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Teologia

Discipulado Revisão: Pr. Edilson J. P. Araujo

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Objetivo

O curso livre de Teologia do Instituto Pedra Viva visa a formação integral do

estudante, especializando alunos para exercerem ministérios em suas igrejas

locais, incentivando o aperfeiçoamento do aluno na área acadêmica, estimulando

o diálogo entre a igreja e a sociedade.

Metodologia

O Instituto Pedra viva trabalha com a metodologia do Ensino à

distância, EAD, que é uma alternativa de estudo para os irmãos, vocacionados ou

que queiram aprimorar seu conhecimento Bíblico para um ministério eclesiástico

especifico (pastoral, missionário, educador cristão, entre outros), que não têm

possibilidade de assistir aulas no modelo convencional (presencial), seja por falta

de tempo, seja pela distância das instituições de ensino ou por qualquer outro

motivo.

A Educação a Distância do Instituto Pedra Viva oferece ao aluno a possibilidade

de ser o principal responsável pelo seu desenvolvimento. Essa automotivação,

garantida pela flexibilidade nos horários das aulas e a possibilidade em tirar

dúvidas através de e-mails e comunicação on-line faz do aprendizado uma

experiência única. O curso de Teologia EAD do Instituto Pedra Viva vem para

facilitar o estudo do aluno mantendo sempre a qualidade de ensino.

Processo de Ensino

O curso de Teologia oferecido pelo Instituto Pedra Viva é mediado por

tecnologias em que alunos e professores não precisam frequentar o mesmo

ambiente para que sejam feitas as aulas. Mais que uma ferramenta de

ensino/aprendizado, a metodologia EAD desenvolve o senso de autonomia do

aluno, proporcionando uma experiência de automotivação e conforto fundamentais

para os dias de hoje, o que exige disciplina e dedicação do Aluno (a) no processo

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de aprendizagem. O processo de ensino se dá por meio de vídeo aulas que poderão

ser assistidas pelo aluno em qualquer lugar e a qualquer hora. O material didático

e matérias extras serão disponibilizados on-line, através do Portal do Aluno. Neste

espaço os estudantes terão acesso a todas as aulas de seu módulo, materiais e

avaliações, além disso o aluno terá a oportunidade de participar de fóruns virtuais

interagindo com os outros alunos e com os professores/tutores. Para tirar dúvidas

os alunos podem enviar suas perguntas por e-mail ou conversar através de uma

caixa de diálogo.

Os materiais de estudo disponibilizados incluem:

Material de Leitura: Neste material, o aluno encontra os

fundamentos teóricos que lhe darão suporte para a compreensão dos

conceitos inerentes à disciplina em estudo.

Aulas Conceituais: São aulas produzidas e gravadas pelos

professores autores do material de leitura.

Processo de Avaliação

As avaliações serão de critério de cada professor. A matéria terá pelo menos

duas avaliações com datas estipuladas previamente tendo um prazo entre três a

cinco dias para serem entregues os trabalhos e/ou serem respondidas as questões

da avaliação. As avaliações serão postadas ás 00:00 da data inicial e serão retiradas

do ar ás 23:59 do dia final, em caso de atraso da postagem, esse horário poderá ser

prorrogado. Se por algum motivo a avaliação do aluno for entregue duas vezes,

apenas o primeiro envio será considerado. As participações dos debates semanais

(Fórum) será a base para a terceira nota parcial. A média final para a aprovação do

aluno na matéria é igual a 7.

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Discipulado INTRODUÇÃO

Se você tivesse três anos para viver, o que faria?

Sem dúvida, gostaria de passar algum tempo especial com seus amigos e parentes

queridos. Provavelmente pensaria também sobre como sua vida poderia ter um impacto

maior dentro desse tempo limitado.

O que pararia de fazer?

O que começaria a fazer? Suas prioridades mudariam? Qual seria o enfoque principal de

sua vida para os próximos três anos?

Jesus tinha que considerar estas perguntas. Desde o começo de seu ministério, Ele

sabia que Seu tempo aqui na terra era limitado. E sendo limitado, Suas atividades também

tinham que ser limitadas (Veja Lc 4:42-44; Jo 2:4). Pensemos um momento sobre as

coisas que Ele não fez.

Não construiu um templo.

Não fundou uma denominação.

Não foi para um seminário – nem para estudar, nem para ensinar.

Não fundou nenhuma organização ou instituição.

Não escreveu nem um livro.

Não procurou ganhar dinheiro.

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Não se casou, nem teve filhos.

Não se identificou com nenhum movimento religioso do dia.

Não se preocupou, nem se interessou com a política do dia, quer seja religiosa ou

secular.

Então que fez? Tinha um ministério público e um ministério particular. No público,

Ele ensinava, pregava o evangelho do reino e curava toda sorte de doenças (Mt. 4:23;

9:35). No ministério particular, ele fazia discípulos. Para nós que queremos ser como

Jesus, pode haver algumas limitações quanto a fazer o ministério público que Ele fez. A

maioria de nós não temos os dons e a graça para tal ministério. Mas todos nós temos a

possibilidade de desenvolver o ministério particular de Jesus: O Fazer Discípulos!

Todo o tempo que Jesus esteve nesta terra investiu em seus discípulos. O que

impressiona nosso, e precisamos aprender, é que Jesus não ficou cuidando de um

discípulo e porque este deu problema o deixou e começou a discipular outros. Ele não

trocou de discípulos, mas continuou investindo seu tempo e atenção nestes homens, desde

o momento em que os escolhera, até a sua subida aos céus. Jesus não escolheu seus

discípulos por sua posição social ou graduação acadêmica. Ele os recebeu em seu

convívio e os levou a conhecer um novo estilo de vida. Jesus os impactou com seu amor,

sua dedicação e seus ensinos de tal maneira que eles se tornaram homens corajosos e

poderosos na graça de servir e amar. De simples pescadores e até iletrados tornaram-se

homens eloquentes e poderosos em palavras, pregadores, líderes de carácter

incontestáveis. De pessoas religiosas, sanguíneas, incontroláveis, pelo mestre Jesus foram

influenciados de tal maneira que se tornaram santos, e íntegros de coração, e passaram a

refletir a imagem dele, do seu mestre Jesus (At 4.13). O discipulador só pode dizer que

foi bem-sucedido quando vê em seu discípulo as marcas exigidas por Cristo:

1- Amar uns aos outros (João)

2- Produzir frutos (João 15.8)

3- Permanecer na Palavra (João 8.31)

4- Renunciar (lc.14......)

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A Base Bíblica para o Discipulado: No Antigo Testamento, em (Dt 6.1-25) como um

mandamento; No período dos Juízes Samuel estabeleceu uma escola de Discipulado (I

Sm 19.20); Em Isaías temos uma profecia onde Deus diz que chegaria um tempo em que

todos os filhos dos crentes seriam chamados de discípulos do Senhor (Is 54.13). No Novo

Testamento o discipulado encontrou sua expressão máxima como missão da Igreja e

tendo Jesus como modelo (Mt 28.9,20); Outros exemplos (At 9.27,28; 11.25; 19.9; 2 Tm

2.1; 1 Pe 5.13).

Olhando para Mateus 28:19,20 você vai notar algo muito importante. A Comissão

de Cristo para sua Igreja não era “fazer convertidos”, mas sim “fazer discípulos”. Talvez

você esteja proclamando o Evangelho, mas falhando em fazer discípulos. A razão de

discipularmos é simples; é porque faz parte da missão da Igreja de Jesus na Terra. A

grande MISSÃO que Jesus nos deixou, foi através da grande comissão a qual possui duas

facetas – pregar e ensinar:

(Mt 28) ide, portanto, fazei discípulos ...batizando-os ... (Edição Revista e

Atualizada no Brasil – SCOLFIELD Mt 28:19) Ver At 5.42; At 18.26; Rm 16.3,5; Rm

16.23; Cl 4.15; Fl 1.1-2; Lc 19.5.

Por costume, cultura ou qualquer outro motivo, o modelo atual que usamos para

discipulado e ensino na igreja é o a partir do púlpito da mesma. Dele ensinamos,

admoestamos, corrigimos e etc. alimentamos o rebanho do púlpito, e assim o fazemos

como principal meio para isso. O rebanho fica dependendo de nosso esforça par lançar o

alimento a eles, quem conseguir pegar um pouco para se alimentar ficará bem, é um

alimento jogado a multidão. Fica-nos a pergunta, a pregação de domingo à noite é

suficiente para saciar a Igreja da fome da palavra e de um relacionamento íntimo e pessoal

com Ele e a sua palavra? É possível moldar alguém a semelhança da perfeita varonilidade

de Cristo somente do púlpito? Acredito que não, a razão está nos próprios ensino de

Cristo.

Podemos verificar várias vezes Jesus instruindo os discípulos em Mateus 28.19

Ide, pois, e fazei discípulos …; Jesus ensinando sobre o chamado ao reino dos céus em

Mateus 22:9 disse: Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os

que encontrardes.

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Todos os crentes têm recebido a responsabilidade de compartilhar sua fé, fazendo

discípulos. (1 Pedro 2.9; 4.10) "E o que de minha parte ouviste através de muitas

testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a

outros". (2 Tm 2:2); “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em

mim, isso fazei (Fp 4.9).

Agora, é importante lembrar que Deus exige que sejamos discípulos de Cristo

antes de poder usar-nos para realizar sua obra. Como saber se você é discípulo de Cristo?

Como saber se você já morreu para si mesmo e é digno de reproduzir? A evidencia

indispensável no discernir se alguém é uma versão espiritual de ouro de imitação ou o

artigo genuíno é a presença de um caráter como o de Cristo. Se o caráter de Cristo estiver

faltando, você ainda não morreu para si mesmo e não está apto para reproduzir. É

necessário ser médico antes de tratar de doentes. É necessário ser advogado antes de

advogar. Assim também eu tenho de ser como Cristo antes de realizar sua obra. O caráter

cristão consiste na união de qualidades mentais e éticas que o capacitem a “andar de modo

digno de Deus, que vos chamou para o seu reino e glória” (1 Ts 2:12); exibe o fruto do

Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,

domino próprio (Gl. 5:22,23). Um exame cuidadoso do ministério de Cristo revela que

entre as virtudes que caracterizavam sua vida, quatro qualidades destacavam-no de todas

as demais pessoas como o Filho Unigênito de Deus. Estas eram: OBEDIÊNCIA,

SUBMISSÃO, AMOR E ORAÇÃO. Se eu quiser ser usado por Deus, minha relação com

Ele tem que ser moldada conforme a do meu Senhor. Alguns crentes têm procurado entrar

no ministério de discipulado com a condição que seus talentos sejam utilizados.

Tal perspectiva é uma negação da morte do eu e demonstra que seu senso de

valores está distorcido. A principal ocupação do discípulo deve ser que seu caráter seja

construído e reproduzido. Todos nós procuramos fazer discípulos, mas sabemos ser isto

impossível sem que sejamos primeiramente discípulos. Precisamos conhecer a Deus ante

de torna-lo conhecido.

Se você não tiver um alvo para sua vida, é provável que vagueie sem direção. Se

o seu alvo for nada, provavelmente o atingirá. É por isso que você tem de ter uma

compreensão completa da pessoa que Cristo quer que você seja.

Vamos analisar os quatro aspectos característicos da vida de Jesus.

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OBEDIÊNCIA

A obediência é o primeiro distintivo do discípulo (Jo 14:15). Somente os que

obedecem à Palavra de Deus demonstram seu amor a Ele. Você precisa conhecer a

Palavra de Deus: Lc 11:28; 2 Tm. 2:15; 3:17; 1Pd 3:15.

Com toda a certeza existe um princípio orientador ou uma ordem direta na Palavra de

Deus para cada decisão que temos de tomar. Assim, se não conheço a vontade de Deus

numa dada situação, é mais que provável que eu não conheça a Palavra de Deus (Mt

22:29). A Palavra de Deus não é como muitos pensam, “um sentimento de paz”, mas sim

um livro que revela sua vontade. Lembra-se de Jonas? Ele não tinha paz quanto a ir a

Nínive, embora essa fosse definitivamente a vontade de Deus, conforme revelada pela

“palavra do Senhor” (Jn 1:1).

É preciso querer obedecer. É preciso estar comprometido a obedecer à Palavra de

Deus mesmo antes de saber o que ela diz. Compromisso é ligar-se a uma pessoa, a um

ideal ou a um alvo, não importam as consequências. (Rm. 12:1; Fp. 2:13; Rm 8). Quando

houver conflito entre a Palavra de Deus e os nossos sentimentos, o discípulo resolve fazer

o que Deus ordena. É nisso que se resume o Cristianismo.

SUBMISSÃO

A submissão é muito mais do que obediência. É uma atitude interior de confiança no

Deus soberano, amoroso e onisciente. Quando comecei a dirigir um carro, eu observava

o limite de velocidade, mesmo sem o querer. Minha motivação para obediência à lei,

porém, não era confiança e sim medo. Cristo não se agrada de mera obediência. Ele quer

também que seus discípulos sejam submissos que confiem nele.

Mateus 11:28-30 – “Tomai o meu jugo” significa submeter-se à autoridade de

Cristo, confiar nele. O discípulo deve procurar manter uma atitude de confiança na

autoridade de Deus, não obstante o preço.

A autoridade de Cristo é suprema: Lc. 14:26,27 – o emprego que Cristo faz da

palavra aborrece refere-se à autoridade à qual uma pessoa se submete, não ao afeto

natural. Lc 14:33 – Quando estipulamos como e quando obedeceremos a Deus,

estamos negando completamente nossa confiança nele. Qualquer coisa menos que

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submissão em alegria é negação de sua sabedoria, de seu amor, e da morte do nosso

próprio eu.

Cristo Reina hoje através de autoridade delegada: Mt. 18:18,19; Jo 13:20; 2Co 10:8;

2Tm. 2:2.

Você recebe autoridade através da submissão. Lc. 7:7,8 – A pessoa que não for

submissa não tem direito de exercer autoridade. O crente que recusa submeter-se aos que

tem autoridade sobre ele é como uma criança que fugiu de casa. Ela tentará “se virar”

sozinha, mas sem a supervisão de um adulto, sua sobrevivência estará seriamente

ameaçada. Quem se priva da direção espiritual de um orientador rejeita a provisão de

Deus para seu alimento e enfrenta um futuro incerto. A confiança é a força do discípulo

(Is. 30:15; Pv. 11:14).

Discípulos exercem sua autoridade servindo: Mc. 10:42-45; Fp. 2:7; 2 Co. 1:24; Mt.

20:26.

AMAR UNS AOS OUTROS

Jo 13:35 – O amor de uns aos outros ~e a marca do discípulo. Keith Phillips relata o

seguinte em seu livro: “Quando algumas mulheres de nossa equipe foram à quitanda da

esquina pela primeira vez, o proprietário disse: Ah, vocês são daquela casa cristã, não

são? Eu sempre reconheço as moças de lá pelo grande sorriso e pelo amor que mostram”.

Como o mundo sabe que somos discípulos por nosso amor uns aos outros, temos de

nos certificar de que nossa identidade seja clara. Para que tenhamos amor forte e

consistente aos demais crentes, temos de entender e experimentar o perdão e a comunhão.

1- PERDÃO

O discípulo não pode amar a Deus ou a si mesmo, e muito menos aos outros, a

não ser que aceite o completo perdão de Deus e nessa base perdoe a si mesmo, aos outros,

e aceite o perdão dos outros.

Aceite o perdão de Deus: 1Jo 1:9

Perdoe a si mesmo baseado no perdão que Deus lhe deu: 1Co 15:10; Ef.

5:29

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Perdoe aos outros: Mt. 6:14,15; Lc. 11:4; 23:34; At. 7:60; Mt. 18:21-35;

Lc. 6:37.

2- COMUNHÃO

Não se pode experimentar o verdadeiro cristianismo em isolamento. O próprio Deus

é uma comunidade de três pessoas, constantemente interligados de modo íntimo.

ORAÇÃO

Ef. 3:11;12; 5:23-25 – A boa comunicação transforma conhecimento em amigos e

superficialidade em intimidade.

Primeiro o Elogio: Sl. 100:4,5

Seja um ouvinte ativo: Sl. 91:15; 46:10; Mc. 6:31

Seja coerente: 1Ts. 5:17; Hb 4:16

Seja completamente honesto: 2Sm. 12; Sl. 51:3; 66:18; Is. 59:2; Lc. 18:1

A GRANDE COMISSÃO

1. Quantos estamos sendo discipulados por alguém? Isto é, quantos tempos uma pessoa

especifica que se reúne conosco com regularidade porque nos ama e está comprometida

de forma bem pessoal a ajudar-nos a crescer em nosso caráter cristão e em nosso serviço

e ministério? Você tem tal pessoa em sua vida? Sim Não

2. Passemos a uma segunda pergunta. Quantos somos discípulos? Um discípulo é uma

pessoa cujo compromisso principal na vida é seguir a seu mestre, desenvolver-se para ser

como ele e fazer a vontade dele. Você é um discípulo? Sim Não

3. Quantos de nós diríamos que somos crentes? Um crente é uma pessoa que confia em

Jesus Cristo por sua salvação, aceitando Ele como Senhor de sua vida. Você é um crente?

Sim Não

4. Façamos um pequeno resumo de nossas respostas a estas três perguntas. Entre nós,

qual é o número de:

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Pessoas sendo discipuladas:

Discípulos:

Crentes:

Este resumo levanta algumas perguntas...? Ou nos leva a algumas observações?

5. Entre os fatores que limitam o crescimento da igreja, possivelmente o fator principal

hoje pode ser a falta de entender bem e praticar corretamente a G ____ C ___

6. Quantos conhecemos a Grande Comissão? Escreva em poucas palavras o coração da

Grande Comissão.

______________________________________________________

7. Em sua forma mais completa, onde se encontra a Grande Comissão?

______________________________________________________

8. Quantos de nós podemos citar a Grande Comissão de memória...? Como começa?

(Decorar).

9. Abramos nossas Bíblias para olhar um pouco mais de perto a Grande Comissão. Qual

é o coração da Grande Comissão? Fazer

_______________________________________________ .

10. Quantos imperativos, quantos mandatos, encontramos na Grande Comissão de Mt.

28:18-20.

11. Quais são os três verbos em versículos 19 e 20 além do imperativo de fazer discípulos?

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12. No grego estes três verbos são gerúndios. Um gerúndio é um verbo que indica um

processo contínuo. No português geralmente termina com as letras “ndo”. Por exemplo,

indo batizando e ensinando.

O que traduzimos “Ide” seria melhor traduzido “Indo” ou “Havendo ido”.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DO DISCIPULADO

1. Para discipular você precisa ser um discípulo,

Ninguém dá o que não tem! O discipulado possui dois componentes essenciais:

Negação de si próprio e Frutificação.

1) Negação de si próprio: Também podemos chamar de “morte do eu”. O

chamado de Cristo para o discipulado é um chamado para a morte do eu; é uma

total entrega a Deus (Mt 16.24; Lc 9.23,24; Gl 2.19-20; I Co 10.31); Devemos nos

lembrar que os seguidores originais de Cristo tornaram-se discípulos quando o

obedeceram (Mateus 4.22).

2) Frutificação/Dar frutos: O discipulado possibilita que cada

cristão/discípulo faça parte de um processo, parte do método escolhido por Deus

para expandir o seu Reino, através da reprodução. Sabemos disso porque Cristo

fez discípulos e ordenou-lhes que fizessem discípulos (Jo 15; Mt 28.19).

ETAPAS DO DISCIPULADO: De João 3.16 a 1 João 3.16

1) Gravidez (evangelismo)

2) Nascimento (conversão)

3) Cuidados Especiais (pré-discipulado)

4) Crescimento (Discipulado e edificação)

5) Fase adulta (maturidade cristã)

6) Reprodução (multiplicação de discípulos)

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AGENTES DO DISCIPULADO

1- O Discipulador: “As pessoas mudam muito mais quando elas têm um modelo

para imitar. Você será o modelo ao servir como discipulador (Fp 3.17; 4.9) Você

precisa aplica seu ensino primeiro a sua vida” (Bem-vindo à Família – um guia

para sua jornada no reino, Ralph W Neighbour, Jr). O Discipulador é alguém

que se compromete a responder por outra pessoa, que é responsável pelo que

falta ao outro, alguém que é responsável pelo crescimento e desenvolvimento

do outro. (1 Coríntios 4:16) - Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus

imitadores. (1 Coríntios 11:1) - Sede meus imitadores, como também eu, de

Cristo.

Alguém com a responsabilidade de dar a porção apropriada de alimento

espiritual para o outro no devido tempo (Lc 12.42); Cada um treina, após ter sido

treinado por outro! Isto, é o oposto da atitude de Caim; SIM, EU SOU O TUTOR

DE MEU IRMÃO!

¦ Não é resolver os problemas do discípulo; não é tomar decisões por ele; mas é

apoiá-lo em amor.

2- O Discípulo: Pessoas que aceitam a Jesus... (Provérbios 22.6)

No ato de nossa conversão, recebemos a graça de Deus, que foi derramada em

nossos corações, e passamos a ser uma nova criatura, gerada em Cristo Jesus para

as boas obras, a fim de que sejamos conforme a imagem do Deus que nos salvou

para vivermos em novidade de vida. Quando passamos pelo processo do novo

nascimento, recebemos a permanência do Espirito Santo em nossos corações, que

nos guia, ensina, sustenta e nos orienta, tudo isso por que deixamos de ser apenas

criaturas de Deus, e nos tornamos seus filhos, posição esta que nos foi outorgada

pelo próprio Deus, filhos por Adoção assumindo assim a responsabilidade de

seguirmos a Cristo e vivermos como seus discípulos, obedecendo a sua ordem na

grande comissão.

¦ “Ensina” – investir tempo com paciência e dedicação.

¦ “No caminho em que deve andar” – implica em um treinamento personalizado de

acordo com o propósito de Deus.

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O discípulo está sempre pronto a aprender e vive para agradar ao seu mestre. Este

se deixa lapidar e fica sempre atento a todas as orientações de seu Senhor, estando

sempre pronto para pagar o preço de um discipulado comprometido com seu

discipulador. “Aquele que põe a mão no arado não deve olhar para trás...”

3- O Espírito Santo: Conhecimento da Bíblia e compreensão das verdades

espirituais, embora sejam essenciais, não garantem por si mesmos mudança e

crescimento espirituais, pois nem todos os que ouvem a Palavra acreditam nela ou

aceitam suas verdades, aí entra a ação do Espírito. Você pode ter muitos recursos

(Oratória, didática, conhecimentos extras, mas se não tiver a ação do Espírito -

esqueça)!

Estamos tratando de coisas espirituais, concernentes ao Reino de Deus – o Espírito

Santo é o Diretor Geral;

Temos que depender e priorizar a ação do Espírito, não colocar nada acima ou

para substituir a ação do Espírito.

É o Espírito Santo que torna a Palavra viva dentro dos alunos! Assim como a

Palavra regenera o Espírito remove a cegueira espiritual e dá vida eterna.

É o Espirito santo que nos guia, sustenta e nos orienta em todos os nossos

caminhos e decisões. E este tem ciúmes, querendo sempre que nunca deixemos

de caminhar após o nosso mestre Jesus.

DEFINIÇÕES CHAVES DE DISCÍPULO

DISCIPULADO E DISCIPULADOR

1) Ao estudar qualquer tema, existe três perguntas chaves:

a. __________? O que é X? (O tema do estudo) isto dá uma definição clara ao

assunto que estamos abordando.

b. __________? Por que é importante? Isto nos dá uma visão quanto ao assunto.

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c. __________? Como vamos implementar esta visão? Isto nos dá os passos

específicos as atividades que nos permitirão levar nossa realidade a ser mais como

essa visão.

Nesta sessão vamos trabalhar a primeira pergunta, definindo três palavras chaves:

discípulo, discipulado e discipulador.

2) Definiremos um discípulo desta forma:

UM DISCÍPULO É UMA PESSOA CUJO COMPROMISSO PRINCIPAL NA VIDA

É SEGUIR A SEU MESTRE, DESENVOLVER-SE PARA SER COMO SEU MESTRE,

E FAZER A VONTADE DO SEU MESTRE.

3) A definição de um discípulo esclarece que nunca devemos ser discípulos de outra

pessoa senão de Cristo, e nunca pensar que outras pessoas são nossos discípulos.

4) O mais simples é a melhor definição. Podemos simplificar nossa definição de um

discípulo da seguinte forma:

UM DISCÍPULO É UM SEGUIDOR INTEGRAL DE SEU MESTRE (JESUS).

Dá para lembrar esta definição? Sim Não

5) Agora passemos a segunda definição, a definição do discipulado. Das três

palavras que estamos definindo nesta sessão, esta é a principal.

O que é Discipulado:

É o trabalho cristão efetuado pelos membros da Igreja, a fim de fazer dos

novos crentes, verdadeiros e autênticos cristãos. O discipulado faz parte

da expressão missionária da Igreja. O discipulado é o principal meio pelo

qual o novo convertido firma-se na fé, é um investimento espiritual

garantido. Discipulado é uma relação comprometida e pessoal, onde um

discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a

aproximarem-se mais dele e assim reproduzirem (David Kornfield).

“O discipulado cristão é um relacionamento de mestre e aluno, baseado

no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o mestre reproduz tão bem

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a amplitude que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para

ensinarem a outros” (PHILLIPS, Keith).

O Discipulado é muito mais que um curso Bíblico para iniciantes na fé,

ele é um relacionamento espiritual da pessoa com Deus e com seu

discipulador, é, portanto, um relacionamento de acompanhamento e

integração dos novos convertidos à Igreja e à Obra de Deus. É um

processo intencional de formação de relacionamentos. (Ef 4.16).

O DISCIPULADO NÃO É: Um Culto tradicional; Um Centro de Caridade; Uma

Reunião Formal; Uma Vigília; uma reunião social, etc... O coração do

discipulado não é um programa, nem um currículo, nem um livro e, sim, uma

relação. Que nasce de uma visão proveniente de uma paixão por almas. “Uma

visão é uma imagem clara do que você quer que seu grupo seja ou faça”. A partir

dessa imagem clara, o líder planeja de que maneira essa visão pode transformar-

se em realidade.

Objetivos do Discipulado:

Promover a comunhão dos crentes no seio da Igreja; Promover o fortalecimento

espiritual do crente; Prover a instrução bíblica; Levar o novo crente a compreender todo

o plano de Deus, também a um compromisso sério com Cristo; Ensinar o conselho de

Deus; Levar o crente a amar a Deus acima de tudo, a ser um fiel seguidor de Jesus, a ser

“um com o seu Mestre”, a imitar a Cristo, a uma vida de serviço para Deus; Prevenir o

novo crente contra as heresias de perdição. Levar o crente a ter convicções fortes acerca

da sua fé; levar o discípulo a ser como o Seu Senhor (Mt 10.25), e desenvolver no crente

o desejo de ser um discipulador.

RAZÕES PARA PRATICARMOS O DISCIPULADO BÍBLICO

1) É a forma mais estratégicas de se ter um ministério pessoal ilimitado.

2) É o mais flexível dos ministérios; Discipular não é um dom! Mas todos os dons

cabem dentro do Discipulado.

3) É a forma mais rápida de mobilizar todo o corpo de Cristo para evangelizar.

4) Produz muito mais frutos do que qualquer outro ministério.

5) Produz lideres comprometidos com Cristo.

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O QUE O DISCIPULADO PRODUZIRÁ:

Crentes fortes, sãos e firmes na fé (Tt 1.13; Mt 7.24,25)

Crentes aperfeiçoados e maduros (Ef 4.12; I Ts 4.14)

Crentes que compreendem a Palavra de Deus (Mt 13.23)

Crentes que renunciam a tudo por Cristo (Mt 16.24)

Crentes que carregam a cruz do compromisso (Mt 16.24)

Crentes que amam a Cristo de todo o coração

Crentes comprometidos com o Reino de Deus na terra

Crentes humildes de espírito (Mt 5.3)

Crenes sábios (Sl 119.99)

Crentes com condições de resistir ao diabo (1 Pe 5.8,9)

Crentes mais que vencedores (Rm 8.37)

Crentes dispostos a morrer por Cristo (Mc 8.35; Rm 8.35,36)

Crentes preparados para o arrebatamento da Igreja (Mt 25.10)

O DISCIPULADO É UMA RELAÇÃO COMPROMETIDA E PESSOAL ONDE UM

DISCÍPULO MAIS MADURO AJUDA A OUTROS DISCÍPULOS DE JESUS

CRISTO APROXIMAREM-SE MAIS DELE, E ASSIM REPRODUZIREM.

Agora pensemos mais um pouco sobre cada frase desta definição.

6) O discipulado é uma relação...

a. Mc. 3:14,15 “Então designou doze para _ ______________

____________________________________________________

b. At. 4:13 “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens

iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado

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c. O discipulado não é um programa, nem uma estrutura, nem um culto.

7) O discipulado é uma relação comprometida e pessoal...

a. Segundo Jesus, seus discípulos tinham que tipo de relação com Ele? Veja Mt.

12:46-49. .

b. O alvo de um discipulador: Poder orar (Jo 17), a oração de amor e compromisso.

8) O discipulado é uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo mais

maduro.

Paulo usa a palavra “perfeito” para comunicar o conceito de maduro em várias

passagens, incluindo Fp. 3:12-17. Em quanto lemos estes versículos, sublinhe as

palavras relacionadas, de alguma forma, à ideia de ser ou não perfeito ou maduro.

12. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar

aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.

13. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é

que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante

de mim,

14. Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

15. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis

alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.

16. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o

mesmo.

17. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que

tendes em nós, pelos que assim andam.

A. O que podemos destacar desta passagem quanto à perfeição, começando com os

versos 12-14?

_____________________________________________________

B. 1. Segundo versos 12-14, Paulo é perfeito?

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2. Segundo versos 15-17, Paulo é perfeito?

3. Se versos 12-14 indicam que Paulo não alcançou a perfeição ainda, então como

podemos interpretar os versos 15-17?

__________________________________________________________

4. Em vs. 15 o critério o critério quanto a ser perfeito é ter “este sentimento”. Qual

é este sentimento? Sentimento de P , prosseguir para o alvo.

5. Quais os verbos de vs. 12-14 que indicam um processo.

__________________________________________________________

C. Em resumo, podemos dizer o seguinte quanto à perfeição:

1. Ser perfeito não quer dizer estar sem erro, falha humana nem pecado.

2. Ser perfeito quer dizer estar em um processo de crescimento. A maturidade não

é uma posição à qual chegar, e sim um processo.

3. Ser perfeito quer dizer que estamos andando segundo a luz que temos, e estar

sempre procurando mais luz.

4. Podemos dizer que Paulo como nosso modelo é perfeitamente imperfeito, ou,

se você prefere, ele é imperfeitamente perfeito.

Agora vamos refletir um pouco sobre como isto se aplica a nós. Pergunte a você

mesmo: Eu erro? Falho? Caio às vezes em pecado?

Note a diferença entre Pedro e Judas..., o rei Saul e o rei Davi... há um grande

contraste entre eles, mas todos pecaram, então qual a diferença? Podemos afirmar que foi

o arrependimento, Pedro e Davi entenderam que eraram, ou seja, se arrependeram e

confessaram seus pecados e repararam o erro, enquanto que Saul e Judas insistiram e agir

de forma contraria. E se nós fizermos algo errado, o que devemos fazer depois? Não

devemos ter as mesmas atitudes de Davi e Pedro? Devemos nos:

1. Arrepender

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2. Confessar

3. Restituir (Reparar o erro).

Diante do exposto faça uma análise de suas atitudes quando você se vê diante de

suas falhas. Aquilo que julgamos sem importância, que parece não ter peso em meu

relacionamento com Deus, precisa ser visto como pecado, e não apenas como algo comum

ou do dia a dia. Faça sua análise abaixo:

1. Eu comunico (verbalmente) minhas falhas às pessoas com as quais eu trabalho

mais de perto (Mt. 18:21-35; Tg. 5:16). Sim Não

2. Compartilho como estou superando minhas falhas? Sim Não

3. Se a resposta for “não” a qualquer das duas perguntas acima, posso dizer que

estou seguindo o exemplo de Paulo em Fp. 3:12-14, ou seja, demonstrar que estou em

processo de crescimento? Sim Não

4. Se não estou demonstrando um processo de crescimento como Paulo, posso

pedir a outros que sejam meus imitadores, que sigam meu exemplo? Sim Não

5. Se não posso encorajar outros a seguirem meu exemplo, devo estar

discipulando? Sim Não

6. Ainda que respondamos “não” aos itens 1 ou 2 acima, nem tudo está perdido!

Lembre-se de nosso princípio: “Não importa o erro que fazemos, tanto quanto o que

fazemos depois”. Quando me refiro que não importa, não é que posso errar e tudo está

bem, mas que Deus está disposta a me perdoar deste erro e eu preciso entender que há a

necessidade de arrependimento. Arrependimento é a decisão de reconhecer que falhei e

não falhar de novo. É deixar o erro para traz.

Caso alguém responda “não” uma ou mais vezes acima, o que deve fazer

“depois”?

A , C e R

9) O discipulado é uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo mais

maduro ajuda a outros discípulos de Jesus Cristo. Esta ajuda pode criar:

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1- Dependência que é uma tragédia, ou seja, só fazer o que outra pessoa fala. O

discipulado não é para nos levar a esta dependência. Precisamos aprender com

Jesus, que ensinou os discípulos a serem pesadores de homens, mostrou por seu

exemplo e os ensinou, depois os enviou de dois em dois. Após voltarem prestaram

contas do que tinham realizado. Quando observamos bem os fatos ocorridos após

a ressurreição, percebemos que Jesus, foi mostrando a todos que eles precisavam

confiar nele com Deus, e não como homem. Por isso ele fez a promessa da vinda

do espirito Santo, o que ocorreu em atos cap. 2. A dependência é para crentes que

não querem assumir compromisso e responsabilidades com o corpo de Cristo. Ele

não quer se responsabilizar por nada e nem por ninguém. Se algo acontecer de

errado ele, tem alguém para culpar.

2- Independência que é o critério de maturidade no mundo. O próprio Jesus nos

ensinou que precisamos dele, disse, Sem mim nada podeis fazer, e um dos grandes

ensinos em relação a Igreja é a vida de servidão dos salvos, que nos faz ver que

precisamos uns dos outros. Os mandamentos de reciprocidade definem de forma

clara que a independência não faz parte da vida de um discípulo maduro, vejamos:

levai as cargas uns dos outros; suportai-vos uns aos outros; amai-vos uns aos

outros; e outros que nos levam a entender que sempre estarei precisando de

alguém ao meu lado. A independência não faz parte da vida de um discípulo

maduro, ninguém é alto suficiente.

3- Interdependência que é o critério de maturidade no Corpo de Cristo; Ef.4:11-16;

1Co 12. O corpo é a junção de muitos membros e órgãos, que se alo ajudam e se

completam. O texto de Efésios afirma que esse corpo faz o seu próprio aumento.

Todo discípulo maduro tem a consciência de sua responsabilidade como parte

deste corpo, que é cooperar para que o corpo viva, cresça e amadureça. O texto de

coríntios 12, nos afirma que é o Espirito Santo o grande mantenedor do corpo,

chamado Igreja, ele distribui cada membro onde ele quer e desempenhando a

função que ele, o Espirito de Cristo, determinar. O corpo que é formado por

discípulos, tem a consciência de sua submissão a Cristo que é o cabeça do corpo.

Tudo o que o discípulo faz é pensando em fazer o corpo de Cristo Crescer,

amadurecer e glorificar a Deus. Um corpo bem ajustado pelo processo de

discipulado Bíblico, não se divide e nem fica se alto sabotando.

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4- O discipulado é uma relação comprometida e pessoal onde um discípulo mais

maduro ajuda a outros discípulos de Jesus Cristo aproximarem-se mais dEle, e

assim reproduzirem.

Nenhuma pessoa é suficientemente como Cristo para ser um modelo sozinho. Ainda

um indivíduo muito maduro é limitado demais em demonstrar tudo o que é Cristo.

Quando falo de maturidade, não é necessariamente o tempo de conversão de alguém.

Há muitos crentes experientes, com muitos anos de convertidos, mas bebes na fé.

Ainda não entende os princípios da visa cristã. Esta verdade fica clara na carta que

Paulo escreve aos Hebreus, quando ele afirma que eles já deveriam ser mestres

(discípulos maduros com capacidade de discipularem outros), mas ainda são imaturos

e precisam de novo aprender os ensinos básicos da fé. Não se alimenta de coisas

sólidas, mas de alimentos fracos e ficam fracos sem condições de instruírem a outros.

Só para lembrar o que Paulo disse a Timóteo, na sua segunda carta: Aquilo que de

mim (discipulador) aprendeste, ensina a outros. (Discípulo que se torna discipulador)

5- Revisando, procure escrever a definição do discipulado: “O discipulado é uma relação

e onde um discípulo

__________________________________________ajuda a outros

__________de Jesus Cristo aproximarem-se

_____________ e assim _________ .”

12- Nossa última definição é a de um discipulador. Vamos começar desta vez com a

definição resumida e depois acrescentar alguns detalhes a essa definição:

UM DISCIPULADOR É UM CONSELHEIRO ESPIRITUAL COMPROMETIDO

PESSOALMENTE AO DESENVOLVIMENTE INTELECTUAL DE UNS

DISCÍPULOS

6- Todo discípulo precisa de um mentor. O que faz um mentor? O mentor é aquele

que caminha junto som seu discípulo e trabalha para que ele possa desenvolver

suas habilidades espirituais ao ponto de se tornar um mentor de outro crente. Ele

não só dá o peixe, e não somente ensina a pescar, mas apresenta o processo bíblico

e caminha com seu discípulo durante toda a sua vida, e continua ao seu lado, não

dizendo o que ele deve fazer, mas levando o discípulo a entender as verdades de

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Deus e aplica-las dia a dia me sua vida. O discipulador que sabe ser um

conselheiro, não leva o discípulo onde ele quer, mas ajuda o mesmo a entender

onde Deus o quer.

Podemos ampliar um pouco a definição de discipuladores, esclarecendo o que

quer dizer estar comprometido pessoalmente ao “desenvolvimento integral” dos

discípulos.

UM DISCIPULADOR É UM CONSELHEIRO ESPIRITUAL QUE TEM UMA

RELAÇÃO ÍNTIMA E COMPROMETIDA COM ALGUNS SEGUIDORES DE

CRISTO PARA AJUDAR-LHES A CRESCER DE FORMA PESSOAL EM:

1. Sua identidade cristã (individualmente, e como parte da família de Deus). Em João

1.35 em diante observamos que Cristo levou dois discípulos seus até sua casa, e

lá identificou-se com eles ao ponto de saírem proclamando que tinham encontrado

o messias. Em outro momento Jesus perguntou a eles quem eles acreditavam que

Jesus era, Pedro então respondeu, “tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. Ele sabia

quem era Jesus e sabia quem ele seguia. Em Antioquia os discípulos foram

identificados como Cristão, e quando foram presos por pregarem a Cristo sentiram

prazer em sofrerem por causo do nome de Jesus. O discipulador levará o seu

discípulo a conhecer profundamente a Cisto por que ele tem um profundo

relacionamento com Jesus.

2. Seu caráter cristão, é trabalhado, e de fato o discipulador leva o novo crente, seu

discípulo, a viver a nova vida em Cristo, por nele somos novas criaturas, as coisas

velhas passaram, tudo se fez novo, a nova vida para qual ele foi chamado. O

caráter do novo discípulo é transformado, porque ele reflete a imagem de seu

mestre, que reflete a imagem de Jesus. “Sede meus imitadores como eu sou de

Cristo”. Todos os dias aprendemos que devemos fazer morrer nossa natureza

terrena, isto acontece quando nos confrontamos coma palavra, a qual nos limpa,

e é de responsabilidade do discipulador, que está conduzindo o novo crente a uma

nova vida, leva-lo a entender que esta metamorfose espiritual é verdadeira e

necessária.

3. O discipulador entende que o Senhor o capacitou para que ele possa ser

instrumento de Deus para capacitar a outros. Todo crente tem um dom para servir

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a Deus. Dom este que deve ser desenvolvido sob a graça de Deus e com a ajuda

de um discipulador. Todos fomos chamados para servir, mas a maioria dos crentes

não sabem com servir e nem onde servir. O discipulador ajuda seu discípulo a

entender seu dom ministerial e abre o caminho para que ele possa servir melhor

ao Senhor. Assim Jesus fez com seus apóstolos, Barnabé com Paulo e o apóstolo

Paulo com Epafrodito, Timóteo, Tito e outros. O discipulador precisa ajudar seu

discípulo a desenvolver seu ministério, seu lugar no corpo de Cristo, servindo ao

Senhor.

7- O discipulador ajuda outros a se expressarem e crescerem nestes três campos.

Poderíamos dizer que estes campos são o currículo do discipulado. Podemos

visualizar este “currículo” como uma pirâmide dinâmica que está crescendo:

Devemos manter uma ênfase equilibrada sobres estas três áreas. Para qeu possamos ter

um ministério saldável e produtivo há a necessidade de vivermos um equilíbrio

ministerial. Todo discipulador precisa cuidar bem de sua família, cultivar uma boa

harmonia de comunhão com os irmãos, encarar suas responsabilidades ministeriais de

forma responsável e equilibrada. O seu caráter deve se sobre sair em suas atividades, pois

falamos mais com nossa vida do que com nossas palavras.

POR QUE DISCIPULADO É TÃO IMPORTANTE?

É difícil comunicar a importância desta pergunta. Por não responder a esta

pergunta, a grande maioria de igrejas e de pastores não tem a visão de Cristo quanto ao

discipulado. Não sentem em seu coração a responsabilidade e o peso de ir fazendo

discípulos em todos os lugares. É preciso entender que o discipulado é a única maneira

ordenada por Cristo para a continuidade da pregação do evangelho neste mundo.

Vamos responder à pergunta, Qual foi o trabalho de Jesus aqui na terra? Jesus orou

ao Pai antes de ir para o Getsemani “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que

me confiaste para fazer” (Jo 17:4). Isto é antes da cruz, mas Jesus fala que Ele já

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consumou “a obra” que me confiaste. Leiamos juntos Jo 17:4-6 para descobrir o que esses

versículos dizem sobre essa obra.

João 17:4-6

João 17:19

_______

______________________________________________________

1. Jesus tinha 1) uma obra para consumar por meio de Sua morte e 2) uma obra para

consumar por meio de Sua vida. Quando Ele falou “Esta Consumado” e rendeu

seu espírito, consumou Sua obra redentora. A obra vocacional que Ele teve o

propósito de andar conosco aqui na terra e ministrar esses três anos, foi a formação

dos discípulos. Paramos muitas vezes para refletir sobre a obra consumada em

Sua morte. Mas refletimos muito pouco sobre o trabalho principal de sua vida,

possivelmente porque nem sabemos que o fazer discípulos foi o seu trabalho.

Refletindo agora sobre isso, por que você acha que o discipulado foi tão importante

para Jesus?

__________________________________________________________

2. Há pelo menos quatro razoes suficiente para que nós nos comprometamos a ver o

discipulado como o trabalho principal de nossa vida:

a- Em primeiro lugar, o amor de Deus e seus propósitos para conosco só podem ser

comunicados por meio de uma relação íntima e comprometida.

1- Pensemos no amor por um momento. Podemos comunicar o amor

adequadamente sem uma relação intima e comprometida?

No casamento:

Na família com novos bebes:

2- Quais são os propósitos de Deus para conosco? Conhece-lo e ser conhecido

por Ele.

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O segundo propósito de Deus é que cheguemos a ser como Ele, restaurados à

imagem de Deus na qual fomos criados, chegando à estatura da plenitude de Jesus

Cristo. O propósito eterno de Deus é ter uma família de filhos parecidos com seu

filho, Jesus Cristo.

Nossas igrejas estão cheias de pessoas que não estão experimentando o amor de

Deus e Seus propósitos para com elas. Esse amor não se comunica por meio de cultos,

nem por programas, nem por livros ou sermões. Para Jesus, a forma mais completa de

demonstrar esse amor foi o discipulado. E você, acha que tem um melhor método do que

o de Jesus?

b- Em segundo lugar, o discipulado é tão importante porque é o mandato de Cristo

indiretamente porque somos mandados a imitar a Ele, e diretamente em suas

últimas palavras escritas por Mateus 28:18-20.

c- Em terceiro lugar, o discipulado é tão importante pela quantidade de resultados.

Como indica o gráfico abaixo, de Keith Phillips, discipulando uma pessoa ao ano,

esta se reproduzindo, resultaria em 1024 discípulos em 10 anos; mais de um

milhão em vinte; e mais de um bilhão em trinta.

TABELA Nº 1

Uma comparação do Discipulado com a Evangelização

Ano Evangelista O que Faz Discípulos

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2

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4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

365

730

1095

1460

1825

2190

2555

2920

3285

3650

4015

4380

4745

5110

5475

5840

6205

6570

6935

7300

7665

8030

8395

8760

9125

9490

9855

10220

10585

2

4

8

16

32

64

128

256

512

1.024

2.048

4.096

8.192

16.384

32.768

65.536

131.072

262.144

524.288

1.048.576

2.097.152

4.194.304

8.388.608

16.777.216

33.554.432

67.108.864

134.217.728

268.435.456

536.870.912

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30

31

32

10950

11315

11680

1.073.741.824

2.147.483.648

4.294.967.296

d- Em quarto lugar, o discipulado é tão importante pela qualidade dos resultados. O

discipulado toma pessoas fracas ou ruins e as leva a serem gigantes espirituais.

Mas a qualidade dos resultados do discipulado se demonstra especialmente em

Cristo. Olhe os onze. Especialmente a Pedro. É importante frisar a mudança que

Jesus fez em todos os que andavam com ele. Todos os onze foram mudados pelo

exemplo de Cristo, viram em Cristo razões para terem novas atitudes. As vidas

são transformadas quando eles têm um encontro como Senhor e quando recebem

orientação de um discipulador comprometido com a transformação do caráter do

cristão. Outro exemplo e o apóstolo Paulo, que odiava a igreja e era odiado pela

mesmo, mas encontrou em Barnabé um porto seguro de orientação, que o ajudou

na sua caminhada, fazendo dele seu discípulo. Barnabé ajudou Paulo e ser o

grande apóstolo que conhecemos. O discípulo se tornou mestre.

O discipulado pode ajudar estabelecer resultados duradouros. Às vezes choramos

porque não vemos resultados que duram ainda que tenhamos trabalhado de manhã até a

noite. Mas se nós não nos comprometermos ao método de Jesus, ao fazer discípulos, não

devemos nos surpreender por não conseguir os resultados que Ele quer. Paulo se dedicava

não só ao discipulado, mas também ao trabalho em equipe. Atos 18:1-5.

Vamos refletir agora sobre o maior discipulador depois de Cristo no N.T. Ele

demonstra de uma forma maravilhosa as quatro razoes para fazer discípulos:

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O amor de Deus que o leva a comprometer-se com outros – mesmo que sejam

pessoas que ninguém mais quer.

a. A obediência radical a Jesus.

b. A quantidade de resultados.

c. A qualidade dos resultados.

O maior discipulador depois de Cristo

Quem foi? Barnabé

Quais são as características de um discipulador mestre?

Lucas 10:1-11

__________

Atos 4:36,37

Atos 9:26-28

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Atos 11:19-26;30

Atos 12:25; 13:1-3

2Tm 4:9-11

1Pd 5:13

Escreva aqui uma oração que expresse seus sentimentos quanto ao exemplo de um

discipulador, conforme estudamos acima:

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PARA REFLETIR

Se o discipulado tem tão grande resultado, por que não os vemos mais? A resposta

é simples demais. Não estamos vendo grandes resultados do discipulado porque a grande

maioria de pastores e líderes nas igrejas não estão discipulado. Isso então nos leva a outra

pergunta: Por que o discipulado é tão desconhecido em nossas igrejas hoje?

d. Por razões históricas

i.Os missionários que começaram as denominações geralmente não praticaram o

discipulado.

ii.Os pastores de ontem e de hoje geralmente não praticam o discipulado.

e. Por razoes institucionais. O discipulado segue o mesmo modelo de

desenvolvimento que a família.

A. A maioria de nossas igrejas funcionam mais como instituições ou organizações

que como famílias. O discipulado é difícil de ser programado. O centro de muitas

igrejas é o grande culto e não as relações comprometidas. A tendência é pensar

que quanto mais cultos a igreja tiver, melhor será. Mas os muitos cultos militam

contra as relações pessoais e comprometidas.

B. A preparação de pastores por meio de seminários levanta um modelo acadêmico

e não um modelo de discipulado.

f. Por razoes pastorais. Quase todos os pastores se sentem sobrecarregados. A

ideia de acrescentar mais outro compromisso às suas vidas é muito difícil, se não

impossível. Até que o pastor avalie sua vida de novo e determine mudar suas

prioridades, deixando algumas das atividades, cultos ou programas da igreja de

um lado, o discipulado nunca chegará a ser uma realidade em sua vida. E se não

chega a ser uma realidade em sua vida, dificilmente chegará a ser uma realidade

nas vidas dos membros de sua igreja.

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Muitos pastores e líderes tem interesse no discipulado, mas o veem apenas

como uma coisa a mais para acrescentar a seu programa se puderem encontrar um

pouco de espaço. Não tem a visão do discipulado como algo central em sua igreja

e na estratégia de Cristo para ganhar o mundo.

Poucos pastores ou lideres tem experimentado o que Jesus fala em João

17:6 de ter homens que Deus tem confiado a eles. Se fosse o caso, o pastor se

dedicaria para treinar e fortalecer seus líderes para que eles servissem a igreja.

Atualmente, os pastores usam a maioria do seu tempo procurando ajudar as

pessoas mais fracas ou necessitadas nas congregações, negligenciando as pessoas

mais fortes. Muitas vezes não selecionamos as pessoas em quem vamos investir

nossas vidas segundo o padrão que Jesus Cristo nos demonstrou. Só selecionando

pessoas que nos foram dadas por Deus para serem discipulados, conseguiremos

ver uma boa reprodução.

Quando o pastor investe mais nas pessoas com problemas do que em seus líderes

isto leva a dois problemas:

A. O pastor morre por não poder aguentar todas as pessoas problemáticas; e

B. Os líderes nunca chegam a reproduzir-se como deveriam porque não

foram discipulados.

Mesmo que o pastor ou líder passe bastante tempo com seus líderes, tem

que perguntar-se como ocupa esse tempo. Quanto desse tempo se enche de

reuniões e cultos? E quanto tempo tem para compartilhar sua vida com eles e eles

fazerem o mesmo com o seu pastor ou líder? Se não estamos discipulando,

podemos encontrar-nos exaustos construindo sobre areia ao invés de construir

sobre a rocha.

g. Por razões evangelísticas. O apelo ao final do culto geralmente é para as pessoas

que querem “receber a benção da salvação”. Se o apelo fosse para ser um

discípulo entregando sua vida inteira ao Senhor de Cristo, teríamos bem menos

pessoas respondendo. De forma geral se nós tivermos que escolher entre dizer que

ganhamos trinta pessoas para Cristo este ano ou que discipulamos três pessoas, a

grande maioria escolheria o primeiro. Mas temos que perguntar até que ponto a

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semente que estamos plantando é um evangelho diferente do evangelho do reino

de Deus. Se nossa semente não for boa, não reproduzirá bom fruto.

h. Por razões exegéticas. No grego o imperativo em Mt. 28:19 é matheteu o que

deve ser traduzido “fazei discípulos”, mas as traduções mais antigas como o King

James em inglês e a Corrigida em português traduzem esse verbo como “ensinai”.

A maioria de nós não usamos “óculos de discipulado” quando lemos o

Novo Testamento, muito menos o Antigo Testamento. Isto resulta em não

entender o padrão de Cristo quanto a como discipular. Ainda se tivermos boa

semente e boa seleção, podemos falhar em não seguir o padrão de Cristo em como

discipular. Se não temos alguém que nos está aconselhando ou discipulando, é

fácil demais reproduzir, mas fazê-lo de forma errada. O A.W. Tozer fala disto

quando ele diz:

“Mas o aspecto mais alarmante é que nossos lucros são quase todos externos e

nossas perdas são inteiramente internas; e já que é a qualidade de religião que é

afetada por condições internas, é provável que nossos supostos lucros sejam

apenas perdas distribuídas por um campo mais extenso” (Mais Perto de Deus,

mundo cristão, 1961).

Para concluir, lembremos de novo as quatro razões para comprometer-nos com o

discipulado:

a. O amor de Deus e seus propósitos para conosco só podem ser comunicados

por meio de uma relação intima e comprometida.

b. O mandato de Cristo, seu exemplo e sua visão quanto a obra que tinha que

consumar por meio de sua vida aqui, nos leva a fazer discípulos.

c. A quantidade dos resultados nos exige usar o método de Cristo ainda se for

só por razões pragmáticas.

d. A qualidade dos resultados não pode ser superada. Aleluia.

AS DISCIPLINAS BÁSICAS DO DISCIPULADO

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A palavra “discípulo” e a palavra “disciplina” tem a mesma raiz. Não nos deve

surpreender o fato de estarem ligados. Não é possível sermos discípulos se nossas vidas

não forem marcadas por disciplinas bíblicas.

Quais são as disciplinas bíblicas e essenciais a um discípulo? Não queremos nos

comprometer com disciplinas que não sejam essenciais, porque queremos estar sempre o

mais livre possível para as coisas que são eternas. Jesus fala das marcas de um discípulo,

indicando assim essas disciplinas básicas.

A. A “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois

verdadeiramente meus discípulos...” João 8:31.

B. A “De uma feita estava Jesus orando em certo lugar; quando

terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também

João ensinou aos seus discípulos. Então ele os ensinou. Quando orardes, dizei: Pai,

santificado seja o teu nome: venha o teu reino...” (Lc 11:1,2).

C. A com os irmãos, com a igreja: “Nisto conhecerão todos que

sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros (Comunhão) ” (João 13:35).

D. O “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto

(evangelismo); e assim vos tornareis meus discípulos (João 15:8).

Pode-se visualizar estas quatro disciplinas como parte de uma roda da seguinte maneira:

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Também podemos ver estas mesmas disciplinas na igreja primitiva. Leiamos

juntos Atos 2:42-47 para observar como elas surgem neste retrato da primeira igreja.

A vida simples é um outro requisito para que possamos ter espaço suficiente em

nossas vidas para nos dedicarmos à Palavra, à Comunhão, à Oração e ao Testemunho.

A vida simples é uma vida não complicada nem corrida que dispõe de bastante

tempo e flexibilidade para desfrutar e estender o reino de Deus (Mt. 6:24-34).

Segundo esta definição, você diria que tem uma vida simples? Sim Não

1. Onde vemos evidencia de tal vida no retrato de Atos 2:42-47?

_____________________________________________________

2. Esta vida simples é indispensável por pelo menos duas razoes:

Nunca conseguiremos as quatro disciplinas básicas da igreja primitiva indicada

acima se não tivermos uma vida simples.

Nunca conseguiremos praticar bem o discipulado se não procurarmos uma vida

simples. Se não conseguirmos simplificar nossas vidas, acrescentaremos mais uma

atividade a uma vida dominada pelo ativismo. Mataremos a nós mesmos, e pior que isso,

discipularemos a outros da mesma forma, matando-os e multiplicando morte por meio

deles!!!

Resumindo, quando falamos das quatro disciplinas básicas do discipulado, não

estamos falando de coisas novas. O que é difícil é praticar essas quatro disciplinas!

Provavelmente, nossa falta de pensar na quinta disciplina da vida simples, explica boa

parte do porquê de não conseguirmos as outras quatro. Pense bem nisso.

AUTO-AVALIAÇÃO NAS DISCIPLINAS QUE MANTÉM NOSSA VISÃO

Nossa visão, e o propósito da igreja, é a expressão e extensão do reino de Deus. A

igreja primitiva praticava algumas disciplinas básicas para manter esta visão. Use a

seguinte escala para avaliar com que frequência as seguintes atividades ou atitudes tem

acontecido nos últimos três meses:

1. Quase nunca 2. Poucas vezes

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3. Algumas vezes

4. Com frequência

5. Com bastante frequência

6. Constantemente.

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A PALAVRA

_____ 1. Eu recebo encorajamento e direção através de meu tempo pessoal com a Palavra.

_____ 2. Os membros da igreja me animam compartilhando da Palavra comigo.

_____ 3. Eu encorajo outros na igreja compartilhando a Palavra com eles.

A COMUNHÃO

_____ 4. Estou envolvido de forma significativa nas vidas de outros membros da igreja fora das

reuniões e cultos da igreja.

_____ 5. Eu faço qualquer esforço para assistir as reuniões semanais, estando preparado tanto para

receber como para dar.

_____ 6. Eu tenho trabalhado pessoalmente com outros membros da igreja para ajudar-me a superar

meus pontos fracos.

A ORAÇÃO E ADORAÇÃO

_____ 7. Eu me associo com Deus orando e vendo-o responder a essas orações. Eu levo minhas

atividades, encontros e reuniões a Deus e ouço seu encorajamento e direção quanto ao que devo fazer

ou falar.

_____ 8. Os membros da igreja me encorajam com seu evangelismo.

_____ 9. Eu encorajo os membros da igreja orando com eles.

O TESTEMUNHO.

_____ 10. Eu compartilho o evangelho e; ou meu testemunho com pessoas que não conhecem a

Cristo.

_____ 11. Os membros da igreja me encorajam com seu evangelismo.

_____ 12. Eu ajudo a outros membros da igreja quanto a como evangelizar melhor, e fazendo visitas

evangelísticas com eles.

A VIDA SIMPLES.

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_____ 13. Eu me desfaço de responsabilidade, possessões e gastos não necessários para dedicar mais

de meu tempo a buscar o reino de Deus. (Como por exemplo, nas atividades acima)

_____ 14. Eu mantenho meus olhos em Jesus e não nas circunstancias. Eu sinto a alegria e paz que

vem de confiar que Deus está usando por bem as dificuldades que encontro.

_____ 15. Por causa de meu estilo de vida simples. Eu tenho tempo disponível para investir nas

pessoas que Deus põe em minha vida.

Uma resposta de 5 ou 6 é ótimo! 4 é bom; 3 é fraco; e 1 ou 2 indica que você está em muito perigo

nessa área de sua vida espiritual.

COMPROMISSO DE MANTER NOSSA VISÃO

NOSSA VISÃO: EXPRESSAR E ESTENDER O REINO DE DEUS AQUI NA TERRA POR MEIO

DE NOSSA UNIDADE COM CRISTO (Atos 1:1-8). As cinco seguintes disciplinas de um discípulo

nos ajudam manter nossa visão.

1. A PALAVRA (AS ESCRITURAS).

Nós estudamos a Bíblia porque ela nos revela Deus. Isto resulta em conhecer a Deus, saber

como Ele quer que nos vivamos, ter confiança, e trazer salvação as pessoas incrédulas ao nosso redor

(Atos 2:42).

2. A COMUNHÃO

Nos encontramos regularmente para expressar e desenvolver as relações e a união que Deus

nos tem dado como membros de Sua família.

Isto resulta em sentir-nos amados, aceitados e “em família”; resulta em ver a mão de Deus

atendendo as nossas necessidades através de nossos irmãos (sejam necessidades emocionais,

espirituais, materiais, intelectuais ou sociais): resulta no desenvolvimento de nossos dons e

ministérios, e demonstra a realidade de Deus as pessoas incrédulas (Atos 2:42-46).

3. A ORAÇÃO

Oramos porque isto afirma a presença de Deus em nossas vidas em nossa dependência dEle.

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Isto resulta em falarmos da Palavra de Deus com confiança, conhecer sua perspectiva,

receber o poder de seu Espírito, e saber sua vontade para situações especificas (Atos 1:14; 3:1;

4:24;31).

4. O TESTEMUNHO

Testemunhamos da vida que Jesus Cristo nos deu, por que assim revelamos Ele a outros

para ajudar-lhes a entrar numa relação com Ele, tendo uma nova vida aqui na terra como também na

eternidade.

Isto resulta em ver o poder de Deus transformando vidas, saber que nossas vidas tem um

grande propósito, e a celebração da alegria de participar em novos nascimentos. (Mt. 28:18-20; Atos

1:8).

5. UMA VIDA SIMPLES

Vivemos uma vida simples porque isto nos permite dedicar nosso tempo e energia para ver

o reino de Deus estabelecido em nossas vidas, nossa igreja e nossa comunidade.

Isto resulta em uma harmonia interior e em podermos entregar ao que é eterno

estabelecendo o reino de Deus e perseguindo nossa unidade com Cristo (Atos 4:32-5:11; 6:1,2; Hb

12:1).

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO

Comprometo-me a praticar estas cinco disciplinas do reino de Deus de uma forma regular.

Quero que outros me animem e me cobrem isto, para que o reino de Deus seja estabelecido

através de minha crescente união com Cristo.

Nome Data:____/____/____

1ª Testemunha: 2ª Testemunha:

Eclesiastes 4:9-12

SELEÇÃO DE UM GRUPO DE DISCIPULADO

A. Quando alguém está escolhendo uma pessoa com quem casar-se, quais são alguns dos passos

que ele (a) toma para fazer esta decisão?

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B. Se você começasse o processo de escolher um grupo de discipulado, como faria?

C. Quando Jesus selecionou Seus discípulos, Ele usou pelo menos cinco processos chaves:

1. Encontros divinos

2. Padrões divinos

3. Altas exigências

4. Discernimento quanto a quem respondia a Sua voz, e,

5. A oração, confirmando os nomes com o Pai.

Estudemos cada um destes processos um pouco mais.

1) Parece que o processo de seleção começou com Encontros divinos.

Encontros divinos são encontros pessoais onde a vida de alguém é marcada por receber sabedoria,

direção ou poder de Deus pela ajuda de outra pessoa.

O relatório da vida de Jesus nos evangelhos nos indica que ele tinha muitos encontros divinos. Entre

eles podemos ver abaixo uma lista dos encontros divinos que Ele teve com seus discípulos antes

que eles fossem separados para serem os doze.

a. André: Jo 1:35-41; Mc. 1:16-18

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b. Pedro: Jo 1:41,42

c. Tiago: Mc. 1:19,20

d. Mateus (Levi): Mt. 9:9-13

e. João: Lc. 5:1-11; Mc. 1:29-31.

f. Filipe: Jo 1:43-45

g. Natanael: Jo 1:45-51.

Vamos ler as passagens que seguem. Anote como se pode saber que houve um encontro divino

em cada caso.

Jo 1:35-42

Mc. 1:16-18; Lc. 1:43-45

Mc. 1:35-38

2) Em segundo lugar, Jesus procurou as pessoas que entrariam num Padrão divino com Ele.

Um padrão divino é quando a visão, o compromisso e o ritmo de vida de várias pessoas coincidem.

a. Por quanto tempo Jesus estava com os doze antes de escolhê-los para serem seus discípulos

formalmente?

Foi imediato

Umas semanas

Dois ou três meses

Seis meses

Doze meses

Dezoito meses (na metade de seu ministério de três anos).

b. Essa escolha está indicada em Mc. 3:13-19 e Lc. 6:12-15 e ocorreu na primavera do ano 28.

Às vezes confundimos esta escolha com a nomeação para sair de dois em dois como Seus

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representantes, o que ocorreu aproximadamente oito ou nove meses depois (Mt. 9:35-11:1;

Mc. 6:6-13; Lc. 9:1-6).

c. Podemos ver nestas passagens que Jesus estabeleceu um padrão divino onde três condições

coincidiram nas vidas dos discípulos e dEle:

1. Visão

2. Um crescente compromisso pessoal

3. Ritmo de vida juntos.

3) A terceira característica do processo de seleção de Jesus foi Suas Altas exigências. Ele

procurava o tipo de pessoa que valesse a pena reproduzir. Não procurou grandes números de

pessoas, mas exigia bastante. Ele também ensinou repetidamente que ninguém poderia ser Seu

discípulo se não entregasse tudo. (Lc. 9:23-29; 9:57-62; 14:25-35).

As pessoas que escolhermos reproduzirão, ou bem ou mal. É muito importante que sejam

pessoas fiéis e idôneas para instruir. 2 Tm. 2:2; Gn. 1:12,21.

4) A quarta característica da seleção de Jesus foi discernimento quanto a quem respondia a sua

voz.

Pode-se distinguir tias pessoas, reconhecendo quem está atraído a você, e quem leva a sério

suas sugestões, ensinos e tarefas de como seguir melhor ao Senhor. Jo 10:3-5,16.

5) A quinta característica da seleção de Jesus foi oração, confirmando os nomes com o Pai.

Devemos sentir que o próprio Deus está indicando as pessoas nas quais Ele quer que invistamos

nossas vidas. Lc. 6:12-16; Jô 17:6; 1 Sm. 16:7.

Dr. Keith Phillips dedica o capítulo nove de seu livro A Formação de Um Discípulo ao tema de

seleção, como também faz o Dr. Robert Coleman no 1º capítulo de seu livro O Plano Mestre de

Evangelismo. Ambos os livros são muito importantes para alguém que quer cumprir a Grande

Comissão. Phillips indica cinco qualidades de alguém que vale a pena investir a vida, e Coleman

acrescenta uma:

A. Ele deseja conhecer intimamente a Deus; procura o reino de Deus acima de todas as outras

coisas (Mt. 6:33).

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B. Ele está disponível (Lc. 9:57-62).

C. Ele é submisso à Palavra e responde à voz do discipulador (Jo 10:3-5).

D. Ele é fiel (2Tm. 2:2).

E. Ele procura fazer discípulos, quer reproduzir (Jo 1:41,42,44-46; Mt. 4:18-20).

F. Ele está disposto a aprender (Coleman) (Mt. 5:6; 13:10-13).

6) É bom fazer um processo de dois a seis meses de pré-discipulado, convidando um grupo geral

para um sério estudo com um livro como os de Gene Getz:

A Estatura de uma Igreja (Ed. Vida).

A Estatura de um Cristão (Ed. Vida) (Estudos em Tito).

A Estatura de um Cristão (Ed. Vida) (Estudos em Filipenses).

Observação: Todo esse processo deve ter a aprovação do seu Pastor.

Que Deus os abençoe

Manaus__________de_______________de________

_____________________________________

Pastor

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ESBOÇO DE MEMORIZAÇÃO

I. INTRODUÇÃO

A. A vida secular do visitado

B. Sua experiência religiosa

C. Nossa Igreja

D. Testemunho pessoa e/ou da igreja.

Transição: “Permite-me fazer-lhe uma

pergunta”?

E. Duas perguntas:

1. Primeira pergunta

● 1João 5:13

● “Posso compartilhar...”

2. “Permite-me fazer-lhe outra pergunta...”

● Segunda pergunta.

● Repetir a resposta da pessoa.

Transição: Boas Noticias

II. O EVANGELHO

A. A Graça

1. O céu é um presente, Rm 6:23

2. Não é ganho (ou comprado por obras ou

merecimento. (Ef. 2:8,9).

Ilustração: O presente de um amigo.

Transição: “Isto pode ser visto mais

claramente quando nós compreendemos o

que a Bíblia diz...”

B. O Homem

1. É pecador

● Romanos 6:23

● Definição do pecado

● Mateus 5:8

2. Não pode salvar-se a si mesmo

● Provérbios 14:12

● Percebe por que é impossível...?

Transição:

“Isto se torna mais nítido quando nós vemos

o que a Bíblia diz...”.

C. Deus

1. É misericordioso – portanto não quer

nos punir. 1Jo 4:8b

2. É justo – portanto tem que punir o

pecado: Ex. 34:7

Ilustração: Ladrão de Banco

Transição: “Mas Deus resolveu este

problema do homem na pessoa de Cristo”.

D. Cristo

1. Quem é? O infinito Deus-homem. Jo

1:1,14; 20:28.

2. O que fez? Morreu na cruz e

ressuscitou dentre os mortos, para

pagar a pena por nossos pecados e para

comprar um lugar nos céus para nós, o

qual nos oferece gratuitamente.

● Definição de graça.

Transição: Este presente é recebido pela...

E. A Fé

Chave para o Céu

1. O que não é fé salvadora:

● Mero assentimento intelectual.

● O Diabo

● Tiago 2:19; Mateus 8:29

● Mera fé temporal

2. O que é fé salvadora:

Confiar somente em Jesus Cristo para a

vida eterna

● Atos 16:31

● Ilustração: A Cadeira

● Motivos para uma vida obediente

III. A DECISÃO

A. A pergunta qualificadora: “Isto faz

sentido para você? ”.

B. A pergunta de decisão: “Você gostaria

de receber o presente da vida eterna? ”.

C. O Esclarecimento da Decisão: “Deixe-

me esclarecer novamente”

1. Transferir a confiança

2. Receber a Cristo ressurreto e vivo.

3. Receber a Cristo como salvador

4. Receber a Cristo como Senhor.

5. Arrepender-se.

D. A oração da decisão: “Se é isto que você

realmente deseja, eu posso dirigir-nos em

uma oração, e podemos contar-lhe o que

você acabou de me contar”.

1. Ore por ele (para compreender,

arrepender-se e crer).

2. Ore com ele (em frases curtas

do evangelho).

3. Ore por ele (para ter certeza da

salvação).

E. A Certeza da Salvação

1. “Gostaria que você lesse o que

Cristo disse a respeito do que

você acabou de fazer”.

2. João 6:47

3. Pergunta nº 1 – Sobre certeza.

4. Pergunta nº 2 – Agora o que

diria Deus?

IV. O ACOMPANHAMENTO

IMEDIATO

A. Bem-vindo à Família de Deus.

B. Folhetos (Explicativos).

1. Isto é para você.

2. Leia Sua decisão para Cristo.

3. Essa foi a sua decisão?

4. Assinatura do novo convertido.

5. Nome, endereço e telefone do

evangelista.

C. Os meios de Crescimento.

1. A Bíblia

● Evangelho de João

● Um capitulo diário

● Visita Sete Dias após.

2. Oração.

3. Adoração.

4. Comunhão com os outros.

5. Testemunho.

D. Convite para assistir à Igreja.