tempo livre julho | agosto 2014

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N.º 15 | Julho/Agosto 2014 Castelo de Vide: Alto Alentejo exemplar “Mythic Ride” em 25 e 26 de outubro BTT pioneiro na serra da Estrela Guia HI Viagens Turismo para Todos numa Ibéria de sonho… Iniciativa Dias da Cultura no Trindade em julho Manuel Coutinho «A Inatel tem-me acompanhado ao longo da vida»

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Tempo Livre Julho | Agosto 2014

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Page 1: Tempo Livre Julho | Agosto 2014

N.º 15 | Julho/Agosto 2014

Castelo de Vide:Alto Alentejo exemplar

“Mythic Ride”em 25 e 26de outubroBTT pioneirona serrada Estrela

GuiaHIViagensTurismopara Todosnuma Ibériade sonho…

IniciativaDias daCulturano Trindadeem julho

Manuel Coutinho«A Inatel tem-meacompanhado aolongo da vida»

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TL Julho/Agosto 2014 // FUNDAÇÃO INATEL // 3

Jornal Mensal e-mail: [email protected] | Propriedade da Fundação INATEL Presidente do Conselho de Administração: Fernando Ribeiro Mendes Vice-Presidente: José Manuel Soares;Vogais: Jacinta Oliveira e Álvaro Carneiro Sede da Fundação: Calçada de Sant’Ana, 180, 1169-062 LISBOA, Tel. 210027000 Nº Pessoa Colectiva: 500122237 Diretor: FernandoRibeiro Mendes Coordenadora de edição: Teresa Joel Logótipo:Fernanda Soares Design: José Souto Fotografia: Isabel Santiago Henriques Redação: Calçada de Sant’Ana, 180 – 1169-062 LISBOA, Telef. 210027000 Colaboradores: Carlos Blanco, João Cachado, Joaquim Diabinho, José Baptista de Sousa, José Lattas, Patrícia Ribeiro, Sílvia Júlio. Publicidade: Direçãode Marketing/Vanda Gaspar Tel. 210072392; Impressão: FLAT FIELD, Marketing e Promoções Lda., Campo Raso – 2710-139 Sintra – tel. 214345400 Dep. Legal: 41725/90.Registo de propriedade na D.G.C.S. nº 114484 Preço: 1,00 euro Tiragem deste número: 78.849 exemplares

// SUMÁRIO

// TOME NOTA

4Notícias

6Espaço do Associado:

Rancho Tradicional de Cinfães

8Entrevista:

Manuel Coutinho

11Cultura:

Cidade das Tradições

14/15Tema de capa:

“Mythic Ride” Estrela 2014

16Hotelaria:

Guia HI – Castelo de Vide

18Viagens:

“Numa Ibéria de sonho…”

21Social:

“Aldeia dos Sonhos”

22Os Contos do Zambujal

24/25Em cena e Ecrãs: espetáculos e

novos filmes em cartaz

26Motor; Palavras Cruzadas;

Sugestões

Sobem as temperaturas em julho e agosto, mas

descem os preços na rede hoteleira INATEL. Do

Minho ao Alentejo, em Cerveira, Santa Maria da

Feira, Entre-os-Rios, Linhares, Manteigas, Alamal,

Piódão e Castelo de Vide haverá descontos de 20%

a 35%. Mais informações: 210 072 387 /

www.inatel.pt.

Verão incerto em copa amarga

// EDITORIAL

OVerão ora iniciado emite sinais climáticos (enão só...) de tal forma contraditórios que édifícil anteciparmos a desejável tranquili-

dade da época estival de férias. Um Verão incertoservido, ainda por cima, com a amargura do medío-cre desempenho nacional na Copa do Mundo!

São razões de monta para apreciarmos, em todaa sua extensão, a segurança das propostas de tem-pos livres INATEL. Marca de confiança bem firma-da, a INATEL é hoje, neste tempo incerto e amargo,sinónimo de confiança e previsibilidade da quali-dade de serviço. E nem por isso os produtos detempos livres que propomos se tornam enfadonhosporque sabem incluir a surpresa e o inesperado,condimentos indispensáveis para a gostosa fruiçãodo lazer.

Em sintonia com as melhores expectativas esti-vais dos nossos leitores, o TL retoma neste númeroduplo de Verão a boa tradição literária da anteriorsérie do nosso órgão de comunicação, republicandoum dos magníficos contos do Mário Zambujal, o“Destinos Trocados”. Regressa, assim, a prestigiosacolaboração de que todos sentíamos a falta e que,em próximas edições do TL, será continuada cominéditos em que ternura, humor e o sentido doinsólito continuarão a entreter-nos com inteligênciaà boa maneira do autor.

Entretanto, pude estar presente na festa dosSantos Populares da comunidade portuguesa emParis promovida pela Rádio Alfa que, há mais duasdécadas, ali mantém vivo o sentimento de pertença

à cultura portuguesa entre os emigrantes e os luso-descendentes de segunda e terceira geração. Anossa gente afirmou-se na região de Paris comouma comunidade vibrante de iniciativa empreen-dedora e cuja participação na vida francesa crescede dia para dia. Símbolo vivo desta atitude é o atualvereador franco-português à Câmara de Paris,Hermano Sanches Ruivo, com quem pude convi-ver e que teve a amabilidade de me convidar paravisitar os Paços do Concelho da capital francesa, nodia seguinte à festa lusa.

Creio que todos os leitores do TL me acompa -nharão no apoio emocionado à nossa comunidadeem França e noutras paragens do mundo. Longe doatual clima depressivo nacional, o contacto com osportugueses que demandaram outras terras parapoderem viver condignamente, e os luso-descen-dentes, é uma boa terapia para superarmos o esta-do de espírito negativo que por cá se implantou enos quer fazer andar para trás!

Por mim, tal contacto deu-me ainda mais forçapara continuar a trabalhar nesta nossa Fundação,contribuindo para a tornar cada vez mais atuante esintonizada com as necessidades da hora presente,designadamente através do novo projeto daAcademia INATEL que em junho arrancou e deque se volta a falar neste TL. n

Presidente da Fundação INATEL

Hotéis INATEL: aumenta o calor,descem os preços…

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Inscrições abertas

Academia INATEL vai formaranimadores de turismo e cultura

AAcademia INATEL, umnovo projeto da Fundação,foi inaugurada no passado

dia 24 de junho, no Parque de Jogos1.º de Maio, em Lisboa, com a apre-sentação dos cursos de TeatroMusical-Formação de Atores eTurismo e Animação Cultural, napresença de formadores convida-dos, do presidente do conselho deadministração, Fernando RibeiroMendes, e da coordenadora do pro-jeto, Carla Raposeira.

“O primeiro curso de TeatroMusical terminará com um espetá-culo de criação coletiva que seráapresentado no Teatro da Trindade.

Na área do Turismo e AnimaçãoCultural, os formandos terão expe-riência em contexto de trabalho, nasatividades de turismo e hotelaria,

de sen volvidas pela Fundação”,adiantou Ribeiro Mendes.

Estas duas ações de Especia -lização Técnica, ministradas por umcorpo docente de profissionais comvasta experiência, destinam-se ajovens com o 12.º ano de escolarida-de que pretendem apostar nas áreasda cultura ou turismo.

Os cursos arrancam em outubro,com mais de 400 horas de formação,distribuídas em três módulos, detrês meses cada, com um númeromáximo de 30 formandos. Os inte-ressados podem inscrever-se atravésde www.inatel.pt. Informações: 211156 040/ [email protected]. n

4 // FUNDAÇÃO INATEL // TL Julho/Agosto 2014

Quando a FundaçãoINATEL comemora oseu 79.º aniversário,

é um privilégio assumir asfunções de Provedor, numainstituição que ao longo dequase oito décadas temsabido solidariamente unirgerações.

A comprová-lo, estão aspalavras do seu Presidente noúltimo “Tempo Livre” – “…éneste espírito quecomemoramos a 13 de junho o79.º aniversário da nossainstituição, honrando atradição com a renovadaaposta na juventude e namodernidade, contribuindopara a coesão entre asgerações.”

Substituir Kalidás Barretoque marcou os últimos 15 anosda Provedoria do Associado, éum desafio ao mesmo tempoaliciante e de granderesponsabilidade. Por tudoisso, fica aqui a promessa detudo fazer para ser a partirdeste momento, os olhos, osouvidos e a voz dosAssociados da INATEL.

Contem comigo como euespero contar sempre com asvossas críticas construtivas eas vossas sugestões, paratornarmos a INATEL cada vezmaior ao serviço dostrabalhadores portugueses.

Manuel [email protected]

//COLUNADO PROVEDOR

50Anos na

INATEL

Completam, nos meses de julho e agosto, 50 anos de ligação à Fundação INATEL os associados: António Rocha, HenriqueVilarinho, de Vila Franca de Xira; António Dourado, Carlos Dias, de Lisboa; Duarte Costa, de Rio Tinto; Adriano Ramos, deAlhandra; Avelino Marques, de Aveiro; Augusto Soares, de Amora; Manuel Duarte, de Sesimbra.

Protocolo INATEL/Casa Pia de Lisboa

A Fundação INATEL celebrou um

protocolo de cooperação com a

Casa Pia de Lisboa (CPL), em

abril último, com o objetivo de

permitir a integração dos

formandos da CPL, estruturada

num contrato de Formação Prática

em Contexto de Trabalho, que visa

o desenvolvimento de

competências técnicas,

organizacionais e de gestão de

carreira, para a inserção no

mundo do trabalho. A Fundação

esteve representada pelos

presidente e vice-presidente,

Fernando Ribeiro Mendes e José

Manuel Soares. Pela Casa Pia de

Lisboa rubricou a presidente do

conselho diretivo, Maria Cristina

Fangueiro.

Dezenas de milhares de por-tugueses emigrantes emFrança celebraram a Festa

da Rádio Alfa em Créteil, Paris, nopassado dia 15 de junho, numespetáculo que teve a participaçãode vários artistas nacionais, incluin-do o popular Tony Carreira.

A Fundação associou-se a este

certame para promoção dos seusserviços de Turismo e Hotelaria. Foigrande a afluência ao stand daINATEL procurando informação,com manifesto interesse em conhe-cer as principais ofertas e ativida-des, de uma instituição portuguesaque para muitos dos presentes eraainda desconhecida. n

INATEL na Festa da Rádio Alfa em Paris

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OTurismo Social no país e nomundo foi o mote daConferência Internacional

de Turismo para Todos que apro-vou, por aclamação, a Declaração deLisboa, sublinhando a sua impor -tância no âmbito da economiasocial.

A conferência de turismo, orga-nizada pela Fundação INATEL,decorreu no passado 29 de maio, noTeatro da Trindade, em Lisboa, coma presença de especialistas nacionaise internacionais, que partilharamexperiências de diversos países.Entre os temas abordados salienta-se a saúde e o termalismo, a nature-za, a aventura e o desporto, a juven-tude, a acessibilidade para cidadãoscom necessidades especiais, e a cul-tura enquanto desenvolvimentoregional.

Solidariedadee sustentabilidadeA conferência aprovou, por acla-mação, a Declaração de Lisboa que,seguindo as orientações da Orga -nização Mundial do Turismo, doCódigo Mundial da Ética do Turismo,do Plano Estratégico Nacional para oTurismo, defende o conceito deTurismo Para Todos inserido na esfe-

ra da economia social, fundada emvalores filantrópicos, solidários,ambientais, respeitando a cultura doslocais e valorizando a sustentabilida-de. Na Declaração de Lisboa, (dis-ponível em www.inatel.pt), ficoutambém declarado que os participan-tes da conferência apoiam a criaçãodo Portuguese Ethic Tourism ThinkTank (PETTT), inspirado no CódigoÉtico Mundial para o Turismo.

Valor económico e culturalNa conferência esteve presente oSecretário de Estado do Turismo,Adolfo Mesquita Nunes, que realçoua importância económica do Turismona economia nacional dando, entreoutros exemplos, a responsabilidadedo setor em 20% dos empregos cria-dos no ano passado em Portugal. Em

matéria de Turismo, o país é já o vigé-simo mais competitivo a nível mun-dial o que demonstra a fulgor da áreasendo visitados por mais de catorzemilhões de pessoas anualmente.

Adolfo Mesquita Nunes realçouainda a importância do Turismo noperpetuar de tradições culturais, gas-tronómicos e sociais. No interior dopaís muitas destas tradições come -çam a renascer por serem valorizadaspelos turistas, nomeadamente noâmbito do Turismo Cultural e deNatureza.

O governante resumiu aindaalgumas das políticas públicasseguidas por este governo nestaárea como a revisão dos licencia-mentos dos empreendimentosturísticos, a revisão das classifi-cações dos hotéis, premiando omérito e a capacidade de adaptaçãodos hotéis às várias tipologias deturistas; o apoio a produtos integra-dos através do novo quadro deapoio europeu em que se valorizaráa requalificação dos equipamentosexistentes interligando-os com omeio onde se inserem, e a desburo-cratização e o terminar de taxasexcessivas para incentivar a criaçãode novos produtos de animaçãoturística das cidades portuguesas. n

Obrigado,Luís Kalidás!

Como noticiámos naedição anterior do TL,cessou agora funções

de Provedor do AssociadoINATEL o Luís Kalidás Barreto.

Conheci o Luís Kalidás em1973, era eu jovem estudante etrabalhador da FederaçãoNacional dos Sindicatos doPessoal da Indústria dosLanifícios, e ele, um dosdirigentes máximos daFederação e do livresindicalismo português, queentão emergira por entre asmalhas dos sindicatoscorporativos, beneficiando dacurta primavera marcelista.

Resistente à ditadura,militante das horas difíceis daluta laboral e cívica, ele é umdos grandes obreiros da nossademocracia, não só pela suaprática de sindicalista comotambém enquanto deputado àAssembleia Constituinte em1975-6 e ator político e cívicosempre presente nos grandescombates pela Liberdade dosúltimos quarenta anos.

Na hora do render daguarda na função de Provedordo Associado INATEL, daquilhe envio comovido abraço deagradecimento pelo muito quelhe devemos nesta casa.

Continuaremos, estou certo,a beneficiar do seu saber e dasua colaboração solidária nestagrande Fundação, que eletanto tem ajudado a crescer.Por isso, se outras razões nãohouvera, obrigado, LuísKalidás, e até já! n

Fernando Ribeiro Mendes

1.ª Conferência InternacionalTurismo para Todos

TL Julho/Agosto 2014 // FUNDAÇÃO INATEL // 5

AFundação INATEL assi-nalou, no passado dia13 de Junho, 79 anos de

existência com o espetáculo“Trovas & Canções – Actores,Poetas e Cantores”, no Teatro daTrindade. Três gerações empalco, do avô ao neto, a famíliade Ruy de Carvalho, mais o atorRicardo Carriço, e um convida-do especial, Paulo de Carvalho queinterpretou os seus grandes êxitos“Meninos do Huambo” e “MãeNegra”. Ainda em palco, a fadistaAna Marta e Ricardo Gama à guitarra

portuguesa e Isabel Bogalho na violaclássica.

Em ambiente descontraído e in -formal, os membros do Conselho deAdminis tração, presidente, Fer nan do

Ribeiro Mendes, e vogais, Álva-ro Sousa Carneiro e JacintaOliveira, juntaram-se ao elencoe, com o público e colaborado-res, cantaram os para béns àFundação e sopraram as velasdo bolo de aniversário.

Com um papel único erelevante na sociedade portu-guesa no que à cultura, ao des-

porto e ao lazer diz respeito, aFundação INATEL olha agora ofuturo, como organização modernado séc. XXI, rumo à celebração dos80 anos. n

INATEL comemorou 79 anos

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6 // ESPAÇO DO ASSOCIADO // TL Julho/Agosto 2014

O grupo de cinfanenses,cons tituído por cerca dequarenta pessoas, de

todas as idades, tem mantido aligação às origens dedicando-se àpreservação e divulgação da cultu-ra popular do concelho de Cinfães,através dos trajes, dos cantares, dasdanças, do artesanato e das repre-sentações etnográficas.

Uma das responsáveis pelo gru -po, Hermínia Resende, fala-nos davertente lúdica envolvida nesse tra-balho de transmissão e de aprendi-zagem, dando exemplo do vocabulá-rio regional que serviu de suporte àconstrução dos diálogos do “quadroetnográfico” Serão na aldeia. Desde omomento das recolhas no terreno,feitas com base em testemunhosorais e em apontamentos de históriasde vida, até à sua reconstituição sob aforma de espetáculo público, umlongo caminho é percorrido portodos, para que a frase “Ó senhoramãe, quero pom, tenho fome!” expri-ma a preceito a maneira de falar deCinfães. “Um ensaio é para rir, ooutro ensaio é para ensaiar! – subli -nha – Até os mais novos se deixaramcativar por aquela estranha forma defalar!”.

O reforço de laços afetivos e decoesão entre o grupo é outra dascomponentes implicadas nesteprocesso e que está presente nosensaios semanais e nas atividadesregulares, “este trabalho exigiu quenos concentrássemos e uníssemosesforços em torno de um objetivocomum. No momento em queaconteceu foi um elo de uniãoextraordinário.”

Os elementos do rancho, inte-grados na tocata (secção instrumen-

tal), cantoria ou dança, consoante asua vocação, gosto ou habilidade,apresentam-se com trajes tradicio-nais, confecionados em linho, sir-guilha, serrobeco e burel – desde o“traje de filha de lavrador abasta-do” ao “traje do malhador da eira”,“de cachopa” ou “de moço” –, teste-munhos da diferenciação social,cultural e económica, assim comoda paisagem agrícola que caracteri-zou a zona serrana de Cinfães.

O rigor desta forma de reconsti-tuição histórica, baseada no estudode peças originais que serviram demodelo, traduz os propósitos de“representar, divulgar e dar conti-nuidade”, para que o conhecimen-to e a memória sobre estas práticasse preservem. As músicas e dançasque fazem parte do reportório sãotrabalhadas a partir de pesquisas

efetuadas pelos ranchos folclóricosdo concelho de Cinfães, “nós usa-mos as mesmas modas, procurandocantá-las e dançá-las com o mesmorigor com que eles o fazem.”

“Mais além de dançar e cantar”A colaboração desta associaçãocom a Fundação destacou-se noto-riamente em dois eventos, Raiz eCidade das Tradições. No âmbito dascomemorações do Dia Inter -nacional da Dança e do Dia Eu -ropeu da Solidariedade entreGerações, em 2012, a INATEL asso-ciou-se ao Rancho Tradicional deCinfães e à bailarina profissional,Carla Ribeiro, para criarem umespetáculo de dança original, Raiz,onde as modas de roda, a contra-dança, a chula e o fado mandadoforam reinterpretados e ganharam

outra dimensão. A aproximação dadança tradicional portuguesa apráticas de dança contemporânea,a qualidade, profissionalismo eesforço do rancho, a diversidadeetária dos elementos e o seu contri-buto para a inclusão social e cultu-ral, fizeram deste espetáculo “ummomento único na história dogrupo”, com duas apresentaçõesno Teatro da Trindade e na Uni -dade Hoteleira da Caparica.

A riqueza e o dinamismo da ati-vidade do Rancho Tradicional deCinfães ficaram bem expressos naCidade das Tradições, em 2013, ondea sua participação se estendeu aosworkshops de dança e de trançariae chapelaria, às animações de ruacom jogos e brinquedos tradicio-nais, aos saberes e fazeres artesa-nais relacionados com o ciclo dapalha e aos espetáculos de palco.Para o grupo, “foi uma honra tercolaborado nesta iniciativa – acres-centa – por tudo o que nos propor-cionou e porque nos deu oportuni-dade de mostrar de forma diferen-te o nosso valor.”

Para além do “Encontro deTradições”, que tem lugar noJardim Público de Moscavide, ondeas associações são convidadas aapresentar “algo mais além dedançar e cantar, como sejam, temasdo cancioneiro religioso, pregõesou o lançamento de pulhas”, oRancho Tradicional de Cinfãesorganiza, anualmente, bailes popu-lares de Carnaval e de Outono, eparticipa em festas de bairro eromarias, em lares de idosos, esco-las e animações de rua, privilegian-do igualmente a vertente social epedagógica de intervenção. n

CCD INATEL

Rancho Tradicional de Cinfães A ligação às origensA Associação cultural Rancho Tradicional de Cinfães iniciou atividade em 2005, em Lisboa, como objetivo de “integrar e enraizar os cinfanenses que, à procura de melhores condições de vida,abandonaram a terra natal para encontrarem uma ‘segunda terra’ na capital”.

A bailarina profissionalCarla Ribeiro emassociação com aINATEL e o RanchoTradicional de Cinfães,criaram “Raiz”, umespetáculo de dançaoriginal, apresentadono Trindade em 2012.Ao lado, “Cidade dasTradições” em 2013

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TL Julho/Agosto 2014 // ESPAÇO DO ASSOCIADO // 7

// À CONVERSA COM...

Nesta edição, o TL conversou com

João Carvalho Santos, 34 anos,

associado há 14 anos, na agência

de Leiria, “para poder praticar a

minha modalidade de eleição –

Pesca Desportiva de água doce –

junto dos meus amigos e colegas,

numa vertente de camaradagem e

partilha de experiências”.

Considera-se satisfeito e observa

que “os funcionários mostram-se

sempre disponíveis para ajudar e

esclarecer, demonstrando um

elevado nível de profissionalismo”.

Para este amante do Desporto

INATEL, a Fundação representa

um “serviço público de qualidade,

que promove e apoia diversas

atividades desportivas e culturais.

Gosto igualmente – acrescenta –

da possibilidade de usufruir das

várias unidades hoteleiras para

gozar umas boas férias”.

Conversamos, também, com João

de Almeida Eliseu, 85 anos,

inscrito desde 1992, após a

aposentação da função pública. “A

INATEL – conta – permite-me fazer

turismo, com a minha mulher, em

excursões ou através de iniciativas

próprias, confraternizando com

amigos, fazendo novas amizades e

visitando regiões, cidades ou locais

que até então não tínhamos

podido conhecer ou rever”. Assim,

conheceu as instalações de

Cerveira, Entre-os-Rios, Vila Ruiva,

Linhares da Beira, S. Pedro do Sul,

Santa Maria da Feira, Piódão, Luso

Manteigas, Foz do Arelho, Oeiras,

Caparica, Castelo de Vide,

Albufeira e Porto Santo. Também

foi aos Açores, esteve nas Ilhas do

Faial, Pico, Terceira, Flores, Corvo

e S. Miguel, e Espanha, ficando em

Fuengirola, Torremolinos, Roquetas

de Mar e Mogarraz.

“Frequento – acrescenta – as

termas de Entre-os-Rios, nos

últimos três anos, o que se tornou

uma experiência muito agradável e

que desejo usufruir enquanto for

possível. Tenho frequentado,

também, as excursões para,

comodamente, assistir a

espetáculos em Lisboa, ir às festas

de Natal na Caparica, e, em

Albufeira, habituei-me a fazer a

passagem de ano com amigos e

conhecidos, que todos os anos

tenho a felicidade de reencontrar

naquele animado e bem

organizado Réveillon”.

João Eliseu sublinha, ainda, que a

INATEL representa “uma

organização, que associa uma

eficiente agência de viagens a uma

cadeia hoteleira que se define pela

diversidade e qualidade de

serviços. Cerveira, Vila Ruiva,

Piódão, Foz do Arelho e Albufeira

têm presentemente instalações de

muita categoria mas, em todas, o

pessoal é delicado, correto e

competente, desde a recepção aos

serviços de restauração e

limpeza”.

Satisfaz-lhe recorrer aos serviços

da agência de Leiria, frequentar as

unidades hoteleiras ou integrar

viagens, principalmente, “pelas

comodidades oferecidas,

convivência e tratamento familiar

que tanto nos agradam”.

Disponibilidade e competência

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Page 8: Tempo Livre Julho | Agosto 2014

Éprecisamente em família queo psicólogo clínico gosta demergulhar na piscina, para

juntos desfrutarem de momentosde puro lazer. Manuel Coutinho,que é também professor adjuntodo ensino superior em cadeirascomo Terapia Familiar e outrasáreas, fala na importância de pais efilhos aproveitarem o tempo deférias para se conhecerem melhor ese entregarem mais uns aos outros.Mas deixa um alerta: o tempo e oespaço de cada um, mesmo emfamília, tem de ser sempre respeita-do.Sei que gosta de dar umasbraçadas na piscina da InatelCaparica…. Todos os anos no verão, pelomenos duas a três vezes por mês,vou às piscinas da Inatel Caparica.Costumo ir em família aos sábadosde manhã e acabamos por almoçarlá. Temos, inclusive, memóriasmuito positivas com todos amergulhar na piscina.Que vantagens encontra emutilizar essa piscina?É muito tranquilo estar ali. Há ummisto de piscina, uma zona demata e pode-se respirar o ar dapraia. O espaço envolvente émuito agradável. As criançasgostam imenso de lá estar eperguntam-nos constantemente:«Quando é que vamos para apiscina?» As pessoas acabam porser ali bastante felizes e realizadas.Há também a vantagem daproximidade com Lisboa, ondemoramos, e não é preciso fazergrandes viagens. Tenho umagregado familiar numeroso.Quatro crianças, uma de 13, umade 11, outra de 8 e outra ainda de

7, e os preços praticados pelaInatel são, na minha opinião,bastante acessíveis. Normalmentealmoçamos por lá, pois acho que éuma boa relação qualidade/preço. Ainda frequenta a piscina daUnidade de Oeiras, onde viveumomentos agradáveis em criança?Sim e também passo lá bonsmomentos. Quando era criança, ialá com os meus pais e irmãos paraa zona do Motel Continental –assim era conhecido na altura, nosanos 70. Íamos à praia e à piscinado Motel sobre o mar. Tenhomuito boas memórias e há aquialguma relação de afetividade comtodos estes espaços. Passávamosum período de tempo muitoagradável em família. Íamostambém para ali porque havia umself service – era o único sítio queeu conhecia com um self service.Continuo a achar que a nível dehotelaria e de espaços verdes, aInatel é uma referência a nívelnacional. Há também uma história ligada àsua juventude no Parque de Jogos1.º de Maio…Sim, em 1977… Quando termineio curso, a bênção das pastas foi noEstádio 1.º de Maio. Na altura, osfinalistas davam uma volta aoestádio com as pastas levantadas eas fitas em permanente agitação,enquanto as famílias, sentadas nabancada, viam o que se estava ali apassar. A Fundação Inatel tem-meacompanhado ao longo da vida.Acompanhou-me quando eracriança, quando era jovem;acompanha-me enquanto adulto eacompanha também a minhafamília. Ainda conheceu o então Motel

Continental (Inatel Oeiras). Eatualmente já teve oportunidadede experimentar outras unidadeshoteleiras?Tenho vontade de um dia destesexperimentar as instalações na Fozdo Arelho. Tenho pessoas amigasque passam lá férias e gostammuito. Em breve, é possível que váà Inatel Porto Santo. Eu já estiveno Porto Santo, ao pé da Inatel, evi que está muitíssimo bemlocalizada, muito bem integradana natureza. Ainda não estive lá apernoitar mas proximamente heide estar.Para onde vai de férias este ano?Vou para o Algarve para uma casaparticular e depois tenho sempreum período a dois de férias. Aminha mulher, que é associada daInatel, já foi à agência no Rossiopara uma possível viagem àTurquia.Já alguma vez viajou com aInatel?No ano passado fiz uma viagemao Leste europeu – Croácia,Bósnia, Montenegro e Eslovénia –tratada na agência da Inatel doRossio. Tive conhecimento dessaviagem através do jornal TempoLivre e do site da Inatel. Do pontode vista pessoal, a Inatel tem sidouma mais-valia ao longo da minhavida. Tem sido uma parceriaengraçada. Há também uma parceria daInatel com o IAC…O Instituto de Apoio à Criançatem sido muito beneficiado comessa parceria, com o apoio diretoque a Inatel tem dado às crianças eàs famílias, nomeadamente nacedência de espaços, nofornecimento de refeições e no

proporcionar, a título gratuito,dormidas às crianças que sãoapoiadas pelo IAC. Esta vertentehumana e social e esta atençãopermanente que a Inatel dá àscrianças é, sem dúvida, uma mais-valia para todos: crianças, jovens esuas famílias. É psicólogo clínico há mais detrinta anos. Por que razão é tãoimportante que pais e filhospossam desfrutar de fériasjuntos?As férias são um momentooportuno para todos nosconhecermos cada vez melhor,para estarmos uns com os outrossem máscaras. É uma mais-valiapara todas as famílias poderemaproveitar o período das férias,para as pessoas se entregaremmais, conversarem mais, livres dezonas de stress e de situaçõesstressoras. Nas férias recarregamosas baterias familiares para termosenergia suficiente para nosdepararmos com o ano que vemaí. Durante o ano civil e letivo,temos a lupa muito em cima dasobrigações, dos deveres, do relógioe do despertador – que desperta ador, tal como indica o nome – edevemos aproveitar as férias paraser um período com muita alegriae onde nós podemos ter umconvívio franco, sereno, fraternal eagradável.Vivemos uma época em que todosnós, desde muito pequenos,aprendemos a colocar sempre osdeveres e as obrigações à frentedo lazer… É verdade que o dever e asobrigações fazem parte da vida,mas o lazer é estruturante.Podermos ter feriados, pontes e

Manuel Coutinho «A Inatel tem-meacompanhado ao longo da vida»Manuel Coutinho, secretário-geral do Instituto de Apoio à Criança (IAC) e coordenador do SOSCriança, conta as memórias que o ligam afetivamente à Inatel. «A Fundação Inatel tem-meacompanhado ao longo da vida. Acompanhou-me quando era criança, quando era jovem;acompanha-me enquanto adulto e acompanha também a minha família.»

8 // ENTREVISTA // TL Julho/Agosto 2014

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férias para projetarmos o futuroorganiza-nos a mente. Enganam-se os Estados, os políticos e associedades que pensam que sódevemos trabalhar. Na música,temos as pausas. Na linguagemexistem as vírgulas e os pontospara equilibrar os textos – e a vidade cada um nós precisa de pausaspara ter equilíbrio psicológico.Para além disso, ajudamos adinamizar o comércio em zonascomo o interior do país. Sou afavor das pontes alargadas e dosferiados. Por isso é que eu achoque organizações como a Inatel

“No ano passado fizuma viagem, ao Lesteeuropeu, tratada naagência da Inatel doRossio. Tiveconhecimento dessaviagem através do jornalTempo Livre e do siteda Inatel. Do ponto devista pessoal, a Inateltem sido uma mais-valiaao longo da minha vida”

que, a preços mais reduzidos,podem levar a que muitas pessoastenham a esperança de ter unsdias bem passados, são muitoimportantes.Nas férias é importante planearou deixar-se ir ao sabor domomento?Deve fazer-se uma planificaçãomacro, escolher o local para ondevamos e o tempo que vamos láficar. Depois de lá estarmos,devemos fruir os prazeres domomento e não sermos escravosdo mapa nem do relógio e outrotipo de obrigações.

Mesmo estando em família, háalturas em que todos nósprecisamos de estar sozinhos, eisso nem sempre é pacífico…Cada pessoa pode ter o seu espaço,o seu momento para se encontrar,ler o seu livro ou a sua revista,jogar às cartas, interagir, fazer oque lhe apetece. Mesmo quando sevai com uma família numerosa,cada um precisa de ter um espaçosó para si. Esse espaço tem de serrespeitado por todos e não deveser invadido. Os filhos devemperceber que os pais precisam detempo para fazer as coisas de quegostam e os pais têm de saber queos filhos também precisam de tertempo para fazer o que gostam. Etodos temos de compreender quehá coisas que gostamos de fazertodos ao molho [risos].No fim das férias, o que temmesmo de valer a pena?No fim das férias temos de vircom as baterias carregadas parapodermos com alegria, equilíbrio ecoragem enfrentar o ano quevamos ter pela frente. Temos detrazer o nosso coração cheio daspessoas que estiveram connosco.Temos de trazer fotografiasimaginárias dos bons momentosque passamos juntos e pensartambém logo nas próximas férias.Como diz o poeta: «Cada vez queo homem sonha, o mundo pula eavança como bola colorida entreas mãos de uma criança».Já que falou em sonho, algumavez foi à Eurodisney? Esta é aviagem de sonho para tantascrianças...Sim. A Eurodisney é uma viagemde sonho para muitas crianças,mas também para as famílias. É opoder vivenciar o imaginário. Ali arealidade ultrapassa a ficção, équando o impossível se tornapossível, é quando conseguimosapalpar os sonhos. Masrecomendo essa viagem só a partirdos 10 anos, porque há algunsconstrangimentos que têm a vercom as alturas e algumasbrincadeiras que não são muitoaconselháveis para as criançasmuito pequenas. nSílvia Júlio

TL Julho/Agosto 2014 // ENTREVISTA // 9

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10 // ESPAÇO DO ASSOCIADO // TL Julho/Agosto 2014

Mais informações sobre o Regulamento: www.inatel.pt (Fundação/“Tempo Livre”/edição de abril) T. 210027000/ [email protected]

// XVIII CONCURSO “TEMPO LIVRE” DE FOTOGRAFIA

PrémioClara Rosário, Lisboa

Associado n.º 233162

Menção honrosaRui Mendes, Porto

Associado n.º 240781

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Page 11: Tempo Livre Julho | Agosto 2014

Comunicação em debate

CIOFF Portugal na Bósnia

Realizou-se entre 19 e 23 dejunho, em Sarajevo, a as -sem bleia-geral do Setor da

Europa do Sul e África do CIOFF –Conselho Internacional das Orga -nizações de Festivais de Folclore eArtes Tradicionais.

A reunião internacional contoucom a presença dos representan-tes do CIOFF Bósnia-Herze -góvina, Bulgária, Espanha, Fran -ça, Itália, Montenegro e Suíça.Portugal esteve representado pela

presidente da Associação CIOFFPortugal, Jacinta Oliveira, e pelacoordenadora da direção de Cul -tura, Sofia Tomaz.

Das matérias discutidas desta-cam-se os contributos apresenta-dos para a eficácia da comunicação,interna e externa, entre os mem-bros que compõem esta rede detrabalho internacional que integra,atualmente, 101 países dos cincocontinentes, promovendo mais de300 festivais por ano.n

TL Julho/Agosto 2014 // CULTURA // 11

Julio CortázarDaniel Schvetz

Septeto tango

Marcada para setembropróximo, a Cidade dasTra dições vai, neste ano,

crescer em dimensão, em númerode expressões de artes e culturastradicionais e em dias de festa. Asegunda edição desta popular e jáprestigiada iniciativa da INATELcontará com o contributo de vo -luntários que desejem participarneste evento de forma solidária,disponibilizando o seu tempo livree colhendo outro tipo de experiên-cias nos bastidores e com a equipaorganizadora.

Se tem disponibilidade venhaconnosco “construir” a Cidade dasTradições de 19 a 21 de setembro,no Parque de Jogos 1.º Maio, emAlvalade.

Ao grupo de voluntários sele-cionado será disponibilizada ali-mentação, despesas de transporte,seguro, formação e t-shirt de vo -luntário.

Se tem interesse e vontade departicipar contacte a direção deCultura da Fundação INATEL:[email protected] / T. 210027150 /www.inatel.pt. n

Voluntários

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Fotografias:Óscar Coelho daSilva. - FundaçãoINATEL / ArquivoFotográfico

Parente longínquo dos jogosde tabuleiro da antiguidadepré-clássica, o Jogo de Da -

mas teve origem no Al-qirkat ouAlquerque, introduzido na Penín -sula Ibérica pelos árabes no séculoVIII. Gozando de grande populari-dade na Europa da Idade Média, o‘Jogo de Tablas’, como era conheci-do em Portugal, ressurgiu nossalões da aristocracia do séculoXVIII, vindo mencionado noromance História famosa da Vénus deFerrara, de João Henrique. Foi,porém, somente a partir do 2.ºquartel do século XIX, com oadvento duma classe média consis-tente, que o Jogo de Damas sepopularizou no nosso país, tendosido utilizado como forma decomunicação codificada entre osprisioneiros políticos da ditaduramiguelista.

Durante o século XX, sobretudoa partir da 2.ª metade, o Jogo de

“Democratização” das Damas

12 // ARQUIVO HISTÓRICO // TL Julho/Agosto 2014

Damas ganhou adeptos entre asmassas populares, passando, tam -bém, a jogar-se nos cafés e nascolectividades.

Este processo de «democrati-zação» das Damas, ficou a dever-se,em grande medida, à acção daF.N.A.T., que em 1952 introduziu ojogo nas suas actividades para tra-balhadores. Logo nesse ano, dispu-tou-se em Lisboa um torneio deDamas que contou com a partici-pação de mais de 120 beneficiários,número que se repetiu nos doisanos subsequentes. Em 1955, a parda publicação do Regulamento [do]campeonato nacional de damas clássi-cas, a F.N.A.T. promoveu uma«simultânea» que opôs o damistaAdelino José Ribeiro a 43 parceiros,que se observa nas fotografiasapresentadas. nJosé Baptista de Sousa[O autor escreve de acordo com a

antiga ortografia]

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Page 14: Tempo Livre Julho | Agosto 2014

Acrescente procura de umconceito de provas de aven-tura outdoor e superação

dos próprios limites, fez a FundaçãoINATEL abrir a sua oferta competiti-va a todo o público em geral. Depoisdo sucesso que foi a aposta na moda-lidade de Trail Running, chega a vezdo BTT experimentar competiçõesde maior exigência física e técnica.

Nos dias 25 e 26 de outubro, aregião da Serra da Estrela vai receberuma competição de BTT com umconceito ainda pioneiro no nossopaís.

Duas etapas e GPSA prova que irá decorrer em duasetapas, uma longa e outra curta, serádisputada em equipas de dois ele-mentos e com orientação pelo per-curso através de GPS.

As equipas poderão ser constituí-das por elementos de diferentes ida-des e sexo, sendo que na chegada enos vários pontos de controlo, oresultado da equipa será validadoapenas com a presença simultâneade ambos os elementos.

Os atletas do MR Estrela 2014 irãopercorrer trilhos remotos, muitosdeles pisados apenas pelos pastorese seus rebanhos. Pedalar junto daslagoas serranas, percorrer os cumesda montanha, descer o vale Glaciar eatravessar os Rios Mondego e Zêzereserão alguns dos pontos de passa-gem obrigatória.

Este é um conceito importadocom enorme sucesso no estrangei-ro, mas ainda recente em Portugal.A maior prova da especialidade rea-liza-se na África do Sul – CAPEEPIC, e contabilizou este ano a suadécima edição. Também no Brasilexiste uma prova de igual mediatis-

mo e muito participada por atletasportugueses – BRASIL RIDE, quecuriosamente se irá disputar namesma data do MYTHIC RIDE, aolongo de sete etapas, nos trilhos daChapada Diamantina, no centro doEstado da Bahia.

A organização fornece aos atletaso que necessitam para participarneste desafio, como abastecimentosao longo das etapas, opção de aloja-mento, alimentação e ainda suportetécnico.

Alcançar o topo de Portugal vaiser um dos desafios deste evento,mas mais do que vencer a compe-tição, os participantes vão ter umaexperiência de auto conhecimento,superação dos próprios limites, vivero verdadeiro espírito do BTT e estarem contacto com a Natureza no seuestado mais puro.

Todas as condições estão a ser pla-neadas ao pormenor e os atletas ape-nas terão de procurar um parceirocom pedalada para desfrutar destaaventura ao máximo.

Marco Chagas: uma carreirainiciada na FNAT/INATELCom 74 vitórias na carreira, entre asquais 22 em etapas da Volta aPortugal, Marco António MartinsChagas, natural de Pontével, Car -taxo, mantém o recorde de ciclistaportuguês com o maior número devitórias nesta competição (1982,1983, 1985 e 1986). Aos 57 anos, oantigo campeão continua em gran-de forma e a pedalar ao mais altonível.

Poucos sabem, mas um dos pri-meiros títulos de Marco Chagas foi,aos 16 anos, o de campeão distritalde ciclismo da FNAT. Foi a suarampa de lançamento e a razão do

A Fundação INATEL vai proporcionar aos amantes do BTT, nos próximos dias 25e 26 de outubro, a sensação única de percorrer os trilhos do ponto mais alto dePortugal continental e desfrutar da beleza natural desta região. A prova, “MythicRide”, será apadrinhada pelo antigo campeão nacional de ciclismo Marco Chagas.

14 // TEMA DE CAPA // TL Julho/Agosto 2014

“Mythic Ride” em 25 e 26 de outubro

BTT pioneiro na serra da Estrela

ENTREVISTA // MARCO CHAGAS500 mil quilómetros a pedalar…

Como é que apareceu o

ciclismo na sua vida?

O ciclismo apareceu na minha

vida por influência do meu tio

Ramiro Martins, que foi ciclista

do Benfica e participou nos

Jogos Olímpicos de Roma, em

1960.

Recorda-se de qual foi a sua

primeira bicicleta?

Sim. Foi-me oferecida no Natal

de 1962, pelos meus pais.

Na sua opinião, qual foi a sua

maior conquista como atleta?

A quarta vitória na Volta a

Portugal, uma vez que fui o

primeiro corredor a consegui-lo.

Tem ideia de quantos

quilómetros pedalou até hoje?

Não, mas, no mínimo, terão sido

uns 500 mil.

Trepar a Serra da Estrela terá

tanto de esforço como de

emoção…

Nos meus tempos de corredor

as chegadas nunca foram na

Torre. Apenas passavam por lá

e, depois, chegavam às cidades

à volta da serra (Gouveia,

Manteigas, Seia ou Covilhã). No

entanto, sempre eram etapas de

extrema importância para o

resultado final.

Qual a sua preferência de

rodas?

Agora, depois de 18 anos como

corredor profissional de estrada,

a minha preferência vai para a

“roda grossa”.

Que conselhos pode dar às

equipas deste Mythic Ride?

Apenas lembrá-las de que estão

na zona mais montanhosa de

Portugal continental.

Depois da participação em

grandes aventuras, como a

Titan Desert, Brasil Ride e

Transportugal, qual o próximo

desafio?

O meu próximo desafio,

juntamente com mais três

colegas de Clube, será o

Powerade Ion4 Madrid – Lisboa

Non Stop, em setembro. Trata-se

de uma prova de Btt que ligará

as capitais da Península Ibérica,

através de 10 etapas, sem

paragens, com passagem de

testemunho entre os membros

da equipa.

Sabemos que é um dos

fundadores de um clube de

Ciclismo com o seu nome.

Como é que nasceu esse

projeto?

Este projeto nasceu,

maioritariamente, por ação do

meu companheiro e amigo

Miguel Barroso, que teve a ideia.

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TL Julho/Agosto 2014 // TEMA DE CAPA // 15

convite para ingressar no Benfica,em 1974, pela mão do treinadorFrancisco Valada que tentou levar ojovem do Cartaxo para Lisboa. Noentanto, o coração verde e brancofalou mais alto e Marco Chagas aca-bou por optar, aos 17 anos, peloSporting.

Participou, pela primeira vez, naVolta em Portugal em 1976 ao serviçoda Costa do Sol, uma equipa forma-da maioritariamente por atletas vin-dos do Sporting e Benfica. Logo naprimeira Volta, ganhou três etapas eterminou num surpreendente 6.ºlugar na geral.

A primeira vitória na Volta acon-teceu em 1979, em representação daequipa Lousa-Trinaranjus, mas umasemana depois recebeu a triste notí-cia da desclassificação.

Depois de uma temporada emFrança ao serviço da equipa Puch,voltou a Portugal em 1981 através deum convite do F. C. do Porto.Começou, nesta década, a suacarreira triunfal com quatro vitóriasquase consecutivas na Volta entre1982 e 1986, uma pela equipa nor-tenha, a segunda pela Mako Jeans(1983) e as duas últimas peloSporting (1985 e 1986). Participou,ainda, no Tour francês, em 1980 e1984, a primeira ao lado de JoaquimAgostinho. Aos 33 anos decidiu ter-minar a sua carreira como ciclistaprofissional, mas mantendo-se liga-do à modalidade, como treinadordas equipas Tensai MundialConfiança (1991 e 1992) e SicasalAcral (1993 a 1995).

Detentor de uma cultura despor-tiva invejável, hoje é comentador deciclismo da RTP e faz as delícias dosamantes da modalidade que acom-panham a Volta através da televisão.

Apesar dos 57 anos de idade, as per-nas não lhe pesam e o amor pelasduas rodas mantém-se. MarcoChagas pedala agora pelos trilhos donosso país, mas agora com “rodagrossa” (bicicleta de BTT).

Em 2011, com alguns amigos liga-dos à modalidade, fundou o Clubede Ciclismo Marco Chagas. Nomesmo ano, fez parte da equipa MeoTeam e participou numa das provasde BTT mais duras do Mundo, aTitan Desert. Em 2012, participou naBrasil Ride, fazendo dupla comNuno Margaça (Bike Angels) e maisrecentemente na Transportugal de2013. n

JULHOEM FORMAACTIVIDADE FÍSICAPARA TODOS

> Aulas de Ginásticade Grupo

> Aulas abertas | Grátis

SEGUNDAS E QUINTAS10h30

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QuadrosCompetitivos

2014/15MODALIDADES COLETIVAS:

Andebol | BasquetebolFutebol | Futsal | Voleibol

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INSCRIÇÕES: a partir de 1 SET. 2014INFORMAÇÕES: tel. 210 027 120 | [email protected]

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Futebol 7 Parque de Jogos 1º de Maio | LISBOA

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// TERMAS DE MANTEIGAS

Desporto, naturezae bem-estar

No coração da Serra da Estrela

e junto às margens do Zêzere,

existe um tesouro centenário

que nasce do fundo da terra.

As termas de Manteigas são

uma das unidades termais mais

importantes do país, com água

mineral natural captada a 60m

de profundidade e a 48ºC,

garantem-lhe a estabilidade

bacteriológica ideal para

tratamentos de doenças do

aparelho respiratório, reumáticas

e músculo-esqueléticas.

Os atletas do MYTHIC RIDE vão

ter oportunidade de desfrutar

deste equipamento e da vasta

gama de tratamentos oferecidos,

ajudando a recuperar do

desgaste físico provocado pela

competição.

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Page 16: Tempo Livre Julho | Agosto 2014

Com uma localizaçãoprivilegiada do nordestealentejano, integrada no

Parque Natural da Serra de S.Mamede, com o seu casariobranco, Castelo de Vide surge aosolhos do visitante como um oásisde beleza arquitetónica e riquezaarqueológica.

Vila exemplar da arquitetura

alentejana mantém dentro doperímetro das suas muralhas umnotável conjunto de obras de arte,destacando-se a maior coleção deportais góticos e uma das maisbelas judiarias do país. A vastidãoda planície meridional e os seuscoloridos tão característicos, emcada época do ano, emprestam-lhebeleza e magnitude. n

GuiaHIO guia HI foi criado a pensar no utente que chega a umHotel INATEL e procura informações sobre asprincipais atrações locais, a fim de tirar maior partido dasua estada. Vamos percorrer a nossa cadeia hoteleiracom aquelas que pensamos serem as melhoressugestões para quem nos procura. Aproveite!

Castelo de Vide: Alto Alentejo exemplar

16 // HOTELARIA // TL Julho/Agosto 2014

Fotos gentilmente cedidas pela C.M. Castelo de Vide

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Verl Igreja Matriz Sta. Maria da

Devessal Fonte do Ourivesl Cerca Urbana Medievall Sinagoga

l Fonte da Vilal Arco/Porta Sta. Catarinal Fonte S. Roquel Calvário l Convento S. Franciscol Porta da Vilal Parque Natural Serra S. Mamede

Desfrutarl Passeios pedestres e BTTl Feira Medieval de Castelo de Vide

– 4 a 7 de Setembrol Gastronomia Medieval – 4 a 7 de

Setembrol Torneio de Aviação Civil – 12 e 13

de setembrol BTT Norte Alentejano – 20 e 21

de setembrol Erythura. Recriação da

Desfolhada, Concerto de Outono –

19 de outubro

Comerl Sarapatell Açorda Alentejanal Alhada de Caçãol Carne Porco à Alentejanal Migasl Ensopado Borregol Encharcada Nozesl Boleimas

Onde comerl Restaurante Páteo de S. Mamede

INATEL Castelo de Vide Hotel**e***

Comprarl Bordadosl Trabalhos em cortiçal Trabalhos em escamas de peixe e

flores secas

l Trapologial Cerâmica Decoratival Miniaturas em madeira

Feiras e Romariasl Feira St.º Amaro (15 janeiro)l Festa N. Sra. Carmo (julho)l Festa N. Sra. Penha (5 agosto)l Festividade S. Lourenço (10

agosto)l Festividade de Folclore (15

agosto)l Mercado Franco – última 6ª feira

de cada mêsl Feira das Velharias – último

domingo de cada mês

Dormir

INATEL Castelo de Vide Hotel ** e

***l 37 quartosl barl restaurantel sala de reuniões

l Wi-fi

Contactos: T. 245 900 200/

[email protected]

Coordenadas GPS:

39º 24’ 50’’ N

07º 27’ 14’’ O

Outras informaçõesViagens INATEL com destino a

Castelo de Vide durante o mês de

setembro:

Dia 21l Partida de Viana do Castelo

(Turismo para Todos)l Partida de Aveiro (Turismo Sénior)l Partida de Esmoriz (Turismo

Sénior)

Dia 28l Partida de Lisboa (Turismo para

Todos)l Partida de Santarém (Turismo

Sénior)l Partida de Tomar (Turismo Sénior)

Nota: as informações constantes

neste guia são meras sugestões.

Para informações mais detalhadas

poderá contactar o Posto de

Turismo local.

Fórum de opinião

Com o Guia HI queremos criar um

fórum de opinião junto dos nossos

associados e utentes. Em primeiro

lugar, gostaríamos de saber o que

pensam acerca de Castelo de Vide.

1- Caso já tenha visitado Castelo

de Vide partilhe a sua opinião

acerca deste destino.

2- Caso ainda não tenha tido

oportunidade de visitar Castelo de

Vide diga-nos quais as suas

expectativas e que tipo de

informações gostaria de obter.

Agradecemos a sua opinião

para o Fórum Guia HI

através de email:

[email protected]

TL Julho/Agosto 2014 // HOTELARIA // 17

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Page 18: Tempo Livre Julho | Agosto 2014

Não é exagero afirmar quePortugal e Espanha se estãoa impor como um dos mais

belos destinos da Europa e doMundo para fazer Turismo. APenínsula Ibérica é uma caixa desurpresas ao nosso alcance, poisnão é necessário atravessar omundo para ter umas férias desonho.

Um exemplo marcante é a via-gem que propomos ao Alto Minhoe Galiza, com estadia em Vila Novade Cerveira, em que além destabela terra, que espanta pela vistaimponente de grande parte do rioMinho, se visita Viana do Castelo,Valença, o encantador centro histó-rico de Tui, e Vigo, a mais populosacidade galega.

Para Espanha destacamos a via-gem a Mogarraz, uma românticavila declarada conjunto históricoartístico, situada na Serra deFrança. Quem a visita não esquecea fonte do Calvário, a rua central, aigreja de Nossa Senhora das Nevesou a Praça Maior. Mogarraz ficanuma região que proporciona visi-tas a locais encantatórios como

Ciudad Rodrigo, com os seus edifí-cios de pedra dourada dentro damuralha, La Alberca, declaradaMonumento Artístico Nacional ePatrimónio da Humanidade e quesurpreende pela arquitetura que seimagina na paisagem alsaciana,alemã ou suíça, mas não ali, emplena Sierra de Francia.

Outra das visitas previstas é aSalamanca. Rua a rua, a grandecidade universitária de Salamancatem o melhor conjunto espanholde arquitetura renascentista plate-resca. A visita a esta região passaobrigatoriamente por Plasencia e oseu medieval centro histórico, Peñade Francia, onde existe um mostei-ro beneditino que protege umaestátua escurecida do tipo bizanti-

no da virgem e do menino e SanMartin del Castañar.

E ainda o destino a Huelvaonde pode visitar tambémMazagón, Sevilha ou a eternaCádiz; o circuito Fuengirola que lhepermite visitas a Gibraltar, Ronda,Marbelha, Puerto Banús e Málaga;e Laujar de Andarax, na Andaluziaem que pode mergulhar na histó-ria, cultura, gastronomia e alegriaandaluz.

A Serra aqui tão perto…A região da Serra da Estrela é outradas recomendações que lhe faze-mos para que descubra que a nevenão é o único ex-libris do territóriobeirão. Com estadia no Piódão,uma das mais encantadoras e pito-rescas Aldeias Históricas Portu gue -sas, conhecida pela disposição empresépio, dado que a serra onde selocaliza, por ser muito íngreme,condicionou a adaptação da aldeiaao terreno, ou na moderna unida-de hoteleira de Vila Ruiva, numaregião pode descobrir um impor-tante património histórico e arque-ológico. Em ambas, porém comdiferentes percursos, pode palmi -lhar aldeias de encantar, deparan-do-se com artes e saberes antigos,paisagens de cortar a respiração euma gastronomia aclamada porgrandes apreciadores.

As propostas para Portugal sãodiversas, vão desde o litoral, aoinesquecível Alentejo e ao mágicoTrás-os-Montes. Com viagens pro-gramadas para Castelo de Vide,Foz do Arelho, Oeiras, Costa daCaparica, Braga, Grândola, Vizela,Tavira, Albufeira, Quarteira, VilaReal, Beja, onde além de visitar ascidades tem ainda a oportunidadede conhecer todas as regiões envol-ventes. n

Turismo para TodosNuma Ibéria de sonho…O programa Turismo para Todos proporciona umas férias em alguns dos mais beloslocais de Portugal e Espanha a preços imbatíveis.

18 // VIAGENS // TL Julho/Agosto 2014

// Viagens INATEL

Turismo para Todos

Programas de viagens

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Mais informações nas Agências

e em www.inatel.pt

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*

ILHAS

*

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20 // SOCIAL // TL Julho/Agosto 2014

Como conheceu o projeto?Pensei em exercer voluntariado naárea da educação ou formação dejovens ou adultos. Pesquisando naInternet cheguei ao anúncio naOLX que era feito relativamenteao recrutamento de voluntáriospara o Projeto Conversa Amiga.Preenchi o formulário e fuicontactada. A equipa decoordenação decidiu queficava,tendo recebido formação eintegrado a equipa.O que a fez participar?Imediatamente, na primeiraentrevista, senti grande empatiacom o tipo de proposta que me foiexposta. Entretanto, a área dasnecessidades psico-emocionais doindivíduo constitui um domínioque me interessa, desde há muito,e me levou a uma formação noISCTE, relativa à psicologiaprática. Igualmente leio bastantesobre o infinito universo da psiquehumana. Ora, este projetooferecia-me exatamente o contactocom a diversidade das questõespsico-emocionais com que sedebate o indivíduo. ´Escutar’ demodo mais cuidado e atento eperceber o que mais perturba econturba as emoções do outro éalgo para que sinto umchamamento natural. Por outrolado, também creio que oindividuo está hoje, por muitasrazões, bastante isolado. Anecessidade de ser escutado comseriedade e empatia é mais do quenunca uma carência e um déficesocial.Que tipos de problemas afligemmais as pessoas?Creio que em primeiríssimo lugarestá a profunda solidão, ou apenasa solidão diária. Há pessoas que

até nem vivem sozinhas, mas nãose sentem acompanhadas, nemcompreendidas. Há umanecessidade premente deconversar e de ter alguém queatentamente escute e valorize asua história de vida pessoal.Também muito recorrente,encontramos o problema daviolência doméstica e de género.As pessoas contactam emsituações correntes de mal-estar,de tensão e opressão familiar,muitas vezes já numenquadramento emocional dedesespero. Começa também a sercomum recorrerem devido aestados patológicos de depressão.Parece-me que um outro fator queestá a registar um aumento deapelos à conversação anónima, ejá que a nossa linha é anónima econfidencial, é a questão da opçãosexual.O que acha da atividade dovoluntário?O voluntariado não é umpassatempo ou um hobbie. Nãoserve exatamente para ocupar otempo livre, espaço que podemosocupar com distrações eentretenimento. O voluntariado,quanto a mim, deve implicar umaatitude de dádiva, intensa,verdadeira e muito desejada. É

também umcompromisso. Nestamedida, deve envolver-nos internamente e deacordo com as nossascapacidades de servir aopróximo. Quanto maisestamos‘comprometidos’ maissentimos que deleprovém um exatoretorno. Esse retorno

pode ser de vários teores, massempre de carácter humano,radicando nos valores e naessência da relação com o outro.Porque esse retorno é o quealimenta o estímulo do voluntário.O voluntariado é uminvestimento. Um investimento nobem-estar do nosso próximo, aquem nos propomos atender, comquem nos propomos cooperar, nosentido de lhe acrescentar valor,de lhe colmatar uma parte dassuas necessidades ou carências.O que a faz continuar no projeto?Realmente, olhando para asminhas motivações internas, o que

me faz permanecer é perceber quehá utilidade no serviço que presto.O apelante recorre com umanecessidade premente e não trocaaquele apelo por mais nada. Leva-me a continuar um estímulointerno que vem da empatia como meu semelhante, neste casoconcreto, a empatia para com oapelante. Alguém que nos procuraesperando atenção, compreensãoe retorno; e quando atendemosestamos face a alguém que sedispõe a confiar a sua intimidadepara que escutemos, apoiemos,emitamos um parecer e, por vezes,mostrando-nos que somos, comoescutantes, um recurso escasso,pois não tem alternativa.Concluindo, considero o projetoConversa Amiga um serviçoelevado, no qual colho a ideia deque posso ter uma açãodiferenciada e positiva. Permaneçotambém porque me sinto animadapela ideia de que se mostre umprojeto com possibilidades decrescer e cotizar um espaço valiosona área do serviço comunitário. O que espera do projeto?Verdadeiramente o que maisespero é que o Projeto se afirmeno tempo, numa perspectiva debem-fazer, de motivar gente para amissão do voluntariado; queafirme o seu conceito de projetosocial e solidário, no sentido doserviço ao próximo; que seexpanda no sentido de obter umamaior proliferação junto de todosos que necessitam de umaconversa fundada no objetivo depromover o bem-estar, a dádiva ea amizade entre os indivíduos deum mesmo tecido social,aumentando os atos e gestos departilha e de solidariedade. n

Conversa AmigaCombater a solidãoO TL conversou com Isabel, voluntária na “Conversa Amiga” – linha de atendimento telefónico –criada com o objetivo de prestar assistência e informação a todas as pessoas que necessitemde apoio em momentos de dificuldade.

Quer servoluntário daConversa Amiga?Um projeto que oferece a

possibilidade de ajudar quem

procura um apoio para a

resolução das suas questões

mais aflitivas.

Se tem mais de 18 anos de

idade e vontade de ajudar,

contacte-nos:

[email protected]

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Oprojeto “Aldeia dos So -nhos” é uma nova iniciativada Fundação INATEL que

tem como objetivo principal comba-ter o isolamento geográfico, propor-cionar momentos de felicidade, e arealização de sonhos dos residentesem pequenas aldeias, com menosde 100 habitantes.

Durante o mês de agosto serápossível aceitar candidaturas, queindiquem o sonho que desejam verrealizado. Diga-nos num textobreve (página A4), por que razão aaldeia que apresenta, merece ser a

escolhida por forma a que as pesso-as que nela vivem, vejam os seussonhos turísticos realizados.

Envie a sua candidatura de 1 a31 de agosto para o email: [email protected]. Mais informações:210 027 142.

“Aldeia dos Sonhos”TL Julho/Agosto 2014 // SOCIAL // 21

Cara Fundação Inatel,

Sou Joaquim Santos e moro na aldeia das Águas Frescas e

quando vi que poderia candidatar a minha aldeia, não perdi tempo

e numa noite falei com os meus vizinhos, e decidi enviar esta folha,

com as razões pelas quais não tenho dúvidas, de que merecemos,

ser os escolhidos.

Bem, começo por apresentar a minha aldeia, que é a mais bonita

de todas as que conheço, porque tem um riacho onde já tomei

banho muitas vezes e se querem que vos diga, as águas são bem

límpidas e no verão, parece que não sentimos o calor, quando lá

nadamos. Mas também temos um largo com bancos de jardim e o

café do tio Manel. Nós estamos no meio da Serra e a paisagem é

de encantar.

Aqui moram 65 pessoas, contando comigo e temos uma boa

estrada de alcatrão, que chega mesmo até à nossa aldeia.

Se querem saber nunca fui a Lisboa e gostava muito de conhecer a

capital e viajar de elétrico. Já a minha mulher costuma dizer que

não há-de morrer sem ir a uma casa de fados, ouvir o Rodrigo

cantar.

Tenho 3 filhos, o mais novo é o João e disse-me que o que mais

gostava de ir ao jardim zoológico, ver os elefantes. O do meio é o

Vasco e é doido pelo Benfica, adorava ir ao Estádio da Luz e a

mais velha, a Inês quer visitar a Torre de Belém e comer pastéis.

Peço desculpa por não vos poder contar todos os sonhos dos

meus vizinhos, porque não cheguei a falar com todos, mas o Necas

tem um aquário com dois peixes e está sempre a falar em ir ao

Oceanário.

A tia Ermelinda, nunca viu o mar, mas já o Manel das lambretas,

não deve ter grandes sonhos, porque o sonho da vida dele era ter

uma motorizada e já tem.

Recebam os meus cumprimentos e cá espero a vossa resposta.

Joaquim Santos,Aldeia das Águas Frescas

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Depois de uma pensativahesitação, Gabriela segurouo telemóvel e dactilografou

um SMS. Não assinou. O próprioaparelho ocultava o número masnem por um momento ela admitiuque o destinatário, Gustavo, duvi-dasse da origem da mensagem.Poucas palavras: “Precisamos deconversar. Espero-te à porta doCinema São Jorge ás 19 horas”.Entendeu que não seria precisomais e que o lugar do encontro eraadequado. O que não imaginou foique uma leve distracção ao dedilharas teclas, errando um algarismo,pudesse alterar o destino daquelaspalavras.

Sentado à sua secretária pejadade papéis, o jovem advogado HugoPinheiro escutou o alerta telefónicode uma comunicação que chegava.Não se apressou. Concluiu a leiturade um documento antes de esprei-tar o visor do telemóvel. Mensagemde um anónimo. Leu com surpresa:“Precisamos de conversar. Espero-teà porta do Cinema São Jorge às 19horas”. Sem assinatura. Decidiu quesó poderia ser um impulso daSandra e fazia algum sentido. Naverdade, Sandra e ele necessitavamde uma boa conversa acerca darelação que vinham mantendohavia dois anos. Mas que esfriava agalope. Do encantamento inicialpassara a uma habituação carinho -sa e não mentiam nem Hugo nemSandra, quando afirmavam deolhos nos olhos: “Gosto de ti”. Nosúltimos meses, porém, ele via-adiferente, como que alheada, talvezmesmo enjoada da sua companhia.O aviso – “Pre cisamos de conver-sar” – seria talvez o sinal de umaalteração importante na relaçãoromântica. O fim? Hugo admitiuessa possibilidade mas, ao contráriodo que sucederia semanas antes,manteve a serenidade. Não era amesma Sandra por quem se tinha

enamorado, com quem vivera diasfelizes em viagem à descoberta doPortugal profundo, recordava opasmo com que visitaram as ruínasda antiga exploração das Minas deSão Domingos, os percursos porcidade e vilas do Minho e Trás - os -Montes, também a aventura espa -nhola, na Serra Nevada, onde Hugono seu primeiro ensaio de esquia-dor, deu um trambolhão tremendoe fracturou uma costela. O restodesse período de curtas férias pas-sou-o a admirar Sandra deslizandocom sabedoria e elegância pelotapete de neve. Mas à noite, quandoreco lhiam ao quarto, Hugo quaseesquecia as dores, dominado pelodesejo que a nudez de Sandra sem-pre lhe despertava. E amavam-secom loucura, ela soltando gemidosde prazer, ele gemendo, apesar doprazer, pelo incómodo da costelapartida. Pior que esse passageirodano físico viria a ser o fosso que secavou entre eles. Hugo reconheciaque não era só Sandra que se dis-tanciava dele, era também ele quese afastava dela.

Começou a arrumar os papéis nasecretária. Às 19 horas no CinemaSão Jorge? Por quê no Cinema SãoJorge, que se situa distante doescritório dele? A Sandra tiverasempre ideias surpreendentes.

Cinco minutos antes das sete datarde, Gabriela subia a escadaria doSão Jorge. Olhou em redor.Gustavo não chegara ainda. Nemestranharia que a fizesse esperar,longe iam os tempos em que a rode-ava de todas as atenções. Só a ela?Bem a tinham prevenido de queGustavo era um doidivanas, perdi-do por mulheres em entusiasmosúbito e de pouca duração.Transigiu perante alguns indíciosmas sofreu pelo abandono em que adeixou numa festa de passagem deano. Nessa noite, Gustavo mostrou-se fascinado por todas as mulheres

do grupo, menos por ela.“Precisamos de conversar” –

desafiava-o agora, na urgência deesclarecer se era ela ainda a namora-da dele e devia continuar a vê-lo,nos encontros cada vez maisespaçados, como seu namorado.

Passaram quinze minutos depoisdas dezanove e Gustavo não davasinais de vida. Nem um telefonemaa justificar – desculpa, atrasei-meum pouco. À porta do cinema per-manecia um homem estático quealongava o olhar para os dois ladosda avenida, como se também aguar-dasse alguém. Gabriela observou-lhe o desagrado da espera e sentiuque aquele desconhecido e ela pró-pria viviam uma situação semelhan-te. Quando se entreolharam foi commútua compreensão, um pouco decumplicidade. Nesse momento, eladeixou cair a revista que trazia con-sigo e Hugo Pinheiro dobrou-se,repentino, a apanha-la do chão.

– Muito obrigada - disse ela.– De nada – respondeu Hugo e

pareceu-lhe natural explicar: –Estou à espera de uma pessoa quenão há meio de aparecer. E nemtrouxe o telemóvel, não posso con-tactá-la.

A franqueza do homem incenti-vou Gabriela para corresponderem confidência:

– Então não sou eu, só, quemespera por alguém que não respeitahoras. Mas não vou telefonar a per-guntar porquê. Daqui a poucovou-me embora.

– Hugo atreveu-se: – Não sem antes de me dizer o

seu nome. Afinal somos compa -nheiros de um certo infortúnio.

– Gabriela– Hugo. Hugo Pinheiro, sou

advogado.– E eu, psicóloga. Devia perceber

melhor as atitudes de quem co -nheço bem. Ou julguei co nhecer.

Falaram ainda de evidências,

como da chuva que começava a cair.Dez minutos de diálogo e já nãoeram dois desconhecidos.

– Enfim - disse Gabriela - o me -lhor será desistirmos dos nossosencontros.

– Eu já desisti de esperar - repli-cou Hugo, sorrindo - Fiquei maisum tempo pelo prazer de conversarconsigo. Permite-me uma sugestão?

– E o que sugere?– Vejo que são horas de jantar,

não faltam restaurantes próximos edar-me-ia imenso prazer que acei-tasse o meu convite.

Indecisa, Gabriela passou repeti-damente as mãos pelos cabelos, atéperguntar:

– Não será absurdo?– Que tem de absurdo? Ao

contrário, estamos aborrecidos esós, poderíamos conviver mais umpouco.

– Seja, vamos – decidiu-seGabriela.

Entraram no restaurante e Hugoprocurou uma mesa de canto.Preferia sempre as mesas aos can-tos. Voltou-se quando ouviuGabriela numa exclamação sufoca-da:

– O Gustavo! Está ali o Gustavo,com quem fiquei de me encontrar!E parece feliz com aquela meninaloira.

– Hugo dirigiu o olhar no senti-do do espanto de Gabriela e foi comigual espanto que disse:

– A menina loura é a Sandra queme fez esperar à porta do São Jorge.

– Segurou a mão de Gabriela atése entrelaçarem os dedos e enca-minhou-a:

– Ali. A mesa do canto. E disseainda com o que poderia ser umamensagem:

– Precisamos de conversar. n

Este conto foi publicado em 2010

na revista Tempo Livre n.º 211-1.ª

série

Destinos cruzados

22 // FUNDAÇÃO INATEL // TL Julho/Agosto 2014

// OS CONTOS DO ZAMBUJAL

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TL Julho/Agosto 2014 // FUNDAÇÃO INATEL // 23

Por João Cachado*

Hoje, venho propor que, por alguns instantes,nos detenhamos no emprego de duasexpressões latinas que pontuam o discurso

dos comunicadores. São muito frequente em todosos media, com particular incidência na rádio e natelevisão onde, não raro, tal frequência éacompanhada de infeliz e manifesta taxa de asneira…

Primeiramente, statu quo. Por favor, de uma vezpor todas, é assim mesmo que se escreve e, quanto àpronúncia, com o nitidamente aberto. Em latim,língua declinada, as palavras enquadram-se em seiscasos de acordo com a sua função sintática. Neste,estamos em presença daquilo que se designa comoum caso ablativo absoluto, ou seja, de dois ablativos,statu e quo, significando a expressão o estado em queas coisas se encontram.

Ex: Pedro nunca pactuou com o statu quo.A mais frequente das formas erradas de emprego

desta expressão é «status quo». Apesar de tambémexistir, status correspondendo a um sujeito, ou seja,um caso nominativo latino, que nada tem a ver coma situação em apreço.

Ex: Ela aspira a um status que não correspondeàs suas características.

Outro é o caso de pari passu. A passo igual é oque significa esta expressão. Correctamente usada,corresponde ao acompanhamento assíduo, cuidado,detalhado de uma certa situação. Importa ter emconsideração que, no original latino, o adjectivo parsignifica igual e o substantivo passu, precisamente,passo e, tal como anteriormente, também estas duaspalavras estão no caso ablativo.

Erradamente, diz-se e escreve-se ‘a par e passo’.Justificado está o erro pela influência da locuçãoportuguesa ‘a par’. Na realidade, até parece queestará utilizando a expressão latina mas o falanteincorre naquilo que se designa como corruptela.Trata-se de um interessante fenómeno decontaminação, ao nível do som, mas aquelaspalavras nada significam.

Ex: O médico acompanhou o evoluir da doençapari passu, até ao fim. n

[O autor escreve de acordo com a antiga ortografia]

*Licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras

da Universidade de Lisboa, actualmente aposentado, foi profes-

sor, técnico superior e dirigente, nos Ministérios da Educação e

dos Negócios Estrangeiros. É autor de materiais didácticos

para o Ensino de Português no estrangeiro.

// LÍNGUA NOSSA

Ablativos

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24 // FUNDAÇÃO INATEL // TL Julho/Agosto 2014

Aintervenção da FundaçãoINATEL, desde 1935, noapoio e incentivo às práti-

cas culturais tradicionais, tanto noteatro, como na música, etnografiae folclore, com planos de apoioestruturados e uma equipa técnica,cobrindo todo o território nacional,dão à Fundação um papel impor-tante na área cultural. A ideia deaproveitar o palco do Trindade,para permitir que as práticas cultu-rais associativas se possam mostrarem Lisboa, encontrou a suaexpressão na iniciativa Dias deCultura.

Em julho, dia 19, a sala principalapresenta “Mortos de Fome” deLinda Rodrigues, Grande PrémioFundação INATEL, Teatro - NovosTextos, 2013, com encenação deManuel Ramos Costa, do GrupoMérito Dramático Avintense, às21h30.

No dia 20, dois concertos, umpela Banda Filarmónica daSociedade Euterpe Alhandrense(em atividade desde 1862), e outropelo Trio de Viola da Terra, com-

posto pelos músicos Ana Raposo,José Santos e Rogério Mota, daAssociação de Juventude Violas daTerra, pelas 16h.

Há uma grande diversidadenestas três associações, o quetambém espelha a amplitude daatividade da INATEL. O GrupoMérito Dramático Avintense, nasci-do há cerca de cem anos, tem umaatividade onde o teatro, o folclore,o desporto e a música surgem a parcom o trabalho de animação cultu-ral, numa zona do norte litoralatravés da promoção do Cortejo doCarnaval de Avintes.

A Sociedade Euterpe Alhan -drense, fundada em 1982, é a cole-tividade mais antiga do concelhode Vila Franca de Xira, e a sua ativi-dade mantém uma relevância cul-tural de referência para a comuni-dade local no teatro, no desporto e

na música (Banda de Música,Grupo Coral, Escola e Conser -vatório Regional de Música).

A Associação de JuventudeViolas da Terra é uma novíssimaagremiação constituída em tornoda defesa da Viola da Terra açoria-na, com uma vasta atividade for-mativa e de animação cultural,onde se integra uma Orquestra deViolas da Terra.

Integrado neste trabalho devalorização da atividade culturaldos CCD INATEL, a sala estúdioacolhe “Diário dos Imperfeitos”, apartir da obra de João Morgado,com produção ASTA - Associaçãode Teatro e outras Artes. É uma via-gem intimista, que procura descor-tinar os sentidos e as emoções dediferentes personagens, sobretemas tão controversos como oamor, o desejo, o sentimento deculpa. Encenação e dramaturgia deMarco Ferreira, som de Gabriel deAlmeida, com Carmo Teixeira,Graça Faustino, José Meira e SérgioNovo. De 10 a 12 de julho, às21h45. n

Em julho, o destaque vai para Dias de Cultura, uma iniciativa que leva ao palco do Teatro daTrindade, trabalhos desenvolvidos por Associações (CCD INATEL) com atividade nas áreas deTeatro, Música, Artes e Culturas Tradicionais.

Em julho: todos os dias são Dias de Cultura // EM CENA NO TRINDADE

Ópera e músicaJulho e agosto são os meses em

que a música tem uma forte

presença na programação do

Trindade. Começa com “Vinícius on

the rock's”, Tributo a Vinícius de

Moraes, onde Maria Viana e

Ricardo Carriço homenageiam a

duas vozes o poeta brasileiro que

se tornou o expoente máximo da

Bossa Nossa. Dirigido por Luis

Avellar e Maria Viana, é uma

produção Cascais Jazz Club e

Confluência Associação Cultural.

Dias 11 e 12 de julho, às 21h30.

Outro acontecimento importante,

que celebra o centenário de Julio

Cortázar, “O Tango e Cortázar no

Chiado”, pelo Daniel Schvetz

Septeto Tango, com a convidada

especial Mísia. Com este

espetáculo conheceremos a obra

Misatango, do compositor Daniel

Schvetz, pelo Coro de Câmara de

Lisboa, dirigido pela Maestrina

Teresita Marques, na qual o texto

latino e a estrutura original da

missa coexistem com ambiências

tangueiras e milongueiras. Dia 26

de julho, às 21h30.

Em agosto, a ópera “Town in the

Sky”, de Edward Ishita, dedicada à

preservação do ambiente e da

natureza, através do 40.º Festival de

Estoril Lisboa organizado pela

Associação Internacional de Música

da Costa do Estoril. Dia 2, às 21h30.

Conferência“O Teatro da Trindadena colina da cultura” A programação das Conferências

do Trindade propõe conhecermos a

evolução da zona do Chiado e a

sua ligação às artes, à academia e

à imprensa, com “ O Teatro da

Trindade na colina da cultura”, por

José Sarmento de Matos, dia 16

setembro, pelas 18h30, no Salão

Nobre.

José Sarmento de Matos,

olissipógrafo e historiador de arte,

tem-se dedicado ao estudo da

Arquitetura Civil de Lisboa,

alargando sucessivamente a

pesquisa olissipográfica a outros

campos da realidade urbana. A sua

obra “A Invenção de Lisboa” é uma

referência no campo da

olissipografia.

// BREVES

José Frade/Arquivo

A ideia de aproveitar opalco do Trindade, parapermitir que as práticasculturais associativas sepossam mostrar emLisboa, encontrou a suaexpressão na iniciativaDias de Cultura

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TL Julho/Agosto 2014 // FUNDAÇÃO INATEL // 25

CinemaViolette, de Martin Provost |

França, 2013, 2h12.

Com Emmanuelle Devos, Sandrine

Kimberlain, Olivier Gourmet. Estreia

3 Julho no cinema Monumental

(Lisboa).

Na Paris do pós-guerra (1939-45),Violette Leduc conhece Simone deBeauvoir. A relação que se estabele-ce entre essas duas mulheres – uni-das pela escrita e os combates pelaliberdade – vai durar toda a eterni-dade das suas vidas.

Night Moves, de Kelly Reichardt |

EUA, 2014, 1h52

Com Jesse Eisenberg, Dakota

Fanning, Peter Sarsgaard. Estreia 7

Julho.

Seria simplista resumir a tramadeste último filme de KellyReichardt – uma das mais singula-res cineastas norte-americanas daactualidade – a uma estória de “trêsecoterroristas que planeiam des-truir uma barragem”. Porque“Night Moves” é mais do que“isso”: é um “thriller” contemplati-vo, misterioso e intrigante, carrega-do de paranóia e tensão sobre oidealismo e o activismo político aresvalarem para o extremismo.

Ida, de Pawel Pawlikowski |

Polónia/Dinamarca, 2013, 1h22.

Com Agata Kulesza, Agata

Trzebuchowska, Joanna Kulig.

Estreia 17 Julho UCI El Corte Inglês

(Lisboa) e UCI Arrábida (Porto).

A crítica internacional mimou-ocom os maiores elogios – austero,intenso, esteticamente muito belo,uma obra prima da espiritualida-de…– e os públicos dos festivais(Londres, Toronto, Varsóvia, Gijón)renderam-se “a seus pés”. Filmadonum magnífico preto e branco,

“Ida” expõe o dilema de umajovem freira que se vê confrontadaentre a fé religiosa católica e a suaverdadeira identidade, judaica.

Planeta dos Macacos: A revolta,

de Matt Reeves | EUA, 2014, 2h07

Com Andy Serkis, Jason Clarke,

Gary Oldman. Estreia 17 Julho.

O regresso da fábula filosóficasobre o domínio símio e o fim dahumanidade. Especialmente paraos amantes do clássico cult movie,“Planet of the Apes “ (Franklin J.Shaffner,1968) com CharlestonHes ton, a partir do romance dePierre Boulle. Acção e emoção,q.b.!

The Zero Theorem, de Terry

Gilliam | GB-EUA-Roménia, 2013,

1h46

Com Christoph Waltz, David

Thewlis, Mélanie Thierry. Estreia 17

Julho.

Terry Gilliam, vindo – como é bemsabido – da escola dos Monthy

Phyton, regressa àrealização comum tema actual: oda revolução tec-nológica. Com iro-nia e granderequinte visual,

Gilliam constrói uma parábola emtorno de uma sociedade híper-securitária onde a vigilância épedra de toque.

Omar, de Hany Abu-Assad |

Palestina, 2013, 1h37

Com Adam Bakri, Waleed Zuaiter,

Leem Lubany. Estreia 17 Julho.

Uma raridade vinda do médiooriente: um jovem palestiniano daCisjordânia ousa saltar diariamenteo muro para visitar a sua namora-da. A complexidade e as ambigui-dades dos homens e das políticasnão passam ao largo do filme. Oconflito israelo-palestiniano é a suaenvolvência.

Third Person, de Paul Haggis |

EUA, 2013, 2h17.

Com Mila Kunis, James Franco,

Olivia Wilde, Liam Neeson, Kim

Basinger, Adrien Brody. Estreia 10

Julho.

Três histórias de amor em Roma,Paris e Nova Iorque, que se interli-gam de forma estranha. Servidopor um “cast” de primeiro plano.

Belle et Sebastien, de Nicolas

Vanier | França, 2013, 1h44.

Com Félix Bossuet, Tchéky Karyo,

Margaux Chatelier. Estreia 7

Agosto.

Uma história de amizade entreum rapazinho solitário e um cãoselvagem durante a ocupaçãonazi. Inspirado na série de tele-visão de culto do mesmo nomecriada por Cécile Aubry nos anos60 (um dos maiores êxitos à épocada RTP). Recomendado para todaa família.

Joaquim Diabinho[O autor escreve de acordo com a anti-

ga ortografia]

Filmes para todos. Para aqueles que gostam de reatar com antigos egrandes amores do estrelato, para os outros que valorizam a aventura,as surpresas, as descobertas… Para uns e outros, os dois meses quese seguem são suficientemente apelativos.

EDIÇÕES INATEL

“Vozes do Povo. A

Folclorização em Portugal”,

org. Salwa El-Shawan Castelo

Branco e Jorge Freitas Branco

Edições Celta/ apoio INATEL,

2003 (670 pp.)

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[email protected] T. 210027182

l “Uma

perspetiva

múltipla

presidiu à

organização

do volume:

abordar o

folclore

como cultura expressiva, avaliar

o seu papel na sociedade e

apresentar elementos para

facultar uma visão comparada”.

NOVIDADES EDITORIAIS

“Cartas entre Marcello

Caetano e Laureano López-

Rodó. Uma amizade com

história”, de Paulo Miguel

Martins

Editora Aletheia, 2014 (266 pp.)

PVP: € 14,90

À venda nas livrarias.

l A correspondência trocada

entre dois

amigos,

Marcello

Caetano (1906-

1980) e

Laureano

López-Rodó

(1920-2000),

ministro de Franco e

protagonista do processo de

transição espanhola. São mais

de 200 cartas que refletem muito

da história dos dois países e

destes dois homens que tiveram

um papel decisivo na história

ibérica.

// LIVROS

Surpresas para todos// ECRÃS

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26 // FUNDAÇÃO INATEL // TL Julho/Agosto 2014

HORIZONTAIS: 1-Postas em ordem numérica. 2-

Concelho do Distrito de Lisboa; Nota musical. 3-Acha;

Clima; Fonema. 4-Pegadeira; Alcance (inv.); Vestuário de

juízes. 5-Banda; Diz-se das sílabas que não têm acento

tónico. 6-Cerviz; Parte do lombo do boi ou da vaca, entre

a pá e a extremidade do cachaço. 7-Aquela que recebeu

citação judicial; Procedes. 8-Hospedeiros; Pequena ribei-

ra do Distrito de Aveiro; Nome feminino. 9-Ninho; Enleies;

Tálio (s.q.). 10-Nota musical (inv.); Conhecidos. 11-

Gaguejeis.

VERTICAIS: 1-Secção de um cemitério, onde se podem

abrir sepulturas; Dívidas. 2-Quebrado. 3-Niquel (s.q.);

Músculo que faz movimentos de adução. 4-Fruto da videi-

ra; Chochas; Caule. 5-Líquido medicamentoso que provém

da destilação do zimbro; Prefixo de origem latina; Elemento

de composição de palavras, que expressa a ideia de arte.

6-Engrandece; Compositor. 7-Tapeçaria de Arrás; Tântalo

(s.q.); Ágil. 8-Arsénio (s.q.); Casebre; Abandona. 9-Abafa;

Darmstádio (s.q.). 10-Asfixia. 11-Carumas; Peralta.

Honda e Renault: os Tourer da moda

Várias são as marcasque lançaram os mo -de los Tourer (car ri -

nhas). Testámos os Civic eMé ga ne 1.6. da Honda eRenault, respectivamente. Onome Civic sempre significouinovação, aprender com opassado e evolução contínua. É por isso que,quando chegou a altura de desenhar a nova CivicTourer, os engenheiros da Honda começaram dozero, com uma avaliação de todos os componen-tes. Depois realizaram testes exaustivos, em todasas condições de condução.

O resultado é um automóvel repleto de tecno-logias inovadoras, dispositivos avançados desegurança, características de condução dinâmica,interiores incrivelmente flexíveis, e o comporta-mento de bagagem mais espaçoso da sua classe.

As linhas flutuantes do tejadilho do CivicTourer, belas e esguias, complementam o designelegante do automóvel, mas também ajudam asua aerodinâmica. E a presença dos vidros adicio-nais, a três quartos, não só realçam o perfil doautomóvel, como melhoram a visibilidade para atraseira.

Os faróis esculpidos, os puxadores das portasdissimulados e a antena de barbatana foram todosconcebidos para aumentarem o estilo e melhorara aerodinâmica, reduzindo as emissões e propor-

cionando uma condução mais suave e silenciosa,como a restante gama Civic.

O tourer do Mégane da Renault apresenta umdesign à frente do seu tempo. Com argumentosfortes: um logótipo desafiante, formas que seimpõem, faróis com tecnologia LED que se desta-cam e pormenores em cromado para um toque derequinte, com elegância e maturidade. O MéganeTourer antecipa-se, inova, propõe, vive. Para o seuprazer de conduzir e dos seus passageiros.

Suave, eficaz e sóbrio, o Mégane Tourer bene-ficia de todas as vantagens da gama de motoresEnergy, associando sensações, economias e umimpacto ambiental mínimo, para ir ainda maislonge na busca do equilíbrio entre desempenho,conforto e sobriedade.

Com preços próximos dos 25 mil euros para oCivic, e 30 mil para o Mégane, os dois modelos sãobastante semelhantes, destacando-se, no entanto,o consumo que conseguimos atingir: 4 litros/100km no Civic e mais 2 no Mégane. Agora aescolha é sua! n Carlos Blanco

// MOTOR

Cuidar da pele, em especial no Verão

A pele é o maior órgão do corpo.

Como barreira biológica está sujeita a

influências do meio interno e externo.

O Verão pode ser um período

agressivo para a pele, pelo calor e

pelo sol, afectando sobretudo as

crianças e as pessoas idosas. Há que

reforçar dois hábitos:

1 - A protecção solar

Evitar períodos de exposição solar

entre as 11h e 17h. A exposição deve

ser progressiva, começando por

períodos curtos. Antes da exposição,

cerca de 15 a 30 minutos, aplicar

protector solar, adequado ao fototipo

de pele. Renovar a aplicação de 2h

em 2h e após o banho.

Usar roupa leve, solta, de algodão e

resistente à passagem de raios UV,

chapéu ou boné e óculos de sol. Usar

a sombra do guarda-sol, toldo, ou

barraca de praia.

Cuidado com os dias nublados que

“escondem” a radiação, e com a

radiação reflectida (na areia e na

água), que nos pode atingir quando

pensamos estar protegidos, ou ainda

pela que nos atinge quando estamos

dentro de água.

Ter em atenção os níveis de alerta

emitidos.

Cuidados especiais com crianças

muito pequenas e pessoas idosas as

quais devem evitar a exposição

directa, assim como pacientes

crónicos, polimedicados.

2 - A hidratação

A ingestão adequada de líquidos, em

especial de água ou sumos de fruta

natural, é fundamental. Optar por

refeições leves, refrescantes, ricas em

legumes e frutas.

[A autora escreve de acordo com a

antiga ortografia]

// SUGESTÕES

// PALAVRAS CRUZADAS // Por José Lattas

Célia ResendeMédica – Clínica GeralCMR – Clínica Médica deCuidados Regulareswww.clinicacmr.com

1-C; NUMERADAS. 2-ODIVELAS; FA. 3-VE;

ARES; SOM. 4-ASA; AV; TOGA. 5-LADO;

ATONAS. 6-NUCA; ACEM. 7-CITADA; AGES.

8-AMOS; UL; ANA. 9-LAR; ATES; TL. 10-OD;

PROVADOS. 11-SOLETREIS; A.Soluções

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