tecnologias assistivas e seus benefÍcios para acessibilidade e inclusÃo na educaÇÃo
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Trabalho do Curso de Pedagogia da UDESCTRANSCRIPT
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESCUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB
CURSO DE PEDAGOGIA Modalidade distncia
Disciplina Educao InclusivaProfessores Solange Cristina da Silva
Maria Cristina da Rosa Fonseca da SilvaTtulo Trabalho FinalAlunos Paulo Fernando Gelhardt (1033094957)
Daniele Bertolini do Nascimento (1033092164)Polo Itapema A
Etapa 1 Pesquisa por meio da internet sobre recursos de Tecnologia Assistiva
Sites pesquisados http://intervox.nce.ufrj.br/
http://www.assistiva.com.br/
http://proeja.com /
http://seer.ufrgs.br/
Etapa 2 Elaborao de um texto que discuta o tema Incluso e Acessibilidade, incluindo a pesquisa feita anteriormente
Segue adiante.
Paulo Fernando Gelhardt e Daniele Bertolini do Nascimento Pgina 1 de 15
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB
CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIA - UDESCCURSO DE PEDAGOGIA A DISTNCIA
PAULO FERNANDO GELHARDTDANIELE BERTOLINI DO NASCIMENTO
TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E SEUS BENEFCIOS PARA ACESSIBILIDADE E INCLUSO NA EDUCAO
ITAPEMA, SC2013
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INTRODUO
Foi com a Resoluo CNE/CEB no 2/2001, que Institui Diretrizes e normas
para a Educao Especial na Educao Bsica e, com o Parecer CNE/CEB no
17/2001, que apresentou texto prprio para a edio das Diretrizes Nacionais para
a Educao Especial na Educao Bsica, que a Educao Inclusiva tomou
impulso no Brasil. Mas, para que se efetive esta educao inclusiva, dois outros
aspectos relativos incluso devem ser observados: a acessibilidade e as
tecnologias assistivas.
O presente trabalho propem explicitar os conceitos de acessibilidade e das
tecnologias assistivas, e como estas ltimas podem beneficiar a acessibilidade e
incluso na educao.
Sero apresentados tambm exemplos de tecnologias assistivas e sua
utilizao para promoo da acessibilidade.
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ACESSIBILIDADE
A acessibilidade est intrinsecamente ligada incluso e, portanto, aos direitos humanos, uma vez que representa um caminho para a eliminao das condies de desigualdade social. Atualmente, conta com um conjuntode documentos oficiais que garantem sua efetivao. ( BOCK; BECHE; SILVA, 2012, p. 69)
Partindo deste conceito denota-se a necessidade da acessibilidade para a
efetivao da incluso na educao. De acordo com Sassaki (1997), para que uma
sociedade seja considerada acessvel, a mesma deve cumprir todos os seis
quesitos, sendo: arquitetnico, comunicacional, metodolgico, instrumental,
programtico e atitudinal.
A acessibilidade arquitetnica refere-se a ausncia de barreiras fsicas que
impeam o acesso.
J a acessibilidade comunicacional a possibilidade do indivduo de
comunicar-se, de forma escrita (incluindo Braile), de maneira direta (incluindo lngua
de sinais), atravs de computadores e de forma digital.
Quando no existem barreiras nos mtodos e tcnicas, sejam elas de
estudo, trabalho, de ao familiar ou social, pressupem-se a existncia de
acessibilidade metodolgica.
Na acessibilidade instrumental no devem existir barreiras para utilizao de
instrumentos, sejam eles da espcie que forem, para as atividades caseiras,
escolares, de trabalho, e outras.
As polticas e legislaes pblicas, as normas e regulamentos privados,
devem ser isentos de barreiras invisveis para a existncia da acessibilidade
programtica.
Por fim, e talvez a mais importante, a acessibilidade atitudinal a
inexistncia de estigmas, esteritipos, discriminaes e preconceitos.
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TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Tecnologia Assistiva TA um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e servios que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficincia e consequentemente promover vida independente e incluso. (BERSCH, 2008, p. 2)
A legislao brasileira, em setembro de 2006, instituiu o CAT(Comit de
Ajudas Tcnicas), atravs da portaria no 142 da Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidncia da Repblica, que objetivava entre outras, a apresentao
de propostas para a rea de tecnologia assistiva, tendo como foco propiciar s
pessoas com deficincia a acessibilidade em seus diversos quesitos.
Assim, conforme Bersch (2008, p.4) o CAT aprovou no final de 2007, o
conceito:Tecnologia Assistiva uma rea do conhecimento, de caracterstica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratgias, prticas e servios que objetivam promover a funcionalidade, relacionada atividade e participao, de pessoas com deficincia, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando suaautonomia, independncia, qualidade de vida e incluso social.(CORDE Comit de Ajudas Tcnicas ATA VII)
As tecnologias assistivas so classificadas em categorias, a saber:
Auxlios para a vida diria e vida prtica: So produtos e materiais que
possibilitam ao indivduo portador de deficincia a execuo das tarefas do dia a dia,
sejam elas em casa, no trabalho, na escola ou qualquer outro lugar, permitido a
independncia para se alimentar, vestir e efetuar as atividades necessrias. Para
exemplificar temos os talheres adaptados para pessoas com hipotonia nas mos,
suportes especiais para posicionamento de canudos em copos.
Comunicao Aumentativa e Alternativa (CAA): Tecnologias destinadas s
pessoas com dificuldade ou mesmo falta da fala ou escrita, de forma funcional. Entre
essas tecnologias pode-se citar as pranchas de comunicao que so construdas
com simbologia grfica (BLISS, PCS, etc.), palavras e letras escritas utilizadas pelos
usurios da CAA, para expressar suas vontades, sentimentos e opinies.
Recursos de acessibilidade ao computador: o conjunto de hardware e
software idealizado para facilitar o acesso aos computadores para que possa ser
utilizado por usurios com privaes sensoriais e motoras. Para exemplificar tem-se
os equipamentos de entrada os teclados modificados, os teclados virtuais, mouses
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especiais, softwares de reconhecimento de voz e, os equipamentos de sada como
de sntese de voz, os softwares leitores de texto (OCR), as impressoras braile, etc.
Sistemas de controle de ambiente: Possibilitam principalmente aos
indivduos com deficincia locomotora, ajustar aparelhos eletro-eletrnicos como a
luz, o som, televisores e ventiladores atravs de um controle remoto ou tablet,
permitindo tambm a abertura e fechamento de portas e janelas, receber e fazer
chamadas telefnicas, acionar sistemas de segurana, etc. O acionamento pode ser
efetuado de forma direta ou indireta (acionadores ligados ao corpo), sendo utilizado
em casa ou no trabalho.
Projetos arquitetnicos para acessibilidade: So projetos de edificao e
urbanismo feitos para garantir o acesso, funcionalidade e mobilidade, para todas as
pessoas, com ou sem condio fsica e sensorial. Criaes ou reformas de casas e
ambientes de trabalho, disponibilizando rampas e elevadores, banheiros e mveis
adaptados, visando a eliminao de barreiras fsicas ou ambientais.
rteses e prteses: As prteses so peas artificiais que substituem partes
ausentes do corpo e, as rteses, so colocadas junto a um segmento corpo,
garantindo sua funo. Auxiliam na mobilidade, na escrita e digitao, na correo
postural e no manejo de talheres, canetas, etc.
Adequao postural: Utilizao de recursos que garantam posturas
alinhadas, estveis e com boa distribuio do peso corporal. Cadeirantes
beneficiados da prescrio de sistemas especiais de assentos e encostos que levem
em considerao suas medidas, peso e flexibilidade ou alteraes
msculo-esquelticas existentes, so exemplo de usurios desta tecnologia.
Auxlio de mobilidade: So tecnologias que auxiliam o portador de
deficincia de locomoo. Como exemplo tem-se as bengalas, muletas, andadores,
carrinhos, cadeiras de rodas manuais ou eltricas, scooters, etc.
Auxlios para cegos ou para pessoas com viso subnormal: Visam a
independncia na realizao de tarefas como verificar as horas, usar calculadoras,
medir a temperatura corporal, cozinhar, identificar peas de vesturios, entre outras,
por portadores de deficincia visual. Como exemplo destas tecnologias pode-se
citar: auxlios pticos, lentes, lupas, os softwares leitores de tela e de texto,
impressoras braile, etc.
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Auxlios para pessoas com surdez ou com dficit auditivo: Equipamentos de
infravermelho, FM, aparelhos para surdez e telefones com teclado-teletipo (TTY) so
exemplos das tecnologias assistivas desta categoria.
Adaptaes em veculos: So exemplos de tecnologias desta categoria as
adaptaes e acessrios que permitem uma pessoa portadora de deficincia fsica
dirigir, facilitando o embarque e desembarque. Vagas preferenciais para portadores
de deficincia fsica tambm um exemplo desta categoria.
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CONCLUSO
As tecnologias assistivas propiciam ao portador de deficincia a eliminao
das barreiras a ele impostas, mediante a utilizao de equipamentos, servios,
materiais e legislao prpria.
Esta mesma eliminao de barreiras permite a incluso dos portadores de
deficincia no sistema de educao brasileiro, sendo as tecnologias assistivas de
fundamental importncia para o sucesso da educao inclusiva.
Assim, pode-se afirmar, que os benefcios das tecnologias assistivas,
facilitam a acessibilidade dos portadores de deficincia, atravs da eliminao de
barreiras para a execuo das tarefas dirias, incluindo-se a as tarefas
educacionais, permitindo desta forma a sua incluso na sociedade.
Por outro lado, as tecnologias assistivas pouco contribuem no na
acessibilidade atitudinal, pois ainda grande a existncia de discriminaes e
preconceitos aos portadores de deficincia em nossa sociedade.
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REFERNCIAS
ASSISTIVA. Tecnologia e Educao. Disponvel em: Acesso em 08 mar. 2013.
NCE/UFRJ. Projetos de acessibilidade para deficientes. Disponvel em: Acesso em 08 mar. 2013.
BERSCH, Rita. Introduo tecnologia assistiva. Porto Alegre, CEDI, 2008. Disponvel em Acesso em 08 mar. 2013.
HOGETOP, Luisa; SANTAROSA, Lucila Maria Costi. Tecnologias Assistivas: Viabilizando a acessibilidade ao potencial individual. Informtica na Educao: Teoria & Prtica, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 103-117, nov. 2002.
BOCK, Geisa Letcia Kempfer; BECHE, Rose Clr Estivalete; SILVA, Solange Cristina da. Educao inclusiva : Caderno Pedaggico. 1. ed. Florianpolis, DIOESC: UDESC/CEAD/UAB, 2012. 130 p.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Incluso: Construindo uma Sociedade para Todos. Rio de Janeiro: WVA Editora e Distribuidora Ltda, 1997.