tecnológicos lego

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437 No dia a dia você está acostumado a utilizar diversas ferramentas, cada uma delas com diferentes tecnologias. O simples gesto de passar manteiga no pão, de fechar o zíper de uma bolsa, de abrir a porta de casa ou de um veículo só é possível graças ao desenvolvimento de tecnologias que a humanidade faz ao longo de sua existência. Para desenvolver novas tecnologias, é preciso compreender alguns conceitos tecnológicos. Nas próximas páginas, você conhecerá alguns que são básicos, pois são encontrados em inumeráveis equipamentos, mesmo os mais modernos. Por isso, são tão importantes. Entendendo como eles funcionam, você será capaz de aplicá- los e encontrar soluções criativas em seus projetos, além de explorar o máximo o kit educacional LEGO®! Os conceitos apresentados serão: Alavancas Rodas e Eixos Polias e Roldanas Plano Inclinado Engrenagens Caixa de Redução Estruturas Com eles, você e sua equipe serão capazes de resolver todos os desafios com criatividade e poderão explorar ao máximo os kits LEGO®! INTRODUÇÃO CONCEITOS TECNOLÓGICOS E O COTIDIANO equipe serão capazes o máximo os kits LEGO®! ou ue a itos cos, pois os. Por isso, de aplicá- áximo o kit

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Conceitos introdutórios máquinas simples com Lego

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  • 437

    No dia a dia voc est acostumado a utilizar diversas ferramentas,

    cada uma delas com diferentes tecnologias. O simples gesto de passar

    manteiga no po, de fechar o zper de uma bolsa, de abrir a porta de casa ou

    de um veculo s possvel graas ao desenvolvimento de tecnologias que a

    humanidade faz ao longo de sua existncia.

    Para desenvolver novas tecnologias, preciso compreender alguns conceitos

    tecnolgicos. Nas prximas pginas, voc conhecer alguns que so bsicos, pois

    so encontrados em inumerveis equipamentos, mesmo os mais modernos. Por isso,

    so to importantes. Entendendo como eles funcionam, voc ser capaz de aplic-

    los e encontrar solues criativas em seus projetos, alm de explorar o mximo o kit

    educacional LEGO!

    Os conceitos apresentados sero:

    Alavancas

    Rodas e Eixos

    Polias e Roldanas

    Plano Inclinado

    Engrenagens

    Caixa de Reduo

    Estruturas

    Com eles, voc e sua equipe sero capazes de resolver todos os desa"os com criatividade e

    podero explorar ao mximo os kits LEGO!

    INTRODUOCONCEITOS TECNOLGICOS E O COTIDIANO

    equipe sero capazes

    o mximo os kits LEGO!

    ou

    ue a

    itos

    cos, pois

    os. Por isso,

    de aplic-

    ximo o kit

  • 438

    A alavanca um dos conceitos tecnolgicos mais aplicados, por ser o mais simples. Ela nada mais do que uma barra rgida apoiada, na qual aplicada uma fora. Esta, por sua vez, multiplicada conforme a distncia entre a fora aplicada, o apoio e a carga.

    Conforme a posio desses elementos, as alavancas so classicadas em interpotente, inter-resistente ou interxa.

    aquela em que o ponto de apoio est entre a fora e a carga. O exemplo mais comum a gangorra.

    ALAVANCAS

    FORA

    CARGA PONTO DE APOIO

    ALAVANCA INTERFIXA

  • 439

    ALAVANCA INTERPOTENTE

    Quando a carga est entre o ponto de apoio e a fora, temos uma alavanca inter-resistente. Um exemplo o carrinho de mo.

    No caso da fora estar entre a carga e o ponto de apoio, a alavanca chamada de interpotente. o que acontece na vara de pescar.

    ALAVANCA INTER-RESISTENTE

    FORA

    CARGA

    PONTO DE APOIO

    PONTO DE APOIO

    CARGA

    FORA

  • 440

    Rodas so objetos circulares que facilitam o transporte de cargas. Eixos so objetos cilndricos, em geral de dimetro menor que o da roda, que unem rodas. Por isso, ambos sempre giram na mesma velocidade e direo.

    Se voc tentar empurrar uma grande caixa, perceber que o esforo usado muito grande. Mas, se colocar objetos cilndricos debaixo dela, como troncos de rvore ou cabos de vassoura, a rea de atrito vai diminuir, e o esfora necessrio para mov-la ser muito menor.

    RODAS E EIXOS

    O mesmo acontece com um veculo que usa rodas: bem mais fcil ele se deslocar dessa forma.

    Quanto mais eixos forem adicionados ao conjunto, mais facilmente ser de levar cargas, pois a massa delas ser distribuda de forma uniforme. possvel observar isso em caminhes sem as cargas, nos quais os eixos esto levantados .

    Outra caracterstica de rodas e eixos transformar o movimento circular da roda em movimento linear, quando em contato com uma superfcie plana.

  • 441

    Rodas e eixos podem ser dependentes ou

    independentes.

    Dependentes: quando as rodas esto conectadas no mesmo eixo. Nesse caso, elas se movimentam obrigatoriamente com velocidade e sentidos iguais. Ento, h maior

    diculdade na hora em que

    precisam fazer curvas.

    Independentes: quando cada roda tem seu prprio eixo. Nesse caso, cada uma pode

    se movimentar em uma velocidade diferente e, se necessrio, sentidos diferentes.

    Ento, a mobilidade do veculo aumentada e fazer curvas torna-se mais fcil.

    xo. Nesse caso, cada uma pode

    cessrio, sentidos diferentes.

    urvas torna-se mais fcil.

    iguais. Ento, h maior

    e na hora em que

    azer curvas.

  • 442

    Polias e roldanas so basicamente uma roda com um canal, no qual encaixada uma correia

    a m de transmitir movimento. Veja a diferena

    entre elas.

    Polias: a correia no tem contato direto com a

    carga a ser movimentada;

    Roldanas: facilitam e diminuem o esforo

    exercido para deslocar uma carga e a correia

    tem contato direto com a carga.

    POLIAS E ROLDANAS

    Quando duas polias so conectadas

    por uma correia, a que recebe o

    movimento inicial chamada de polia

    de entrada, e a que movida a partir

    desse movimento chamada de polia

    de sada.

    EXEMPLO DE POLIAS

    EXEMPLO DE

    ROLDANAS

    POLIA DE ENTRADA

    oda

    correia

    erena

    om a

    o

    reia

    EXEMPLO DE POLIAS

    POPOLIA DE ENTRADA

    POLIA DE SADA

  • 443

    Ao usar polias de tamanhos diferentes, a relao

    de velocidade se altera. Por exemplo, ao colocar

    duas polias como na gura a seguir, e movimentar

    o conjunto, possvel perceber que a polia de sada

    tem a velocidade aumentada.

    A primeira polia tem dimetro X. Ao dar uma volta completa, movimenta

    a outra, que tem dimetro X/2 assim, esta d duas voltas. Nesse caso,

    a velocidade da polia de sada duas vezes maior que a de entrada.

    Consequentemente, a fora aplicada na polia motora divida por dois na

    polia de sada. Em um conjunto de polias assim, a relao de 1:2 (um para

    dois): uma volta da motora para duas da de sada.

    Se a motora fosse a menor, a relao se inverteria ela seria de 2:1 (dois para

    um): duas voltas da motora para uma da de sada.

    RELAO DE 1:2 RELAO DE 2:1

    POLIA DE ENTRADA POLIA DE ENTRADA

  • 444

    Se for necessrio mudar o sentido do movimento entre duas polias, basta usar a correia cruzada, como na imagem ao lado.

    o movimento a

    CORREIA CRUZADA

    Ao utilizar roldanas, o principal objetivo reduzir o esforo que ser feito principalmente para elevar uma carga. Elas podem ser:

    - Fixas: quando o eixo da roldana #ca #xo em um suporte. Neste caso, para haver equilbrio, a fora exercida deve ser igual a da carga.

    - Mveis: quando o eixo da roldana se desloca conforme a fora exercida. Elas veem associadas a uma #xa. A vantagem que, para haver equilbrio nesse sistema, a fora exercida deve ser metade da fora exercida pela carga.

    EXEMPLO DE

    ROLDANA FIXA

    EXEMPLO DE

    ROLDANA MVEL

  • 445

    PLANO INCLINADO

    Um plano inclinado uma superfcie inclinada em

    que uma das extremidades ca mais elevada que a

    outra, como, por exemplo, em uma rampa.

    Utilizamos a rampa para levar um objeto a determinada

    altura, porm com um esforo muito menor do que o necessrio

    caso ele fosse erguido verticalmente apenas.

    MAIOR ESFORO

    MENOR ESFORO

  • 446

    Elas so rodas com dentes, que se encaixam si com o objetivo de transmitir movimento e fora entre si com grande ecincia. Elas so comuns em

    mquinas de mdio e de grande porte.

    Quando duas engrenagens so conectadas,

    e uma delas movimentada, seja

    manualmente ou com um motor, ela

    passa a se chamar engrenagem

    motora ou de entrada. Aquela

    que movida recebe o nome de

    engrenagem de sada.

    ENGRENAGENS

    porte.

    nectadas,

    ela

    ENGRENAGEM DE ENTRADAENGRENAGEM DE SADA

    Quando engrenagens de tamanhos diferentes so conectadas, a relao de

    velocidade se altera. Veja a gura a seguir. Quando duas engrenagens so encaixadas

    dessa forma, ao movimentar o conjunto, voc vai perceber que a engrenagem de

    sada tem a velocidade aumentada.

    A primeira engrenagem tem 40 dentes. Ao dar uma volta completa, ela

    impulsiona a outra, que d cinco voltas. Assim, a velocidade da engrenagem

    de sada cinco vezes maior que a de entrada. Consequentemente, a fora

    aplicada na engrenagem motora dividida por cinco na engrenagem de sada.

  • 447

    Em um caso assim, dito que a relao de 1:5 (um

    para cinco), ou seja: uma volta da motora para cinco da

    de sada. Se a montagem for invertida, e a motora for

    menor, a relao tambm se inverte. Ela passa a ser de

    5:1 (cinco para um): cinco voltas da motora para uma

    da de sada.

    ENGRENAGEM MOTORAENGRENAGEM MOTORA

    RELAO DE 5:1RELAO DE 1:5

    Em um conjunto de engrenagens, preciso observar o sentido

    do movimento. Em um par de engrenagens, o movimento da

    engrenagem de sada contrrio ao movimento da de entrada.

  • 448

    Quando o conjunto tem trs engrenagens, ocorre mais

    uma inverso de sentido. Assim, a engrenagem de

    sada (a terceira) tem o mesmo sentido de movimento da primeira.

    Dica importante: Em um conjunto com nmero par de engrenagens, o sentido

    do movimento da ltima ser sempre o contrrio do sentido da primeira. Em um

    conjunto com nmero mpar de engrenagens, o sentido do movimento da ltima

    ser igual ao da primeira.

    Existe um tipo de

    engrenagem que altera

    tambm a direo do

    movimento em relao

    ao eixo em 90. Ele

    usado no volante de

    carros e em alguns tipos

    de mquina para facilitar

    a colocao de motores.

    s

    r de engrenagens, o sentido

    o sentido da primeira. Em um

    ntido do movimento da ltima

  • 449

    Alm das diferenas entre as engrenagens, existe outro

    elemento que trabalha em conjunto com elas: a rosca-

    sem-m.

    Rosca-sem-m: quando uma rosca-sem-m

    associada a uma engrenagem, o sentido do eixo

    de sada do movimento desloca 90, assim como nas

    engrenagens cnicas, porm a relao de transmisso se

    altera de forma a reduzir a velocidade e multiplicar o esforo

    aplicado. A relao acontece da seguinte forma:

    Rosca-sem-m com uma engrenagem de

    40 dentes:

    uma da engrenagem.

    Rosca-sem-m com uma engrenagem de

    24 dentes:

    uma da engrenagem.

    Nmero de dentes da engrenagem por 1

  • 450

    ESTRUTURASUma estrutura qualquer construo na qual

    peas individuais so dispostas de maneira a

    formar um todo.

    ESTRUTURAS NO ARTICULADAS X ESTRUTURAS ARTICULADAS

    As articuladas so aquelas em que existe uma conexo que permite mover os elementos

    ligados por ela. As no articuladas, como o nome diz, so as estrutura que no tm

    qualquer articulao.

    Todas as estruturas esto sob a in"uncia de foras externas, como o vento ou a chuva

    no telhado de uma casa ou o peso de caminhes passando sobre uma ponte, e internas,

    como o peso da prpria estrutura ou o material com que foi construda.

    ESTRUTURA

    ARTICULADA

    ESTRUTURA NO

    ARTICULADA

    o na qual

    maneira a

    uncia de foras extternas, como o vento ou a chuva

    ADA

    As estruturas articuladas

    podem ser rgidas ou

    "exveis. Uma estrutura

    articulada rgida o

    tringulo, por exemplo.

    Apesar de ter pontos que permitam sua

    articulao, o tringulo no muda de forma

    quando se exerce presso sobre

    uma das

    faces.

    p

    s

    ura

    lo.

    arti

    qua

    um

    fac

  • 451

    Para tornar rgida uma estrutura

    retangular ou quadrada, basta

    adicionar outro elemento

    estrutura, de maneira que ela

    forme dois tringulos

    Mas, quando se faz presso sobre uma das faces

    do retngulo articulado, ele exiona e muda

    de forma. Se for exercida uma presso em

    sentido contrrio, ele volta forma inicial.

    ele exiona e muda

    a uma presso em

    lta forma inicial.