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I TECNOLOGIA .,. Hormênio no mercado Pequena empresa se alia à indústria farmacêutica nacional para produzir medicamento contra o nanismo .A. final do próximo "no, o a mesma da Genosys e de outras pe- O mesmo caminho de sucesso pare- Brasil ingressará num clube quenas empresas que receberam finan- ce ser o destino de outras empresas do bastante seleto: o dos fabri- ciamento do Programa de Inovação Tec- PIPE, que contabiliza o investimento, cantes de hormônio de nológica em Pequenas Empresas (PIPE) em cinco anos, de R$ 25,6 milhões e crescimento por meio de da FAPESP. São novos produtos e pro- US$ 3,9 milhões. A importância não se técnicas de engenharia genética. As por- cessos que ganharam um incentivo fi- reveste apenas no valor econômico que tas de entrada desse clube serão abertas nanceiro importante para fazer pesqui- virá, mas também social, como no caso pela Hormogen Biotecnologia e pela Ge- sa dentro da empresa. do hormônio de crescimento, que po- nosys Biotecnologia, que desenvolveram Não faltam outros exemplos de ino- derá ter preços até 30% menores que o separadamente, em escala piloto, seus vações tecnológicas promissoras. A em- importado. primeiros lotes do hGH, sigla da expres- presa Komlux, de Campinas, já colo- são em inglês Human Growth Hormone. cou no mercado uma manta tecida com Quinto país - Prescrito sobretudo para O medicamento chegará ao mercado fibras ópticas, chamada de Blanket Lux, crianças com deficiência no cresci- graças a duas parcerias. A Hormogen para tratamento de icterícia em recém- mento, ou nanismo, no jargão da me- vendeu recentemente 75% das ações pa- nascidos. A Clorovale, de São José dos dicina - doença que atinge hoje em ra a brasileira Biolab-Sanus, uma das Campos, lançou recentemente brocas torno de 10 mil brasileiros -, o hGH maiores indústrias farmacêuticas do país, odontológicas com pontas de diamante tem sido empregado em uma faixa ca- que vai investir US$ 2 milhões a partir de sintético muito mais resistentes que as da vez maior de tratamentos clínicos 2003 no lançamento comercial do pro- de metal. A empresa prepara também o (veja quadro). Por enquanto, só é pro- duto. A Genosys firmou acordo de pro- lançamento de uma versão dessa broca duzido em quatro países: na Suécia, dução e distribuição com outra grande que é acoplada a um aparelho de ultra- pela Pharmacia (recentemente adqui- empresa farmacêutica, a Braskap, tam- som, proporcionando um tratamento rida pela Pfizer); na Dinamarca, pela bém de capital nacional (veja Pesquisa sem aquele barulho infernal das brocas Novo Nordisk; nos Estados Unidos, pela FAPESP edição 65). Com essas parce- convencionais e sem dor para os pacien- Genentech e Eli Lilly; e na Itália, pela rias, o Brasil- que atualmente importa tesoNa área de telecomunicações, a Asga, Serono. "Já depositamos nossa paten- cerca de 1 milhão de doses do hormônio instalada em Paulínia (SP), desenvolveu te no Instituto Nacional de Proprieda- de crescimento por ano, com gastos uma linha de multiplexadores e modens de Industrial (INPI)", afirma o quírni- avaliados em US$ 15 milhões - passará usados nas transmissões via fibra ópti- co Paolo Bartolini, um dos três sócios a exportar o medicamento. ca em redes de telefonia, Internet e pro- da Hormogen. Ele também é chefe do A trajetória inicial da Hormogen, cessamento de dados. O sucesso co- Centro de Biologia Molecular do Ins- que começou suas atividades como em- mercial já é expressivo. A Asga pulou presa no Centro Incubador de Empre- de um faturamento de R$ 16 milhões, sas Tecnológicas (Cietec), em São Pau- em 1999, para R$ 90 milhões em 2001, Biorreator: bactérias 10, e vai continuar a fazer pesquisa como no rastro da expansão das telecomuni- secretam o hormônio na uma espécie de subsidiária da Biolab, é cações no país. sede da Hormogen I 62 • DEZEMBRO DE 2002 PESQUISA FAPESP 82 i I . -

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Page 1: TECNOLOGIA Hormênio - revistapesquisa.fapesp.br · primeiros lotes do hGH, sigla da expres- presa Komlux, de Campinas, já colo- , são em inglês Human Growth Hormone. cou no mercado

I TECNOLOGIA.,.Hormênio

I no mercadoI Pequena empresa se alia à indústria

farmacêutica nacional para ~produzir medicamento contra o nanismo

LI •i' .A. final do próximo "no, o a mesma da Genosys e de outras pe- O mesmo caminho de sucesso pare-I Brasil ingressará num clube quenas empresas que receberam finan- ce ser o destino de outras empresas do

bastante seleto: o dos fabri- ciamento do Programa de Inovação Tec- PIPE, que contabiliza o investimento,cantes de hormônio de nológica em Pequenas Empresas (PIPE) em cinco anos, de R$ 25,6 milhões e

crescimento por meio de da FAPESP. São novos produtos e pro- US$ 3,9 milhões. A importância não setécnicas de engenharia genética. As por- cessos que ganharam um incentivo fi- reveste apenas no valor econômico quetas de entrada desse clube serão abertas nanceiro importante para fazer pesqui- virá, mas também social, como no casopela Hormogen Biotecnologia e pela Ge- sa dentro da empresa. do hormônio de crescimento, que po-nosys Biotecnologia, que desenvolveram Não faltam outros exemplos de ino- derá ter preços até 30% menores que o

IIseparadamente, em escala piloto, seus vações tecnológicas promissoras. A em- importado.primeiros lotes do hGH, sigla da expres- presa Komlux, de Campinas, já colo-são em inglês Human Growth Hormone. cou no mercado uma manta tecida com Quinto país - Prescrito sobretudo para,O medicamento chegará ao mercado fibras ópticas, chamada de Blanket Lux, crianças com deficiência no cresci-graças a duas parcerias. A Hormogen para tratamento de icterícia em recém- mento, ou nanismo, no jargão da me-vendeu recentemente 75% das ações pa- nascidos. A Clorovale, de São José dos dicina - doença que atinge hoje emra a brasileira Biolab-Sanus, uma das Campos, lançou recentemente brocas torno de 10 mil brasileiros -, o hGHmaiores indústrias farmacêuticas do país, odontológicas com pontas de diamante tem sido empregado em uma faixa ca-que vai investir US$ 2 milhões a partir de sintético muito mais resistentes que as da vez maior de tratamentos clínicos2003 no lançamento comercial do pro- de metal. A empresa prepara também o (veja quadro). Por enquanto, só é pro-

Iduto. A Genosys firmou acordo de pro- lançamento de uma versão dessa broca duzido em quatro países: na Suécia,

I dução e distribuição com outra grande que é acoplada a um aparelho de ultra- pela Pharmacia (recentemente adqui-empresa farmacêutica, a Braskap, tam- som, proporcionando um tratamento rida pela Pfizer); na Dinamarca, pelabém de capital nacional (veja Pesquisa sem aquele barulho infernal das brocas Novo Nordisk; nos Estados Unidos, pelaFAPESP edição 65). Com essas parce- convencionais e sem dor para os pacien- Genentech e Eli Lilly; e na Itália, pelarias, o Brasil- que atualmente importa tesoNa área de telecomunicações, a Asga, Serono. "Já depositamos nossa paten-cerca de 1 milhão de doses do hormônio instalada em Paulínia (SP), desenvolveu te no Instituto Nacional de Proprieda-de crescimento por ano, com gastos uma linha de multiplexadores e modens de Industrial (INPI)", afirma o quírni-avaliados em US$ 15 milhões - passará usados nas transmissões via fibra ópti- co Paolo Bartolini, um dos três sóciosa exportar o medicamento. ca em redes de telefonia, Internet e pro- da Hormogen. Ele também é chefe do

II A trajetória inicial da Hormogen, cessamento de dados. O sucesso co- Centro de Biologia Molecular do Ins-que começou suas atividades como em- mercial já é expressivo. A Asga pulou

II presa no Centro Incubador de Empre- de um faturamento de R$ 16 milhões,sas Tecnológicas (Cietec), em São Pau- em 1999, para R$ 90 milhões em 2001, Biorreator: bactérias10, e vai continuar a fazer pesquisa como no rastro da expansão das telecomuni- secretam o hormônio nauma espécie de subsidiária da Biolab, é cações no país. sede da Hormogen

I I62 • DEZEMBRO DE 2002 • PESQUISA FAPESP 82i

I.•.... -

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Fábrica daBiolab:

compactadorade hormônios

tituto de Pesquisas Ener-géticas e Nucleares (Ipen).

A experiência de trans-ferir um conhecimentodesenvolvido em umainstituição de pesquisapara o mercado tambémfaz parte da história daGenosys. A técnica paraobtenção do hGH foirealizada no Instituto deQuímica da Universi-dade de São Paulo (USP)pelo professor HamzaFahmi Ali EI Dorry, queconvidou o bioquímicoJaime Francisco Leytonpara montar a Genosys.Foi o primeiro produtoda empresa.

O hGH, conta Barto-lini, também foi o pri-meiro produto desenvol-vido pela Hormogen.Atualmente, a empresa se preparapara deixar a incubadora e mudar-separa Itapecerica da Serra, na regiãometropolitana de São Paulo, ondeocupará parte das instalações de umadas quatro fábricas da Biolab-Sanus eprosseguirá nas pesquisas já iniciadasde novos medicamentos à base de hor-mônios. Para Bartolini, o maior ape-

A indicação mais comum do hor-mônio de crescimento (hGH) é o nanis-mo, doença que afeta cerca de 10 milcrianças brasileiras, segundo o pesqui-sador Paolo Bartolini. Mas, afirmaele, o nanismo também pode ser trans-mitido pelos genes e propagado pormeio de casamentos consangüíneos,como aconteceu na pequena cidadesergipana de Itabaianinha, a 115 qui-lômetros de Aracaju, que contabilizaem torno de 100 portadores de déficitde crescimento, a maior concentraçãode casos do país.

ques, vice-presidente dogrupo Castro Marques,ao qual a companhiapertence. "Mas, em con-trapartida, assumimos100% dos novos investi-mentos", explica o em-presário. Este ano, anova controladora estádestinando R$ 100 mil àHormogen, além de as-segurar o pró-labore dossócios-pesq uisadores(todos do Ipen), que fi-caram com 25% de par-ticipação acionária, atéque o hGH, seu primo-gênito, comece a ser co-mercializado. "Nos anosseguintes, investiremos oque for necessário paraque a empresa se torneoperacional', afirma Cas-tro Marques.

Para chegar à suaprodução piloto e atrairo interesse de potenciaisinvestidores, a Horrno-gen recorreu à FAPESP,que, entre 1998 e 2001,liberou para a empresa

incubada cerca de R$ 350 mil, por meiodo Programa de Inovação Tecnológicaem Pequenas Empresas (PIPE). Os re-cursos foram aplicados principalmen-te em reagentes e equipamentos - sozi-nho, o biorreator, por exemplo, onde asbactérias que secretam o hGH se mul-tiplicam, absorveu US$ 113 mil. Com aprodução piloto assegurada, a Hormo-

10 da transação com a Biolab-Sanus -fechada em fevereiro, após um ano denegociações - foi o compromisso as-sumido pela indústria de continuaraplicando recursos em pesquisa.

Pelas ações que lhe asseguraram ocontrole da Hormogen, a Biolab-Sa-nus pagou US$ 100 mil, um valor sim-bólico, segundo Cleiton Castro Mar-

Muito além do nanismoAlém de combater o nanismo, o

hGH pode ser ministrado a adultos comdeficiência hormonal, pacientes que so-freram transplante renal, meninas comsíndrome de Turner - que provoca bai-xa estatura e esterilidade - ou aidéticosem estágio avançado (quando há per-da de massa muscular). Mas o leque deaplicações do medicamento continuase abrindo. Atualmente, uma correntemédica nos Estados Unidos pleiteia aajuda do hormônio no combate à os-teoporose e à redução da massa muscu-lar nos idosos, contribuindo também

para diminuir a gordura localizada. Háainda vários estudos avançados, inclu-sive no Brasil, segundo Bartolini, quedemonstram os benefícios do hGH paramulheres na menopausa. Já o uso dohormônio por praticantes de atividadesfísicas em busca de rápido desenvolvi-mento muscular é perigoso. "Isso é to-talmente condenável. Pode resultar, porexemplo, em diabetes e outras doençasdecorrentes do desequilíbrio hormo-nal", afirma Bartolini.

Aprovado pelo Food and Drugs Ad-ministration (FDA), a agência norte-

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gen começou a testar o medicamento,que já passou pelos testes laborato-riais biológicos (por meio de camun-dongos anões) e pelas duas modalidadesde testes físico-químicos e toxicológi-cos (por meio de cães) e imunológicos,para comprovar a potência e a pure-za do hormônio, que não pode contermais de dez partes por milhão de pro-teína da bactéria de origem, que são osprincipais contaminantes do futuromedicamento.

fi(aseseguinte é a dos testesclínicos, ou de bioequivalên-cia, que devem ser concluí-dos em no máximo seismeses. Nessa fase, o me-

dicamento da Hormogen e um outroproduto similar importado disponívelno mercado serão aplicados em 24pessoas saudáveis. Primeiro, 12 volun-tários receberão o produto já disponí-

o PROJETO

Otimização dos Rendimentosde Expressão Bacteriana,Fermentação e Purificaçãode Hormônio de CrescimentoHumano Recombinante

MODALIDADEPrograma de Inovação Tecnológicaem Pequenas Empresas (PIPE)

COORDENADORPAOLOBARTOLINI- Hormogen-Ipen

INVESTIMENTOR$ 72.800,00 e US$ 154.000,00

Lotes da Hormogen:escala piloto

vel, e os demais, o da Hor-mogen. Em seguida, o proce-dimento será repetido, tro-cando-se o medicamento, demodo que todo o grupo re-ceberá os dois produtos. "Éum procedimento comple-xo,que exigecontratação defarmacologista e internaçãodos voluntários em hospi-tais': explicaBartolini."Essestestes devem absorver emtorno de US$ 200 mil': esti-ma Castro Marques.

A empresa espera obterretornos elevados com osinvestimentos realizados.O hGH, segundo CastroMarques, é o quinto em volume de ven-das mundiais entre os medicamentosde engenharia genética. O produto daHormogen, ele acredita, deverá con-quistar 20% do mercado brasileiro emum ano, período em que também po-derá começar a abastecer alguns dos17 países da América Latina nos quaisa Biolab-Sanus mantém parcerias comdistribuidores. Este ano, primeiro emque atua no mercado externo, conta oexecutivo, a empresa exportou o equi-valente a US$ 800 mil para essespaíses,montante que, em cinco anos, devechegar a US$ 30 milhões em vendas,inclusive de hGH.

Criada há apenas cinco anos paraocupar nichos mais especializados domercado de fármacos - o outro labo-ratório do grupo, a União Química,fabrica basicamente genéricos e pro-dutos hospitalares - a Biolab-Sanus

americana que controla a qualidade dealimentos e medicamentos, em 1985,ohGH é obtido pela técnica do DNA re-combinante. Por meio dessa técnica, oscientistas clonam os genes que codifi-cam a molécula do hormônio produzi-da pela glândula pituitária, localizadana base do cérebro. Essa sequência deDNA é modificada para que se adapteàs necessidades de sua nova fabricante,geralmente a bactéria Escherichia coZi.Depois, a seqüência é inserida numamolécula de DNA bacteriano, o plas-mídeo, o qual finalmente é introduzidona bactéria, que, com isso, passa a pro-duzir o hGH. Em seguida, a bactériavai para o biorreator para a fermenta-

ção, durante a qual se multiplica rapi-damente: em cerca de dez horas, umaúnica bactéria pode gerar bilhões de-las, todas produzindo o hormônio.

O passo seguinte é a centrifugaçãodas bactérias, da qual se obtém um ex-trato cru de proteinas. Começa entãouma longa etapa de purificação desseextrato, uma seqüência de cromatogra-fias e precipitações que levam à obten-ção do hormônio e à separaçãodos con-taminantes (as proteínas da bactéria).

Segundo o pesquisador Paolo Bar-tolini, o processo utilizado pela Hor-mogen permite obter hormônio "idên-tico" ao fabricado naturalmente peloorganismo humano.

teve ascensão rápida. Já é aterceira empresa em pres-crição de medicamentos car-diológicos, segmento res-ponsável por 55% de seufaturamento, que deve so-mar entre R$ 170 milhõese R$ 180 milhões este ano,com incremento de 50%em relação a 2001. Juntas,Biolab e União Química de-vem faturar em 2002 cercade R$ 340 milhões, desem-penho que justifica sua po-sição, em 12° lugar, na listadas maiores empresas far-macêuticas do país, se-gundo o jornal Gazeta Mer-

cantil, e ainda a quinta colocação noranking da revista Exame das mais ren-táveis do setor. "Esse resultado refleteo nosso foco em 2002, em produtosque não têm nem terão similares gené-ricos nos próximos anos", afirma Cas-tro Marques.

Nova cultura - O que a Biolab-Sanusquer agora é agregar tecnologia, fabri-cando cada vez mais produtos exclusi-vos. Essa estratégia na verdade foi ini-ciada há três anos com o lançamentodo Lovelle, único anticoncepcionalvaginal comercializado no Brasil.Além da Hormogen, a companhia ad-quiriu este ano uma outra empresaincubada, a Dalmatia, de cosméticosde ação terapêutica -, abrigada na in-cubadora Bio-Rio, e está associadaatualmente a 18 projetos de pesquisade instituições como Universidade deSão Paulo (USP), Ipen e Instituto Bu-tantan. Com a compra da Hormogen,a Biolab-Sanus finca o pé no segmentomais prestigiado e promissor de medi-camentos do mundo, o de engenhariagenética. "Queremos criar na empresaa cultura da biotecnologia, que é o fu-turo': afirma Castro Marques. Um fu-turo que deve começar já no próximoano com o início da produção e o lan-çamento comercial do hormônio decrescimento.

Curiosamente, a parceria Biolab-Hormogen vai entrar numa corridacom a outra parceria, a da Genosys-Braskap - que está construindo a suaplanta industrial-, para ver quem pri-meiro colocará o hGH no mercadotrazendo na embalagem a inscrição:indústria brasileira. •

PESQUISA FAPESP 82 • DEZEMBRO DE 2002 • 65