tema ii - história geológica de uma região cartografia

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1 Profª Isabel Henriques

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Page 1: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

1Profª Isabel Henriques

Page 2: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Cartas Topográficas Cartas temáticas

2Profª Isabel Henriques

Page 3: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Procuram representar a topografia ou relevo de uma região.

As cartas topográficas são representações de objectos numa superfície a duas dimensões, na qual o relevo é representado por linhas que unem pontos com a mesma altitude ­ curvas de nível.

3Profª Isabel Henriques

Page 4: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Cartas Topográficas - Informações

Construções antrópicas (estradas, casas, igrejas,

cemitérios, minas, barragens…)

Aspectos naturais – rios, praias, montanhas, lagos…

Geografia política – limites de um pais, região…

Enquadramento geográfico – longitude e latitude;

Escala e distância horizontal;

Data em que foi executada;

Declinação magnética para a data da sua execução;

Autores/instituição responsável.

4Profª Isabel Henriques

Page 5: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

As cartas geológicas são documentos científicos e técnicos elaborados por geólogos que se enquadram em equipas multidisciplinares.

Correspondem a representações hipotéticas e bidimensionais de uma realidade geológica complexa.

Encontram-se em constante actualização, de forma a incluírem as informações mais recentes.

As cartas geológicas são elaboradas numa base topográfica.

Profª Isabel Henriques 5

Page 6: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Cartas hidrogeológicas (águas subterrâneas)

Cartas geotécnicas (estabilidade e resistência de terrenos)

Cartas mineiras (jazigos minerais)

Cartas tectónicas (deformações da crusta)

Cartas geoquímicas (química das rochas)

Cartas pedológicas (tipos de solos)

Cartas geomagnéticas (propriedades magnéticas das rochas)

Cartas radiométricas (radioactividade das rochas)

Cartas gravimétricas (gravimetria das massas rochosas)

Cartas geológicas (Rochas a superfície e em profundidade)

Carta Temática – Carta Hidrogeológica

de Portugal (1:200 000 Folha 1)

6Profª Isabel Henriques

Page 7: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Escala:

A escala é, portanto, a razão (quociente) constante entre

a medida do segmento que, na carta, une dois pontos

quaisquer, e a distância real (no terreno) entre os mesmos

pontos, expressas na mesma unidade de medida.

Existem escalas Numéricas e Gráficas.

Escalas Numéricas:

Uma escala 1/25 000 (também representada por 1:25

000), significa que:

1 centímetro medido na carta, corresponde,

respectivamente, a 25 000 centímetros (= 250 metros)...

no terreno.

7Profª Isabel Henriques

Page 8: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Uma regra de três simples permite, facilmente, calcular,

numa escala determinada, o valor de qualquer distancia,

considerada na carta, e a correspondente medida no

terreno e vice-versa:

Por exemplo: Numa carta à escala 1:50 000 onde dois

pontos distam 32 mm, medidos com uma régua, teríamos:

Se 1 mm (na carta) corresponde a 50 000 mm (no terreno)

32 mm (na carta) corresponderão a x mm (no terreno)x =

32x50 000 mm = 1600 000 mm = 1 600 metros

x = 32x50 000 mm = 1600 000 mm = 1 600 metros

Portanto, a distância real entre esses pontos é de 1 600

metros

8Profª Isabel Henriques

Page 9: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Escalas Gráficas: representadas por um segmento de recta

dividido em partes iguais, cada uma das quais representa

uma determinada distância medida no terreno, o que

permite uma avaliação directa das distâncias na carta.

Escala gráfica da Carta Topográfica de Portugal, na

escala 1:50 000

9Profª Isabel Henriques

Page 10: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Curvas de Nível: O relevo é figurado por intermédio de

curvas de nível, linhas que correspondem à projecção vertical das intersecções de hipotéticos planos horizontais, equidistantes e paralelos, com a superfície do terreno.

Cada curva de nível é definida pela sua cota que indica a sua altura em relação ao nível médio das águas do mar (altitude). Representação do relevo

por curvas de nível

10Profª Isabel Henriques

Page 11: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Curvas de Nível:

A distância entre estes hipotéticos planos horizontais chama-se equidistância natural e ao valor desta distância, à escala, corresponde à equidistância gráfica.

As equidistâncias podem variar consoante a escala da carta.

Representação do relevo

por curvas de nível

11Profª Isabel Henriques

Page 12: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

As equidistâncias naturais e gráficas mais usadas

para as diferentes escalas são:

ESCALA DA CARTA EQUIDISTÂNCIA NATURAL EQUIDISTÂNCIA GRÁFICA

1:200 000 100 m 0,0005 m = 0,5 mm

1:100 000 50 m 0,0005 m = 0,5 mm

1:50 000 25 m 0,0005 m = 0,5 mm

1:25 000 10 m 0,0004 m = 0,4 mm

1:20 000 10 m 0,0005 m = 0,5 mm

1:10 000 10 m ou 5 m 0,001 m = 1 mm ou 0,0005 m = 0,5 mm

1:5 000 5 m ou 10 m 0,001 m = 1 mm ou 0,002 m = 2 mm

12Profª Isabel Henriques

Page 13: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Identificação: Fornece informação sobre o tipo

de carta.

Orientação: Corresponde à representação, sobre

a carta, da rosa-dos-ventos ou da direcção do

norte geográfico.

13Profª Isabel Henriques

Page 14: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

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60

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Page 15: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

15Profª Isabel Henriques

Page 16: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Linhas de cumeada tracejado

Linhas de água Traço contínuo

16Profª Isabel Henriques

Page 17: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Depressão e Elevação: como na figura a seguir, são

superfícies nas quais as curvas de nível de maior valor

envolvem as de menor no caso das depressões e vice-versa

para as elevações.

17Profª Isabel Henriques

Page 18: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Talvegue: linha de encontro de duas vertentes opostas e

segundo a qual as águas tendem a se acumular formando

os rios ou cursos d’água.

15

20

18Profª Isabel Henriques

Page 19: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Vale: superfície formada pela reunião de duas vertentes

opostas, podendo o fundo ser de forma côncavo, de ravina ou

chato. As curvas de maior valor envolvem as de menor valor.

50

45

25 2015

10

RavinaCôncavo Chato

19Profª Isabel Henriques

Page 20: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Linhas de água

15

20

20Profª Isabel Henriques

Page 21: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Um perfil topográfico permite visualizar o

relevo ao longo de uma linha traçada sobre a

carta (geralmente um segmento de recta).

21Profª Isabel Henriques

Page 22: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Para desenhar o perfil topográfico procede-se do seguinte modo:

Traçado o segmento de recta ao longo do qual se pretende o perfil, faz-se assentar sobre o segmento, o lado de uma tira de papel.

Sobre esta tira marcam-se os pontos de intersecção da linha do perfil com as linhas de nível, e indicam-se os valores das cotasintersectadas.

Analisando, no final, a tira com as marcações feitas procuramos o valor da cota mais alta e o valor da cota mais baixa para, deste modo, ficarmos com a noção do intervalo da distribuição das altitudes que vão figurar no perfil.

Perfil topográfico segundo A-B

22Profª Isabel Henriques

Page 23: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

A representação dum perfil em que a escala dos valores cotados

é igual à escala da carta mostra-nos o relevo real. Este, nas

regiões pouco acidentadas, (com pouca densidade de curvas de

nível) aparece-nos, no perfil, bastante esbatido. Para dar

realce ao relevo costuma multiplicar-se a escala dos valores

cotados por 4, 5, ... 10, o que corresponde a sobre elevar o

perfil 4, 5, .. 10 vezes.

O perfil topográfico anterior sobre elevado 4 vezes

23Profª Isabel Henriques

Page 24: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Profª Isabel Henriques 24

O perfil topográfico sobre elevado 4 vezes

Perfil topográfico sem sobre elevação

Page 25: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

25Profª Isabel Henriques

Page 26: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Fornecem

informação sobre

o que está

situado por baixo

da superfície

terrestre.

26Profª Isabel Henriques

Page 27: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Informações topográficas;

Tipo e localização das diferentes formações geológicas;

Idade relativa das diferentes formações geológicas;

Tipo e localização do contacto entre diferentes tipos litológicos;

Tipo e localização dos depósitos de superfície;

Direcção e inclinação das rochas estratificadas;

Tipo e localização de deformações (dobras e falhas);

Ocorrência de substâncias minerais com interesse económico;

Localização de poços, nascentes naturais, furos de sondagem, pedreiras, etc.;

Localização de jazidas fossilíferas e estações arqueológicas importantes.

NOTA:

Cada carta geológica é, quase sempre, acompanhada por uma Notícia explicativa, destinada a fornecer informação suplementar que a carta não permite suportar.

27Profª Isabel Henriques

Page 28: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Coluna estratigráfica Perfil interpretativo

28Profª Isabel Henriques

Page 29: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Pormenor das edições de 1899, 1972 e 1992da Carta Geológica de Portugal na escala de 1:500 000

29Profª Isabel Henriques

Page 30: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

A elaboração de uma Carta Geológica

comporta várias fases:

1. Levantamentos de campo

2. Estudos de gabinete e laboratório

3. Desenho e impressão

30Profª Isabel Henriques

Page 31: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Em geral, uma carta geológica não

necessita, à partida, de material

sofisticado para a sua elaboração

(levantamento) é indispensável:

a carta topográfica da área a levantar

(por vezes também se usa a fotografia

aérea na escala adequada),

lápis,

borracha,

livro de campo,

lupa de bolso,

martelo e bússola,

bornal para transporte de amostras,

e ... cabeça e pernas.31Profª Isabel Henriques

Page 32: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Na carta topográfica, o geólogo

vai localizando os afloramentos e

traçando os limites entre as

diferentes "qualidades" ou

conjuntos de rochas que possam

ser agrupadas por terem

características comuns ou a

mesma idade.

Este trabalho, executado no

campo, designa-se por

“levantamento geológico”. Colheita de fósseis

32Profª Isabel Henriques

Page 33: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

No gabinete: A carta utilizada no campo (minuta de campo) é

passada a limpo.

São reapreciadas fotografias aéreas da região,(fotogeologia) ou mesmo de satélite (teledetecção).

Os resultados compatibilizados com as observações decampo são integrados na carta.

Examina-se a bibliografia conveniente respeitante àsformações existentes e às que apresentam tipos deocorrências semelhantes, noutras regiões.

A consulta de relatórios e testemunhos de sondagensbem como de dados sismo estratigráficos que existampara a região, complementam o conhecimento.

O material colhido no campo é alvo de investigaçãolaboratorial.

33Profª Isabel Henriques

Page 34: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Esta investigação inclui domínios muito variados, dos quais se salientam:

Estudo dos fósseis (Paleontologia) - É determinante para o conhecimento da idade das rochas sedimentares e do seu ambiente de deposição (Paleoecologia).

Estudo petrográfico das rochas (Petrografia) - Utiliza o microscópio polarizante para determinação, em lâmina delgada, de minerais, microestruturas e outras características que permitam identificar a rocha analisada.

Análises químicas das rochas ou minerais (Geoquímica) - fornecem dados importantes para a caracterização ou identificação desses materiais e para estudos petrológicos e geoquímicos.

34Profª Isabel Henriques

Page 35: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Por vezes, além da análise química clássica, utilizam-se sofisticados aparelhos para determinar a composição de uma rocha ou mineral, identificação e doseamento de elementos raros ou até para determinações de idades absolutas (análise isotópica):

microscópio electrónico

espectrofotómetro de absorção atómica

espectrómetro de emissão por plasma

microssonda electrónica

difractómetro de raios X

espectrómetro de massa

etc.

Laboratório de química clássica do IGM

35Profª Isabel Henriques

Page 36: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Face aos resultados obtidos nos: estudos de campo, estudos de gabinete e laboratório atrás discriminados, o geólogo procede ao tratamento, interpretação e síntese dos dados.

Estes serão, em seguida, traduzidos graficamente na carta geológica a publicar e no texto da Notícia Explicativa.

36Profª Isabel Henriques

Page 37: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Com o conhecimento que lhe advém deste estudo, escolhe a localização dos perfis geológicos mais representativos da carta e elabora os cortes geológicos que a acompanharão, destinados a dar a interpretação das estruturas rochosas presentes na área da carta.No final, organiza e escreve a Notícia Explicativa, documento onde se apresenta toda a informação que não pode ser incluída na carta.

A Notícia abarca, geralmente, os seguintes capítulos: Estratigrafia Paleogeografia e Tectónica Hidrogeologia Geologia económica Arqueologia Bibliografia

37Profª Isabel Henriques

Page 38: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

A partir da maqueta de campo preparada pelo geólogo (minuta do levantamento de campo passada a limpo), elaboram-se os elementos necessários à impressão, através de diversas operações de desenho e gravação que exigem profissionais especializados.

Presentemente, estão a utilizar-se os métodos informáticos no desenho das cartas geológicas, recorrendo à digitalização da maqueta da carta, e à utilização de uma base de dados. Esta técnica permite obter a tiragem em "plotter" de exemplares coloridos, ou fracções, na escala pretendida e fornece o desenho final destinado à impressão da carta.

38Profª Isabel Henriques

Page 39: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

São precisamente as Cartas

Geológicas que nos dão o

conhecimento dos diferentes

tipos de rochas aflorantes ou do

subsolo, tal como este se

apresentaria caso fosse

desprovido da terra arável, da

cobertura vegetal e das

construções humanas.

Além disso, estas Cartas

permitem, ainda, prever qual a

disposição dessas rochas em

profundidade.

39Profª Isabel Henriques

Page 40: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

As Cartas Geológicas, mostrando-nos a composição e a estrutura geológica do subsolo, são documentos fundamentais para:

Prospecção e exploração de matérias primas; Prospecção e exploração de fontes de

energia; Escolha de locais para a implantação de

grandes obras de engenharia; Abastecimento de águas; Risco sísmico; Agricultura; Preservação do ambiente; Inventário e defesa do património geológico e

arqueológico; Estudos científicos e didácticos.

Mina de Neves Corvo

Castro Verde, Alentejo

40Profª Isabel Henriques

Page 41: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

41Profª Isabel Henriques

Page 42: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

A Legenda: è a tradução, sob a forma escrita, da simbologia

usada sobre a carta.

42Profª Isabel Henriques

Page 43: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Direcção de um Plano: Ângulo de uma linha horizontal

contida num dito plano com

relação ao Norte.

O valor da direcção pode ser dada

segundo várias anotações:

- Oº a 360º (Ex. 235º, 125º, 85º)

- Desde o Norte 0º a 180º indicando a

direcção em que se mede:

Oeste (O) ou Este (E) - (Ex. N125ºE,

N45ºE, N150ºO)

Exemplo: se o ângulo é igual a 30º E, representa-se a direcção por N 30º E.

43Profª Isabel Henriques

Page 44: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Inclinação de um Plano:

Ângulo que forma a linha de máximo pendente contida num dito plano com respeito a horizontal.

A linha de máxima pendente é sempre perpendicular a direcção do mesmo.

O valor da inclinação varia entre 0º (plano horizontal) e 90º (plano vertical).

Para determinar correctamente a inclinação é necessário indicar o sentido da inclinação, isto é, a direcção a que se inclina o plano.

44Profª Isabel Henriques

Page 45: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Direcção e Inclinação = Atitude

45Profª Isabel Henriques

Page 46: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

A leitura das Cartas Geológicas com a interpretação das estruturas baseia-se, fundamentalmente, no princípio da sobreposição dos estratos, na análise da relação limites geológicos-topografia(curvas de nível), e na forma do contorno das manchas representativas das formações.

Auxiliares preciosos são a indicação da direcção e inclinação das camadas e xistosidades, das inclinações dos eixos das dobras e a representação dos eixos dos sinclinais e anticlinais quando figurados.

46Profª Isabel Henriques

Page 47: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Com os cortes geológicos pretende-se visualizar a

disposição e as relações entre as diferentes rochas

que se encontram em profundidade, facilitando assim

a leitura das estruturas que ocorrem na carta.

Corte geológico da carta 46-D - Mértola

47Profª Isabel Henriques

Page 48: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Antes de realizar um perfil geológico é

necessário determinar ou conhecer a direcção do

corte.

48Profª Isabel Henriques

Page 49: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Há, no entanto, certas regras que se podem considerar válidas, se não para todas, pelo menos para grande parte das cartas e, com elas, pode facilitar-se a interpretação das mesmas.

Quando não existem símbolos na carta que indiquem a orientação dos estratos, falhas, etc., ou os dados são escassos, pode-se deduzir a orientação dos elementos planares utilizando a Regra dos Vês.

A forma e a direcção do afloramento superficial de uma camada depende da sua inclinação e da superfície topográfica.

49Profª Isabel Henriques

Page 50: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Regra dos Vês:

Permite deduzir a direcção e inclinação de uma

camada quando estas atravessam um vale ou

colina.

50Profª Isabel Henriques

http://ocw.innova.uned.es/cartografia/indice_general.htm

Page 51: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Regras dos Vês:

Uma camada é horizontal

quando os seus limites

são paralelos as curvas

de nível.

Isto é válido para

qualquer afloramento e

não é exclusivo de zonas

de vale.

Camada Horizontal

51Profª Isabel Henriques

Page 52: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Horizontais:

52Profª Isabel Henriques

Page 53: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Regras dos Vês:

Quando uma camada vertical

aflora, os seus limites cortam as

curvas de nível seguindo um

traçado recto.

Isto é válido para qualquer

afloramento e não é exclusivo

de zonas de vale.

Camadas Verticais

53Profª Isabel Henriques

Page 54: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Verticais

54Profª Isabel Henriques

Page 55: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Regras dos Vês: Sentido da inclinação das

camadas é contrário ao sentido de drenagem do vale.

Inclinação da camada para Norte e drenagem do vale para Sul.

Neste caso o “V” que forma a camada com a superfície topográfica abre no sentido contrário de drenagem do vale.

Camada Inclinada

55Profª Isabel Henriques

Page 56: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Regra dos Vês:

O sentido de inclinação das

camada é o mesmo da direcção

de drenagem do vale.

Neste caso o “V” que forma a

camada com a superfície

topográfica abre no mesmo

sentido de drenagem do vale.

Camada Inclinada

56Profª Isabel Henriques

Page 57: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Inclinadas: Vale inclinado E-O.

Drenagens das águas Oeste.

Quatro materiais diferentes concordantes entre si.

Sé observar-mos os limites das camadas geológicas e as curvas de nível, podemos estabelecer que as camadas se inclinam no sentido contrário de drenagem do vale, isto por que o “V” que formam as camadas inclinam para Este.

57Profª Isabel Henriques

Page 58: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Inclinadas:

Nestes cortes é possível observar como mudando o

símbolo da direcção/inclinação a interpretação muda

completamente.

• Corte 1 – O ângulo de inclinação é de 45º Oeste.

• Corte 2 – O ângulo de inclinação é de 45º Este.

S45ºO

58Profª Isabel Henriques

Page 59: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camada Concordantes e Discordantes:

59Profª Isabel Henriques

Page 60: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Falhas:

60Profª Isabel Henriques

Page 61: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Dobradas:

Anticlinal Sinclinal

61Profª Isabel Henriques

Page 62: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Dobradas:

Dobra anticlinal, cujo

eixo apresenta imersão

NO.

Podemos fazer cortes que

passem pelos diferentes

materiais.

O corte B-B’ e C-C’ nos

indicam o comportamento

de todos os materiais em

profundidade.

62Profª Isabel Henriques

Page 63: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Dobradas:

Sinclinal: Com símbolos de

direcção e inclinação

contrários no mesmo

material ou camada.

Anticlinal: Devido aos

símbolos de direcção e

inclinação.

Anticlinal

Sinclinal

63Profª Isabel Henriques

Page 64: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Dobradas:

64Profª Isabel Henriques

Page 65: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Falhas: Vale inclinado O-E.

Sentido de drenagem Este.

Os limites geológicos apresentam forma de V e cortam as curvas de nível.

Este V abre no sentido de drenagem do vale (Este).

Neste caso aparecem os símbolos indicando a direcção e o valor e sentido da inclinação das camadas.

65Profª Isabel Henriques

Page 66: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Falhas: A falha que corta os

materiais forma um V mais suave que as camadas, abrindo no sentido que o V que desenham as camadas.

Podemos considerar que a falha, da mesma forma que as camadas, inclinam para Este.

Trata-se de uma falha inversa.

66Profª Isabel Henriques

Page 67: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

1. O corte geológico a realizar será alongo da linha a-b.

(Perpendicular à direcção dos limites geológicos)

http://ocw.innova.uned.es/cartografia/cortes_geologicos/cog

_01.htm

a b

67Profª Isabel Henriques

Page 68: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

2. Coloca-se uma tira de papel sobre a linha do corte e

marcam-se os pontos de intercepção com as curvas de

nível, para realizar o Perfil Topográfico.

3. No perfil topográfico, a escala vertical será igual à

escala da carta.

4. Marcam-se também os pontos de intersecção dos

limites geológicos.

68Profª Isabel Henriques

Page 69: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

5. Nesta situação – camadas inclinadas –recorreremos ao método das horizontais.

Uma horizontal é uma linha recta que unem pontos de contacto que se encontrem à mesma cota, pelo menos dois pontos.

No mínimo terão de ser marcadas duas horizontais para cada contacto. (Superior ou tecto e inferior ou muros)

No caso de as curvas de nível interceptarem o contacto uma única vez, a horizontal é traçada paralelamente à primeira horizontal que foi traçada.

69Profª Isabel Henriques

Page 70: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

6. A continuação marca-se na tira de papel os pontos de

intercepção com o contacto ou limite da camada e

projecta-se no perfil topográfico.

7. Seguidamente marcam-se os pontos de intercepção

das horizontais com o corte projectando-se no perfil

topográfico com as respectivas alturas.

70Profª Isabel Henriques

Page 71: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

8. A marcação das horizontais no perfil deverão ser tanto

para o tecto como para o muro da camada. Desta forma

teremos representada a inclinação da camada.

9. Se existirem várias camadas podem ser coloridas com as

cores correspondentes.

10. O corte deve ser orientado.

11. A escala horizontal deverá ser colocada (escala gráfica

ou numérica)

71Profª Isabel Henriques

Page 72: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Um bloco-diagrama procura dar uma visão

tridimensional perspectivada, duma determinada

região mostrando a continuidade das rochas que

afloraram à superfície com as mesmas rochas em

profundidade, por intermédio de dois cortes

geológicos mais ou menos perpendiculares, dando,

assim, realce à estrutura geológica dessa região.

72Profª Isabel Henriques

Page 73: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Embora ainda não sejam usuais nas cartas geológicas

portuguesas, os blocos-diagrama começam a figurar em

algumas cartas geológicas estrangeiras.

Bloco-diagrama mostrando um tipo de armadilha estrutural.As rochas estão dobradas em anticlinal pelo efeito das forças de compressão horizontais.

Os fluidos ficaram aprisionados na rocha reservatório.

73Profª Isabel Henriques

Page 74: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Discordâncias

74Profª Isabel Henriques

Page 75: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

75Profª Isabel Henriques

Page 76: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

Camadas Horizontais e Dobradas:

76Profª Isabel Henriques

Page 77: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

O centro é um eixo de simetria.

Ambos os lados do sinclinal mostram direcções de

inclinação diferentes (opostas 180º).

Os estratos inclinam-se sempre para o centro ou núcleo.

O centro ou núcleo é muito pequeno.

No centro afloram os estratos mais jovens e nos flancos

os mais antigos.

Sector El Escorial en la Quebrada Paipote, Región Atacama, Chile: Un

gran anticlinorio en calizas y margas jurásicas.77Profª Isabel Henriques

Page 78: Tema II - História Geológica de uma Região  Cartografia

O centro é um eixo de simetria.

Ambos os lados do sinclinal mostram direcções de

inclinação diferentes .

Os estratos inclinam-se sempre para os flancos.

O centro ou núcleo é muito pequeno.

No centro afloram os estratos mais antigos e nos flancos

os mais jovens.

Anticlinal en calizas y margas de la

Formación Sierra Fraga (Jurásico)78Profª Isabel Henriques

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Distância entre o piso

(limite inferior) e o tecto

(limite superior) é

designado por: Espessura

Real.

Se a camada esta

cortadas teremos a

Espessura Aparente - que

pode ser superior ou

menor a espessura real.

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Determinação da espessura de uma camada.

A espessura de uma camada é a distância

perpendicular dos dois planos que a delimitam.

Pode ser calculada a partir do corte geológico.

Se o corte for perpendicular à direcção da

camada, será obtido a Espessura real.

Se o perfil não tem a orientação perpendicular à

camada será obtido um valor de espessura menos

que o valor real – Espessura Aparente.

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http://ocw.innova.uned.es/cartografia/conceptos_basicos/cb_01.htm

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Apresentação Realizada por:

Mª. Isabel Henriques

Geologia 12º Ano

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Imagens retiradas da Internet e manuais escolares