técnicas de inspecção_ensaios não destrutivos

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Execução de observações, inspecções e ensaios “in situ” não destrutivos ou reduzidamente intrusivos, de levantamento, diagnóstico e controlo de qualidade Caderno de Encargos Condições técnicas especiais Parte III - Condições a que deverá satisfazer cada uma das técnicas de ensaios correntes fornecidos. Conteúdo 1. DETECÇÃO DE ARMADURAS, MEDIÇÃO DO RECOBRIMENTO E AVALIAÇÃO DO SEU DIÂMETRO, UTILIZANDO UM PACÓMETRO ................. 5 1.1 OBJECTO ....................................................................................................... 5 1.2 CRITÉRIO DE MEDIÇÃO ..................................................................................... 5 1.3 CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO................................................................ 5 1.4 EXECUÇÃO DO ENSAIO..................................................................................... 5 1.4.1 Preparação do ensaio ........................................................................ 5 1.4.2 Realização do ensaio......................................................................... 6 1.4.3 Processamento e apresentação dos resultados ................................ 6 2. AVALIAÇÃO DA TAXA DE CORROSÃO DAS ARMADURAS ATRAVÉS DA TÉCNICA DA RESISTÊNCIA DE POLARIZAÇÃO ......................................... 8 2.1 OBJECTO ....................................................................................................... 8 2.2 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................... 8 2.3 CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS ............................................................ 8 2.4 EXECUÇÃO DO ENSAIO..................................................................................... 9 2.4.1 Preparação do ensaio ........................................................................ 9 2.4.2 Realização das medições dos parâmetros da corrosão .................... 9 2.4.3 Processamento e apresentação dos resultados ................................ 9 3. DETERMINAÇÃO DA PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO DE BETÕES ............................................................................................................. 11 3.1 OBJECTO ..................................................................................................... 11 3.2 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................. 11 3.3 EXECUÇÃO DO ENSAIO................................................................................... 11 3.3.1 Preparação do ensaio ...................................................................... 11 3.3.2 Realização do ensaio....................................................................... 11 3.3.3 Processamento e apresentação dos resultados .............................. 12 4. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETOS PRESENTE NO BETÃO ........... 13 4.1 OBJECTO ..................................................................................................... 13 4.2 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................. 13

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Estruturas betão

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  • Execuo de observaes, inspeces e ensaios in situ no destrutivos ou reduzidamente intrusivos,

    de levantamento, diagnstico e controlo de qualidade

    Caderno de Encargos Condies tcnicas especiais

    Parte III - Condies a que dever satisfazer cada uma das tcnicas de ensaios

    correntes fornecidos.

    Contedo 1. DETECO DE ARMADURAS, MEDIO DO RECOBRIMENTO E

    AVALIAO DO SEU DIMETRO, UTILIZANDO UM PACMETRO ................. 5 1.1 OBJECTO ....................................................................................................... 5 1.2 CRITRIO DE MEDIO ..................................................................................... 5 1.3 CARACTERSTICAS DO EQUIPAMENTO ................................................................ 5 1.4 EXECUO DO ENSAIO ..................................................................................... 5

    1.4.1 Preparao do ensaio ........................................................................ 5 1.4.2 Realizao do ensaio ......................................................................... 6 1.4.3 Processamento e apresentao dos resultados ................................ 6

    2. AVALIAO DA TAXA DE CORROSO DAS ARMADURAS ATRAVS DA TCNICA DA RESISTNCIA DE POLARIZAO ......................................... 8 2.1 OBJECTO ....................................................................................................... 8 2.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................... 8 2.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS ............................................................ 8 2.4 EXECUO DO ENSAIO ..................................................................................... 9

    2.4.1 Preparao do ensaio ........................................................................ 9 2.4.2 Realizao das medies dos parmetros da corroso .................... 9 2.4.3 Processamento e apresentao dos resultados ................................ 9

    3. DETERMINAO DA PROFUNDIDADE DE CARBONATAO DE BETES ............................................................................................................. 11 3.1 OBJECTO ..................................................................................................... 11 3.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 11 3.3 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 11

    3.3.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 11 3.3.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 11 3.3.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 12

    4. DETERMINAO DO TEOR DE CLORETOS PRESENTE NO BETO ........... 13 4.1 OBJECTO ..................................................................................................... 13 4.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 13

  • III - 2

    4.3 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 13 4.3.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 13 4.3.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 13 4.3.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 14

    5. AVALIAO DA UNIFORMIDADE DA RESISTNCIA COMPRESSO SUPERFICIAL DE BETES, UTILIZANDO O ESCLERMETRO DE SCHMIDT ............................................................................................................ 15 5.1 OBJECTO ..................................................................................................... 15 5.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 15 5.3 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 15

    5.3.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 15 5.3.2 Execuo do ensaio ......................................................................... 15 5.3.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 16

    6. DETERMINAO DA RESISTNCIA ACTUAL DE BETES ATRAVS DE ENSAIO DE ROTURA COMPRESSO SOBRE PROVETES CILNDRICOS, OBTIDOS A PARTIR DE CAROTES ......................................... 17 6.1 OBJECTO ..................................................................................................... 17 6.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 17 6.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 17 6.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 17

    6.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 17 6.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 18

    6.4.2.1 Extraco das carotes ............................................................... 18 6.4.2.2 Ensaio ........................................................................................ 19

    6.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 19 7. AVALIAO DA ADERNCIA DE REVESTIMENTOS SUPERFICIAIS OU

    MATERIAIS DE REPARAO OU REFORO ESTRUTURAL DE ESTRUTURAS DE BETO, UTILIZANDO O EQUIPAMENTO DE ARRANCAMENTO PULL-OFF ......................................................................... 20 7.1 OBJECTO ..................................................................................................... 20 7.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 20 7.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 20 7.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 20

    7.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 20 7.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 21

    7.4.2.1 Corte e colagem das pastilhas metlicas .................................. 21 7.4.2.2 Execuo dos arrancamentos ................................................... 21

    7.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 21 8. AVALIAO DA QUALIDADE DO BETO ATRAVS DE ENSAIOS DE

    ULTRA-SONS ..................................................................................................... 23 8.1 OBJECTO ..................................................................................................... 23 8.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 23 8.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 23 8.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 23

    8.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 23 8.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 23 8.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 24

  • III - 3

    9. MEDIO DA PROFUNDIDADE DE FISSURAS NO BETO ATRAVS DE ENSAIOS DE ULTRA-SONS ........................................................................ 25 9.1 OBJECTO ..................................................................................................... 25 9.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 25 9.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 25 9.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 25

    9.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 25 9.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 25 9.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 26

    10. DETECO E AVALIAO DE DESCONTINUIDADES NO INTERIOR DA SECO DE ELEMENTOS DE BETO ARMADO ATRAVS DE ENSAIOS DE IMPACTO-ECO ............................................................................ 27 10.1 OBJECTO ..................................................................................................... 27 10.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 27 10.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 27 10.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 27

    10.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 27 10.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 28 10.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 29

    11. MEDIO INDIRECTA DA ESPESSURA DA SECO DE ELEMENTOS DE BETO ARMADO LAMINARES ATRAVS DE ENSAIOS DE IMPACTO-ECO ................................................................................................... 30 11.1 OBJECTO ..................................................................................................... 30 11.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 30 11.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 30 11.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 30

    11.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 30 11.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 31 11.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 32

    12. ENSAIOS DE INTEGRIDADE DE ESTACAS DE BETO UTILIZANDO MTODOS SNICOS ........................................................................................ 33 12.1 OBJECTO ..................................................................................................... 33 12.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 33 12.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 33 12.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 33

    12.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 33 12.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 34 12.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 34

    13. MONITORAGEM DA ABERTURA DE FISSURAS UTILIZANDO FISSURMETROS POTENCIMETRICOS OU DE CORDA VIBRANTE ......... 35 13.1 OBJECTO ..................................................................................................... 35 13.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 35 13.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 35 13.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 35

    13.4.1 Preparao da monitoragem ........................................................... 35 13.4.2 Realizao da monitoragem ............................................................ 36 13.4.3 Processamento e apresentao dos resultados .............................. 36

  • III - 4

    14. ENSAIOS DE CARGA ESTTICOS E DE CURTA DURAO EM ESTRUTURAS DE EDIFCIOS ........................................................................... 37 14.1 OBJECTO ..................................................................................................... 37 14.2 CRITRIOS DE MEDIO ................................................................................. 37 14.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS .......................................................... 37 14.4 EXECUO DO ENSAIO ................................................................................... 37

    14.4.1 Preparao do ensaio ...................................................................... 37 14.4.2 Realizao do ensaio ....................................................................... 38 14.4.3 Processmento e apresentao dos resultados ................................ 39

  • III - 5

    1. DETECO DE ARMADURAS, MEDIO DO RECOBRIMENTO E AVALIAO DO SEU DIMETRO, UTILIZANDO UM PACMETRO

    1.1 OBJECTO

    Levantamento da pormenorizao da seco de elementos de beto armado (armadura principal e armadura secundria).

    Medio do recobrimento das armaduras de elementos de beto armado para

    estudos de durabilidade em relao ao mecanismo de deteriorao por corroso.

    1.2 CRITRIO DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    1.3 CARACTERSTICAS DO EQUIPAMENTO

    A faixa de medio do equipamento dever permitir a deteco de armaduras at uma profundidade de pelo menos 360 mm para vares com o dimetro de 40 mm e de pelo menos 220 mm para vares com o dimetro de 6 mm. O equipamento dever, ainda, possuir as seguintes caractersticas:

    Medio do recobrimento directamente face do varo, ignorando as nervuras existentes.

    A exactido dever ser igual ao maior dos seguintes valores 2 mm ou 5 %,

    at 75 % do alcance mximo, para a medio do recobrimento e uma exactido de 2 para a determinao do dimetro do varo.

    Auto-calibrao.

    1.4 EXECUO DO ENSAIO

    1.4.1 Preparao do ensaio

    No caso da medio do recobrimento das armaduras dever-se- ter em conta a presena de irregularidades superficiais como, por exemplo, marcas de cofragem que influenciam as leituras. Nesse caso especfico, os resultados das medies do recobrimento devero ser corrigidos de +/- o valor mdio de pelo menos 10 medies correspondentes ao desnvel dos ressaltos da superfcie.

  • III - 6

    1.4.2 Realizao do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    BS 1881 Part 204. Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos:

    A rea de cada zona de ensaio a levantar, por tipo de elemento estrutural, ter, no mnimo, 2 m2.

    No caso de vigas e pilares de estruturas porticadas vulgares, a rea de ensaio

    dever distribuir-se, equitativamente, por todas as faces acessveis.

    A malha de armaduras detectada, no elemento estrutural em estudo, ser assinalada nas faces sondadas por meio cromtico eficaz (giz, lpis de cera, etc.), de forma a evidenciar a disposio dos vares e servir de referncia para a localizao de outros ensaios, que venham a ser realizados.

    Sobre as malhas de armaduras levantadas realizar-se- a medio do

    recobrimento da malha mais exterior, em mm, considerando-se um mnimo de 30 medies por zona de ensaio.

    Devero ser explicitamente indicados quaisquer factores que possam

    influenciar as medies como, por exemplo, a sua realizao em faces com elevada densidade de armadura, ou revestidas com materiais de espessos, irregularidades superficiais, etc..

    Para comprovao das medies com o pacmetro ser executado um roo de

    sondagem, em zona corrente das malhas levantadas, expondo-se um varo da malha de armadura mais exterior e medir-se- o recobrimento real com um paqumetro.

    Para efeitos de rastreabilidade da informao recolhida, as malhas de armaduras levantadas sero representadas esquematicamente sobre desenhos, em suporte CAD, com a indicao dos resultados do recobrimento, nos pontos correspondentes s medies com o pacmetro, incluindo-se a comprovao do valor real medido com um paqumetro.

    1.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero processados estatisticamente e apresentados em tabelas, onde sero indicados, por cada zona de ensaio, os seguintes parmetros:

    Valor mnimo medido; Valor mximo medido;

  • III - 7

    Valor mdio do conjunto de medies;

    Desvio padro do conjunto de medies;

    Coeficiente de variao correspondente. Do mesmo modo os resultados sero apresentados graficamente, em particular, as frequncias e frequncias acumuladas dos conjuntos de resultados obtidos. Dessa forma, ser possvel avaliar qual a percentagem correspondente ao conjunto de valores de grandeza inferior ou superior a um determinado valor de referncia como, por exemplo, o valor do recobrimento mnimo regulamentar ou o valor da profundidade de carbonatao do beto. Nota: No caso de pilares e vigas poder ser necessrio agrupar os valores por face, devendo ser feito o mesmo tipo de processamento e apresentao dos resultados por face. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 8

    2. AVALIAO DA TAXA DE CORROSO DAS ARMADURAS ATRAVS DA TCNICA DA RESISTNCIA DE POLARIZAO

    2.1 OBJECTO

    Avaliao da intensidade de corroso das armaduras de estruturas de beto armado atravs da tcnica da resistncia de polarizao para estudos de durabilidade em relao ao mecanismo de deteriorao por corroso.

    2.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    2.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    O equipamento ou equipamentos a utilizar devero permitir a medio e o registo dos parmetros a seguir listados:

    Taxa de corroso (corrente em A/cm2).

    Potencial de corroso (em mV em relao meia-clula Cu/CuSO4).

    Resistividade elctrica do beto (kOhm.cm).

    Humidade relativa atmosfrica (%).

    Temperatura atmosfrica (C). E, permitir, tambm, o registo de outros parmetros associados zona em ensaio

    Identificao do ponto de medio.

    rea do ao do varo (cm2).

    Data da medio (DD/MM/AA).

    Hora da medio (HH:MM:SS). A fim de se garantir que as medies no so obtidas sobre uma rea indefinida do varo e que, pelo contrrio, mostram a verdadeira grandeza da intensidade de corroso no local da medio, o equipamento dever permitir o confinamento da rea de medio.

  • III - 9

    2.4 EXECUO DO ENSAIO

    2.4.1 Preparao do ensaio

    Na superfcie da zona de ensaio, nomeadamente, nos pontos de medio no podem existir contactos metlicos como, por exemplo, fios de atar, pregos da cofragem, etc., visto poderem influenciar as medies. Quaisquer irregularidades locais ou revestimentos isolantes devem ser evitados, ou removidos, ou, preferencialmente, seleccionarem-se outros locais para as medies. Os ensaios sero realizados sobre as malhas de armaduras, previamente, detectadas, com um pacmetro, sendo assinalas na superfcie do elemento em ensaio por processo cromtico eficaz (por exemplo, giz). A disposio das malhas de armaduras levantadas ser representada esquematicamente sobre desenhos em suporte CAD. A rea levantada com o pacmetro ser no mnimo de 1 m2. Deve ser assegurada a continuidade elctrica na zona de ensaio antes de se procederem s medies.

    2.4.2 Realizao das medies dos parmetros da corroso

    O ensaio ser iniciado com a medio da resistividade elctrica do beto, tendo-se o cuidado de no se colocar o elctrodo directamente sobre as armaduras, mas apenas nos intervalos. Devero ser efectuadas, pelo menos, 9 leituras em pontos distintos, assinalando-se a sua localizao sobre os desenhos com a representao esquemtica da disposio das malhas de armaduras levantadas. Posteriormente, sero efectuadas as medies da intensidade de corroso e do potencial elctrico da malha de armaduras mais exterior, em pelos menos 3 pontos distintos da zona de ensaio, sendo, tambm, assinalada a sua localizao nos mesmos desenhos atrs referidos. Devero ser assinalados os pontos onde no foi possvel a medio, por no ter havido confinamento total da rea de ensaio. Nesse caso ser repetida a medio, mas noutro ponto da malha de armaduras. No final do ensaio, devero ser reparados todos os furos ou roos efectuados no beto utilizando material adequado como, por exemplo, argamassa de reparao cimentcia de retraco controlada.

    2.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos devero permitir a caracterizao da zona de ensaio em termos da importncia da corroso de armaduras. Para tal podero ser seguidos os critrios apresentados nos quadros 1 a 3, a seguir, ou outros comprovadamente fiveis.

  • III - 10

    Quadro 1 - Critrio para avaliao da importncia da corroso atravs dos resultados da resistividade elctrica do beto

    Resistividade (kohm.cm) Nveis de risco

    Re > 100 200 Taxa de corroso muito baixa 50 < Re < 100 Taxa de corroso baixa 10 < Re < 50 Taxa de corroso moderada a elevada

    Re < 10 A resistividade no um parmetro relevante para a taxa de corroso

    Quadro 2 - Critrio para avaliao do risco de corroso activa das armaduras em funo dos resultados do potencial elctrico referido a um elctrodo de

    cobre/sulfato de cobre (CSE)

    Potencial elctrico (mV CSE) Risco de corroso activa Ecorr > - 200 < 10%

    -350 < Ecorr < - 200 50% Ecorr < - 350 > 90%

    Quadro 3 - Critrio para a avaliao do nvel de corroso atravs dos

    resultados da intensidade de corroso (parmetro mais fivel)

    Taxa de corroso (A/cm2) Nvel de corroso Icorr < 0,1 - 0,2 Desprezvel

    0,1 0,2 < Icorr < 0,5 Baixo a moderado 0,5 < Icorr < 1 Moderado a elevado

    Icorr > 1 Elevado Os resultados obtidos em cada uma das zonas de ensaio devero ser confrontados entre si e, tambm, se aplicvel, com os resultados doutros ensaios de durabilidade, nomeadamente, a determinao da profundidade de carbonatao do beto e do teor de cloretos presentes no beto, tendo em vista avaliar a performance dos elementos de beto armado em termos de durabilidade. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 11

    3. DETERMINAO DA PROFUNDIDADE DE CARBONATAO DE BETES

    3.1 OBJECTO

    Determinao, in-situ, da profundidade da frente de carbonatao de betes para estudos de durabilidade de estruturas de beto armado em relao ao mecanismo de deteriorao por corroso das armaduras.

    3.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    3.3 EXECUO DO ENSAIO

    3.3.1 Preparao do ensaio

    A seleco exacta do ponto de ensaio ter em conta a posio das armaduras da malha mais exterior do elemento estrutural em estudo, pelo que, devero ser, previamente, localizadas com um pacmetro e medido o seu recobrimento. Devero ser tidos em conta os pontos singulares da seco dos elementos de beto a ensaiar, nomeadamente, os cantos da seco, por exemplo de pilares e vigas, ou zonas com descontinuidades superficiais, onde o beto , em princpio de pior qualidade.

    3.3.2 Realizao do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    RILEM CPC - 18. Devero, ainda, cumprir-se os seguintes procedimentos:

    Na seleco dos pontos de ensaio devero ser tidos em conta o tipo de controlo e o grau de rigor pretendidos, bem como a agressividade do meio a que o elemento estrutural est exposto.

    O furo de ensaio dever ser executado por etapas, com uma broca/trado oco

    com 30 a 40 mm de dimetro, com avanos sucessivos de 1 cm, at ser visvel em toda a rea exposta a cor rosa, dada pela soluo alcolica de fenolftalena, previamente aspergida.

  • III - 12

    A limpeza correcta do furo de ensaio essencial para se evitar a contaminao do beto carbonatado pelo beto no carbonatado (fiabilidade dos resultados). Para tal dever usar-se uma bomba de ar manual ou ar comprimido de forma a expulsar-se todo o p resultante da furao.

    A aplicao da soluo alcolica de fenolftalena ser feita necessariamente

    sobre a superfcie recm exposta, isto , logo a seguir furao.

    A medio da profundidade da frente de carbonatao ser feita, em mm, utilizando-se um paqumetro. Caso a frente seja paralela superfcie basta uma medio, se no dever ser medida a profundidade mxima e obtido o valor mdio de um mnimo de 3 medies, distribudas no permetro do furo de ensaio.

    Os pontos seleccionados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    3.3.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero apresentados sob a forma de tabelas, devendo ser indicados, tambm, o recobrimento medido com o pacmetro. Caso aplicvel, os resultados sero apresentados, tambm, sobre os grficos com as frequncias acumuladas dos conjuntos de resultados dos ensaios de medio do recobrimento das armaduras com o pacmetro. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 13

    4. DETERMINAO DO TEOR DE CLORETOS PRESENTE NO BETO

    4.1 OBJECTO

    Determinao do teor de cloretos presente no beto, sobre amostras de p recolhidas a diferentes profundidades, para estudos de durabilidade de estruturas de beto armado em relao ao mecanismo de deteriorao por corroso das armaduras.

    4.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Recolha das amostras ................................................................................ Unidade Determinao do teor de cloretos ............................................................... Unidade

    4.3 EXECUO DO ENSAIO

    4.3.1 Preparao do ensaio

    A localizao exacta do ponto de ensaio dever ter em conta a posio das armaduras da malha mais exterior do elemento estrutural em estudo, pelo que, devero ser, previamente, localizadas com um pacmetro e medido o seu recobrimento.

    4.3.2 Realizao do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    BS 1881 Part 6; AASHTO T260-84

    Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos:

    Sero feitas, pelo menos, 3 recolhas de p do beto a diferentes profundidades, desde a superfcie at 1 cm, um troo de 1 cm profundidade do varo e um ltimo troo de 1 cm por detrs do varo.

    Para a recolha do p sero executados furos, com broca com dimetro mnimo

    de 15 mm, junto de um varo da malha de armadura mais exterior. A fim de se garantir a homogeneidade das amostras de p sero executados furos suficientes para se obter a cada profundidade pelo menos 20 g de p (pelo menos 6 furos).

  • III - 14

    Entre cada recolha de p ser feita a limpeza cuidadosa dos furos, utilizando-se uma bomba de ar manual ou ar comprimido, a fim de evitar a contaminao das amostras.

    As amostras de p sero guardadas em saquetas plsticas hermeticamente

    fechadas e devidamente identificadas (com indicao da profundidade, por exemplo, 2 a 3 cm).

    A determinao do teor de cloretos presentes nas amostras de p ser feita

    por laboratrio acreditado ou por empresa certificada, que execute este tipo de ensaio, assegurando-se que dispe de pessoal tcnico qualificado e equipamento devidamente calibrado.

    No caso de os ensaios no serem executados por laboratrio acreditado, os

    resultados obtidos s sero aceites desde que acompanhados da curva de calibrao do elctrodo utilizado. A referida curva, dever constar dum impresso especfico, onde devero constar, tambm, outros dados relevantes, nomeadamente, a identificao da obra, a data da calibrao, o tipo de elctrodo, o seu nmero de srie e a identificao do operador.

    Os pontos seleccionados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    4.3.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero apresentados sob a forma de tabelas e, tambm, sobre grficos, um por cada perfil, evidenciando, ainda, a posio do varo junto dos furos de recolha e o valor crtico regulamentar do teor de cloretos. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 15

    5. AVALIAO DA UNIFORMIDADE DA RESISTNCIA COMPRESSO SUPERFICIAL DE BETES, UTILIZANDO O ESCLERMETRO DE SCHMIDT

    5.1 OBJECTO

    Avaliao da uniformidade da resistncia resistncia compresso superficial de betes antigos atravs de ensaios com o esclermetro de Schmidt.

    5.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    5.3 EXECUO DO ENSAIO

    5.3.1 Preparao do ensaio

    Dever proceder-se preparao das superfcies dos elementos a ensaiar. Caso existam materiais de revestimentos como, por exemplo, rebocos devero ser previamente removidos, ou no caso de revestimento de acabamento por pintura de reduzida espessura poder ser avaliada a sua influncia nos resultados do ndice escleromtrico, comparando os resultados na mesma zona com e sem o referido revestimento.

    5.3.2 Execuo do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    BS 1881 Part 202; ASTM C 805-85.

    Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos: Seguindo a metodologia preconizada na norma ASTM C 805 - 85, em cada

    ensaio dever ser preparada uma rea com um dimetro de pelo menos 15 cm e efectuar nesta pelo menos 10 leituras, eliminando-se as leituras parciais que difiram mais de 7 pontos da mdia das 10 leituras. Se existirem mais de 2 leituras parciais nesta situao, deve-se eliminar o conjunto de 10 leituras efectuadas e repeti-las noutra zona.

    Os ensaios cujos os procedimentos de execuo difiram dos procedimentos

    normalmente utilizados devero ser devidamente justificados, sob pena de os resultados obtidos no se considerarem vlidos.

  • III - 16

    Ser efectuada a calibrao do esclermetro no final de cada dia de utilizao,

    segundo as instrues do fabricante, sendo necessrio ter em obra uma bigorna de calibrao. Os resultados da calibrao dos esclermetros sero apresentados num impresso especfico, onde devero constar, tambm, outros dados relevantes, nomeadamente, a identificao da obra, a data da calibrao, o modelo do esclermetro, o seu nmero de srie e a identificao do operador.

    O referido impresso ser obrigatoriamente apresentado no relatrio, sob pena

    dos resultados obtidos no se considerarem vlidos. Os ensaios realizados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    5.3.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero apresentados em tabelas, devendo na mesma linha serem apresentados o valor mdio do ndice escleromtrico e os correspondentes valores mdio da resistncia compresso e da disperso, obtidos a partir das tabelas ou bacos, constantes no manual do fabricante. Para melhor anlise, os resultados devero ser agrupados por tipo de elemento como, por exemplo, vigas, pilares, lajes, paredes, etc.. Caso se disponham de resultados de ensaios de rotura compresso sobre provetes cilndricos recolhidos da estrutura em estudo, dever ser aferida a correlao com os resultados dos ensaios escleromtricos. Caso se verifique boa correlao entre os dois tipos de ensaios, ento os resultados dos ensaios escleromtricos devero ser convertidos para os correspondentes valores de resistncia obtidos a partir da curva de calibrao dos dois ensaios. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 17

    6. DETERMINAO DA RESISTNCIA ACTUAL DE BETES ATRAVS DE ENSAIO DE ROTURA COMPRESSO SOBRE PROVETES CILNDRICOS, OBTIDOS A PARTIR DE CAROTES

    6.1 OBJECTO

    Determinao da resistncia actual de betes atravs de ensaio de rotura compresso sobre provetes cilndricos, obtidos a partir de carotes.

    6.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Extraco de carotes e posterior reparao do furo ................................... Unidade Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    6.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Refere-se o equipamento para recolha das carotes: Pacmetro Carotadora. Coroas diamantadas, com dimetro mnimo interior de 75 mm. Aspirador para extraco de carotes na direco ascendente ou para extraco

    de carotes, segundo qualquer direco, em locais onde a gua do corte tem que ser recolhida por questes de segurana ou por perturbar a normal utilizao da construo.

    6.4 EXECUO DO ENSAIO

    6.4.1 Preparao do ensaio

    A seleco exacta do local de extraco das carotes dever ter sempre em conta a segurana estrutural do elemento a sondar, no sentido de ser o menos possvel afectada. Desta forma, em pilares correntes (de edifcios) o furo de extraco dever localizar-se sensivelmente a meio da altura, ou o mais possvel afastado das ligaes aos restantes elementos estruturais (vigas ou lajes). Do mesmo modo, em vigas, o furo de extraco das carotes dever localizar-se entre 1/5 e 1/4 do vo na zona onde os esforos de flexo so mais reduzidos.

  • III - 18

    Para alm dos condicionamentos atrs referidos dever ser tido em conta que recolha das carotes deve ser feita de forma a interferir o mnimo com as armaduras do elemento a sondar. Para tal deve ser usado um pacmetro antes da extraco das carotes. No caso de pilares, lajes ou paredes densamente armados, onde no seja de todo possvel evitar-se o corte de vares das armaduras, o corte dever ser feito de modo a seccionar-se apenas um varo. No entanto, tal opo dever ser previamente ponderada quanto s consequncias estruturais do elemento a sondar e da estrutura. No caso de vigas no permitido o corte de quaisquer armaduras sem, previamente, se ponderarem as consequncias estruturais no elemento a sondar e da estrutura. Caso durante o corte se verifique que est a ser seccionado um varo localizado no interior da seco, que no foi previamente detectado, dever ser interrompida a operao e seleccionar-se outro local noutro elemento, procedendo-se adequada reparao do elemento. No caso de pilares e vigas correntes s permitida execuo de um corte por elemento. Caso a carote extrada no permita a obteno de um provete vlido para ensaio dever ser escolhida outra localizao, em particular, noutro elemento idntico.

    6.4.2 Realizao do ensaio

    6.4.2.1 Extraco das carotes

    As carotes, aps a sua extraco, sero imediatamente identificadas, marcando-as com lpis de cera ou por outro processo igualmente eficaz. Sero devidamente acondicionadas a fim de no sofrerem quaisquer danos durante o transporte. Os furos de extraco das carotes sero obturados com material de reparao estrutural atravs da tcnica dry pack (compactao a seco), ou por outro processo igualmente eficaz. Antes do transporte para laboratrio, ser feita a caracterizao visual das carotes, em termos dos materiais constituintes (eventuais revestimentos, vares, agregados grosseiros (identificando-se, se possvel a sua natureza e mxima dimenso), outros materiais estranhos, etc.), o aspecto do beto (compacto, pulverulento, poroso, etc.), descontinuidades importantes (vazios, fissuras, reaces expansivas visveis, etc.), a distncia medida a partir da superfcie donde ser cortado o provete para ensaio, etc.. Para efeitos de rastreabilidade, os furos de extraco das carotes sero assinalados sobre peas desenhadas, em suporte CAD.

  • III - 19

    6.4.2.2 Ensaio

    As carotes sero cortadas e as faces rectificadas de forma a obterem-se provetes com altura sensivelmente igual ao dimetro. O ensaio de rotura compresso ser realizado por laboratrio acreditado neste tipo de ensaio ou por empresa certificada prestadora deste tipo de servio. Ser executado de acordo com a norma E 226 do LNEC. O boletim de resultados dos ensaios dos provetes ser includo no relatrio, sem o qual os resultados apresentados no sero considerados vlidos.

    6.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero processados tendo por base a metodologia preconizada na publicao da Concrete Society Technical Report n 11, onde so indicados vrios factores de correco a aplicar sobre os resultados dos provetes ensaiados, que tm em conta, entre outros, a direco da carotagem, a relao altura/dimetro do provete, o corte dos agregados, a presena de material de recobrimento, a forma dos provetes, a resistncia potencial, etc.. Sempre que possvel, deve-se:

    Distinguir zonas de amassaduras comuns; Proceder anlise por elementos estruturais distintos. Apresentar os valores caractersticos da tenso de rotura compresso dos

    conjuntos de provetes ensaiados. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 20

    7. AVALIAO DA ADERNCIA DE REVESTIMENTOS SUPERFICIAIS OU MATERIAIS DE REPARAO OU REFORO ESTRUTURAL DE ESTRUTURAS DE BETO, UTILIZANDO O EQUIPAMENTO DE ARRANCAMENTO PULL-OFF

    7.1 OBJECTO

    Avaliao da aderncia de revestimentos superficiais ou de materiais de reparao ou de reforo estrutural de estruturas de beto, utilizando o equipamento de arrancamento pull-off

    7.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    7.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Referem-se, a seguir, os equipamentos a utilizar: Pacmetro. Carotadora. Coroas diamantadas, com dimetro mnimo interior de 40 mm ou de 50 mm. Aspirador para execuo de cortes com carotadora na direco ascendente ou

    segundo qualquer direco nos locais onde a gua do corte tem que ser recolhida por questes de segurana ou por perturbar a normal utilizao da construo.

    Equipamento de arrancamento com pastilhas metlicas para arrancamento, com

    dimetro mnimo de 40 ou 50 mm.

    7.4 EXECUO DO ENSAIO

    7.4.1 Preparao do ensaio

    A seleco da zona a ensaiar dever ter em conta que a execuo dos cortes deve ser feita de forma a no interferir com as armaduras do elemento a estudar. Para tal deve ser usado um pacmetro antes da execuo dos cortes (rea mnima de 0,2 m2).

  • III - 21

    Aps a deteco das malhas de armaduras na zona de ensaio sero marcados os pontos do arrancamento das pastilhas nos intervalos das armaduras. Devero ser marcados pelo menos 3 pontos, suficientemente afastados de forma a no haver influncia entre os arrancamentos.

    7.4.2 Realizao do ensaio

    7.4.2.1 Corte e colagem das pastilhas metlicas

    Em cada ponto de arrancamento o corte dever penetrar o suficiente no beto antigo, considerando-se o mnimo de 2 cm. A superfcie dos pontos do arrancamento ser convenientemente limpa de forma assegurar-se uma colagem eficaz das pastilhas metlicas. A colagem das pastilhas metlicas na superfcie ser feita com resina de epxido e endurecedor, podendo ser usado uma pistola de ar quente para acelerar a cura da ligao. No entanto, s aps 1 hora de cura podero ser efectuados os arrancamentos.

    7.4.2.2 Execuo dos arrancamentos

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    BS 1881 Part 207; ASTM D4541-95

    Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos:

    Por cada zona de ensaio, sero executados pelo menos 3 arrancamentos. A fora de arrancamento dever ser aplicada gradualmente, sem movimentos

    bruscos.

    Aps a rotura do provete de arrancamento dever proceder-se anlise da superfcie de rotura, registando-se o valor para o qual ocorreu.

    Os pontos dos ensaios devero ser correctamente localizados sobre peas desenhadas, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    7.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos, devero ser cuidadosamente analisados face s variveis envolvidas, nomeadamente, a localizao da seco da rotura (no beto antigo, na ligao beto antigo/material de reparao ou de reforo, no material de reparao ou de reforo, ou na ligao da pastilha metlica), o tipo de seco por onde se deu

  • III - 22

    a rotura (seco paralela superfcie, seco obliqua superfcie, ou irregularidades importantes da seco) e outros factores que possam justificar piores resultados como, por exemplo, presena de descontinuidades importantes nos materiais ensaiados. Os resultados obtidos devero ser comparados entre si na mesma zona de ensaio e, complementarmente, com os de outras zonas de ensaio. No caso de um resultado se afastar muito dos restantes, devero ser verificadas as circunstncias experimentais que rodearam o ensaio e dever ser excludo, caso a causa passe por alguma das seguintes condies experimentais:

    Deficiente alinhamento do equipamento (o aparelho no ter sido colocado perpendicularmente superfcie);

    Deficiente ligao das pastilhas metlicas superfcie; Deficiente preparao da superfcie.

    No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 23

    8. AVALIAO DA QUALIDADE DO BETO ATRAVS DE ENSAIOS DE ULTRA-SONS

    8.1 OBJECTO

    Avaliao da qualidade do beto atravs da medio da velocidade de propagao com ensaios ultra-snicos.

    8.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    8.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Exactido do equipamento no superior ao valor 0,1 s;

    8.4 EXECUO DO ENSAIO

    8.4.1 Preparao do ensaio

    Dever proceder-se preparao das superfcies dos elementos a ensaiar. Caso existam materiais de revestimentos como, por exemplo, rebocos devero ser previamente removidos, ou no caso de revestimento de acabamento por pintura de reduzida espessura poder ser avaliada a sua influncia comparando os resultados de zonas com e sem o referido revestimento. Os pontos de colocao dos transdutores devero ser seleccionados de modo a evitarem-se juntas e irregularidades superficiais, bem como de zonas da seco resistente onde a densidade de armaduras elevada, que influenciem os resultados.

    8.4.2 Realizao do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    BS 1881 Part 203; ASTM C 597.

    Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos: Para a medio da velocidade de propagao dever ser escolhido

    preferencialmente o mtodo directo (transdutores colocados em faces opostas),

  • III - 24

    a seguir o mtodo semi-directo (transdutores colocados em faces perpendiculares) e por fim o mtodo indirecto (transdutores colocados na mesma face).

    No caso dos mtodos directo e semi-directo, em cada zona de ensaio, devero

    ser executadas pelo menos 5 medies em locais distintos (pontos da mesma face, afastados entre si pelo menos 20 cm), afastados tanto quanto possvel das armaduras do elemento estrutural em ensaio, pelo que devero ser previamente detectadas com um pacmetro.

    No caso do mtodo indirecto, os transdutores devero ser colocados ao longo de

    um alinhamento, afastados entre si de distncias mltiplas de pelo menos 10 cm, devendo serem feitas pelo menos 6 leituras, de modo a poder ser traada a recta dos tempos de propagao e das distncias.

    As distncias entre os transdutores devero ser medidas com fitas mtricas com

    exactido de pelo menos 2 mm. Antes e aps as medies em cada zona de ensaio o equipamento dever ser

    calibrado atravs da barra de invar. Os resultados da calibrao sero apresentados num impresso especfico, onde devero constar, tambm, outros dados relevantes, nomeadamente, a identificao da obra, a data da calibrao, o modelo do equipamento, o seu nmero de srie e a identificao do operador.

    O referido impresso ser obrigatoriamente apresentado no relatrio, sob pena

    dos resultados obtidos no se considerarem vlidos. Os ensaios realizados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    8.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero apresentados em tabelas, distinguindo-os em funo do mtodo utilizado, devendo na mesma linha serem apresentados o valor mdio das leituras, o valor do desvio padro e o valor do coeficiente de variao. Caso se disponham de resultados de outros ensaios como, por exemplo, ensaios escleromtricos ou de rotura compresso sobre provetes cilndricos recolhidos da estrutura em estudo, dever ser aferida a correlao com os resultados obtidos. Caso se verifique boa correlao entre os dois tipos de ensaios, ento os resultados dos ensaios ultra-snicos devero ser convertidos para os correspondentes valores de resistncia obtidos a partir da curva de calibrao dos dois ensaios. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 25

    9. MEDIO DA PROFUNDIDADE DE FISSURAS NO BETO ATRAVS DE ENSAIOS DE ULTRA-SONS

    9.1 OBJECTO

    Medio da profundidade de fissuras no beto atravs de ensaios ultra-snicos.

    9.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    9.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Exactido do equipamento no superior ao valor 0,1 s;

    9.4 EXECUO DO ENSAIO

    9.4.1 Preparao do ensaio

    Dever proceder-se preparao das superfcies dos elementos a ensaiar. Caso existam materiais de revestimentos como, por exemplo, rebocos devero ser previamente removidos, ou no caso de revestimento de acabamento por pintura de reduzida espessura poder ser avaliada a sua influncia comparando os resultados de zonas com e sem o referido revestimento. Os pontos de colocao dos transdutores devero ser seleccionados de modo a evitarem-se juntas e irregularidades superficiais, que influenciem os resultados.

    9.4.2 Realizao do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    BS 1881 Part 203; ASTM C 597.

    Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos: Os transdutores devero ser colocados ao longo de um alinhamento, afastados

    entre si de distncias mltiplas de pelo menos 10 cm, com o mximo de 15 cm, devendo serem feitas pelo menos 6 leituras, de modo a poder ser traada a recta dos tempos de propagao e das distncias.

  • III - 26

    As distncias entre os transdutores devero ser medidas, em relao ao seu eixo, com fitas mtricas com exactido de pelo menos 2 mm.

    Antes e aps as medies em cada zona de ensaio o equipamento dever ser

    calibrado atravs da barra de invar. Os resultados da calibrao sero apresentados num impresso especfico, onde devero constar, tambm, outros dados relevantes, nomeadamente, a identificao da obra, a data da calibrao, o modelo do equipamento, o seu nmero de srie e a identificao do operador.

    O referido impresso ser obrigatoriamente apresentado no relatrio, sob pena

    dos resultados obtidos no se considerarem vlidos. Os ensaios realizados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    9.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos sero apresentados em tabelas e grficos, devendo ser indicados os valores da profundidade das fissuras ensaiadas. Devero ser distinguidas as fissuras cuja profundidade atinja ou ultrapasse o nvel das armaduras. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 27

    10. DETECO E AVALIAO DE DESCONTINUIDADES NO INTERIOR DA SECO DE ELEMENTOS DE BETO ARMADO ATRAVS DE ENSAIOS DE IMPACTO-ECO

    10.1 OBJECTO

    Deteco e avaliao de descontinuidades no interior da seco de elementos de beto armado atravs de ensaios de impacto-eco.

    10.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    10.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    O equipamento ou equipamentos a utilizar devero incorporar os seguintes elementos:

    Computador porttil, preparado para operar em condies adversas, que dever ter instalado o software de introduo e registo de dados e de processamento dos sinais (possibilidade de definir diferentes resolues dos sinais) e ter instalada uma placa especfica para aquisio dos sinais.

    Transdutor piezoelctrico com extremidade cnica acoplado ao suporte das

    massas impactoras ou outro equivalente.

    Massa impactoras, esferas metlicas com dimetros de 5, 8, 12,5 mm, ou outras equivalentes.

    Todo o sistema dever estar devidamente operacional e calibrado, pelo que dever fazer-se acompanhar da folha de calibrao devidamente actualizada. Para apoio execuo dos ensaios dever prever-se a eventual utilizao de um boroscpio ou de equipamento de ultra-sons.

    10.4 EXECUO DO ENSAIO

    10.4.1 Preparao do ensaio

    Dever proceder-se preparao das superfcies dos elementos a ensaiar. Caso existam materiais de revestimentos como, por exemplo, rebocos devero ser previamente removidos, ou no caso de revestimento de acabamento por pintura de

  • III - 28

    reduzida espessura poder ser avaliada a sua influncia comparando os resultados de zonas com e sem o referido revestimento. Os pontos de colocao do transdutor devero ser seleccionados de modo a evitarem-se juntas e irregularidades superficiais, que influenciem os resultados.

    10.4.2 Realizao do ensaio

    Devero cumprir-se os seguintes procedimentos: Sobre a superfcie do elemento a ensaiar dever ser marcada uma malha de

    pontos de referncia, com abertura a definir em funo da espessura ou largura da seco transversal do elemento. No mnimo, devero ser marcados 9 pontos, mas em elementos laminares devero ser assinalados no mnimo 16 pontos.

    Sobre cada um dos pontos da malha de referncia, ser feito o ensaio utilizando

    a massa de impacto mais adequada, a seleccionar atravs de testes preliminares. Por, exemplo, o impactor (esfera metlica) com dimetro de 8 mm, permite a deteco de descontinuidades, no interior da seco, com dimenses superiores, aproximadamente, a 11 x 11 cm, desde que dispostas paralelamente face a ensaiar e localizadas s profundidades de 5,6 cm a 45 cm, aproximadamente.

    No caso dos pontos cujos resultados indiciem a presena de descontinuidades

    importantes, devero ser assinalados mais pontos, com base na malha de referncia, tendo em vista a delimitao superficial da zona afectada.

    Na referida zona, devero ser comprovadas as descontinuidades atravs da

    realizao de observaes boroscpicas do interior de furos de reduzido dimetro previamente executados. Em ltima anlise, devero ser feitas carotes at profundidade das descontinuidades a fim de serem convenientemente caracterizadas.

    A malha de pontos e as eventuais zonas com descontinuidades devero ser

    rigorosamente assinaladas sobre desenhos em suporte CAD, com a identificao dos diferentes pontos de ensaio.

    Antes das medies em cada zona de ensaio dever ser correctamente avaliada

    a velocidade de propagao dos impulsos no beto. Preferencialmente, a velocidade de propagao a avaliar deve ser a correspondente das ondas primrias numa seco com beto so. Caso tal no seja possvel, dever ser avaliada a velocidade de propagao das ondas de superfcie, utilizando 2 transdutores.

    Os ensaios realizados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

  • III - 29

    10.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos, frequncias dos sinais gerados, sero apresentados em tabelas. Em anexo, devero constar os grficos com os espectros de frequncias de cada um dos pontos ensaiados. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 30

    11. MEDIO INDIRECTA DA ESPESSURA DA SECO DE ELEMENTOS DE BETO ARMADO LAMINARES ATRAVS DE ENSAIOS DE IMPACTO-ECO

    11.1 OBJECTO

    Medio indirecta da espessura da seco de elementos de beto armado laminares atravs de ensaios de impacto-eco

    11.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio .................................................................................... Unidade

    11.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    O equipamento ou equipamentos a utilizar devero incorporar os seguintes elementos:

    Computador porttil, preparado para operar em condies adversas, que dever ter instalado o software de introduo e registo de dados e de processamento dos sinais (possibilidade de definir diferentes resolues dos sinais) e ter instalada uma placa especfica para aquisio dos sinais.

    Transdutor piezoelctrico com extremidade cnica acoplado ao suporte das

    massas impactoras ou outro equivalente.

    Massa impactoras, esferas metlicas com dimetros de 5, 8, 12,5 mm, ou outras equivalentes.

    Todo o sistema dever estar devidamente operacional e calibrado, pelo que dever fazer-se acompanhar da folha de calibrao devidamente actualizada. Para apoio execuo dos ensaios dever prever-se a eventual utilizao de um boroscpio ou de equipamento de ultra-sons.

    11.4 EXECUO DO ENSAIO

    11.4.1 Preparao do ensaio

    Dever proceder-se preparao das superfcies dos elementos a ensaiar. Caso existam materiais de revestimentos como, por exemplo, rebocos devero ser previamente removidos, ou no caso de revestimento de acabamento por pintura de

  • III - 31

    reduzida espessura poder ser avaliada a sua influncia comparando os resultados de zonas com e sem o referido revestimento. Os pontos de colocao do transdutor devero ser seleccionados de modo a evitarem-se juntas e irregularidades superficiais, que influenciem os resultados.

    11.4.2 Realizao do ensaio

    Devero cumprir-se os seguintes procedimentos: Sobre a superfcie do elemento a ensaiar dever ser marcada uma malha de

    pontos de referncia, com abertura a definir em funo da espessura da seco transversal do elemento. Caso a medio da espessura da seco seja feita por zona de ensaio (por exemplo, painis de laje), a malha de referncia dever ter marcados, no mnimo, 16 pontos.

    Sobre cada um dos pontos da malha de referncia, ser feito o ensaio utilizando

    a massa de impacto mais adequada, a seleccionar atravs de testes preliminares. Por, exemplo, o impactor (esfera metlica) com dimetro de 8 mm, permite a deteco de descontinuidades, no interior da seco, com dimenses superiores, aproximadamente, a 11 x 11 cm, desde que dispostas paralelamente face a ensaiar e localizadas s profundidades de 5,6 cm a 45 cm, aproximadamente.

    No caso dos pontos cujos resultados indiciem a presena de descontinuidades

    importantes, devero ser assinalados mais pontos, com base na malha de referncia, tendo em vista a delimitao superficial da zona afectada.

    Na referida zona, devero ser comprovadas as descontinuidades atravs da

    realizao de observaes boroscpicas do interior de furos de reduzido dimetro previamente executados. Em ltima anlise, devero ser feitas carotes at profundidade das descontinuidades a fim de serem convenientemente caracterizadas.

    As malhas de pontos e as eventuais zonas com descontinuidades devero ser

    rigorosamente assinaladas sobre desenhos em suporte CAD, com a identificao dos diferentes pontos de ensaio.

    Antes das medies em cada zona de ensaio dever ser correctamente avaliada

    a velocidade de propagao dos impulsos no beto. Preferencialmente, a velocidade de propagao a avaliar deve ser a correspondente das ondas primrias numa seco com beto so. Caso tal no seja possvel, dever ser avaliada a velocidade de propagao das ondas de superfcie, utilizando 2 transdutores.

    Os ensaios realizados devero ser correctamente localizados sobre desenhos, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

  • III - 32

    11.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados obtidos, frequncias dos sinais gerados e respectivos valores da espessura da seco, sero apresentados em tabelas. Em anexo, devero constar os grficos com os espectros de frequncias de cada um dos pontos ensaiados. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

  • III - 33

    12. ENSAIOS DE INTEGRIDADE DE ESTACAS DE BETO UTILIZANDO MTODOS SNICOS

    12.1 OBJECTO

    Avaliar qualitativamente a integridade de estacas e detectar descontinuidades e defeitos, tais como, estrangulamentos, incluses de materiais estranhos, fendas, juntas de betonagem e vazios importantes.

    12.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo dos ensaios ............................ por deslocao com emisso de relatrio Dever ser mencionada quantidade mxima de estacas a ensaiar por deslocao.

    12.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    O equipamento dever basear-se num sistema computorizado, especialmente concebido para esta aplicao. O software utilizado dever permitir obter analtica e graficamente os resultados dos ensaios efectuados.

    12.4 EXECUO DO ENSAIO

    12.4.1 Preparao do ensaio

    Devero cumprir-se os seguintes procedimentos: As estacas a ensaiar devero encontrar-se devidamente saneadas, ou seja, o

    topo da estaca dever encontrar-se limpo, isento de gua, sem irregularidades superficiais importantes, sem materiais estranhos e sem fendilhao.

    As estacas que no se encontram devidamente saneadas no sero ensaidas,

    devendo ser mencionado no relatrio quais as situaes anmalas detectadas, dando-se especial destaque as correspondntes presena de materiais estranhos ou de vazios no beto.

    A localizao das estacas e sua identificao devero ser assinaladas numa

    planta da obra. O empreiteiro dever disponibilizar, se existir, um provete cbico do mesmo

    beto das estacas a ensaiar para a avaliao da velocidade de propagao das ondas snicas no beto.

  • III - 34

    12.4.2 Realizao do ensaio

    Em cada estaca devero ser obtidos 2 conjuntos de 3 registos (3 pancadas com o martelo) correspondentes colocao do acelermetro em 2 locais distintos da cabea da estaca para efeitos de reprodutibilidade, sendo escolhido um dos conjuntos a incluir no relatrio. Os conjuntos de registos preteridos devero ser arquivados pelo fornecedor do servio de modo a que se forem necessrios para qualquer esclarecimento sejam facilmente disponibilizados.

    12.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados dos ensaios sero evidenciados atravs dos registos obtidos sob a forma de grficos dos sinais. No relatrio, dever ser mencionado o valor adoptado para a velocidade de propagao do sinal, bem como a idade das estacas data dos ensaios. Devero ser claramente identificadas todas as situaes anmalas e a que profundidade ocorrem, inclusive os alargamentos da seco das estacas, bem como as situaes que suscitem quaisquer suspeitas quanto presena de defeitos importantes no fuste das estacas. Dever ser averiguado se os sinais evidenciam o p da estaca (existncia de reflexo devido a mudana de impedncia acstica do meio) ou no (ausncia de reflexo clara no sinal). Devero ser feitas recomendaes quanto ao esclarecimento de quaisquer suspeitas como, por exemplo, a execuo de poos, caso os defeitos se localizem a pouca profundidade ou a execuo de sondagens verticais ao longo do desenvolvimento do fuste da estaca at profundidade estimada do pretenso defeito. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.

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    13. MONITORAGEM DA ABERTURA DE FISSURAS UTILIZANDO FISSURMETROS POTENCIMETRICOS OU DE CORDA VIBRANTE

    13.1 OBJECTO

    Monitoragem para companhamento da evoluo da abertura de fissuras utilizando fissurmetros potenciomtricos ou de corda vibrante (boa resoluo).

    13.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Instalao dos fissurmetros ...................................................................... Unidade Realizao de leituras ................................................................................. Unidade

    13.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Fissurmetros com exactido no superior ao valor de 0,2% e alcance mnimo superior a 10 mm. Nota: - Podero ser utilizados outros tipos de dispositivos de medio, desde que permitam uma exactido das leituras equivalente a +/- a 0,02 mm.

    13.4 EXECUO DO ENSAIO

    13.4.1 Preparao da monitoragem

    Devero cumprir-se os seguintes procedimentos: Os pontos a monitorar devero ser criteriosamente seleccionados. No caso de

    fissuras com aberturas distintas, devero os fissurmetros ou dispositivos equivalentes ser colocados sobre fissuras com maiores aberturas e sobre fissuras com menores aberturas para posterior comparao.

    Os fissurmetros ou dispositivos equivalentes devero ser colocados de modo a

    controlar-se a abertura das fissuras, ou seja devero ser colocados perpendicularmente ao desenvolvimento das fissuras.

    Os fissurmetros ou dispositivos equivalentes devero ser protegidos de

    movimentos imprevistos devidos, por exemplo, a contacto acidental.

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    Do mesmo modo devero ser protegidos da exposio solar directa a fim de no serem influenciadas as leituras.

    A fixao dos fissurmetros ou dispositivos equivalentes dever ser feita de

    modo a assegurar que no existem movimentos secundrios que inflenciem as leituras.

    Os fissurmetros ou dispositivos equivalentes devero ser correctamente localizados sobre peas desenhadas, de modo a permitir qualquer confirmao que se revele necessria.

    13.4.2 Realizao da monitoragem

    A periodicidade das sesses de leituras, bem como a durao da monitoragem, sero definidas em funo das caractersticas das estruturas e das causas que esto na origem das fissuras. As leituras sero realizadas sempre pela mesma ordem e preferencialmente mesma hora. As leituras sero acompanhadas da medio da temperatura superficial dos elementos a monitorar e, eventualmente, da temperatura ambiente. A folha de registo das leituras dever conter a seguinte informao:

    Identificao da obra e do tcnico que faz as leituras. Identificao do fissurmetro ou dispositivo equivalente (por exemplo, o n. de

    srie, ou parte dele). Data e hora das leituras. Registo da abertura das fissuras e da temperatura. Observaes relevantes para a monitoragem.

    13.4.3 Processamento e apresentao dos resultados

    Os resultados devero ser apresentados em tabelas e sobre a forma grfica, de forma a evidenciarem a evoluo da abertura das fissuras monitoradas e, simultaneamente, da temperatura superficial do elemento estrutural monitorado (os grficos contero as duas curvas para comparao imediata). Como informao complementar devero ser indicadas as percentagens da variao da abertura por sesso em relao leitura inicial, de forma a evidenciar-se a importncia dos movimentos monitorados. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos pontos monitorados ou outros aspectos considerados relevantes.

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    14. ENSAIOS DE CARGA ESTTICOS E DE CURTA DURAO EM ESTRUTURAS DE EDIFCIOS

    14.1 OBJECTO

    Avaliar o comportamento de uma estrutura de um pavimento elevado para uma dada carga vertical e distribuda.

    14.2 CRITRIOS DE MEDIO

    Execuo do ensaio ................................................................................ valor global

    14.3 CARACTERSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

    Os deflectmetros ou dispositivos de medio equivalentes tero exactido no superior a 0,02 mm e alcance mnimo de 10 mm. Nota: - Podero ser utilizados outros tipos de dispositivos de medio, desde que permitam uma exactido das leituras equivalente atrs referida.

    14.4 EXECUO DO ENSAIO

    14.4.1 Preparao do ensaio

    Devero cumprir-se os seguintes procedimentos: Elaborao do plano do ensaio de carga, a fornecer previamente ao Cliente para

    aprovao, o qual dever incluir:

    Definio das zonas a ensaiar; Definio das cargas a utilizar nos ensaios, cuja grandeza no poder ser

    superior definida na regulamentao (combinao rara de aces), a no ser que seja devidamente justificada;

    Definio dos patamares de carga e do critrio de interrupo dos ensaios, devido a deformao exagerada;

    Definio do tipo de carga (por exemplo, bides com gua, sacos de cimento ou de outro material facilmente mensurvel, etc.);

    Definio da localizao dos pontos a controlar; Definio dos dispositivos de medio a utilizar;

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    Definio de outros parmetros a controlar (por exemplo, abertura de fissuras, rotaes, temperatura, etc.);

    Eventual estimativa dos valores das grandezas a medir; Elaborao do procedimento geral da realizao dos ensaios, com pormenores

    de certas montagens, precaues de segurana, interrupes da utilizao da estrutura, etc..

    Os dispositivos de medio dos deslocamentos verticais devero ser dispostos

    segundo as direces principais de flexo do elemento estrutural a ensaiar, de modo a obter-se o valor absoluto da flecha a meio-vo.

    Dever ser verificado se os materiais de revestimento do elemento a ensaiar se

    encontram bem aderentes ao beto de modo a no influenciarem as medies. Caso existam dvidas quanto adeso dos materais de revestimento dever-se- proceder sua remoo.

    A carga a utilizar nos ensaios dever ser colocada suficiente afastada das zonas

    a ensaiar de modo a que os resultados traduzam apenas a aco da carga. Dever averiguar-se a importncia das variaes trmicas caso as zonas a

    ensaiar possam vir a estar sujeitas exposio solar. Os pontos de medio e a disposio da carga adoptada, devero ser identificados e localizada em peas desenhadas, em suporte CAD, de modo a permitir qualquer confirmao que venha a ser necessria.

    14.4.2 Realizao do ensaio

    O ensaio dever ter por suporte o descrito na seguinte normalizao de referncia:

    ACI 437R. Devero cumprir-se, ainda, os seguintes procedimentos:

    A leitura inicial ser feita sem qualquer carga na zona a ensaiar, devendo ser repetida, dado considerar-se uma fase crtica do ensaio (um erro na leitura inicial invalida todas as restantes leituras). Nesta fase, dever ser verificado o bom funcionamento dos dispositivos de medio de forma a no ocorrerem percalos.

    Inicio da carga segundo os patamares estabelecidos no plano de ensaio.

    As leituras sero realizadas sempre pela mesma ordem.

    Em cada fase de carga (patamar), sero realizadas tantas leituras quanto as

    necessrias para se verificar a estabilizao dos valores dos deslocamentos, considerando-se que a estabilizao satisfeita quando, aps 3 leituras consecutivas, com intervalos mnimos de 5 minutos, a diferena registada,

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    entre elas, for inferior a 0,03 mm. Quer o intervalo entre leituras, quer a diferena entre as leituras podero ser ajustados face s caractersticas estruturais do elemento em ensaio.

    Caso a estabilizao das leituras no seja satisfeita e o incremento do

    deslocamento no ponto mais deformvel seja muito superior ao das fases precedentes o ensaio dever ser imediatamente interropido e feita a anlise dos resultados entretanto obtidos a fim de serem adoptadas eventuais medidas de segurana urgentes;

    Aplicada a carga total, a estrutura dever permanecer carregada por um

    perodo mnimo de 12 h, afim de serem detectadas quaisquer deformaes residuais.

    Findo o referido perodo de 12 h, proceder-se- descarga, apenas numa

    fase, que quando concluda devero ser feitas 2 sesses consecutivas de leituras (sem atender ao critrio de estabilizao) e uma ltima sesso de leituras, tambm, repetida, decorrido um perodo de pelo menos 1 hora.

    A folha de registo das leituras dever conter a seguinte informao:

    Identificao da obra e do tcnico que faz as leituras. Identificao dos dispositivos de medio (por exemplo, o n. de srie, ou parte

    dele). Data e hora das leituras. Registo dos deslocamentos parciais e absolutos. Observaes relevantes para o ensaio.

    14.4.3 Processmento e apresentao dos resultados

    Os resultados devero ser apresentados sob a forma de tabelas e grficos, de forma a evidenciarem a evoluo dos deslocamentos, quer durante a carga, quer durante a descarga. A forma grfica dever, ainda, permitir analisar a curva carga/deformao, em termos das diferentes inclinaes apresentadas em cada fase. Caso exista deformao residual, em algum dos pontos, no final dos ensaios, esta dever ser igualmente apresentada. Como informao complementar devero ser indicadas as percentagens da variao dos deslocamentos (pelo menos dos pontos mais deformveis) em relao a cada fase, de forma a evidenciar-se adimensionalmente a evoluo dos deslocamentos. No relatrio, incluir-se- a apresentao do registo fotogrfico evidenciando alguns dos ensaios efectuados ou outros aspectos considerados relevantes.