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___________________________________________________________ Direito dos Contratos _______________________________________________________________________ 1 Prof. Eduardo Casassanta TEMA 9: DIREITO DOS CONTRATOS: PARTE GERAL EMENTÁRIO DE TEMAS: Parte Geral de Contratos: Classificação dos Contratos. LEITURA OBRIGATÓRIA CHAVES, Cristiano. Contratos. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 3ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013. LEITURA COMPLEMENTAR: DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 3: teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. São Paulo: Saraiva GAGLIANO, PABLO STOLZE. Direito Civil: Contratos, Tomo I. São Paulo: Saraiva ROTEIRO DE AULA

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___________________________________________________________ Direito dos Contratos

_______________________________________________________________________ 1 Prof. Eduardo Casassanta

TEMA 9: DIREITO DOS CONTRATOS: PARTE GERAL

EMENTÁRIO DE TEMAS:

Parte Geral de Contratos: Classificação dos Contratos.

LEITURA OBRIGATÓRIA

CHAVES, Cristiano. Contratos. Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald. 3ª ed. Rio de Janeiro:

Lumen Juris, 2013.

LEITURA COMPLEMENTAR:

DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 3: teoria das obrigações

contratuais e extracontratuais. São Paulo: Saraiva GAGLIANO, PABLO STOLZE. Direito Civil: Contratos, Tomo I. São Paulo: Saraiva

ROTEIRO DE AULA

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ESTUDO DE CASO: AÇÃO DE COBRANÇA. EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO. A Turma entendeu que o descumprimento parcial na entrega da unidade imobiliária, assim

como o receio concreto de que o promitente vendedor não transferirá o imóvel ao promitente

comprador impõe a aplicação do instituto da exceção do contrato não cumprido. Isso porque se

tem a exceptio non adimpleti contractus como um meio de defesa, pois, nos contratos bilaterais,

nenhum dos contraentes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do

outro. E se, depois de concluído o contrato, em especial nos contratos de prestação continuada,

e comprovada a dificuldade do outro contratante em adimplir a sua obrigação, poderá ser

recusada a prestação que lhe cabe, até que se preste garantia de que o sinalagma será cumprido.

REsp 1.193.739-SP, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 3/5/2012. (Inf. 496)

RECURSO ESPECIAL - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE PROCRASTINATÓRIOS - NÃO-CARACTERIZAÇÃO - MULTA - AFASTAMENTO - AÇÃO DE COBRANÇA - EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO - RECONHECIMENTO - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A aplicação da multa prevista no parágrafo único do artigo 538 do Código de Processo Civil exige que os declaratórios sejam manifestamente protelatórios, não caracterizado, in casu. 2. A exceptio non adimpleti contractus está para os contratantes como uma maneira de assegurar o cumprimento recíproco das obrigações assumidas. 3. O descumprimento parcial na entrega da unidade imobiliária, assim como o receio concreto de que o promitente vendedor não transferirá o imóvel ao promitente comprador, impõe a aplicação do instituto da exceção do contrato não cumprido. 4. Recurso parcialmente provido. (REsp 1193739/SP, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/05/2012, DJe 16/05/2012)

RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. RESCISÃO CONTRATUAL. DISSÍDIO NÃO DEMONSTRADO. EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO. SÚMULAS Nº 5 E Nº 7/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. DESCUMPRIMENTO PARCIAL E MÍNIMO DA AVENÇA. DESPROPORCIONALIDADE. MANUTENÇÃO DO CONTRATO. PRECEDENTES. 1. Pela alínea "c" do permissivo constitucional, o dissídio jurisprudencial não restou demonstrado na forma exigida pelos arts. 541, parágrafo único, do CPC e 255, parágrafos 1º e 2º, do RISTJ, não bastando a mera transcrição de ementas dos paradigmas, sem o devido cotejo analítico entre os acórdãos confrontados (AgRg no Ag 1.077.358/RS, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJe 10/2/2009 e AgRg no Ag 1.007.956/SP, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJe 9/3/2009). 2. Não há falar nos óbices contidos nas Súmulas nºs 5 e 7/STJ quando a questão trazida à apreciação desta Corte Superior for unicamente de direito, ou de direito e de fato, e não houver a necessidade de revisão do quadro probatório já delineado soberanamente pelas instâncias ordinárias, como na espécie. 3. "- A exceção de contrato não cumprido somente pode ser oposta quando a lei ou o próprio contrato não determinar a quem cabe primeiro cumprir a obrigação. (...) A recusa da parte em cumprir sua obrigação deve guardar proporcionalidade com a inadimplência do outro, não havendo de se cogitar da argüição da exceção de contrato não cumprido quando o descumprimento é parcial e mínimo" (REsp 981.750/MG, Rel. Ministra Nancy Andrighi, DJe 23/4/2010). 4. Diante do contexto de desproporcionalidade que a presente hipótese evidencia, verifica-se que o acórdão, ao afastar a exceção do contrato não cumprido, acabou por violar princípios

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norteadores da relação contratual, quais sejam, o da proporcionalidade, da boa fé e da função social do contrato, porque, por uma importância desproporcional ao valor do bem, garantiu aos recorridos um benefício muito maior do que o contratado, haja vista que, o atraso na quitação do IPTU, no montante declinado, nunca representaria motivo suficiente ao pedido de rescisão contratual, seja pelo fato de que o imóvel já havia sido entregue, seja pelo fato de que o valor das prestações já quitadas supera em muito o montante atribuído ao Fisco e que, facilmente, poderia ter sido abatido do valor devido. 5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, provido. (REsp 1220251/MA, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/03/2012, DJe 13/03/2012)

DIREITO CIVIL. PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA DE FIANÇA EM CONTRATO DE MÚTUO BANCÁRIO.

Havendo expressa e clara previsão contratual da manutenção da fiança prestada em contrato de mútuo bancário em caso de prorrogação do contrato principal, o pacto acessório também é prorrogado automaticamente. O contrato de mútuo bancário tem por característica ser, em regra, de adesão e de longa duração, vigendo e renovando-se periodicamente por longo período. A fiança, elemento essencial para a manutenção do equilíbrio contratual do mútuo bancário, tem como características a acessoriedade, a unilateralidade, a gratuidade e a subsidiariedade. Além disso, não se admite, na fiança, interpretação extensiva de suas cláusulas, a fim de assegurar que o fiador esteja ciente de todos os termos do contrato de fiança firmado, inclusive do sistema de prorrogação automática da garantia. Esclareça-se, por oportuno, que não admitir interpretação extensiva significa tão somente que o fiador responde, precisamente, por aquilo que declarou no instrumento da fiança. Nesse contexto, não há ilegalidade na previsão contratual expressa de que a fiança prorroga-se automaticamente com a prorrogação do contrato principal. Com efeito, como a fiança tem o propósito de transferir para o fiador o risco do inadimplemento, tendo o pacto contratual previsto, em caso de prorrogação da avença principal, a sua prorrogação automática – sem que tenha havido notificação resilitória, novação, transação ou concessão de moratória relativamente à obrigação principal –, não há falar em extinção da garantia pessoal. Ressalte-se, nesse ponto, que poderá o fiador, querendo, promover a notificação resilitória nos moldes do disposto no art. 835 do CC, a fim de se exonerar da fiança. REsp 1.374.836-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 3/10/2013.

DIREITO CIVIL. NÃO ACIONAMENTO DO MECANISMO STOP LOSS PREVISTO EM CONTRATO DE INVESTIMENTO.

A instituição financeira que, descumprindo o que foi oferecido a seu cliente, deixa de acionar mecanismo denominado “stop loss” pactuado em contrato de investimento incorre em infração contratual passível de gerar a obrigação de indenizar o investidor pelos prejuízos causados. Com efeito, o risco faz parte da aplicação em fundos de investimento, podendo a instituição financeira criar mecanismos ou oferecer garantias próprias para reduzir ou afastar a possibilidade de prejuízos decorrentes das variações observadas no mercado financeiro interno e externo. Nessa linha intelectiva, ante a possibilidade de perdas no investimento, cabe à instituição prestadora do serviço informar claramente o grau de risco da respectiva aplicação e, se houver, as eventuais garantias concedidas contratualmente, sendo relevantes as

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propagandas efetuadas e os prospectos entregues ao público e ao contratante, os quais obrigam a contratada. Neste contexto, o mecanismo stop loss, como o próprio nome indica, fixa o ponto de encerramento de uma operação financeira com o propósito de “parar” ou até de evitar determinada “perda”. Assim, a falta de observância do referido pacto permite a responsabilização da instituição financeira pelos prejuízos suportados pelo investidor. Na hipótese em foco, ainda que se interprete o ajuste firmado, tão somente, como um regime de metas quanto ao limite de perdas, não há como afastar a responsabilidade da contratada, tendo em vista a ocorrência de grave defeito na publicidade e nas informações relacionadas aos riscos dos investimentos. REsp 656.932-SP, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 24/4/2014. (INFO 541 STJ)

QUESTÕES RELACIONADAS:

Questão 1- É INCORRETA a seguinte assertiva sobre a classificação dos contratos:

A) Solene aquele para cuja formação não basta o acordo das partes, exigindo-se a

observância de certas formalidades, em razão das quais o contrato se diz, também,

formal.

B) Consensual aquele que se forma exclusivamente pelo acordo de vontade.

C) Real o contrato para cuja perfeição a lei exige a tradição efetiva do objeto.

D) Comutativo o contrato em que a prestação de uma das partes não é precisamente

conhecida e suscetível de estimativa prévia, inexistindo equivalência com a da

outra parte.

E) Coletivo o contrato quando, na sua perfeição, a declaração volitiva provém de um

agrupamento de indivíduos, organicamente considerado.

Questão 2- Examine a classificação dos contratos abaixo.

I. Contratos comutativos são os de prestações certas e determinadas, que tenham equivalência

ao menos aproximada das prestações entre as partes.

II. Contratos de execução instantânea são os que se consumam num só ato, cumprindo-se

imediatamente após sua celebração.

III. Contratos de execução diferida são os que dependem de prévia aprovação formal das

partes contratantes.

IV. Contratos consensuais são os que se formam unicamente pelo acordo de vontades,

independentemente da entrega da coisa e da observância de forma determinada.

V. Contratos reais são os que dizem respeito aos direitos reais, como penhor ou hipoteca, e

cuja eficácia depende de seu registro no cartório próprio.

Está correto o que se afirma APENAS em

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A) I, II e IV.

B) I, IV e V.

C) II, III, IV e V.

D) I, II e V.

E) I, III e V.

Questão 3- São contratos reais, EXCETO:

A) o mútuo.

B) o depósito.

C) o comodato.

D) a compra e venda.

Questão 4- Analisando a classificação dos contratos civis, assinale a afirmativa CORRETA.

A) Gratuito - apenas uma das partes se compromete economicamente.

B) Principal - somente existe em razão de um outro.

C) Sucessivo - o que se cumpre em uma só prestação.

D) Unilateral - há obrigações para todas as partes.

Questão 5- Sobre a classificação dos contratos é CORRETO afirmar que:

A) contrato comutativo é o contrato gratuito.

B) contrato aleatório ou de risco é aquele cujas partes não podem antever, no momento

da formação do contrato, a extensão dos seus ganhos ou de suas perdas.

C) o contrato unilateral é o mesmo que de adesão.

D) o contrato de hipoteca é classificado como principal.

E) o contrato aleatório é sempre gratuito

Questão 6- Nos contratos bilaterais, em que há prestações recíprocas, interdependentes e

simultâneas, o inadimplemento de um dos contratantes permite à outra parte a opção de

resolver o contrato ou opor a exceção do contrato não cumprido, deixando de efetuar a sua

prestação enquanto a outra parte não efetuar a respectiva contraprestação.

( ) Verdadeira

( ) Falsa

Questão 7- Quanto ao contrato de execução contínua, é correto afirmar que:

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A) as prestações vencidas e não pagas produzem efeitos ex tunc.

B) a prescrição atinge por igual todas as parcelas do contrato.

C) não há liberação de uma das partes, se a outra não pode cumprir o contrato.

D) pode ser exigido o cumprimento das prestações de forma simultânea.

E) a nulidade do contrato de prestação contínua não afeta seus efeitos já produzidos.

Questão 8- Assinale a alternativa correta:

I. A liberdade de contratar é exercida em razão e nos limites da função social do

contrato. No sistema do Código Civil, quando há no contrato de adesão cláusulas

ambíguas ou contraditórias, nem sempre adota-se a interpretação mais favorável

ao aderente. Contudo, nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que

estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do

negócio.

II. É nulo o negócio jurídico quando: celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; o motivo determinante,

comum a ambas as partes, for ilícito; tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

derivar de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. O

negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo

decurso do tempo.

III. É lícito aos interessados prevenir ou terminar o litígio mediante concessões

mútuas. A transação, se recair sobre direitos contestados em juízo, será feita por

escritura pública ou por termo nos autos, assinado pelos transigentes e

homologado pelo juiz.

IV. O texto do Código Civil contempla, sempre que necessário, cláusulas gerais. As

cláusulas gerais conferem ao sistema jurídico flexibilidade e capacidade de

adaptação à evolução do pensamento e comportamento social e importam em

avançada técnica legislativa de enunciar, através de expressões semânticas

relativamente vagas, princípios e máximas que compreendem e recepcionam a

mais variada sorte de hipóteses concretas de condutas tipificáveis, já ocorrentes

no presente ou ainda por se realizarem no futuro.

A) Somente as proposições I e II estão incorretas.

B) Somente as proposições III e IV estão incorretas.

C) Somente as proposições I e III estão incorretas.

D) Somente as proposições I, II e IV estão incorretas.

E) Todas as proposições estão incorretas.

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Questão 9- Acerca dos contratos por adesão e de acordo com o Código Civil de 2002, é correto

afirmar que:

A) cláusulas ambíguas ou contraditórias são nulas de pleno direito.

B) não são permitidos no âmbito de relação civil diversa da relação de consumo

C) são admitidos pelo Código Civil de 2002 apenas para determinadas espécies de

contratos.

D) é nula a cláusula que estipule renúncia antecipada a direito resultante da natureza do

negócio

E) em que pese sua natureza, não se admite o reconheci mento de abusividade de

determinada cláusula.

Questão 10- A cláusula resolutiva expressa consiste no pacto comissório formulado pelos

contraentes, desde que se trate de contrato bilateral, segundo o qual, havendo

inadimplemento por parte de um deles, o outro pode provocar, mediante ação judicial, a

resolução do contrato ou, se preferir, alternativamente, de reclamar o cumprimento da

prestação ou a sua conversão em perdas e danos.

( ) Verdadeiro

( ) Falso