teoria do estado democrÁtico - fgv direito rio | … · teoria do estado democrÁtico fgv direito...

48
GRADUAÇÃO 2014.1 9ª EDIÇÃO TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO AUTOR: MÁRIO BROCKMANN MACHADO COLABORAÇÃO: THAMY POGRENBINSCHI

Upload: trinhdiep

Post on 09-Nov-2018

220 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

GRADUAÇÃO 2014.1

9ª EDIÇÃO

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

AUTOR: MÁRIO BROCKMANN MACHADO

COLABORAÇÃO: THAMY POGRENBINSCHI

SumárioTeoria do Estado Democrático

I. ROTEIRO DO CURSO ........................................................................................................................................... 31. Apresentação Geral .................................................................................................................... 32. Objetivos ................................................................................................................................... 33. Método Didático ....................................................................................................................... 44. Desafi os e Difi culdades .............................................................................................................. 45. Avaliação ................................................................................................................................... 46. Atividade Complementar ........................................................................................................... 4

II. ROTEIRO DAS AULAS ........................................................................................................................................ 5Aula 1: Apresentação do Curso ...................................................................................................... 5Aula 2: o Signifi cado das Palavras e o Feitiço da Linguagem ........................................................... 6

PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA ..................................................................................................................... 7Aula 3: a História Dos Estados e os Estados na História ................................................................. 7Aulas 4 e 5: Política e Direito ......................................................................................................... 8Aula 6: Ideologia e Dominação .................................................................................................... 10

PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS ................................................................................................................ 11Aulas 7, 8, 9 e 10: Origem e Atualidade da Democracia .............................................................. 11Aula 11: Democracia e Liberalismo ............................................................................................. 13Aula 12: a Regra da Maioria ........................................................................................................ 14Aulas 13 e 14: Democracia, Participação e Capitalismo ............................................................... 15Aulas 15 e 16: Inovando a Democracia ........................................................................................ 16

PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL .................................................................................................................... 17Aulas 17 e 18: a República ........................................................................................................... 17Aula 19: a Democracia Brasileira no Limiar do Século XXI ......................................................... 18Aulas 20 e 21: Democracia e Reforma Política ............................................................................. 19Aulas 22, 23 e 24: Democracia, Direito e Poder Judiciário ........................................................... 20Aula 25: Revisão do Curso e Conclusão ....................................................................................... 21

III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 221. Leitura Complementar ............................................................................................................ 222. Bibliografi a Básica Sobre Democracia ...................................................................................... 22

IV: ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS ................ 271. Revolução de 1930 .................................................................................................................. 272. Estado Novo ............................................................................................................................ 283. Queda de Vargas ...................................................................................................................... 294. 1964 ....................................................................................................................................... 295. Campanha pelas Diretas .......................................................................................................... 376. Congresso Nacional, Brasília: Promulgação da Constituição de 1988 (05 de Outubro de 1988) ....38

V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AULAS ............................................................................................................... 39

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 3

I. ROTEIRO DO CURSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL

a) Tema. A democracia moderna é o tema do curso de ciência política. Ele constará de três partes:

1. O conceito de política;2. Teorias da democracia;3. A democracia no Brasil.

A segunda parte será especialmente enfatizada.

b) Abordagem: O curso buscará apresentar visões confl itantes sobre os assuntos tratados.

c) Organização: O curso foi montado com base em tópicos, que serão analisados de maneiras distintas por diferentes autores. A ênfase nessas visões confl itantes justifi ca a extensão das leituras e a eventual repetição de assuntos ao longo do programa. A opção pelo estudo da democracia moderna levou neces sariamente à exclusão de alguns autores clássicos na matéria, especial-mente os mais antigos.

2. OBJETIVOS

Os principais objetivos do curso são:• Apresentar os conceitos fundamentais da análise política contemporânea;• Identifi car as idéias centrais das teorias do Estado democrático;• Examinar os principais problemas da construção democrática no Bra-

sil dos séculos XX e XXI.

Uma preocupação constante do curso é a relação entre política e direito. Haverá ênfase na dimensão política do direito.

O curso tem duas metas: primeiro, desenvolver nos alunos a capacidade de visualizar a política e a democracia de forma menos convencional; segun-do, estimular os alunos a perceberem a democracia como um processo em permanente aperfeiçoamento, para o qual todos são chamados a participar.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 4

3. MÉTODO DIDÁTICO

O material didático do curso foi elaborado de modo a permitir que os alu-nos se preparem com an tecedência para as aulas. O roteiro propõe questões sobre cada texto a ser trabalhado, enfatizando os principais pontos e temas a serem discutidos.

A participação dos alunos será sempre estimulada.

4. DESAFIOS E DIFICULDADES

Foram escolhidos alguns dos melhores autores contemporâneos, indepen-dentemente da difi culdade dos textos. Cabe ao professor torná-los inteligí-veis. A outra opção seria adotar livros de divulgação, do tipo “Introdução à Ciência Política”. Estes não seriam difíceis de ler; entretanto, dariam aos alunos uma falsa sensação de segurança em assuntos muito controversos, entre outras limitações. O programa incorpora uma longa bibliografi a de referência, em acréscimo aos textos que deverão ser lidos pelos alunos. Essa bibliografi a será utilizada pelo professor e poderá servir, even tualmente, a futuros interesses dos alunos.

5. AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados com base em:a) Duas provas escritas e participação em aula;b) Uma prova fi nal para aqueles que não obtiverem média semestral

igual ou superior a sete (7,0).

P.S. Eventualmente, poderá haver um trabalho escrito extra.

6. ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Está prevista a audição de trechos de um CD do Senado Federal conten-do grandes discursos da história política brasileira. O excelente acervo do CPDOC também poderá ser utilizado (ver o “Anexo” deste roteiro).

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 5

II. ROTEIRO DAS AULAS

AULA 1: APRESENTAÇÃO DO CURSO

Nesta primeira aula, o professor apresentará os objetivos do curso, a bi-bliografi a a ser lida, a dinâmica de trabalho a ser empregada e os métodos de avaliação que serão utilizados. Aproveite este momento para tirar suas dúvi-das iniciais sobre o curso de ciência política.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 6

AULA 2: O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS E O FEITIÇO DA LINGUAGEM

Nesta aula, além de uma breve notícia sobre “linguistic turn” e fi losofi a da linguagem, serão discutidos os seguintes textos:

GIANNETTI, Eduardo. O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Trecho a ser lido: Capítulo 10, “Sobre o uso errôneo da linguagem”, pp. 173-183.

Duas breves citações, a serem distribuídas, de John Locke e Morit Schlick. E uma terceira do Pe. Antônio Vieira

QUESTÕES PROPOSTAS

• Como se responde a uma pergunta sobre o signifi cado de uma pala-vra?

• O que é uma defi nição?• De onde surgem os signifi cados das palavras?• O que nos ensina a recomendação baconiana de “pensar como pen-

sam os sábios, mas falar como falam as pessoas comuns”?• Em que consiste a armadilha da falsa segurança?• O que você acha da ideia de que se leva mais a sério um texto obscuro

do que um claro e preciso?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 7

PARTE I: POLÍTICA E CIÊNCIA POLÍTICA

AULA 3: A HISTÓRIA DOS ESTADOS E OS ESTADOS NA HISTÓRIA

Esta aula utilizará o seguinte texto de sociologia histórica:

TILLY, Charles. Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo: EDUSP, 1996.Trechos a serem lidos: pp. 23-28 e 45-50.

QUESTÕES PROPOSTAS

• Qual foi a importância das guerras para a formação dos Estados nacionais?• Como nasceram os exércitos e as burocracias permanentes?• Por que os Estados queriam o monopólio da coerção e da taxação?• De que maneiras os governantes dos Estados europeus em formação

podiam adquirir meios de coerção?• Por que o Estado brasileiro não tem cumprido a sua responsabilidade de

garantir a segurança pública em todo o território nacional? O que pode ser feito a respeito?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 8

AULAS 4 E 5: POLÍTICA E DIREITO

As aulas que se seguem utilizarão um texto de um importante pensador italiano, Norberto Bobbio:

BOBBIO, Norberto. Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus, 2000.Trechos a serem lidos: Conceito de Política, pp. 159-173; Poder Político, pp.

216-222; Política e Socie dade, pp. 222-226; Política e Direito, pp. 232-238; Direito e Poder, pp. 238-252; Democracia, pp. 371-380.

Basicamente, os mesmos textos podem ser encontrados em: Bobbio, Norberto. O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.

QUESTÕES PROPOSTAS

• Qual é a origem etimológica da palavra “política”? E qual é o signifi -cado atual desse conceito?

• Qual é a diferença entre defi nições descritivas e prescritivas de po-lítica?

• No caso de defi nições prescritivas de política, refl ita sobre as seguintes indagações, entre outras: Quem seleciona o objetivo a ser atingido? Quem defi ne o signifi cado desse objetivo? Quem defi ne se e quando esse objetivo foi alcançado?

• O que se entende por “bem comum”?• Quais são os três elementos constitutivos do Estado?• O que Bobbio quer dizer com “fi m mínimo” da política?• O que se entende por “poder”?E o que signifi ca “autoridade”?• Pense em casos de poder legítimo e de poder de fato, assim como de

poder legal e poder arbitrário. Imagine exemplos.• É melhor o governo das leis ou o governo dos homens? Por quê?• Como podemos classifi car as formas modernas de poder?• O que seria o poder político? Qual seria o seu fundamento mais

visível?• O que é “Estado de Direito”? Refl ita sobre a dupla relação entre poder

político e ordem jurídica.• Comente a seguinte frase: “o poder sem direito é cego, mas o direito

sem poder é vazio”.• Como Weber defi ne “Estado”?• Pense nas relações entre poder político e poderes econômico e religio-

so. Como são essas relações no Brasil?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 9

• Com base nos textos lidos, estabeleça a distinção entre: a) Estado e sociedade; b) Estado como mal necessário e Estado como mal não necessário.

• Quais são as principais “formas de governo”? E “formas de Estado”?

LEITURA SUGERIDA:

KRONMAN, Anthony. Marx Weber. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, pp. 57-66.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 10

AULA 6: IDEOLOGIA E DOMINAÇÃO

Nesta aula, será discutido o seguinte texto:MACHADO, Mario Brockmann. “Ideologia, socialização política e domi-

nação”. Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149. (Ler, apenas, pp. 131-138.)Este artigo apresenta uma teoria da ideologia política. Talvez contenha

também o embrião de uma teoria geral da política.Observe como o autor apresenta, passo a passo, a problemática central

de sua refl exão, os pressupostos de sua teoria, e os principais conceitos que serão utilizados, defi nindo-lhes os signifi cados empíricos e especifi cando as relações teóricas que se supõe existirem entre eles.

Procure fazer uma leitura dinâmica, sem se deter em cada parte, mas não deixe de registrar alguns conceitos centrais: sistema político, dominação, ide-ologia, socialização política e atores políticos.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• Quais são as principais fontes de informação política que os jovens brasileiros têm hoje em dia? Quais são as mais confi áveis? Quais são as menos confi áveis?

• Pensando em sua própria experiência de vida, procure identifi car de onde provêm os seus mais fundamentais valores políticos. Eles são estáveis? Eles mudam com o tempo?

• Quais são os critérios que você normalmente utiliza para avaliar o desempenho de um governo?

• Em sua opinião, quais são os mais importantes atores do sistema po-lítico brasileiro?

• Quais seriam os quatro requisitos fundamentais da dominação estável?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 11

PARTE II: DEMOCRACIAS E SUAS TEORIAS

AULAS 7, 8, 9 E 10: ORIGEM E ATUALIDADE DA DEMOCRACIA

Nestas aulas, será discutido um livro de um dos mais importantes cientis-tas políticos da atualidade: Robert Dahl. Além disso, também analisaremos partes de um relatório da ONU sobre a democracia na América Latina.

DAHL, Robert. On Democracy. New Havan: Yale University Press, 2000. Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 8, 13 e 14. (Há tradução pela edi-tora da Universidade de Brasília).

PNUD, A Democracia na América Latina. Nova York, 2004, pp. 49 a 64. (Nova versão: pp. 29-53.) Disponível em www.pnud.org.br/pdf/Texto-Proddal.pdf

QUESTÕES PROPOSTAS

• Quais seriam, segundo o autor, os principais adversários da democracia?• Faça um pequeno resumo das origens da democracia. Como era a

democracia em Atenas e em Roma?• Se a democracia refere-se ao mesmo tempo a um ideal e a uma realida-

de, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal na sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real?

• Quais são as vantagens da democracia em relação a qualquer alterna-tiva viável?

• Quais são as instituições políticas exigidas por uma moderna demo-cracia representativa?

• O que é a poliarquia ou a democracia poliárquica?• Descreva a “democracia de assembleia”. Ela lhe parece melhor ou pior

do que a democracia representativa, tal como a conhecemos hoje? Por quê?

• Quais são as condições essenciais para a democracia? E as condições favoráveis?

• Você concorda com Dahl quando ele afi rma que o capitalismo de mercado favorece a democracia? E quando afi rma que a prejudica?

• Quais são as difi culdades da democracia? Como elas podem ser resol-vidas? Com base em tudo o que você aprendeu neste livro de Dahl e nas demais aulas do curso até agora, tente inventar respostas, me-canismos, procedimentos, instituições e experimentos possíveis para superar estas difi culdades. Use toda a sua imaginação!

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 12

Observacão: A tradução do livro de Dahl contém muitos problemas, sen-do recomendável a leitura do livro em inglês.

LEITURA SUGERIDA:

O’DONELL, Guillermo. Democracy, Agency, and the State. Oxford Uni-versity Press, pp. 13-29.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 13

AULA 11: DEMOCRACIA E LIBERALISMO

Esta aula será baseada, mais uma vez, em escritos de Norberto Bobbio:BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988.Trechos a serem lidos: capítulos 1, 2, 3 e 8.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• De acordo com Bobbio, qual é o fundamento de uma sociedade de-mocrática?

• “Excesso de democracia” é um tema bastante discutido. O que você pensa disso?

• O que é a apatia política? Você acha que ela existe no Brasil? Por quê?• Por que se fala em uma suposta “ingovernabilidade da democracia”?

Você acha que a democracia brasileira é ingovernável?• Caracterize o “governa das leis” e o “governo dos homens. Quais são

as principais diferenças entre eles?• Você acha que no Brasil temos um “governo das leis” ou um “governo

dos homens”? Por quê?• Qual é a relação entre liberalismo e democracia?• Quais são os pressupostos e as principais características do Estado liberal?• O que é o jusnaturismo? Qual a sua relação com o liberalismo?• O que é o contratualismo? O que o une à doutrina dos direitos do homem?• Quais são os mecanismos que impedem o uso abusivo do poder de

Estado?• O que é o neoliberalismo? Em que ele se diferencia do liberalismo?• O que são as utopias?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 14

AULA 12: A REGRA DA MAIORIA

Para esta aula a leitura será:

LIJPHART, Arend. Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização Bra-sileira, 2003.

Trecho a ser lido: Emendas constitucionais e revisão judicial, pp. 247-261.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• O que é a “regra da maioria”?• O que é a “tirania da maioria”?• É possível impor limites democráticos ao poder legislativo das maio-

rias parlamentares? Como?• Quem deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democra-

cias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 15

AULAS 13 E 14: DEMOCRACIA, PARTICIPAÇÃO E CAPITALISMO

Nestas duas aulas serão discutidas duas obras de outro autor central do curso, o cientista político po lonês Adam Przeworski:

PRZEWORSKI, Adam. Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-Du-mará, 1994.

Trechos a serem lidos: pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44 e 56-60.

PRZEWORSKI, Adam. Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo: Com-panhia das Letras, 1989.

Trechos a serem lidos: pp. 37-44, 59-61.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• Como se dá no capitalismo a tensão entre mercado e Estado? E como a democracia se relaciona com essa tensão?

• O que signifi ca dizer que a democracia é um governo pro tempore?• Qual é a relação entre democracia e incerteza? Você concorda que a

incerteza é inerente à democracia? Que tipo de incerteza é essa?• O que leva os atores políticos a participar do jogo democrático? E o

que os faz aceitar derrotas?• Qual foi o dilema eleitoral dos partidos socialistas europeus?• Qual é a diferença entre reforma e revolução?• Qual seria a importância dos fatores econômicos na manutenção e

durabilidade das democracias?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 16

AULAS 15 E 16: INOVANDO A DEMOCRACIA

Nesta aula, será fi nalizada a segunda parte do curso, dedicada às teorias da democracia. Estude os se guintes textos:UNGER, Roberto Mangabeira. Democracia Realizada: a alternativa progres-

sista. São Paulo: Boitem po, 1999.Trechos a serem lidos: experimentalismo democrático, pp.11-16; resumo,

pp. 207-219.Do mesmo autor: O que a Esquerda deve propor. Rio de Janeiro: Civiliza-

ção Brasileira, 2008, pp. 93-104, 160-166.FALCÃO, Joaquim. Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janeiro:

FGV, 2004.Trecho a ser lido: “Democracia, mudança e terceiro setor”, pp. 49-67.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• O que você entende por “experimentalismo democrático”? Como é possível reconstruir instituições?

• Quais seriam os passos para se colocar em prática o experimentalismo democrático no Brasil? Quais são os riscos envolvidos?

• Pense em formas alternativas de participação organizadas pela socie-dade civil: associações voluntárias, ONG’s etc. Identifi que exemplos no caso brasileiro.

• O que signifi ca o termo “democracia concomitante”?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 17

PARTE III: A DEMOCRACIA NO BRASIL

AULAS 17 E 18: A REPÚBLICA

Nestas duas aulas será iniciado o terceiro e último módulo do curso: a democracia no Brasil. Inicial mente, examinaremos o papel de Rui Barbosa na organização da República em nosso país, para, em seguida, fazermos uma refl exão sobre uma visão sintética da nossa história política no século XX, com ênfase nos acontecimentos de 1964. Os textos escolhidos são:

LAMOUNIER, Bolívar. Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.Trechos a serem lidos: “Prefácio”, pp. 9-12; “Introdução”, pp. 51-54; “Conclusão”, pp. 111-123.

FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.

Trecho a ser lido: “O regime militar e a transição para a Democracia”, pp. 251-310 (especialmente 251-261, 283-286 e 306-310).

Do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515.

LEITURA ALTERNATIVA:

Adriana Lopez e Carlos Guilherme Motta. História do Brasil: uma interpreta-ção. São Paulo: Editora SENAC, 2008, capítulo 28.

QUESTÕES PROPOSTAS:

Sobre o texto de Bolívar Lamounier:• Qual foi a participação de Rui Barbosa no processo de elaboração da

primeira constituição republicana? Qual a sua contribuição à cons-trução institucional da democracia no Brasil?– Como você defi niria o modelo político de Rui Barbosa? Em que ele ainda é atual e pode contribuir para o debate contemporâneo?

• Quais eram as propostas de Rui Barbosa, em 1919, sobre a “questão social”?• Qual foi o impacto das ideologias do “Estado forte”, de direita e de

esquerda, sobre a herança política de Rui Barbosa?

Sobre o texto de Boris Fausto:• Qual é a importância da Guerra Fria para o entendimento de 1964?• O que signifi cava a expressão “radicalização política”?• Como a ausência de uma ditadura pessoal durante os governos mi-

litares infl uenciou a transição para a democracia? Compare o caso brasileiro com o chileno.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 18

AULA 19: A DEMOCRACIA BRASILEIRA NO LIMIAR DO SÉCULO XXI

Nesta aula, vamos examinar o seguinte livro de Bolívar Lamounier:

Da Independência a Lula: dois séculos de política brasileira. São Paulo: Augu-rium, 2005.

Trechos a serem lidos: 1964, pp.133-135; reforma política, pp. 235-260; globalização e Estado, pp. 284-288.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• Como José Guilherme Merquior resumiu as causas da quebra do regi-me democrático em 1964?

• Por que não houve conciliação entre os atores políticos de então?• Seriam os regimes parlamentaristas mais aptos a garantir a continui-

dade da democracia do que os regimes presidencialistas?• Como o autor defi ne “democracia”?• Refl ita sobre a extensão da democracia a ambientes não políticos. O

que seria a democracia social? O que você pensa disso?• Por que a fragmentação partidária é vista como um problema?• Segundo Sérgio Abranches, o que é “presidencialismo de coalizão”?• Qual é o impacto das medidas provisórias na relação entre o Executivo

e o Legislativo?• Como se comparam os sistemas eleitorais distrital e proporcional?• Como se dá a representação dos estados no Congresso?• O que é o populismo?• O que signifi ca o termo “globalização”?• Que efeitos políticos pode a globalização acarretar?

LEITURA SUGERIDA:

Maria Hermínia Tavares de Almeida, “O Estado no Brasil Contemporâneo”. In Carlos Ranulfo Melo e Manoel A. Sáez, orgs. A Democracia Brasileira. Belo Horizonte: UFMG, pp. 17-37.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 19

AULAS 20 E 21: DEMOCRACIA E REFORMA POLÍTICA

Para esta aula, leia um dos dois seguintes textos:

REIS, Fábio Wanderley. “Engenharia e Decantação”. In Benevides, Maria Victoria, Paulo Van nuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cida-dania. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidada-nia, 2003.Trecho a ser lido: pp. 20-32.

QUESTÃO PROPOSTA:

• Posicione-se a respeito de algumas das recomendações de reforma po-lítica discutidas no Brasil nos últimos anos, a saber: redução do núme-ro de partidos, fi nanciamento público de campa nhas, voto distrital, voto em lista fechada, voto facultativo, fi delidade partidária, cláusula de desempenho e proibição de coligação em eleições proporcionais.

SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Décadas de Espanto e uma Apologia Democrática. Rio de Ja neiro: Rocco, 1998.

Trecho a ser lido: pp. 121-144.

Do mesmo autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática da vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45 (a partir do últi-mo parágrafo) – 48.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• O que o autor denomina de “engenharia doutrinária”?• Você considera convincente a associação entre representação propor-

cional e fragmentação do eleitorado? Você acha que a adoção do siste-ma eleitoral majoritário resolveria esse suposto problema?

• Qual seria a consequência do sistema eleitoral majoritário para as mi-norias políticas?

• A fragmentação partidária sempre produz ingovernabilidade?

LEITURAS SUGERIDAS:

ANASTASIA, Fátima e NUNES, Felipe. A Reforma da Representação. In AVRITZER, Leonardo e ANASTASIA, Fátima, orgs. Reforma Política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2007, pp. 17-29.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 20

AULAS 22, 23 E 24: DEMOCRACIA, DIREITO E PODER JUDICIÁRIO

Para estas duas últimas aulas temáticas do curso, deverão ser lidos os se-guintes textos:

MACHADO, Mario B., “Raízes do controle externo do Judiciário”. Monitor Público, 8, 1996, pp. 5-9.

ARANTES, Rogério Bastos, “Judiciário: entre a justiça e a política”. In Lúcia Avelar e Antonio Octavio Cintra, orgs. Sistema Político Brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Paulo: UNESP, 2004, pp. 79-108.

ARGUELHES, Diego. Poder não é querer: judicialização da política e prefe-rência restritivas no STF pós-transição. Mimeo, 2010, pp. 1-5 e 24-30.

BARROSO, Luís Roberto. Constituição, Democracia e Supremacia Judicial: direito e política no Brasil contemporâneo. Mimeo, 2011.

J. Ferejohn and P. Pasqualino, “Rule of Democracy and Rule of Law”. In J.M. Maravall and A. Przeworski, eds. Democracy and the Rule of Law. Cambridge University Press, 2003, pp. 242-260.

QUESTÕES PROPOSTAS:

• O que Locke, Montesquieu e os Federalistas podem nos ensinar sobre a separação de poderes?

• Em que consiste o controle externo do Judiciário?• Por que o controle externo do Judiciário seria compatível e até mesmo

requerido pelo princípio da separação dos poderes? Resuma e avalie os argumentos apresentados no texto. O que você pensa sobre isso? Concorda? Discorda?

• Em que consiste a judicialização da política? Como ela ocorre no Bra-sil?

• O que é o ativismo judicial? Você acha que ele constitui uma ameaça ao princípio da separação dos poderes? Ao Estado de direito? À sobe-rania popular?

• De que maneira a judicialização da política afeta o “jogo democrático” analisado por Przworski?

• Qual seria a fundamentação da legitimidade do juciciário em um Es-tado democrático de direito?

• O que diz Maus sobre o apelo do Judiciário alemão a “princípios de direito suprapositivos”?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 21

AULA 25: REVISÃO DO CURSO E CONCLUSÃO

Esta última aula não requer leituras prévias ou auxílio do material didáti-co. O objetivo básico é fazer uma avaliação do curso, revisar e debater alguns temas anteriormente trabalhados e esclarecer novas dúvidas e questões trazi-das pelos alunos.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 22

III. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. LEITURA COMPLEMENTAR

BOBBIO, N., N. Matteucci e G. Pasquino, orgs. Dicionário de Política. Bra-sília: Editora da Univer sidade de Brasília, 1986. Examinar, entre outros, os seguintes verbetes: Ciência Política, 164-9; Democracia, 319-29; Es-tado, 425-31; Liberalismo, 686-705; Poder, 933-43; Política 954-62; Social-democracia, 1188-92; Socialismo, 1196-202.

2. BIBLIOGRAFIA BÁSICA SOBRE DEMOCRACIA

ACEMOGLU, Daron and Robinson, James. Economic Origins of Dictator-ship and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de Coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados, 31/1/1988, pp. 5-33.

AMORIM NETO, Octavio. Presidencialismo e Governabilidade nas Améri-cas. Rio de Janeiro: Editora FGV; Konrad Adenauer Stiftung, 2006.

AVRITZER, Leonardo e Fátima Anastásia, orgs. Reforma Política no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

BARRY, Brian. Democracy, Power, and Justice: essays in political theory 1. Oxford: Clarendon Press, 1991.

BOBBIO, Norberto. Direito e Poder. São Paulo: UNESP, 2008.BUCHANAN, James and TULLOCK, Gordon. Th e Calculus of Consent: lo-

gical foundations of constitutional democracy. Ann Arbor: Th e University of Michigan Press.

CARDOSO, Fernando Henrique. A Arte da Política. Rio de Janeiro: Civili-zação Brasileira, 2006.

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Civiliza-ção Brasileira, 2001.

CASA DE RUI BARBOSA. Pensamento e Ação de Rui Barbosa. Brasília: Senado Federal, 1999.

COPP, David, HAMPTON, Jean and ROEMER, John. Th e Idea of Demo-cracy. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

COSTA, Pietro e ZOLO, Danilo, orgs. O Estado de Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

DAHL, Robert. A Preface to Democratic Th eory. Expanded edition. Chicago: Th e University of Chicago Press, 2006. (Há tradução da versão original pela Zahar, 1989.)

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 23

DAHL, Robert. Poliarquia. São Paulo, EDUSP, 1997.DAHL, Robert; SHAPIRO, Ian; CHEIBUB, José Antônio, eds. Th e Demo-

cratic Sourcebook. Cambridge, Ma.: Th e M.I.T.Press, 2003.DIAMOND, Larry and PLATTNER, Marc, eds. Democracy: a reader. Balti-

more: Th e Johns Hopkins University Pres, 2009, pp. IX-XXXIII.DOWNS, Anthony. Uma Teoria Econômica da Democracia. São Paulo:

EDUSP, 1999.DUNN, John. A History of Democracy. Atlantic Monthly Press, 2005.ELSTER, John, ed. Deliberative Democracy. Cambridge: Cambridge Univer-

sity Press, 1998.FALCÃO, Joaquim. A favor da democracia. Recife: Massagana/Bagaço, 2004.FLATHMAN, Richard. Pluralism and Liberal Democracy.Baltimore: Th e Jo-

hns Hopkins University Press, 2005.FREEDEN, Michael, Th e New Liberalism: an ideology of social reform. Oxford:

Oxford University Press, 1978.FUKUYAMA, Francis. State-Building: governance and world order in the 21st

century. Ithaca: Cornell University Press, 2004.FUKUYAMA, Francis. Th e Origins of Political Power. New York: Farrar,

Strauss and Giroux, 2011.GARAPON, Antoine. O Juiz e a Democracia. Rio de Janeiro: Renavan,

2001. GIDDENS, Anthony, org. O Debate Global sobre a Terceira Via. São Paulo: UNESP, 2007.

GOODIN, Robert. Innovating Democracy: democratic theory and practice af-ter the deliberative turn. Oxford University Press, 2008.

HABERMAS, Jürgen. Between Facts and Norms. Contributions to a discourse theory of law and demo cracy. Cambridge, Ma.: Th e M.I.T.Press, 1998.

HAMILTON, A., J. MADISON e J. JAY. Th e Federalist. [1788]HELD, David. Models of Democracy. Cambridge: Polity Press, 2003, 2nd ed.

(Há tradução publicada pela Editora Paideia, 1987.)HUNTINGTON, Samuel. A Terceira Onda: a democratização no final do

século XX. São Paulo: Ática, 1994.KAHLER, Miles, “Th e state of the State in world politics”. In Katznelson

and Milner, eds. Political Science – the state of the discipline 3American Political Science Association and W. W. Norton, 2003, pp. 56-83.

KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado. São Paulo: Martins Fon-tes, 2000.

KRAMER, Larry. Th e people themselves. Popular constitutionalism and judicial review. Oxford: Oxford University Press, 2004.

LAMOUNIER, Bolívar. De Geisel a Collor: o balanço da transição. Brasília e São Paulo: CNPq/Editora Sumaré, 1990.

LEVI, Margaret. “Th e state of the study of the State”. In Katznelson and Milner, op. cit., pp. 33-55.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 24

LIPSET, Seymour Martin, ed. Th e Encyclopedia of Democracy. Washington, D.C.: Congressional Quarterly Books, 1995.

LOVETT, Frank. A General Th eory of Domination and Justice. Oxford Uni-versity Press, 2010, pp. 1-21.

MACHADO, Mario B., org. Reforma Constitucional. Rio de Janeiro, Funda-ção Casa de Rui Barbosa, 1996

MACPHERSON, C.B. A Democracia Liberal: origens e evolução. Rio de Ja-neiro: Zahar, 1978.

PRZEWORSKI, Adam et alii. Democracy, Accountability, and Representation. Cambridge: Cambridge University Press, 1999, pp. 1-26 e 329-344.

MARAVAL, José Maria and PRZEWORSKI, Adam, eds. Democracy and the Rule of Law. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

MARSHALL, Th omas H., Citizenship and Social Class and Other Essays. Cambridge: Cambridge University Press, 1950. (Traduzido pela Zahar em 1967.)

MARTINS, Luciano. Estado Capitalista e Burocracia no Brasil pós-64. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

MARX, Karl and ENGELS, F. Th e German Ideology. London: Laurence Wishart, 1965.

MAUS, Ingeborg. O Direito e a Política: Teoria de democracia. Belo Horizon-te: Del Rey Editora, 2009.

O’DONNELL, Gullermo.Democracy, Agency an the State. Oxford University Press, 2010, pp. 13-29.

PATEMAN, Carole. Participação e Teoria Democrática. São Paulo: Paz e Ter-ra, 1992.

PINHEIRO, Armando Castelar, org. Reforma do Judiciário. Rio de Janeiro: Bookling Publicações, 2003.

POGREBINSKI, Th amy. Judicialização ou Representação? Política, direito e democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011, pp. 2-15.

PRZEWORSKI, Adam. Democracy and the Limits of Self-Government. Cam-bridge University Press, 2010, pp. 161-171.

RAWS, John. Political Liberalism. New York: Cambridge University Press, 2005 (expanded edition).

RODRIGUES, Leôncio Martins e LAMOUNIER, Bolívar. A Reforma da Política. Rio de Janeiro, Edições do Fundo Nacional de Cultura, 2002. (Cadernos do Nosso Tempo – nova série, 7.)

ROSENFELD, Michel and ARATO, Andrew, eds. Habermas on Lay and Democracy. Los Angeles: University of California Press, 1998.

SADEK, Maria Teresa. Justiça e Cidadania no Brasil. São Paulo: Fundação Konrad-Adenauer, 2001.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 25

SANTOS, Wanderley Guilherme dos. O Cálculo do Conflito. Estabilidade e crise na política brasileira. Belo Horizonte, UFMG/ Rio de Janeiro, IUPERJ, 2002.

SARTORI, Giovanni. A Teoria da Democracia Revisitada. São Paulo: Ática, 1987, vol. 1 (defi nição de democracia, pp. 17-39, 40-61; eleições e opi-nião pública, pp. 123-156; participação, pp. 156-161; tecnologia, pp. 161-168; maioria e minoria, pp. 181-199); vol. 2 (defi nição, pp. 7-20; democracia di reta e indireta, pp. 34-58; liberdade, pp. 59-106; igualda-de, pp. 107-144; liberalismo, pp. 145-184).

SCHMITT, Carl. Th e Concept of the Political. Chicago: Th e University of Chicago Press, 1996.

SCHMITTER, Philippe and KAHL, Terry. “What democracy is… and is not”. Journal of Democracy, 2, 1996, pp. 75-88. (Ler, especialmente, 75-80.)

SCHUMPETER, J. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.

SEN, Amartya. “Democracy as a universal value”. Journal of Democracy, 10, 3, 1999, pp. 3-17.

SHAPIRO, Ian et alii. Th e Real World of Democrtatic Th eory. Princeton Uni-versity Press, 2011, pp. 1-38, 68-79 e 251-273.

SHAPIRO, Ian, ed. Th e Rule of Law. Nomos XXXVI. New York University Press, 1994.

SHAPIRO, Ian. Th e State of Democratic Th eory. Princeton: Princeton Univer-sity Press, 2003.

SOUSA SANTOS, Boaventura. Reinventar a Democracia. Lisboa: Gradiva, 1998.

SOUZA, Amaury de. “Cardoso and the struggle for reform in Brazil”. Jour-nal of Democracy, 10, 3, 1999, pp. 49-63.

SPRUYT, Hendrik. “Th e origins, development, and possible decline of the modern State”. In Annual Review of Political Science, 5, 2002, pp. 127-149.

STORING, Herbert, ed. Th e Anti-Federalist. Abridgment by Murray Dry. Chicago: Th e Chicago University Press, 1985.

Th e Editors of Foreign Aff airs, “How we got here: the rise of the modern order”. Foreign Aff airs, 91, 1, january/february 2012, pp. 7-52. Trechos de artigos de H. Laski, G. Gentile, I. Berlin, B. Croce, L. Trotsky et alii. (www.foreignaff airs.com/articles/136961/how-we-got-here)

TILLY, Charles. Democracy. Cambridge University Press, 2007.TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América. Belo Horizonte e

São Paulo: Itatiaia e EDUSP, 1977.TOURAINE, Alain. O Que é a Democracia? Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 26

UNGER, Roberto Mangabeira. O Direito e o Futuro da Democracia. São Paulo: Boitempo, 2004.

VIANNA, Luis Werneck, org. A Democracia e os Três Poderes no Brasil. Belo Horizonte e Rio de Janeiro: UFMG e IUPERJ/FAPERJ, 2002.

WARREN, Mark. “Democracy and the State”. In J. Dryzek et alli, eds. Th e Oxford Handbook of Political Th eory. Oxford University Press, 2006. pp. 382-399.

WEBER, Max. Economía y Sociedad. México: Fondo de Cultura, 1964.WEFFORT, Francisco. Formação do Pensamento Político Brasileiro. São

Paulo: Ática, 2006.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 27

* Estas fotos e documentos fazem par-

te do arquivo do CPDOC. O Centro de

Pesquisa e Documentação de História

Contemporânea do Brasil (CPDOC) da

Fundação Getulio Vargas abriga uma

série de documentos relevantes sobre

a história recente do país. Seu acervo é

uma fonte privile giada de consulta no

Rio de Janeiro: o CPDOC possui o mais

importante acervo de arquivos pesso-

ais de homens públicos do país, com

cerca de 1,8 mi lhão de documentos.

Esses arquivos são abertos à consulta

pública, informatizada e dis ponível na

internet por meio do site www.cpdoc.

fgv.br. O endereço do CPDOC é: Praia

de Botafogo, 190 14° andar – Botafo-

go, Cep-22253-900, Rio de Janeiro, RJ.

Telefone: (21) 2559-5676 / 2559-5677;

Fax: (21) 2559-5679; E-mail: cpdoc@

fgv.br. O horário de atendimento da

sala de consulta é de segunda a sexta-

feira, das 09.00 h às 16.30 h.

IV: ANEXO: SELEÇÃO DE FOTOS E DOCUMENTOS SOBRE A DEMOCRACIA BRASILEIRA E A HISTÓRIA POLÍTICA DO PAÍS

1. REVOLUÇÃO DE 1930

a) Getúlio Vargas no Paraná, durante a Revolução de 1930.

Fonte: CPDOC

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 28

b) Cavalaria Gaúcha no Obelisco da Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.

Fonte: CPDOC

2. ESTADO NOVO

Getúlio Vargas fala à nação por ocasião da instauração do Estado Novo, na presen-ça de autoridades no palácio do Catete (1937).

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 29

3. QUEDA DE VARGAS

Bustos de Getúlio Vargas após a queda de seu governo em 1945.

Fonte: CPDOC

4. 1964

a) Passagem das tropas de Minas Gerais por Petrópolis após a vitória do movimento militar.

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 30

b) Parada da Vitória (Recife, 24 de maio de 1964).

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 31

c) Primeiro ‘Ato Institucional’ editado pelo regime militar, em 09 de abril de 1964.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 32

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 33

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 34

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 35

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 36

Fonte: Arquivo Etelvino Lins / EL c 1964.04.09 doc 3 / CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 37

5. CAMPANHA PELAS DIRETAS

a) Comício pela campanha das diretas (1984).

Fonte: CPDOC

b) Ulisses Guimarães e outros durante comício pró-diretas.

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 38

c)Campanha das diretas.

Fonte: CPDOC

6. CONGRESSO NACIONAL, BRASÍLIA: PROMULGAÇÃO DA CONSTITUI-ÇÃO DE 1988 (05 DE OUTUBRO DE 1988)

Fonte: CPDOC

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 39

V: ANEXO: TEMAS E ROTEIROS DAS AULAS

ROTEIRO DA AULA 1

a) Apresentação do curso: objetivos, abordagem e organização; participa-ção dos alunos; leituras prévias; desafi os e difi culdades; avaliação do professor e dos alunos.

b) Exame da bibliografi a obrigatória.c) Breve comentário sobre cada aula, chamando a atenção sobre as pergun-

tas constantes do programa, que deverão orientar as leituras e as discussões, e sobre o fato de o curso haver sido organizado em torno de temas/conceitos/problemas, e não de autores e suas teorias. (Para maiores informações, ver o programa do curso.)

ROTEIRO DA AULA 2

Tema: O signifi cado das palavras e o feitiço da linguagem.Texto: Eduardo Giannetti, O Mercado das Crenças. São Paulo: Companhia

das Letras, 2003, pp. 173-183.

Breve notícia sobre fi losofi a da linguagem. Comentário de Locke sobre o risco de debates meramente verbais. Referência ao Positivismo Lógico do Círculo de Viena. Schlick e a necessidade de esclarecer o signifi cado das pro-posições antes de discuti-las. O “linguistic turn” no âmbito da fi losofi a. No-tícia sobre Wittgenstein. Exemplos de proposições gramaticalmente corretas e logicamente absurdas. A diferença entre resolver e dissolver um problema. Indefi nições, imprecisão conceitual, contradições lógicas. Refl exão sobre as origens dos signifi cados das palavras. Linguagem ideal e linguagem comum. Termos técnicos com signifi cado preciso: roubo e furto, posse e propriedade, culpa e dolo, etc. Termos comuns com signifi cado difuso: política, direito, democracia, etc. A história das palavras: “democracia” vem sendo usada há 2.500 anos. Impossibilidade de se analisar as democracias reais sem antes exa-minar a “biografi a semântica” dessa palavra. O feitiço da linguagem: exem-plo de Heidegger e seu discurso sobre “not”, “nothing” e “nothingness”.1 O problema das abstrações metafísicas. Retórica da ostentação X qualidade da argumentação. Bacon: pensar como os sábios, falar como as pessoas comuns. O excesso de formalização e a “falsa segurança”. A teoria de Darwin não é formalizada. Não existe um trade-off necessário entre clareza e profundidade. Ao contrário: quanto mais difícil um tema, mais importante será a clareza.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 40

(“O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem.” Vieira, Sermão da Sexagésima, 1655.) O expediente de encobrir a ignorância com uma teia de palavras desorientadoras para obter a admiração dos incautos. Crítica e autocrítica.

ROTEIRO DA AULA 3

Tema: EstadoTexto: Charles Tilly, Coerção, Capital e Estados Europeus. São Paulo:

EDUSP, 1996, pp. 23-28, 45-50.

A origem dos estados modernos na Europa. A dissolução do feudalismo. A nobreza, o clero e a burguesia. A gradativa centralização do poder nas mãos do rei: absolutismo monárquico. As guerras de defesa e conquista. A forma-ção de exércitos/marinhas permanentes e burocracias estáveis, base dos esta-dos modernos. O monopólio da força e da taxação sobre a população de um amplo território. Coerção e/ou negociação ante resistências sociais: Veneza e Holanda; Rússia; Polônia; França e Inglaterra. Por que o Estado brasileiro não tem cumprido a sua obrigação de garantir a segurança pública em todo o território nacional? O que pode ser feito a esse respeito?

ROTEIRO DA AULA 4

Tema: Política.Texto: Norberto Bobbio, Teoria Geral da Política. São Paulo: Campus,

2000, pp. 159-173, 216, 222-226.

Origem etimológica de “política”. Signifi cado e componentes da “polis”. Aristóteles. Poder: defi nição e tipologia. Autoridade. Soberania. Defi nição de estado em Weber. Legalidade e legitimidade do uso da força física. Objetivos da política: níveis descritivo e prescritivo das defi nições de “política”. No caso de defi nições prescritivas: Quem seleciona o fi m a ser atingido? Quem decide se e quando esse fi m foi alcançado? O problema do “bem comum”. Objetivo mínimo da política: ordem interna e defesa externa. Limites do estado na sua relação com a sociedade. Ausência de limites: Estado total. O fi m da política e a utopia anarquista.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 41

ROTEIRO DA AULA 5

Tema: Direito e políticaTexto: Norberto Bobbio, ibidem, pp. 232-238. Alternativamente, do mes-

mo autor: O Filósofo e a Política. Rio de Janeiro: Contraponto, 2003, pp. 137-156, 243-257.

Dupla relação entre direito e política: produção e sustentação do direito, limitação e legitimação da política. Poder de fato e poder arbitrário. Poder paralelo. Legalidade e legitimidade. Ética e política. Questões conceituais: Weber, Schmitt, Bobbio, Habermas, etc. Limites do poder. Abuso do poder. O que é o Estado de direito? Componentes formais e substantivos do Estado de direito. Formas de governo e de Estado. Relações entre poderes político, econômico e religioso nos tempos atuais.

ROTEIRO DA AULA 6

Tema: Ideologia e teoria políticaTexto: M. Machado, “Ideologia, socialização política e dominação”.

Dados, 23, 2, 1980, pp. 131-149.

O conceito de sistema político. Atores políticos. Fundamentos da domi-nação: organização política, legitimação ideológica, proteção legal/judicial e sustentação econômica. Regime político. Cultura política. Quais são os crité-rios que você normalmente utiliza para avaliar um governo? De onde provêm esses critérios? Eles mudam com o tempo? Por quê?

ROTEIRO DA AULA 7

Tema: DemocraciaTexto: Robert Dahl, Sobre a Democracia. Brasília: Editora da UNB, 2001, ca-

pítulos 1 e 2. (Atenção: graves problemas de tradução. Sempre que pos-sível, leia o original em inglês.)

Democracia ateniense e república romana: participação direta com cida-dania restrita. O surgimento da ideia de representação. O parlamento inglês. Da oligarquia à democracia moderna. Soberania popular. Igualdade.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 42

ROTEIRO DA AULA 8

Tema: PoliarquiaTexto: Robert Dahl, ibidem, capítulo 8.

As democracias modernas em grande escala. Governantes eleitos; eleições periódicas, livres e limpas; liberdade de informação, de expressão e de organi-zação; cidadania inclusiva. Sufrágio universal. Democracia direta e democracia representativa. Partidos políticos. O debate sobre a democratização de outras áreas da sociedade. Se a democracia refere-se, ao mesmo tempo, a um ideal e a uma realidade, descreva o que é a democracia real e o que seria a democracia ideal em sua opinião. Você acha possível que um dia o ideal se torne real? Use toda a sua imaginação para sugerir o que seria necessário para atingir esse fi m.

ROTEIRO DA AULA 9

Tema: LiberalismoTexto: Norberto Bobbio, Liberalismo e Democracia. São Paulo: Brasiliense,

1988, capítulos 1, 2, 3 e 8.

Revolução inglesa. Liberdade versus autoridade. Rule of Law. (Temos, no Brasil, um governo de leis ou de pessoas?) Tolerância religiosa e liberdade eco-nômica. Locke. Contrato social. Consentimento. Limitação do poder e das funções do estado: estado mínimo. Distribuição do poder do estado: estado democrático. Igualdade liberal: legal e de oportunidades. Liberdade demo-crática: de resultados sócio-econômicos. Liberdade negativa e liberdade po-sitiva. Liberalismo clássico e liberalismo social. O encontro entre liberalismo e democracia no século XX ante o fascismo e o comunismo. A democracia liberal e a social-democracia. Liberalismo versus neoliberalismo.

ROTEIRO DA AULA 10

Tema: Democracia e capitalismoTexto: Robert Dahl, op. cit., capítulos 13 e 14.

Sistemas econômicos. Propriedade privada versus estatal dos meios de produção. Mercado versus planejamento estatal. Decisões descentralizadas e centralizadas. Burocracia. Efi ciência. Estados Unidos e União Soviética. O difícil casamento: o caso da China. Demandas sociais e recursos políticos. Democracia liberal e economia de mercado: o fi m da história?

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 43

ROTEIRO DA AULA 11

Tema: Democracia ampliadaTexto: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – A demo-

cracia na América Latina. (www.pnud.org.br)

Defi nição ampliada de democracia: direitos civis e políticos + direitos sociais. Marshall. Sequências e ritmos históricos: Inglaterra e Brasil. Utili-dade ou não do signifi cado ampliado. Redefi nições conceituais e o perigo das linguagens privadas. Democracia social ou justiça social? A democracia como fórmula de convivência minimamente civilizada com o fenômeno do poder político. Democracia real e ideal, sociedade real e ideal. O tema das utopias.

ROTEIRO DA AULA 12

Tema: Regra da maioriaTexto: Arend Lijphart, Modelos de Democracia. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2003, pp. 247-261.

A democracia e a regra da maioria. Tipos de maiorias. A maior maioria. As minorias e a tirania da maioria. Podemos impor limitações democráticas à vontade das maiorias parlamentares? Como? Tensões entre “rule of law” e “rule of democracy”. O tema da “interpretação” das leis e da constituição. A fi scalização do legislativo e do executivo: decisões inconstitucionais. Quem deve decidir se uma lei é inconstitucional? Como as democracias estáveis lidam com esse problema? Como ele é tratado no Brasil? Análise dos casos brasileiro, inglês e austríaco. O que você pensa sobre isso?

ROTEIRO DA AULA 13

Tema: Participação políticaTexto: Adam Przeworski, Democracia e Mercado. Rio de Janeiro: Relume-

Dumara, 1994, pp. 9-13, 25-31, 36-37, 43-44, 56-60.

Necessidades sociais e demandas políticas. Por que as pessoas participam da política? Como é a participação nas democracias? Qual a importância da participação quanto aos resultados do jogo político democrático? A incerteza relativa dos resultados. O resultado aleatório e o resultado pré-fi xado. Por que os poderosos aceitam a democracia? Por que derrotas são aceitas? Por que as

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 44

decisões democráticas são temporárias? O que é a “judicialização da política”? Qual o seu impacto sobre o jogo democrático?

ROTEIRO DA AULA 14

Tela: Socialismo e eleiçõesTexto: Adam Przeworski, Capitalismo e Social-Democracia. São Paulo:

Companhia das Letras, 1989, pp. 37-44, 59-61.

Reforma e revolução. Por que os partidos socialistas europeus decidiram participar do jogo democrático? Qual foi o dilema eleitoral que eles enfren-taram? Por que eles perdiam as eleições? Que estratégia o jogo eleitoral os forçou a adotar? Com que resultados? O que aquela experiência europeia nos ensina sobre a trajetória de partidos similares no Brasil? Qual a importância das coalizões na conquista e na manutenção do poder? “Presidencialismo de coalizão”. O problema da corrupção sistêmica na política.

ROTEIRO DA AULA 15

Tema: ReformasTextos: Roberto Mangabeira Unger, Democracia Realizada: a alternativa

progressista. São Paulo: Boitempo, 1999, pp. 11-16, 207-219; O Que a Esquerda Deve Propor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008, pp. 93-104, 160-166.

O “experimentalismo institucional”. A invenção de novas instituições que possam aperfeiçoar a democracia representativa, a economia de mercado e a sociedade livre. A “temperatura” da política. Mecanismos de democracia dire-ta. O poder constituído e o poder constituinte. A comunicação direta com “o povo”. Reformas tópicas e reformas amplas e permanentes. As limitações da teoria social. As consequências imprevistas e indesejadas de reformas. O pen-samento de Burke e as revoluções americana e francesa. Reformas políticas.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 45

ROTEIRO DA AULA 16

Tema: Terceiro setorTexto: Joaquim Falcão, Democracia, Direito e Terceiro Setor. Rio de Janei-

ro: FGV, 2004, pp. 49-67.

O que signifi ca a expressão “democracia concomitante”? Como podemos so-mar os aspectos positivos da democracia direta e da representativa? Variações nas taxas de participação. A participação nos períodos eleitorais. A participação fora das eleições. Como se organiza a sociedade civil? O chamado “terceiro setor”. O que fazem as ONGs? Aspectos positivos e negativos das ações das ONGs. Que outros instrumentos de ação política existem na sociedade civil? Estado, econo-mia e sociedade no pensamento ocidental: quem manda em quem?

ROTEIRO DA AULA 17

Tema: A repúblicaTexto: Bolívar Lamounier, Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1999, pp. 9-12, 51-54, 11-123.

O papel político de Rui na organização da república brasileira. Constru-ção de instituições democráticas. Do liberalismo clássico ao social. As ideo-logias do Estado forte. Oliveira Vianna. As oligarquias na República Velha. A revolução de 30. O Estado Novo. A II Guerra Mundial e a FEB. A rede-mocratização.

ROTEIRO DA AULA 18

Tema: 1964Textos: Boris Fausto, História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001,

pp. 251-310 (especialmente 251-261, 283-286, 306-310). Do mesmo autor: História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1994, pp. 457-515. Alternativamente, Adriana Lopez e Carlos Guilherme Motta, História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora SENAC, 2008, capítulo 28.

A Guerra Fria. A radicalização política. O enfraquecimento do centro de-mocrático. A quebra do regime democrático. O autoritarismo civil-militar. A ausência do ditador. A abertura, a transição e a redemocratização. Brasil, Argentina, Chile e Uruguai: semelhanças e diferenças.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 46

ROTEIRO DAS AULAS 19, 20 E 21

Tema: Reforma políticaTextos: Bolívar Lamounier, Da Independência a Lula: dois séculos de po-

lítica brasileira. São Paulo: Augurium, 2005, pp. 133-135, 235-260, 284-288; Fábio Wanderley Reis, “Engenharia e Decantação”. In: Maria Vitória Benevides, Paulo Vanuchi e Fábio Kerche, orgs. Reforma Política e Cidadania. São Paulo: Editora Fundação Per-seu Abramo/Instituto Cidadania, 2003, pp. 20-32; e Wanderley Guilherme dos Santos, Décadas de Espanto e uma Apologia Demo-crática. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, pp. 121-144. Do mesmo autor: O Paradoxo de Rousseau: uma interpretação democrática da vontade geral. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, pp. 7-10, 45-48.

Parlamentarismo, presidencialismo e governabilidade. Fragmentação partidá-ria: formação de maiorias parlamentares e os seus custos. Executivo e Legislati-vo: medidas provisórias. Sistemas eleitorais distrital e proporcional; proporcional aberto e de lista fechada. A representação das minorias. Consultas populares. A internet e a democracia virtual. A federação e a representação na Câmara dos Deputados e no Senado. Financiamento público de campanhas. Voto facultativo. Fidelidade partidária. Cláusula de barreira. Coligações em eleições proporcionais, etc. Custos e benefícios das mudanças. Os limites da engenharia política.

ROTEIRO DAS AULAS 22, 23 E 24

Tema: Judiciário e democraciaTextos: Rogério Bastos Arantes, “Judiciário: entre a justiça e a política”.

In: Lúcia Avelar e Antônio Octávio Cintra, orgs. Sistema Político Brasileiro. Rio de Janeiro: Fundação Konrad-Adenauer; São Pau-lo: UNESP, 2004, pp. 79-108; Ingeborg Maus, “Judiciário como superego da sociedade. São Paulo: Novos Estudos CEBRAP, nº 58, novembro 2000, pp. 183-202; e M. Machado, “Raízes do contro-le externo do Judiciário”. Monitor Público, nº 8, 1996, pp. 5-9.

Locke, Montesquieu e os Federalistas: variações sobre o tema da separação de poderes. O Conselho Nacional de Justiça e a fi scalização do Judiciário. A judi-cialização da política, a politização do Judiciário, o ativismo judicial e a demo-cracia. Fundamentação e limites da legitimidade do Judiciário em um Estado democrático de direito. Confl ito de poderes e a Corte Constitucional de Kelsen.

(A relação completa das perguntas, em torno de cem, consta do programa utilizado pelos alunos.)

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 47

LEANDRO MOLHANO RIBEIROGraduado em Ciências Sociais pela UFMG(1997), mestre (1999) e dou-tor (2005) em Ciência Política pelo IUPERJ. Professor da Escola de Direi-to Rio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Direito Rio).Realiza pesquisas nas seguintes áreas: Política e Direito, Políticas Públicas e Análise do Processo Decisório.

TEORIA DO ESTADO DEMOCRÁTICO

FGV DIREITO RIO 48

FICHA TÉCNICA

Fundação Getulio Vargas

Carlos Ivan Simonsen LealPRESIDENTE

FGV DIREITO RIO

Joaquim FalcãoDIRETOR

Sérgio GuerraVICE-DIRETOR DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Rodrigo ViannaVICE-DIRETOR ADMINISTRATIVO

Thiago Bottino do AmaralCOORDENADOR DA GRADUAÇÃO

André Pacheco Teixeira MendesCOORDENADOR DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Cristina Nacif AlvesCOORDENADORA DE ENSINO

Marília AraújoCOORDENADORA EXECUTIVA DA GRADUAÇÃO

Paula SpielerCOORDENADORA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES E DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS