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PORCELANA DE BAIXA FUSÃO 4 As vantagens e desvantagens na sua utilização P-I BRÅNEMARK PHILOSOPHY 10 Brasil é eleito país sede de projeto internacional para fabricação de implantes Informativo da Associação Brasileira de Odontologia / Seção São Paulo - Ano IV - Setembro/Outubro/2007 News 24 “Temos por finalidade: contribuir para a promoção cultural, social, ética e técnica- científica da odontologia” ABO-SP CIRURGIA GUIADA 6 O Dr. Israel Chilvarquer explica a cirurgia guiada para implantes IMPLANTE ZIGOMÁTICO 8 Quais os problemas e questionamentos CURSOS 18 Veja os cursos oferecidos pela Escola de Reciclagem e Aperfeiçoamento da ABO-SP EMERGÊNCIA 22 Os cuidados necessários em casos de emergências médicas no consultório Edifício da P-I Brånemark Philosophy em Campinas

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Porcelana de baixa fusão 4As vantagens e desvantagensna sua utilização

P-i brånemark PhilosoPhy 10Brasil é eleito país sede de projeto internacionalpara fabricação de implantes

Informativo da Associação Brasileira de Odontologia / Seção São Paulo - Ano IV - Setembro/Outubro/2007

News24“Temos por finalidade:

contribuir para a promoção cultural, social, ética e técnica-

científica da odontologia”

ABO-SP

cirurgia guiada 6O Dr. Israel Chilvarquer explica a cirurgia guiada para implantes

imPlante zigomático 8Quais os problemas e questionamentos

cursos 18Veja os cursos oferecidos pela Escola de Reciclagem e Aperfeiçoamento da ABO-SP

emergência 22Os cuidados necessários em casos de emergências médicasno consultório

EdifíciodaP-IBrånemarkPhilosophy™emCampinas

Set/Out 2007 �

AssociAção BrAsileirA de odontologiA seção são PAulo

Entidade fundada em 11/6/2001Sede: Rua Dr. Olavo Egídio, 154 - Santana - São Paulo - SP

CEP 02037-000 - Fones (11) 6950-3332 e 6950-1932E-mail: [email protected]

Site: www.abosp.org.br

Presidente: José Silvestre - 1º Vice-Presidente: Vanderlei Pereira Cassiano - 2º Vice-Presidente: Cláudia A.V. Araújo - secretário-geral: Ney Macedo França - 1º secretário: José Alberto Silvestre - tesoureiro-geral: Nilsom Tenório M. de Albuquerque - 1º tesoureiro: Luís Roberto Lima Rodri-gues - diretor científico: Ricardo Colombo Penteado - diretor da erAP: Mário Cappellette Júnior - diretor de informática: Alexandre Zanesco - diretora de Patrimônio: Lúcia Cappellette Care-zzato - diretores de saúde e Prevenção coletiva: João Carlos Coelho de Faria e Fabiano Vilhena - diretoras social e de cultura: Graziela Y. Jabbour e Rosa Maria Cardoso - diretores de turismo: Roberto Miguita e Juscelino Kojima - diretora Acadêmica: Fernanda Barros de Arruda Telles.

ABo-ABcDra. Mara Cinthia P.S. FernandesR. Baraldi, 662 - São Caetano Sul - SPCEP 09510-010 - Fone: (11) 4229-9913

ABo-AraçatubaDr. Artênio José Isper GarbiniAv. Brasília, 2.459 - Araçatuba - SPCEP 16015-460 - Fone: (18) 3625-3626

ABo-AraraquaraDra. Marcia A. GandiniR. Itália, 1.475 - Centro - Araraquara - SCEP 14801-350 - Fone: (16) 3332-9422

ABo-BauruDr. Celso Kenji NishiyamaR. Homero Chermont, 1-76 - Bauru - SPCEP 17104-310 - Fone: (14) 3016-9551

ABo-BiriguiDra. Eunice Fumico Umeda KinaR. Barão do Rio Branco, 1.089 - Birigüi - SPCEP 16200-001 - Fone: (18) 3641-3892

ABo-campinasDr. Marcelo de Sá ZamperliniAv. José de Souza Campos, 252 - Campinas - SPCEP 13092-120 - Fone: (19) 3254-2603

ABo-catanduvaDr. Rodrigo Teixeira MacriR. Bahia, 569 - Catanduva - SPCEP 15801-290 - Fone: (17) 3522-5412

ABo-guarulhos Dr. Vicente GabrielRua Mantena, 5 - Guarulhos - SPCEP 07195-000 - Fone: (11) 6405-8825

ABo-osascoDr. Flávio de Ávila KfouriAv. D. Pedro I, 174 - Bela Vista - Osasco - SPCEP 06083-000 - Fone: (11) 3681-6599

ABo-Presidente PrudenteDr. Reginaldo Cesar ZanelatoAv. Washington Luís, 1.526 - Pres. Prudente - SPCEP 19050-150 - Fone: (18) 222-4285

ABo-ribeirão PretoDr. Cristiano A.P. AlvarengaR. Prudente de Morais, 1.543 - Ribeirão Preto - SPCEP 14015-100 - Fone: (16) 3974-2001

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corPo editoriAl

editores responsáveis: Isaac Tobias Blachman, Luís Henrique Vinagre, Mário Cappellette Jú-nior e Renato M. Stempniewiski - implantodontia: Flávio de Ávila Kfouri - cirurgia e trauma-tologia: Antonio Renato Sanches Colucci - odontopediatria: Maria Salete Nahas Pires Correia - Prótese: Sérgio Ourique - dentística: Ricardo Amore - endodontia: Lúcia Cappellette Care-zzato - Periodontia: Wilson Roberto Sendyk.

eXPediente

O Informativo ABo news é uma publicação bimestral da Associação Brasileira de Odontologia - Seção São Paulo - Presidente: José Silvestre - diretor: Luís Henrique P. Vinagre - Fone: (11) 6950-3332 / 6950-1932 - [email protected] - Jornalista responsável: Israel Correia de Lima - Mtb 14.204 - Fones: (11) 3477-4156 / 9263-1935 - [email protected] - revisão: Maristela San-tana Santos Carrasco - Projeto/edição gráfica: Guilherme Gonçalves/Depordê Design - Fones: (11) 6947-1219 / 8138-1267 - [email protected] - Fotos: Fernando Squadrani - Publicidade: GSenne Soluções em Negócios - Tel. (11) 4368-5678 - impressão: Gráfica Guarú - tiragem: 20 mil exemplares - distribuição gratuita - O Informativo ABO News não se responsabiliza pelos serviços e produtos de empresas que anunciam neste veículo, as quais estão sujeitas às normas de mercado e do Código de Defesa do Consumidor. Artigos assinados ou conceitos emitidos são de responsa-bilidade exclusiva dos autores. Permitida a reprodução de textos desde que citada a fonte.

Feliz2008!!! D

IVU

LGA

çã

O

Estamos caminhando

para o final de um

ano muito proveitoso

no que concerne ao trabalho

desempenhado na ABO-SP,

mesmo com todas as dificul-

dades encontradas no dia-a-

dia da luta associativa em prol

do cirurgião-dentista.

Gostaria de agradecer a to-

dos que de alguma forma nos

prestigiaram através de seu

carinho e apoio no transcor-

rer do ano.

Não posso deixar de agra-

decer também, e principal-

mente, a Deus por sempre nos

dar força e nos proporcionar

vida para desfrutarmos mais

um ano que se iniciará.

Um Feliz Natal a todos e

um Ano Novo repleto de fe-

licidade, saúde e sucesso!

Luís Henrique Vinagre

Diretor

[email protected]

Sumário

Expediente

Entrevista ________________4Tecnologia _______________6Implante _________________8Empresa _______________ 10Ação Social _____________ 12Entrevista ______________ 16Cursos ________________ 18

Editorial

Evento ________________ 20Emergência ____________ 22Notas _________________ 23Falecimento ____________ 24Higiene Oral ____________ 26Equipamento ___________ 28Dengue ________________ 30

ABO News 244 Entrevista

Jornal ABO-SP: O que é a porcelana de baixa fusão?Euripedes Vedovato: Por-

celanas de baixa fusão são aquelas que apresentam fusão abaixo de 900ºC e em sua composição não apresentam feldspato e são nano-particuladas.

Jornal ABO-SP: Quais as van-tagens e as desvantagens?

Euripedes Vedovato: Vanta-gens: melhores propriedades óp-ticas, suas características reflexivas são mais parecidas com o dente na-tural. Desvantagens: por não pos-suir feldspato tornam-se friáveis, sendo menos resistentes às fraturas.

Jornal ABO-SP: Está sendo muito utilizada?

Euripedes Vedovato: Seu uso iniciou-se em pequenos retoques para porcelana a base de feldspato,

Quais as vantagens e as desvantagens nautilização da porcelana de baixa fusão?

Dr. Euripedes VedovatoTécnico em Prótese Dentária, espe-cialista e mestre em Prótese Dentária e professor/coordenador de cursos de especialização em Prótese Dentária

depois se estendeu para recobri-mento estético em coroas ceramo-cerâmicas e metalo-cerâmicas sobre titânio com queima final de 720ºC. Hoje, devido aos problemas com fraturas, a tendência é que ela seja substituída pelas porcelanas de alta fusão, que apresentam resultados mais previsíveis.

Jornal ABO-SP: É muito pare-cida com o esmalte, no sentido de durabilidade?

Euripedes Vedovato: Em rela-ção à propriedade dureza, as por-celanas de baixa fusão são parecidas com o esmalte, o seu desgaste ocorre de forma similar ao esmalte, o que

não significa que essas porcelanas tenham longevidade, pois após o desgaste a superfície perde o brilho e fica com aspecto de casca de ovo, o que exige a hidratação da porcelana tornando-a susceptível às fraturas.

No momento atual, a Odonto-logia restauradora tem uma gama muito grande de produtos com a mesma finalidade. O que observa-mos na realidade é que melhorou significativamente a capacidade das porcelanas de se aproximarem do dente natural, no aspecto visual, permitindo aos técnicos em geral realizar bons trabalhos. O mesmo não se pode dizer em relação à in-dicação desses materiais para a con-fecção de todos os dentes do arco. Os dentes posteriores em paciente que sobrecarregam as estruturas dentais têm nos mostrado, por exemplo, que as cerâmicas livres de metal fraturam com mais facilida-de do que as metalo-cerâmicas.

O que estamos presenciando, e estamos participando, é uma pro-cura incansável da indústria em criar um produto que tenha todas as características de um dente natu-ral, porém não atingimos o estágio

Por Israel Correia de Lima

EntrevistacomoDr.EuripedesVedovato,mestreemPróteseDentária

de excelência do dente natural com todas as suas propriedades físicas, ópticas e mecânicas.

Antes

Depois

ABO News 246

Jornal ABO-SP: É segura a ci-rurgia guiada

para implante?Israel Chilvarquer:

Acredito que se trata de um procedimento que se encontra em desen-volvimento.

Jornal ABO-SP: Qual a aceitação no mercado?

Israel Chilvarquer: A tecnologia desenvol-vida é matemática e CAD/CAm, portanto é absolutamente segura em mãos hábeis tanto em proce-dimentos cirúrgicos como na rea-bilitação propriamente dita. Além disso, é importantíssimo que o usuário conheça informática para manipular adequadamente os sof-twares.

Jornal ABO-SP: Há profissio-nais com qualificação específica para tal procedimento?

Israel Chilvarquer: Como toda novidade, todos os líderes de opinião estão tentando usar.

Jornal ABO-SP: Está dando certo?

Israel Chilvarquer: Sem dúvida temos excelentes profissionais que já possuem casuística de sucesso.

Jornal ABO-SP: Então já é um sucesso?

Israel Chilvarquer: Como

tudo que é novidade, as pessoas estão apanhando um pouco para usar essa ferramenta, mas têm tido êxito. Ainda faltam cursos de credenciamento para se atingir maior índice de su-cesso e tornar as ferramen-tas mais acessíveis.

Jornal ABO-SP: Quais os prós e contras?

Israel Chilvarquer: Os prós da técnica são muitos: aumento da previsibilidade, rapidez e efici-ência cirúrgica, menor morbidade e boa reabilitação protética. Tudo isso por conta da parte matemáti-ca e informatizada. No entanto, a falta de domínio dessa técnica é o maior entrave do sistema, ou seja, falta ainda suporte dos fabricantes da tecnologia. Outro aspecto im-portante é uma estrita relação entre os especialistas envolvidos no pro-cesso, radiologistas, cirurgiões, e o principal deles, o protesista.

Jornal ABO-SP: Alguma consideração?

Israel Chilvarquer: Rea-lizamos um estudo comparando fatores de sucesso da tecnologia, o qual foi publicado na revista da APCD Jardim Paulista, ano 5, nº 27, de julho/agosto 2007, páginas 4 a 7. Lá evidenciamos que a tec-nologia é fascinante, mas precisa de um contínuo suporte e controle de qualidade dos resultados mais apu-rado. De lá para cá tenho tido ex-celentes resultados pré e pós-opera-tório com os sistemas NobelGuide, Slice Guide e, mais recentemente, com o NeoGuide.

Cirurgia guiada para implante

Tecnologia

Pormeiodetomografiaedeumsoftwareespecíficodesenvolvidoporalgunsfabricantes,hojeépossívelpreveroanteparoparacolocaçãoplanejadadoimplantenopaciente.OjornalABO-SPentrevistouoprofessordoutorIsraelChilvarquer,DiretorClínicodoIndorRadiologia,parasabermaisdetalhes.

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Prof. Dr. Israel ChilvarquerDiretor Clínico do Indor Radiologiaisrael@ indor.com.brwww.indor.com.br

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ABO News 248

Jornal ABO-SP: O que é o im-plante zigomático?Reginaldo Mário Miglioran-

ça: As fixações zigomáticas são uma alternativa aos enxertos ósseos na reabi-litação de maxilas desdentadas severa-mente atróficas (Figura 01), pois buscam ancoragem em um sítio remoto, qual seja, o osso zigomático. De acordo com o professor Per Ingvar Brånemark, responsável pela concepção original das fixações zigomáticas, a con-dição mínima é a utilização de uma fixação bilateral combinada com pelo me-nos dois implantes anterio-res. A técnica de implanta-ção de fixações zigomáticas está indicada nas seguintes condições clínicas:

1º Reabsorção severa da maxila na região posterior com conseqüente pneumatização do seio maxilar, estan-do preservada, na região anterior da maxila, altura óssea que possibilite a instalação de implantes convencionais, mesmo que com espiras expostas, atra-vés de acesso palatino. Nesta situação, são utilizadas fixações zigomáticas nas regiões posteriores e im-plantes convencionais nas regiões anteriores.

2º Reabsorção severa da maxila na região anterior e posterior com conseqüente pneumatização do seio ma-xilar, estando impossibilita-da a instalação de implantes convencionais na região an-terior, casos freqüentemen-te associados à Síndrome de Kelly. Nesta situação, são utilizadas fixações zigomáticas nas regiões poste-riores e anteriores (Figura 02).

Por Israel Correia de Lima

Quais os problemas e questionamentoscom relação ao implante zigomático?ODr.ReginaldoMárioMigliorançaexplanasobrealternativaaosenxertosósseosnareabilitaçãodemaxilas

Para a instalação das fixações zigo-máticas é fundamental um bom plane-jamento cirúrgico e protético. Para se alcançar um planejamento apropriado e assegurar sucesso em longo prazo, deve-se estabelecer um protocolo de

avaliação prévia do pacien-te, condição que envolve as seguintes análises: perfil fa-cial; hábitos parafuncionais; relação horizontal e vertical da mandíbula em relação à maxila; plano oclusal; e condições oclusais do arco antagonista (Figura 03).

Não há nenhuma contra-indicação em se instalar fixações zigomáticas em pacientes jovens, pois, clinicamen-

te, nota-se que a reabsorção óssea da maxila nestes pacientes estabiliza. Per-cebe-se que a reabilitação de pacien-tes jovens com fixações zigomáticas constitui uma alternativa viável aos enxertos ósseos, porém, estudos clíni-

cos mais aprofundados e de longo prazo se fazem neces-sários para confirmação da longevidade desse tipo de reabilitação.

Jornal ABO-SP: Qual a diferença entre o implan-te zigomático e o conven-cional?

Reginaldo Mário Mi-gliorança: As principais diferenças entre as fixações zigomáticas e os implantes

convencionais são o seu comprimento e seu sítio de ancoragem. As fixações zigomáticas possuem com-primentos que variam de 30 a 50 mm e seu sítio de ancoragem principal é o osso zigomático. Quando comparado a um implan-te convencional, a fixação

zigomática tem maior tendência a se dobrar sob cargas horizontais. Isto está relacionado a dois fatores: 1) maior

Implante

comprimento desses implantes; e 2) suporte ósseo limitado na crista alveo-lar maxilar. Para garantir a estabilidade do sistema é necessário que haja rigidez no trabalho protético, pois flexões dos materiais empregados podem causar deformação e desvio das fixações zi-gomáticas, resultando em perda das fi-xações ou no afrouxamento da junção entre a fixação e a prótese.

Jornal ABO-SP: No implante zi-gomático há a necessidade de osseoin-tegração, uma vez que na instalação ocorre uma bicorticalização?

Reginaldo Mário Migliorança: A osseointegração é fundamental para as fixações zigomáticas, assim como para os implantes convencionais. O suporte ósseo das fixações zigomáticas ocorre

principalmente no osso zi-gomático, sendo que o su-porte conferido pela maxila é muito limitado, portanto, a ocorrência da osseointe-gração na porção da fixação inserida no osso zigomático é imprescindível para o su-cesso da reabilitação. Não há necessidade, entretanto, de se aguardar o período de osseointegração das fixações zigomáticas para se instalar

as próteses. Sempre que possível, a ins-talação das próteses provisórias deve ser feita em carga imediata, num período de até três dias após a cirurgia (miglio-rança et al, 2006)1. A condição básica para isso é o torque de instalação para as fixações zigomáticas, que deve ser de, no mínimo, 35 N/cm2. A função imediata sobre as fixações zigomáticas parece ter um efeito benéfico em seu processo de osseointegração, fazendo que essas fixações apresentem uma boa estabilidade secundária.

Figura 01

Figura 02

Figura 03

Set/Out 2007 �

Jornal ABO-SP: O procedimento cirúrgico é rápido? É traumático para o paciente?

Reginaldo Mário Migliorança: O procedimento cirúrgico para instalação de fixações zigomáticas é mais invasivo do que o procedimento para instala-ção de implantes convencionais, pois requer um descolamento muito mais amplo do retalho mucoperiósteo. To-davia, a invasividade do procedimento foi consideravelmente reduzida com o desenvolvimento da Técnica Exteriori-zada de instalação de fixações zigomáti-cas (migliorança et al, 2006)2, na qual a fixação é instalada externamente ao

seio maxilar, sem a necessidade de rea-lização de antrostomias ou descolamen-to da membrana sinusal. Com isso, o tempo e a invasividade cirúrgica foram reduzidos de forma significativa. Para a instalação de fixações zigomáticas, se-gue-se rotina pré-cirúrgica usada para qualquer outro procedimento intra-oral. Não é contra-indicada anestesia local, mas em função da complexidade da técnica cirúrgica e também devido à necessidade de ampla abertura bu-cal durante um tempo prolongado, recomenda-se a anestesia geral, princi-palmente para cirurgiões menos expe-rientes. Além disso, vale ressaltar que, em comparação aos procedimentos de enxerto ósseo, os procedimentos para instalação de fixações zigomáticas são muito mais rápidos e conservadores. A diferença entre os procedimentos de enxertos ósseos e instalação de fixações zigomáticas encontra-se no quadro 1:

Jornal ABO-SP: Quais os problemas e questiona-mentos que o doutor apon-taria?

Reginaldo Mário Mi-gliorança: O maior proble-ma a respeito das fixações zigomáticas diz respeito à curva de aprendizado para sua execução. Por se tratar de um procedimento conside-ravelmente mais complexo que a ins-talação de implantes convencionais, o profissional precisa estar ciente que sua formação pessoal adequada é impres-cindível para o sucesso das reabilitações. As altas taxas de sucesso que podem ser

obtidas com as fixações zigomáticas caem drasticamente se o profissional não tiver completo domínio da técni-ca, que só pode ser obtido por meio de bons cursos de credenciamento e con-tato direto com bons cirurgiões, que conheçam bem todos os procedimen-tos, em período de estágio. Só assim o implantodontista pode se julgar apto a realizar um procedimento de instalação de fixações zigomáticas.

Jornal ABO-SP: E com relação à angulação das fixações zigomáticas, é uma desvantagem?

Reginaldo Mário Migliorança: A instalação de implantes convencio-nais inclinados foi proposta em 2000 por Krekmanov como uma alternativa aos procedimentos de enxertos ósseos em maxilas atróficas; desde então, este procedimento vem sendo relatado em publicações em nível mundial, com al-

tos índices de sucesso. Portanto, a incli-nação de implantes não constitui uma desvantagem biomecânica já há algum tempo, de acordo com a literatura cien-tífica. Em relação às fixações zigomá-ticas, por causa de seu maior compri-mento, alguns cuidados biomecânicos devem ser tomados e atenção especial deve ser dada às forças de curvatura. Essas forças podem prejudicar consi-deravelmente a estabilidade em longo prazo de uma restauração implanto-su-portada. Para diminuir esses momentos de curvatura, a distribuição de forças deve ser aperfeiçoada da seguinte ma-neira: estabilização do arco cruzado; diminuição das alavancas de braços bu-cais; redução do cantiléver mésio-distal e antero-posterior; oclusão equilibrada; redução na inclinação cuspídea. Desta forma, a inclinação das fixações não será nenhum obstáculo ao sucesso da reabilitação.

Jornal ABO-SP: Implante zigomá-tico substitui os casos que necessitam de enxertos ósseos?

Reginaldo Mário Migliorança: Por meio da utilização de fixações zigomáti-cas, associadas ou não a implantes conven-cionais, é possível reabilitar praticamente 100% dos casos de maxilas severamente atróficas sem a necessidade da realização de enxertos ósseos. Desde 1999 não são realizados enxertos ósseos em casos de reabilitações totais de maxilas atróficas no Centro Odontológico Rm.

Jornal ABO-SP: No caso de insu-cesso, em que há necessidade de remoção de um implante zigomático, é fácil a re-moção, e uma perda óssea considerável é possível?

Reginaldo Mário Migliorança: A perda de fixações zigomáticas ocorre por falhas na osseointegração da porção da fixação inserida no osso zigomático. Nesta região, em vez da formação de osso ao redor da fixação, ocorre o seu

Dr. Reginaldo Mário MigliorançaEspecialista em Implantodontia – CFO; Mestre em Implantodontia – SLMan-dic; Doutorando em Implantodontia – SLMandic; Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia ABO-Campinas; Consultor Científico de Implantes Zigomáticos da Nobel Biocare

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“Paraainstalaçãodefixaçõeszigomáticas,segue-serotinapré-cirúrgicausadaparaqualqueroutroprocedimentointra-oral”

Implante

encapsulamento por tecido fibroso; portanto, a remo-ção da fixação é realizada sem maiores dificuldades na maioria dos casos. O que é mais trabalhoso é a remoção do tecido fibrótico da região

para instalação de nova fixação. O des-colamento do retalho mucoperiósteo deve ser amplo para certeza da completa remoção do tecido fibroso. A quantida-de de reabsorção óssea que pode ocorrer nesses casos varia consideravelmente de indivíduo para indivíduo. Nos casos em que ocorrer uma reabsorção pequena, aconselha-se tentar a instalação de uma nova fixação zigomática. No entanto, ocorrem casos em que a reabsorção é severa, não sendo possível a instalação de uma nova fixação zigomática no lo-cal; nestes casos, a opção é partir para a realização de enxertos ósseos na maxila. Os enxertos, por serem uma opção de tratamento mais invasiva, são realizados somente como última opção, em casos de falha na osseointegração da fixação zigomática e total impossibilidade de instalação de nova fixação.

EtaPas COM ENXERtO ÓssEO sEM ENXERtO ÓssEO

(CRIsta ILÍaCa) (ZIGOMÁtICO)

tempo que o paciente 1mês(nomínimo) 1a5dias fica sem a prótese tempo de permanência 24horas(nomínimo) Nãohánecessidade hospitalar tempo para a confecção 1ano(nomínimo) Imediato da prótese Invasividade cirúrgica Grande PequenaPorcentagem de sucesso Emtornode80% Acimade95%tipo de prótese provisória Removível Fixa

Quadro comparativo dos procedimentos envolvidos nas reabilitaçõesrealizadas com enxertos ósseos e com fixações zigomáticas

Quadro 01

ABO News 2410

O Brasil foi o país esco-lhido pela empresa P-I Brånemark Phi-

losophy™ para sediar a operação de um projeto internacional que contempla a produção e comercialização de produtos aplicáveis à reconstrução com integração de próteses pelo princípio da Ossointegração.

Com base no conhecimen-to e filosofia do médico sueco, o professor Per-Ingvar Brå-nemark, descobridor da Os-seointegração, o projeto tem como objetivo desenvolver e ofertar aos profissionais do Brasil e do exterior, produtos e procedimentos representados por soluções de alto desempe-nho, seguras, simplificadas e com preços acessíveis.

Com sede administrativa na cidade de Campinas (SP) e fábrica em Bauru (SP), o presidente da empresa, Fábio Vicalvi Giannini, cuida com afinco da implementação do projeto.

“O projeto foi concebido na Su-écia. Em 2006 decidimos migrar e transformar a empresa localizada em Gotemburgo, e então orien-tada para o desenvolvimento de produtos aplicados exclusivamente no Instituto Brånemark e Bråne-mark Ossointegration Centers, em uma operação que proporcione aos profissionais e, principalmente aos pacientes, acesso aos produtos de-senvolvidos e aperfeiçoados pelo professor Brånemark e seu grupo internacional”.

O país já havia sido beneficiado com a presença do Instituto Bråne-mark, uma entidade independente

P-I Brånemark Philosophy™

da empresa e sem fins lucrativos, localizada em Bauru, que atende pacientes carentes no Brasil desde o final de 2005.

“A opção por instalar a empresa no Brasil foi impulsionada não só pelo carinho que o professor tem pelo país mas também pela carência da população brasileira em relação aos tratamentos. A relevância do mercado consumidor e a qualifica-ção dos profissionais da saúde no país também foram fatores deter-minantes”, diz Fabio.

Em fase que precede a introdução dos produtos, as estratégias adotadas pela empresa seguem a fórmula de pré-lançamento. Com este processo a empresa tem como objetivo po-sicionar o projeto, compreender e atender as necessidades dos profis-sionais em cada país antes do lança-mento ao mercado consumidor. No

Brasil estima-se que o lançamento do projeto aconteça em 2008.

Para o Brasil vieram não so-mente os equipamentos e projetos

desenvolvidos na Suécia mas também todo o know-how de manufatura que os produ-tos exigem. “Ficamos muito contentes com a aprovação de nossas práticas de fabricação e instalações industriais pelo governo brasileiro. Apesar de um processo demorado nos-sa operação foi qualificada com zero não conformidades. Como referência de padrão de qualidade e infra-estrutura, nossos produtos já estão esté-reis antes mesmo de serem en-viados para esterilização por radiação. Nossas exigências e padrão de qualidade são inter-nacionais”, explica Fabio.

Além de um atendimento e relacionamento diferenciado com os clientes, uma área de

suporte clínico está sendo desen-volvida para fornecer informações sobre produtos e procedimentos clí-nicos envolvidos na reabilitação de pacientes. Um capítulo à parte é o Grupo de Inovação, Pesquisa e Trei-namento (IR&T). Este grupo clínico e científico conta com profissionais de várias especialidades e é formado por “células” regionais localizadas no Brasil, Europa e Ásia. “Para simpli-ficar e obter a melhor performance possível com produtos e procedi-mentos precisamos da experiência e conhecimento dos profissionais de várias partes do mundo”.

Segundo o fabricante, o novo implante nunca foi comercializado. “É um privilégio comercializar um

produto único, seguro e inovador que beneficiará pacientes e profis-sionais no mundo todo”.

As informações sobre o implante desenvolvido pelo professor Bråne-mark durante os últimos 20 anos é a de que existe estímulo à microcir-culação, otimizando a cicatrização do tecido ósseo interfacial e con-seqüentemente a Osseointegração. “Quando instalados segundo o pro-tocolo clínico desenvolvido e otimi-zado pelo próprio professor Bråne-mark, os implantes e componentes de prótese apresentam alto índice de sucesso mesmo em situações crí-ticas. Com este implante é possível a aplicação em quaisquer tecidos ósseos, de diferentes características e densidades, intra e extra-oralmen-te, com excelente estabilidade pri-mária, o que possibilita a utilização da técnica de função imediata com maior previsibilidade”, diz Fabio com base nas informações recebidas do Professor Brånemark.

Como referência de preços a em-presa informa que durante a fase de pré-lançamento os implantes são co-mercializados a partir de R$125,00 e os pilares a partir de R$77.

“O mix e a profundidade da linha de implantes, componentes de prótese e instrumentos serão revisados até o lançamento do pro-jeto. O Brasil é sem dúvida uma das melhores fontes de informação para lançarmos o projeto com con-sistência.”

Os profissionais interessados em participar do pré-lançamento dos produtos no Brasil podem entrar em contato com a empresa pelo telefo-ne 0800 777 5577 ou por e-mail [email protected].

Empresa

BrasiléeleitopaíssededeprojetointernacionalPor Israel Correia de Lima

O presidente Fábio Giannini e ilustraçãode um componente de prótese

ABO News 2412 AçãoSocial

A quadra da escola de sam-ba paulistana Unidos de Vila maria, na Zona

Norte de São Paulo, vai receber mais de 800 crianças durante todo o mês de dezembro para uma tria-gem que vai identificar problemas de saúde bucal a serem tratados, em 2008, na recém-inaugurada Clíni-ca multidisciplinar Beneficente Dr. Flávio Antônio Luce. O novo espaço foi entregue à comunidade, no dia 30 de novembro, pelo “Pro-jeto Social Vila maria Um Caso de Amor”, mantido pela escola de samba há oito anos.

O evento, que contou com a participação de cerca de 150 pesso-as, foi prestigiado pelo presidente da ABO Nacional Norberto Lubia-na; do presidente da ABO Seção São Paulo, José Silvestre, pelo pre-sidente eleito da Federação Dentá-ria Internacional (FDI), o brasilei-ro Roberto Vianna; coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria mu-nicipal de Saúde, maria da Can-delária Soares; subprefeito da Vila maria, Antônio de Pádua Perosa; Silvia, Alexandre e Ricardo marti-nelli, do Instituto Pedro martinelli Pró-Odontologia (IPm); e mário Tonzar Jr., da Dabi Atlante. Vasco Luce, filho do cirurgião-dentista e

ABO-SP participa da inauguração da Clínica Multidisciplinar Beneficente Dr. Flávio Antônio Luce, na Vila Maria

sanitarista que dá nome à clínica, Flávio Antônio Luce, morto no último dia 25 de outubro, aos 87 anos de idade, descerrou a placa comemorativa em companhia do presidente da ABO, e do presidente da Unidos da Vila maria, Paulo Sérgio Ferreira.

muito emocionado, Vasco Luce agradeceu pela homena-gem ao pai elogiando o proje-to social. �”Estou maravilhado com as coisas que estão sendo realizadas nesta quadra, e mui-to nos honra ter o nome do nosso pai aqui, à frente de um trabalho tão bonito e pelo qual ele lutou durante décadas, até a morte�”, disse. Ele prometeu levar os irmãos, que moram no Rio Grande do Sul, ao local, �para que eles sintam a mesma emoção. O presidente da Uni-dos de Vila maria, Paulo Sér-gio Ferreira, colocou a escola à disposição da família do home-nageado. “Tenho a certeza de que nosso projeto social vai honrar o nome do seu pai”, garantiu. Fer-reira agradeceu aos patrocinadores da clínica os convidando a visitar a escola em outras oportunidades: “estamos muito felizes com toda essa mobilização em torno do nos-

so projeto e quero que todos vocês acompanhem a evolução das nos-sas atividades sociais e o desen-volvimento da nossa comunidade, coisas que não seriam possíveis sem o seu apoio”.

O presidente eleito da FDI, Roberto Vianna, primeiro latino-americano a ocupar o cargo máxi-mo da Odontologia mundial, havia desembarcado de uma longa via-gem por cidades de Portugal, EUA e Inglaterra e se disse gratificado por chegar ao Brasil e participar da inauguração da clínica. “Como

membro da ABO, sinto-me imen-samente feliz por fazer parte disso e como presidente eleito da FDI, posso dizer que essa preocupação com a saúde bucal da população é um dos principais motivos de estarmos no mais alto patamar da Odontologia mundial”, declarou.

Presenciaram também a soleni-

dade outros familiares e amigos de Flávio Luce; representantes da Rede ABO de vários pontos do Brasil; a coordenadora de Saúde e o coorde-nador de Odontologia do projeto social, Isabel Cristina Napolitano e Augusto Davini, respectivamente; demais voluntários da iniciativa; maurício Cintrão, da Nova Du-tra; e Ivan Haidámus, professor do Curso de Emergências médicas no Consultório Odontológico, re-alizado em paralelo à inauguração para qualificar novos voluntários e outros cirurgiões-dentistas.

A coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria municipal de Saúde, maria da Candelária Soares, mos-trou-se muito bem impressionada com a instalação da clínica e deu os parabéns pelo evento da ABO no Projeto Social da Unidos de Vila

continua na pág. 14...

Na fileira de trás, Mário Tonzar Jr., da Dabi Atlante, e José Silvestre, presidente da ABO-SP. À frente, Maria da Candelária, Newton Miranda de Carvalho, Luiz Craveiro e Isabel Napolitano, coordenadora de Saúde do projeto social

ABO News 2414 AçãoSocial

maria. “Estou certa que será um sucesso”, declarou.

Flávio Luce: pioneirismo - Em seu discurso, o presidente nacio-nal da ABO chamou a atenção

para o pioneirismo de Flávio Luce na luta pela fluoretação da água tratada. “A entrega desta clínica à comunidade da Vila maria é um belo exemplo da preocupação da ABO com a promoção da saúde bucal da população, já que se trata de uma iniciativa que vai benefi-ciar um grande número de pessoas com atendimento de qualidade. A escolha do nome que vai nortear essas ações não poderia ter sido mais acertada, já que o dr. Flávio Luce foi um dos maiores nomes dessa luta pelo acesso da popula-ção à saúde bucal. Ficamos honra-dos em prestar a primeira home-nagem póstuma a ele”, declarou Lubiana. A clínica não só foi a pri-meira homenagem a Flávio Luce após a sua morte como também a primeira ação da ABO a trazer, consigo, o logotipo que passa a identificar todas as atividades de

...continuação da pág. 12 responsabilidade social da entida-de no Brasil, formada por 320 cé-dulas espalhadas pelos 27 Estados da federação.

A clínica teve apoio, também, da Colgate-Palmolive, Easy Sof-tware, Speed Graph e Haydée

móveis Odontológicos, que participaram da inauguração e serão co-responsáveis na ma-nutenção do novo espaço. El-gin O. Leite, da Haydée, tam-bém prestigiou o evento.

O “Projeto Social Vila maria Um Caso de Amor”, que tem envolvido milhares de pessoas em ações de edu-cação, esporte, saúde, cultura e lazer ao longo dos últimos três anos, já conta com um consultório odontológico que atende crianças, jovens e adul-tos gratuitamente. O objetivo da clínica recém-inaugurada, que conta com equipamentos odontológicos modernos e todo o instrumental necessário para o atendimento de qua-lidade, é concentrar o aten-dimento odontopediátrico, oferecendo, também, atendi-

mentos fisioterápico e psicológico, todos realizados por profissionais voluntários.

O cirurgião-dentista Eduardo Ottávio, de 32 anos de idade, é um dos mais ansiosos para começar os trabalhos da clínica. Formado há

dois anos, Ottávio já realizava atendimentos gratuitos a po-pulações carentes na faculda-de, mas diz sentir uma emoção especial ao se preparar para atender crianças da sua pró-pria comunidade. “Conheço os problemas da região e que-ro muito fazer algo para ajudar a resolvê-los”, disse ao sair do curso Emergências médicas no Consultório Odontológico, que o projeto social ofereceu, gratuitamente, aos seus volun-tários e a outros profissionais interessados em atualizar seus conhecimentos. O curso acon-teceu nos últimos dias 29 e 30 de novembro, no auditório da

escola de samba, e os participantes puderam acompanhar a inaugura-ção da clínica, também localizada na quadra.

Após o descerramento da placa, os presentes visitaram os espaços utilizados pelo projeto social no desenvolvimento de ações em saú-de, educação e esporte, começan-do pela clínica recém-inaugurada. Dividido em três partes, o novo es-paço tem recepção informatizada, sala para atendimento psicológico e fonoaudiológico e consultório odontológico com equipamentos e instrumentais de ponta e de de-sinfecção e esterilização, em sala anexa. Com a inauguração, os vo-luntários do projeto social deram início à triagem que vai identificar, durante todo o mês de dezembro, os problemas de saúde bucal de mais de 800 crianças da região. Em janeiro, cada criança começa a ser tratada de acordo com a urgên-cia do caso.

Norberto Lubiana e Vasco Luce visitando a clínica recém-inaugurada

Luiz Roberto Craveiro, vice-presidente da ABONewton Miranda de Carvalho, secretário-geral da ABO

Roberto Vianna, presidente eleito da FDIAlexandre, Silvia e Ricardo Martinelli, do IPM

Maria da Candelária, coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de SaúdeNorberto Francisco Lubiana, presidente da ABO Nacional

Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Escola de Samba Unidos de Vila MariaVasco Luce, filho de Flávio Luce, e outros familiares do homenageado

ABO News 2416 Entrevista

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A cirurgia ultra-sônica é semelhante à cirurgia convencional, necessi-

tando de anestesia, incisão e des-colamento. Segundo o Dr. André Vilela, cirurgião-dentista formado pela USP/SP, especialista em im-plantes pela Fundecto e que traba-lha com implantes dentários há 19 anos, a diferença está na maneira de se executar o corte, que, em vez de utilizar o micromotor elétrico, uti-liza-se a ponta ativa do ultra-som no modelo mais adequado para o procedimento, já que existem pon-tas para corte por desgaste, corte por cisalhamento, perfuração, en-tre outras.

Trabalhando com cirurgia ultra-sônica há quatro anos e ministran-do cursos internacionais em vários países por meio da medical Oasis Association - mOA (www.medica-loasisassociation.org), com sede em Lugano, Suíça, o Dr. Vilela explica que a melhor característica é o tipo de corte, preciso e seletivo.

“Isto permite que o corte se re-alize apenas sobre o tecido duro, não lesando o tecido mole, alte-rando o risco operatório em ci-rurgias mais delicadas, como por exemplo, a Cirurgia de Elevação do Assoalho Sinusal (Sinus Lift) ou mesmo a de Lateralização do Nervo Alveolar inferior, pois, sob o ponto de vista comparativo, a ponta ativa permanece parada no local (amplitudes micrométricas), sem o tracionamento mecânico gerado por uma broca ou fresa, até

mesmo uma micro-serra conven-cional”, explica Vilela.

Ele acrescenta que a utilização do ultra-som ainda propicia o efei-to de cavitação, diminuindo o san-gramento na região e facilitando a cirurgia pelo campo operatório mais limpo.

Para os cuidados necessários com o equipamento, o Dr. Vilela cita o aparelho “PiezoSonic”, fa-bricado pela empresa Driller, que, a exemplo de outros aparelhos si-milares estrangeiros, necessita de aprendizado para ser utilizado.

A freqüência e a potência utiliza-da cada vez que o aparelho é manu-seado podem ser alteradas por meio dos programas do equipamento ou até mesmo separadamente, criando situações distintas. “Dependendo da mineralização do osso, disposi-ção de lamelas e até mesmo ângulo de ataque da ponta ativa, podem criar juntos ou isoladamente al-terações na capacidade de corte e desgaste, e esta deficiência pode ser compensada pela alteração dos pa-râmetros de freqüência e potência do PiezoSonic”, diz Vilela.

Com relação às perspectivas de mercado, Vilela salienta que são muito boas, uma vez que a tecno-logia utilizada vem sendo estuda-da por beneficiar outros aspectos

da reparação tecidual, não só por produzir menor trauma e aqueci-mento, mas também por facilitar a ativação de outros fatores de cresci-mento ósseo como BmP’s (J Perio-dontol 2007).

O equipamento tem um custo ainda alto, em de torno R$ 12 mil.

“mas muito mais barato que um aparelho importado ou contraban-deado, com as vantagens de uma empresa séria e conhecida como a Driller, presente no mercado há 15 anos e com reconhecimento nacio-nal e internacional. O PiezoSonic é um equipamento voltado aos espe-cialistas em cirurgia, não somente implantodontistas”, diz Vilela.

O equipamento está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bem como seus acessórios e pontas ativas de repo-sição. As pontas são reesterilizáveis, mas como as brocas necessitam ser substituídas por causa da perda de corte, estão sujeitas a quebra por fadiga mecânica em função da alta freqüência de vibração.

O PiezoSonic necessita de aprendizado, o que se alcança com sua utilização e experiência, não havendo uma fórmula única para cada aplicação de uso ou mesmo indicação.

A Driller informa que o equipa-

Cirurgia ultra-sônica possibilita, entre outrosfatores, menos trauma e aquecimento

Dr.AndréVilelaCirurgião dentista formado pela USP-SP em 1987, Especialista em Implantes pela FUNDECTO, trabalha com implantes dentários há 19 anos e hoje é Coordenador do Departamento de Implantes do CETAO-SP, Professor dos Cursos de Especialização em Implantes do CETAO-SP.Trabalha com Cirurgia Ultra-sônica há 4 anos, ministrando cursos internacionais em vários países através da MOA Medical Oasis Association (www.medicaloasisassociation.org), com sede em Lugano, Suíça.

“Autilizaçãodoultra-somaindapropiciaoefeitodecavitação,diminuindoosangramento

naregiãoefacilitandoacirurgia”

Por Israel Correia de Lima

ODr.AndréVilela,especialistaemimplantes,detalhaprocedimentosparaacirurgiaultra-sônica

mento pode ser adquirido direto da própria empresa (parcelamento em até 10x) ou mesmo através do Ban-co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (em até 48x), desde que o profissional se cadastre no site www.bndes.gov.br e solicite seu cartão BNDES.

Set/Out 2007 17

OPiezoSonicéumbisturiultra-sônicoparatecidosduros(ossos,dentesetc.),últimanovidadeemmatériadecorteósseocompreci-são,alvodepesquisasemtodoomundo.

Tecnologianova,emdesenvolvimentonaItáliaháoitoanoseagora transferida para a Driller, empresa nacional, o PiezoSonicretrata a última geração desta tecnologia, oferecendo vantagensnaqualidadeeconfortocirúrgicotantoparaoprofissionalquantoparaopaciente.

OprincípiofísicodefuncionamentodoPiezoSonicéconhecidocomopiezoeletricidade,descobertoporengenheirosdaNasahámaisde40anos.

Apiezoeletricidadetemcomocaracterísticaumestímulomecâ-nico,desencadeandoeletricidade,etambém,emsentidocontrário,umestímuloelétrico,desencadeandovibraçõesmecânicas.

Oexemplomaiscomumdodia-a-diaéoantigoacendedordefogões Magiclic, que quando apertado libera uma mola com umpesonapontaquebatecontrapastilhasdecristalpiezoelétricode-sencadeandoumafagulhaelétricaqueacendeofogo.

NoPiezoSonicpastilhascerâmicasespeciaissãosubmetidasàcorrenteelétricaecome-çamavibrar,transmitindoessavibraçãoapontasdesenhadasespecificamenteparacirurgia,fazendomicromovi-mentos com amplitudes micro-métricas (máximo de um déci-modemilímetro)emfreqüênciaaltíssima, de 31 kHz (trinta eumamilmovimentaçõesemum segundo). Issoequivale a umavelocidadedecortedeaproxima-d a m e n t e20 km porhora.

O PiezoSonic é diferente dos outrosaparelhos de ultra-som por ter umafreqüência modulada sobrepostaà original, criando deformaçõesna ponta ativa em outra direção,criando um efeito de marteleteúnicoepermitindoautilizaçãodepontas ativas em forma de serra,fatoquealteraporcompletoaperformancedecorteemprofundidade.Essavibraçãoé imper-

ceptívelaopacienteeaoprofissional,fazendoqueocortesejarápidoepreciso,diferentedatecnologiautilizadahoje(brocas,fresaseserras).Alémdisso,paraqueocortesejamaisrápido,oultra-somdeveseraplicadocompoucapressão,suavemente,sendopinceladosobreoosso,traduzindoummaiorconfortocirúrgico.

AtecnologiadoPiezoSonictemcomocaracterísticaaindaaex-tremasegurançaquandoemcontatocomostecidosmoles(gengi-va,nervos,membranasetc.),pois,mesmoqueocorrao toquedapontaativa(serraououtroinstrumentodecorte)nessasáreas,nadaacontece…amesmaserraquecortaoosso,quandoemcontatocomotecidomole(pele,porexemplo)ouatémesmocomamãodooperador,nãoconsegueefetuarnenhumtipodecorteporabsorçãodavibração.

Algunstrabalhoscientíficosvêmevidenciandoagrandevantagemdautilizaçãodestatecnologiaporsuamaiorprecisão,menortraumamecânicoao tecido,menoraquecimentoe, ainda,pelas vantagensbiológicasadicionaisqueaceleramarespostadereparaçãotecidual.

OutravantagemqueexaltaousodoPiezoSonicéoutroefeitofísicoconhecidocomoCavitação,traduzidopormenorsangramen-tonaregiãooperada.ACavitaçãoconsistenaliberaçãodemolé-

culasgasosasnapresençadavibraçãodealta freqüência, o que acaba levando a

microembolia (sem risco ao paciente)reversível,reduzindooafluxodesan-

gueaolocal.

A cirurgia executada commenor sangramento traz maiorvelocidadeaotrabalhodopro-fissional e menor trauma ci-rúrgico e, por conseguinte,melhorrespostatecidualno

processodecicatrização.

OPiezoSonicpodeser aplicado em vá-riostiposdecirurgiapara corte ósseo,seja cirurgia demão, pés, neuro,maxilo-facial e até

mesmo cirurgiasde enxertos ósseos

para implantesdentáriosecirurgiaortognática.Aindanaáreamédica,cirur-

giõesplásticosestãocomeçandoasein-teirardaspossibilidadesdecirurgiascommenortrauma(menorinchaçoehemato-mas)naregiãodonariz.

PiezoSonic

Entrevista

ABO News 2418

Curso Especialização em Ortodontia - 3ª TurmaCoordenador:Prof.Dr.MárioCappelletteJúnioreequipeRealização:quintas-feirasDuração:30mesesInvestimento:R$1.500,00mensaisInício:fevereiro

Curso de Especialização em Dentística - 2ª TurmaCoordenador:Prof.Dr.RicardoAmoreeequipePeríodo:terças,quartasequintas-feiras(2ªsemanadomês)Carga Horária:750horasDuração:24mesesInício:marçoInvestimento:R$930,00mensaisPrograma teórico:•TratamentoconservadordaCárie•Estéticaanteriorcomresinacomposta•Usodetintasoucaracterizadores•RestauraçõesEstéticasemdentesposteriores comresinacompostas•FacetasLaminadasin-lay,on-lay•SistemaProcera-Alcerameentreoutros

Curso de Especialização em Estomatologia - 3ª TurmaCoordenador:Prof.IsaacTobiasBlachmaneequipePeríodo:segundas-feirasàtardeDuração:18mesesInício:fevereiroInvestimento:R$400,00Programa teórico:•Introduçãoàclínica•Inter-relaçãoentreasdisciplinas•Inter-relaçãodaOdontologiacomas demaisespecialidadesmédicas•Conceitodesaúderelacionadoaodano anátomo-funcionaldadoença•ConceitodeSemiologia,Propedêutica,Semiogênesis•ExameClínico:AnamneseeExameFísico•Citologiaesfoliativa•Biópsia•Semiologiadostecidosmolesbucais

Cursos de Especialização

Cursos

Curso Especialização em Saúde ColetivaCoodenador:Dr.FabianoVieiraVilhenaeequipeRealização:quinzenalDuração:18mesesInício:março

Curso de Especialização em Disfunção Têmporo Mandibular e Dor Oro Facial - 2ª turmaCoordenador:Prof.RenatoMalheiroStempniewskiPeríodo:quinzenal-quintasesextas-feirasDuração:18mesesInício:imediatoInvestimento:R$800,00mensais

Curso Especialização em EndodontiaCoordenadora:ProfªLúciaCappelletteCarezzatoeequipePeríodo:segundas-feirasDuração:18mesesInício:abrilInvestimento:R$900,00mensaisProva:19/03/2008-9hPrograma resumido:•Anatomiadoscanaisradiculares•CirurgiadeAcesso•Odontometria•LocalizadoresApicais•PreparodosCanaisRadiculares(TécnicaCérvico-Apical)•Instrumentosautomatizados•TécnicasdeObturação(ConvencionaiseTermoplastificadas)•MedicaçõesIntra-canaisatuais•RetratamentoEndodôntico•AcidentesEndodônticos•CirurgiaParaendodôntica•IntroduçaoàMicroscopiaEletrônica•LaserterapiaemEndodontia•MedicaçãoSistêmica(AlopatiaeHomeopatia)•UpgradedosMateriaisEndodônticos

Curso Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo FaciaisCoordenador:Prof.RenatoA.S.Colluci /Dr.ThiagoCorreiaLopeseequipePeríodo:terças-feiras(manhã/tarde/noite)Duração:24mesesInvestimento:R$1.150,00mensaisInício:marçoInscrições:até12/02/2008-Prova:19/02/2008-9hPrograma:•CirurgiaetraumatologiaBuco-Maxilo-Facial•ImplantesDentais•CirurgiaOrtognática•DiagnósticoetratamentocirúrgicodedisfunçãodeATM•Patologiaoralemaxilo-facial•Cirurgiaoral

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Cursos de AtualizaçãoCurso de Atualização em EndodontiaMinistradora:ProfªLúciaCappelletteCarezzatoPeríodo:segundas-feirasdas8hàs12hDuração:5meses-80horas/aulasInício:marçoInvestimento:R$250,00mensais

Curso de Atualização OrtodontiaMinistrador:Prof.Dr.MárioCappelletteJúniorPeríodo:quintas-feirasdas17hàs20hDuração:24mesesInício:setembroInvestimento:R$350,00técnica:EdgwiseeStraighWire

Técnico em Higiene Dental (THD)Coordenadora:ÂngelaMariaAlyCecilio/YaraYatiyoYassudaPeríodo:quartas,quintasesextas-feiras,das19hàs22hInício:marçoInvestimento:R$300,00Vagas:20

Curso de Atualização e Aperfeiçoamento em Implantodontia - InícioTeórico/clínico/laboratorialCoordenador:Prof.FláviodeÁvilaKfouriEquipe:JohnP.E.Brown,MauricioM.Mateus,NelsonSato,RobertoPuertasGarcia,AlexandreHassemNeto,LuisGustavoValsani,Mau-ricioMathias,MarceloPiaia,MarcoScavassini,LucianaGuarinoPeríodo:1vezpormês-quintasesextas-feirasdas8às18horasDuração:10meses-160horas/aulasInício:marçoInvestimento:R$350,00mensais

Curso de Prótese sobre ImplantesTeórico/clínico/laboratorialCoordenador: FláviodeÁvilaKfourieequipeInício:marçoDuração:10meses-120horas/aulasInvestimento:R$300,00mensaisPeríodo:1vezpormês-quarta-feiradas8hàs18h-sábadodas8hàs12hObs.:CursoConjugado:Atualização+Prótese-dequarta-feiraasábado-1vezpormês-280horas/aulasInvestimento:R$450,00mensais

Cursos ABO-OsascoAncoragem Ortodôntica com Mini-ImplantesTeórico/clínico/laboratorialMinistrador:Prof.Dr.EugênioRochaMestreemOrtodontia-EspecialistaemImplantodontiaPeríodo:18e19dejaneiro-sexta-feiraesábado

Especialização Latu Sensu em ImplantodontiaMinistrador:Dr.FlávioA.KfouriInício:fevereiroDuração: 27mesesPeríodo:terçasequartas-feiras-quinzenalInvestimento: R$1.100,00mensais

Especialização e Atualização em:Ortodontia - Periodontia - EndodontiaEspecialização em PróteseAtualização em ImplantodontiaCurso Técnico para ACD e THD

Curso de Mini Implante (Novo!)Período:18e19dejaneiro-sexta-feiraesábadoInvestimento:2xR$195,00

INfORMaçõEs E INsCRIçõEs: aBO-OsasCO: 3681-6599

Cursos

ABO News 2420

5º Congresso de Odontologia da ABO Osasco

Evento

Nos dias 23 e 24 de novembro foi realizado o 5º Congresso de Odonto-logia da Associação Brasileira de Odontologia - Seção Osasco, na sede da Universidade Bandeirantes (Uniban).

O evento contou com a presença do prefeito da cidade de Osasco, Emidio de Sousa, do presidente do Congresso, Dr. John Pourratessington Brown, do Presiden-

te da ABO-Osasco, Dr. Flávio de Ávila Kfouri, além de outras autoridades.Para a organizadora do evento, Fátima Cardoso Kfouri, a presença de mais

de 400 pessoas ao Congresso demonstra a força da entidade. “Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer aos presentes e as empresas patroci-nadoras do congresso”, finalizou Fátima.

Flávio Kfouri e Prof. Jurandir Barbosa John Brown, Prof. CíceroDinato (Implanto) e Flávio Kfouri

Flávio Kfouri, Prof. MarceloBonecker (odontopediatria) e John Brown

Dr. José Silvestre em seu discursodurante a abertura do evento

Dr. Enir de Sousa Lima, homenageado Prefeito Emídio de sousa, na abertura

Prof. Luiz Marins durante sua palestra Sec. de Saúde (Gelson, Eurika (Delegada do CRO de

Osasco), John Brown (Pres. do evento), Emidio de Sousa

(Pref. de Osasco), Flávio Kfouri (Pres. ABO), Enir de

Sousa Lima (homenageado), Laurindo Borelli (Dir.

Odonto Uniban), Dr. José Silvestre (Pres. ABO-SP)

Flávio Kfouri e Prof. Dario Adolfi

ABO News 2422 Emergência

Equipe participante em frenteao Insituto Brånemark

Com larga experiência em emergências médicas, o cirurgião-dentista Ivan

Haidámus, colaborador do Pronto-socorro do Hospital São Paulo da Es-cola Paulista de medicina e autor dos livros Emergências médicas no Con-sultório Odontológico (Editora Ci-pola, 2000) e Como Tratar Pacientes com Doenças Orgânicas na Odonto-logia Clínica (Editora Pancast, 1994), ministrou curso de emergências mé-dicas, nos dias 29 e 30 de novembro, durante a recém-inaugurada Clínica multidisciplinar Beneficente Dr. Flá-vio Antônio Luce, que contou com a presença de membros da Associação Brasileira de Odontologia (ver maté-ria na página 12).

O Dr. Ivan Haidámus fala sobre al-gumas ocasiões que merecem bastante cuidado, uma vez que as situações emergenciais acontecem de forma rá-pida, causando pânico quando os ci-rurgiões-dentistas desconhecem suas manifestações e forma de tratamento.

“Somos um corpo que tem uma boca e não uma boca que tem um corpo, portanto não devemos tornar a Odontologia apenas uma profis-são artesanal e muito menos tentar o distanciamento com a medicina, pois tal fato só poderia ser possível caso pudéssemos separar o corpo humano em duas partes: a odonto-lógica e a médica”, diz Haidámus.

Para evitar iatrogenias e situações de emergência no consultório odon-tológico, o profissional deve conhe-cer o paciente de forma geral. “No entanto, este é um grande desafio para os cirurgiões-dentistas, pois na grande maioria dos casos os próprios pacientes não se conhecem”, diz ele.

Para as doenças que se apresen-tam de forma assintomática como na hipertensão, no diabetes e nas

Cuidados médicos no consultório odontológico

cardiopatias. “O cirurgião-dentista é um profissional de saúde com muita responsabilidade. Além dos proble-mas inerentes do sistema estoma-tognático, tem que saber lidar com situações desconhecidas, que o torna vulnerável a acontecimentos muitas vezes irreversíveis. O CD não pode se omitir a dar assistência odonto-lógica aos diabéticos, cardiopatas, gestantes, hipertensos, entre outros. Portanto, deverá conhecer suas ma-nifestações, sabendo medicá-los, ob-servando horário de atendimento e suas limitações.”

Por exemplo, nos casos em que um paciente sofre desmaio ou pas-sa por situações de perda de senti-do, o profissional deve pressionar a nuca do indivíduo e orientá-lo a ficar com a cabeça entre os joelhos e depois pedir-lhe para que retorne à posição original. “É importante, também, conversar com o pacien-te fazendo-lhe perguntas e avaliar, através das suas repostas, seu grau de consciência. Caso o paciente não consiga retornar à posição original ou responder às perguntas, devemos prontamente elevar seus membros inferiores, fazendo com que sua ca-beça fique mais baixa que o corpo. Com este procedimento teremos um aumento de pressão arterial e do débito cardíaco”, explica Haidámus.

mesmo assim há necessidade de socorro médico. No caso, o cirur-gião-dentista deve acionar socorro através do telefone, observar o pul-so carotídeo e manter a respiração através do AmBU (tais situações geralmente ocorrem sob efeitos de analgesia local, podendo causar de-pressões respiratórias). As insufla-ções deverão ser feitas lentamente para se evitar distensões gástricas.

Os pacientes que se encontram

nessas condições no consultório odontológico geralmente estão sob efeito de anestésicos locais que po-dem determinar insuficiência res-piratória. Caso o paciente não se encontre com insuficiência respira-tória, deve-se fazer uso de cateter de O

2 (dois litros por minuto). “De-

vemos, ainda, lembrar de deixá-lo com respiração livre, abrir as jane-las, desobstruir a orofaringe quan-do obstruída pela presença de gaze, algodão etc. Lembrar que quando o paciente atinge um estado grave não será possível sentir seu pulso radial. Assim, observar a freqüência respi-ratória e sentir seu pulso carotídeo constantemente durante o episódio. A ausência de resposta a estímulos (inconsciência), ausência de pulso em grandes artérias e ausência de movimentos respiratórios determi-nam a necessidade da ação imediata através do pedido de socorro, por te-lefone e massagem cardíaca a tórax fechado”, diz Haidámus.

Para Haidámus, quando o pa-ciente se submete a anestesia geral, é acompanhado por uma equipe médi-ca e seus sinais são “vigiados” cons-tantemente através de monitores. “Infelizmente não dispomos deste recurso, o que nos daria maior segu-rança e despertaria mais confiança no assistido. É por isso que insisto de for-ma exaustiva para que o profissional observe, durante qualquer ato anes-tésico, alguns sinais e eventualmente sintomas por parte do paciente.”

A freqüência cardíaca deverá ser analisada através do pulso radial, al-ternâncias importantes poderão in-dicar o início de reação alérgica ana-filática. Deve-se, também, observar a região logo abaixo do pescoço, que poderá indicar reação alérgica cau-sada pelo analgésico local, principal-

mente em pacientes com história de doenças alérgicas como asma, bron-quite, sinusite, renite etc.

Além disso, Haidámus alerta para o fato de que se deve evitar atender a pacientes idosos (acima de 65 anos) que estejam usando gravatas ou ca-misas que possam pressionar o seio carotídeo, pois poderão provocar manobras vagais involuntárias e levar o paciente a situações de arritmias (Bradicardia) e, eventualmente, a perda de consciência (Síncope) por causa da diminuição repentina do fluxo cerebral. “Por último, não de-vemos deixar de observar as pupilas do paciente durante o ato anestésico. Alterações importantes no débito cardíaco que pode provocar midría-se e a incompassibilidade ao fármaco utilizado poderá causar contrações pupilar (miose)”, finaliza Haidámus.

Ivan HaidámusColaborador do Pronto-socorro do Hospital São Paulo da Escola Pau-lista de Medicina e autor dos livros Emergências Médicas no Consultório Odontológico (Editora Cipola, 2000) e Como Tratar Pacientes com Doenças Orgânicas na Odontologia Clínica (Edi-tora Pancast, 1994)

Conhecimentodocirurgião-dentistaevitapânicoemsituaçõesemergenciais

Set/Out 2007 2�Notas

Estavam presentes José Scarso Filho, Andressa da Silva Kuwana,

Amaury Favoretto, Márcia M. Dalmolin Carvalho, João N. Arioli

Filho, Carlos Alberto Dotto, Carmen T. Moreira Rodrigues e outros

Curso de Especialização em Implantodontia da ABO-SP

Equipe participante em frenteao Insituto Brånemark

Com a coordenação a car-go do professor da Fa-culdade de Odontologia

de Araraquara Dr. José Scarso Filho, cirurgião bucomaxilofacial e implan-todontista, e contando com os pro-fessores auxiliares Andressa da Silva

MódulofoiapresentadonoInstitutoBranemark

Kuwana, Amaury Favoretto, már-cia m. Dalmolin Carvalho, João N. Arioli Filho, Carlos Alberto Dotto e Carmen T. moreira Ro-drigues, um módulo do Curso de Especialização em Implantodon-tia foi apresentado no Instituto Branemark, localizado na cidade de Bauru, interior de São Paulo.

Foram realizadas quatro cirur-gias em pacientes totalmente des-dentados, com a fixação de três

implantes na mandíbula e quatro na maxila e, posteriormente, a coloca-ção da prótese fixa. “Essa parceria da Associação Brasileira de Odonto-logia de São Paulo com o Instituto Branemark teve resultados altamente satisfatórios, com recuperação ime-

diata dos pacientes”, diz Scarso.Os implantes utilizados para as

cirurgias foram os P-I Brånemark Philosophy™, gentilmente cedidos pelo Instituto. O Curso de Especiali-zação em Implantodontia conta com 12 alunos, é composto de 28 módu-los e tem duração de 2 anos.

Para o professor Carlos Alberto Dotto, a cirurgia realizada é pouco invasiva, são fixados implantes em menor número. “Não se faz gran-des incisões, apenas uma perfura-

ção na gengiva, o indivíduo não sofre inchaço no rosto. A única observação que se faz ao paciente, é que se evite alguns alimentos nos primeiros meses da colocação da prótese.”

Hoje o curso já está na fase de triagem de pacientes dentro da pró-pria ABO para colocação de implan-tes e cirurgias avançadas.

ABO News 2424 Falecimento

Filho de uma família hu-milde, o ribeirãopretano João Padula Nomelini,

trilhou desde muito cedo sua tra-jetória de sucesso, contrariando a direção que a vida lhe impunha diante das dificuldades.

Começou sua carreira aos 13 anos de idade, na Indústria Brasi-leira de Aparelhos Dentários, onde trabalhou por 25 anos, chegando in-clusive a exercer a função de gerente industrial. Após deixar a empresa, com arrojo e pioneirismo, montou, em 1971, a mathias Equipamentos Odontológicos, primeira fábrica nacional de aparelhos de Raios-X.

Em 1974, João Padula, através da parceria com empresários japo-

João Padula Nomelini: uma vida vitoriosa

Pai exemplar e avô dedicado, João Padula faleceu no dia 26 de

neses, fundou a Belmont do Brasil Equipamentos Odontológicos. mas o homem de visão não parou por aí. Em dezembro de 1976, ele fun-da a Gnatus Indústria e Comércio de Articuladores Ltda., especiali-zada na fabricação de articuladores para prótese dentária, que começou com apenas quatro colaborado-res, mas logo cresceu e tornou-se a Gnatus Equipamentos Odontoló-gicos, conquistando assim, grande expressão no cenário odontológico nacional e internacional.

Casado com Isolina Canesin Nomelini em 1956, ele também construiu uma sólida família, com cinco filhos, Gilberto, Regina, már-cia, Kátia e Cristina, e 11 netos.

outubro, deixando um legado de dignidade, competência e vitórias.

ABO News 2426 HigieneOral

Oferecer aos bebês e crianças pequenas uma escova adequada que

possibilite a correta higienização dos dentes, é o bem maior que se pode legar como contribuição para uma saúde oral por toda vida. As escovas infantis são indicadas logo após a erupção dos primeiros dentes decí-duos, entre 5 e 9 meses de vida, até os 6 ou 7 anos de idade ou início da erupção dos dentes permanentes. Es-tas escovas devem apresentar carac-terísticas específicas como a presença de uma cabeça pequena e anatômi-ca; cerdas arredondadas, polidas e macias; e um cabo com textura soft, que se adapte facilmente às pequenas mãozinhas. Até a criança adquirir co-ordenação motora, os cuidados com sua higiene oral devem ser delegados

Escova dental infantil estimula higiene desde cedo

Prof. Dr. Hugo Roberto LewgoyEspecialista, Mestre e Doutor pela FOUSP; Professor Titular de Biomate-riais da Uniban; Professor Doutor da Disciplina de Dentística da Uniban e UMC; Professor do Curso de Especiali-zação em Dentística e Estética da ABO

aos pais ou responsáveis, porém, é fundamental que desde a mais tenra idade as crianças sejam estimuladas

a desenvolver o hábito da escovação sozinhas. Na realidade as escovas in-fantis devem ser um verdadeiro ob-jeto de desejo, para que às crianças aceitem e realizem a higiene oral de uma forma divertida. Uma diversão com responsabilidade, pois, dentes

bonitos e gengivas saudáveis devem ser cultivados e pre-servados desde a infância. Para prevenção da cárie e doença periodontal não se pode esquecer que a fun-ção principal da escova é a realização da remo-ção ou desorganização da placa bacteriana ou

placa dental de forma eficiente e atraumática, portanto, qualquer esco-va para alcançar estes ob-jetivos, deve ter como característica prin-cipal a quantidade

e qualidade de suas cerdas. Uma escova que preenche estes quesitos e que já está disponível no Brasil é a escova CURAkid importada da Suíça e desenvolvida pela Cura-den sob orientação do Prof. Dr. Adrian Lussi do Departamento de Odontopediatria da Universi-dade de Berna. Esta escova reflete o que existe de mais moderno em tecnologia e pesquisa voltadas para a saúde oral dos bebês e crianças pequenas. Com design adequado, possui um cabo emborrachado, que permite que a escova pare em pé so-zinha; e uma cabeça anatômica com 3860 cerdas ultra-macias de fibras de CUREN®, que possibilitam um ação seletiva sobre o biofilme dental e uma escovação atraumática, efi-ciente e prazerosa.

Quanto à escovação voltada es-pecificamente para os bebês, deve-se relembrar o CURAbaby um estimu-lador neuro-sensorial que combina escova dental, mordedor, massage-ador e chocalho capaz de estimular os sentidos dos bebês (visual, tátil e auditivo) contribuindo para um de-senvolvimento mais rápido e saudá-vel das crianças. Pela presença de uma estrutura que simula as cerdas de uma escova, o bebê raspa e desorganiza a

placa dental com sua própria pressão, sem causar traumatismos. A escova CURAkid estabelece um link ou elo de ligação com o CURAbaby justa-mente por apresentar texturas (rígidas e macias) e formas (anéis e saliências) semelhantes as do mordedor. O bebê, no momento da escovação realizada pelo adulto responsável, toca e segura na escova relembrando das sensações anteriormente vivenciadas com o mordedor que promoveu o primeiro estímulo no sentido da higiene oral. O professor Lussi recomenda, após a

erupção dos primeiros dentes do bebê que a escova CURAkid é o caminho mais lógico após a utilização do mor-dedor CURAbaby.

Escova CURAkid com cerdas de CUREN®

CURAbaby da Curaden Swiss

ABO News 2428 Equipamento

Na Odontologia, um dos maiores avanços dos úl-timos tempos está rela-

cionado à especialidade da cirurgia e ao uso de novas tecnologias fotônicas aplicadas a diversos procedimentos.

Neste cenário, a mudança impli-cou a busca antes desconhecida pelos cirurgiões-dentistas da atualização científica e renovação das bases tec-nológicas dos consultórios, avanços sem os quais esta modernização não teria se realizado.

Aos modernos sistemas de im-plantes, que, no Brasil, têm como marco o primeiro procedimento realizado em 1986, seguiu-se cres-cente introdução de novas técnicas e inovações tecnológicas, entre elas pode-se citar a laserterapia, que nos últimos dez anos proporcionou ao cirurgião-dentista brasileiro o acesso a soluções com o emprego de lasers de baixa potência, as quais revolucio-naram sobremaneira a qualidade das respostas clínicas em diversos tipos de procedimentos até então difíceis.

Nas cirurgias de implantes e bu-comaxilofacial, de forma específica, em que o resultado final do trata-mento depende fundamentalmente da osseointegração, essencial para a fixação do implante e para a susten-tação da prótese dentária, o uso dos lasers caracteriza-se, entre outras coi-

sas, por suas funções de regeneração e cicatrização pós-cirúrgica.

A DmC Equipamentos Ltda., por ocupar a posição de liderança neste segmento, não poderia se furtar a este importante marco divisor na odontologia mundial, por isso, du-rante todo este processo tem partici-pado ativamente oferecendo ao mer-cado novas tecnologias, associadas a equipamentos de última geração que permite ao cirurgião-dentista brasi-leiro o acesso a soluções clínicas para procedimentos atuais e diários.

Assim como ocorreu com a foto-polimerização e com o clareamento dental, o lançamento do Implantek Lase se traduz em mais uma inovação da empresa, reu-nindo em um só produto o critério da acessibilidade do ponto de vista financeiro e o que há de mais atual e melhor na tecnologia mundial quando o as-sunto é motores cirúrgicos.

Além do micro motor de última geração, com tecnologia brushless neste modelo, a DmC, de forma pioneira, acoplou na unidade lasers de diodo vermelho e infra-vermelho em uma só caneta, proporcionando ao cirurgião-dentista a solução para

o conforto do paciente pela ação da laserterapia no procedimento pós-ci-rúrgico.

A lasertera-pia na Implan-todontia possui diversas ações, por exemplo: a diminuição do e d e -m a ,

ação na prevenção e tratamento da parestesia; bioestimulação óssea na Osteointegração, na cicatrização te-cidual, na analgesia etc.

O Implantek Lase veio para re-volucionar o conceito de motores em Implantodontia, uma vez que

consegue agregar design compacto, elegante e ergonômico, a um motor robusto, feito para durar mais (mi-cro motor brushless, ou seja, SEm coletor de carvão).

Além disso, facilita a criteriosa fase de planejamento da cirurgia de implantes, pois oferece 16 sistemas de programação, sendo 12 para ci-rurgia e/ou laserterapia e 4 para microsserras (reciprocante, sagital, oscilatória e recipro-sagital), e pro-gramação para o uso de 13 diferentes tipos de contra-ângulos, com ajustes de torque que vão de 15 a 55 Ncm

e faixas de velocidade do micro motor elétrico de 240 a 30.000 rpm e de 12 a 15.000 rpm com

contra-ângulo 20:1.Todos os ajustes de parâ-

metros também estão dispo-níveis ao usuário, dando maior

flexibilidade ao uso deste motor que ainda conta com um moderno sis-

tema de coman-dos no pedal. A bomba

de irrigação é acoplada ao ajuste do fluxo. As duas saídas independentes para micro motor completam esta solução para cirurgia, que já é apre-ciada pelos melhores profissionais da Implantodontia e cirurgia bucoma-xilofacial.

OLançamentodoMotorBrushlesscomLaserterapiaeMultifunçõesProgramáveisProduzidopelaIndústriaNacionalDestaca-secomoumGrandeAvançoTecnológicoparaProcedimentosCirúrgicos

DMC apresenta novo equipamento para laserterapia

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O ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de mobili-

zação Contra a Dengue. A iniciati-va é feita nos dias que antecedem o período de chuvas, quando o risco de se contrair a doença é maior. O tema deste ano é: “Combater a dengue é um dever meu, seu e de

todos. A dengue pode matar”. A ação tem como objetivo estimular a população a eliminar os locais de água parada, onde o mosquito transmissor se multiplica.

Em 2002, os casos de dengue atingiram a soma de 794 mil pes-soas contaminadas. O número caiu para 345 mil no ano passado. No entanto, nos nove primeiros meses deste ano, o Brasil registrou mais de 480 mil casos de dengue, o que representa um aumento de mais de 50% em relação ao mesmo período de 2006.

A dengue é um problema sério e mata. Este ano, 1.076 pessoas tive-ram a dengue hemorrágica, que é a forma mais grave da doença. Desse total, 121 morreram. “O quadro deste ano é ruim e estamos fazendo a campanha antes do período de chuvas, quando o mosquito trans-

Dengue

“Combater a dengue é um dever meu, seu e de todos. A dengue pode matar”

missor se prolifera. Ou seja, temos tempo para a prevenção, mas os re-sultados dependem da participação de todos”, afirmou o ministro da Saúde José Gomes Temporão.

A campanha já começou em rá-dios e televisões das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Depois, passa para o Sul e Norte, onde será veiculada

de 4 de novembro a 16 de de-zembro. A estratégia, que tam-bém inclui a região Nordeste, prossegue até março de 2008. Além disso, serão distribuídos cartazes e folderes e estão sendo finalizadas parcerias com a ini-ciativa privada.

A prevenção é a melhor for-ma de combater a doença. Esva-ziar garrafas paradas, não estocar

pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas medidas básicas. Todo local de água parada deve ser eli-minado, pois é onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, colo-ca os seus ovos.

No mês de julho, o ministério da Saúde encomendou uma pes-quisa que revelou que 91% dos entrevistados se sentem informa-dos sobre como a dengue é trans-mitida. Sendo assim, o ministério da Saúde, por meio da campanha, espera estimular o combate à doen-ça a fim de que se torne um hábito e faça parte de uma rotina diária da população.

mais informações: Atendimen-to ao cidadão 0800 61 1997 ou 61 3315-2425. A

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