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Fatec Garça TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL Carlos Roberto Joly Cleber José Fabiano SISTEMA HIDRAULICO DE RECUPERAÇÃO DE FLUIDOS GARÇA 2014

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Fatec Garça

TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

Carlos Roberto Joly

Cleber José Fabiano

SISTEMA HIDRAULICO DE RECUPERAÇÃO DE FLUIDOS

GARÇA

2014

Page 2: TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL · solventes orgânicos como, por exemplo, a gasolina que é composta por mais de 100 ... a manutenção programada ou corretiva a executar com

__________________________________________________________________________________________

Fatec Garça

TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

Carlos Roberto Joly

Cleber José Fabiano

SISTEMA HIDRAULICO DE RECUPERAÇÃO DE FLUIDOS

Artigo Científico apresentado à Faculdade de

Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito

para conclusão do Curso de Tecnologia em

Mecatrônica Industrial.

Orientador: Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho

GARÇA

2014

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TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

Carlos Roberto Joly

Cleber José Fabiano

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA HIDRAULICO DE

RECUPERAÇÃO DE FLUIDOS

Artigo Científico apresentado à Faculdade

de Tecnologia de Garça – FATEC, como

requisito para conclusão do Curso de

Tecnologia em Mecatrônica Industrial,

examinado pela seguinte comissão de

professores:

________________________________

Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho

FATEC Garça

_________________________________

Prof. (a) (membro da banca)

FATEC Garça

_________________________________

Prof. (a) (membro da banca)

FATEC Garça

Data da Aprovação: ---/---/---

GARÇA

2014

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SISTEMA HIDRAULICO DE RECUPERAÇÃO DE FLUIDOS1

Carlos Roberto Joly2

[email protected]

Cleber José Fabiano [email protected]

Prof. Dr. Edson Detregiachi

Filho [email protected]

RESUMO: Considerando-se a grande quantidade de óleos lubrificantes utilizados em indústrias e seu

consecutivo descarte na natureza, verificou-se a necessidade de melhor aproveitá-los. Destarte, este

artigo, produto de uma pesquisa de conclusão do curso de Mecatrônica Industrial, da Faculdade de

Tecnologia de Garça, teve como objetivo apresentar o desenvolvimento de um protótipo cuja finalidade é

fazer a filtração do óleo lubrificante, removendo partículas metálicas provenientes de desgaste dos

componentes mecânicos e a transferência do óleo lubrificante de seu reservatório de trabalho para um

reservatório provisório, auxiliando a manutenção programada ou corretiva das máquinas. A pesquisa

mostrou que o protótipo é eficiente para a remoção de metais provenientes de desgaste, pois promove

uma reutilização do óleo que seria descartado na natureza, auxiliando, assim, na manutenção da

sustentabilidade ambiental.

Palavras-chave: Óleos lubrificantes. Reutilização. Sustentabilidade.

ABSTRACT: Considering the large amount of lubricating oils used in industries and its frequent disposal

in nature, there is a need to better leverage them. Thus, this article, the product of a search for graduation

Industrial Mechatronics, Faculty of Technology from Garça, aimed to present the development of a

prototype whose purpose is to make the filtration of lubricating oil by removing metallic particles from

wear mechanical components and lube oil transfer your tank work for a temporary reservoir, helping to

scheduled or corrective maintenance of machines. Research has shown that the prototype is effective for

the removal metallic particles from wear, it promotes reuse the oil that would be discarded in nature,

helping thus in the maintenance of environmental sustainability.

Keywords: Lubricating oils. Reuse. Sustainability

1Artigo científico apresentado ao Curso de Tecnologia da Mecatrônica Industrial, da Faculdade de

Tecnologia de Garça – FATEC, como Trabalho de Conclusão de Curso, sob a orientação do professor Dr.

Edson Detregiachi Filho.

2 Alunos do curso de Tecnologia Em Mecatrônica Industrial.

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INTRODUÇÃO

Óleos lubrificantes são derivados de petróleo e podem ser sintéticos ou não. São

muito utilizados em automóveis, máquinas pesadas e na indústria que, com a

necessidade de manutenção corretiva, preventiva ou preditiva, requer a drenagem desse

óleo. Caso o óleo lubrificante tenha atingido o período máximo recomendado de

utilização, está parcialmente deteriorado, formando compostos oxigenados como ácidos

orgânicos e cetonas, compostos aromáticos polinucleares de viscosidade elevada,

resinas e lacas. Contêm, ainda, aditivos que foram adicionados ao óleo básico no

princípio do refino que foram consumidos parcialmente, metais provenientes de

desgaste de motores e sistemas de lubrificação e ainda diversos contaminantes como

combustíveis, poeira, água e outras impurezas, (SILVEIRA ET AL, 2006, p. 1193).

Quando esse óleo usado é descartado diretamente no ambiente, seja por meio das

redes de esgoto, seja por meios hídricos ou lançados ao chão,provoca grande poluição,

pois infiltra através da água da chuva contaminando o solo, atingindo lençóis freáticos

subterrâneos, poluindo águas de poços e fontes. Se for lançado em drenagem de águas

residuais, dependendo da forma de tratamento do esgoto local, pode poluir os meios

receptores hídricos ou causar sérios problemas nessas estações de tratamento.

Se for queimado de forma não apropriada, o óleo usado pode gerar emissões de

óxidos metálicos, já que contêm elevados níveis de hidrocarbonetos e metais, como, por

exemplo, ferro, chumbo, zinco, cromo, crômio, níquel e cádmio. Os óxidos de enxofre,

provenientes da queima de combustíveis fósseis, são grandes poluentes do ar. Esses

óxidos acontecem através da reação de oxidação do enxofre, durante a qual recebe duas

moléculas de oxigênio em uma reação covalente (SO2) ou através de fontes naturais por

meio de matéria orgânica em decomposição e pela maresia do mar.

O dióxido de enxofre é um gás incolor com um odor sufocante às concentrações

a partir de 3 ppm. Grande parte do dióxido de enxofre é precipitado pela chuva no solo e

nos oceanos e pode causar males à saúde humana e à vegetação. Hinrichset al (2007, p.

237) citam as catástrofes que aconteceram em Donora, Pensilvânia (em 1948) e Londres

(em 1952) onde, por razões meteorológicas e queima de combustíveis fósseis,

expuseram muitas pessoas a níveis elevados de poluição no ar causando muitas mortes.

Igualmente, os hidrocarbonetos ou compostos orgânicos voláteis são

provenientes da queima de derivados de petróleo, incineração de lixo e evaporação de

solventes orgânicos como, por exemplo, a gasolina que é composta por mais de 100

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diferentes tipos de octanos. Na natureza a emissão desses gases ocorre através da

decomposição biológica da vegetação onde é liberado o metano.

Hinrichset al (2007, p. 237) afirmam que 1 litro de óleo usado pode poluir 1

milhão de litros de água; logo, se queimar 5 litros podem poluir a mesma quantidade de

ar que uma pessoa necessita para respirar por 3 anos. Ademais, 1 litro de óleo pode

formar uma partícula superficial em 5000 m2, pois este óleo usado, queimado de

maneira imprópria, sem controle e sem um tratamento prévio de desmetalização, estará

liberando, através da combustão, gases tóxicos como óxidos metálicos, gases tóxicos

como dióxido de enxofre e dioxina.

O monóxido de carbono (CO), muito comum da mistura incompleta do

combustível em motores à combustão, é um gás venenoso, inodoro e incolor. Seu

envenenamento, cujos sintomas, normalmente, são tontura, dor de cabeça e distúrbios

visuais, acontece quando inalado, pois vai até a corrente sanguínea e liga-se à

hemoglobina ocupando o lugar das moléculas de oxigênio. Segundo Hinrichs et al

(2007, p. 238), o padrão de qualidade do ar determina para o monóxido de carbono o

máximo de 9 ppm para o intervalo de oito horas.

Apesar de agredirem o meio ambiente se forem descartados incorretamente, os

óleos lubrificantes são fundamentais para o funcionamento de máquinas em geral, pois

diminui o atrito e, conseqüentemente, o desgaste, aquecimento e corrosão, tornando-se

indispensáveis para máquinas utilizadas em diversos fins industriais ou agrícolas. A

necessidade de incorporar aditivos aos óleos básicos foi em razão do avanço

tecnológico, já que o óleo mineral puro ou básico não foi mais suficiente para a

lubrificação de máquinas mais sofisticadas.

Os aditivos agregam características importantes tais como, antidesgaste,

antioxidante, anticorrosiva, antiespumante, modificadora de viscosidade, emulsionar,

servem para baixar o ponto de fluidez e aditividade. A quantidade aplicada varia de 0,5

a 28% em volume, (SILVEIRA ET AL, 2006, p. 194). No passado, era necessária a

utilização de quatro ou mais tipos diferentes de lubrificantes. Atualmente, os aditivos

podem ser aplicados individualmente ou em conjunto no óleo básico, reunindo as

características necessárias para a realização do trabalho.

O óleo lubrificante leva, através de seu fluxo, vários tipos de impurezas geradas

pelo desgaste dos componentes metálicos. Por meio do acompanhamento das

propriedades físico-químicas e dos teores de metais encontrados nos lubrificantes, pode-

se determinar e conhecer o teor de contaminação deste óleo. Os óleos lubrificantes não

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são consumidos totalmente pelo seu uso, preservando parte de suas características,

passando a ter uma vida útil maior. Entretanto, em razão da adição de aditivos, torna-se

mais difícil o processo de regeneração para o óleo básico.

Silveira et al (2006, p. 193) citam um fato ocorrido na Bélgica em 1999, quando

foi descoberta a presença da dioxina na carne do frango e nos derivados lácteos e fez

com que toda a exportação desses produtos fosse suspensa. Investigações concluíram

que a contaminação foi devida à utilização de óleos lubrificantes usados no lugar de

óleos de origem vegetal.

Com objetivo de validar a pesquisa em pauta foi desenvolvido um protótipo com

recursos que façam a filtração do óleo lubrificante, removendo partículas metálicas

provenientes de desgaste dos componentes mecânicos e a transferência de óleo

lubrificante do seu reservatório de trabalho para um reservatório provisório, auxiliando

a manutenção programada ou corretiva a executar com segurança a extração e filtração

do óleo.

O protótipo possui um acionamento direto do motor por indução elétrica que

será mais bem detalhado no item 2.6, e transmite a rotação do rotor para o acoplamento

ligado a bomba hidráulica, cuja função é mais bem detalhado no item 2.2, inicia a

transferência do óleo, com a capacidade de 20 litros por minuto, onde passa por um

filtro antes da bomba hidráulica e 2 filtros após, removendo os resíduos metálicos e

auxiliando na manutenção dos equipamentos.

1 ENERGIA SUSTENTÁVEL: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Com o desenvolvimento da humanidade, a demanda por energia elétrica está

cada vez maior; porém, cada vez mais há novas formas diferentes de se obter energia

elétrica.

Segundo Campana ET Al (2003, p. 2) a forma mais utilizada de se obter energia

elétrica é a queima do carvão mineral com cerca de 40%, 19% da forma hídrica, 17%

nuclear, 13% gás natural e 11% combustíveis fósseis. No Brasil, a alta disponibilidade

hídrica e a topografia favorecem a utilização de fontes hídricas. O autor afirma que com

relação ao consumo nacional de energia elétrica lideram as regiões Sudeste e Nordeste

com 59,1% e 15,8% respectivamente; entretanto, é a região Sudeste que ocupa maior

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participação no setor industrial com cerca de 66,8%. As regiões Sul, Centro-Oeste e

Norte são as que menos consomem com cerca de 15,1%, 4,8% e 5,1% respectivamente.

Segundo Rodrigues (2007, pg. 20), o decreto nº4. 508, de 11 de dezembro de

2002, criado pelo governo federal, apresenta em seu segundo capítulo a regulamentação

específica referente aos níveis mínimos de eficiência energética para motores trifásicos

elétricos de indução rotor gaiola de esquilo. O Art. 5º do mesmo decreto relaciona os

níveis mínimos de rendimento nominal a serem atendidos pelos modelos padrão e alto

rendimento, como demonstra na Tabela 1.

Tabela 1- Rendimentos nominais mínimos para motores elétricos no Brasil.

Padrão (standart) Alto Rendimento

Pólos Pólos

CV/HP KW 2 4 6 8 2 4 6 8

1,00 0,75 77,00 78,00 73,00 66,00 80,00 80,50 80,00 70,00

1,50 1,10 78,50 79,00 75,00 73,50 82,50 81,50 77,00 77,00

2,00 1,50 81,00 81,50 77,00 77,00 83,50 84,00 83,00 82,50

3,00 2,20 81,50 83,00 78,50 78,00 85,00 85,00 83,00 84,00

4,00 3,00 82,50 83,00 81,00 79,00 85,00 86,00 85,00 84,50

5,00 3,70 84,50 85,00 83,50 80,00 87,50 87,50 87,50 85,50

6,00 4,50 85,00 85,50 84,00 82,00 88,00 88,50 87,50 85,50

7,50 5,50 86,00 87,00 85,00 84,00 88,50 89,50 88,00 85,50

10,00 7,50 87,50 87,50 86,00 85,00 89,50 89,50 88,50 88,50

12,50 9,20 87,50 87,50 87,50 86,00 89,50 90,00 88,50 88,50

15,00 11,00 87,50 88,50 89,00 87,50 90,20 91,00 90,20 88,50

20,00 15,00 88,50 89,50 89,50 88,50 90,20 91,00 90,20 88,50

25,00 18,50 89,50 90,50 90,20 88,50 91,00 92,40 91,70 89,50

30,00 22,00 89,50 91,00 91,00 90,20 91,00 92,40 91,70 91,00

40,00 30,00 90,20 91,70 91,70 90,20 91,70 93,00 93,00 91,00

50,00 37,00 91,50 92,40 91,70 91,70 92,40 93,00 93,00 91,70

60,00 45,00 91,70 93,00 91,70 91,00 93,00 93,60 93,60 91,70

75,00 55,00 93,00 93,20 2,10 1,50 93,00 94,10 93,60 93,00

100,00 75,00 93,00 93,20 93,00 92,00 93,60 94,50 94,10 93,00

125,00 90,00 93,00 93,20 93,00 92,50 94,50 94,50 94,10 93,60

150,00 110,00 93,00 93,50 94,10 92,50 94,50 94,50 94,10 93,60

175,00 132,00 93,50 94,10 94,10 94,70 95,00 95,00

200,00 150,00 84,10 94,50 94,10 95,00 95,00 95,00

350,00 185,00 94,10 94,50 95,40 95,00

Fonte: adaptada da tabela da ANEEL – Decreto n° 4.508/02 (2.002, p. 4)

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Além da produção sustentável de energia elétrica, é fundamental para a

preservação do meio ambiente, a preocupação com a eficiência energética dos

equipamentos utilizados. Neste quesito, destaca-se a utilização dos motores elétricos,

essenciais para a indústria e responsáveis pela maior parte da energia elétrica consumida

nas unidades produtivas.

1.1 Fator de potência3

Também relacionado à utilização eficiente da energia elétrica, o fator de

potência tem chamado a atenção dos profissionais ligados a instalações e manutenções

elétricas. Em razão de o custo para obtenção da energia elétrica estar cada vez mais

elevado e haver uma demanda sempre crescente, as concessionárias de energia vêm

cobrando valores adicionais aos estabelecimentos comerciais e industriais referentes à

demanda reativa e de consumo reativo no caso de não atingirem os limites de fator de

potência, entre outros critérios impostos pela ANEEL - Agência Nacional de Energia

Elétrica, em sua resolução nº 456/2000 – Condições Gerais de Fornecimento de Energia

Elétrica, Artigos 64 a 69.

Segundo Creder (2007, p. 273), o baixo fator de potência também pode causar

aumento do desgaste em equipamentos de proteção e manobra, aumento na incidência

de quedas de tensão, perdas no sistema, entre outros. Os principais equipamentos

causadores desse baixo fator de potência nas instalações elétricas são principalmente

motores de indução, transformadores de potência, reatores eletromagnéticos de

lâmpadas fluorescentes, retificadores e equipamentos eletrônicos, pois possuem

enrolamentos que necessitam de energia magnetizante de forma intermediária na

utilização de energia ativa, sendo um consumidor de energia reativa.

A energia reativa é representada pela defasagem de 90º em relação à potência

ativa, podendo estar atrasada ou adiantada, sendo receptora ou fornecedora de energia

reativa. No caso dos consumidores de potência reativa, segundo o autor supracitado,

podemos ter transformadores de potência, motores de indução, motores síncronos

subexcitados e reatores eletromagnéticos. Já fornecedores de potência reativa há

capacitores, motores síncronos superexcitados e compensadores síncronos.

3 É a energia necessária para energizar bobinas e enrolamentos, (criação de um campo magnético)para

habilitá-los a realizar um trabalho.

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O diagrama mostrado na figura 1 demonstra o método mais utilizado para

correção do fator de potência é a instalação de banco de capacitores em paralelo com a

rede elétrica por ter menor custo de implantação e por serem equipamentos estáticos de

baixo custo.

Figura 1- Diagrama dos Tipos de Instalações de Capacitores em paralelo a carga.

Fonte: Correção do Fator de Potência Manual WEG.

1.2 Inversor de Freqüência Variável

Ainda relacionado à utilização eficiente da energia elétrica recorremos a

Rodrigues (2007, p. 10) que afirma que o inversor de freqüência é capaz, de forma

ordenada e eficiente, sem afetar os processos produtivos aperfeiçoar a utilização de

energia elétrica, de reduzir a demanda mundial de energia administrando fontes

existentes e diminuindo o severo impacto ao meio ambiente.

Segundo o Guia de Aplicação de Partida Suave e Inversores CA da Allen-

Bradley Company, o inversor de freqüência variável parte do princípio de converter a

tensão da linha corrente alternada (CA) em uma tensão corrente contínua (CC), que em

seguida será convertida em corrente contínua pulsada, cujo valor RMS assemelha-se a

uma tensão CA. A freqüência de saída desta tensão CA varia de 0 até a da linha de

entrada CA, embora em certos equipamentos possa ultrapassar a da linha.

Um inversor de freqüência variável que utiliza a modulação por largura de pulso

para criar a onda de saída tem como seus componentes ativos: diodos, SCRs,

transistores, IGBTs, podendo apresentar três seções distintas de seu circuito de

alimentação. A primeira seção para converter a tensão da linha CA em CC utiliza uma

ponte de SCRs de onde completa. Já na segunda seção, a filtragem dessa tensão CC é

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realizada através de um capacitor para alimentar a ponte inversora com uma tensão CC

estável. Como pode ser observado no diagrama da figura 2, existe um filtro de

barramento CC normalmente encontrado em inversores de 10hp ou mais. A seção final

composta por uma ponte de IGBT ou transistor disponibiliza ao motor tensão corrente

contínua com largura modulada por pulso (PWM).

A expressão volts por hertz refere se aos comandos definidos pelo fabricante

para o inversor onde atua na tensão e freqüência durante o trabalho.

O controle ou lógica do inversor e as configurações programadas do usuário

determinam a saída de freqüência do inversor. De acordo com um algoritmo define-se

rampa linear ou curva S.

Figura 2 - Diagrama de Bloco de um Inversor.

Fonte: Guia de Aplicação de Partida Suave e Inversores CA da Allen-Bradley Company.

1.3 Partida Suave (soft starter)

Segundo o Guia de Aplicação de Partida Suave e Inversores CA da Allen-

Bradley Company, o Soft Starter parte do princípio de que pode se limitar as

características de corrente e torque na partida do motor desde que se ajuste à tensão

aplicada e que, no caso de uma partida direta, será necessária uma demanda de energia

maior na partida, agregando um desgaste nos componentes.

Segundo o Guia, em motores de indução o torque da partida é cerca do quadrado

da corrente de partida consumida na linha. Conseqüentemente, a tensão aplicada é

proporcional ao torque, ou seja, o quadrado da tensão da linha. Através de ajustes de

tensão durante a partida pode se controlar a corrente do motor e o torque produzido,

podendo reduzi-los e controlá-los.

Através da utilização de seis SCRs com uma configuração back to back, é

possível regular a tensão aplicada ao motor durante a partida de 0 volt até a freqüência

da linha. A realimentação do motor para o circuito da lógica responsável pelos disparos

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do SCR tem a função de estabilizar a aceleração do motor. O chamado “phasing back”,

o ângulo de disparo do SCR, pode ser atrasado ou fechado, fazendo o SCR não disparar

quando a tensão passa de negativo para positivo. É possível observar na figura 3 o ponto

de disparo, que é configurado, programado de acordo com o chamado torque inicial ou

corrente inicial ou configuração limite de corrente, deformando a senoide.

Figura 3 – Senoide deformada

Fonte: Guia de Aplicação de Partida Suave e Inversores CA da Allen-Bradley Company.

1.4 Motores de Alta eficiência

Segundo Garcia (2003, p. 54), o motor elétrico é um conversor que transforma

energia elétrica em energia mecânica e, embora atualmente apresente uma boa

eficiência, pode apresentar perdas gerando desperdício de energia.

As perdas fixas são aquelas que não dependem do carregamento, afirma o autor.

São:

Perda no ferro (núcleo): representa cerca de 15 a 25% do total de perda, que

ocorrem geralmente por desvio de circulação de campo magnético em razão de

histerese e correntes parasitas. O aço silício apresenta ser mais suscetível ao

campo magnético, dependendo da espessura e isolação das chapas.

Perda mecânica: representa cerca de 5 a 15%, geralmente causado por atrito nos

mancais e ventilação.

Já as perdas variáveis dependem do carregamento, são:

Perdas no estator: devido ao aquecimento do condutor em razão pela circulação

de corrente no enrolamento do estator (efeito Joule), pode apresentar uma perda

de 25 a 40%, dependendo dos condutores e da bobina.

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Perdas no rotor: assim como o anterior, neste caso o aquecimento é nas barras,

dependendo do material seção, comprimento e nos anéis do rotor, representando

cerca de 15 a 25%.

Perdas suplementares: ocorrem devido a imperfeições na distribuição do fluxo

eletromagnético e de corrente, podendo reduzir através do correto

dimensionamento do motor para a carga.

Segundo Garcia (2003, p. 56), pode-se também associar a baixa eficiência em

motores aos seguintes itens:

Motor sobre dimensionado: A faixa ideal de operação de um motor é de 75% a

100% de seu nominal. Em situações em que o motor é submetido à baixa carga

ocorre queda em seu rendimento;

Motor rebobinado: os cuidados como a bitola do fio a ser substituído e a retirada

correta da bobina queimada implicarão diretamente na eficiência do motor e no

trabalho de rebobinamento, sendo fundamental para sua boa eficiência;

Instalação: mediante as condições mecânicas de instalação, fixação, temperatura,

ambiente e alinhamento podem interferir diretamente no rendimento no motor;

Alimentação elétrica: desequilíbrio entre fases proveniente da distribuidora ou

da diferença de indutância no cabeamento de um motor podem gerar torques de

seqüência negativa e harmônico que são distorções de forma senoidal, situações

que geram perda de rendimento;

Manutenção: paradas para manutenção, lubrificação adequada e ambiente limpo

podem interferir no rendimento do motor.

Garcia (2003, p. 56) afirma que um motor é dimensionado pela carga mecânica

exercida. Seu correto dimensionamento é fundamental para um bom rendimento

energético.

Segundo Augusto Jr. e Cabo (2002, p. 1), em caso de manutenção podem ser

substituídos temporariamente por um motor maior, desde que tenha a mesma rotação.

Segundo os autores, o mercado nacional de motores elétricos dispõe de três principais

fabricantes: Kohl Bach, Hebreu e WEG, os quais oferecem duas linhas de motores de

aplicação industrial: Standard e os de alto rendimento. Possuem as mesmas

características técnicas, mecânicas e potência nominal. Embora possuam características

semelhantes, motores de alto rendimento têm seu valor de 20 a 50%, porém, diferem-se

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pela matéria prima utilizada, menor consumo de energia em operações, menor custo de

manutenção e operacional.

O adequado dimensionamento do motor quanto à carga mecânica a ser acionada

é fundamental para o custo/benefício dos motores de alta eficiência. Segundo Augusto

Jr. e Cabo (2002, p. 1), cargas superiores a 50% da potência nominal apresentam o

rendimento entre 1 e 3%. Quando operam com cargas variadas com baixos

carregamentos, ocorre uma queda substancial nos valores de rendimento. O estudo

prévio do trabalho a ser realizado e das características da carga com a finalidade de

dimensionar a potência adequada, evitando superdimensionamentos, analisou a linha de

motores mais adequada em cada situação. Os fabricantes dispõem de programas de

análise técnica e econômica para auxiliar com a decisão de qual linha de produtos

atende melhor a necessidade do consumidor para cada situação.

Segundo Augusto Jr. e Cabo (2002, p. 2), deve - se atentar aos critérios abaixo:

Dimensionamento pelo critério de Potência Eficaz - O conceito de potência

eficaz do motor de ciclo intermitente e cargas variáveis, com tensão e rotação

constantes e ventilação normal, levando em consideração a quantidade de calor

gerado pelas perdas na condição de potência constante e nominal e a quantidade

de calor gerado em ciclo intermitente;

Dimensionamento pelo critério do conjugado máximo motor - Há momentos em

que é necessário exercer uma força maior que a nominal, como margem de

segurança inclui pelo menos 20% da carga nominal no momento do

dimensionamento;

Dimensionamento pelo critério dos conjugados motor e resistente de partida -

Para garantir uma aceleração adequada no instante da partida, o conjugado

motor deve ser superior ao conjugado resistente;

Dimensionamento pelo critério de tempo de aceleração - Considerar as diversas

cargas mecânicas aplicadas no motor como conjugado de partida da carga,

aceleração do repouso até a rotação de regime, momento de inércia total do rotor

e da carga, conjugado resistente à rotação nominal do motor, conjugado

resistente nulo e conjugado resistente não definido.

Dimensionamento pelo critério da potência disponível - Durante a partida e

aceleração, perda Joule nos enrolamentos e o aumento de temperatura devem ser

levados em consideração. Segundo os autores, para reduzir o tempo de frenagem

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o motor não é apenas desenergizado, mas também desacelerado através de

reversão elétrica ou com o auxílio de c.c aplicada ao enrolamento do estator.

Segundo Garcia (2003, p. 59), devido à necessidade de reduzir o custo de

fabricação dos primeiros motores, reduziu a quantidade de ferro e cobre, bem como, os

melhores materiais e técnicas ótimas de construção. Menores teores de ferro e cobre

resultaram em maior densidade de fluxo magnético e elétrico, aumentando assim as

perdas de energia.

O mesmo autor cita, ainda, que motores de alto rendimento é uma linha de

motores com maior custo de fabricação, porém menor custo do ciclo de vida útil, custo

de aquisição e custo operacional. Garcia (2003, p. 59) postula que motores de alto

rendimento são motores com desempenho otimizado devido uma série de características

relacionadas à matéria prima e sua estrutura, abaixo relacionados.

Chapas magnéticas de melhor qualidade: ao utilizar aço de maior quantidade de

silício aumenta a suscetibilidade, reduzindo as perdas de ferro;

Maior volume de cobre: o motor passa a trabalhar em temperaturas mais baixas,

pois as perdas são reduzidas por efeito Joule no bobinado do estator;

Enrolamentos especiais: promovem a redução das perdas no estator;

Tratamento térmico para o núcleo do rotor e estator: promove redução das

perdas suplementares;

Desenho das ranhuras: auxiliam na dissipação do calor;

Maiores, barras e anéis de curto-circuito: diminuem as perdas Joule no rotor;

Melhor desenho da ventilação: reduzindo as perdas por ventilação;

Redução do entre ferro: melhor projeto do rotor, com seu formato menos oval,

permitindo a redução do entre ferro.

Em razão dessas melhorias na composição, esses motores de alto rendimento são

mais caros que os motores padrão, porém, durante sua vida útil, o valor a ser

economizado de energia elétrica pode chegar a 100 vezes do preço do valor investido,

segundo Garcia (2006, p. 61).

A fabricante de motores elétricos WEG publicou um estudo de caso realizado

em uma indústria alimentícia, no qual o objetivo era a substituição de motores elétricos

antigos por motores novos, cuja finalidade era de recuperar o investimento através dos

ganhos de eficiência energética, substituindo os motores padrão (standart) por motores

de alto rendimento.

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A WEG utilizou uma metodologia dividida em 5 etapas, na qual se procurou

analisar as variáveis do processo, definição das reais necessidades, diagnóstico das

condições operacionais, substituição e medição dos resultados.

O quadro 1 mostra que a substituição dos motores consiste em motores com

características semelhantes.

Quadro 1– Medição das potências dos motores padrão e alto rendimento.

Indicadores Motor Padrão (Standart) Motores de alto rendimento

Custo unitário (R$/kWh) (Valor médio Fora de Ponta e na

Ponta) 0,197

Horas de operação / ano 7.920

kWh médio consumido 33 29,9

Consumo anual (kWh) 261.360 236.808

Redução no consumo de energia elétrica (kWh/ano) 24.552

Economia de energia elétrica (%) 9,4

Retorno sobre o Investimento (ROI) 10 meses

Fonte: Adaptado de Weg (2010).

Pode-se observar que com a troca do motor padrão para o motor de alto

rendimento, obteve-se um ganho de 9,4% no consumo de energia; sendo assim, em

torno de 10 meses o investimento é recuperado, além da garantia da eficiência na

utilização adequada de energia elétrica, diminuindo o uso dos recursos naturais.

Segundo Ramos (2005, p. 61), foi realizada a substituição de 382 motores

padrão para motores de alto rendimento, com potência de 1 a 350 CV, proporcionando

uma economia de 3100 mWh por ano, além de redução quanto à manutenção e paradas

de máquinas em uma indústria alimentícia, uma economia próxima a 4,52% de energia

elétrica.

O quadro 2 demonstra a medição Fluke, informando as principais características

do motor padrão a ser substituído. Já no quadro 3, trata se da medição Fluke do motor

de alto rendimento que apresentas as mesas características de rotação e potência

nominal. É aplicada uma carga acima de 75% da capacidade nominal.

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Quadro 2 – Medição Fluke - motor padrão 100 cv.

Sumarry Information Voltage Current

Frequency 59,81 RMS 378,5 115,45

Power Peak 542 162,09

KW 64,2 DC Offset -0,2 -0,49

KVA 75,69 Crest 1,43 1,4

KVAR -40,02 THD Rms 2,46 4,68

Peak KW - THD Fund 2,46 4,69

Phase 32º Lag TRMS 9,3 5,41

Total PF 0,85 Kfactor 1,12

DPF 0,85

Fonte: Ramos, (2010p. 63)

Quadro 3 – Medição Fluke - motor de alto rendimento - 100 cv.

Sumarry Information Voltage Current

Frequency 59,96 RMS 369,5 119,88

Power Peak 519,3 166,84

KW 61,17 DC Offset -0,4 -0,36

KVA 76,72 Crest 1,41 1,39

KVAR -46,1 THD Rms 2,05 4,09

Peak KW

THD Fund 2,06 4,09

Phase 36º Lag TRMS 7,6 4,9

Total PF 0,80 Kfactor 1,08

DPF 0,80

Fonte: Ramos, (2010p. 64).

O autor afirma que com a troca do motor padrão para o motor de alto

rendimento, obteve-se um ganho de 5,7% no consumo de energia. Sendo assim, em

torno de 12 meses o investimento é recuperado, diminuindo o uso dos recursos naturais

e garantindo a eficiência na utilização adequada de energia elétrica.

2 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO

Para a elaboração deste protótipo, foi necessário desenvolver um apoio para os

componentes fundamentais, que oferecesse segurança, agregando praticidade para o

trabalho diário e mantendo o ambiente organizado e limpo.

A estrutura do suporte iniciou se comum tubo de 1” de diâmetro e 1/8” de

espessura, para verificar a eficácia de filtrar óleos utilizados nos processos.

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Foi usada uma máquina do tipo curva tubo para fazer as curvas principais no ,

após isso, foi medido e cortado o restante do tubo para ser feito as laterais da estrutura.

Foi feito duas curvas em duas peças de tubo, com a finalidade de reforçar a lateral do

carro onde serão posicionadas as peças.

Com o auxílio da máquina de solda do tipo MIG, foi soldado a estrutura tubular,

com a lixadeira angular, cortado a chapa de 1/8’ em forma retangular. Foi feito um raio

em duas extremidades para que a chapa se tornasse a base inferior, foi posicionado e

realizado a solda na chapa da estrutura tubular, foi recortado outra chapa de espessura

de 1/8’ para fazer a base para a fixação dos filtros, a bomba e o motor como é mostrado

na figura 5. Após soldada a chapa na estrutura tubular, foi cortado duas peças com a

espessura de 1/8’’ para fazer a estrutura onde ficará as rodas.

Figura 4 – Carro transportador

Fonte: elaborada pelos autores da pesquisa

Curvado as duas chapas, foi posicionado uma em cada lateral inferior e as

soldamos na estrutura tabular. Próximo a extremidade, na curva da chapa, foi soldado a

peça de 1/2”, foi utilizada uma barra com diâmetro de 5/16”, para ser utilizada como

suporte das mangueiras de sucção e recalque, como demonstra a figura 4, com o auxílio

de uma campana de roda, que serviu como molde para curvar duas peças e deixá-las no

diâmetro desejado. Foi soldado as partes e o suporte na base lateral do carro

transportador. Depois de pronta a estrutura, o protótipo foi lixado e preparado para a

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pintura, onde foi utilizado um compressor e uma pistola. Foi utilizado um fundo

preparador e logo após a secagem, a tinta azul no carro e no motor.

Após a secagem da tinta, iniciou se a montagem das peças: foi instalado as duas

rodas, com duas arruelas e duas cupilhas que servem como travas para evitar que saia as

rodas como mostra a figura 4. O motor foi fixado e acoplado na estrutura e unido à

bomba hidráulica e conectado aos filtros. Foi fixado a mangueira de sucção e a

mangueira de descarga, antes da ligação do motor no contator. A figura 5 nos permite a

visualização da peça montada.

Figura 5 - protótipo montado

Fonte: elaborada pelos autores

2.1 Materiais do protótipo experimental

O custo dos componentes para a preparação do protótipo é descrito no quadro 4,

representa uma quantia de aproximadamente R$ 1.900,00.

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Quadro 4 – Materiais do protótipo experimental

Material Unidade Quantidade Preço (R$)

Tubo aço 1020 1” x 3 mm x 6 metros Barras 05 350,00

Rodas de nylon Unidade 02 20,00

Cupilhas ¼” Peça 02 0,15

Arruelas lisas 5/8 Unidade 02 10,00

Eixo trefilado 5/8” Metros 0,600 7,00

Chave contatora Unidade 01 90,00

Motor WEG bi volt com 2 cavalos de potência Unidade 01 480,00

Mangueira cristal Metros 06 18,00

Abraçadeira Unidade 08 2,50

Filtro 10 micras Unidade 02 120,00

Filtro 6 micras Unidade 01 50,00

Bomba hidráulica Unidade 01 420,00

Cabo PP 1 ½” x 3 Metros 15 300,00

Parafusos 8 x 30 mm Unidade 12 6,50

Porca parlock 8 mm Unidade 12 5,00

Arruela Lisa 8 mm Unidade 08 1,20

Luva de acoplamento em aço Unidade 01 15,00

Eixo ¼ “ trefilado Metros 2,50 3,00

Fonte: Elaborado pelos autores.

2.2 Bombas hidráulicas

Bombas hidráulicas podem ser construídas em vários tamanhos e formas. Podem

ser manuais ou mecânicas, com vários tipos de mecanismos de bombeamento para as

mais variadas aplicações. Em todas elas, a ação mecânica produz um vácuo parcial na

entrada, fazendo com que a pressão atmosférica empurre o óleo para dentro da bomba

através da sucção. Dentro da bomba, o óleo é forçado para fora através do mecanismo

gerando um fluxo hidráulico na saída. Essas bombas são classificadas em duas

categorias; hidrodinâmicas e hidrostáticas, conforme afirma Moreira (2012, p.75).

2.3 Bomba de engrenamento externo

Bomba de engrenamento externo, popularmente conhecidas como bombas de

engrenagens, possui segundo Moreira (2012, p. 77), duas engrenagens: a motora e a

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movida como é exemplificado na figura 4. Montadas dentro de uma carcaça justa, a

engrenagem motora é acionada pelo eixo de saída e arrasta a engrenagem movida no

sentido de rotação contrária ao seu. Ao girarem, produzem vácuo parcial na entrada

através da sucção dentro da bomba, como demonstrado à direita da figura 4, o óleo é

conduzindo nos espaços formados entre os dentes das engrenagens e a superfície interna

da carcaça até a saída.

Figura 4 - Bomba de engrenamento externo ou bombas de engrenagens.

Fonte: Moreira (2012, p. 78).

2.4 Filtro de óleo

O filtro de óleo, que pode ser blindado ou com cartucho de papel, é um item

indispensável em um sistema hidráulico, visto que funciona retendo variados tipos de

sujidades, impurezas e partículas. Entretanto, devido ao atrito de peças móveis do

sistema no qual é aplicado (motores, maquinas e unidades hidráulicas), os

contaminantes provocam desgastes em peças e perda de potência. Quando necessário,

os filtros blindados são substituídos integralmente e no filtro com cartucho de papel é

apenas trocado o elemento filtrante.

2.5 Tipos de filtro para sistema hidráulico

Os filtros para sistema hidráulico podem ser:

i) De sucção- são construídos de papel com reforço de tela ou com telas

metálicas, instalados próximos às bombas ou dentro dos reservatórios.

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ii) De pressão, resistentes a pressão dos sistemas, retém partículas em

suspensão que o filtro de sucção não reteve – são instalados na saída da

bomba.

iii) Filtros de retorno, utilizados em bombas de alto rendimento, sua

finalidade é a retenção de partículas pequenas que podem estar em

suspensão antes que voltem ao reservatório.

2.6 Motor de indução elétrico WEG padrão (Standart)

Composto por rotor em gaiola de esquilo, ou seja, possui o núcleo formado por

chapas ferromagnéticas, isoladas entre si, cujos condutores, feitos de alumínio, estão

posicionados de forma paralela entre si. O estator do motor é composto com um núcleo

ferromagnético laminado, por meio do qual os enrolamentos são alimentados. Possui

várias desvantagens quando comparado ao motor de alta eficiência como maior

consumo de energia elétrica, pois possui uma corrente de partida de até 10 vezes a

corrente nominal e um conjugado de partida fraco, possui um fator de potência mais

baixo, maior temperatura de trabalho e perda de rendimento com baixas cargas.

No o desenvolvimento deste protótipo foi utilizado um motor padrão (standart)

em razão do custo, por limitações econômicas. Porém, recomenda-se na utilização

comercial deste protótipo, a utilização de motor elétrico de alta eficiência, pois,

conforme demonstrado no corpo teórico deste trabalho, os motores de alta eficiência,

contribuem para economia e utilização racional de energia elétrica.

O funcionamento do protótipo é simples, é necessária uma fonte de energia

trifásica 220 v (entre fases) por razão do motor utilizado neste protótipo. Após ligar

devidamente a tomada, é necessário certificar da boa colocação dos filtros para evitar

vazamentos. Coloca se a ponta da mangueira de sucção no reservatório a ser esvaziado e

a mangueira de recalque no reservatório provisório. Aperta se o botão verde da caixa de

comando do protótipo e inicia se a filtração. Ao observar intervalos de óleo na

mangueira de recalque pode se desligar o protótipo através do botão vermelho será o

fim do transporte e filtração do óleo lubrificante.

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CONCLUSÃO

Os óleos lubrificantes, apesar de agredirem o ambiente se não forem tratados de

forma correta e sustentável, são de muita importância para o bom funcionamento de

equipamentos, pois contribuem para diminuir o atrito e o desgaste, melhorando o

arrefecimento e minimizando a corrosão. Os aditivos, soluções adicionadas ao óleo

básico, agregam características importantes para o bom funcionamento como

antidesgaste, antiespumante, modificador de viscosidade, (SILVEIRA ET AL, 2006, p.

1194). Se descartados na natureza, esses óleos espalham-se com grande facilidade,

poluindo lençóis freáticos e rios. Se incinerados de forma incorreta geram os óxidos dos

metais, causando diversos males como a chuva ácida. (HINRICHS ET AL, 2007, p.

237)

A finalidade de se desenvolver esse protótipo é, através dos recursos que façam

a filtração do óleo lubrificante, remover partículas metálicas provenientes do desgaste

dos componentes mecânicos e transferir óleo lubrificante do seu reservatório de trabalho

para um reservatório provisório, auxiliando assim a manutenção programada ou

corretiva para executar com segurança a extração e filtração do óleo.

Para comprovar a eficácia do protótipo, e a certificação do correto

funcionamento do equipamento quando há rotação do motor, conexões, possíveis

vazamentos e eventuais falhas. Foi utilizada uma amostra proveniente de um diferencial

de uma máquina agrícola, com várias horas de uso. Deste óleo foi retirado 400 ml para

análise levando o nome “Amostra 1 Sujo” como é demonstrado no Anexo 1. Foi feito a

filtragem do óleo enviando para um reservatório previamente limpo para evitarmos

contaminação cruzada4. Do óleo filtrado foi retirada mais uma amostra de 400 ml, sendo

identificada como “Amostra 2 Filtrado” como é demonstrado no Anexo 2. As amostras

foram armazenadas em recipiente estéril e enviadas para o laboratório do Centro de

Treinamento SENAI - Lençóis Paulista, para analisar e quantificar os metais

encontrados nas amostras.

4Contaminação cruzada ocorre quando há um arraste de um contaminante para a amostra a ser

analisada, alterando o resultado.

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Tabela 2 – Teor de partículas metálicas

Amostra 1 (antes da filtragem) Amostra 2 (depois da filtragem)

Per

cen

tag

em

da

dif

eren

ça

Teor de partículas Metálicas em

óleo “ppm”

Teor de partículas Metálicas em

óleo “ppm”

IT-LTV-015/09 – VER.15 IT-LTV-015/09 – VER.15

Cu 50 Si 18 Cu 46 Si 15 -8,0 -17

Fe 145 Pb 2 Fe 127 Pb 2 -12,4 0

Ag - P 42 Ag - P 42 - 0

Mg 1 Zn 71 Mg 1 Zn 71 0,0 0

Na 2 Li 20 Na 2 Li 20 0,0 0

Ti - Al 5 Ti - Al 4 - -20

Ni 1 Sn - Ni 1 Sn - 0,0 -

Cr 3 Mo 3 Cr 2 Mo 3 -33,3 0

Ca 6 B 1 Ca 6 B 1 0,0 0

Ba 1 W - Ba 1 W - 0,0 -

V 1 V 1 0,0

Co - Co - -

Fonte: adaptada da tabela do resultado da análise feita pelo SENAI.

Legenda:

Cor verde: principais componentes de aditivos

Cor vermelha: metais com que foram removidos após a filtragem.

Segundo o Grupo OILCHECK, os aditivos mais utilizados apresentam os

seguintes metais em sua composição:

A presença dos metais Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) estão relacionados com

aditivos que têm por finalidade a função de detergentes/dispersantes. Auxilia

na manutenção das superfícies limpas, inibe a formação de ácidos e mantém

os materiais insolúveis em suspensão;

A presença de Zinco (Zn) e Fósforo (P) refere-se a um aditivo com várias

funções. Os ditiodostados de Zinco (ZDDPs) são aditivos que tem a

importante função de antidesgaste, antioxidante e também inibidor de

corrosão;

A presença de Molibdênio (Mo) é responsável por modificar o atrito,

facilitando o deslizamento entre peças;

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A presença de Silício (Si), presente em amostras novas, é muito utilizado em

óleos e tem a função de antiespumante. A empresa afirma que o valor médio

encontrado é de cerca de 10 ppm, não oferecendo risco de desgaste por se

tratar de moléculas orgânicas não abrasivas. O Grupo afirma que acima de

20 ppm pode ser indício de contaminação externa por poeira, o que é muito

abrasivo.

Observa-se, através do resultado da análise, que os metais relacionados aos

aditivos, como o caso do Magnésio (Mg), Cálcio (Ca), Fósforo (P), Zinco (Zn) e

Molibdênio (Mo), permanecem com a mesma quantidade, possivelmente por estarem

solubilizados no óleo. No caso do Si reduziu 17% da quantidade inicial.

No caso dos metais com boa relação entre resistência mecânica e resistência à

fratura, é normalmente comum ter em sua composição química Manganês (Mn), Silício

(Si), Cromo (Cr), Alumínio (Al), Fósforo (P) e Enxofre (S), GGD Metais. No caso dos

metais como o cobre (Cu) houve uma redução de 8%, o ferro (Fe) houve uma redução

de 12,4%, o Cromo (Cr) houve uma redução de 33,3% das partículas e o alumínio (Al)

houve uma redução de 20% das partículas encontradas em relação à amostra antes da

filtragem do óleo.

Conclui se que a seqüência de filtros foi eficiente para a remoção de metais

provenientes de desgaste, pois promove uma reutilização do óleo, oferecendo uma

remoção das principais partículas que podem oferecer desgaste ao equipamento. Além

disso, auxilia na sustentabilidade, já que se evita o descarte do óleo contaminado que

ofereceria muitos riscos para o meio ambiente.

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Anexo 1 – Relatório de Ensaio “Amostra 1 – Sujo”

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Anexo 2 – Relatório de Ensaio “Amostra 2 – Filtrado”