tecnologia de informação e comunicação e a formação inicial dos

Tecnologia de Informação e

Comunicação e a formação inicial dos

professores em EaD que ensinam

Matemática no Ensino Fundamental

EDNA MATARUCO DUARTE


Comunicação e a formação inicial

dos professores em EaD que

ensinam Matemática no Ensino

Fundamental

Edna Mataruco Duarte

Laura Marisa CarnieloCalejon


Comunicação e a formação inicial

dos professores em EaD que

ensinam Matemática no Ensino

Fundamental

Universidade Cruzeiro Do Sul

2015

© 2015

Universidade Cruzeiro do Sul

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Mestrado Profissional em Ensino de Ciências e Matemática

Reitor da Universidade Cruzeiro do Sul –Profa. Dra. Sueli Cristina Marquesi

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

Pró-Reitor –Profa. Dra. Tania Cristina Pithon-Curi

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

Coordenação –Profa.Dra. Norma Suely Gomes Allevato

Banca examinadora

Profa. Dra. Laura Marisa CarnieloCalejon

Profa. Dra. Rosemary Aparecida Santiago

Prof. Dr. Guillermo Arias Beatón

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL DA

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

D871t

Duarte, Edna Mataruco.

Tecnologia de informação e comunicação e a formação inicial

dos professores em EaD que ensinam matemática no ensino fundamental / Edna Mataruco Duarte. -- São Paulo: Universidade Cruzeiro do Sul, 2015.

22 p. : il. Produto educacional (Mestrado em Ensino de Ciências e

Matemática). 1. Ensino de matemática 2. Tecnologia de informação e

comunicação 3. Formação de professores 4. Educação a distância 5. Recursos tecnológicos 6. Matemática - Ensino fundamental. I. Título II. Série.

CDU: 51:37

Sumário

1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................5

2 OS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA NA

PERSPECTIVA ENFOQUE HISTÓRICO CULTURAL ........................................................7

3 O PRODUTO ........................................................................................................................10

3.1 SEQUENCIA DIDÁTICA – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA OU

PROFESSORES POLIVALENTES .......................................................................................12

3.1.1 Grandezas e Medidas ...................................................................................................12

3.2 SEQUENCIA DIDÁTICA – LICENCIATURA EM MATEMÁTICA OU

PROFESSORES ESPECIALISTAS ......................................................................................15

3.2.1 Grandezas e Medidas ...................................................................................................15

4 ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR ...................................................................................19

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................23

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................24


5


1 APRESENTAÇÃO

O presente produto foi construído a partir da dissertação intitulada

“Tecnologia de Informação e Comunicação e a formação inicial dos professores

em EaD que ensinam Matemática no Ensino Fundamental”, defendida no ano

de 2015, cujo objetivo foi identificar e analisar as condições de formação inicial

dos professores, responsáveis pelo ensino da Matemática no Ensino

Fundamental, por meio de suas percepções e concepções de educação,

aprendizagem, desenvolvimento humano, Matemática e recursos da

Tecnologia da Informação e Comunicação.

Na dissertação realizada no Programa de Mestrado Profissional em

Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Cruzeiro do Sul (DUARTE,

2015) foi possível identificar, entre outros pontos, que o Plano Pedagógico dos

Cursos de Licenciatura em Pedagogia e Licenciatura em Matemática

oferecidos na modalidade de Educação a Distância, em uma instituição

particular de ensino superior da cidade de São Paulo, e os docentes e

discentes que participaram da pesquisa percebem e concebem a utilização dos

recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação como incorporado ao

ensino da Matemática e consideram importante a interdisciplinaridade dos

conteúdos matemáticos. No entanto, a maioria dos alunos apontou a

dificuldade em realizar a interdisciplinaridade uma vez que não possuem muita

experiência de tal atividade em sua formação ou conhecimento adequado

sobre o assunto, além da prevalência no caso do curso de Licenciatura em

Matemática de um ensino pautado na resolução de exercícios.

Desta forma, procurando contribuir com uma Educação Matemática

Crítica e reforçando a necessidade da quebra do paradigma do exercício em

prol de cenários de investigação constituídos, e com uma formação inicial de

professores que promova o desenvolvimento de seu educando e uma

aprendizagem efetiva dos conteúdos matemáticos com a utilização dos

recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação sob uma perspectiva

do enfoque histórico cultural, foi elaborado este produto que trata de uma


6


proposta de aula de formação continuada seguida de uma sequência didática,

cujo tema abordado é Grandezas e Medidas presente em todos os ciclos da

escola de nove anos do Ensino Fundamental e apresentado com graus de

dificuldade diferenciados em cada ano de escolaridade. Este trabalho se

destina aos futuros professores polivalentes e especialistas responsáveis pelo

ensino dos conteúdos de Matemática no Ensino Fundamental.


7


2 OS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA NA

PERSPECTIVA ENFOQUE HISTÓRICO CULTURAL

A educação pode ser considerada um elemento chave na construção de

uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado. E

educar possui um sentido muito mais amplo que treinar pessoas para o

consumo das tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); deve-se: (1)

investir na criação de competências que possibilitem a atuação efetiva na

produção de bens e serviços; (2) tomar decisões baseadas no conhecimento;

(3) operar com fluência os meios e ferramentas de trabalho; (4) formar

indivíduos para “aprender a aprender”, e assim tornando-os capazes de se

adaptarem as mudanças tecnológicas futuras; entre outras (BRASIL, 2000).

A utilização de ferramentas tecnológicas no processo de ensino e

aprendizagem favorece os recursos didáticos, auxilia na inclusão digital, além

de possibilitar o compartilhamento de informações e experiências entre os

aprendizes (FARIAS, 2013).Porém, o sucesso dos cursos não depende

unicamente da tecnologia empregada, mas sim de diversos fatores alheios ao

meio tecnológico utilizado (NUNES, 2010).

Para Belloni (2012), a educação é e sempre foi um processo que utiliza

em sua mediação algum tipo de meio de comunicação, seja como

complemento ou apoio. Neste sentido, a sala de aula é considerada uma

tecnologia, assim como o quadro negro, o giz, o livro, entre outros materiais,

sendo as ferramentas pedagógicas que promovem a interação entre o

conhecimento e o aprendiz. Assim, a utilização dos recursos dasTICs poderá

facilitar o ensino de conceitos matemáticos e, também, auxiliar o professor a

enfrentar a zona de risco ao mover-se entre os diferentes contextos de

investigação (SKOVSMOSE, 2000).

Além disto, o indivíduo não se desenvolve com o tempo, e mesmo com

todo o aparato biológico da espécie, não conseguirá realizar uma tarefa de

forma suficiente, se não participar de ambientes e práticas específicas que

propiciem a aprendizagem (RABELLO; PASSOS, 2010). Essa capacidade de


8


desenvolvimento está fortemente associada às diferenças qualitativas no

ambiente social do qual o indivíduo faz parte (PALANGA, 1994).

Em sua teoria Vygostky prioriza as funções do ambiente no

desenvolvimento intelectual ao dizer que a aprendizagem interage com o

desenvolvimento, gerando avanços nas zonas de desenvolvimento proximal

(ZDP), onde as interações sociais e o contexto sociocultural são elementos

essenciais (SOUZA FILHO, 2008). Como demonstra Beatón (2005), a ZDP

mais do que um espaço psicológico é um espaço de mediação, é algo mais

que um espaço propriamente psicológico, é uma possibilidade psicológica;

porém, além disso, é um espaço interpessoal em que os sujeitos estão em

atividade e comunicação, em que se aplica a lei fundamental do

desenvolvimento proposta por Vygotski. Esta lei demonstra que todos os

conteúdos psicológicos ocorrem primeiro no plano interpessoal e depois no

plano intrapsíquico.

Corroborando com este cenário temos a interdisciplinaridade; para

Trindade (2008), a prática interdisciplinar pressupõe uma desconstrução e

ruptura com o tradicional e o cotidiano escolar, no qual o professor, sem abrir

mão de suas características, possibilita a interdependência, compartilhamento,

encontro, diálogo e transformações. Entender a interdisciplinaridade é um fator

importante para sua aplicação e para se evitar banalização em sua utilização.

Assim, Fazenda (1992 apud SANTIAGO; CALEJON, 2015, p. 24) a define

como “uma atitude epistemológica que ultrapassa os hábitos intelectuais ou

mesmo os programas de ensino”, imprimindo uma mudança de visão do

conhecimento e alterações substanciais no modo de ensino e de produção do

conhecimento.

A contextualização do saber é um desafio didático, responsável por

atribuir sentido ao plano existencial do aluno por meio do compromisso com o

contexto por ele vivenciado e, assim, corroborando com um significado

autêntico, sem que com isso reduza o significado das ideias matemáticas que

deram origem ao saber ensinado. O saber escolar revela uma especificidade


9


própria e devem-se conduzir os conteúdos matemáticos de forma a conciliar a

teoria e à prática, iniciando-se pela vivência do aluno, mas não o reduzindo ao

saber cotidiano (PAIS, 2011).

Neste sentido, ao falar em contextualização não podemos deixar de

apontar a transposição didática, que nos dá uma visão panorâmica das

transformações do saber matemático, desde sua origem, passando pelas

ideias dos autores de livro didático, por especialistas em educação, pelos

responsáveis pelas políticas educacionais, pelas interpretações dos

professores, até chegar à sala de aula, onde o aluno terá contato com o

conteúdo (PAIS, 2011). Contextualização e transposição didática envolvem a

consideração, por um lado, do significado dado à Matemática pela cultura da

formalização deste conhecimento e, por outro, do sentido dado pelo aluno ao

conhecimento matemático veiculado pela escola.

Logo, a utilização dos recursos tecnológicos pode contribuir com

comportamentos,no aprendiz,como planejar, atuar, interagir, cooperar e

colaborar, favorecendo o amadurecimento dos conceitos que estão na ZDP

(SOUZA FILHO, 2008).E a interdisciplinaridade contribui para ultrapassar as

paredes de sala aula ou das áreas de conhecimento. Assim, a utilização

correta dos recursos de TIC dentro de uma proposta didático pedagógica pode

promover relações interpessoais capazes de corroborar com a aprendizagem e

desenvolvimento do educando e propiciar uma educação de qualidade.


10


3 O PRODUTO

Este produto consiste em uma proposta de Formação Continuada,

seguida de uma sequência didática direcionada aos alunos de graduação dos

cursos de Licenciatura em Pedagogia e Licenciatura em Matemática, e aos

professores polivalentes e especialistas; o conteúdo tratado é Grandezas e

Medidas.Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática (BRASIL,

1997) esse conteúdo se justifica pela frequente necessidade de comparar ou

medir grandezas de diversas naturezas em situações do cotidiano. E das

comparações das grandezas de mesma natureza surge a ideia de medida e o

desenvolvimento de procedimentos e uso adequado de instrumentos, entre

outros da balança, fita métrica e relógio.

Neste trabalho, procuramos apresentar a balança, um instrumento de

medida por meio de duas propostas de sequências didáticas que irão

contemplar as séries iniciais e finais do Ensino Fundamental. O objetivo é

motivar os futuros professores na utilização dos recursos de Tecnologias de

Informação e Comunicação sob uma perspectiva do enfoque histórico cultural,

procurando a contextualização e incorporação dos saberes matemáticos

produzidos dentro e fora do ambiente escolar. E, também, buscamos oferecer

sugestões de recursos que poderão apoiá-los nesta atividade pedagógica.

Na sequência didática para o curso de Licenciatura em Pedagogia, a

proposta é a apresentação da balança para os alunos do curso de Licenciatura

em Pedagogia ou professores polivalentes; nesta perspectiva os alunos ou

professores são apresentados ao objeto de aprendizagem “Feira dos Pesos”

localizado no repositório da Rede Internacional Virtual de Educação (RIVED)1,

conforme Figura 1.

1 Disponível em < http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/feiradosPesos/feiradosPesos.html >.


11


Figura 1 – Objeto de Aprendizagem Feira dos Pesos Fonte: RIVED, 2015

Em outra sequênciadidática voltada ao curso de Licenciatura em

Matemática, o instrumento é apresentado aos alunos de Licenciatura em

Matemática ou professores especialistas de Matemática, por meio de um vídeo,

conforme Figura 2 e um objeto de aprendizagem desenvolvido pelo Grupo de

Informática Educativa (GIED)2 “Unidades de Medida de Massa”, conforme

Figura 3.

Figura 2 – Precisão: A medida de todas as coisas – Episódio 2 (Massa e Mol) Fonte: YouTube, 2015

2 Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=XSnjP2vx5Fk>


12


Figura 3 – Objeto de Aprendizagem Unidades de Medida de Massa Fonte: GIED, 2015

Em cada sequência serão fornecidas informações como: tema,

justificativa, objetivo(s),materiais necessários, público alvo,tempo previsto e

descrição concisa das atividades aserem desenvolvidas.

3.1 SEQUENCIA DIDÁTICA – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA OU

PROFESSORES POLIVALENTES

3.1.1 Grandezas e Medidas

Subtema: Balança – medida da massa

Justificativa: propiciar o conhecimento deste instrumento para auxiliar

os alunos no entendimento de massa e na necessidade de comparar ou

medir grandezas de diversas naturezas em situações do cotidiano.

Objetivo: apresentar como o recurso da Tecnologia de Informação e

Comunicação poderá contribuir com os futuros professores no ensino

deste conteúdo nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Além disto,

fornecer elementos históricos sobre a evolução deste instrumento e sua


13


importância nos tempos atuais.

Material necessário: computador, projetor, caixa de som, objeto de

aprendizagem “Feira dos Pesos” disponível no repositório RIVED no

endereço:http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/feiradosPesos/feiradoSPesos.

html

e vídeo disponível no YouTube com o titulo “Precisão: A medida de

todas as coisa – Episódio 2 (Massa e Mol), localizado no endereço:

https://www.youtube.com/watch?v=XSnjP2vx5Fk

Tempo previsto: 4 horas.

Público alvo: Alunosdo curso de Licenciatura em Pedagogia ou

Professores Polivalentes.

Descrição da atividade:

o Passo 1: (0h:10min)

Primeiramenteos alunos deverão responder um questionário,

que tem como objetivo identificar seus conhecimentos sobre o

tema “Peso e Massa”, e também sanar dúvidas ou

entendimentos errôneos. As questões são:

Defina peso.

Defina massa.

O que é o quilo ou quilograma?

Qual instrumento é utilizado para medir a massa? Cite dois

tipos.


Após coletar as repostas, será realizada uma discussão com a

http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/feiradosPesos/feiradoSPesos.html

http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/feiradosPesos/feiradoSPesos.html



14


sala sobre as questões e em seguida apresentado o vídeo:

“Precisão: A medida de todas as coisas – Episódio2 (Massa e

Mol).

Antes de iniciar o documentário os alunos serão

direcionados a observar os seguintes pontos no vídeo: (1)

Existem fatos históricos apontados sobre a evolução das

medidas e da balança? (2) Em algum momento é possível

identificar a interdisciplinaridade entre este conteúdo da

Matemática com outras áreas do conhecimento? (3) Há

alguma menção da utilização deste conteúdo nos dias

atuais?


Após a apresentação do documentário, será aberta a discussão

com os alunos sobre os pontos relevantes encontrados no

documentário, tendo como princípio as observações apontadas

anteriormente.


Uma vez terminada a discussão será solicitado aos alunos que

elaborem em grupo uma forma de apresentar o instrumento

balança aos seus futuros alunos das séries iniciais utilizando

algum recurso tecnológico e realizando sua contextualização.

Após este período, cada grupo terá 5 minutos para apresentar

sua proposta à sala.

o Passo 5: (0h:40 min)

Terminadas as considerações e exposições será apresentado o

objeto de aprendizagem do RIVED “Feira dos Pesos” e será

estipulado o tempo de 30 minutos para que os alunos possam

manipular a ferramenta. Em seguida será realizada uma


15


discussão entre os participantes sobre as contribuições das TICs

no ensino deste conteúdo da Matemática e o encerramento das

atividades. Tempo estimado 40 minutos.

Observações com relação ao Objeto de Aprendizagem:

o No site do RIVED é possível encontrar informações importantes

para auxiliar na contextualização de sua utilização em sala de

aula. Estas informações estão no guia do professor no endereço

http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/feiradosPesos/gpFeiraPesos.pdf.

Neste documento existe um procedimento de montagem de uma

balança como o uso de garrafa pet, barbante e palitos, conforme

Figura 4.

Figura 4 - Balança de dois pratos com garrafa pet Fonte: RIVED, 2015

3.2 SEQUENCIA DIDÁTICA – LICENCIATURA EM MATEMÁTICA OU

PROFESSORES ESPECIALISTAS

3.2.1 Grandezas e Medidas

Subtema: Balança – medida da massa.

Justificativa: propiciar o conhecimento deste instrumento para auxiliar

os alunos no entendimento de massa e na necessidade de comparar ou

medir grandezas de diversas naturezas em situações do cotidiano.


16


Objetivo: apresentar como o recurso da Tecnologia de Informação e

Comunicação poderá auxiliar os futuros professores no ensino deste

conteúdo nas séries finais do Ensino Fundamental. Além disto, fornecer

elementos históricos sobre a evolução deste instrumento e sua

importância nos tempos atuais.

Material necessário: computador, projetor, caixa de som, objeto de

aprendizagem “Unidades de Medida de Massa” disponível no repositório

GIED no endereço http://gied.ffalm.br/OAs/OAGIEDMedidaMassa.swf,

vídeo disponível no YouTube com o titulo “Precisão: A medida de todas

as coisa – Episódio 2 (Massa e Mol), localizado no endereço:


Tempo previsto: 4 horas.

Público alvo: Alunosdo curso de Licenciatura em Matemática e

Professores Especialistas de Matemática.

Descrição da atividade:


Os alunos deverão responder um questionário, que tem como

objetivo identificar seus conhecimentos sobre o tema “Peso e

Massa”, e também sanar dúvidas ou entendimentos errôneos.

As questões são:

Defina peso.

Defina massa.

O que é o quilo ou quilograma?

Qual instrumento é utilizado para medir a massa? Cite dois

tipos.

http://gied.ffalm.br/OAs/OAGIEDMedidaMassa.swf



17



Após coletar as repostas, será realizada uma discussão com a

sala sobre as questões e em seguida apresentado o vídeo:

“Precisão: A medida de todas as coisas – Episódio2 (Massa e

Mol).

Antes de iniciar o documentário os alunos serão

direcionados a observar os seguintes pontos no vídeo: (1)

Existem fatos históricos apontados sobre a evolução das

medidas e da balança? (2) Em algum momento é possível

identificar a interdisciplinaridade entre este conteúdo da

matemática com outras áreas do conhecimento? (3) Há

alguma menção da utilização deste conteúdo nos dias

atuais?


Será aberta a discussão com os alunos sobre os pontos

relevantes encontrados no documentário, tendo como princípio

as observações apontadas anteriormente.


Uma vez terminada a discussão será solicitado aos alunos que

elaborem em grupo uma forma de apresentar o instrumento

balança aos seus futuros alunos das séries finais utilizando

algum recurso tecnológico e realizando sua contextualização.

Após este período, cada grupo terá 5 minutos para apresentar

sua proposta à sala.

o Passo 5: (0h:40 min)

Terminada as considerações e exposições dos alunos será

apresentado o objeto de aprendizagem do GIED “Unidades de


18


Medida da Massa” e será estipulado o tempo de 30 minutos para

que os alunos possam manipular a ferramenta. Em seguida,

será realizada uma discussão entre os participantes sobre a

contribuição das TICs no ensino deste conteúdo da matemática

e o encerramento das atividades.


19


4 ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR

O vídeo apresenta a evolução da medição da massa demonstrando

aspectos históricos e a interdisciplinaridade da Matemática com outras áreas

do conhecimento e atividades do cotidiano. Também apresenta as

investigações científicas para chegar a uma padronização e as pesquisas que

estão sendo desenvolvidas para sua manutenção. A ideia ao apresenta-lo é

inserir e motivar o aluno no campo de investigação e pesquisa, procurando

inspirá-lo a enriquecer as aulas que abordem este conteúdo no Ensino

Fundamental com experiências, construção de uma balança simples pelos

alunos e, em seguida, utilização do objeto de aprendizagem.

Como outra sugestão: o professor poderia solicitar uma pesquisa para

os alunos sobre “Le Grand K” e os países que utilizam ou não os clones para

padronizar suas medidas de massa, bem como as motivações políticas e

econômicas para sua adoção. Ainda, caso tenha tempo disponível: na

sequência didática, que seja inserida uma discussão sobre os objetos de

aprendizagem e os cenários de investigação de Skovsmose por meio do artigo

“Objetos de aprendizagem: uma analise da aprendizagem matemática e suas

concepções tecnológicas”, disponível na Revista de Ensino de Ciências e

Matemática – REnCIMA (DUARTE, CALEJON, 2015).

Os problemas que podem acontecer na sequência didática são

provenientes da indisponibilidade de conexão da Internet ou problemas com os

computadores no laboratório que será aplicado. Em ambos os casos uma

forma de mitigar os impactos é realizar o download dos materiais necessários,

no caso o documentário e os objetos de aprendizagem. Nenhum dos dois

demanda instalação ou qualquer conhecimento mais profundo de TICs para

sua configuração, além deo seu manuseio ser fácil e autoexplicativo.

No objeto de aprendizagem “Feira de Pesos” o aluno será convidado a

ajudar o feirante que comprou uma balança de dois pratos a organizar os

pesos em ordem crescente ou decrescente. Para escolher a ordem basta clicar

no campo [Ordem] e com a seta para baixo escolher a opção desejada. Há


20


também a possibilidade de escolher o nível desejado, quanto maior o número

indicado no nível maior será a quantidade de pesos que o aluno devera colocar

em ordem. Outra possibilidade interessante é a de acompanhar o número de

tentativas que o aluno utilizou para organizar os pesos na balança, clicando na

opção [Histórico]. Para iniciar o objeto de aprendizagem, basta clicar em

[Iniciar], conforme Figura 5, para levar o peso até um dos pratos da balança

clique uma vez no peso com o botão esquerdo do mouse, e para liberar sobre

o prato clique duas vezes no peso. Mais informações podem ser obtidas na

opção [Ajuda], conforme apresentado na Figura 6.

Figura 5 – Objeto de Aprendizagem Feira dos Pesos

Fonte: RIVED, 2015


21


Figura 6 – Objeto de Aprendizagem Feira dos Pesos Fonte: RIVED, 2015

Quanto ao objeto de aprendizagem Unidades de Medida de Massa, o

aluno poderá tirar dúvidas da parte teórica e realizar atividades. Este objeto de

aprendizagem procura, por meio de interação, apresentar fatos históricos que

marcaram a evolução das medidas da massa, de uma forma bem simples e

rápida. Para iniciar basta clicar na opção [Clique aqui] no objeto de

aprendizagem, conforme Figura 7. Para movimentar-se entre as telas utilize as

setas para direita ou esquerda e para voltar ao início ou algum tópico

específico utilize a opção [Menu], conforme a Figura 8.


22


Figura 7 – Objeto de Aprendizagem Unidade de Medida de Massa Fonte: GIED, 2015

Figura 8 – Objeto de Aprendizagem Unidade de Medida de Massa Fonte: GIED, 2015


23


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na elaboração deste produto procurou-se trazer a utilização dos

recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) não para

automatizar tarefas que antes eram realizadas de outras formas, mas

principalmente para torná-la efetivamente uma parceira no ensino dos

conteúdos da Matemática, visualizando como um meio e não fim do processo

educativo. Além disto, buscamos priorizar a discussão e trocas de experiências

nas atividades, pois assim entendemos que estamos contribuindo com uma

formação que procura o desenvolvimento dos alunos e promova a

aprendizagem efetiva dos conhecimentos.

Por este motivo, procuramos demonstrar ao longo da dissertação e

deste produto que o professor é e sempre será o elemento mais importante do

processo de ensino e aprendizagem e são suas percepções e concepções com

relação ao ensino da Matemática, TICs, educação, aprendizagem,

desenvolvimento humano e suas vivências que irão permear suas atitudes em

sua atuação pedagógica.

Portanto, esta proposta de formação continuada representa nossa

contribuição a partir da pesquisa realizada no mestrado, com o objetivo de

fornecer aos alunos que serão os futuros professores que irão atuar no Ensino

Fundamental ou professores polivalentes e especialistas em Matemática uma

oportunidade de sanar deficiências apontadas nos cursos de formação inicial.


24


REFERÊNCIAS

BEATÓN, G. A. La Persona en lo Histórico Cultural. São Paulo: Linera B,

2005.

BELLONI, M. L. Educação a distância. 6 ed. Campinas, SP: Autores

Associados, 2012.

BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Sociedade da Informação no

Brasil: livro verde. Brasília, 2000.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares

nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997.

DUARTE, E. M. Tecnologia de informação e comunicação e a formação

inicial dos professores em EaD que ensinam Matemática no Ensino

Fundamental. 2015. 140 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e

Matemática)-Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2015.

DUARTE, E. M.; CALEJON, L. M. C. Objetos de aprendizagem: uma análise da

aprendizagem matemática e suas concepções tecnológicas. Revista de

Ensino de Ciências e Matemática - REnCiMa, Edição Especial: IV Encontro

de Produção Discente, v. 6, n. 1, p. 1-11, 2015. Disponível

em<http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/1029

>Acesso em:03 abr. 2016.

FARIAS, S. C. Os benefícios das tecnologias da informação e comunicação

(TIC) no processo de educação a distância (EAD). Revista Digital de

Biblioteconomia e Ciência da Informação. Campinas, SP, v. 11, n.3, p.15-29,

set./dez. 2013.

NUNES, J. S. O uso pedagógico dos Mapas Conceituais no contexto das novas

tecnologias. Intenational Journal of Collaborative Open Learning, vol.1, jul.

2010.ISSN 2040-8145.

PAIS, L. C. Didática da Matemática: uma análise da influência francesa. 3. ed.

Belo Horizonte: Autentica Editora, 2011.

PALANGA, I.C. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a

relevância do social. São Paulo: Plexus, 1994.

RABELLO, E. T.; PASSOS, J. S. Vygotsky e o desenvolvimento humano.

Disponível em <http://www.josesilveira.com>. Acesso em: 20 abr. 2014.

SANTIAGO, R. A.; CALEJON, L. M. C. A formação do professor e a inclusão

educacional de jovens e adultos. In: CONGRESSO NACIONAL DE

PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL, 12. - ANNUAL CONFERENCE

OF THE INTERNATIONAL SCHOOL PSYCHOLOGY ASSOCIATION,


25


37.,2015, São Paulo. Anais... No prelo.

SKOVSMOSE, O. Cenários para investigação. Boletim de Educação

Matemática –Bolema, v. 13, n. 14, p. 66-91, 2000.

SOUZA FILHO, M. L. S. Relações entre aprendizagem e desenvolvimento em

Piaget e em Vygotsky: dicotomia ou compatibilidade? Revista Diálogo

Educacional, Curitiba, v.8, n.23, p. 165-275, jan/abr. 2008.

TRINDADE, D. F. Interdisciplinaridade: um novo olhar sobre as ciências. In:

FAZENDA, I. (Org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.

tecnologia de informação e comunicação e a formação inicial dos

Documents