium, 2005.

Trechos a serem lidos: 1964, pp.133-135; reforma política, pp. 235-260; globalização e Estado, pp. 284-288.

QUESTõES PROPOSTAS:

• ComoJoséGuilhermeMerquiorresumiuascausasdaquebradoregi-me democrático em 1964?

• Porquenãohouveconciliaçãoentreosatorespolíticosdeentão?• Seriamosregimesparlamentaristasmaisaptosagarantiracontinui-

dade da democracia do que os regimes presidencialistas?• Comooautordefine“democracia”?• Reflitasobreaextensãodademocraciaaambientesnãopolíticos.O

que seria a democracia social? O que você pensa disso?• Porqueafragmentaçãopartidáriaévistacomoumproblema?• SegundoSérgioAbranches,oqueé“presidencialismodecoalizão”?• QualéoimpactodasmedidasprovisóriasnarelaçãoentreoExecutivo

e o Legislativo?• Comosecomparamossistemaseleitoraisdistritaleproporcional?• ComosedáarepresentaçãodosestadosnoCongresso?• Oqueéopopulismo?• Oquesignificaotermo“globalização”?• Queefeitospolíticospodeaglobalizaçãoacarretar?

LEITURA SUGERIDA:

MariaHermíniaTavaresdeAlmeida,“OEstadonoBrasilContemporâneo”.In Carlos Ranulfo Melo e Manoel A. Sáez, orgs. A Democracia Brasileira. Belo Horizonte: UFMG, pp. 17-37.

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AULAS 20 E 21: DEMOCRACIA E REFORMA POLÍTICA

Para esta aula, leia um dos dois seguintes textos:

REIS, FábioWanderley. “Engenharia eDecantação”. In Benevides, Maria Victoria, Paulo Van nuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cida-dania. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidada-nia, 2003.Trecho a ser lido: pp. 20-32.

QUESTÃO PROPOSTA:

• Posicione-searespeitodealgumasdasrecomendaçõesdereformapo-lítica discutidas no Brasil nos últimos anos, a saber: redução do núme-ro de partidos, financiamento público de campa nhas, voto distrital, voto em lista fechada, voto facultativo, fidelidade partidária, cláusula de desempenho e proibição de coligação em eleições proporcionais.

SANTOS,WanderleyGuilhermedos.Décadas de Espanto e uma Apologia Democrática. Rio de Ja neiro: Rocco, 1998.

Trecho a ser lido: pp. 121-144.

Do mesmo autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática da vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45 (a partir do últi-mo parágrafo) – 48.

QUESTõES PROPOSTAS:

• Oqueoautordenominade“engenhariadoutrinária”?• Vocêconsideraconvincenteaassociaçãoentrerepresentaçãopropor-

cional e fragmentação do eleitorado? Você acha que a adoção do siste-ma eleitoral majoritário resolveria esse suposto problema?

• Qualseriaaconsequênciadosistemaeleitoralmajoritárioparaasmi-norias políticas?

• Afragmentaçãopartidáriasempreproduzingovernabilidade?

LEITURAS SUGERIDAS:

ANASTASIA, Fátima e NUNES, Felipe. A Reforma da Representação. In AVRITZER, Leonardo e ANASTASIA, Fátima, orgs. Reforma Política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2007, pp. 17-29.

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AULAS 22, 23 E 24: DEMOCRACIA, DIREITO E PODER JUDICIÁRIO

Para estas duas últimas aulas temáticas do curso, deverão ser lidos os se-guintes textos:

MACHADO, Mario B., “Raízes do controle externo do Judiciário”. Monitor Público, 8, 1996, pp. 5-9.

ARANTES, Rogério Bastos, “Judiciário: entre a justiça e a política”. In Lúcia Avelar e Antonio Octavio Cintra, orgs. Sistema Político Brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Paulo: UNESP, 2004, pp. 79-108.

ARGUELHES, Diego. Poder não é querer: judicialização da política e prefe-rência restritivas no STF pós-transição. Mimeo, 2010, pp. 1-5 e 24-30.

BARROSO, Luís Roberto. Constituição, Democracia e Supremacia Judicial: direitoepolíticanoBrasilcontemporâneo.Mimeo,2011.

J. Ferejohn and P. Pasqualino, “Rule of Democracy and Rule of Law”. In J.M. Maravall and A. Przeworski, eds. Democracy and the Rule of Law. Cambridge University Press, 2003, pp. 242-260.

QUESTõES PROPOSTAS:

• OqueLocke,MontesquieueosFederalistaspodemnosensinarsobrea separação de poderes?

• EmqueconsisteocontroleexternodoJudiciário?• PorqueocontroleexternodoJudiciárioseriacompatíveleatémesmo

requerido pelo princípio da separação dos poderes? Resuma e avalie os argumentos apresentados no texto. O que você pensa sobre isso? Concorda? Discorda?

• Emqueconsisteajudicializaçãodapolítica?ComoelaocorrenoBra-sil?

• Oqueéoativismojudicial?Vocêachaqueeleconstituiumaameaçaao princípio da separação dos poderes? Ao Estado de direito? À sobe-rania popular?

• Dequemaneiraajudicializaçãodapolíticaafetao“jogodemocrático”analisado por Przworski?

• QualseriaafundamentaçãodalegitimidadedojuciciárioemumEs-tado democrático de direito?

• OquedizMaussobreoapelodoJudiciárioalemãoa“princípiosdedireito suprapositivos”?

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AULA 25: REVISÃO DO CURSO E CONCLUSÃO

Esta última aula não requer leituras prévias ou auxílio do material didáti-co. O objetivo básico é fazer uma avaliação do curso, revisar e debater alguns temas anteriormente trabalhados e esclarecer novas dúvidas e questões trazi-das pelos alunos.

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III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. LEITURA COMPLEMENTAR

BOBBIO, N., N. Matteucci e G. Pasquino, orgs. Dicionário de Política. Bra-sília: Editora da Univer sidade de Brasília, 1986. Examinar, entre outros, os seguintes verbetes: Ciência Política, 164-9; Democracia, 319-29; Es-tado, 425-31; Liberalismo, 686-705; Poder, 933-43; Política 954-62; Social-democracia, 1188-92; Socialismo, 1196-202.

2. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SOBRE DEMOCRACIA

ACEMOGLU, Daron and Robinson, James. Economic Origins of Dictator-ship and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados, 31/1/1988, pp. 5-33.

AMORIM NETO, Octavio. Presidencialismo e Governabilidade nas Améri-cas. Rio de Janeiro: Editora FGV; Konrad Adenauer Stiftung, 2006.

AVRITZER, Leonardo e Fátima Anastásia, orgs. Reforma Política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

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TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 27

* Estas fotos e documentos fazem par-te do arquivo do CPDOC. O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas abriga uma série de documentos relevantes sobre a história recente do país. Seu acervo é uma fonte privile giada de consulta no Rio de Janeiro: o CPDOC possui o mais importante acervo de arquivos pesso-ais de homens públicos do país, com cerca de 1,8 mi lhão de documentos. Esses arquivos são abertos à consulta pública, informatizada e dis ponível na internet por meio do site www.cpdoc.fgv.br. O endereço do CPDOC é: Praia de Botafogo, 190 14° andar – Botafo-go, Cep-22253-900, Rio de Janeiro, RJ. Telefone: (21) 2559-5676 / 2559-5677; Fax: (21) 2559-5679; E-mail: [email protected]. O horário de atendimento da sala de consulta é de segunda a sexta-feira, das 09.00 h às 16.30 h.

IV: ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS

1. REVOLUÇÃO DE 1930

a) Getúlio Vargas no Paraná, durante a Revolução de 1930.

Fonte: CPDOC

Fonte: CPDOC

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b) Cavalaria Gaúcha no Obelisco da Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.

Fonte: CPDOC

2. ESTADO NOVO

Getúlio Vargas fala à nação por ocasião da instauração do Estado Novo, na presen-ça de autoridades no palácio do Catete (1937).

Fonte: CPDOC

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3. QUEDA DE VARGAS

Bustos de Getúlio Vargas após a queda de seu governo em 1945.

Fonte: CPDOC

4. 1964

a) Passagem das tropas de Minas Gerais por Petrópolis após a vitória do movimento militar.

Fonte: CPDOC

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b) Parada da Vitória (Recife, 24 de maio de 1964).

Fonte: CPDOC

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c) Primeiro ‘Ato Institucional’ editado pelo regime militar, em 09 de abril de 1964.

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Fonte: Arquivo Etelvino Lins / EL c 1964.04.09 doc 3 / CPDOC

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5. CAMPANHA PELAS DIRETAS

a) Comício pela campanha das diretas (1984).

Fonte: CPDOC

b) Ulisses Guimarães e outros durante comício pró-diretas.

Fonte: CPDOC

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c)Campanha das diretas.

Fonte: CPDOC

6. CONGRESSO NACIONAL, BRASÍLIA: PROMULGAÇÃO DA CONSTITUI-ÇÃO DE 1988 (05 DE OUTUBRO DE 1988)

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

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V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AULAS

ROTEIRO DA AULA 1

a) Apresentação do curso: objetivos, abordagem e organização; participa-ção dos alunos; leituras prévias; desafios e dificuldades; avaliação do professor e dos alunos.

b) Exame da bibliografia obrigatória.c) Breve comentário sobre cada aula, chamando a atenção sobre as pergun-

tas constantes do programa, que deverão orientar as leituras e as discussões, e sobre o fato de o curso haver sido organizado em torno de temas/conceitos/problemas, e não de autores e suas teorias. (Para maiores informações, ver o programa do curso.)

ROTEIRO DA AULA 2

Tema: O significado das palavras e o feitiço da linguagem.Texto: Eduardo Giannetti, O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia

das Letras, 2003, pp. 173-183.

Breve notícia sobre filosofia da linguagem. Comentário de Locke sobre o risco de debates meramente verbais. Referência ao Positivismo Lógico do Círculo de Viena. Schlick e a necessidade de esclarecer o significado das pro-posiçõesantesdediscuti-las.O“linguisticturn”noâmbitodafilosofia.No-tíciasobreWittgenstein.Exemplosdeproposiçõesgramaticalmentecorretase logicamente absurdas. A diferença entre resolver e dissolver um problema. Indefinições, imprecisão conceitual, contradições lógicas. Reflexão sobre as origens dos significados das palavras. Linguagem ideal e linguagem comum. Termos técnicos com significado preciso: roubo e furto, posse e propriedade, culpa e dolo, etc. Termos comuns com significado difuso: política, direito, democracia, etc. A história das palavras: “democracia” vem sendo usada há 2.500 anos. Impossibilidade de se analisar as democracias reais sem antes exa-minara“biografiasemântica”dessapalavra.Ofeitiçodalinguagem:exem-plo de Heidegger e seu discurso sobre “not”, “nothing” e “nothingness”.1 O problema das abstrações metafísicas. Retórica da ostentação X qualidade da argumentação. Bacon: pensar como os sábios, falar como as pessoas comuns. O excesso de formalização e a “falsa segurança”. A teoria de Darwin não é formalizada. Não existe um trade-off necessário entre clareza e profundidade. Ao contrário: quanto mais difícil um tema, mais importante será a clareza.

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(“O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem.” Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655.) O expediente de encobrir a ignorânciacomumateiadepalavrasdesorientadorasparaobteraadmiraçãodos incautos. Crítica e autocrítica.

ROTEIRO DA AULA 3

Tema: EstadoTexto: Charles Tilly, Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo:

EDUSP, 1996, pp. 23-28, 45-50.

A origem dos estados modernos na Europa. A dissolução do feudalismo. A nobreza, o clero e a burguesia. A gradativa centralização do poder nas mãos do rei: absolutismo monárquico. As guerras de defesa e conquista. A forma-ção de exércitos/marinhas permanentes e burocracias estáveis, base dos esta-dos modernos. O monopólio da força e da taxação sobre a população de um amplo território. Coerção e/ou negociação ante resistências sociais: Veneza e Holanda; Rússia; Polônia; França e Inglaterra. Por que o Estado brasileiro não tem cumprido a sua obrigação de garantir a segurança pública em todo o território nacional? O que pode ser feito a esse respeito?

ROTEIRO DA AULA 4

Tema: Política.Texto: Norberto Bobbio, Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus,

2000, pp. 159-173, 216, 222-226.

Origem etimológica de “política”. Significado e componentes da “polis”. Aristóteles. Poder: definição e tipologia. Autoridade. Soberania. Definição de estadoemWeber.Legalidadeelegitimidadedousodaforçafísica.Objetivosda política: níveis descritivo e prescritivo das definições de “política”. No caso de definições prescritivas: Quem seleciona o fim a ser atingido? Quem decide se e quando esse fim foi alcançado? O problema do “bem comum”. Objetivo mínimo da política: ordem interna e defesa externa. Limites do estado na sua relação com a sociedade. Ausência de limites: Estado total. O fim da política e a utopia anarquista.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

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ROTEIRO DA AULA 5

Tema: Direito e políticaTexto: Norberto Bobbio, ibidem, pp. 232-238. Alternativamente, do mes-

mo autor: O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.

Dupla relação entre direito e política: produção e sustentação do direito, limitação e legitimação da política. Poder de fato e poder arbitrário. Poder paralelo.Legalidade e legitimidade.Ética epolítica.Questões conceituais:Weber,Schmitt,Bobbio,Habermas,etc.Limitesdopoder.Abusodopoder.O que é o Estado de direito? Componentes formais e substantivos do Estado de direito. Formas de governo e de Estado. Relações entre poderes político, econômico e religioso nos tempos atuais.

ROTEIRO DA AULA 6

Tema: Ideologia e teoria políticaTexto: M. Machado, “Ideologia, socialização política e dominação”.

Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149.

O conceito de sistema político. Atores políticos. Fundamentos da domi-nação: organização política, legitimação ideológica, proteção legal/judicial e sustentação econômica. Regime político. Cultura política. Quais são os crité-rios que você normalmente utiliza para avaliar um governo? De onde provêm esses critérios? Eles mudam com o tempo? Por quê?

ROTEIRO DA AULA 7

Tema: DemocraciaTexto: Robert Dahl, Sobre a Democracia. Brasília: Editora da UNB, 2001, ca-

pítulos 1 e 2. (Atenção: graves problemas de tradução. Sempre que pos-sível, leia o original em inglês.)

Democracia ateniense e república romana: participação direta com cida-dania restrita. O surgimento da ideia de representação. O parlamento inglês. Da oligarquia à democracia moderna. Soberania popular. Igualdade.

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ROTEIRO DA AULA 8

Tema: PoliarquiaTexto: Robert Dahl, ibidem, capítulo 8.

As democracias modernas em grande escala. Governantes eleitos; eleições periódicas, livres e limpas; liberdade de informação, de expressão e de organi-zação; cidadania inclusiva. Sufrágio universal. Democracia direta e democracia representativa. Partidos políticos. O debate sobre a democratização de outras áreas da sociedade. Se a democracia refere-se, ao mesmo tempo, a um ideal e a uma realidade, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal em sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real? Use toda a sua imaginação para sugerir o que seria necessário para atingir esse fim.

ROTEIRO DA AULA 9

Tema: LiberalismoTexto: Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense,

1988, capítulos 1, 2, 3 e 8.

Revolução inglesa. Liberdade versus autoridade. Rule of Law. (Temos, no Brasil,umgovernodeleisoudepessoas?)Tolerânciareligiosaeliberdadeeco-nômica. Locke. Contrato social. Consentimento. Limitação do poder e das funções do estado: estado mínimo. Distribuição do poder do estado: estado democrático. Igualdade liberal: legal e de oportunidades. Liberdade demo-crática: de resultados sócio-econômicos. Liberdade negativa e liberdade po-sitiva. Liberalismo clássico e liberalismo social. O encontro entre liberalismo e democracia no século XX ante o fascismo e o comunismo. A democracia liberal e a social-democracia. Liberalismo versus neoliberalismo.

ROTEIRO DA AULA 10

Tema: Democracia e capitalismoTexto: Robert Dahl, op. cit., capítulos 13 e 14.

Sistemas econômicos. Propriedade privada versus estatal dos meios de produção. Mercado versus planejamento estatal. Decisões descentralizadas e centralizadas. Burocracia. Eficiência. Estados Unidos e União Soviética. O difícil casamento: o caso da China. Demandas sociais e recursos políticos. Democracia liberal e economia de mercado: o fim da história?

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ROTEIRO DA AULA 11

Tema: Democracia ampliadaTexto: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – A demo-

cracia na América Latina. (www.pnud.org.br)

Definição ampliada de democracia: direitos civis e políticos + direitos sociais. Marshall. Sequências e ritmos históricos: Inglaterra e Brasil. Utili-dade ou não do significado ampliado. Redefinições conceituais e o perigo das linguagens privadas. Democracia social ou justiça social? A democracia como fórmula de convivência minimamente civilizada com o fenômeno do poder político. Democracia real e ideal, sociedade real e ideal. O tema das utopias.

ROTEIRO DA AULA 12

Tema: Regra da maioriaTexto: Arend Lijphart, Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2003, pp. 247-261.

A democracia e a regra da maioria. Tipos de maiorias. A maior maioria. As minorias e a tirania da maioria. Podemos impor limitações democráticas à vontade das maiorias parlamentares? Como? Tensões entre “rule of law” e “rule of democracy”. O tema da “interpretação” das leis e da constituição. A fiscalização do legislativo e do executivo: decisões inconstitucionais. Quem deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democracias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil? Análise dos casos brasileiro, inglês e austríaco. O que você pensa sobre isso?

ROTEIRO DA AULA 13

Tema: Participação políticaTexto: Adam Przeworski, Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-

Dumara, 1994, pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44, 56-60.

Necessidades sociais e demandas políticas. Por que as pessoas participam dapolítica?Comoéaparticipaçãonasdemocracias?Qualaimportânciadaparticipação quanto aos resultados do jogo político democrático? A incerteza relativa dos resultados. O resultado aleatório e o resultado pré-fixado. Por que os poderosos aceitam a democracia? Por que derrotas são aceitas? Por que as

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decisões democráticas são temporárias? O que é a “judicialização da política”? Qual o seu impacto sobre o jogo democrático?

ROTEIRO DA AULA 14

Tela: Socialismo e eleiçõesTexto: Adam Przeworski, Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo:

Companhia das Letras, 1989, pp. 37-44, 59-61.

Reforma e revolução. Por que os partidos socialistas europeus decidiram participar do jogo democrático? Qual foi o dilema eleitoral que eles enfren-taram? Por que eles perdiam as eleições? Que estratégia o jogo eleitoral os forçou a adotar? Com que resultados? O que aquela experiência europeia nos ensinasobreatrajetóriadepartidossimilaresnoBrasil?Qualaimportânciadas coalizões na conquista e na manutenção do poder? “Presidencialismo de coalizão”. O problema da corrupção sistêmica na política.

ROTEIRO DA AULA 15

Tema: ReformasTextos: Roberto Mangabeira Unger, Democracia Realizada: a alternativa

progressista. São Paulo: Boitempo, 1999, pp. 11-16, 207-219; O Que a Esquerda Deve Propor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, pp. 93-104, 160-166.

O “experimentalismo institucional”. A invenção de novas instituições que possam aperfeiçoar a democracia representativa, a economia de mercado e a sociedade livre. A “temperatura” da política. Mecanismos de democracia dire-ta. O poder constituído e o poder constituinte. A comunicação direta com “o povo”. Reformas tópicas e reformas amplas e permanentes. As limitações da teoria social. As consequências imprevistas e indesejadas de reformas. O pen-samento de Burke e as revoluções americana e francesa. Reformas políticas.

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ROTEIRO DA AULA 16

Tema: Terceiro setorTexto: Joaquim Falcão, Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janei-

ro: FGV, 2004, pp. 49-67.

O que significa a expressão “democracia concomitante”? Como podemos so-mar os aspectos positivos da democracia direta e da representativa? Variações nas taxas de participação. A participação nos períodos eleitorais. A participação fora das eleições. Como se organiza a sociedade civil? O chamado “terceiro setor”. O que fazem as ONGs? Aspectos positivos e negativos das ações das ONGs. Que outros instrumentos de ação política existem na sociedade civil? Estado, econo-mia e sociedade no pensamento ocidental: quem manda em quem?

ROTEIRO DA AULA 17

Tema: A repúblicaTexto: Bolívar Lamounier, Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1999, pp. 9-12, 51-54, 11-123.

O papel político de Rui na organização da república brasileira. Constru-ção de instituições democráticas. Do liberalismo clássico ao social. As ideo-logias do Estado forte. Oliveira Vianna. As oligarquias na República Velha. A revolução de 30. O Estado Novo. A II Guerra Mundial e a FEB. A rede-mocratização.

ROTEIRO DA AULA 18

Tema: 1964Textos: Boris Fausto, História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001,

pp. 251-310 (especialmente 251-261, 283-286, 306-310). Do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515. Alternativamente, Adriana Lopez e Carlos Guilherme Motta, História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora SENAC, 2008, capítulo 28.

A Guerra Fria. A radicalização política. O enfraquecimento do centro de-mocrático. A quebra do regime democrático. O autoritarismo civil-militar. A ausência do ditador. A abertura, a transição e a redemocratização. Brasil, Argentina, Chile e Uruguai: semelhanças e diferenças.

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ROTEIRO DAS AULAS 19, 20 E 21

Tema: Reforma políticaTextos: Bolívar Lamounier, Da Independência a Lula: dois séculos de po-

lítica brasileira. São Paulo: Augurium, 2005, pp. 133-135, 235-260,284-288;FábioWanderleyReis,“EngenhariaeDecantação”.In: Maria Vitória Benevides, Paulo Vanuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cidadania. São Paulo: Editora Fundação Per-seuAbramo/InstitutoCidadania,2003,pp.20-32;eWanderleyGuilherme dos Santos, Décadas de Espanto e uma Apologia Demo-crática. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, pp. 121-144. Do mesmo autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática da vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45-48.

Parlamentarismo, presidencialismo e governabilidade. Fragmentação partidá-ria: formação de maiorias parlamentares e os seus custos. Executivo e Legislati-vo: medidas provisórias. Sistemas eleitorais distrital e proporcional; proporcional aberto e de lista fechada. A representação das minorias. Consultas populares. A internet eademocraciavirtual.A federaçãoea representaçãonaCâmaradosDeputados e no Senado. Financiamento público de campanhas. Voto facultativo. Fidelidade partidária. Cláusula de barreira. Coligações em eleições proporcionais, etc. Custos e benefícios das mudanças. Os limites da engenharia política.

ROTEIRO DAS AULAS 22, 23 E 24

Tema: Judiciário e democraciaTextos: Rogério Bastos Arantes, “Judiciário: entre a justiça e a política”.

In: Lúcia Avelar e Antônio Octávio Cintra, orgs. Sistema Político Brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Pau-lo: UNESP, 2004, pp. 79-108; Ingeborg Maus, “Judiciário como superego da sociedade. São Paulo: Novos Estudos CEBRAP, nº 58, novembro 2000, pp. 183-202; e M. Machado, “Raízes do contro-le externo do Judiciário”. Monitor Público, nº 8, 1996, pp. 5-9.

Locke, Montesquieu e os Federalistas: variações sobre o tema da separação de poderes. O Conselho Nacional de Justiça e a fiscalização do Judiciário. A judi-cialização da política, a politização do Judiciário, o ativismo judicial e a demo-cracia. Fundamentação e limites da legitimidade do Judiciário em um Estado democrático de direito. Conflito de poderes e a Corte Constitucional de Kelsen.

(A relação completa das perguntas, em torno de cem, consta do programa utilizado pelos alunos.)

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 47

LEANDRO MOLHANO RIBEIROGraduado em Ciências Sociais pela UFMG(1997), mestre (1999) e dou-tor (2005) em Ciência Política pelo IUPERJ. Professor da Escola de Direi-to Rio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Direito Rio).Realiza pesquisas nas seguintes áreas: Política e Direito, Políticas Públicas e Análise do Processo Decisório.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 48

FICHA TÉCNICA

Fundação Getulio Vargas

Carlos Ivan Simonsen lealPRESIDENTE

FGV DIREITO RIO

Joaquim FalcãoDIRETOR

Sérgio GuerraVICE-DIRETOR DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Rodrigo ViannaVICE-DIRETOR ADMINISTRATIVO

Thiago Bottino do AmaralCOORDENADOR DA GRADUAÇÃO

André Pacheco Teixeira MendesCOORDENADOR DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Cristina Nacif AlvesCOORDENADORA DE ENSINO

Marília AraújoCOORDENADORA EXECUTIVA DA GRADUAÇÃO