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  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Mesmo quando os mtodos de fabricao eram

    bastante rudimentares os artesos da

    Antiguidade, na sia e, mais tarde, na Europa

    medieval, conseguiam fabricar o ao. O ao

    daquela poca chamava-se ao de

    cementao. Era uma liga de ferro e carbono

    obtida aquecendo-se o ferro em contato com

    um material carbonceo durante um longo

    tempo. O ao de Wootz, da ndia, o ao de

    Damasco e os aos de Toledo, na Espanha, so

    exemplos desse tipo de ao.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    O problema dos artesos da antiguidade

    eles no conseguiam produzir o ferro e,

    conseqentemente, o ao em larga

    escala. O grande salto da Revoluo

    Industrial foi, exatamente, desenvolver

    os mtodos corretos para fabricar aos

    de melhor qualidade e em quantidades

    que atendessem s novas necessidades

    das indstrias que surgiam.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Na aula passada, voc estudou que o

    produto que sai do alto-forno o ferro

    -gusa, uma matria-prima com grandes

    quantidades de carbono e impurezas

    normais, como o silcio, o mangans, o

    fsforo e o enxofre. Por causa disso, o

    gusa duro e quebradio.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Para transformar o gusa em ao,

    necessrio que ele passe por um

    processo de oxidao - combinao do

    ferro e das impurezas com o oxignio -

    at que a concentrao de carbono e das

    impurezas se reduza a valores desejados.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Como produzir ao em grandes quantidades

    A idia apresentada, simultaneamente, por

    um ingls, Henry Bessemer, e por um

    americano, William Kelly, em 1847, foi

    injetar ar sob presso a fim de que ele

    atravessasse o gusa. Os fornos que usam

    esse princpio, ou seja, a injeo de ar ou

    oxignio diretamente no gusa lquido, so

    chamados "conversores" e so de vrios

    tipos.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Tipos de conversores

    1. Conversor

    Bessemer,

    2. Conversor

    Thomas

    3. Conversor LD

    (Linz Donawitz)

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Bessemer

    constitudo por uma carcaa de

    chapas de ao, soldadas e rebitadas.

    Essa carcaa revestida internamente,

    com uma grossa camada de material

    refratrio, isto , aquele que resiste a

    altas temperaturas. Seu fundo

    substituvel e cheio de orifcios por

    onde entra o ar sob presso.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Bessemer(continuao)

    A grande sacada desse forno seu formato

    (os livre tcnicos dizem que ele se parece a

    uma pera bem estilizada que permite seu

    basculamento. Quer dizer, ele montado

    sobre eixos que permitem coloc-lo na

    posio horizontal, para

    a carga do gusa e

    descarga do ao, e na

    posio vertical para a

    produo do ao.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Bessemer(continuao)

    Este forno no precisa de combustvel.

    A alta temperatura alcanada e

    mantida, devido s reaes qumicas

    que acontecem quando o oxignio do ar

    injetado entra em contato com o

    carbono do gusa lquido.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Bessemer(continuao)

    Nesse processo, h a combinao do

    oxignio com o ferro, formando o

    xido de ferro (FeO) que, por sua vez,

    se combina com o silcio (Si), o

    mangans (Mn) e o carbono (C),

    eliminando as impurezas sob a forma

    de escria e gs carbnico.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Bessemer(continuao)

    Esse ciclo dura, em mdia 20 minutos e o

    ao resultante desse processo tem a

    seguinte composio: 0,10% (ou menos)

    de carbono, 0,005% de silcio, 0,50% de

    mangans, 0,08% de fsforo e 0,25% de

    enxofre.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Thomas

    bastante semelhante ao Bessemer: ele

    tambm basculante, tambm processa

    gusa lquido e tambm usa ar nesse

    processo. A diferena est no revestimento

    refratrio desse conversor, que feito com

    um material chamado dolomita, que resiste

    ao ataque da escria base de cal e, por

    isso, esse material permite trabalhar com

    um gusa com alto teor de fsforo.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor Thomas(continuao)

    As reaes qumicas que acontecem dentro

    desse conversor so as mesmas que

    acontecem no conversor Bessemer, ou seja,

    ,

    . Esse processo,

    porm, tem duas desvantagens: no elimina

    o enxofre do gusa e o revestimento interno

    do forno atacado pelo silcio. Assim, o

    .

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor LD(cont.)

    usa tambm o princpio

    da injeo do oxignio. A

    diferena que o

    oxignio puro soprado

    sob presso na superfcie

    do gusa lquido. Essa

    injeo feita pela parte

    de cima do conversor.

    Zona de

    impacto

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Conversor LD(cont.)

    A injeo do oxignio

    feita por meio de uma

    lana metlica composta

    de vrios tubos de ao. O

    jato de oxignio dirigido

    para a superfcie do gusa

    lquido e essa regio de

    contato chamada de

    zona de impacto .

    Zona de

    impacto

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do AoConversor LD(continuao)

    A Na zona de impacto, a reao de oxidao

    muito intensa e a temperatura chega a

    atingir entre 2.500 e 3.000C. Nesse

    conversor, a contaminao do ao por

    nitrognio muito pequena porque se usa

    oxignio puro. Isso um fator importante

    para os aos que passaro por processo de

    soldagem, por exemplo, pois esse tipo de

    contaminao causa defeitos na solda.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Vantagens na utilizao de conversores

    alta capacidade de produo,

    dimenses relativamente pequenas,

    simplicidade de operao e o fato de as

    altas temperaturas no serem geradas pela

    queima de combustvel, mas pelo calor que

    se desprende no processo de oxidao dos

    elementos que constituem a carga de gusa

    lquido.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Desvantagens na utilizao de conversores

    impossibilidade de trabalhar com sucata,

    perda de metal por queima,

    dificuldade de controlar o processo com

    respeito quantidade de carbono,

    presena de considervel quantidade de

    xido de ferro e de gases, que devem ser

    removidos durante o vazamento ( operao

    de descarga do conversor).

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Produto final dos conversores

    aos usados na fabricao de chapas,

    tubos soldados,

    perfis laminados,

    arames.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Transformao de sucata em ao

    nos fornos eltricos que se transforma

    sucata em ao. Por esse processo

    transforma-se energia eltrica em energia

    trmica, por meio da qual ocorre a fuso

    do gusa e da sucata, sob condies

    controladas de temperatura e de oxidao

    do metal lquido. um processo que

    permite, tambm, a adio de elementos de

    liga que melhoram as propriedades do ao

    e lhe do caractersticas excepcionais.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Transformao de sucata em ao

    Os fornos eltricos so basicamente de

    dois tipos:

    a arco eltrico

    e de induo.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Forno a arco eltrico

    constitudo de uma carcaa de ao feita

    de chapas grossas soldadas ou rebitadas,

    de modo a formar um recipiente cilndrico

    com fundo abaulado. Essa carcaa

    revestida na parte inferior (chamada

    soleira), por materiais refratrios, de

    natureza bsica (dolomita ou magnesita)

    ou cida (slica), dependendo da carga que

    o forno vai processar.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Forno a arco eltrico(continuao)

    O restante do forno revestido com tijolos

    refratrios silicosos. Os eletrodosresponsveis,

    juntamente com a

    carga metlica, pela

    formao do arco

    eltrico esto

    colocados na abbada,

    parte superior do

    forno.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Forno a arco eltrico(continuao)

    Durante o processo, algumas reaes

    qumicas acontecem: a oxidao, na qual

    oxidam-se as impurezas e o carbono, a

    desoxidao, ou retirada dos xidos com

    a ajuda de agentes desoxidantes, e a

    dessulfurao, quando o enxofre

    retirado. um processo que permite o

    controle preciso das quantidades de

    carbono presentes no ao.

  • Prof. Marcio Gomes

    Tecnol. Mecnica: Produo do Ao

    Forno de induo

    O conjunto que compe esse forno

    formado de um gerador com motor de

    acionamento, uma bateria de

    condensadores e uma cmara de

    aquecimento. Essa cmara basculante e

    tem, na parte externa, a bobina de induo.

    O cadinho feito de massa refratria

    socada dentro dessa cmara, onde a