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  • TCNICAS DE CONSTRUO CIVIL E CONSTRUO DE EDIFCIOS

  • 59

    4 - ALVENARIA

    APS ESTUDAR ESTE CAPTULO; VOC DEVER SER CAPAZ DE:

    Escolher a alvenaria adequada;

    Orientar a elevao das paredes (primeira fiada, cantos, prumo, nvel);

    Especificar o tipo de argamassa de assentamento;

    Especificar e conhecer o tipo de amarrao;

    Especificar os tipos de reforos nos vos das alvenarias.

    Executar corretamente os muros de fechamento de divisas.

    Alvenaria, pelo dicionrio da lngua portuguesa, a arte ou ofcio de pedreiro ou

    alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais ou artificiais, ligadas ou no por

    argamassa.

    Modernamente se entende por alvenaria, um conjunto coeso e rgido, de tijolos ou

    blocos (elementos de alvenaria) unidos entre si por argamassa.

    A alvenaria pode ser empregada na confeco de diversos elementos construtivos

    (paredes, abbadas, sapatas, etc...) e pode ter funo estrutural, de vedao etc...Quando a

    alvenaria empregada na construo para resistir cargas, ela chamada Alvenaria resistente,

    pois alm do seu peso prprio, ela suporta cargas (peso das lajes, telhados, pavim. superior,

    etc...)

    Quando a alvenaria no dimensionada para resistir cargas verticais alm de seu peso

    prprio denominada Alvenaria de vedao. As paredes utilizadas como elemento de

    vedao devem possuir caractersticas tcnicas que so:

    Resistncia mecnica

    Isolamento trmico e acstico

    Resistncia ao fogo

    Estanqueidade

    Durabilidade

    As alvenarias de tijolos e blocos cermicos ou de concreto, so as mais utilizadas, mas

    existe investimentos crescentes no desenvolvimento de tecnologias para industrializao de

    sistemas construtivos aplicando materiais diversos. No entanto neste captulo iremos abordar

    os elementos de alvenaria tradicionais.

    4.1 - ELEMENTO DE ALVENARIA

    Produto industrializado, de formato paralelepipedal, para compor uma alvenaria,

    podendo ser:

    4.1.1 - Tijolos de barro cozido

    a - Tijolo comum (macio, caipira)

    So blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilneas (Figura 4.1),

    obtidos aps a queima das peas em fornos contnuos ou peridicos com temperaturas das

    ordem de 900 a 1000C.

  • 60

    * dimenses mais comuns: 21x10x5

    * peso: 2,50kg

    * resistncia do tijolo: 20kgf/cm

    * quantidades por m:

    parede de 1/2 tijolo: 77un

    parede de 1 tijolo: 148un

    Figura 4.1 - Tijolo comum

    b - Tijolo furado (baiano)

    Tijolo cermico vazado, moldados com arestas vivas retilneas. So produzidos a

    partir da cermica vermelha, tendo a sua conformao obtida atravs de extruso.

    * dimenses: 9x19x19cm

    * quantidade por m:

    parede de 1/2 tijolo: 22un

    parede de 1 tijolo: 42un

    * peso 3,0kg

    * resistncia do tijolo espelho: 30kgf/cm e um tijolo: 10kgf/cm

    * resistncia da parede 45kgf/cm

    A seo transversal destes tijolos varivel, existindo tijolos com furos cilndricos

    (Figura 4.2) e com furos prismticos (Figura 4.3).

    No assentamento, em ambos os casos, os furos dos tijolos esto dispostos

    paralelamente superfcie de assentamento o que ocasiona uma diminuio da resistncia dos

    painis de alvenaria.

    As faces do tijolo sofrem um processo de vitrificao, que compromete a aderncia

    com as argamassas de assentamento e revestimento, por este motivo so constitudas por

    ranhuras e salincias, que aumentam a aderncia.

  • 61

    Figura 4.2 - Tijolo com furo cilndrico

    Figura 4.3 - Tijolo com furo prismtico

    c - Tijolo laminado (21 furos)

    Tijolo cermico utilizado para executar paredes de tijolos vista (Figura 4.4). O

    processo de fabricao semelhante ao do tijolo furado.

    * dimenses: 23x11x5,5cm

    * quantidade por m:

    parede de 1/2 tijolo: 70un

    parede de 1 tijolo: 140un

    * peso aproximado 2,70kg

    * resistncia do tijolo 35kgf/cm * resistncia da parede: 200 a 260kgf/cm

  • 62

    Figura 4.4 - Tijolo laminado

    A tabela 4.1 determina as dimenses normalizadas para os elementos cermicos

    existentes comercialmente.

    Tabela 4.1 - Dimenses normalizadas dos elementos cermicos

    Tabela NBR - Dimenses nominais de blocos de vedao e estruturais, comuns e

    especiais

    Tipo(A) Dimenses nominais (mm)

    L x H x C

    (cm)

    Largura (L) Altura(H) Comprimento(C)

    10 x 20 x 20 90 190 190

    10 x 20 x 25 90 190 240

    10 x 20 x 30 90 190 290

    10 x 20 x 40 90 190 390

    12,5 x 20 x 20 115 190 190

    12,5 x 20 x 25 115 190 240

    12,5 x 20 x 30 115 190 290

    12,5 x 20 x 40 115 190 390

    15 x 20 x 20 140 190 190

    15 x 20 x 25 140 190 240

    15 x 20 x 30 140 190 290

    15 x 20 x 40 140 190 390

    20 x 20 x 20 190 190 190

    20 x 20 x 25 190 190 240

    20 x 20 x 30 190 190 290

    20 x 20 x 40 190 190 390

    Medidas especiais Dimenses nominais (mm)

    L x H x C (cm) Largura (L) Altura(H) Comprimento(C)

    10 x 10 x 20 90 90 190

    10 x 15 x 20 90 140 190

    10 x 15 x 25 90 140 240

    12,5 x 15 x 25 115 140 240

  • 63

    4.1.2 - Tijolos de solo cimento

    Material obtido pela mistura de solo arenoso - 50 a 80% do prprio terreno onde se

    processa a construo, cimento Portland de 4 a 10%, e gua, prensados mecanicamente ou

    manualmente. So assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no trao 1:2:8

    (Figura4.5) ou por meio de cola (Figura 4.6).

    * dimenses: 20x10x4,5cm

    * quantidade: a mesma do tijolo macio de barro cozido

    * resistncia a compresso: 30kgf/cm

    Figura 4.5 - Tijolo de solo cimento comum

    Figura 4.6 - Tijolo de solo cimento assentado com cola

    4.1.3 - Blocos de concreto

    Peas regulares e retangulares, fabricadas com cimento, areia, pedrisco, p de pedra e

    gua (Figura 4.7; 4.8). O equipamento para a execuo dos blocos a presa hidrulica. O

    bloco obtido atravs da dosagem racional dos componentes, e dependendo do

    equipamento possvel obter peas de grande regularidade e com faces e arestas de bom

    acabamento. Em relao ao acabamento os blocas de concreto podem ser para

    revestimento (mais rstico) ou aparentes.

  • 64

    Figura 4.7 - Bloco de concreto

    A Tabela 4.2 determina as dimenses nominais dos blocos de concreto mais utilizados.

    Tabela 4.2 - Dimenses nominais dos blocos de concreto

    dimense

    s

    a b c peso a b c peso

    *: 09 x 19 x 39 10kg 09 x 19 x 19 4,8kg

    11 x 19 x 39 10,7kg 1/2 tijolo 14 x 19 x 19 6,7kg

    14 x 19 x 39 13,6kg 19 x 19 x 19 8,7kg

    19 x 19 x 39 15,5kg

    * quantidade de blocos por m : 12,5un

    * resistncia do bloco: deve-se consultar o fabricante

    Figura 4.8 - Bloco canaleta

    Bloco Canaleta : 14 x 19 x 39 = 13,50 kg

    19 x 19 x 39 = 18,10 kg

  • 65

    4.2 ELEVAO DA ALVENARIA:

    4.2.1 - Paredes de tijolos macios

    Depois de, no mnimo, um dia da impermeabilizao, sero erguidas as paredes

    conforme o projeto de arquitetura. O servio iniciado plos cantos (Figura 4.9) aps o

    destacamento das paredes (assentamento da primeira fiada), obedecendo o prumo de pedreiro

    para o alinhamento vertical (Figura 4.10) e o escantilho no sentido horizontal (Figura 4.9).

    Os cantos so levantados primeiro porque, desta forma, o restante da parede ser

    erguida sem preocupaes de prumo e horizontalidade, pois estica-se uma linha entre os dois

    cantos j levantados, fiada por fiada.

    A argamassa de assentamento utilizada de cimento, cal e areia no trao 1:2:8.

    Figura 4.9 - Detalhe do nivelamento da elevao da alvenaria

  • 66

    Figura 4.10 - Detalhe do prumo das alvenarias

    Podemos ver nos desenhos (Figura 4.11; 4.12; 4.13) a maneira mais prtica de

    executarmos a elevao da alvenaria, verificando o nvel e o prumo.

    1o Colocada a linha, a argamassa e disposta sobre a fiada anterior, conforme a Figura 4.11.

    Figura 4.11 - Colocao da argamassa de assentamento

  • 67

    2o - Sobre a argamassa o tijolo e assentado com a face rente linha, batendo e acertando com

    a colher conforme Figura 4.12.

    Figura 4.12 - Assentamento do tijolo

    3o - A sobra de argamassa retirada com a colher, conforme Figura 4.13.

    Figura 4.13 - Retirada do excesso de argamassa

  • 68

    Mesmo sendo os tijolos da mesma olaria, nota-se certa diferena de medidas, por este

    motivo, somente uma das faces da parede pode ser aparelhada, sendo a mesma externa por

    motivos estticos e mesmo porque os andaimes so montados por este lado fazendo com que

    o pedreiro trabalhe aparelhando esta face.

    Quando as paredes atingirem a altura de 1,5m aproximadamente, deve-se providenciar

    o primeiro plano de andaimes, o segundo plano ser na altura da laje, se for sobrado, e o

    terceiro 1,5m acima da laje e assim sucessivamente.

    Os andaimes so executados com tbuas de 1"x12" (2,5x30cm) utilizando os mesmos

    pontaletes de marcao da obra ou com andaimes metlicos.

    No caso de andaimes utilizando pontaletes de madeira as tbuas devem ser pregadas

    para maior segurana do usurios.

    4.2.1.a - Amarrao dos tijolos macios

    Os elementos de alvenaria devem ser assentados com as juntas desencontradas, para

    garantir uma maior resistncia e estabilidade dos painis (Figuras4.14; 4.15; 4.16). Podendo

    ser:

    a - Ajuste comum ou corrente, o sistema mais utilizado (Figura 4.14)

    Figura 4.14 - Ajuste corrente (comum)

    b - Ajuste Francs tambm comumente utilizado (Figura 4.15)

    Figura 4.15 - Ajuste Francs

  • 69

    c - Ajuste Ingls, de difcil execuo pode ser utilizado em alvenaria de tijolo aparente

    (Figura 4.16).

    Figura 4.16 - Ajuste Ingls ou gtico

    4.2.1.b - Formao dos cantos de paredes

    de grande importncia que os cantos sejam executados corretamente, pois como j

    visto, as paredes iniciam-se plos cantos. Nas Figuras 4.17; 4.18; 4.19; 4.20 e 4.21 mostram a

    execuo de diversos cantos de parede nas diversas modalidades de ajustes.

    Figura 4.17 - Canto em parede de meio tijolo no ajuste comum

  • 70

    Figura 4.18 - Canto em parede de um tijolo no ajuste francs

    Figura 4.19 - Canto em parede de um tijolo no ajuste comum

    Figura 4.20 - Canto em parede de espelho

  • 71

    Figura 4.21 - Canto em parede externa de um tijolo com parede interna de meio tijolo no

    ajuste francs

    4.2.1.c - Pilares de tijolos macios

    So utilizados em locais onde a carga pequena (varandas, muros etc...). Podem ser

    executados somente de alvenaria ou e alvenaria e o centro preenchido por concreto (Figura

    4.22)

    Figura 4.22 - Exemplo depilares de alvenaria

    4.2.1.d - Empilhamento de tijolos macios

    Para conferir na obra a quantidade de tijolos macios recebidos, comum empilhar os

    tijolos de maneira como mostra a Figura 4.23. So 15 camadas, contendo cada 16 tijolos,

  • 72

    resultando 240. Como coroamento, arrumam-se mais 10 tijolos, perfazendo uma pilha de 250

    tijolos. Costuma-se, tambm, pintar ou borrifar com gua de cal as pilhas, aps cada descarga

    do caminho, para no haver confuso com as pilhas anteriores.

    Figura 4.23 - Empilhamento do tijolo macio

    4.2.1.e - Cortes em tijolos macios

    O tijolo macio permite que seja dividido em diversos tamanhos, o que facilita no

    momento da execuo. Podemos dividi-lo pela metade ou em 1/4 e 3/4 de acordo com a

    necessidade (Figura 4.24).

    Figura 4.24 - Corte do tijolo macio

  • 73

    4.2.2 - Paredes com bloco de concreto

    So paredes executadas com blocos de concreto vibrado. Com o desenvolvimento dos

    artigos pr-moldados, se estendem rapidamente em nossas obras.

    O processo de assentamento semelhante ao j descrito para a alvenaria de tijolos

    macios. As paredes iniciam-se plos cantos utilizando o escantilho para o nvel da fiada e o

    prumo.

    A argamassa de assentamento dos blocos de concreto mista composta por cimento

    cal e areia no trao 1:1/2:6.

    Vantagens: - peso menor

    - menor tempo de assentamento e revestimento, economizando

    mo-de-obra.

    - menor consumo de argamassa para assentamento.

    - melhor acabamento e uniformidade.

    Desvantagens: - no permite cortes para dividi-los.

    - geralmente, nas espaletas e arremates do vo, so necessrios tijolos comuns.

    - difcil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para embutimento de canos e condutes.

    - nos dias de chuva aparecem nos painis de alvenaria externa, os desenhos dos blocos. Isto ocorre devido absoro da

    argamassa de assentamento ser diferente da dos blocos.

    - Os blocos de concreto para execuo de obras no estruturais tm o seu fundo

    tampado (Figura 4.25) para facilitar a colocao da argamassa de assentamento. Portanto, a

    elevao da alvenaria se d assentando o bloco com os furos para baixo.

    Figura 4.25 - Detalhe do assentamento do bloco de concreto

    O assentamento feito em amarrao. Pode ser junta a prumo (somente quando for

    vedao em estrutura de concreto).

  • 74

    A amarrao dos cantos e de parede interna com externa se faz utilizando barras de

    ao a cada trs fiadas ou utilizando um pilarete de concreto no encontro das alvenarias

    (Figura 4.26):

    Figura 4.26 - Detalhe de execuo dos cantos

    4.2.3 - Parede de tijolos furados

    As paredes de tijolo furado so utilizadas com a finalidade de diminuir o peso das

    estruturas e economia, no oferecem grande resistncia e portanto, s devem ser aplicados

    com a nica funo de vedarem um painel na estrutura de concreto.

    Sobre elas no devem ser aplicados nenhuma carga direta. No entanto, os tijolos

    baianos tambm so utilizados para a elevao das paredes, e o seu assentamento e feito em

    amarrao, tanto para paredes de 1/2 tijolo como para 1 tijolo (Figura 4.27).

    Figura 4.27 - Execuo de alvenaria utilizando tjolos furados

  • 75

    A amarrao dos cantos e da parede interna com as externas, se faz atravs de pilares

    de concreto, pois no se consegue uma amarrao perfeita devido s diferenas de dimenses

    (Figura 4.28).

    Figura 4.28 - Exemplo de amarrao nas alvenaria de tijolo furado

    4.3 - VOS EM PAREDES DE ALVENARIA

    Na execuo das paredes so deixados os vos de portas e janelas. No caso das

    portas os vos j so destacados na primeira fiada da alvenaria e das janelas na altura do

    peitoril determinado no projeto. Para que isso ocorra devemos considerar o tipo de batente a

    ser utilizado pois a medida do mesmo dever ser acrescido ao vo livre da esquadria (Figura

    4.29).

    esquadrias de madeira: porta = acrescentar 10 cm na largura e 5cm na

    altura, devido aos batentes.

    janela = acrescentar 10cm na largura e 10cm na

    altura.

    esquadrias de ferro: como o batente a prpria esquadria, os acrscimos sero de

    3cm tanto na largura como na altura.

    Figura 4.29 - Vo de alvenaria

    Sobre o vo das portas e sobre e sob os vos das janelas devem ser construdas

    vergas.(Figura 4.30)

    Quando trabalha sobre o vo, a sua funo evitar as cargas nas esquadrias e quando

    trabalha sob o vo, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas uniformemente

    pela alvenaria inferior:

  • 76

    Figura 4.30 - Vergas sobre e sob os vos

    As vergas podem ser pr-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vo no

    mnimo 30cm ou 1/5 do vo.

    No caso de janelas sucessivas, executa-se uma s verga.

    As Figuras 4.31; 4.32 exemplificam as vergas nas paredes de alvenaria executadas

    com tijolos macios para:

    Vos at 1,0m

    Figura 4.31 - Vergas em alvenaria de tijolo macio para vos at 1,00m

    Vos entre 1,0 e 2,0m

    Figura 4.32 - Vergas em alvenaria de tijolo macio para vos entre 1,00m e 2,00m

  • 77

    OBS: Caso o vo exceda a 2,00m, deve-se calcular uma viga armada.

    As Figuras 4.33; 4.34 exemplificam as vergas nas paredes de alvenaria executadas

    com blocos de concreto para:

    Vos de 1,0m Vos de 1,0 a 1,50m

    Figura 4.33 - Vergas em alvenaria de bloco de concreto para vos at 1,00m e entre 1,00m

    e 1,50m

    Vos acima de 1,50 at 2,00m

    Figura 4.34 - Vergas em alvenaria de tijolo macio para vos entre 1,50m e 2,00m

    A Figura 4.35 exemplifica as vergas nas paredes de alvenaria executadas com tijolos

    furados para:

  • 78

    Vos de 1,0m Vos de 1,0 a 2,0m

    Figura 4.35 - Vergas em alvenaria de tijolo furado para vos at 1,00m e entre 1,00m e

    2,00m

    4.4 - OUTROS TIPOS DE REFOROS EM PAREDES DE ALVENARIA.

    Quando uma viga, de pequena carga, proveniente principalmente das coberturas,

    descarrega sobre a alvenaria , para evitar a carga concentrada e consequentemente o

    cisalhamento nos tijolos, fazem-se coxins de concreto (Figura 4.36).

    Figura 4.36 - Coxins de concreto

    Ao chegar com as paredes altura da laje (respaldo das paredes), quando no temos

    uma verdadeira estrutura de concreto e os vo so pequenos, utilizamos uma nova cinta de

    amarrao sob a laje e sobre todas as paredes que dela recebem carga.

    As cintas de amarrao no respaldo das paredes servem para apoio das lajes, nestes

    casos para lajes de pequenos vos, no mximo entre 2,50 a 3,00m, (ver apoio de lajes em

    alvenaria nas anotaes de aulas n5).

    As Figuras 4.37 e 4.38 exemplificam as cintas de amarrao no respaldo das alvenarias

    cermicas para tijolo macio e tijolo furado respectivamente.

  • 79

    Figura 4.37 - Cinta de amarrao em alvenaria de tijolo macio

    Figura 4.38 - Cinta de amarrao em alvenaria de tijolo furado

    Na alvenaria de bloco de concreto utilizamos blocos canaletas para a execuo das

    cintas de amarrao (Figura 4.39)

    Figura 4.39 - Cinta de amarrao em alvenaria de bloco de concreto

    Obs. As cintas de amarrao servem para distribuir as cargas e "amarrar" as paredes (internas

    com as externas). Se necessitarmos que as cintas suportem cargas, devemos ento calcular

    vigas.

    4.5 - MUROS

  • 80

    Os fechamentos para divisas podem ser executados em alvenaria de bloco de concreto

    (14 x 19 x 39), tijolo macio ou tijolo furado. Tudo vai depender de um estudo econmico e

    tambm tcnico para a escolha do melhor elemento

    Para o bloco de concreto podemos executar de duas maneiras: vista (Figura 4.40) ou

    revestido (Figura 4.41). Se a escolha for vista, devemos utilizar os prprios furos dos blocos

    para preencher com "grout", formando assim os pilaretes (Figura 4.40), tomando sempre o

    cuidado de deixar as juntas com o mesmo espaamento, para podermos fris-las.

    Se a escolha for para o revestimento, poderemos tambm utilizar os furos do bloco

    como pilarete ou colocar formas e executar um pilarete, neste caso armado.

    Para o tijolo furado e o macio, devemos quase sempre revesti-los, portanto a cada 2,5

    a 3,0m executa-se um pilarete de 10 x 25, com o auxlio de formas de madeira (Figura 4.42).

    Obs. Qualquer que seja o elemento escolhido para a execuo do muro a cada, no mximo, de

    10,00 a 15,00m, devemos deixar uma junta de dilatao de 1,0cm. Esta junta deve ser

    executada para evitar que no muro aparea trincas devido ser o mesmo esbelto, estar

    parcialmente engastado no alicerce, e sofrer movimentao devido a variao trmica, ventos

    etc.

    4.5.1 -Fechamento de divisas em bloco de concreto

    a - vista:

    Figura 4.40 - Detalhe dos pilaretes executados nos blocos

    b - Revestido:

  • 81

    Figura 4.41 - Detalhe da elevao de muro de bloco aparente , revestido e viga baldrame

    4.5.2 - Fechamento de divisas em tijolo macio ou baiano

    Figura 4.42 - Detalhe de execuo de um muro de tijolo macio

  • 82

    4.5.3 - Tipos de fundaes para os muros

    Podemos efetuar, dependendo do terreno, um alicerce em sapata corrida de concreto

    ou com brocas.

    As sapatas corridas devem estar em nvel e apoiadas em solo firme a uma

    profundidade mnima de 40cm, caso o terreno no comporte este tipo de alicerce podemos

    optar por brocas.

    As brocas, geralmente de 20cm efetuadas a trado. Como as cargas dos muros de divisa no so elevadas podemos faze-la com 2,0m de profundidade e a cada 2,5 ou 3,0m de

    distncia uma das outras.

    Devemos sempre deixar as valas do alicerce do muro em nvel para evitarmos esforos

    na alvenaria, o que poderia ocasionar o aparecimento de fissuras.

    impermeabilizao

    Figura 4.43 - Exemplo de fundao para muros

    No respaldo do alicerce do muro, devemos executar tambm, uma proteo

    impermevel, atravs de argamassa e impermeabilizantes, para evitar a presena de umidade

    na alvenaria de elevao do muro.

    Dever ser executado uma cinta de amarrao no mnimo no meio e no respaldo da

    alvenaria, que tem a funo de interligar os pilaretes com a alvenaria.

    4.6 - ARGAMASSA - PREPARO E APLICAO

  • 83

    As argamassas, junto com os elementos de alvenaria, so os componentes que formam

    a parede de alvenaria no armada, sendo a sua funo:

    - unir solidamente os elementos de alvenaria

    - distribuir uniformemente as cargas

    - vedar as juntas impedindo a infiltrao de gua e a passagem de insetos, etc...

    As argamassas devem ter boa trabalhabilidade. Difcil aquilatar esta trabalhabilidade,

    pois so fatores subjetivos que a definem. Ela pode ser mais ou menos trabalhvel, conforme

    o desejo de quem vai manuse-la. Podemos considerar que ela trabalhvel quando distribui-

    se com facilidade ao ser assentada, no "agarra" a colher do pedreiro; no endurece

    rapidamente permanecendo plstica por tempo suficiente para os ajustes (nvel e prumo) do

    elemento de alvenaria.

    4.6.1 - Preparo da argamassa para assentamento de alvenaria de vedao

    A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiais selecionados,

    granulometria adequada e com um trao de acordo com o tipo de elemento de alvenaria

    adotado (Tabela 4.2). Podem ser preparadas:

    a) - Manualmente

    Figura 4.44 - Preparo da argamassa manualmente

    b) - Com betoneira

    Figura 4.45 - Preparo da argamassa com betoneira

    Tabela 4.2 - Trao de argamassa em latas de 18litros para argamassa de assentamento

  • 84

    Aplicao

    Trao

    Rendimento por

    saco de cimento

    Alvenaria de tijolos de

    barro cozido (macio)

    1 lata de cimento

    2 latas de cal

    8 latas de areia

    10m

    Alvenaria de tijolos

    baianos ou furados

    1 lata de cimento

    2 latas de cal

    8 latas de areia

    16m

    Alvenaria de blocos de

    concreto

    1 lata de cimento

    1/2 lata de cal

    6 latas de areia

    30m

    4.6.2 - Aplicao

    Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depois pressiona o

    tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo (Figura 4.46):

    Figura 4.46 - Assentamento Tradicional

    Cordo: onde o pedreiro forma dois cordes de argamassa (Figura 4.47), melhorando

    o desempenho da parede em relao a penetrao de gua de chuva, ideal para paredes em

    alvenaria aparente.

    Figura 4.47 - Aseentamento em cordo

  • 85

    Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta de argamassa, que

    deve ser comprimida e nunca arrancada (Figura 4.48), conferindo mais resistncia alm de um

    efeito esttico.

    Figura 4.48 - Tipos de frisos

    Os frisos a,b,c so os mais aconselhveis para painis externos pois evita o acmulo de gua.

  • 86

    ANOTAES

    1 - As bitolas dos ferros das vergas e das cintas de amarrao, esto colocadas em

    polegadas, por ser a nomenclatura mais usual entre os pedreiros na obra (Tabela 4.3).

    Tabela 4.3 - Equivalncia das bitolas dos aos

    mm polegadas

    5,0 3/16

    6,3 1/4

    8,0 5/16

    10,0 3/8

    12,5 1/2

    2 Verificao para um bom assentamento:

    - Junta de argamassa entre os tijolos completamente cheias;

    - Painis de paredes perfeitamente a prumo e alinhadas, pois, do contrrio, ser necessrio

    uma grande espessura de revestimento;

    - Fiadas em nvel para se evitar o aumento de espessura de argamassa de assentamento.

    - Desencontro de juntas para uma perfeita amarrao.

    3 Noes de segurana:

    - A operao de guinchos, gruas e equipamentos de elevao s deve ser feita por trabalhador qualificado.

    - A utilizao de andaimes para a elevao da alvenaria devem ser executados com estruturas de madeira pregadas e no amarradas ou em estruturas metlicas contraventadas

    e apoiadas em solo resistente e nivelado.

    - No acumular muitos tijolos e argamassa sobre os andaimes.

  • 87

    Mos obra!

    Este folheto, desenvolvido e produzido sob orientao da ABCP - Associao Brasileira de

    Cimento Portland fornece informaes teis para orient-lo na construo ou reforma de sua

    casa. Qualquer construo ou reforma exige a participao de um profissional habilitado,

    responsvel pelo projeto e pela execuo da obra. Procure a Prefeitura de sua cidade e/ou o

    CREA, para obter mais informaes a respeito.

    Terreno - Planta Padro

    Limpe o terreno e confira no prprio local:

    1- Antes de mais nada, veja se voc tem os documentos que provam que o terreno seu.

    Esses documentos so a escritura ou o compromisso de compra e venda assinado e

    autenticado pelo vendedor.

    Se voc no tiver esses documentos, procure se informar como e onde obt-los.

    Construindo ou reformando, voc sempre sai ganhando!

    Este folheto ajuda voc com uma poro de dicas para construir uma casa segura e durvel.

    Vamos l! Mos obra!

    Observe se o terreno tem risco de desabamento da casa:

    Veja o solo onde ser sua obra, veja se ele fraco, o que poder trazer riscos para sua obra!

    Veja se o local oferece riscos de enchentes!

  • 88

    PLANTA DA CASA

    Risque num papel como voc imagina a sua futura casa. Assim, voc pode decidir quantos

    cmodos vai construir e o tamanho deles.

    Voc pode comear pelas partes mais necessrias, como quarto, cozinha e banheiro (embrio)

    e aumentar o nmero de quartos quando a famlia crescer (ampliao).

    Exemplo de planta de uma casa com embrio de 20 m2 e ampliao de 19 m

    2 - rea total = 39

    m2.

    Exemplo de casa no meio do terreno

  • 89

    Exemplo de casa encostada na divisa:

    Locao da casa Comece o trabalho nivelando o terreno onde a casa ser construda. Agora, construa cavaletes,

    um gabarito ou uma tabeira e marque a posio da casa no terreno.

    No esquea de conferir o esquadro. Esta etapa muito importante para garantir a construo

    das paredes na posio correta.

  • 90

    Fundao

    A fundao ou alicerce serve para apoiar a casa no terreno. A fundao depende do tipo de

    solo do seu terreno.

    Uma sondagem permite saber qual a fundao mais indicada. Existem firmas especializadas

    em sondagens de solos. Mas a melhor dica consultar os vizinhos para saber como foram

    feitas as fundaes das casas prximas.

    Baldrame (sapata corrida)

    Se voc encontrar solo firme at uma profundidade de 60 cm, voc pode abrir uma vala e

    fazer o baldrame diretamente sobre o fundo dela. Voc pode fazer baldrame de blocos ou de

    concreto.

  • 91

    Baldrame de blocos de concreto

    DICA

    No deixe de fazer a impermeabilizao para evitar que a umidade suba pelas paredes de sua casa.

  • 92

    Broca (Estaca)

    Se voc no encontrar terreno firme at 60 cm de profundidade, vai ser necessrio apoiar o

    baldrame sobre brocas.

    Broca (estaca)

  • 93

    Escolha o Cimento Certo - Cuidado com cimentos sem selo ABNT e ABCP.

    Lajes

    As lajes aumentam o valor, o conforto e a segurana de sua casa.

    As mais comuns so as de concreto armado, executadas no local, ou as pr-moldadas de

    concreto, compostas de vigotas "T" ou vigotas treliadas e lajotas (tavelas).

    As lajes pr-moldadas so as mais econmicas e mais simples de executar.

  • 94

    DICA: As lajotas (tavelas) podem

    ser de concreto ou

    cermica.

    Elas servem de guia para

    medir a distncia entre as

    vigotas.

    Por isso, as lajotas devem

    ter sempre o mesmo

    tamanho.

    Montagem das Lajes:

    As vigotas devem se apoiar pelo menos 5 cm de cada lado da parede.

    As lajotas devem ser encaixadas sobre as vigotas.

    A primeira e a ltima carreiras de lajotas podem ser apoiadas na prpria cinta de amarrao.

    Escoramento das Lajes:

  • 95

    Se o vo a ser vencido pela laje for menor que 3,40 m, coloque uma fileira de pontaletes para

    escorar as vigotas.

    Se o vo for maior (3,40 m a 5 m), escore as vigotas com duas fileiras de pontaletes.

    Nos dois casos, os pontaletes devem ser um pouquinho mais altos que as paredes.

    A laje deve ficar levemente curvada para cima, formando a contraflecha, recomendada pelos

    fabricantes.

    Cinta de amarrao:

    O prximo passo colocar as caixas de luz e os condutes (eletrodutos) para a fiao eltrica.

    Feito isso, pregue uma tbua de testeira nas extremidades da laje, que vai funcionar como

    frma da capa de concreto da laje.

    Dicas:

    Se o vo tiver mais de 5 m, consulte o fabricante sobre o escoramento da Laje.

    A espessura da capa de concreto deve obedecer s instrues do fabricante da laje, que

    definir a armadura complementar a ser utilizada.

    Antes de concretar a laje, molhe todas as vigotas e lajotas j montadas.

  • 96

    Vos de Portas e Janelas

    Portas e Janelas:

    Use uma verga na primeira fiada de blocos acima do vo. Essa verga pode ser pr-moldada ou

    feita no local. Ela deve ter, no mnimo, 20 cm a mais para cada lado do vo.

    No se esquea tambm de escorar as frmas das vergas concretadas no prprio local.omece

    cada parede pelos cantos, assentando os blocos em amarrao (fazendo junta amarrada).

    No esquea de verificar o nvel e o prumo de cada fiada.

  • 97

    DICA:

    Use blocos-canaleta como frma para a verga. Eles tambm podem ser usados como cinta de

    amarrao.

    Cinta de amarrao

    A boa prtica recomenda fazer uma cinta de amarrao na ltima fiada das paredes (respaldo).

    Mas lembre-se de deixar passagens para canos e condutes (eletrodutos) na cinta de

    amarrao.

  • 98

    Lembre-se de chumbar tarugos de madeira nas bordas dos vos. Os batentes de portas e

    janelas, que sero instalados depois, vo ser pregados nesses tarugos.

    Use uma argamassa bem forte de cimento e areia (1 parte de cimento e 3 partes de areia) para

    chumbar os tarugos.

    DICA:

    Evite desperdcio. Assim que terminar a alvenaria, converse com um encanador e com um

    eletricista para saber quando voc dever rasgar as paredes para colocar canos e condutes

    (eletrodutos).

    As Figuras abaixo exemplificam as cintas de amarrao no respaldo das alvenarias cermicas

    para tijolo macio e tijolo furado respectivamente.

  • 99

    Cinta de amarrao em alvenaria de tijolo macio

    Cinta de amarrao em alvenaria de tijolo furado

    Na alvenaria de bloco de concreto utilizamos blocos canaletas para a execuo das cintas de

    amarrao

    Cinta de amarrao em alvenaria de bloco de concreto

    Obs. As cintas de amarrao servem para distribuir as cargas e "amarrar" as paredes (internas

    com as externas). Se necessitarmos que as cintas suportem cargas, devemos ento calcular

    vigas.

    Quantidade de Tijolos e Blocos

  • 100

    As paredes internas e externas podem ser levantadas com blocos de concreto ou tijolos. Voc

    mesmo pode calcular quantos milheiros vai precisar. Faa as contas e veja como os blocos de

    concreto rendem mais.

    ATENO :

    1. A lata de medida deve ter 18 litros. Evite latas amassadas.

    2. As lojas e depsitos de material de construo tm argamassas prontas para assentamento.

    Quando us-las, siga as instrues do fabricante.

    Argamassas Prontas:

  • 101

    Existem tambm argamassas prontas, para assentamento, revestimento e rejuntamento,

    venda nas lojas de material de construo. Essas argamassas vm embaladas em sacos e

    devem ser misturadas com gua na quantidade recomendada na embalagem.

    Telhado

    O primeiro passo construir as empenas (oites) sobre a laje, para dar caimento ao telhado.

    Se a casa

    no tiver laje, construa as paredes de modo que cheguem direto at a altura do telhado.

    O caimento do telhado depende do tipo de telha escolhida, mas a altura da empena depende

    tambm da altura da caixa dgua que ficar debaixo do telhado. E lembre-se de que preciso deixar espao para abrir a tampa da caixa d'gua.

    Instale a caixa sobre uma base de caibros. desejvel ter uma distncia mnima de 1,50 m

    entre o fundo da caixa d'gua e o chuveiro, para que a gua desa com presso suficiente.

    DICA:

    Se voc no pretende construir imediatamente o telhado, a laje deve ser feita com caimento

    mnimo de 2 cm por metro.

  • 102

    Dicas:

    Nos telhados de fibrocimento o consumo de madeira menor porque no so usadas ripas. A

    montagem tambm mais rpida.

    As lojas de material de construo tm as instrues do fabricante de telhas para a montagem

    do telhado.

    Esquadrias

    Os batentes das portas e das janelas de madeira so fixados diretamente nos tarugos

    chumbados nas paredes. Esses batentes devem ser nivelados e esquadrejados.

    Deixe espao para o acabamento do piso, quando marcar as soleiras das portas e a altura dos

    peitoris das janelas.

  • 103

    melhor chamar um carpinteiro para colocar as portas. Quase sempre elas precisam ser

    aplainadas e ter encaixes para a colocao das dobradias e da fechadura.

    As janelas, vitrs ou basculantes j vm montados com toda a ferragem e, s vezes, at com o

    vidro colocado. Se no vierem, chame um vidraceiro.

    DICA:

    Alm das esquadrias de madeira, existem as de ferro (que j vm com chumbadores, grapas

    ou rabo-de-andorinha) e as de alumnio.

    COMO PREPARAR UM BOM CONCRETO

    Ferramentas:

  • 104

    Enxada

    P

    carrinho de mo

    betoneira

    lata de 18 litros

    colher de pedreiro

    Cuidados:

    Use pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais orgnicos (como razes, folhas,

    gravetos etc.) e sem gros que esfarelam quando apertados entre os dedos.

    A gua tambm deve ser limpa (boa para beber). Para as medidas, use latas de 18 litros. Evite

    latas amassadas.

    muito importante que a quantidade de gua da mistura esteja correta. Tanto o excesso como

    a falta so prejudiciais ao concreto.

    Excesso de gua diminui a resistncia do concreto. Falta de gua deixa o concreto cheio de

    buracos.

    Concreto Misturado a mo:

  • 105

    Concreto Misturado em Betoneira

  • 106

    Dicas:

    A betoneira deve ser limpa antes de ser usada (livre de ps, gua suja, restos da ltima

    utilizao). Os materiais devem ser colocados com a betoneira girando e no menor espao de

    tempo possvel.

    Instalaes Hidro-Sanitrias

  • 107

    gua

    Nesta etapa, o ideal contar com a ajuda de um encanador (bombeiro). Primeiro monte o

    cavalete para a ligao do medidor de gua.

    As lojas de material de construo tm cavaletes prontos (kits). Em seguida, coloque a caixa

    dgua no ponto mais alto da casa. Agora faa a ligao do cavalete at a caixa dgua.

    No se esquea de colocar uma bia com registro, uma sada para limpeza e um ladro na

    caixa dgua. Feito isso, desa com a tubulao da cozinha, do tanque e do banheiro. Lembre-se de colocar um registro na sada dessas tubulaes.

    Para o vaso sanitrio,existem vrios sistemas de descarga. Pergunte ao encanador (bombeiro)

    qual o melhor para a sua casa. Ele tambm vai saber como deve ser feita a instalao.

  • 108

    Esgoto:

    Aqui tambm o ideal contar com a ajuda de um profissional. Se a sua rua no tiver rede de

    esgoto, faa uma fossa sptica com sumidouro no local mais baixo do terreno e mais afastado

    da casa.

    O vaso sanitrio ligado com um tubo de 100 mm caixa de inspeo. O ralo sifonado do

    chuveiro, o tanque, a pia e o lavatrio so ligados com tubo de 40 mm.

    IMPORTANTE:

    Para evitar mau cheiro, faa um respiro, aps o ralo sifonado, subindo um tubo de 40 mm at

    o telhado. A sada da caixa de inspeo para a fossa sptica tambm feita com tubo de 100

    mm.

    Louas e metais:

    A maioria das lojas de material de construo tem vrios tipos de vasos ou bacias sanitrias,

  • 109

    lavatrios, pias, tanques, torneiras, sifo e ralos. Siga as instrues do fabricante para colocar

    as louas e metais. O encanador (bombeiro) tambm sabe como instalar essas peas.

    Instalaes Eltricas

    Eletricidade

    Consulte a companhia de eletricidade para saber onde colocar o poste e como fazer a ligao

    do seu relgio de luz.

    A caixa de luz, onde vo ficar os fusveis ou disjuntores, deve ficar em local de fcil acesso.

    As caixas de passagem e os condutes (eletrodutos) podem ser embutidos nas paredes ou ficar

    aparentes, fixados com presilhas (braadeiras).

    Para o exemplo de casa modelo, voc pode seguir o esquema ao lado.

  • 110

    As tomadas devem ficar, no mnimo, 30 cm acima do piso acabado e os interruptores, a 1,20

    m. Para o chuveiro, utilize um circuito prprio, com fio terra, para evitar choques.

    DICA:

    Chame um eletricista para colocar os disjuntores e puxar a fiao. Se a casa no tiver laje, a

    fiao que corre debaixo do telhado pode ser presa no madeiramento com isoladores.

    Pintura

  • 111

    Proteja seu Concreto

    O tempo de vida til das estruturas de concreto depende de cuidados na sua execuo.

    Com a reviso da Norma de concreto NBR 6118 e a criao da NBR 14931, um conceito

    antigo colocado no topo das prioridades no Brasil: a durabilidade.

    Para que este conceito seja realmente implementado em uma obra, tanto o projeto quanto a

    execuo tm parcelas de contribuio e, por isso, alguns cuidados so imprescindveis em

    ambas as fases.

    Neste artigo, abordaremos a importncia das prticas de lanamento, adensamento e cura na

    qualidade e durabilidade do concreto, bem como procedimentos que podem minimizar o

    efeito de condies adversas durante a operao de concretagem.

    1. Lanamento do concreto

    Chamamos de lanamento a operao de colocao do concreto nas frmas. Pode ser

    confundido com transporte horizontal e vertical, que na realidade, compreende o processo de

    se levar o material desde seu local de produo at as frmas.

    Nesta etapa, o maior cuidado evitar a chamada segregao do concreto, que consiste na

    separao dos materiais componentes, com o conseqente aparecimento de ninhos ou bicheiras, que o adensamento no conseguir eliminar. Neste caso, a grande porosidade ser o fator causador da baixa qualidade da estrutura. A NBR 14931 em sua novssima verso de

    maro/2003, estabelece algumas generalidades em seu item 9.5.1:

    o concreto deve ser lanado o mais prximo possvel do seu local definitivo;

    em nenhuma hiptese o lanamento deve ocorrer aps o inicio de pega do concreto;

    o lanamento deve ser feito de maneira uniforme nas frmas, evitando a concentrao

    e deformao das mesmas;

  • 112

    devem ser observados cuidados no lanamento quando a altura de queda livre for

    superior a dois metros. Neste caso recomenda-se o uso de funis, calhas ou trombas;

    o lanamento nas frmas deve ser feito em camadas de altura compatvel com o

    adensamento previsto.

    A segregao ocorre porque os materiais componentes tm massas especficas diferentes e

    com a queda ou lanamento tendem a se separar. Portanto, pode-se deduzir que o tipo de

    lanamento determina quais caractersticas do concreto devem ser reforadas.

    Por exemplo, se os lanamentos forem realizados em alturas maiores necessrio se verificar

    o teor de argamassa e consistncia adequados (boa coeso).

    J no caso de bombeamentos, a trabalhabilidade tambm deve ser observada com cuidado e se

    o lanamento for submerso, o concreto deve ser auto-adensvel. Em peas verticais, tipo

    pilares e paredes, o cuidado no sentido de se reduzir o fenmeno da exsudao (percolao

    da gua na massa do concreto) e da segregao.

    Para o lanamento projetado o concreto deve ter grande coeso e consistncia relativamente

    seca, a fim de diminuir a perda com a reflexo.

    As Normas Brasileiras tambm chamam a ateno para as temperaturas de lanamento (NBR

    7212), interrupo do lanamento, formao de juntas frias (NBR 14931) e ainda a densidade

    das armaduras (NBR 14931).

    2. Adensamento

    a operao para a retirada do ar presente na massa do concreto, com o objetivo de se reduzir

    a porosidade ao mximo. Como benefcio adicional obtm-se a melhoria da resistncia

    mecnica, dificultando a entrada de agentes agressivos e o perfeito preenchimento das frmas.

    A forma usual de adensamento a vibrao que, por melhor que seja, no consegue retirar

    todo o ar aprisionado. Estima-se que cerca de 1,5 a 2% do volume da massa do concreto

    fresco seja ar incorporado, que dever aumentar ao longo do tempo devido a sada da gua

    pela evaporao.

    Outras formas de adensamento no usuais tm sido mais utilizadas com o avano de

    tecnologias construtivas, como, por exemplo, o uso de CCR, que o concreto compactado a

    rolo e utilizado em pavimentos de concreto e barragens.

    Ainda no caso de pavimentos e pisos, o adensamento pode ser executado com mquinas

    vibro-acabadoras que tm alto desempenho e bom nvel de acabamento.

    A extruso outra forma de adensamento do concreto e consiste na compactao de um

    concreto de consistncia seca e bem argamassado, utilizado em indstrias de pr-moldados e

    guias e sarjetas moldadas in loco.

    A centrifugao ainda um processo novo no Brasil, mas muito utilizado na Europa e usa a

    fora centrfuga para fazer o adensamento. Atualmente, este processo utilizado para a

    fabricao de postes de at 42 metros de comprimento com muito bom resultado.

  • 113

    O concreto reodinmico ou auto-adensvel, como o prprio nome sugere, no necessita de

    vibrao, pois tem grande trabalhabilidade e coeso. ideal para peas com alta densidade de

    armadura, concretagens submersas e pisos autonivelantes.

    Para os casos correntes de adensamento por vibrao mecnica ou manual, a Norma NBR

    14931 estabelece algumas generalidades em seu item 9.6.1:

    evitar a vibrao da armadura para no prejudicar a aderncia com o concreto;

    no adensamento manual as camadas no podem ter alturas superiores a 20 cm;

    no adensamento mecnico com vibradores de imerso, a altura das camadas no deve

    ultrapassar do comprimento da agulha;

    tanto a falta como o excesso de vibrao so prejudiciais ao concreto;

    o vibrador deve ser aplicado na posio vertical;

    fazer a vibrao em um maior nmero possvel de pontos da pea concretada;

    a retirada do vibrador deve ser lenta e mantendo-o sempre ligado;

    no permitir que o vibrador entre em contato com as frmas para evitar o

    aparecimento de bolhas de ar;

    para um bom adensamento necessrio estabelecer um plano de lanamento adequado

    s necessidades da pea concretada.

    Portanto, pode-se concluir que o adensamento e o lanamento so operaes fundamentais

    que interferem muito na durabilidade das estruturas. As caractersticas do concreto, a pea a

    ser concretada e as necessidades construtivas compem os parmetros para o planejamento

    adequado do lanamento e adensamento, visando obras com qualidade, seguras e durveis.

    3. Cura do concreto

    O conceito de cura est relacionado diretamente com a gua presente na mistura, que atende

    duas necessidades bsicas do concreto - a trabalhabilidade e a reao de hidratao do

    cimento. Isto significa que parte da gua tem como objetivo permitir um adequado

    adensamento, ou seja, ela ser utilizada neste momento inicial e depois sair da massa por

    evaporao. justamente esta evaporao que devemos controlar para que no acontea com

    muita velocidade, pois isso ocasionar tenses internas e, como conseqncia, as indesejveis

    fissuras. Estas, por sua vez, permitiro a entrada de agentes externos agressivos no concreto,

    reduzindo sua vida til.

    Portanto, uma boa cura deve proporcionar uma lenta evaporao da gua superficial e,

    principalmente, deve ser iniciada o quanto antes. Muitas vezes, o incio da cura feito tarde

    demais, quando a pea concretada j est fissurada.

    Na prtica, o processo de cura deve comear assim que o acabamento for concludo, com

    cuidado e de tal forma que a umidade superficial seja mantida. Nestas primeiras horas

    fundamental que se mantenha o processo, uma vez que o concreto ainda no tem resistncia

    suficiente para resistir aos esforos que daro origem ao aparecimento das fissuras.

    Pode-se concluir, que em condies climticas desfavorveis (como alta temperatura, vento

    forte e baixa umidade relativa do ar) as precaues devem ser redobradas. Da mesma forma,

    quanto maior a rea exposta do concreto maior o cuidado.

  • 114

    Outra parcela da gua do concreto utilizada para a reao de hidratao do cimento. A cura

    tambm deve impedir que esta gua evapore, pois, neste caso, a reao no ser completada e

    a resistncia diminuir.

    Em certos casos a cura poder fornecer a quantidade de gua necessria para completar a

    hidratao. Com a maior utilizao de aditivos superplastificantes, a quantidade de gua nas

    dosagens diminuiu bastante.

    Exemplificando:

    em um concreto com abatimento 80 10 mm, sem aditivo, costuma-se utilizar, em mdia,

    200 litros de gua. Com aditivo superplastificante, bastariam cerca de 155 litros. A diferena

    de 45 litros bem grande e significativa.

    Neste concreto, com 155 litros de gua, caso haja uma taxa de evaporao muito grande,

    corre-se o risco que tambm evapore parte da gua de hidratao e, assim, parte do cimento se

    constituiria em um p inerte.

    Um fenmeno semelhante aparece em peas onde a consistncia do concreto seca, como

    tubos, blocos, pavers, pr-moldados. Para estes elementos a cura fundamental.

    Outra dvida bastante comum o tempo durante o qual a cura deve ser mantida. A nova

    Norma NBR 14931 determina que deve-se fazer a cura em um concreto at que sua

    resistncia atinja 15,0 MPa.

    A considerao que o concreto, ao atingir esta resistncia, j estar com seu grau de

    hidratao bem avanado e, portanto, a cura poder ser interrompida. Polmica, esta

    considerao questionada por alguns tecnologistas que apontam a carbonatao como fator

    imprescindvel para se fazer uma cura mais prolongada.

    Desta forma, o tipo de cimento e a relao gua/cimento so aspectos importantes quando se

    estabelece o tempo de cura. Como medida prtica de controle, a prpria Norma anterior

    especificava o tempo de sete dias como tempo mnimo de cura para qualquer tipo de concreto.

    Os mtodos de cura mais usuais so asperso ou borrifamento de gua, revestimentos

    saturados (sacos de aniagem ou papel), cobrimento com areia ou serragem molhadas,

    pelculas qumicas de cura ou, ainda, processos trmicos com vapor d gua ou outro tipo de aquecimento.

    A mais comum e mais utilizada a asperso de gua, pela simplicidade, mas tambm mais

    sujeita a problemas. As horas iniciais so as mais importantes para evitar as fissuras e no caso

    de molhagem por asperso, a continuidade essencial para se fazer uma boa cura. O problema

    mais freqente nas obras a cura ser iniciada no dia seguinte ao da concretagem ou o

    concreto ser molhado apenas uma vez ao dia.

    importante lembrar que mesmo no inverno, com temperaturas mais baixas, a cura deve ser

    feita da mesma forma, pois condies de ventos fortes e baixa umidade do ar tambm so

    desfavorveis.

  • 115

    4. Concretagem em condies adversas

    Temperaturas muito baixas ou elevadas podem influenciar bastante a capacidade do concreto

    resistir aos agentes agressivos do meio externo e, desta forma, prejudicar sua vida til.

    A NBR 7212 estabelece no item 4.6 que "As temperaturas ambientes limites para lanamento

    do concreto so 10C e 32C. Fora desses limites devem ser tomados cuidados especiais. A

    temperatura do concreto, por ocasio de seu lanamento, deve ser fixada de modo a evitar a

    ocorrncia de fissurao de origem trmica".

    J a NBR 14931, Item 9.3.2, estabelece que a temperatura da massa do concreto, no momento

    do lanamento, no deve ser inferior a 5 C.

    Ainda neste mesmo item, diz que a concretagem deve ser suspensa sempre que estiver

    prevista queda na temperatura ambiente para abaixo de 0C nas 48 h seguintes concretagem,

    salvo disposio em contrrio estabelecida no projeto.

    Sob baixas temperaturas a gua contida no concreto pode congelar, interrompendo o processo

    de endurecimento e provocando um aumento de volume; criam-se tenses internas na massa

    do concreto, ocasionando uma separao dos materiais componentes, uma vez que a sua

    resistncia, neste momento, ainda insuficiente para impedir tal fenmeno. Neste caso,

    haver tambm um retardamento na pega e no endurecimento pela falta de gua para as

    reaes de hidratao.

    Assim, nos casos de obras correntes, alguns cuidados so necessrios:

    elaborar um cuidadoso plano de concretagem para rpida aplicao do concreto;

    disponibilizar mo-de-obra extra para ajudar na aplicao e demais cuidados;

    manter quantidade suficiente de material isolante (como lenis plsticos, lonas, papel

    impermevel, mantas de palha ou sacos de aniagem) para cobrir o concreto e as

    frmas logo aps a aplicao, com o objetivo de aproveitar o prprio calor do

    concreto;

    manter as frmas por mais tempo, uma vez que estas servem de proteo contra o frio,

    alm do fato de que o endurecimento do concreto se faz de maneira mais lenta;

    manter vibradores de reserva para evitar a interrupo da concretagem;

    aquecer a gua do trao utilizada para fazer o concreto. Na realidade, no necessrio

    deixar a gua quente, mas em situao de temperatura ambiente (acima de 10C),

    visando no reduzir muito as resistncias iniciais. Em situaes mais crticas, pode-se

    utilizar tambm o aquecimento das peas concretadas com vapor de gua ou lenis

    trmicos;

    para as construes mais altas e, portanto, sujeitas ao dos ventos, a colocao de

    lonas no sentido vertical, junto estrutura, impedir tambm a retrao plstica com

    conseqente fissurao nas peas.

    Em relao s temperaturas mais altas, esta mesma Norma - NBR 14931, em seu item 9.3.3 -

    estabelece condies limites para a velocidade do vento e umidade relativa do ar.

    Assim, caso a temperatura seja maior ou igual a 35C, a umidade do ar seja menor ou igual a

    50% e a velocidade do vento seja maior ou igual a 30 m/s, devem ser tomadas medidas para

    manter a consistncia e reduzir a temperatura do concreto.

  • 116

    Este mesmo item suspende a concretagem caso a temperatura ambiente seja superior a 40C

    ou o vento esteja com velocidade acima de 60 m/s, salvo indicao em contrrio estabelecida

    no projeto.

    Neste caso, o concreto afetado em todas as suas fases de preparo e aplicao. A pega

    acelerada, o abatimento reduzido, a gua evaporada rapidamente e as fissuras aparecem

    com facilidade. Diante deste quadro, algumas precaues so necessrias:

    para o concreto dosado em central, programar o intervalo entre caminhes betoneira

    de modo a evitar a espera dos mesmos na obra e ganhar tempo de aplicao;

    dimensionar adequadamente o pessoal da obra envolvido no transporte vertical, no

    transporte horizontal, lanamento e adensamento do concreto, agilizando a descarga e

    ganhando tempo;

    verificar com ateno o horrio de mistura dos materiais componentes do concreto

    para controle do tempo de inicio de pega. Para o dosado em central, este horrio deve

    ser anotado obrigatoriamente na nota fiscal;

    manter as frmas bem molhadas para que no absorvam a gua do concreto. Quando

    secas, aumentam o efeito da retrao, reduzem a gua da hidratao e provocam o

    aparecimento de fissuras;

    observar atentamente os procedimentos da cura do concreto, evitando a perda de gua

    e a ocorrncia de fissurao trmica;

    nos bombeamentos, evitar paradas prolongadas, pois a tubulao exposta ao sol pode

    esquentar e, com isso, aumentar a evaporao da gua, alm de reduzir a

    trabalhabilidade e provocar entupimentos freqentes;

    para concretagens de grandes volumes, a utilizao de gelo como parte da gua de

    amassamento reduz a temperatura do concreto e, portanto, a ocorrncia de retrao;

    nos dias quentes, uma outra alternativa pode ser as concretagens noturnas, quando as

    temperaturas so mais amenas e a cura nas primeiras horas pode ser feita com menor

    perda de gua;

    a utilizao de cimentos com menor calor de hidratao tambm uma boa alternativa

    quando se trata de temperaturas altas. Reduzem a perda rpida de gua e propiciam

    uma cura mais adequada.

    Todos estes cuidados devem ser supervisionados pelo responsvel tcnico da obra, que

    avaliar as necessidades de material e mo-de-obra necessrios para um bom planejamento de

    toda a concretagem.

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