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Projeto Grafar Temperando com Tipos Beatriz Ramos Pedro Neto Pedro Salles Aura Rosa Leidson Pereira Paulo Machado Alessandra De Marno

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Projeto GrafarTemperando com Tipos Beatriz Ramos

Pedro NetoPedro Salles

Aura RosaLeidson PereiraPaulo Machado

Alessandra De Martino

IntroduçãoO Projeto

O nosso projeto para a revista Menu foi pensado para dar maior leveza, além de modernizá-la, de certa forma, e padronizar seu uso da tipografia.

Assim, decidimos utilizar no texto corrido uma fonte sem serifa. Desta fonte sem serifa foram desenvolvidas duas variações, sendo elas Bold e Itálico. Como em sua maioria os textos não são longos, a leitura não fica prejudicada. A proposta também é adequada pois a gastronomia abordada na revista não é uma gastronomia tradicional e rígida, sendo desnecessário que seu projeto tipográfico o seja.

Buscando destacar e diversificar, mostrando que se trata de um outro tipo de texto e assunto, criamos uma fonte também sem

serifa para receitas e legendas, também em duas versões, Regular e Condensada.

Para não deixar totalmente de lado o refinamento e tradição da serifa, optamos por utilizar uma fonte serifada nos títulos e subtítulos, para valorizá-los e destacá-los do resto das fontes.

O layout do livreto partiu principalmente da discussão sobre os nomes das fontes e do segmento da revista Menu, pois, sendo uma revista de gastronomia, é obviamente associada com comida. Porém dar nomes de comida para as fontes desenvolvidas seria algo muito óbvio. Por isso, optamos por nomeá-las como temperos, porém em inglês, para que a associação com a comida não fosse imediata . Assim surgiram as três famílias Pepper, Garlic e Cinnamon.

GarlicProcesso de criação

A fonte Garlic foi criada para a seção de receitas da revista Menu. Tem como base a fonte Futura, com contrastes menos acentuados e espessuras e terminações diferen-tes. Todos os caracteres e letras tiveram as proporções feitas apartir da letra “o”. Por ter uma forma geo-métrica, dará um destaque maior, diferenciando a seção de receitas das demais.

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Garlic

Futura

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Garlic CondensedProcesso de criação

A fonte é uma versão condensada da fonte Garlic, que tem como base a fonte Futura. Foi criada para as legendasda revista Menu, ou seja, para ocupar um espaço reduzido nas páginas, e por isso a variação condensada.As letras e caracteres foram basea-dos nas proporções da letra “o”, com algumas modificações, princi-palmente nos terminais, para mel-horar a legibilidade. É geométrica e apresenta pouco contraste.

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Garlic Garlic Condensed

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Pepper RegularProcesso de criação

Ao pensarmos em uma fonte sem serifa, buscamos referências de desenhos para decidir que tipo de não serifada queríamos. Num primeiro momento tomamos como referência a Calibri. Porém, ao nos reunirmos para decidir que tipo de desenho queríamos, percebemos

the quick brown fox jumps over the lazy dog.

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que ela era excessivamente arredondada para o uso que faríamos da fonte, e partimos para outra fonte de referência.Decidimos nos basear na altura e proporções da Myriad Pro, mas ao longo do processo buscamos referências na Gill Sans e Arial, e até mesmo em fontes serifadas.

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Pepper BoldProcesso de criação

A Pepper Bold foi criada a partir do desenho da Pepper Regular, fonte baseada na Myriad e Gill Sans. Procurei expandir as dimensões da letra com base na proporção da Myriad Regular - Bold. Algumas for-mas tiveram que ser sutilmente al-teradas para que a legibilidade não fosse comprometida.

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Pepper ItálicoProcesso de criação

Criamos a Pepper baseada nos tipos Gill Sans e Myriad Pro.A partir da regular inclinamos 10 graus e demos uma compensada de cada lado da letra para que ela fique mais fina do que a regular. A itálica será usada no corpo do texto quan-do for necessario dar destaque.

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Cinnamon regularProcesso de criação

Desde o começo a intenção era criar uma fonte serifada, que fosse elegante e legível para o título da revista Menu, busquei inspiração em fontes renomadas como a Baskerville e Garamond, encurtei a largura de “x” e, talvez o principal, inclinei o terminal para cima, o que ajuda na leitura. O nome

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Cinnamon, significa “canela” em inglês, o que é conveniente por se tratar de uma fonte para uma revista de gastronomia, e como a canela é uma especiaria utilizada principalmente na decoração ou “toque a mais” do prato, essa descrição se encaixa com o uso da fonte.

primeiros desenhos

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Cinnamon ItálicoProcesso de criação:

Foram utilizadas quatro fontes como referência Palatino, Barskev-ille, Calibri e Garamond; o conceito foi gerar uma família tipográfica que conversá-se entre regulares e ítálicas para servirem como sub-título da revista.

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Há seis anos, o potiguar Herbert de Souza Vieira, 57 anos, nunca tinha ouvido falar das regiões francesas de Guérande e Camargue ou da inglesa Essex. Produtor de sal nascido em Mossoró, no Rio Grande do Norte, Vieira desconhecia que daquelas famosas regiões saia um produto caro e cobiçado por chefs em todo o mundo: a flor de sal. A valorizada matéria-prima, ele ouviu dizer, era bastante diferente das 600 mil toneladas de sal comum que ele retira por ano desde 1974 de suas salinas da região do rio Mossoró, com destino tão variado quanto a indústria de alimentos, de tecidos e de ração animal.

A flor de sal, que Vieira encomendou a um primo residente no sul da França, chegou na forma de flocos delicados e irregulares, que desmancham na boca, com sabores e aromas jamais encontrados no produto refinado. Ao prová-la, ele descobriu, tam-bém que, por ter cristais mais leves e que-bradiços, a flor de sal destinava-se à finaliza-ção de pratos. Resolveu que iria produzi-la. E enviou um de seus filhos, Herbert Vieira Júnior, para Guérande, comuna que produz

a desejada flor de sal há mais de mil anos.A flor de sal é o nome que se dá aos primeiros cristais de sal que se formam da evaporação da água do mar. Nas salinas de Guérande, sob condições específicas (pou-ca chuva, muito sol e vento e níveis altos de concentração de sal), forma-se uma fina camada de cristais de sal na superfície da água, recolhida em largos tanques rasos de argila. Esta camada é retirada por mulheres, as paludières ou “fazendeiras de sal”, numa operação manual delicada, que envolve apenas uma espécie de rodo de madeira. “Trouxemos o Know-how de lá, pois nin-guém no nosso Estado sabia como fazê-la, diz Junior, diretor comercial da Cimsal, a empresa da família Vieira, uma das quatro maiores salineiras do País. O Rio Grande do Norte responde por 97% da produção de sal nacional.

Ainda não são as mulheres que colhem a flor de sal brasileira, originada das águas do Atlântico que invadem o leito do rio Mos-soró no verão. Mas, tal como os sais de elite, a for

sal em florA nobre flor de sal produzida em países como França e Portu-gal, começa a ser colhida nas salinas brasileiras

por Cristiana Couto fotos Rogério Voltan

tartar de kampachi com ovas e emulsão de gengibre e coentropor Eric Ripert

emulsão2 colheres (chá) de pasta de raiz-forte; 1 colher (chá) de suco de limão siciliano; 3 colheres (sopa) de suco de limão taiti; 1 1/2 colher (sopa) de óleo de gengibre (comprado pronto); 4 colheres (sopa) de óleo de canola; 1/4 colher (chá) de açuca; sal marinho e pimenta moída a gosto

tartar de kampachi230g de peixe kampachi cortado em cubos de 0,5 cm; 2 colheres (sopa) de passa de raiz-forte; 1 colher (sopa) de óleo de gengibre; 1 colher (sopa) de óleo de canola; 1 colher (sopa) de suco de limão siciliano; 1 colher (sopa) de suco de limão taiti; 4 colheres (sopa) de coentro fresco cortado em juliana; sal marinho e pimenta moída na hora a gosto; 2 colheres (sopa) de ovas já temperadas com raiz-forte; 8 brotos de coentro para decorar

emulsão bata a raiz-forte e os sucos de limão no liquidificador.

Emulsifique lentamente com os óleos de gengibre e canola. Junte o açúcar e tempere com sal e pimenta. reserve.

tartar misture o kampa-chi, a raiz-forte, os óleos de gengibre e canola, o suco dos dois tipos de limão, o coentro, o sal e a pimenta. Misture delicadamente e confira os temperos.

para servir molde 1/4 de xícara (chá) de tatar de kampachi num aro de 7 cm. Espalhe uma colher de chá das ovas já tem-peradas com raiz-forte no topo de cada tartar. Transfira para os pratos e remova os moldes. Dis-tribua os brotos de centro sobre cada tartar. Decore com a emulsão ao redor e sirva imediatamente.

dica do chef o kampachi pode ser substituído por qualquer peixe de água sal­gada, sem espinhas e de carne branca.

A cosmopolita Nova York é um bom termô-metro do que acontece na gastronomia mundial. Na Big Apple, os chefs e seus restaurantes ditam tendên-cias de ingredientes, de fusões culinárias e até de no-vas apresentações de pratos à mesa. Nos tempos de crise, como o atual, a cidade é também um retrato do que os cozinheiros de outros países podem esperar e também das soluções criadas por estes profissionais do fogão.A drástica diminuição do movimento em restaurantes estrelados foi o primeiro refexo de que os problemas econômicos podem se tornar também gastronômi-cos. O Masa, um dos templos da culinária japonesa na cidade, por exemplo, nem conseguiu ususfruir as glórias de ter entrado no seleto clube de restaurantes com três estelas do guia Michelin, neste ano. No início de março, quando foi visitado pela reportagem da Menu, a casa tinha lugares disponíveis no balcão e no salão principal. Um claro sinal de que os nova-iorqui-nos ( e os turistas gourmers da cidade) não estavam dispostos a gastar US$ 450 pelo menu degustação, valor que não inclui bebidas, impostos (cerca de 7%) e gorjetas (em torno de 20%) . Muito menos a fazer ex-travagâncias, como solicitar à parte um steak tartare de kobe beef com trufas negras, que acrescenta mais US$ 120 na salgada conta.Seu vizinho de porta e de semelhante constelação no Michelin, o Per Se também se tornou mais espaçoso nos últimos meses. Se antes eram necessárias se-manas de antecedência para reservar uma mesa no restaurante do chef Thomas Keller (também dono do The French Laundry, na Califórnia), agora basta um telefonema no dia anterior para poder desfrutar as criações de inspiração francesa, executadas pelo chef Jonathan Benno. “Claro que já sofremos com a redução dos clientes, mas a questão é manter a quali-dade”, explica o chef à Menu. Diferentemente do Masa, o Per Se tomou uma atitude emergencial e inédita. No final de março, lançou um menu à la carte, servido nos almoços de sexta a domingo e diariamente no jantar. Em um salão com 24 lugares, os clientes optam por um dos oito pratos, selecionados pelo chef dentre aqueles preparados no menu degustação do dia. As opções não são diminutas como as da