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 Telefonia Digital: CentralDigitalPública e Tropico R A Curso técnico em Telecomunicações M arcos M oecke e Saul Silva Caetano São José-SC,2005 C E F E T-S C U nidade de São José MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

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Telefonia Digital:

Central Digital Pública e Tropico RA

Curso técnico em Telecomunicações

M arcos Moecke e Saul Silva Caetano

São José ­ SC, 2005

C E F ET­SC

U nidade de São José

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

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SUMÁRIO

4. CENTRAL DIGITAL PÚBLICA E TROPICO RA4. CENTRAL DIGITAL PÚBLICA E TROPICO RA ................................................ 11

4.1 I4.1 INTRODUÇÃONTRODUÇÃO........................................................................................................................................................................................................11

4.2 V4.2 VISÃOISÃO GERALGERAL DEDE UMAUMA CPA-T CPA-T....................................................................................................................................................33

4.3 E4.3 ESTRUTURASTRUTURA DADA T TROPICOROPICO RA RA........................................................................................................................................................44 I INTERLIGAÇÕESNTERLIGAÇÕES DOSDOS MÓDULOSMÓDULOS DADA CENTRALCENTRAL - I - INTERFACESNTERFACES H HARDWAREARDWARE..........................................66 R REDUNDÂCIAEDUNDÂCIA EE C CONCEITOONCEITO DEDE P PLANOLANO NANA T TRÓPICORÓPICO RA RA..................................................................................66 E EMPACOTAMENTOMPACOTAMENTO ELETROMENCÂNICOELETROMENCÂNICO............................................................................................................................1111 S SISTEMAISTEMA DEDE ALIMENTAÇÃOALIMENTAÇÃO ELÉTRICAELÉTRICA..............................................................................................................................1313 M MÓDULOSÓDULOS T TERMINAISERMINAIS DADA T TROPICOROPICO RA RA......................................................................................................................1414 N NÚMEROÚMERO DODO A ASSINANTESSINANTE..............................................................................................................................................................2121

4.4 M4.4 MÓDULOÓDULO MO MO..............................................................................................................................................................................................2121 M MÓDULOÓDULO DEDE S SINCRONISMOINCRONISMO (MS) (MS)......................................................................................................................................2323 M MÓDULOÓDULO DEDE S SINALIZAÇÃOINALIZAÇÃO........................................................................................................................................................2525 M MÓDULOÓDULO DEDE C COMUTAÇÃOOMUTAÇÃO..........................................................................................................................................................2727

4.5 C4.5 CAMINHOAMINHO DADA VOZVOZ PELASPELAS PLACASPLACAS EE INTERFACESINTERFACES......................................................................................................3030 E ESTRUTURASTRUTURA DADA MATRIZMATRIZ DEDE COMUTAÇÃOCOMUTAÇÃO......................................................................................................................3131 E ESTÁGIOSTÁGIO DEDE CONCENTRAÇÃOCONCENTRAÇÃO....................................................................................................................................................3434

4.6 P4.6 PROCESSAMENTOROCESSAMENTO DEDE CHAMADACHAMADA..................................................................................................................................................3535

4.7 E4.7 ESTRUTURASTRUTURA DEDE S SINCRONISMOINCRONISMO......................................................................................................................................................4040

4.8 E4.8 ESTRUTURASTRUTURA DEDE S SINALIZAÇÃOINALIZAÇÃO......................................................................................................................................................4343

4.9 S4.9 SOLUÇÕESOLUÇÕES PARAPARA REDEREDE DEDE ACESSOACESSO............................................................................................................................................4545 U UNIDADENIDADE DEDE L LINHAINHA R REMOTAEMOTA..................................................................................................................................................4545 C CENCENTRADORENCENTRADOR DEDE L LINHASINHAS DEDE A ASSINANTESSSINANTES DISTRIBUÍDODISTRIBUÍDO - CLAD - CLAD............................................4646

4.10 C4.10 CIRCUITOSIRCUITOS TERMINAISTERMINAIS......................................................................................................................................................................4848

4.11 C4.11 CIRCUITOSIRCUITOS A AUXILIARESUXILIARES..................................................................................................................................................................5151 G GERADORERADOR DEDE T TOMOM..............................................................................................................................................................................5252 R RECEPTORECEPTOR DEDE T TOMOM............................................................................................................................................................................5353 C CONFERÊNCIAONFERÊNCIA D DIGITALIGITAL..................................................................................................................................................................5353 G GRAVAÇÃORAVAÇÃO D DIGITALIGITAL DEDE M MENSAGENSENSAGENS............................................................................................................................5454 A ATENUAÇÃOTENUAÇÃO D DIGITALIGITAL......................................................................................................................................................................5454

4.12 C4.12 CIRCUITOSIRCUITOS DEDE C CONTROLEONTROLE............................................................................................................................................................5555

4.13 N4.13 NORMASORMAS APLICÁVEISAPLICÁVEIS..........................................................................................................................................................................5555

4.14 C4.14 CIRCUITOSIRCUITOS INTEGRADOSINTEGRADOS COMERCIAISCOMERCIAIS PARAPARA TELEFONIATELEFONIA DIGITALDIGITAL............................................................................................................................................................5656 CODEC CODEC....................................................................................................................................................................................................5757 FILTRO FILTRO....................................................................................................................................................................................................5757 CODEC E FILTRO CODEC E FILTRO................................................................................................................................................................5858

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.

.

.

.

Telefonia Digi tal CEFET-SC

MATRIZ DE COMUTAÇÃO MATRIZ DE COMUTAÇÃO................................................................................................................................6060 FORMADOR DE QUADRO PCM30 FORMADOR DE QUADRO PCM30........................................................................................................6161 INTERFACE DE LINHA DE ASSINANTE - SLIC INTERFACE DE LINHA DE ASSINANTE - SLIC............................................................6262 OUTROS CIRCUITOS OUTROS CIRCUITOS....................................................................................................................................................6363

B BIBLIOGRAFIAIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................................................................................................6363

V.2002

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

4.4. C E N T R A L DI GITAL P Ú B LICA E TR OPICO R A

4.14.1 Introdução

A rede do sistema telefônico público está em constante crescimento e mutação, exigindo

uma contínua reavaliação da capacidade de comutação do sistema. Muitas vezes essas

reavaliações determinam o aumento da capacidade das centrais telefônicas ou até a

criação de novas centrais. Nesses momentos diversos fatores devem ser analisados, na

busca de soluções que atendam as necessidades do projeto de uma nova central e sejam

flexíveis para incorpar futuras alterações.

Entre os diversos fatores a serem analisados destacamos:

• A capacidade máxima da rede de comutação.

• A aplicação desejada.

• A forma como a voz será tratada.

• A estrutura a ser utilizada na rede de comutação.

• O grau de serviço da rede de comutação.

• O modo como serão implementados os circuitos de sinalização e circuitos

auxiliares.

• A concepção de controle da central.

• A forma como os aspectos diagnóstico, manutenção, gerenciamento de

rede e de tráfego serão levados em conta.

• Os avanços tecnológicos a serem considerados na implementação.

• Os potenciais futuros que devem ser previstos.

• A área geográfica na qual a central será instalada.

V. 2004 1

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

• As normas telefônicas aplicáveis.

Para atender a todos esses fatores uma central pública deve ser desenvolvida de forma

modular, permitindo a expansão de sua capacidade junto com o crescimento da demanda

de comutação da planta telefônica, reduzindo assim o impacto de sua instalação e de suas

alterações posteriores.

Atualmente a rede telefônica esta baseada em centrais do tipo CPA-T. São centrais que

usam microprocessadores com suas funções de controle implementadas através de

software. Além disso a comutação nessas centrais é realizada por processo digital,

utilizando estágios temporais combinados ou não com estágios espaciais. Como a

comutação é digital os sinais analógicos que chegando na central devem ser digitalizados já

na entrada, gerando amostras PCM de 8 bits, amostradas numa taxa de 64 kbps. Portanto,

uma central CPA-T é uma central controlada por programa armazenado onde a matriz de

comutação é composta por pelo menos um estágio de comutação temporal.

Os sistemas de sinalização de uma CPA-T são:

• Sinalização entre registradores - MFC - 5C.

• Sinalização entre usuário e central - MF e Decádico.

• Sinalização de linha - R2 digital, E + M pulsada, Corrente Contínua.

• Sinalização de canal comum.

Na saída dos sinais destinados a assinantes analógicos de uma CPA-T os sinais são

reconvertidos para analógicos.

Um exemplo desse tipo de central é a Trópico RA. Essa central foi desenvolvida pelo CPqD

(Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da antiga TELEBRAS), entre os anos de 1986 e

1991, sendo a tecnologia transferida para os fabricantes em 1995. A Tropico RA tem

capacidade para 100.000 assinantes e 1.088.000 tentativas de chamada por hora, sendo

uma plataforma de médio/grande porte.

V. 2004 2

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4.24.2 Visão geral de u ma CPA­T

Uma central de comutação digital geralmente pode ser dividida em 4 grandes sistemas,

interligados por vias de comunicação com taxas na ordem de Mbps.

Circuitos de assinantes analógicos Circuitos de assinantes

digitais

Z

U

C22

V3 HIGHWAY n

. .

.

HIGHWAY 1

Troncos analógicos

Sistemas de transmissão digital

COMUTAÇÃO

TRATADOR DE TERMINAIS

CONTROLE

SERVIÇOS

Fig. 4.1 - Diagrama simplificado de uma central de comutação digital.

A figura 4.1 apresenta um diagrama de blocos de uma central genérica, onde cada bloco

corresponde a um dos seguintes sistemas:

• Tratador de Terminais – Esse sistema é responsável pela adaptação dos diferentes tipos de sinais externos ao formato da comunicação digital da central e vice-versa.

• Comutação – Sistema que realiza a conexão entre os time slots das vias de comunicação digital.

• Serviços – Sistema que disponibiliza funções utilizadas durante as chamadas pelos diversos assinantes, alguns exemplos dessas funções são: geração de tons, detectção de MF, sistemas de conferência, secretária eletrônica, etc.

• Controle – É o sistema responsável por todo o funcionamento da central, controlando a sinalização interna, o sincronismo e as funções de comutação.

As vias de comunicação (Highway) correspondem as linhas digitais multiplexadas com

taxas na ordem de Mbps (geralmente 2 ou 8 Mbps), nessas vias passam os sinais de voz,

sinalização e controle da central.

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4.34.3 Estrutura da Tropico R A

Na Central trópico RA os sistemas mencionados no item 4.2 estão distribuídos nos 6 tipos

de módulos existentes na central:

Módulo de Terminais (MT) - realiza o tratamento dos sinais que entram ou saem da

central. Conforme o tipo de linha de acesso a ser tratada o módulo executará algumas das

seguintes funções: digitalização do sinal, compatibilização de níveis de tensão, conversão

de sinais ópticos em eletrônicos, controle da sinalização de linha, alimentação para a linha,

etc.

Módulo de Operação e Manutenção (MO) - Gerencia a interface de comunicação homem

- máquina, permitindo aos operadores atuarem na central através de comandos, também é

o responsável pelo armazenamento do programa e dos dados da central em discos ou fitas

cartuchos.

Módulo Auxiliar (MA) - Como o próprio nome indica auxilia o módulo de MO nas suas

funções e executa as funções de bilhetagem e tarifação quando a central assim o exigir.

Módulo de Sincronismo (MS) – Gera e distribui o sincronismo para todos os módulos da

central.

Módulo de Comutação (MX) – Controla e realiza a comutação através de uma matriz de

comutadores temporais.

Módulo de Sinalização (MZ) – Gerencia a comunicação entre os diversos processadores

da central, isto é, controla as vias de sinalização.

V. 2004 4

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Fig. 4.2 - Módulos da Trópico RA

Em centrais de menor porte, com até 10.000 assinantes, os módulos MX e MS podem ser

incorporados num único módulo chamado de Módulo Integrado (MI).

Os módulos da Trópico RA são compostos por um processador central e diversos blocos de

implementação (BIs), isto é circuitos dispostos em diferentes placas e softwares

armazenados no processador central e em outros processadores. do módulo. A Interligação

das diversas placas e circuitos é realizada pelas vias de comunicação que interligam essas

placas, as quais são chamadas de interfaces de hardware (IH) intramodulares.

Os processadores principais dos módulos, formam uma rede de processadores, onde não

existe um processador central. Cada processador esta carregado com os BIs que lhe

permite gerenciar as funções internas do seu módulo e solicitar funções de outros módulos

aos demais processadores, através de uma rede de sinalização.

O processamento distribuído gerado pela operação dos diversos processadores, garante

maior estabilidade a central. A falha de um ou alguns processadores não invializa o

funcionamento da central pois os demais continuam em operação, somente algumas

V. 2004 5

I n t e r f a c e sI n t r a m o d u l a r e s

O p e r a ç ã o e M a n u t e n ç ã o l

M O M T M T

M X

M S

M Z

M TM TM TM T

A c e s s o a r e d e e x t e r n a

S i n a l i z a ç ã o T e l e f o n i c aM ó d u l o s d e I n t e r c o n e x ã o

M A M A

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funções serão desativadas.

Interligações dos módulos da central ­ Interfaces H ard ware.

A interligação dos diversos dispositivos da central é realizada pelas interfaces hardware, um

conjunto de cabos e trilhas impressas por ondem trafegam sinais multiplexados no tempo

compostos de voz, sincronismo e sinalização.

Existem um total de 14 IHs definidas na central trópico RA, as quais podem ser divididas em

dois grandes grupos: as IHs intramodulares e as IHs intermodulares. As intramodulares

realizam a interligação entre dispositivos pertencentes ao mesmo módulo e as

intermodulares interligam diferentes módulos.

A interface IH4 é a interface que interliga todos os blocos da central. É composta por duas

vias de 8Mbps, 64 canais de 8 bits, para transporte da voz e outras vias exclusivas para

sinalização e sincronismo. O módulo de sinalização pode acessar diretamente as vias de

sinalização das IH4s, os demais módulos acessam as vias das IH4s através de unidades de

acesso ao plano.

Sigla DescriçãoIH-1 Interface de Hardware de Terminais

IH-2 Interface de Hardware Paralela do Processador

IH-3 Interface de Hardware Intramodular de Acesso a Planos

IH-4 Interface de Hardware entre Módulos

IH-5 Interface de Hardware Barramento do módulo de operação

IH-6 Interface de Hardware de Controle da Matriz de Comutação

IH-7 Interface de Hardware dos Enlaces de Canais Já Comutados

IH-8 Interface de Hardware do Controlador de Sinalização

IH-9 Interface de Hardware de Distribuição Intramodular de Sincronismo

IH-10 Interface de Hardware entre Geradores de Sincronismo

IH-11 Reservada para futuras implementações

IH-12 Interface de Hardware entre Geradores e Repetidores de Sincronismo

IH-13 Interface de Hardware dos Enlaces de Canais a Comutar

IH-14 Reservada para futuras implementações

Tabela 4.1 - Interfaces de hardware da Trópico RA

V. 2004 6

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Redundâcia e Conceito de Plano na Trópico R A

As centrais são elementos vitais no sistema de telecomunicações. É através delas que as

linhas são comutadas. A falha ou queda de uma central telefônica ocasionará a paralização

de uma grande parcela de rede de telecomunicações, podendo inviabilizar a comunicação

de uma cidade dependendo da central.

Para diminuir a possibilidade de falha generalizada de uma central, as mesmas possuem

redundâcias dos seus sistemas principais. A redundância é obtida pela duplicação dos

sistemas pincipais.

Na trópico RA a comutação o sincronismo e a sinalização são considerados os sistemas

principais. Os módulos de MX, MS e MZ caracterizam-se como módulos de interconexão e

a falha de um desses módulos poderia inviabilizar o funcionamento da central.

Seguindo o modelo de redundância, a central Trópico RA será sempre composta no mínimo

por dois conjuntos de módulos MX, MS e MZ, isto é, no mímino existirão sempre dois

sistemas de comutação, sinalização e sincronismo. Cada conjunto é chamada de plano da

central. No máximo uma Trópico RA terá 4 planos.

Todos os planos que compõem uma Trópico RA trabalham continuamente, dividindo a

carga de comutação e sinalização da central. Caso um plano velha a falhar os demais

planos assumem a sua carga, permitindo o pleno funcionamento da central.

A quantidade de planos da central, 2, 3 ou 4, é definida pela quantidade de assinates e

troncos vinculados a ela, o dimensionamente é realizado para garantir o seu pleno

funcionamento na falha de um plano e visando uma degradação de serviço gradativa na

falha de dois ou mais planos.

Os módulos terminais não são considerados vitais para a central, pois a falha de um ou

outro módulo apenas inviabiliza a comunicação entre parcela da rede de telefonia atendida

pela central.

Todos os módulos terminais tem acesso aos quatro planos, através das IH4s de cada plano.

Cada plano contém até 64 IH4 as quais são distribuídas aos diversos módulos terminais.

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Cada IH4 atende a mais de um módulo terminal (concentração de vias).

Os módulos de operação e auxiliar também não são vitais para a comutação dos circuitos e

cada central é composta de um único módulo de operação, podendo possuir mais de um

módulo auxiliar, porém sem o conceito de redundância.

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Fig. 4.3 - Esquema de interligação dos planos com os módulos terminais, o enlace “0” mostra o compatilhamento de uma IH4 por diversos módulos terminais.

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Fig. 4.4 - Estrutura da Trópico RA

V. 2004 10

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Algumas centrais realizam a redundância pela duplicação dos seus sistemas

principais, porém nessas somente um está em funcionamento o outro está em “stand-

by”, só entrando em operação na falha do principal.

E mpacotamento eletromencânico

O empacotamento Eletromecanico da central Trópico RA é composto por:

Placas de Circuito Impresso - local onde estão montados os circuitos da central,

apresentam dimensões de 22,34 x 34,0 cm, com 1,6 mm de espessura, são

conectadas ao meio externo por conectores padrão DIN.

Fig. 4.5 - Placa de circuito impresso

Sub-Bastidores - é uma “gaveta” onde estão as placas de circuito impresso. Uma

estrutura metálica com guias que direcionam as placas de circuito impresso e um

painel traseiro responsável pela interconexão das placas.

Fig. 4.6 - Vista frontal de um sub-bastidor

V. 2004 11

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Bastidor - São os armários onde estão os sub-bastidores. É uma estrutura metálica

onde são montados os sub-bastidores e por onde passa a fiação que interliga toda a

central. Possui portas e estrutura de ventilação natural. Pode receber a fiação por

baixo, utilizando sistema de piso falso, ou via aérea, através de uma estrutura metálica

própria.

Fig. 4.7 - bastidores

Os bastidores são dispostos em filas como mostra a figura 4.7, a localização de um

bastidor e de um sub-bastidor segue as seguintes regras:

• As filas são numeradas começando do 0.

• Os bastidores de uma fila são contados da esquerda para direita, sendo o primeiro bastidor o número 0.

• Os sub-bastidores são contados de baixo para cima, sendo o primeiro sub-bastidor o número 0.

V. 2004 12

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Fig. 4.8 - Esquema de localização de bastidores e sub-bastidores na central Trópico RA.

Sistema de alimentação elétrica.

A alimentação dos bastidores e sub-bastidores da Trópico RA é realizada de forma

distribuída. Em cada bastidor, no sub-bastidor 0, está posicionado um elemento de

distribuição de energia (EDEG). O EDGE recebe a energia dos retificadores e

redistribui para as fontes localizadas nos sub-bastidores, além disso realiza as funções

de proteção e filtragem da energia recebida.

Cada sub-bastidor é composto por uma fonte secundária, um conversor CC/CC, para

alimentação de suas placas.

A corrente de toque é produzida nos EDEG.

V. 2004 13

01

2

345

0

2

0 1 2 3 4 5 6

1

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Fig. 4.9 - Esquema de alimentação da trópico RA.

M ódulos Terminais da Tropico R A

Os módulos terminais são compostos de duas partes, uma comum a todos os módulos

e outra específica que dependerá do tipo de linha a ser tratada.

A parte comum dos módulos é responsável pelo controle da operação do módulo e

pela interface entre o módulo e as vias de comunicação entre o módulo e os demais

módulos da central (as IH4).

Fig. 4.10 - Parte comum dos módulos terminais

V. 2004 14

CIT

CCT

IH4s

IH1s

IH2

Parte comum do Módulo Terminal

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Como mostra a figura 4.10, a parte comum dos módulos é composta pelas seguintes

placas e IHs:

CIT, Controladora Integrada de Interfaces terminais - Contém o processador

responsável pelo funcionamento do módulo, conforme o tipo de placas terminais do

módulo serão armazenados os BIs apropiados, isto é o processador da CIT de um

módulo que trata assinantes apresenta um conjunto de BIs diferente do que trata

troncos digitais.

CCT - Controladora Integrada de Circuitos Terminais - É responsável pela

operação dos circuitos e interfaces hardware internas do módulo (interfaces

intramodulares).

IH1 - interliga as placas terminais com a CCT - cada IH1 é composta por uma linha

multiplexada de 32 canais pcm (2Mbps) para passagem de voz e uma linha exclusiva

para controle dos circuitos das placas terminais. O módulo apresenta 4 IH1s

IH2 - interliga a placa CIT e a placa CCT formando uma via para passagem de dados

de controle e sincronismo.

Tanto a CCT como a CIT controlam e executam a interligação do módulo com os

demais módulos da central através da interface intermodular IH4. Note que o módulo é

interligado com uma IH4 de cada plano da central (redundância dos módulos de

interconexão).

4.3.1.1Versão antiga do módulo terminal

A Trópico RA possuí uma versão mais antiga do módulo terminal, a qual ainda hoje é

utilizada. As diferenças em relação a versão apresentada anteriormente são:

CTE, Controladora de Terminais - corresponde a atual CTI, porém na CTE o

processador é o V20 (aproximadamente o 8088) e na CTI é o 386.

TTS, Tratadora de Terminais Seriais - corresponde a CCT.

DAP, duplo acesso ao plano - na versão antiga são essas placas as responsáveis

V. 2004 15

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pela interface entre o módulo terminal e as IH4s. O módulo apresenta sempre duas

DAPs, cada uma acessando dois planos.

IH1 - o módulo apresenta apenas duas IH1

IH3 - interface de hardware que interliga a CTE e a TTS com as DAPs

Fig. 4.11 - Módulo terminal antigo, parte comum

4.3.1.2Parte específica dos módulos terminais

A parte específica de um módulo terminal é chamada de submódulo sendo composta

por um conjunto de placas que interligaram o módulo com as linhas externas à central.

Essas placas são genericamente chamadas de placas terminais, abaixo segue uma

lista com os tipos de placas terminais encontrados na Trópico RA.

Unidade de Linha de Assinantes Analógicos (ULD) – incorpora 16 circuitos de

linha de assinantes, cada um dos quais incluindo as funções de bateria, proteção,

campainha, supervisão, híbrida e conversões A/D e D/A.

Terminação de Acesso Digital (TAD) – incorpora 4 acessos a 64 kbit para terminais

digitais.

Unidade de Linha Telefone Público (UTP) – incorpora 4 circuitos de linha de telefone

público.

Juntores analógicos de Entrada a dois fios (placa JED) – com 6 circuitos de juntores.

V. 2004 16

IH1s

IH2

Parte comum do Módulo Terminal Antigo

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

DAP

DAP

TTS

CTE

IH3s

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Receptor de Tons MF (TMF) – incorpora 4 circuitos para recepção de sinalização MF

de teclado.

Enviador/Receptor MFC (ERF) – incorpora 3 circuitos enviadores ou receptores

desinalização MFC entre registros.

Detetor Multifreqüencial e Digital (DMD) – implementa 6 enviadores ou receptores

MF ou MFC, usando processamento digital de sinais.

Tronco Digital (TDT) – realiza a adaptação de um enlace PCM de 32 canais e inclui

um comutador temporal que permite um acesso completo dos canais de linha aos

canais do enlace da respectiva IH-1.

Robô de testes (ROT) – incorpora um circuito que permite o teste uma a uma de até

2.000 linhas de assinantes ligados à Central, assim como dos seus respectivoscircuitos

de linha.

Juntor de Mesa Operadora (JMO) – incorpora os circuitos relativos a seis posições

de mesa operadora.

Juntor de Máquina Anunciadora (JMA) – incorpora os circuitos de adaptação para

seis mensagens de máquina anunciadora.

Terminação de Acesso Básico (TAB) – incorpora oito circuitos de linha de Acesso

Básico – RDSI (só MT-2).

Terminação de Acesso Primário (TAP) – incorpora dois circuitos de Acesso Primário

RDSI (só MT-2).

Terminação de Linha Elétrica (TLE) – possue duas interfaces elétricas para enlaces

PCM-30 para soluções de Rede de Acesso, tipo CLAD (só MT-2).

Terminação de Linha Fotônica (TLF) – possue duas interfaces ópticas para enlaces

PCM-30 para soluções de Rede de Acesso, tipo CLAD (só MT-2).

As funções que serão executadas por um módulo terminal dependem do conjunto de

V. 2004 17

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placas que formam o seu submódulo por exemplo:

Submódulo de Assinantes locais - interliga a central a assinantes, é formado por

placas ULD e/ou UTP, TAD

V. 2004 18

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Fig. 4.12 - Módulo de terminais de assinantes.

O submódulo pode ser formado por 16 placas ULD cada uma com 16 assinantes,

conforme indica a figura XY cada IH1 trata 4 placas terminais, ocorrendo uma

concentração de 2 para 1, um canal da IH1 para cada dois assinantes. Existem placas

terminais com 32 assinantes, sendo que neste caso a concentração será de 4 para 1.

A versão antiga do módulo suporta 10 placas terminais cada uma com 16 assinantes,

sendo que cada 5 placas disputam uma IH1, concentração de 1 para 2,5.

Submódulo de tronco Digitais - interliga a central trópico RA com centrais e

equipamentos de transmissão através de enlaces E1, é formado pela placa TDT.

Fig. 4.13 - Módulo Tronco Digital

Submódulo de Sinalização Multifreqüêncial - responsável pelo tratamento da

V. 2004 19

CIT

IH4s

IH1B

IH1C

ULD

ULD

ULD/TAP ULD/UTP

CCT

IH1A

IH1DIH2

12...15

4 ... 7

0...3

8...11

IH1A

IH2

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

DAP

DAP

TTS

CTE

IH3s

TDT

TDTEQTO PCM

EQTO PCM

IH1B

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sinalização MF e/ou MFC.

Fig. 4.14 - Módulo de Sinalização Multifreqüêncial

O submódulo pode conter até 10 placas com diferentes quantidades de circuitos de

detecção e geração de sinais.

Submódulo canal comum - responsável pela trocoa de informações entre centrais

CPAs, é formado pela placa CCO

V. 2004 20

IH1A

IH2

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

DAP

DAP

TTS

CTE

IH3s

IH1B

DMD 4

TMF 0

DMT 5

TMF 10

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Fig. 4.15 - Módulo Canal Comum

Cada CCO controla dois enlaces ce sinalização, portanto o módulo pode tratar até 4

enlaces de canal comum.

N ú mero do Assinante

A localização de um assinante na central trópico RA é realizada pelo NEA, através de

comandos um operador pode inquerir a central sobre a localização de um determinado

número telefonico. A central responderá com o NEA (Número do Equipamento do

Assinante). O NEA é formada da seguinte forma:

NEA = IIIPPCC, onde:

IIII = Número do processador (0000 a 1023)

PP = Número da placa de Terminais (00 a 15)

CC = Número do circuito da placa (00 a 15)

Exemplo: O NEA 09591404, indica que o assinante está no módulo do processador

959, na placa terminal 14 e corresponde ao circuito 4, considerando a contagem da

placa e do circuito partindo do zero).

4.44.4 M ódulo M O

O módulo de operação e manutencão é o responsavel pela comunicação homem

V. 2004 21

IH1A

IH2

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

DAP

DAP

TTS

CTE

IH3s

IH1B

CCO 0

CCO 5

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máquina e pelo armazenamento e envio de dados do funcionamento da central para

centros de gerência de rede, é composto pelas seguintes placas:

SPP - Serial de processador preferencial - realiza a interface entre o módulo e as

IH4s.

CGI, Controladora Generica Integrada - processador que controla a comunicação

com os equipamentos periféricos, com uma rede ethernet (gerência de rede) e com as

memórias de massa. É o processador geral do módulo.

Elementos de memória de dados - são as unidades que armazemam uma cópia do

programa da central, informações sobre o seu funcionamento e a bilhetagem. A

Trópico RA permite três tipos diferentes de elementos de memória: cartucho de fita

magnética (EUMC), disco flexivel (EUDF) e disco rígido (EUDR). Essas unidades estão

alocadas em outro sub-bastidor, porém pertencem ao módulo de operação

IH5 - Interface que interliga a SPP a CGI

SCSI - barramento de dados entre os elementos de memória de dados e a CGI.

V. 2004 22

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Fig. 4.16 - Módulo de Operação e Manutenção

O Trópico RA permite a introdução de um módulo auxiliar, equipado com elementos de

memória de massa , CGI e SPP. Esse módulo pode executar a função de

bilhetagem/tarifação e auxiliar o MO no processamento das informações da central.

M ódulo de Sincronismo ( MS)

O funcionamento de uma central digital está vinculado diretamente ao sincronismo das

suas LMTs e do processo de comutação de canais. Na trópico RA o módulo de

sincronismo é o responsável pela geração e distribuição do sincronismo.

V. 2004 23

SCGI

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

IH5

EUMC EUDF EUDR

CGI

SPP

SPP

Ethernet

RS 232

RS 422

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A geração do sincronismo pode ocorrer via relógio de césio ou osciladores cerâmicos.

O módulo é constituído por:

2 DAPs e uma CIT, interligadas por IH3s

CGS, Controladora, Geradora de Sincronismo - placa responsável pela geração do

sincronismo e envio do mesmo pela IH12.

RIS, Repetidor Interno de Sincronismo - realiza a distribuição do sincronismo para

as IH9s e IH4s.

IH12 - interface de hardware que envia o sinal de sincronismo para a placa ou para os

módulos de sinalização e comutação.

IH2 - interface de hardware que interliga a CTE com a CGS

Fig. 4.17 - Módulo de sincronismo

A Placa RIS pode ser instalada também nos módulos de Comutação.

V. 2004 24

IH2 IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

IH2sCTE

DAP

DAP

IH10

IH12

Para as outras placas CGS

Para as placas CSP e RIS

CGS

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M ódulo de Sinalização

A função desse módulo é possibilitar a comunicação entre os processadores

distribuídos pela central. Através das IH4s os diversos módulos da central estão

conectados aos módulos de sinalização. Nesse diversas vias de comunicação dos

processadores são concentradas, formando um nó. Portanto a topologia de

interligação dos processadores da central é mista do tipo estrela - barramento.

O módulo de sinalização é composto por:

Duas DAPs.

ECV, Estágio concentrador de vias - interconecta 8 enlaces de sinalização, os quais

correspondem a sinalização de uma ou duas IH4s.

ECC – Estágio concentrador de controle – controla as saídas das ECVs.

CSP, Controladora de sinalização paginada - aloca recursos de sinalização para

todos os processadores da central.

IH-8 – Interface de intramodular para interligação das placas ECV, ECC, CSP.

IH9 – Interface intramodular para distribuição do sincronismo para todos os elementos

dos módulos.

Um módulo de sinalização pode conter até duas ECV, controlando um total de 16

enlaces, barramentos, cada um com 16 processadores num total de 256.

Como a central Trópico RA pode chegar a 1024 processadores, alguns módulos de

sinalização são equipados com placas ECC, Estágio Concentrador de Controle, a qual

recebe a sinalização de até duas ECV e envia para a placa CSP, Controladora de

sinalização paginada.

Como cada ECC passa a concentrar a sinalização de 256 processadores, para

atendermos a todos os 1024 processadores são necessárias 3 placas ECC (768

processadores) e uma CSP a qual além de concentrar a sinalização das 3 ECC recebe

V. 2004 25

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a sinalização de mais 256 processadores (768 + 256 = 1024).

V. 2004 26

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Fig. 4.18 - Módulo de Sinalização

M ódulo de Co mutação

O módulo de comutação da central Trópico RA é o responsável pela comutação dos

canais de voz que chegam dos módulos terminais através das interfaces IH4. Na

realidade uma matriz de comutação da trópico RA é formada pela interconexão de até

8 módulos de comutação.

Além da comutação o módulo de comutação é responsável pela distribuição do sinal

de sincronismo para os diversos módulos terminais.

Funcionalmente o módulo de comutação pode ser dividido em três blocos:

a) Bloco de Controle - controla a distribuição da comutação e a matriz de

V. 2004 27

IH8s e IH9s

8 IH4s do mesmo plano

8 IH4s do mesmo plano

ECV

ECV

ECC

8 IH4s do mesmo plano

8 IH4s do mesmo plano

ECV

ECV

CSPIH12

Chegada do sincronismo

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comutação (MACO), é formado por duas DAPs, uma CIT, IH3 interligando

DAPs e CIT e IH2 interligando CIT com as placas TCM e RIS.

b) Bloco de Sincronismo - regenera e distribui o sincronismo para as IH4s e

para as placas do própio módulo de comutação através da IH9

c) Bloco de Comutação - realiza a comutação dos canais das IH4s.

Em termos de placas o módulo é formado por:

TCM, tratadora de comandos da MACO - controla o processo de comutação,

escrevendo na memória de controle dos comutadores.

SPS , conversor série - paralelo - série - Recebe os canais a comutar das IH4 e

envia-os para as placas de comutação, também recebe os canais comutados das

placas de comutação e os envia para as IH4.

DXD, comutador 2x2 - realiza a comutação de 1024 canais

QxD, comutador 4x2 - realiza a comutação tendo 2048 canais de entrada para 1024

canais de saída.

V. 2004 28

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V. 2004 29

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Fig. 4.19 - Módulo de Comutação.

4.54.5 Ca minho da voz pelas placas e interfaces

Todo sinal de voz ou dados a ser comutado pela central Tropico RA irá percorrer um

conjunto de placas e interfaces hardware (IHs) em direção a matriz e, percorrendo

outro conjunto de placas e IHs chegar a linha externa desejada.

Qualquer processo de comutação ocorrerá num único plano, não há possibilidade de

comutação entre planos diferentes da central. Desta forma garante-se a autonomia de

cada plano e a estrutura de redundância.

Como vimos qualquer linha externa, seja ela de assinante, tronco, juntor é conectada

na central num módulo terminal, o qual é interligado ao módulo de comutação através

V. 2004 30

2 IH4s

2 IH4s IH3s

QXDQXD QXD

CITDAP

DAP

IH-7

IH-13

TCMIH2

QXD

4 IH4sSPS 0

SPS 1 4 IH4s

IH12

IH9Para os elementos do módulo de comutação.

RIS

4 IH4s

IH-13

As IH-13 alimentam uma QxD em cada módulo de comutação do mesmo plano da central.As IH7 recebem uma das saídas de cada QXD do módulo.Da SPS 1 saem as IH-13 que alimentam as outras duas QXD do módulo e entram as IH- 7 com uma saída de cada QxD do módulo.

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da IH4. Seguem abaixo dois exemplos de possíveis percurso da voz na central.

DXD/QXD SPS SPS DAP DAP TTS ULD TTS TMF

Ass A

b) Assinante A x Receptor MF

DXD/QXD SPS SPS DAP DAP TTS ULD TTS TDT

Ass A

PARA OUTRA CENTRAL

a) - Assinante A x Tronco de Saída

Fig. 4.20 - Exemplos do percurso da voz na central

Estrutura da matriz de comutação

A matriz de comutação da central trópico RA é formada pela interligação de um até 8

módulos de comutação. Todo o controle do processo de comutação passa pelos

processadores CTE e pelas placas tratadoras de comutação (TCM) dos módulos de

comutação.

Através da CTE e da TCM os diversos comutadores DxD e QxD processam a

comutação.

Oa canais de voz, que saem dos módulos terminais, chegam nos módulos de

comutação através das IH4s, sendo recebidos pelas placas SPSs (placas conversoras

Serial Paralela Serial).

Cada IH4 é composta por dois enlaces PCM de 64 canais e cada SPS recebe 4 IH4s,

portanto chegam numa SPS 8 linhas de 64 canais. A SPS converte as oito linhas de

entrada em uma linha única de 512 canais. Na saída de uma SPS os bits de um

mesmo canal são transmitidos paralelamente, através de um barramento de oito fios,

IH13.

V. 2004 31

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Fig. 4.21 - Conversão de 8 IH4s numa IH13.

Através da IH13 os canais são enviados aos comutadores temporais. Os comutadores

realizam a comutação é enviam pela IH7 (de constituição idêntica a IH13) os canais

comutados para a SPS que converte a linha paralela multiplexada em IH4s

novamente.

A IH13 de um SPS está conectada a um comutador DxD ou QxD em cada módulo MX

da matriz. Enquanto que a IH7 de um SPS está conectada a uma saída de cada

comutador DxD ou QxD do seu módulo, garantindo assim o acesso pleno da matriz.

V. 2004 32

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Fig. 4.22 - Matriz de Comutação com comutadores DxD

A figura 4.22 mostra uma matriz de comutação com comutadores DxD na sua

capacidade máxima (4 modulos MX, 4096 portas de entrada saída). e a figura 4.23

mostra uma matriz com comutadores QxD na sua capacidade máxima (8 módulos MX,

8192 portas de entrada e saída)

V. 2004 33

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Fig. 4.23 - Matriz de comutação com comutadores QxD

Estágio de concentração

O estágio de concetração do trafego de voz na central Trópico RA ocorre na interface

V. 2004 34

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entre os módulos terminais e as IH4s. Esse interfaceamento é realizado pelas placas

DAPs (duplo acesso ao plano), através do mapeamento da IH3 nas IH4s. A IH3 é uma

linha multiplexada de 32 canais, para cada plano um módulo tem duas IH3. Por sua

vez, a estrutura de voz da IH4 conectada a um módulo é uma linha multiplexada de 64

canais, para cada plano.

Aparentemente não haveria concentração, pois a voz estaria passando de duas linhas

de 32 canais para uma de 64, porém cada linha multiplexada de 64 canais de uma IH4

é disputada por vários módulos terminais (ver figura 4.3 enlace 0)

A esse estágio de concentração deve ser somado a concentração nas interfaces IH1

dos módulos de assinantes.

4.64.6 Processa mento de cha mada

O processamento de uma chamada é efetuado por uma rede de microprocessadores

com funções de controle de determinados recursos de “hardware” e “sofware” (BIs) da

central, os quais se comunicam através da via de sinalização para o estabelecimento

de conexões através da matriz de comutação.

Para cada tipo de chamada o conjunto de BIs e funções acionadas terão suas

especificidades. Isto é, o encaminhamento de uma chamada de uma assinante local

para outro assinante local, terá diferenças em relação ao de uma chamada de outra

central para um assinante local ou de um assinante local para outra central e assim por

diante.

V. 2004 35

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Mostraremos através de um exemplo, chamada entre dois assinantes locais, o formato

do processo de encaminhamento de chamada na central trópico RA.

Na figura 4.24 esta representada a visão do tratamento de uma chamada a partir dos

assinantes locais e na figura 4.25 temos a representação do tratamento da mesma

chamada vista internamente pela central.

V. 2004 36

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V. 2004 37

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Fig. 4.24 - Visão externa da chamada.

V. 2004 38

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Fig. 4.25 - Visão interna do tratamento de chamada.

V. 2004 39

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4.74.7 Estrutura de Sincronismo

A partir do sincronismo gerado pelos módulos de sincronismo toda os equipamentos

da central serão sincronizados. A distribuição desse sincronismo é realizada por uma

cadeia de repetidores de sincronismos espalhados pela central.

Toda central Trópico RA é composta por três geradores de sincronismos, os três

interligados pela interface IH10 e consequentemente sincronizados entre si. Os

geradores estão distribuídos nos planos, um em cada plano no caso da central possuir

mais do que dois planos e 1 em um plano e os outros dois no outro caso a central

apresentar somente dois planos. A interface IH10 é a única interface entre os planos

com a única finalidade de sincronizar os geradores.

Desses geradores parte a rede de distribuição, também triplicada para garantir que a

falha de um gerador ou de uma rede de distribuição não afete o funcionamento da

central.

A rede de distribuição é dividida em dois estágios, distribuição primária e distribuição

secundária. Na distribuição primária os geradores são interligados com repetidores

através da interface IH12. Os repetidores da rede primária estão localizados nas

placas RIS e CSP e estas estão ou no próprio módulo de sincronismo ou nos módulos

de comutação e sinalização. Nas placas RIS e CSP estão também os regeneradores

primários os quais fornecerão o sinal de sincronismo para os sistemas de comutação e

sinalização.

A rede secundária de distribuição de sincronismo é formada pelos repetidores

primários (placas RIS e CSP) e pelos regeneradores secundários distribuídos ao longo

dos módulos terminais, mais precisamente nas placas CIT. Os repetidores estão

interligados com aos regeneradores secundários através da interface IH4.

Todos os regeneradores recebem o sinal dos três geradores de sincronismo e

sintetizam um único sinal através de circuitos PLL (Phase Lock Loop), entregando-o

para os circuitos usuários do sincronismo.

V. 2004 40

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A figura 31 apresenta a forma de interligação entre as diversas placas e elementos do

estrutura de sincronismo.

Os geradores de sincronismo através da interface IH12 distribuem o sincronismo para

os repedidores e regeneradores primários. Os repetidores primários distribuem o sinal

de sincronismo para os usuários primários através da interface IH9 e para os usuários

secundários pela interface IH4. Após percorrer a interface IH4 o sinal de sincronismo

chega aos regeneradores secundários dos módulos terminais, sendo repassados para

as placas terminais utilizando as interfaces intramodulares.

As placas envolvidas no processo descrito acima são: CGS, CSP e RIS, CIT ou CTE,

CCT ou TTS e as placas terminais.

Todo a estrutuda de sincronismo é controlada através de diversos Bis espalhados nos

processadores da central. Através desses BIs é definida uma referência de

sincronismo padrão para a central, sendo realizadas medidas periódicas no sinal de

sincronismo e enviados comandos de ajustes para os repetidores e regeneradores.

A trópico RA, através dos seus geradores, pode ser sincronizada com os seguintes

tipos de referências externas:

PCM30 - relógio extraído de um E1.

IES - sinal de relógio proveniente de interface de sincronização padrão G-703 do ITU-T

(a 2,048 Mhz).

CSM - sinal de osciladores de césio (a 5 Mhz).

OSC - sinal de um oscilador interno de alta estabilidade.

V. 2004 41

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Fig. 4.26 - Distribuição do sincronismo

V. 2004 42

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4.84.8 Estrutura de Sinalização

A central Trópico RA é construída de forma modular, o que facilita o seu crecimento e

permite um melhor comportamento em relação a falhas, isto é a degradação do

funcionamento da central ocorre lentamente, pois a falha em um ou mais módulo não

inviabiliza o funcionamento da central. Nesta perspectiva a estrutura de controle da

central está distribuída pelos diversos processadores dos diferentes módulos da

central.

A operação de um módulo é gerenciada pelo seu processador central e a

comunicação desse módulo com os outros módulos é negociada pelo seu processador

com os demais processadores da central. A rede que garante essa comunicação é

chamada de estrutura de sinalização.

Todos os processadores acessam a interface intermodular IH4 através de unidades de

acesso ao plano, sendo através dessas interfaces interligados ao módulo de

sinalização.

No total uma central trópico RA pode ter até 1024 processadores. Cada enlace de IH4

terá nesse caso 16 processadores e a cada 8 enlaces (256 processadores) teremos

uma página de sinalização da central. Portanto, na configuração máxima a central terá

4 páginas de sinalização.

No módulo de sinalização a placa ECV (Estágio concentrador de Via) recebe até oito

enlaces IH4 e repassa a infromação dessas oito vias para a placa ECC (Estágio

concentrador de controle) utilizando a interface IH8. Cada ECC pode ser interligada a

duas ECV, controlando uma página de processamento. Cada ECV envia via a

interface IH8 as informações para a CSP (controladora de sinalização páginada). A

CSP recebe a informação de 16 enlaces diretamente, primeira página da central e

através das IH8 recebe as informações das demais páginas.

V. 2004 43

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Fig. 4.27 - Estrutura de sinalização.

V. 2004 44

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

4.94.9 Soluções para rede de acesso

Um custo significativo das redes telefônicas está na rede de acesso. A ramificação de

linhas da central até o assinante, exige uma quantidade de cabos, conectores e

elementos de fixação que encarecem tanto o projeto como a implementação das redes

de acesso. As centrais CPA-T permitiram a criação de unidades de comutação

remotas, vinculadas a central por troncos digitais.

Essas unidades remotas permitem eliminar uma parcela de rede de acesso,

diponibilizando os links digitais mais próximos dos centros de fios dos assinantes.

A trópico RA apresenta duas soluções nesse sentido, a unidade de linha remota e a

concentrador de linhas de assinantes distribuído

U nidade de Linha Re mota

A unidade de linha distante é um concentrador de sinais para um grupo de assinantes.

Um módulo de terminais de unidade distante é vinculado a central via um link E1 via

dois pares , fibra óptica ou rádio digital.

O módulo de terminais de unidade distante é composto por:

CDU - procedador de unidade distante;

TDU - placa de tratamento de enlace E1;

ULD ou UTP - até 12 placas terminais de assinantes e/ou de telefones públicos

ROT - placa de robo de teste de linha

TES - placa de alarmes e telecomandos.

V. 2004 45

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

Fig. 4.28 - esquema do módulo

Esse módulo é alimentado por uma fonte, sendo acondicionado em um sub-bastidor,

podendo atender até 160 assinantes, os quais diputam um enlace E1. Na Central um

módulo equipadado com uma placa de tronco digital (TDT).

Cencentrador de Linhas de Assinantes distribuído ­ C L A D

Liga estágios de linha distantes à central via dois enlaces E1,numa topologia em anel,

onde os enlaces E1 percorrem o anel em sentidos opostos. Cada estágio de linha

distante tem capacidade para 256 terminais analógicos ou 128 terminais RDSI. Cada

anel poderá atender até 512 assinantes.

O módulo terminal na central é formado pelas placas

TAP - trata os terminais de acesso primário

TLE, TLF - terminação de linha elétrica, terminação de linha óptica

V. 2004 46

IH1A

IH2

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

DAP

DAP

TTS

CTE

IH3s

TDT

IH1A

IH2

CDU

TDU

TES ROT ULD ULD

Módulo na Cental

Módulo Unidade Distânte

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Fig. 4.29 - Módulos do CLAD

.

Fig. 4.30 - esquema de anel

V. 2004 47

IH1A

IH2

IH4 plano C

IH4 plano A

IH4 plano B

IH4 plano D

CCT

CIT

IH3s

TAP

IH1A

IH2

CCD

UED/UOD ULD ULD ULD ULD

Módulo na Cental

Módulo Assinante Distante.

TLE/TLF

Anel com dois enlaces

E1

Para outras unidades

distantes e depois retorna para a central

Unidade distante

Unidade distante

Unidade distante

CentralTrópico RA

Enlace A

Enlace B

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4.104.10 Circuitos terminais

As interfaces terminais são compostas de todos os circuitos necessários para realizar a

conexão das linhas tronco e linhas de assinante com os circuitos de voz da rede de

comutação digital.

Como a maioria das linhas de assinante é analógica, uma das funções mais

importantes destas interfaces é realizar a conversão das informações digitais internas a

central, em informações analógicas na linha do assinante e vice-versa.

Estas funções são geralmente implementadas por circuitos denominados de SLIC1,

existindo diversos circuitos integrados comerciais disponíveis.

linha de assinante a 2 fios

central de comutação

digital

RX

TX

C H S R B T O

A/D

A\D

-

+

Fig. 4.31 - Interface de linha de assinante.

As funções dos circuitos terminais de linha analógica são simbolizadas pelo acrônimo

BORSCHT, que representa as primeiras letras das sete funções necessárias para esta

interface.

• (B) Battery feeding - Alimentação de corrente contínua da linha do

assinante (-48 Vdc).

• (O) Overvoltage protection - Proteção contra sobretensões

provenientes da rede externa, causadas por descargas atmosféricas

e induções de tensões a partir de redes de energia.

• (R) Ringing current - Envio da corrente de toque para sinalização

da campainha do telefone.

• (S) Signaling and Supervision - Detecção da corrente da linha para

indicar as situações de linha livre e linha ocupada, bem como enviar

1 SLIC - Subscriber Line Interface Circuit

V. 2004 48

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a inversão de polaridade para Centrais privadas de comutação

telefônica (CPCT) e Telefones Públicos.

• (C) Codec - Conversão A/D e D/A transformando o sinal de voz em

PCM e vice-versa.

• (H) Hybrid - Conversão do circuito de voz a 2 fios para 4 fios,

separando a transmissão e recepção da voz.

• (T) Test - acesso à linha de assinante de equipamentos de teste de

continuidade, curto-circuito e característica da linha.

Nas linhas tronco analógicas, a função R e S são substituídas pela função de

sinalização de linha (ocupação, atendimento, desligar, etc.). Nas linhas de assinante

digitais a interface também é mais simples, uma vez que as conversões A/D e D/A são

feitas no próprio aparelho telefônico digital, não necessitando das funções C, R e H.

I L A

I L A

I L A

CONCENTRADOR MULTIPLEX

E

COMUTADOR TEMPORAL

ILA - Interface de linha de assinante

linha multiplex (30 canais)

linha 0

1277

1

0

linha 1

linha 127

Fig. 4.32 - Módulo Interface de 128 linhas de assinante.

Geralmente as interfaces terminais possuem multiplexadores, os quais unem as várias

linhas em uma única linha multiplexada no tempo. Quando a interface é de assinante,

geralmente é utilizada a concentração de tráfego pois somente uma pequena parcela

dos assinantes utilizam simultaneamente o telefone. Neste caso é comum utilizar-se

uma concentração de 128 linhas de assinante para 30 canais PCM. Nas linhas tronco

a multiplexação é feita sem concentração de tráfego. Todas as interfaces terminais

geralmente podem realizar a comutação temporal durante a multiplexação.

O uso dessa multiplexação/comutação também torna possível a utilização de estágios

de linha remotos (ELR), os quais podem ficar o mais próximo possível do centro de fios

V. 2004 49

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do grupo de assinantes a que ele atende. A interligação dos ELR com a central de

comutação digital é feita através de um sistema de transmissão digital, resultando

assim em uma grande redução de custo da rede de assinantes.

I L A

I L A

I L A

I L A

ESTÁGIO DE

LINHA REMOTO CENTRAL DE

COMUTAÇÃO DIGITAL

REDE DE COMUTAÇÃO

DIGITAL

Fig. 4.33 - Uso de estágios de linha remota.

Nos entroncamentos com Sistemas de Transmissão Digital, as funções da interface de

linha são as mesmas de um equipamento terminal de linha (alinhamento de quadro,

recuperação de relógio, extração do sincronismo da linha). Além dessas funções, a

interface de linha faz a multiplexação digital dos diversos canais PCM, de forma a

adaptar o número de canais da linha tronco digital para a linha multiplex interna da

central, a qual é denominada de HIGHWAY. As HIGHWAY’s são também utilizadas

para interconectar os diversos módulos da central (Rede, Interfaces, Serviços e

Controle).

A implementação das funções das interfaces é geralmente o fator determinante no

custo final de uma central, uma vez que, em centrais públicas locais e CPCT’s, as

interfaces de linha correspondem à maior parte do custo, pois existe uma interface

para cada assinante e para cada tronco.

As interfaces para CPA-T são padronizadas tendo a seguinte classificação:

• Interface Z - interface analógica a 2 fios para conexão de linha

analógica de assinante à central, tendo todas as funções do circuito

de assinante convencional. A faixa de freqüência do sinal transmitido

é de 300 Hz a 3400 Hz. Na inteface Z podem ser conectados:

V. 2004 50

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equipamentos terminais telefônicos decádicos e multifrequencias,

telefones públicos e semipúblicos, equipamentos CPCT, outros

equipamentos que operem na faixa de 300 Hz a 3400 Hz.

• Interface V3 - interface para entroncamento digital a 4 fios de

CPCTs, taxa de transmissão de 2048 kbps, tem a função de

inserção e extração de sinalização, conversão de código, indicação

de alarmes e defeitos, sincronismo e supervisão.

• Interface C22 - interface analógica para troncos a dois fios, tem as

funções do circuito tronco convencional podendo ser conectada a

uma interface Z de outra central. Esta interfaze é acrescida das

funções de conversão A/D e D/A, inserção de sinalização, e

conversão de 2 para 4 fios.

• Interface U - Interface digital a 2 fios para conexão de linhas digitais

de acesso básico (RDSI)

• Interface A - Interface digital a 4 fios para a conexão entre centrais,

taxa de transmissão de 2048 kbps, tem a função de inserção e

extração de sinalização, conversão de código, indicação de alarmes

e defeitos, sincronismo e supervisão

O Distribuidor Intermediário Digital (DID) conecta saídas digitais do equipamento com

as entradas digitais de outro equipamento. O Distribuidor Geral (DG) conecta as

saídas analógicas do equipamento com as entradas analógicas de outro equipamento.

4.114.11 Circuitos Auxiliares

Os circuitos de serviço são equipamentos de uso comum ou compartilhados por

diversos circuitos de comunicação. Exemplos destes circuitos são:

• Gerador e Receptor de Tom.

• Transmissor e Receptor de Sinalização.

• Gerador de Corrente de Toque.

V. 2004 51

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• Gravador de Mensagens.

• Circuitos de Conferência.

• Atenuador de Sinal.

• Supressor de Eco.

Nos sistemas de comutação analógica, os circuitos de serviço são geralmente

implementados em hardware e são fisicamente conectados e desconectados às linhas

e aos troncos para realizar as suas funções. Nos sistemas de comutação digital, estes

circuitos podem ser implementados em hardware ou software (memória), sendo que

para a maioria dos casos, o software é mais utilizado.

Gerador de Tom.

A geração digital de tom é feita através do armazenamento de tons digitalizados em

memória ROM. Quando o conteúdo da memória é lido e enviado através de um

conversor D/A, o tom desejado é obtido.

Para reproduzir com exatidão um tom, muitas vezes é necessário armazenar apenas

um período desse sinal, fazendo a sua amostragem a cada 125µs e convertendo as

amostras para o PCM conforme a lei A (ou µ).

As grandes vantagens da geração de tom digital são: a simplicidade, o fato de não

necessitar de casamento de impedância e amplificação, e a excelente estabilidade em

freqüência.

Quando o tom precisa ser interrompido, basta intercalar a leitura da memória ROM

com períodos de silêncio de acordo com a cadência desejada.

Exemplos:

O tom de 425 Hz pode ser gerado a partir de 19 amostras do sinal, resultando em um

sinal estável de 421,05 Hz.

O sinal de 1000 Hz pode ser gerado a partir de 8 amostras, resultando em um sinal de

1000,00 Hz

V. 2004 52

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Receptor de Tom.

Em uma central digital, é desejável que todos os sinais de entrada possam ser tratados

uniformemente, passando-os por um conversor A/D e concentrando-os através da

rede de comutação. Para evitar uma conversão D/A no receptor, é necessário que o

sinal seja interpretado na forma digital.

A complexidade da detecção digital se deve principalmente à tolerância em freqüência,

ao nível do sinal recebido, e às várias distorções que o sinal recebido sofreu.

Em telefonia, a variedade de tons utilizados é muito grande, existindo tons simples e

tons compostos como o DTMF e MFC. São diversas as abordagens utilizadas, sendo

que as mais bem sucedidas são a filtragem digital e a transformada discreta de Fourier

(DFT ou FFT).

Na filtragem digital, as amostras PCM são linearizadas (expandidas para 13 bits) e

depois transmitidas através de uma série de filtros passa banda digital de modo que a

presença dos diversos tons pode ser detectada. Este método exige muita memória e

algoritmos complexos.

No uso da DFT, as várias freqüências contidas em um sinal são detectadas

simultaneamente. Alguns cuidados devem ser tomados devido a duração do sinal,

uma vez que a DFT é realizada sobre janelas de tempo do sinal. A existência do sinal

de voz e de sinalização multifrequencial também deve ser levada em conta no projeto

dos detetores.

Conferência Digital.

Um dos método utilizado para realizar a conferência digital é a transmissão da amostra

de maior amplitude em cada quadro, bloqueando-se as outras amostras de voz dos

conferencistas. A base deste método é que, durante a conversação, a probabilidade

de existir potência em qualquer canal é muito baixa, de modo que a amostra que

possui o maior valor é provavelmente a do interlocutor ativo. O efeito deste método

sobre a conversação é um conferência do tipo chaveada, apresentando um efeito

semelhante ao que ocorre em supressores de eco e alguns telefones viva voz.

V. 2004 53

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Outro método utilizado envolve a soma dos diversos sinais. Neste caso, os sinais

PCM são expandidos para amostras lineares de 13 bits que depois são somadas,

comprimidas e transmitidas para os conferencistas. Após a soma, a amostra do

próprio conferencista é subtraída da soma. No caso de um grande número de

conferencistas pode ser necessário atenuar o sinal resultante antes da soma para

evitar a saturação.

Um método que combina os dois anteriores também é utilizado. Neste caso, as duas

amostras mais fortes são somadas e as demais atenuadas, evitando-se com isso o

chaveamento brusco da voz dos conferencistas.

Gravação Digital de M ensagens

O uso de mensagens gravadas para informar o assinante está se tornando cada vez

mais comum na rede telefônica. Estas mensagens podem ser gravadas em segmentos

ou inteiras, sendo muito comum o uso dos segmentos (palavras, expressões, etc.). A

leitura da mensagem é feita sob controle de um processador, de forma que diferentes

mensagens podem ser criadas a partir dos segmentos gravados.

Os requisitos de memória podem ser reduzidos se as amostras da voz forem

armazenadas em ADPCM de 4 bits ou em Modulação Delta. Nestes casos, a voz é

transcodificada de PCM para ADPCM (ou Modulação Delta) na gravação, e vice-versa

na reprodução.

Uma grande vantagem da gravação digital de mensagem é que esta pode ser aplicada

a outros fins com por exemplo correio de voz, telefonista digital, etc.

Atenuação Digital

Uma rede com transmissão digital e comutação digital não introduz degradação e nem

atenuação no sinal transmitido. Em virtude disto as hibridas nos extremos de uma

conexão digital, podem produzir eco e reverberação mesmo em ligações locais. Além

disso, no sistema telefônico os níveis dos sinais são fortemente controlados entre os

estágios finais de comutação. Para atender as especificações de atenuação do sinal e

evitar o eco e reverberação em ligações locais, utiliza-se atenuadores digitais, os quais

V. 2004 54

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são baseados na modificação do valor PCM da amostra, através de tabelas gravadas

em ROM. Como os atenuadores digitais alteram o seqüência de bits, eles não podem

ser utilizados em circuitos de comunicação de dados.

4.124.12 Circuitos de Controle.

Todos os sistemas de controle, nas centrais digitais são por programa armazenada (CPA) sendo utilizadas três variações de arquitetura de controle:

• Controle centralizado.

• Controle Compartilhado.

• Controle Distribuído.

No controle centralizado, um ou vários processadores realizam todas as tarefas de

controle sincronamente. As tarefas são escalonadas em diferentes ordens:

temporizadas, cíclicas ou híbridas. Em sistemas maiores, é utilizada a redundância do

controle através da sua duplicação ou triplicação.

No controle compartilhado, múltiplos processadores compartilham a carga total do

sistema, no entanto, no caso de falha de um processador os outros podem assumir a

carga deste.

No controle distribuído, cada processador realiza uma tarefa específica de uma

função ou então realiza as funções de um bloco ou parte da central. Neste caso,

geralmente existe um processador que gerência a distribuição das tarefas. A grande

vantagem deste tipo de controle é que ele possibilita um crescimento modular do

sistema.

4.134.13 Normas aplicáveis

• SPT 210-110-722 - Interface de Transmissão da Rede Digital Integrada (RDI) de Telefonia.

• SPT 210-110-720 - Especificação para o número de conversões Analógico-Digitais

permissível na Rede Nacional de Telecomunicações.

V. 2004 55

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• SPT 210-110-001 - Manual de Sincronismo.

• SPT 210-110-728 - Plano de Sincronismo para a Rede Digital Integrada (RDI).

• SPT 210-110-715 - Especificações de distorções em sistemas telefônicos.

• SPT 220-250-723 - CPA-T: Definições, premissas adotadas e requisitos mínimos.

• SPT 220-250-701 - CPA-T: Requisitos mínimos de interfaces com equipamentos terminais.

• SPT 220-250-704 - CPA-T: Requisitos mínimos de categorias e discriminação de terminais

telefônicos de de junções.

• SPT 220-250-706 - CPA-T:Requisitos mínimos de características de transmissão.

• SPT 220-250-707 - CPA-T:Requisitos mínimos de interfaces de transmissão, características

elétricas e físicas.

• SPT 220-250-708 - CPA-T:Requisitos mínimos de sincronismo.

• SPT 220-250-709 - CPA-T:Requisitos mínimos de encaminhamento.

• SPT 220-250-711 - CPA-T:Requisitos mínimos de tarifação.

• SPT 220-250-711 - CPA-T:Requisitos mínimos de sinalização de canal comum.

• SPT 220-250-711 - CPA-T:Requisitos mínimos de supervisão de tempo.

• SPT 220-250-724 - Especificação geral - central CPA-T de pequeno porte.

• SPT 225-100-706 - Especificações gerais de equipamentos multiplex MCP - 2048 kbps

(MCP-30B)

• NBR 13083 - Centrais privadas de comutação telefônica (CPCT) tipo PABX-CPA

• NORMA MC3/94 - Norma para certificação de centrais privadas de comutação telefônica.

• CCITT (séries G.7XX)

4.144.14 Circuitos integrados co merciais

para telefonia digital

A seguir elaboramos uma lista resumida de alguns circuitos integrados disponíveis

para uso em projetos de telefonia digital. A lista esta divida nos grupos: CODEC,

CODEC e Filtro, Filtro PCM, Matriz de comutação, Formador de quadro. Os itens da

lista são apresentados da seguinte forma:

• Códigos do componente ; nome do componente; Fabricante- Caracterísiticas principais

C O D E C

• TP5116A/TP5156A/TP3020/TP3021 ; Monolithic CODECs;

V. 2004 56

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

NATIONAL - CODEC atende ao CCITT G.711 e G712; realiza a conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito de auto zeramento e de amostragem e retenção; máximo sinal: 2.2 Vrms; alimentação: ±5 V; interface PCM serial PCM TRI-STATE com taxa variável de 64 kbps a 2048 kbps; lei de compansão A (5156, 3021) e µ (5116, 3020); realiza a multiplexação realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída, necessita de atribuição do time slot externo.

• M5116 /M5156 ; Monolithic CODECs; NATIONAL - COMPATÍVEL COM TP5116A/TP5156A

• 2910A/2911A ; PCM CODEC - µLaw (Alaw) 8 bit companded A/D ad D/A converter; INTEL - CODEC atende ao CCITT G.711 e G712; realiza a conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito amostragem e retenção; máximo sinal: 2.2 Vrms; alimentação: +12 V, ±5 V; lei de compansão A (2911A) e µ (2910A); realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída (PCM HIGHWAY) através da atribuição do time slot no chip.

FILT R O

• TP3040 ; PCM Monolithic Filter; NATIONAL - Possui filtro que atende o CCITT G.711 e G712; utiliza tecnologia de capacitor chaveado; máximo sinal: 2.2 Vrms; alimentação: ±5 V; ajuste do ganho em 20dB; estagio de transmissão possui filtro de entrada RC anti recobrimento na entrada, seguido de um filtro passa baixas eliptico de 5a ordem em série com filtro passa alta Chebyshev de 4a ordem , resultando em resposta plana na banda passante e rejeição de sinais abaixo de 200 Hz e acima de 3400 Hz (conforme mostra o anexo II); no estágio de recepção, usa filtro passa baixas eliptico de 5a ordem, realiza a equalização sin(x)/x (conforme mostra o anexo III).

• ETC5040/ETC5040A ; PCM Monolithic Filter; SGS-THOMSON - COMPATÍVEL COM TP3040

• 2912A ; PCM Transmit/Receive Filter; INTEL - COMPATÍVEL COM TP3040.

C O D E C E FILT R O

• TP3052/TP3053/TP3054/TP3057 ; Serial Interface CODEC/Filter COMBO; NATIONAL - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; interface PCM

V. 2004 57

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serial PCM TRI-STATE com taxa variável de 64 kbps a 2048 kbps; requer clock de 2.048 Mhz; máximo sinal: 2.2 Vrms; alimentação: ±5V; utiliza tecnologia de capacitor chaveado no filtro; conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito de auto zeramento; circuito amostragem e retenção; lei de compansão A (3057) e µ (3052/53/54); equalização sin(x)/x; banda passante do filtro de transmissão: 200 Hz a 3400 Hz; realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída, necessita de atribuição do time slot externo.

• ETC5054/ETC5057 ; Serial Interface CODEC/Filter; SGS-THOMSON - COMPATÍVEL COM TP3054/TP3057.

• TP3064/TP3067 ; Monolithic Serial Interface CMOS CODEC/Filter COMBO; NATIONAL - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; interface PCM TRI-STATE serial com taxa variável de 64 kbps a 2048 kbps; requer clock de 2.048 Mhz; máximo sinal: de saída ± 6.6 V sobre 600Ω; alimentação: ±5V; possui retorno analógico para teste; utiliza tecnologia de capacitor chaveado no filtro; conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito de auto zeramento; circuito amostragem e retenção; lei de compansão A (3067) e µ (3064); equalização sin(x)/x; banda passante do filtro de transmissão: 200 Hz a 3400 Hz; realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída, necessita de atribuição do time slot externo.

• ETC5064/ETC5067 ; Serial Interface CODEC/Filter with receive power amplifier; SGS-THOMSON - COMPATÍVEL COM TP3064/TP3067.

• TP3070/TP3071 ; COMBO II Programable PCM CODEC/Filter; NATIONAL - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; interface PCM TRI-STATE serial com taxa variável de 64 kbps a 4096 kbps; requer clock de 4.096 Mhz; alimentação: ±5V; atenuação por canal 25.4 dB (passo 0.2 dB); possui retorno analógico e digital para teste; cancelamento do retorno de hibrida; utiliza tecnologia de capacitor chaveado no filtro; conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito de auto zeramento; circuito amostragem e retenção; lei de compansão A ou µ; equalização sin(x)/x; banda passante do filtro de transmissão: 200 Hz a 3400 Hz; realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída fazendo a atribuição de time slot de 1 a 64 time slot por quadro.

• TS5070/TS5071 ; Programable CODEC/Filter COMBO 2nd

V. 2004 58

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Generation; SGS-THOMSON - COMPATÍVEL COM TP3070/TP3071.

• TP3051/TP3056 ; Parallel Interface CODEC/Filter COMBO; NATIONAL - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; alimentação: ±5V; possui retorno analógico e digital para teste; utiliza tecnologia de capacitor chaveado no filtro; conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito de auto zeramento; circuito amostragem e retenção; lei de compansão A (3056) e µ (3051); equalização sin(x)/x; requer clock de 1.024 Mhz; banda passante do filtro de transmissão: 200 Hz a 3400 Hz; as palavras PCM estão disponíveis em um barramento de dados de 8 bits, para uso em controladores de linha digital (DLIC).

• ETC5056 ; Parallel data interface CODEC/Filter; SGS-THOMSON - COMPATÍVEL COM TP3056.

• 2913/2914; Combinet single PCM CODEC and Filter; INTEL - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; Realiza a conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito amostragem e retenção; máximo sinal: 2.2 Vrms; alimentação: +12 V, ±5 V; possui retorno analógico para teste; insere sinalização (2914); taxa variável de 64 kbps a 2048 kbps; lei de compansão A ou µ selecionável por pino; realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída (PCM HIGHWAY) através da atribuição do time slot no chip.

• M5917 ; Single Chip PCM CODEC and Filter; SGS-THOMSON - VERSÃO COM CARACTERÍSTICAS LIMITADAS DO 2913.

• MT8960/61/62/63/64/65/66/67; Integrated PCM Filter/CODEC; MITEL - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; Realiza a conversão A/D por sucessivas aproximações; circuito amostragem e retenção; circuito de auto zeramento; ajuste programável do ganho dos filtros; máximo sinal: 5 Vpp; alimentação: ±5 V; possui retorno analógico e digital para teste; requer clock de 2048 Mhz; taxa de 2048 kbps; lei de compansão A (8961/63/65/67) e µ (8960/62/64/66); realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída, necessita de atribuição do time slot externo.

• PEB2060 ; Signal Processing CODEC Filter (SICOFI) - SIEMENS - Possui o CODEC e Filtro que atendem ao CCITT G.711 e G712; Realiza a conversão A/D por modulação

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

sigma-delta em 128 kHz com interpolação, decimação e filtragem digital PCM; filtragem realizada por processamento digital de sinal; alimentação: ±5 V; ajuste programável do ganho dos filtros; possui dois retornos analógicos e três digitais para teste; geração de sinal senoidal (0.. 4 kHz) no chip; taxa variável até 8 Mbps; lei de compansão A ou µ programável; realiza a multiplexação TDM diretamente no barramento de saída (PCM HIGHWAY) através da atribuição do time slot no chip; circuito hibrida de 4 para 2 fios;

M A T RI Z D E C O M U T A Ç Ã O

• M044/M3444 ; 128 x 128 Digital switching Matrix; SGS-THOMSON -Comuta sem bloqueio 128 canais digitais de entrada e saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps; escrita e leitura de palavras PCM nos canais pelo microprocessador; alimentação: +5 V;

• M088/M3488 ; 256 x 256 Digital switching Matrix; SGS-THOMSON -Comuta sem bloqueio 256 canais digitais de entrada e saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps; escrita e leitura de palavras PCM nos canais PCM pelo microprocessador; alimentação: +5 V;

• MT8980D ; Digital Switch; MITEL - Comuta sem bloqueio 256 canais digitais de entrada e saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps; escrita e leitura de palavras PCM nos canais PCM pelo microprocessador; alimentação: +5 V;

• MT8981D ; Digital Switch; MITEL - Comuta sem bloqueio 128 canais digitais de entrada e saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps; escrita e leitura de palavras PCM nos canais PCM pelo microprocessador; alimentação: +5 V;

• MT8985 ; Enhanced Digital Switch; MITEL - Comuta sem bloqueio 256 canais digitais de entrada e saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps; escrita e leitura de palavras PCM nos canais PCM pelo microprocessador; alimentação: +5 V; largura do canal de comutação programavel N x 64 kbps; pino compativel com MT8980D;

• MT8986 ; Multiple Rate Digital Switch; MITEL - Comuta 512 canais de entrada para 256 canais de saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador simples ou

V. 2004 60

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

multiplexada; taxa de transmissão 2 Mbps, 4 Mbps ou 8 Mbps; escrita e leitura de palavras PCM nos canais PCM pelo microprocessador; alimentação: +5 V; largura do canal de comutação programavel 32 kbps ou N x 64 kbps;

• PEB2045/PEF2045 ; Memory Time Switch CMOS (MTSC); SIEMENS - Comuta 512 canais de entrada para 256 canais de saída; possui modo de comutação espacial; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps, 4 Mbps ou 8 Mbps; alimentação: +5 V;

• PEB2046/PEF2046 ; Memory Time Switch Small (MTSS); SIEMENS - Comuta sem bloqueio 256 canais de entrada para 256 canais de saída; interface paralela de 8 bits para microprocessador; taxa de transmissão 2 Mbps; alimentação: +5 V;

F O R M A D O R D E Q U A D R O PC M 30

• MH89780 ; CEPT PCM 30 Framer & Interface; MITEL - interface bidirecional 2048 kbps; atende a recomendação CCITT G.732; alimentação: +5 V; memória elastica de 2 quadros absorve o jitter da linha; extrai o sinal de sincronismo de 2048kHz e 8kHz da linha; insere as palavras de alinhamento de quadro e multiquadro; insere e detecta a sinalização; possui memória de sinalização; codificação e decodificação ADI (inversão dos bits pares); atenuação digital programável para cada canal; retorno para teste por canal; codificação e decodificação AMI e HDB3; time slot 16 pode ser programado para sinalização de canal comum; permite controlar os SLIPs pela duplicação e perda de quadro; detecção de alarme de quadro e multiquadro; driver e receptor de linha;

• MH89790 ; CEPT PCM 30/CRC-4 Framer & Interface; MITEL - interface bidirecional 2048 kbps; atende a recomendação CCITT G.704 e I.431; alimentação: +5 V; memória elastica de 2 quadros absorve o jitter da linha; extrai o sinal de sincronismo de 2048kHz e 8kHz da linha; insere as palavras de alinhamento de quadro e multiquadro; insere e detecta a sinalização; possui memória de sinalização; codificação e decodificação ADI (inversão dos bits pares); atenuação digital programável para cada canal; retorno para teste por canal; codificação e decodificação AMI e HDB3; time slot 16 pode ser programado para sinalização de canal comum; permite controlar os SLIPs pela duplicação e perda de quadro; detecção de alarme de quadro e multiquadro; driver e receptor de linha; possui verificação de erro por

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

CRC-4.

• EF7333 ; CEPT PCM Trunk Controller; SGS-THOMSON - interface bidirecional 2048 kbps; atende a recomendação CCITT G732; alimentação: +5 V; sincroniza a interface PCM com o relógio da central local; absorve o jitter da linha; detecção de erros e geração de alarme; extração de alarme remoto; controla os SLIPs pela duplicação e perda de quadro; codificação e decodificação AMI e HBB3; insere as palavras de alinhamentode quadro e multiquadro;

• PEB2035 ; Advanced CMOS Frame Alinger (ACFA); SIEMENS - interface bidirecional 2048 kbps e 1544 kbps; atende a recomendação CCITT G.732, G.733, G.703, G.704; alimentação: +5 V; memória elastica de 2 quadros absorve o jitter da linha; extrai o sinal de sincronismo de 2048kHz e 1544kHz; insere as palavras de alinhamento de quadro e multiquadro; faz verificação de erro CRC-4, CRC-6; codificação e decodificação ADI (inversão dos bits pares); codificação e decodificação B8ZS, SCS, AMI e HDB3; time slot 16 pode ser programado para sinalização de canal comum; sinalização no byte (PCM24); controla os SLIPs pela duplicação e perda de quadro; detecção e inserção de alarme e sinalizações;

I NT E R F A C E D E LI N H A D E A SSI N A N T E ­ SLIC

• L3000 com L3030/L3090/L3091 ; Subscriber Line Interface Circuit Kit; SGS-THOMSON - uso em interfaces de assinante e troncos; resistencia de alimentação e limitação de corrente da linha programável; alimentação com polaridade direta e inversa (L3030); deteção de fone fora do gancho; interface digital paralela e serial; conexão de corrente de toque;

• TP3200/TP3201/TP3204 ; Magnetic Compensation SLICs; NATIONAL - uso em interfaces de assinante e troncos; deteção de fone fora do gancho; retransmite os pulsos de discagem;

• MH88510 ; Subscriber Line Interface Circuit; MITEL - uso em interfaces de assinante e troncos; alimentação de corrente de linha constante; deteção de fone fora do gancho; retransmite os pulsos de discagem; acionamento para relé de corrente de toque; proteção contra sobretensão e curtocircuito;

• MH88610/MH88612 ; Subscriber Line Interface Circuit; MITEL - uso em interfaces de assinante e troncos;

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

alimentação de corrente de linha constante; deteção de fone fora do gancho; retransmite os pulsos de discagem; proteção contra sobretensão e curtocircuito; circuito hibrida de 4 para 2 fios;

O U T R OS CIRC UIT OS

• MH88524 ; Dual 2-4 Wire Circuit; MITEL - duplo circuito hibrida de 4 para 2 fios;

• TP3155 ; Time Slot Assignment Circuit; NATIONAL - gera pulsos de sincronismo para até 8 COMBO CODEC/Filter (TP3020/TP3021/2910/2911); Atribui independentemente aos 32 time slot; controlado através de interface serial de 8 bits; alimentação: +5 V;

• MH89791 ; CEPT PCM 30 Transmit Equalizer; MITEL - Equalizador de linha para par trançado; pino programável para diferentes distância.

• EF7321 ; PCM Line Transceiver; SGS-THOMSON - alimentação: +5 V; extrai o clock transmitido do tronco PCM; Amplificador de entrada e saída; retransmite os sinais bipolares recebidos; calibra os pulsos transmitidos em termos de duração e amplitude.

• M116 ; PCM Conference Call and Attenuation/Noise Suppression Circuit; SGS-THOMSON - alimentação: +5 V;taxas de bits até 2 Mbps; compatível com lei A e µ (seleção por pino); conferencia máxima de 32 canais (1 x 32 até 10 x 3); atenuação e supressão de ruído programável em todos os canais; entrada e saída única de 2 Mbps.

• MT9125 ; Dual ADPCM Transcoder; MITEL - transcodificador de dois canais full duplex; codificação ADPCM 32 kbps e 24 kbps; lei de compansão A e µ (selecionável por pino);

Bibliografia

[1] ALCATEL: Central Trópico RA; apostila,1999.

[2] SANTOS, C.C.:Trópico RA: uma plataforma multiaplicação de arquitetura aberta e modular, CPqD, 1997.

[3] FERRARI, A.M.: Telecomunicações: evolução e revolução, Erica, 1991.

[4] KEISER, B.E. & STRANGE, E: Digital Telephony and Network Integration, Van Nostrand Reinhold, New York, 1985.

V. 2004 63

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C UR SO DE TELEFO NI A D I GI TAL C EFET­ S C

[5] Datasheet da MITEL

[6] Datasheet da SGS – THOMSON

[7] Datasheet da NATIONAL Semiconductors

[8] Datasheet da SIEMENS

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