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1 E MAIS: GASHOLDER PARK (LONDRES); GUINDASTES DO PÍER MAUÁ (RIO DE JANEIRO); THE FARM RESIDENCE (GERROA); NOVO CENTRO DE CONVENÇÕES DE ROMA; BACIO DI LATTE (SÃO PAULO); EUROLUCE 2017; FOTO LUZ FOTO: ARYEH KORNFELD TEMPLO BAHÁ’Í (SANTIAGO)

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E MAIS: GASHOLDER PARK (LONDRES); GUINDASTES DO PÍER MAUÁ (RIO DE JANEIRO); THE FARM RESIDENCE (GERROA); NOVO CENTRO DE CONVENÇÕES DE ROMA; BACIO DI LATTE (SÃO PAULO); EUROLUCE 2017; FOTO LUZ FOTO: ARYEH KORNFELD

TEMPLO BAHÁ’Í (SANTIAGO)

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S U M Á R I O

maio | junho 2017edição 63

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¿QUÉ PASA?

GUINDASTES DO PÍER MAUÁA cor além do metal

THE FARM RESIDENCELuz como matéria

TEMPLO BAHÁ’Í

NOVO CENTRO DE CONVENÇÕES DE ROMANuvemteca

BACIO DI LATTE O sabor de um bom projeto luminotécnico

EUROLUCE 2017

FOTO LUZ FOTOAryeh Kornfeld

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PUBLISHERThiago Gaya

EDITOR-CHEFEOrlando Marques

DIRETORA DE ARTEThais Moro

REPORTAGENS DESTA EDIÇÃOCarlos Fortes, Debora Torii, Fernanda Carvalho,

Gilberto Franco, Limarí Lighting Design, Orlando Marques, Thiago Gaya

REVISÃODébora Tamayose

ADMINISTRAÇÃORichard Schiavo

CIRCULAÇÃO E MARKETINGMárcio Silva

PUBLICIDADELucimara Ricardi | diretora

Avany Ferreira | contato publicitárioPaula Ribeiro | contato publicitário

PARA [email protected]

T 11 2827.0660

PARA [email protected]

T 11 2827.0690

Editora Lumière Ltda. Rua Catalunha, 350, 05329-030, São Paulo SP, T 11 2827.0660

www.editoralumiere.com.br

PUBLICADA POR

TIRAGEM E CIRCULAÇÃO AUDITADAS POR

IMPRESSA POR

V O C A Ç Ã O PA R A O D E TA L H E

Rom

ulo

Fial

dini

Uma das abordagens conceituais bastante utilizadas em projetos de iluminação arquitetural em geral consiste na criação de detalhes integrados ao tecido arquitetônico, com a finalidade de esconder equipamentos de iluminação, proporcionando, assim, uma camada de luz cuja procedência parece brotar do próprio edifício.

Esse trabalho envolve habilidades que vão além do conhecimento a respeito do comportamento da luz no espaço e seus efeitos nas superfícies materiais: requer um entendimento específico das propriedades físicas dos materiais e de suas capacidades construtivas.

Portanto, quanto mais esmiuçado for o detalhe, melhor ele vai se comunicar ao longo do cronograma da obra e, com isso, maiores serão as possibilidades de ser implantado conforme inicialmente projetado.

Nesta edição trazemos alguns exemplos de projetos cujos detalhes para a integração de equipamentos de iluminação no tecido arquitetônico foram concebidos, desenvolvidos e coordenados de maneira exemplar. Apresentamos também os principais lançamentos da Euroluce 2017, com destaque para as luminárias que, por seu desenho, estão procurando responder às questões prementes encontradas no conceito “human centric design”.

Homenageado na seção Foto Luz Foto desta edição, o fotógrafo chileno Aryeh Kornfeld apresenta a imagem síntese de seu trabalho no templo Bahá’í. Além disso, os arquitetos do premiado escritório Limarí Lighting Design são os convidados para a coedição do ¿Qué Pasa? especial desta edição, apresentando o delicado projeto de luz e sombras dos também premiados arquitetos do escritório Speirs + Major para o projeto Gasholder Park, em Londres.

Destacamos, ainda, o trabalho do artista Daniel de Paula com as carcaças das antigas pétalas dos postes de iluminação da avenida Paulista, exposto no Museu de Arte de São Paulo – Masp.

Boa leitura!

Orlando MarquesEditor-chefe

Thiago Gaya publisher

Orlando Marqueseditor-chefe

TEMPLO BAHA’I Iluminação: Limarí Lighting DesignFoto: Aryeh Kornfeld

O time do escritório chileno Limarí Lighting Design apresenta no ¿Qué Pasa? duplo desta edição o premiado projeto Gasholder Park em Londres, do escritório Speirs + Major.

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O projeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro, intensificado durante a preparação da cidade para os Jogos Olímpicos no ano passado, continua ganhando reforços

mesmo após o encerramento do evento. Sua mais recente atração será a nova iluminação dos dois guindastes portuários do Píer Mauá. Remanescentes da década de 1960 e já há algumas décadas fora de operação, eles são personagens conhecidos pela maioria dos cariocas e agora passam a integrar o emergente contexto cultural do local.

Sob o comando da equipe da LD Studio, esses equipamentos ganharam vida, deixando de ser meros “pedaços de metal”, como define Mônica Lobo, uma das titulares do escritório. “Desde pequena sempre achei que os guindastes remetem a animais, e essa ideia, que é até um pouco infantil, trouxe a inspiração para o conceito”, explica ela. Buscando como resultados a vivacidade e o movimento, a equipe optou pela iluminação RGB e, em conjunto com o cliente, definiu quatro diferentes cores, que se alternarão em uma sequência pré-programada. Além disso, o sistema de cores possibilita que a estrutura se comunique com a cidade, homenageando eventos e datas comemorativas por meio de cenas que serão acionadas automaticamente.

Enquanto a estrutura principal dos guindastes recebe a luz de LEDs em temperatura de cor 3.000 K, acentuando sua tonalidade laranja, o interior da cabine e a haste de carga são revelados pelas luzes dinâmicas. O desafio, nesse caso, foi obter um resultado equilibrado entre esses dois elementos, visto que seus acabamentos diferentes se comportam de maneiras distintas sob as luzes coloridas. Houve bastante cuidado também com a luminância das superfícies, de modo que seu brilho fosse compatível com o do entorno do local onde estão expostas as estruturas, evitando, assim, distorções na compreensão de sua volumetria, cuja tridimensionalidade é revelada por meio de suaves contrastes.

Texto: Débora Torii | Fotos: Andrés Otero

A COR ALÉM DO METAL

A volumetria dos guindastes é revelada pelo contraste de luzes e sombras em suas superfícies. O conceito do projeto de iluminação é composto, basicamente, de fontes monocromáticas a 3.000 K e por projetores RGB, cuja programação se alterna entre as cores laranja, vermelho, azul e violeta.

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Em razão da especificação de equipamentos de altíssima eficiência, o resultado foi alcançado com apenas 16 projetores por guindaste, com diferentes fachos e potências, além de perfis lineares que destacam a base da cabine de maneira mais homogênea e sutil. Não somente a performance mas também as dimensões das luminárias foram determinantes para sua escolha, já que era importante que o volume não sobressaísse à escala da estrutura.

Mônica Lobo ainda recorreu a uma inspiração antiga para esse projeto: a iluminação das pontes de Cleveland, nos Estados Unidos, assinada pelo lighting designer Ross de Alessi em comemoração ao bicentenário da cidade, em 1996. Sem que ainda existissem os LEDs RGB na época, foram usados filtros coloridos e a movimentação mecânica das próprias luminárias para criar o efeito dinâmico de cores e intensidades luminosas da chamada “City of Bridges”. Essa referência a direcionou à liberdade e ao dinamismo com os quais interpretaram as estruturas a serem iluminadas.

Ao lado, a estrutura principal dos guindastes é iluminada por projetores orientáveis compactos, com LEDs de 17 W, 38°, e de 12 W, 40°, ambos a 3.000 K. Acima, o interior da cabine é revelado por meio de projetores lineares com LEDs RGB 80 W, com facho assimétrico 30° × 60°. Já as hastes de carga são iluminadas por projetores com LEDs RGB 50 W, 10°. A parte superior da estrutura de cor laranja é iluminada por projetores uplight, com LEDs 17 W, 12°, e 12 W, 20°, ambos a 3.000 K. A base da cabine é suavemente destacada com perfil de LEDs 9,6 W/m, 3.000 K, instalado sobre a base circular da estrutura.

GUINDASTES DO PÍER MAUÁRio de JaneiroProjeto de iluminação: LD StudioMônica Luz Lobo, Daniele Valle (arquitetas titulares) Flavia Azambuja, Priscila Pacheco (arquitetas colaboradoras)Cliente: Píer Mauá S/AFornecedores: iGuzzini (O/M), Lemca, Philips