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  • 8/16/2019 Técnicas de Construção e Montagem de Dutos=A

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    Técnicas de Construção e Montagem de Dutos

    Índice

    INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................4 

    1  ESTUDO E APLICAÇÃO DA NORMA DE PROJETO.................................................................................5 

    1.1  A  NORMA ......................................................................................................................................................5 1.1.1  Objetivos da Norma..................................................................................................................................5 

    1.2  DETERMINAÇÃO DA DIRETRIZ DO DUTO........................................................................................................5 1.3  CLASSE DE LOCAÇÃO ....................................................................................................................................6 1.4  DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DE PAREDE DO TUBO ..................................................................................7 1.5  VÁLVULAS I NTERMEDIÁRIAS.......................................................................................................................10 1.6  PROFUNDIDADE DE ENTERRAMENTO ...........................................................................................................11 1.7  AFASTAMENTO ............................................................................................................................................12 1.8  PROXIMIDADES COM LINHAS DE TRANSMISSÃO. .........................................................................................12 1.9  CRUZAMENTOS E TRAVESSIAS.....................................................................................................................12 1.10  MUDANÇA DE DIREÇÃO...............................................................................................................................12 

    1.10.1  Curvamento Natural...........................................................................................................................13 1.10.2  Tubo pré-curvado...............................................................................................................................13 1.10.3  Curva Forjada....................................................................................................................................14 1.10.4  Curvas em Gomos ..............................................................................................................................14 

    1.11  PROTEÇÃO DE TUBULAÇÕES ENTERRADAS QUANTO A CARGAS EXTERNAS. .................................................15 1.12  CÁLCULO DA TENSÃO DE CARGAS EXTERNAS (SCE) ...................................................................................15 1.13  DESENHOS ...................................................................................................................................................15 

    1.13.1  Planta Chave:.....................................................................................................................................15 1.13.2  Planta e Perfil Geral:.........................................................................................................................15 1.13.3  - Planta e Perfil Parcial:....................................................................................................................16  1.13.4   Desenhos Conforme Construído -“as built”........... .......... ........... ........... .......... ........... .......... .......... ..17  

    1.14  GEOREFERENCIAMENTO ..............................................................................................................................18 1.14.1  GIS – Geographic Information Systems........... .......... ........... ........... .......... ........... .......... .......... .........19 

    1.14.2  GPS ....................................................................................................................................................19 1.14.3  Os Satélites GPS ................................................................................................................................20 1.14.4   As Estações Rastreadoras ............. ............ .......... ........... .......... ........... ........... .......... .......... ............ ....20 1.14.5   As Antenas Receptoras............ .......... ............ .......... ........... .......... ........... .......... .......... ............ .......... .21 1.14.6   Como Funciona..................................................................................................................................21 1.14.7    Aplicações ......... ........... ........... .......... ........... ........... ........... ........... ........... .......... ........... ........... .......... 21 

    CAPITULO II – TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE GASODUTOS TERRESTRES........24 

    2  TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE GASODUTOS TERRESTRES............................24 

    2.1  A  NORMA..................................................................................................................................................24 2.1.1  Objetivo da Norma .................................................................................................................................24 

    2.2  DOCUMENTOS COMPLEMENTARES. ..............................................................................................................24 2.3  PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS ....................................................................................................................25 2.4  R ECEBIMENTO DE MATERIAL ......................................................................................................................26 2.5  LICENÇA PARA I NÍCIO DE OBRAS .................................................................................................................28 2.6  ATIVIDADES DA CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE GASODUTO .....................................................................29 

    2.6.1   Locação e Marcação da Faixa de domínio e da Pista ........... ........... ........... .......... ........... ........... .......... 29 2.6.2   Abertura e Preparação da Vala .................. ........... ........... .......... .......... ........... ........... ........... .......... ......31 2.6.3  Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais ............. .......... ........... .......... .......... 37  2.6.4  Curvamento ............................................................................................................................................39 2.6.5   Revestimento Externo com concreto.............. .......... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... ....40 2.6.6   Soldagem ................................................................................................................................................40 2.6.7    Inspeção por ensaios Não Destrutivos (END)............... ........... .......... ........... .......... ........... .......... .......... 44 2.6.8    Revestimento Externo Anticorossivo. ............... ........... ........... .......... ........... .......... ........... .......... ........... .45 2.6.9   Abaixamento e Cobertura................ ........... ........... ........... ........... ........... ........... ........... ............ ............ ..46  2.6.10  Travessias e Cruzamentos..................................................................................................................48  

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    2.6.11  Plano de Teste Hidrostático ...............................................................................................................51 2.6.12   Limpeza, Enchimento e Calibração ................. ........... ............ ........... ........... ........... ............ ........... ...53 2.6.13  Teste Hidrostático ..............................................................................................................................54 

    2.6.14  Gráfico Pressão x Volume (PV).........................................................................................................60 2.6.15  Condicionamento ...............................................................................................................................63 2.6.16    Inertização ............. ........... .......... ........... ........... .......... ........... ........... .......... ........... ............. ........... ....65 2.6.17    Inspeção do Revestimento externo anticorrosivo após Cobertura................... ........... ............ ........... 65 2.6.18    Montagem e Instalação de Complementos............. .......... .......... .......... ........... ........... .......... ........... ...66  2.6.19  Sinalização, Proteção e Recomposição..............................................................................................67  

    CAPÍTULO III - ESTUDO E APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO......................................70 

    3  PLANEJAMENTO............................................................................................................................................70 

    3.1  DEFINIÇÃO DO ESCOPO................................................................................................................................70 3.2  LEVANTAMENTO DOS QUANTITATIVOS .......................................................................................................70 3.3  PLANILHA DE PREÇOS U NITÁRIOS................................................................................................................71 3.4  CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ..............................................................................................................................71 

    3.5  EAP FINANCEIRA ........................................................................................................................................72 3.6  EAP FÍSICA-FINANCEIRA.............................................................................................................................73 3.7  SEQÜÊNCIA DE MONTAGEM .........................................................................................................................75 

    3.7.1  Trecho Urbano .......................................................................................................................................75 3.7.2  Trecho Rural...........................................................................................................................................76  3.7.3  Obras Especiais......................................................................................................................................77  3.7.4   Disponibilidade de Equipamento ................. ............ ........... ........... ........... ........... ............ ........... .......... .77  3.7.5  Quantidade de Serviço............................................................................................................................77  3.7.6   Segurança e Meio Ambiente ...................................................................................................................77  3.7.7   Condições Climáticas.............................................................................................................................78  3.7.8    Eventos regionais ............... ............ ........... ........... .......... ............ ........... .......... ........... ............. ........... ....78  3.7.9  Prioridade do Cliente, entre outras........................................................................................................78  

    3.8  METODOLOGIA ............................................................................................................................................78 

    3.9  CRONOGRAMA CONTRATUAL ......................................................................................................................79 3.10  CRONOGRAMA DA OBRA .............................................................................................................................79 3.10.1  Curva S, acompanhamento de avanço físico e financeiro..................................................................80 3.10.2   Determinação das Equipes, Histogramas de Mão de Obra e Equipamentos........... ............ ............ ..80 

    3.11  LISTAS DE PROVIDENCIAS............................................................................................................................81 

    CAPÍTULO IV - GESTÃO DO CONTROLE DA QUALIDADE .........................................................................83 

    4  QUALIDADE.....................................................................................................................................................83 

    4.1  MANUAL DA QUALIDADE ............................................................................................................................83 4.2  SISTEMA I NFORMATIZADO...........................................................................................................................83 4.3  R ELATÓRIOS DE I NSPEÇÃO ..........................................................................................................................84 4.4  R ASTREABILIDADE ......................................................................................................................................84 4.5  MAPA DE JUNTAS ........................................................................................................................................85 

    4.6  CONTROLE DAS PENDÊNCIAS.......................................................................................................................85 4.7  R ELATÓRIOS DE NÃO CONFORMIDADES ......................................................................................................85 4.8  CONSULTAS TÉCNICAS ................................................................................................................................86 4.9  DATA BOOK .................................................................................................................................................86 

    ANEXO I – TENSÃO MÍNIMA DE ESCOAMENTO ...........................................................................................89 

    ANEXO II – CÁLCULO DO RAIO MÍNIMO PARA CURVAMENTO NATURAL.........................................91 

    ANEXO III - VERIFICAÇÃO DAS CARGAS ATUANTES NA TUBULAÇÃO DE GÁS ................................92 

    ANEXO IV – LIBERAÇÃO PARA INÍCIO DE TESTE HIDROSTÁTICO.......................................................98 

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................................................99 

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    Índice de Tabelas

    Tabela 1 - Fator de Projeto (F)........................................................................................................ 8 Tabela 2 - Fator de Eficiência de Juntas (E) .................................................................................. 8 Tabela 3 - Fator de Temperatura (T) .............................................................................................. 9 Tabela 4 - Espessuras mínimas.................................................................................................... 10 Tabela 5 - Espaçamento entre Válvulas....................................................................................... 10 Tabela 6 - Cobertura Mínima ........................................................................................................ 11 Tabela 7 - Curvamento a frio de Tubos ........................................................................................ 14 Tabela 8 - Inspeção para Recebimento de Materiais................................................................... 28 Tabela 9 - Escoramento com pranchas horizontais - Travas de 8 cm X 16 cm - Estroncas Ø 10cm .................................................................................................................................................. 35 Tabela 10 - Escoramento com pranchas horizontais - Travas de 12 cm X 16 cm - Estroncas Ø12 cm ............................................................................................................................................. 35 Tabela 11 - Escoramento com pranchas verticais - Longarinas de 16 cm X 16 cm - Estroncas Ø12 cm ............................................................................................................................................. 37 Tabela 12 - Escoramento com pranchas verticais - Longarinas de 20 cm X 20 cm - Estroncas Ø14 cm ............................................................................................................................................. 37 Tabela 13 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K................................................... 40 Tabela 14 – Pressão mínima de teste .......................................................................................... 52 Tabela 15 - FATOR DE CORREÇÃO PARA O EFEITO DA TEMPERATURA........................... 60 

    Índice de Figuras

    Figura 1.......................................................................................................................................... 32 Figura 2.......................................................................................................................................... 32 Figura 3.......................................................................................................................................... 33 Figura 4.......................................................................................................................................... 34 Figura 5.......................................................................................................................................... 34 Figura 6.......................................................................................................................................... 36 Figura 7.......................................................................................................................................... 36 Figura 8 - Gráfico Pressão X Tempo (P x T) ................................................................................ 54 Figura 9 - MEDIÇÃO GRÁFICA DO VOLUME DE AR RESIDUAL ............................................. 56 Figura 10 - Controle do Limite Elástico pela relação ΔV/ΔP........................................................ 58 Figura 11 - Controle do Limite Elástico pelo Desvio de 0,2% do volume .................................... 58 

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    Introdução

    Tudo que aprendemos deve ser aplicado na prática com o princípio máster da preservação doser humano. Com este objetivo construir este Curso de Construção de Montagem de Dutos, queentre outros objetivos, visa unir à teoria, a prática, a boa técnica de construção e nossaexperiência construída desde 1984, quando a Petrobras instituiu o Controle da Qualidade deseus empreendimentos de dutos, como sendo obrigação contratual da Executante naconstrução e montagem do Gasoduto Nordestão II cuja origem é a Estação de Compressoresde Ubarana - Guamaré -Rio Grande do Norte e na época se estendia até a cidade do Cabo emPernambuco.

    Sempre temos que ter em mente que o duto que construímos transporta produtos inflamáveisderivados do petróleo, e para isto necessitam ter vida útil elevada, a integridade física garantidae seu completo rastreamento. Portanto tudo que discutiremos neste curso deve ter comoproduto final dar a garantias exigidas e a documentação, "data book" e "as built", que nos

    possibilitam a completa rastreabilidade do gasoduto.Dividimos este curso em quatro capítulos, a saber:

    Capítulo I - Estudo e Aplicação da Norma de Projeto.

    Capítulo II - Técnicas de Construção e Montagem de Gasodutos

    Capítulo III - Estudo e Aplicação de Técnicas de Planejamento

    Capitulo IV - Gestão do Controle da Qualidade

    Iniciaremos discutindo os itens da Norma Brasileira NBR 12.712 que estão diretamente ligadasà construção e montagem do gasoduto, visando dar ao projeto uma praticidade com os olhos daexecutante.

    Seguindo nosso estudo entraremos na norma da Petrobras de construção, montagem econdicionamento de dutos terrestres, N 464 na sua revisão H, aprofundando mais um pouconos assuntos técnicos que encontramos no dia-dia de uma obra.

    Como não nos basta executar a obra, daremos seqüência discutindo como planejar uma obra, alogística, os pontos mais importantes que devemos levar em consideração, e o controle físico efinanceiro do empreendimento.

    Finalmente iremos discutir a Gestão do Controle da Qualidade no campo prático sem entrar emdetalhes das Normas ISO, mas visando o resultado final da qualidade e documentação daObra.

     A todos que confiaram nos meus conhecimentos e incentivaram a realização deste trabalho,

    agradeço e espero ter atingido a suas expectativas, em especial ao Engenheiro Luiz CarlosNogueira as Silva , Gerente de Obras da Bahiagás e ao Sr. Fabrício Carvalho de Matos daInformatize Sistemas e Consultorias Ltda, sem os quais este trabalho não poderia serconcluído. .

    Paulo Roberto Patrício de Arruda

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    CAPITULO I – ESTUDO E APLICAÇÃO DA NORMA DE PROJETO.

    1 ESTUDO E APLICAÇÃO DA NORMA DE PROJETO

    1.1 A Norma A Norma Brasileira aplicável ao projeto de dutos é a NBR 12.712, válida a partir de 31.05.2002,conforme Emenda nº. 1 de ABR/2002 que alterou a NBR 12.712:1993, da ABNT – AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas.

    1.1.1 Objetivos da Norma

     A NBR 12.712 – PROJETO DE SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE GÁSCOMBUSTÍVEL, fixa as condições mínimas exigíveis para projeto, especificação de materiais eequipamentos, fabricação de componentes e ensaios dos sistemas de transmissão edistribuição de gás combustível por dutos.

     A NBR 12.712 aplica-se somente aos sistemas nos quais os componentes são de aço, a aplica-se a todo sistema de transmissão e distribuição; no que concerne a:

    •  Gasodutos de transmissão;•  Gasodutos de distribuição;•  Ramais;•  Estações de compressão;•  Estações de lançamento/recebimento de raspadores;•  Estações de redução e controle;•  Estações de medição;•  Reservatórios tubulares de gás.

    Esta Norma abrange também as condições de aplicação dos componentes do sistema detransmissão e distribuição dos componentes do sistema de transmissão e distribuição, taiscomo: tubos, válvulas, conexões, flanges, parafusos, juntas, reguladores e válvulas desegurança de pressão.

    Os tipos de gases cobertos pela NBR 12.712 são: gás natural, gás de refinaria, gásmanufaturado, biogás e gás liquefeito de petróleo na fase vapor (com ou sem mistura de ar).

    Vale ressaltar que como qualquer norma, esta propõe apenas estabelecer requisitos essenciaisde projeto e padrões mínimos de segurança, não se destinando a servir como manual deprojeto; ficando entendido que seu uso deve ser feito apoiado na boa prática de Engenharia.

    1.2 Determinação da Diretriz do Duto

    1.2.1 – Definição da Diretriz – Conforme a NBR 12.712, “Diretriz é a Linha básica docaminhamento do gasoduto. Na maioria dos gasodutos, fora das áreas urbanas, coincide com alinha de centro da faixa de domínio”.

    1.2.2 – Faixa de domínio ou faixa – Conforme a NBR 12.712, “Faixa de domínio ou faixa é a Área de terreno de largura definida, ao longo da diretriz do gasoduto situado fora da áreaurbana, legalmente destinada à sua instalação e manutenção, ou faixa destinada, pelaautoridade competente, ao gasoduto na área urbana.".

    Obs.: Em locais fora das áreas urbanas, para que se possa utilizar a faixa de domínio paraconstruções futuras, é pratica determinar que a diretriz seja deslocada para aproximadamente 3m de um dos limites da faixa, ao invés de coincidir com a linha de centro da faixa de domínio.

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    1.2.3 – Licenças de Instalação – São autorizações que em geral ficam a cargo daConcessionária para implantação da diretriz do gasoduto. Geralmente são obtidas após adefinição da diretriz do gasoduto por solicitação aos Órgãos Federais, Estaduais e Municipais e

    com os proprietários por onde será implantado o gasoduto.1.2.4 – Levantamento das interferências Cadastradas - Ao se propor uma diretriz, deve serverificado juntos aos órgãos públicos, privadas e concessionárias, as interferências existentespor onde se pretende instalar o gasoduto. Este levantamento deve ser feito através dosdesenhos “as built” das instalações existentes obtidas através de solicitações aos acimaenvolvidos.

    1.2.5 – Levantamento das interferências não Cadastradas – Várias instalações existentesdatam de épocas passadas onde não se tinha a preocupação da elaboração dos desenhoscomo construídos (“as built”), e, portanto não existem informações oficiais de tais instalações.Dentre as formas de detectar estas interferências a mais usual é através de visita ao campocom pessoas indicadas pelos proprietários das instalações existentes ou quando as instalações

    permitem através de métodos como, por exemplo, a utilização de geo-radar, método PCM geo-referenciado, pipe locator ou por sondagens manuais, entre outros.

    1.2.6 – Definição Final da Diretriz – Após ter sido observado as condições acima, vale ressaltarque observar pontos de acessos, áreas inundáveis, rodovias, ferrovias, terrenos instáveis, rios eoutras interferências naturais faz parte da boa técnica para definir a diretriz do gasoduto, alémdas análises dos custos envolvidos na construção.

    1.3 Classe de Locação

    Conforme a NBR 12.712, “a Classe de locação é o critério fundamental para o calculo daespessura da parede do gasoduto, a determinação da pressão de ensaio e a distribuição deválvulas intermediarias” assuntos estes que veremos posteriormente.

     Ainda de acordo com a NBR 12.712:a) “Esta classificação se baseia na unidade de classe de locação que é uma área que se

    estende por 1.600m (um mil e seiscentos metros) ao longo do eixo do gasoduto e por200m (duzentos metros) para cada lado da tubulação, a partir de sua linha de centro”.Conhecida também como unidade de classe de locação.

    b) “A classe de locação é determinada pelo número de edificações destinadas à ocupaçãohumana, existentes em unidade de classe de locação”.

    c) “A classe de locação é um parâmetro que traduz o grau de atividade humana capaz deexpor o gasoduto a danos causados pela instalação de infra-estrutura de serviços, taiscomo drenagem pluvial, esgoto sanitário, cabos elétricos e telefônicos, tráfegos

    rodoviários e ferroviários entre outros”.d) “Classe 1 - A Classe de Locação 1 ocorre em regiões onde existam, dentro da unidade

    de classe de locação, dez ou menos edificações unifamiliares destinadas à ocupaçãohumana”.

    e) “Classe 2 - A Classe de Locação 2 ocorre em regiões onde existam, dentro da unidadede classe de locação, mais de dez e menos de 46 edificações unifamiliares destinadas àocupação humana.”.

    f) “Classe 3 - A Classe de Locação 3 ocorre quando”:

    a- Regiões onde existam, dentro da unidade de classe de locação, 46 oumais edificações unifamiliares destinadas à ocupação humana.

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    b- Regiões onde o gasoduto se encontre a menos de 90m de:

    -  Edificações que sejam ocupadas por 20 ou mais pessoas parauso normal, tais como: igrejas, cinemas, escolas, etc.;

    -  Locais em uma pequena e bem definidas área externa, queabriguem 20 ou mais pessoas para uso eventual, tais como áreasde recreação, campos de futebol, praças públicas, quadra deesporte, etc.

    •  “Classe 4 - A Classe de Locação 4 ocorre em regiões onde haja, dentro da unidade declasse de locação, a predominância de edificações com quatro ou mais andares,incluindo o térreo, destinadas à ocupação humana .

    •  Observação: Para determinar a Classe de Locação é necessário atender aos

    planejamentos futuros de desenvolvimentos da região, para isto é necessário consultar aPrefeitura do Município, os planos diretores, e as ampliações de fábricas, indústrias ecomércio da região.

    1.4 Determinação da Espessura de Parede do TuboConforme a NBR 12.712, ”A espessura da parede requerida, para tubos e demais componentesde tubulação, para resistir à pressão interna, deve ser calculada pela fórmula:

    ξ  = P.D_____2Sy.F.E.T

    Onde:

    •  ξ = espessura requerida de parede (mm)

    •  P = pressão de projeto (kPa)

    •  D = diâmetro externo (mm)

    •  Sy= tensão mínima de escoamento específica para o material (kPa). Atensão mínima de escoamento especificada para os materiais aceita pelaNorma 12.712 constam do Anexo I.

      F = Fator de projeto conforme Tabela 1 abaixo,•  T = Fator de temperatura determinado conforme Tabela 3 abaixo.

    Na seleção de espessura nominal do tubo, deve ser atendida a condição de valormínimo conforme Tabela 4, a qual leva consideração a resistência mecânica do tubo aosesforços produzidos durante a montagem.”

    Sobre espessura para corrosão é um valor adicional na espessura requerida datubulação, quando esta transportar gás com substancias corrosivas, com o objetivo decompensar a perda de material que se processará durante a vida útil do gasoduto.

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    1.4.3 - Fator de Temperatura (T) – Conforme a NBR 12.712, “o fator de temperatura deve serdeterminado conforme a Tabela 2”:

    Temperatura deProjeto (ºC)

    Fator de Temperatura(T)

     Até 120 1,000150 0,966180 0,929200 0,905230 0,870

    Tabela 3 - Fator de Temperatura (T)

    Nos casos dos gasodutos implantados pela Bahiagás e em geral pelas distribuidoras de gasesdo Brasil o Fator de Temperatura usado normalmente é igual a 1,000.

    Desta forma, a formula para calculo da espessura da tubulação mais usual pela Bahiagás assimfica:

    ξ  = P.D_____2.Sy.F

    1.4.4 – Tabela de espessura mínimas de paredes – A espessura a ser utilizada no gasodutonão deve ser inferior aos valores da Tabela 4 abaixo:

    Diâmetro

    Nominal Externo

    Espessura dos tubosdo Gasoduto

    Espessura dos tubos daestação de compressores

    pol. mm pol. mm pol. mm pol. mm

    1/8 3,18 0,405 10,3 0,068 1,7 0,095 2,4

    1/4 6,35 0,540 13,7 0,088 2,2 0,119 3,0

    3/8 9,53 0,675 17,1 0,091 2,3 0,126 3,2

    1/2 12,7 0,840 21,33 0,109 2,8 0,147 3,7

    3/4 19,1 1,050 26,7 0,113 2,9 0,154 3,9

    1 25,4 1,315 33,4 0,133 3,4 0,179 4,5

    1 1/4 31,8 1,660 42,2 0,140 3,6 0,191 4,9

    1 1/2 38,1 1,900 48,3 0,145 3,7 0,200 5,1

    2 50,8 2,375 60,3 0,154 3,9 0,218 5,5

    2 1/2 63,5 2,875 73,0 0,156 4,0 0,216 5,5

    3 76,2 3,500 88,9 0,156 4,0 0,216 5,5

    3 1/2 88,9 4,000 101,6 0,156 4,0 0,226 5,7

    4 101,6 4,500 114,3 0,156 4,0 0,237 6,0

    5 127,0 5,563 141,3 0,188 4,8 0,258 6,6

    6 152,4 6,625 168,3 0,188 4,8 0,250 6,4

    8 203,2 8,625 219,1 0,188 4,8 0,250 6,4

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    Diâmetro

    Nominal Externo

    Espessura dos tubosdo Gasoduto

    Espessura dos tubos daestação de compressores

    pol. mm pol. mm pol. mm pol. mm10 254,0 10,75 273,1 0,188 4,8 0,250 6,4

    12 304,8 12,75 323,9 0,203 5,2 0,250 6,4

    14 355,6 14 355,6 0,219 5,6 0,250 6,4

    16 406,4 16 406,4 0,219 5,6 0,250 6,4

    18/22 457,2/558,8 18/22 457,2/558,8 0,250 6,4 0,312 7,9

    24/26 609,6/812,8 24/26 609,6/812,8 0,250 6,4 0,375 9,5

    28/32 711,2/762,0 28/32 711,2/762,0 0,281 7,1 0,375 9,5

    34/38 863,6/914,4 34/38 863,6/914,4 0,312 7,9 0,500 12,7

    40/42 1016,0/1066,8 40/42 1016,0/1066,8 0,344 8,7 0,500 12,7

    44/46 1117,6/1168,4 44/46 1117,6/1168,4 0,375 9,5 0,500 12,7

    48/50 1219,2/1270,0 48/50 1219,2/1270,0 0,406 10,3 0,500 12,7

    52/54 1320,8/1371,6 52/54 1320,8/1371,6 0,438 11,1 0,500 12,7

    56 1422,4 56 1422,4 0,469 11,9 0,500 12,7

    58/60 1473,2/1524,0 58/60 1473,2/1524,0 0,500 12,7 0,625 15,9

    62/64 1574,8/1625,6 62/64 1574,8/1625,6 0,562 14,3 0,625 15,9

    Tabela 4 - Espessuras mínimas

    1.5 Válvulas Intermediárias

    1.5.1- Gasodutos de Transmissão – Conforme a NBR 12.712, “Na determinação doespaçamento entre válvulas, vários aspectos devem ser considerados, tais como acesso,preservação do gás, tempo de desgaseificação, continuidade operacional, flexibilidadeoperacional, futuros desenvolvimentos urbanos da região e condições naturais adversas quecoloquem em risco a segurança e operação da linha” A distancia máxima para o espaçamentoentre válvulas dever estar de acordo com a tabela 5 abaixo:

    Classe de LocaçãoEspaçamento entre

    válvulas (km)1 32

    2 243 164 8

    Tabela 5 - Espaçamento entre Válvulas

    1.5.2 - Sistema de distribuição de gás – Conforme a NBR 12.712, “Válvulas em sistema dedistribuição instaladas objetivando uso operacional ou de emergência, devem ser espaçadasconforme a seguinte orientação”:

    •  “Em sistema de distribuição em alta pressão, as válvulas devem ser instaladas em locaisacessíveis a fim de facilitar a operação em casos de emergência. Na determinação doespaçamento, devem ser feitas considerações sobre a pressão máxima de operação, o

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    comprimento das linhas de distribuição, as condições físicas locais, as eventuaisexigências da autoridade competente, assim como o número e tipo de consumidoresque seriam afetados por uma interrupção do abastecimento”.

    •  “Em sistemas de distribuição em baixa, as válvulas intermediárias, se não foremexigidas pela autoridade competente, podem ser dispensadas”.

    1.6 Profundidade de enterramento

    1.6.1 – Gasodutos de Transmissão – A profundidade de enterramento dever ser de acordo coma tabela 6 abaixo:

    Cobertura mínima (mm)

    Classe de locação/situação Escavação

    normal

    Escavação emrocha (A)

    consolidada

    1 750 450

    2 900 450

    3 e 4 900 600

    Sob valas de drenagemem rodovias e ferrovias

    900 600

    Tabela 6 - Cobertura Mínima1.6.2 – Gasoduto de Distribuição – Os gasodutos de distribuição devem ser enterrados com

    coberturas iguais ou superiores a 600 mm, exceto nas condições abaixo, conforme a NBR12.712 :

    •  Todos os gasodutos instalados em leitos de rios e canais navegáveis devem ter umacobertura mínima de 1200 mm nos solos comuns e 600 mm em rocha consolidada.

    •  Em rios e canais sujeitos à dragagem, a cobertura mínima, em relação a cadadragagem, deve ser de 2000 mm.

    •  Nos casos que não se puder atender aos requisitos acima, o gasoduto deve receberproteção mecânica, como por exemplo, o enjaquetamento em concreto.

    •  Em áreas sujeitas a elevadas cargas externas, o projeto deve assumir ocompromisso entre a profundidade e a proteção mecânica do gasoduto conforme o

    item 12 da NBR 12.712 e o calculo dos esforços externos no gasoduto.

    •  Em áreas onde atividades agrícolas possam levar as escavações profundas, emáreas sujeitas à erosão, e em locais onde possam ocorrer modificações nas cotas doterreno, são necessárias proteções adicionais para o gasoduto,

    •  Para cruzamento de rodovias, ruas e ferrovias devem ser cumpridas as seguintescoberturas:

    o  1200 mm de cobertura mínima entre a superfície da rodovia e o topo do dutoou do tubo camisa instalados pelo método de céu aberto ou furo direcional.

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    o  1400 mm de cobertura mínima entre o nível da base dos trilhos e o topo doduto ou tubo camisa instalados pelo método de céu aberto ou furo direcional.

    o  1800 mm de cobertura mínima entre a superfície da rodovia ou do nível dabase do trilho com o topo do gasoduto ou do tubo camisa quando instaladospor outros métodos.

    Obs.: A Bahiagás determina através de suas diretrizes e projetos coberturas mínimasmais conservadoras que devem ser obedecidas durante as instalações de seus dutos.

    Verificar o descrito no Capítulo II, item 2.6.9 alíneas a), b), c) e d)

    1.7 Afastamento

    Conforme a NBR 12.712, “Devem existir, 0,30 m de afastamento entre qualquer gasodutoenterrado e outras instalações subterrâneas não integrantes do gasoduto. Quando talafastamento não puder ser conseguido, devem ser tomados cuidados, tais como

    encamisamento, instalação de material separador ou colocação de suportes, no sentido de seproteger o gasoduto”.

    Evidentemente quanto maior o afastamento do gasoduto com qualquer instalação existente otorna mais seguro, tanto quanto para o sistema de proteção catódica como também por ação deterceiro em intervenções (escavação) necessárias à manutenção ou implantação de novasinstalações. A Bahiagás orienta que a distancia mínima seja sempre superior a um (1) metro.

    1.8 Proximidades com Linhas de Transmissão.

    Sempre quando o gasoduto for instalado próximo a linha de transmissão torna necessário umestudo de interferências eletro-magnéticas que possam danificar ambas as instalações. Esteestudo deve recomendar ações preventivas e cuidados a serem tomados para segurança dos

    operadores e instalações.Conforme a NBR 12.712,”No cruzamento de linhas de transmissão, o duto deve,preferencialmente, passar perpendicular à linha, no centro do vão entre duas torres, seminterferir com o ponto de aterramento”.

    1.9 Cruzamentos e Travessias

    Os projetos de cruzamentos e travessias requerem um estudo específico, inclusivedeterminando o método a ser utilizado, visando a minimizar os impactos da execução da obra.

     Além disto, o projeto deve ser aprovado pelos órgãos competentes.

    O eixo do cruzamento ou travessia deverá ser preferencialmente perpendicular ao eixo dainterferência, de modo a obter o menor comprimento possível.

     A seleção dos locais de cruzamentos e travessias deve levar em conta as limitações impostaspelo curvamento dos tubos, tanto o curvamento natural como as limitações do curvamento afrio.

    1.10 Mudança de Direção

    Este capítulo trata das curvas necessárias realizadas nos tubos para adequar a diretriz dogasoduto, ou seja:

    •  Curvamento Natural•  Tubo pré-curvado•  Curva Forjada

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    •  Curva em gomos

    1.10.1 Curvamento NaturalÉ importante salientar que a NBR 12.712 determinar que:

    •  “O curvamento natural é um processo de mudança de direção que só pode serempregado em gasodutos enterrados”.

    •  “O curvamento natural é realizado durante a fase de construção, pelo ajuste datubulação ao fundo da vala, provocado pelo peso próprio da coluna de tubos”.

    •  “O cálculo do raio mínimo de curvame3nto natural à temperatura ambiente deve sercalculado pela seguinte fórmula:

    R = ______Ec.D/2______

    0,9Sy – 0,7PD/2ε 

    Onde:

    R = raio mínimo de curvatura para curvamento natural (m).

    Ec = módulo de elasticidade do material (MPa)Ec = 2,00 x 105 MPa (2,04 x 106 kgf/cm2) – Para aço Carbono em temperatura ambiente (21ºC) 

    Sy = tensão mínima de escoamento especificada (MPa) – Anexo I

    D = diâmetro externo do duto (cm)

    e = espessura nominal da parede do duto (cm)

    P = pressão de projeto do gasoduto (MPa)

    O  Anexo II .apresenta o cálculo do raio de curvatura natural e da flecha de formaautomática que facilita o calculo inclusive da variação de ângulo (pitch) para projeto de furodirecional.

    1.10.2 Tubo pré-curvado

    •  O tubo pré-curvado é obtido pelo curvamento a frio ou a quente do duto, o qual produzuma deformação plástica.

    •  Os seguintes requisitos devem ser verificados para curvamento de tubos:

    o  O tubo deve estar isento de enrugamento, fissuras ou outras evidencias dedanos mecânicos.

    o  Quando o tubo pré-curvado houver u,a solda circunferencial, esta deve serinspecionada por um método não destrutivo após curvamento.

    o  Após o curvamento deve ser passada uma placa para verificar a ovalização,calculada de acordo com a formula citada na Norma Petrobras N-464 ,últimarevisão, que veremos detalhadamente no capitulo dedicado a Construção eMontagem de gasodutos terrestres.

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    o  A diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos emqualquer seção do tubo pré-curvado, não pode exceder 5% do seu diâmetroespecificado na norma dimensional de fabricação.

    o  Para curvamento a frio o desvio angular α  em graus por metro, deve sercalculado pela seguinte fórmula :

    α. = 1 . 180R π 

    Onde: R = raio mínimo de curvatura (m)..

    o  Para diâmetros iguais ou “superiores a 12”, o raio mínimo de curvatura afrio pode ser determinado conforme a tabela abaixo:

    DDiâmetro externo

    mm polDesvio angular α (graus/metro) 

    RaioMínimo deCurvatura

    323.85 12.75 9.8 18D355.6 14 7.7 21D406.4 16 5.9 24D457.2 18 4.6 27D508.0 20 3.8 30D

    Tabela 7 - Curvamento a frio de Tubos

    Para raios mínimos de curvatura inferiores aos valores da tabela acima podem aceitos, desdeque obedeçam aos requisitos acima descritos.

    O raio mínimo de curvatura a quente não está sujeita a limitação da tabela acima, entretanto oprocesso deve ser controlado, inclusive a variação de temperatura, variação de espessura eespecificação do material.

    1.10.3 Curva Forjada

     A curva forjada só deve ser utilizada em instalações onde a falta de espaço recomende umamudança de direção com curvatura acentuada.

     As curvas forjadas são padronizadas com os seguintes raios de curvatura:

    •  1 DN = curva de raio curto

    •  2 DN = curva de raio longo

    •  3 DN•  5 DN

     A utilização das curvas de raio curtos e longos fica condicionada a passagens de pigsraspadores e ou instrumentados.

    1.10.4 Curvas em Gomos

    Normalmente não são utilizadas em gasodutos, entretanto a norma condiciona utilização destascurvas em sistemas projetados para operar com tensões circunferenciais de pressão internainferiores ou iguais a 10% da Sy.

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    1.11 Proteção de tubulações enterradas quanto a cargas externas.

    1.11.1 – Para carga de Terra – De uma forma normal a espessura da parede da tubulaçãocalculada conforme item 1.4 , é suficiente para garantir a proteção do gasoduto das cargas deterra sobre o mesmo.

    1.11.2 – Para cargas de terra e tráfego – A NBR 12.712 dá as seguintes orientações:

    •  Onde a manutenção do gasoduto pode ser feita com interrupção do tráfego (mesmoParcial) a proteção deve ser feita:

    o  Preferencialmente pelo dimensionamento da parede do próprio gasoduto.

    o  Pelo emprego de laje de concreto enterrada próximo ao topo do duto,dimensionada para as cargas envolvidas.

    o  Pelo emprego de jaqueta de concreto, dimensionadas para as cargas envolvidas.

    •  Onde a manutenção do gasoduto tem que ser feita sem interrupção do tráfego, aproteção do duto deve ser feita:

    o  Com instalação de tubo camisa ou com a construção de obras de arte.

    Observação: Quando o método de implantação do gasoduto utilizada for através de método nãodestrutivo, tipo Furo direcional, a espessura e a profundidade devem ser dimensionadas deforma que não haja necessidade de utilização de proteção adicional.

    1.12 Cálculo da Tensão de cargas Externas (Sce)

    É produzida pelo peso da terra de cobertura e pela sobrecarga do tráfego de veículosrodoviários ou ferrovias.

    O Anexo III traz a fórmula para o cálculo destas tensões e o fator de segurança que determina a

    relação da Tensão admissível e as cargas externa.

    1.13 Desenhos

    Conforme a Diretriz da Bahiagás DR-PRO-01:

    1.13.1 Planta Chave:

    Deverá ser apresentada no formato A1 (padrão ou múltiplo), sobre base cartográfica em escalacompatível com a extensão da faixa. Nas obras urbanas a planta chave deverá ser elaboradacom base nas plantas cadastrais do município. As plantas deverão conter os seguintes dados.

    a) Conjunto das áreas terrestres de acesso à faixa;b) Linhas de transmissão;

    c) Vértices da rede geodésica e da diretriz;d) Limites estaduais e municipais;e) Simbologia;f) Marcos topográficos com quadro na coluna de notas, com o número do marco,

    coordenadas e cotas;g) Na diretriz colocar o quilômetro progressivo a cada 5 km.

    1.13.2 Planta e Perfil Geral:

    Deverá ser apresentado no formato A1 padrão ou múltiplo, nas Escalas:

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     j) Conter no centro ao alto o nome do(s) município atravessado;

    k) Indicar seção transversal da faixa, mostrando interferências enterradas ou aéreasquando existir;

    l) Classificação do solo.

    1.13.4 Desenhos Conforme Construído -“as built”

    Durante a execução dos serviços de construção, montagem e testes, devem ser preparadosdocumentos “conforme construído” (“as built”) das instalações, reunidos em meio digital,constando, no mínimo, das informações abaixo:

    - desenhos de planta e perfil, compatíveis com sistema de informações geográficas (GIS),apresentados em escala igual ao levantamento topográfico cadastral, e contendo asseguintes informações:

    - georeferenciamento do duto em toda a sua extensão, inclusive pontos notáveis,

    origem, destino, entroncamentos, saídas de ramais; as coordenadas UTM usadasdevem especificar o DATUM definido pelo projeto básico;

    - eixo da vala em relação à linha de centro da faixa;

    - limites da faixa de domínio e de pista realmente abertas;

    - locação e posição dos marcos topográficos, quilométricos e de sinalização doslimites de faixa e de dutos;

    - indicação georeferenciada das juntas soldadas, destacando as juntas dos niplesmarcadores de “pig” instrumentado;

    - classificação dos solos e rochas encontrados, conforme norma ABNT NBR 6502;

    - distribuição de tubos, com indicação do diâmetro, material e espessura de parede;- revestimento (tipo e espessura), concretagem;

    - indicação, locação e respectivos afastamentos típicos dos dutos existentes na, comsuas seções típicas;

    - cruzamentos e travessias, referindo-se aos desenhos de detalhe correspondentes;

    - locação e detalhamento das instalações relativas aos complementos e acessóriosinstalados, referindo-se aos respectivos desenhos de detalhe (válvulas, suportes,ancoragens, suspiros, sistema de proteção catódica);

    - locação e detalhamento das instalações existentes na faixa, referindo-se aosdesenhos de detalhe correspondentes a interferências com instalações aéreas e

    subterrâneas, tubos e caixas de drenagem, rodovias, ferrovias, pontes, diques,indicando o nome e divisa das propriedades e municípios envolvidos;

    - classe de locação para gasoduto;

    - estaqueamento progressivo e desenvolvido, realizado sobre o eixo da vala;

    - indicação e locação das sinalizações, proteções da faixa e dutos enterrados;

    - indicação da resistividade do solo;

    - indicação das estações de compressão ou bombeamento, áreas cercadas de

    - lançadores / recebedores de “pig” e estações de medição e controle;

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    - indicação seqüencial das juntas soldadas, inclusive “tie-ins”;

    - indicação da cota de cobertura ao longo do duto;

    Para cada cruzamento e/ou travessia executada, devem ser indicados nos desenhos de detalheespecíficos, os seguintes elementos:

    a) detalhes, em escala, do duto ao longo do cruzamento ou travessia, em planta e emcorte, com todas as dimensões, cotas em relação ao terreno natural, ao fundo do cursod’água (travessia) ou ao topo da estrada (cruzamento) e distâncias às instalações econstruções existentes nas proximidades;

    b) posição do eixo da tubulação em relação à linha de centro da faixa;

    c) tipo de instalação e método de construção utilizado;

    d) acessórios instalados (tubos-camisa, válvulas de bloqueio, suportes e ancoragens);

    e) classificação dos solos e rochas encontrados, conforme norma ABNT NBR 6502;

    f) outras informações, citados nos desenhos planta e perfil, quando aplicáveis;

    g) especificações dos tubos;

    h) georeferenciamento das soldas.

    i) Todos os desenhos “planta e perfil e de travessia e cruzamentos devem conter oseguinte alerta, em local de fácil visualização”:

    “Para determinação exata da posição do duto, em caso de escavação e outrosserviços que possam comprometer sua integridade, complementar as informaçõesdeste desenho através de métodos mais precisos de localização.”

    Todos os desenhos de planta e perfil devem ser elaborados em formato digital, abrangendo, no

    máximo, 1 000 m de faixa em escalas compatíveis com a norma PETROBRAS N-2047.Todos os desenhos de cruzamento e travessia devem ser elaborados em formato digital, emescala horizontal de 1:200.

    1.14 Georeferenciamento

    É o conjunto de pelo menos quatro categorias de técnicas relacionadas ao tratamento dainformação espacial:

    •  Técnicas para coleta de informação espacial (Cartografia, Sensoriamento Remoto, GPS,Topografia Convencional, Fotogrametria, Levantamento de dados alfanuméricos);

    •  Técnicas de armazenamento de informação espacial (Bancos de Dados – Orientado aObjetos, Relacional, Hierárquico, etc.)

    •  Técnicas para tratamento e análise de informação espacial, como Modelagem deDados, Geoestatística, Aritmética Lógica, Funções topológicas, Redes; e

    •  Técnicas para o uso integrado de informação espacial, como os sistemas GIS –Geographic Information Systems, LIS – Land Information Systems, AM/FM – AutomatedMapping/Facilities Management, CADD – Computer-Aided Drafting and Design.

    Ou então:

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    1.14.1 GIS – Geographic Information SystemsO GIS engloba em sua definição vários aspectos já abordados na definição deGeoprocessamento, porém ao GIS, agregam-se ainda os aspectos institucional, de recursoshumanos (peopleware) e principalmente a aplicação específica a que se destina.Vejamos: GIS é um conjunto de ferramentas computacionais composto de equipamentos eprogramas que por meio de técnicas, integra dados, pessoas e instituições, de forma a tornarpossível a coleta, o armazenamento, o processamento, a análise e a disponibilização, a partirde dados georreferenciados, de informação produzida por meio das aplicações disponíveis,visando maior facilidade, segurança e agilidade nas atividades humanas referentes aomonitoramento, planejamento e tomada de decisão relativas ao espaço geográfico.

    1.14.2 GPS

    O GPS (Global Positioning System) é um sofisticado sistema eletrônico de navegação, baseadoem uma rede de satélites que permite localização instantânea, em qualquer ponto da Terra,com uma precisão quase perfeita.

    O sistema consiste basicamente de três partes: um complexo sistema de satélites orbitando aoredor da Terra, estações rastreadoras localizadas em diferentes pontos do globo terrestre e osreceptores GPS nas mãos dos usuários.

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    1.14.3 Os Satélites GPS

    O sistema conta com 26 satélites orbitando a Terra a cerca de 20.000 km de altitude, em gruposde 6 planos orbitais, espaçados de 55 graus. Cada satélite tem um período útil de doze horas

    sobre o horizonte. Esse arranjo garante que, a qualquer momento, pelo menos 5 satélitesestejam sobre o céu do receptor de um usuário em qualquer ponto do mundo. Oposicionamento se faz com a recepção simultânea de pelo menos quatro satélites, de cujossinais e mensagens se pode obter parâmetros e equações que permitem resolver as incógnitasX, Y, Z e T, ou seja, as três coordenadas espaciais (local da antena do usuário) e mais o Tempo(ou instante do sinal recebido).

    1.14.4 As Estações Rastreadoras

    O sistema de controle se dá por meio das estações rastreadoras. A estação principal localiza-sena cidade de Colorado Spring, no estado norte-americano do Colorado, mas existem mais cincoestações de monitoramento e recepção ao redor do planeta. Estas estações, por meio de

    sinais, acompanham e corrigem continuamente a trajetória dos satélites e a sincronização deseus relógios.

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    1.14.5 As Antenas Receptoras

    Os satélites artificiais, em órbitas terrestres perfeitamente conhecidas, transmitemcontinuamente sinais de rádio-freqüência, que podem ser captados pelas antenasreceptoras dos usuários. Cada estação receptora é composta basicamente porantena, oscilador, circuito de recepção, memória e fonte de alimentação. Osreceptores recebem e armazenam mensagens transmitidas pelos satélites, medem adistância do centro de fase da antena até cada um dos satélites captados, e a maioriadeles calcula e apresenta as coordenadas do local em um sistema de referenciapredefinido.

    1.14.6 Como Funciona

     A maneira como o aparelho GPS fornece a posição é simples de ser compreendida. Diz ageometria esférica que a interseção entre quatro esferas define um único ponto. O sistema GPSsimplesmente transporta este conceito para o planeta Terra. Cada satélite representa o centro

    de uma esfera, gerada pelo raio que corresponde à distância entre o satélite e o receptor. Osmicroprocessadores de um receptor GPS medem a distância que os separam dos satélites dosistema, estabelecendo assim os raios de que necessitam. Depois, os microprocessadoresresolvem a equação resultante, ficando determinada a posição do usuário. Apesar dos métodosserem simples, a operação toda não é fácil de ser realizada na prática.

    O ponto de partida é o conhecimento preciso da distância que separa o receptor dos satélitesem órbita. A solução está baseada na equação velocidade x tempo = distância. Assim, adistância do satélite ao receptor será igual à velocidade do sinal emitido pelo satélitemultiplicado pelo tempo que esse sinal gasta para chegar até o receptor. Uma vez que avelocidade do sinal é conhecida (sinais de rádio viajam na velocidade da luz, aaproximadamente 300 mil km/segundo), é preciso somente determinar o tempo gasto pelo sinalenviado do satélite ao receptor para calcular essa distância. Isto é possível graças aos relógios

    atômicos existentes em cada satélite, que emitem apurados sinais de tempo. Nos receptoresestão embutidos relógios de quartzo, que aliados a recursos de softwares, completam oesquema.

    1.14.7 Aplicações

    1.14.7.1 Mapeamento e Geoprocessamento

    Hoje, o uso do GPS é muito requisitado nos serviços de Mapeamento e Geoprocessamento,ou seja, na coleta de dados (coordenadas) de posicionamento dos diversos objetos a seremmapeados (analógicos ou digitais), como postes de redes elétricas, edificações em geral, limitesde propriedades rurais, etc. Suas aplicações são intensas nos serviços de Cadastro e

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    Manutenção que visam elaborar e monitorar cartas temáticas, assim como na captura de dadospara Monitoramento Ambiental, Prevenção de Acidentes ou Ajuste de Bases Cartográficasdistintas, especialmente se utilizadas em GIS. Esta afirmação baseia-se na característica do

    GIS que associa o posicionamento geográfico com informações alfanuméricas, permitindointegração, cruzamento e disponibilidade, através de diversos meios de armazenamento. Umadas características importantes de um GIS é a velocidade na manipulação, porém a obtençãode dados, depende dos sistemas de aquisição. O GPS nasceu para obter a posição geográficade uma entidade (elemento da superfície da Terra) com velocidade e exatidão altas a ponto deprovocar a maior revolução que a Geodesia (ciência que se ocupa das medições sobre a faceda Terra) já experimentou. Assim, o uso do GPS em atividades de GIS veio a co-existir deforma cada vez mais interdependente. Exemplo prático desta associação benigna entre o GPSe o GIS pode-se citar o caso do mapeamento e cadastro de postes, onde não só o local oucoordenadas do poste devem ser obtidas, mas, também seus atributos como:

    •  Identificação = Nº. 123VK456;

    •  Material = Madeira;•  Condição = Boa;

    •  Cruzeta = 1;

    •  Voltagem = 33 kV;

    •  Inspeção = 12/2/98;

    •  Suportes = Nenhum;

    •  Isolamento = Vidro;

    •  Instalação = 9/10/74;

    •  Propriedade = LIGHT;

    •  Cor = Madeira;

    •  Outros = Nada;

    •  Transformador = Nenhum;

    •  Local = 37°23’27.125"N/122°02’15.683"W;

    •  etc.

    Esta possibilidade oferecida pelo GPS, de armazenar também dados alfanuméricos em cadaestação, tem extremo valor na coleta de dados para mapeamento. Incomparáveis são asvantagens sobre as técnicas utilizadas sem o uso do GPS, em termos de tempo, facilidade econfiabilidade na obtenção dos dados.Outras aplicações são possíveis, por exemplo, na locação de obras na construção civil,como estradas, barragens, pontes, túneis, etc. O GPS é um importante aliado nos serviços queexigem informações de posicionamento confiáveis, dada a rapidez e segurança nos dados quefornece.

     Antes do advento do GPS, para estas atividades o que se usava eram os equipamentos etécnicas da Topografia convencional, os quais, apesar de fornecerem bons resultados estãosendo gradativamente substituídos e/ou complementados (dependendo do caso) pelo GPS. Ouso de equipamentos convencionais como teodolito, estação total, nível, trena, exige para estesserviços, muito mais tempo e portanto, maiores custos. Alguns casos atendidos pelo GPS sãoimpossíveis através da Topografia, como o monitoramento contínuo de veículos (automóveis,

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    aviões ou navios). Dentre muitas, outra grande vantagem do GPS é a não necessidade deintervisibilidade entre as estações.

    1.14.7.2 Outras AplicaçõesEntre outras aplicações o GPS é aplicado na Área Militar, Esportes e Lazer.

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    CAPITULO II – TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DEGASODUTOS TERRESTRES

    2 TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE GASODUTOSTERRESTRES

    2.1 A NORMA A Norma da Petrobras aplicável a construção e montagem de dutos terrestre é a N 464 H,válida a partir de DEZ/2004, revisada por grupos de trabalhos GTs ( formados por especialistasda Petrobras e das suas Subsidiárias) que revisou a N464 G.

    2.1.1 Objetivo da Norma

     A N 464 H – da Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás, -CONSTRUÇÃO, MONTAGEM ECONDICIONAMENTO DE DUTOS TERRESTRES, tem como objetivo fixar as condiçõesexigíveis para construção, montagem, testes, condicionamento e aceitação de dutos terrestresatravés dos Requisitos Técnicos e Praticas Recomendáveis nela contidos.

    2.2 Documentos complementares.Um estudo mais aprofundado da N 464 H nos leva as normas e documentos complementaresabaixo listadas:

    Norma DescriçãoPETROBRAS N-47 Levantamento TopográficoPETROBRAS N-133 SoldagemPETROBRAS N-442 Pintura Externa de Tubulação em Instalações TerrestresPETROBRAS N-505 Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto

    PETROBRAS N-556 Isolamento Térmico de Dutos com Espuma de Poliuretano expandidoPETROBRAS N-845 Investigação GeotecnológicaPETROBRAS N-862 Execução de TerraplanagemPETROBRAS N-1041 Cadastramento de Imóveis em Levantamento Topográfico-CadastralPETROBRAS N-1190 Cercas e PortõesPETROBRAS N-1592 Ensaio Não-Destrutivo - Teste pelo Imã e por PontosPETROBRAS N-1594 Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-SomPETROBRAS N-1595 Ensaio Não-Destrutivo - RadiografiaPETROBRAS N-1597 Ensaio Não-Destrutivo - VisualPETROBRAS N-1710 Codificação de Documentos Técnicos de EngenhariaPETROBRAS N-1744 Projeto de Oleodutos e Gasodutos TerrestresPETROBRAS N-1965 Movimentação de Carga com GuindastePETROBRAS N-2047 Apresentação de Projeto de Dutos TerrestresPETROBRAS N-2098 Inspeção de Duto Terrestre em OperaçãoPETROBRAS N-2177 Projeto de Cruzamento e Travessia de Duto TerrestrePETROBRAS N-2180 Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos TerrestresPETROBRAS N-2200 Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação Terrestre de ProduçãoPETROBRAS N-2203 Apresentação de Relatórios de Cruzamentos e Travessias de Dutos

    TerrestresPETROBRAS N-2238 Reparo de Revestimentos de Duto Enterrado Utilizando Fita de PolietilenoPETROBRAS N-2328 Revestimento de Junta de Campo para Duto EnterradoPETROBRAS N-2432 Revestimento Externo de Concreto para Dutos Terrestres e SubmarinosPETROBRAS N-2624 Implantação de Faixas de Dutos TerrestresPETROBRAS N-2634 Operações de Passagem de “Pigs” em DutosPETROBRAS N-2719 Estocagem de Tubo em Área Descoberta

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    PETROBRAS N-2776 Capacitação e Qualificação de Pessoal para Dutos Construção e Montagem ABENDE DC-001 Qualificação e Certificação de Pessoal em END ABENDE NA-001 Qualificação e Certificação de Pessoal em END

     ABNT NBR 5425 Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação da Qualidade ABNT NBR 5426 Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos ABNT NBR 5427 Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426 ABNT NBR 6502 Rochas e Solos ABNT NBR 12712 Projeto de Sistemas e Distribuição de Gás Combustível ABNT NBR 9061 Segurança de Escavação a Céu Aberto ABNT NBR 14842 Critérios para a Qualificação e Certificação de Inspetores soldagensISO 9712 Non-Destructive Testing - Qualification and Certification of Personnel

     API RP 1110 Recommended Practice for the Pressure Testing of Liquid PetroleumPipelines

     API SPEC 5L Line Pipe API SPEC 6D Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and Check Valves) API STD 1104 Welding Pipelines and Related Facilities

     ASME B 1.1 Unified Inch Screw Threads ASME B 16.5 Pipe Flanges and Flanged Fittings ASME B 16.20 Metallic Gaskets for Pipe Flanges - Ring Joint, Spiral Wounds and Jacketed ASME B 16.34 Valves - Flanged, Threaded and Welding End ASME B 31.4 Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons, Liquid Petroleum Gas,

     Anhydrous Ammonia and Alcohols ASME B 31.8 Gas Transmission and Distribution Piping Systems ASME Section IX Qualification Standard for Welding and Brazing Procedures, Welders, Blazers

    and Welding and Brazing Operators ASTM E 1961 Standard Practice for Mechanized Ultrasonic Examination of Girth Welds

    Using Zone Discrimination with Focused Search UnitsBSI BS8010 Section2.8

    Pipelines on land: Design, Construction and Installation. Section 2.8 Steel forOil and Gas

    BSI BS EN 473 Non-Destructive Testing - Qualification and Certification of NDT Personnel -General Principles Supersedes PD

    BSI BS EN 45013 General Criteria for Certification Bodies Operating Certification of PersonnelMSS SP-6 Standard Finish for Contact Faces of Pipe Flanges and Connecting End

    Flanges of Valves and FittingsMSS SP-44 Steel Pipeline FlangesMSS SP-55 Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and other

    Piping Components.

    2.3 Procedimentos Executivos

    Com a análise do escopo dos serviços e das atividades pertinentes, o EXECUTANTE deve

    preparar os procedimentos executivos. Vale salientar que a elaboração destes procedimentosdeve contar com a participação do corpo técnico da executante bem como do responsável pelaexecução do serviço sendo fundamental que a linguagem usada deve ser de entendimento dopessoal do campo, incluindo o encarregado e seus oficiais.

    É necessário que antes do início de qualquer atividade a equipe executante seja treinadaconforme o procedimento executivo específico a fim de evitar equívocos na execução, nãoconformidades e perda da qualidade e tempo.

     A Norma N 464 H listas alguns procedimentos conforme abaixo sendo a relação final deve sercompatível com o escopo do contrato.

    a) inspeção de recebimento de materiais;

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    b) armazenamento e preservação de materiais;

    c) elaboração de projeto executivo;

    d) locação e marcação da faixa de domínio e da pista;e) abertura de pista incluindo: acessos, terraplenagem (corte e aterro), supressão

    f) vegetal e desmonte de rocha;

    g) abertura e preparação da vala, incluindo desmonte de rocha;

    h) transporte, distribuição e manuseio de tubos;

    i) curvamento dos tubos;

     j) revestimento externo com concreto;

    k) soldagem, incluindo: ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios

    l) para soldagem e respectivos registros de qualificação;m) inspeção por ensaios não-destrutivos;

    n) revestimento externo anticorrosivo;

    o) abaixamento e cobertura;

    p) travessias e cruzamentos;

    q) sinalização de faixa de domínio de dutos;

    r) proteção e restauração;

    s) limpeza, enchimento e calibração;

    t) teste hidrostático;

    u) inspeção dimensional interna do duto;

    v) condicionamento;

    w) inspeção do revestimento externo anticorrosivo após a cobertura;

    x) montagem e instalação de complementos;

    y) emissão de documentação “conforme construído”.

    Nos procedimentos devem estar indicadas as características dos equipamentos a seremutilizados nas diferentes etapas da construção.

     A construção e a montagem do duto terrestre deve ser executada considerando os seguintes

    aspectos básicos gerais além do seu projeto:a) estar em consonância com as leis do município e/ou estado em que se localiza;

    b) dispor de todas as permissões das autoridades competentes com jurisdição sobre afaixa de domínio do duto;

    c) ter estabelecido critérios para a garantia da qualidade da sua execução.”

    2.4 Recebimento de Material

    Para recebimento de materiais é necessário em primeiro lugar saber quais os materiaispertence ao escopo do contrato, características, identificação, quais os ensaios previstos pornorma, quais os critérios de aceitação, onde armazená-los e como preservá-los. Para tal o

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    Procedimento Executivo de Recebimento deve ser elaborado previamente e aprovado,contendo as informações necessárias.

    Não menos importante é conhecer as normas e diretrizes internas do órgão fornecedor domaterial e as normas e leis de transito para este tipo de transporte.

    Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu recebimento e antes de sua aplicaçãona montagem e devem estar de acordo com os documentos de compra e especificação deprojeto. Os materiais devem ser identificados e certificados de forma a permitir ao longo de suavida a rastreabilidade até o certificado de qualidade do material.

     A Tabela 8 cita algumas características essenciais dos materiais normalmente aplicados emgasodutos:

    Item MaterialNorma deFabricação

    Identificação CaracterísticasCritério de Aceitação

    1 Tubo API Spec 5L - Fabricante- diametro

    - espessura- material- Nº de

    Identificação- Nº de Ordem

    - espessura, ovalização e diametro conforme APISpec 5L

    - chanfro e ortogonalidade conforme API Spec 5L- empenamento conforme API Spec 5L- estado das superficies interna e externa,

    conforme critério dea especificação do materialestado do revestimento conforme critérios daespecificação de projeto

    Ver Norma ASME B 31.8

    2 Flanges ASME B16.5OUMSS SP-44

    - tipo do flange- tipo de face- especificação

    e grau domaterial

    - diametronominal

    - classe depressão- diametro do

    furo

    - diametro interno- espessura do bisel nos flanges de pescoço

    conforme as especificações do projeto- altura e diametro externo do ressalto- acabamento da face de contato- dimensões de face de flanges- dimensões de extremidades para solda de topo,

    encaixe para solda ou rosca- dimensões da face para junta de anel

     ASME B 16.5ou MSS SP-44

    3 Conexões ASTM ou ASME

    - especificaçãocompleta domaterial

    - diametro- classe de

    pressão ouespessura

    - tipo e marcado fabricante

    - diametro das extremidades- circularidade- distancia centro face- chanfro, encaixe para solda ou rosca (tipo e

    passo)- espessura- angularidade das curvas forjadas- amassamentos, corrosão, trincas, soldas de

    dispositivos de montagem provisórios e aberturade arco

     ASME ou ASTMaplicável

    4 Válvulas API Spec 6D - Em plaquetas,conformeespecificaçãodo projeto

    - caracteristicas dos internos e sistema de vedação- Flanges (ver item 2)- caracteristicas e distancia entre extremidades- diametro interno e nominal- dreno, suspiro e alivio do corpo- classe ANSI- revestimento externo

    MSS SP-55(Valvfundidas)

     ASTM ASME

    - -- -- -- -- -

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    Item MaterialNorma deFabricação

    Identificação CaracterísticasCritério de Aceitação

    5 Juntas de

    Vedação

     ASME B

    16.20

    - Material

    - tipo de junta- material deenchimento

    - diametro- classe de

    pressão- padrão

    dimensionalde fabricação

    - espessura (espiralada ou corrugada), conforme

     ASME B 16.20- diametro, classe de pressão e norma doflange(espiralada ou corrugada)

    - código de cor (espiralada ou corrugada),conforme norma ASME B 16.20

    - diametro interno e externo (espiralada oucorrugada), conforme norma ASME B 16.20

    - tipo e número (anel), conforme norma ASME B16.20

    - dureza (anel), conforme norma ASME B 16.20- Junta tipo (RTJ) não devem apresentar corrosão,

    amassamento, avarias mecanicas ou trincas

     ASME B

    16.20

    6 Parafusose porcas

     ASTM - Especificação- tipo de

    parafuso- dimensões-

    - comprimento do parafuso, diametro do parafuso,altura e distancia entre faces e arestas da porca epasso da rosca conforme as normas ASME B 1.1,

     ASME B16.5 OU MSS SP - 44- parafusos devidamente protegidos, livres de

    amassamentos, trincas e corrosão

     ASME B 1.1, ASME B 16.5E MSS SP-44

    Tabela 8 - Inspeção para Recebimento de Materiais

    O Plano de inspeção deve prever a inspeção por amostragem conforme as Normas ABNT NBR5425, ABNT 5426 E ABNT 5427, atendendo aos seguintes critérios:

    •  Tubos; nível geral de inspeção II, QL 15, plano de amostragem simples e risco doconsumidor 5%;

    •  Parafusos e porcas: nível geral de inspeção II, QL 10, plano de amostragem simples erisco do consumidor 5%;

    2.5 Licença para Início de Obras

    São autorizações que em geral ficam a cargo da EXECUTANTE, responsável pela construçãodo gasoduto, que deve solicitar autorização através de cartas emitidas e endereçadas aosÓrgãos Federais, Estaduais e Municipais, as concessionárias envolvidas e aos proprietários poronde será implantado o gasoduto.

    •  Para início de obras em Salvador e/ou cidades da Bahia, como por exemplo, os órgãosenvolvidos são:

    a)  EMBASA /Água.

    b)  EMBASA/Esgoto

    c)  EMBASA/Adutora

    d)  COELBA

    e)  SUMAC – Drenagem

    f)  SURCAP –Obras emexecução ouplanejadas

    g)  SET –Superintendência deEngenharia Tráfego

    h)  SPJ –Superintendência de

    Parques e Jardinsi)  TELEMAR

     j)  EMBRATEL

    k)  VIVO

    l)  METRÔ

    m)   AT&T

    n)  CONDER

    o)  ELETRONET

    p)  EMERGIA

    q)  FMLF/SEPLAM

    r)  SEHAB

    s)  SEMIN

    t)  SEMPI

    u)  SEPLAM

    v)  SESP

    w)  SMTU

    x)  SUCOM

    y)  TV CIDADE

    z) Proprietários. 

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    O bom relacionamento com estes órgãos colabora para o dinamismo da obra e evita desgastese paralisações que costumam ser freqüentes, causando atrasos e custos indesejáveis.

    2.6 Ativ idades da Construção e Montagem de Gasoduto A logística de construção e montagem deve determinar a seqüência de montagem que em geraldifere para cada tipo de obra, seja urbana, rural, mista e obras especiais.

     Abaixo discutiremos as diversas atividades não necessariamente na seqüência apresentada.

    2.6.1 Locação e Marcação da Faixa de domínio e da Pista

    Esta atividade não é aplicada em geral para obras urbanas quase sempre implantada em locaise vias públicas, porém é necessário o levantamento da diretriz do gasoduto e instalaçõescircunvizinhas.

    O levantamento planialtimétrico, cadastral e jurídico da faixa de domínio e apresentação dosresultados da diretriz devem ser executados de acordo com as normas da PETROBRAS N-2624 e N-2180.

     A Norma N 2180 (RELATÓRIO PARA CLASSIFICAÇÃO DE LOCAÇÃO DE GASODUTOSTERRESTRES)padroniza e orienta o preenchimento dos formulários usados na execução dosrelatórios para classificação de locações de gasodutos terrestres destinados ao transporte edistribuição, em função das diferentes densidades de construções habitacionais.

     A Norma N-2624 (IMPLANTAÇÃO DE FAIXAS DE DUTOS TERRESTRES)fixa as condiçõesexigíveis para determinação do traçado e realização de serviços de levantamento topográficopor imagens aéreas e outras atividades necessárias à implantação de faixas de domínio paradutos terrestres e áreas de instalações complementares, além de sua apresentação.

    Independente da classe de locação onde será implantado o gasoduto, o levantamento das

    interferências aéreas e/ou enterradas é atividade de vital importância. As interferências aéreassão mais fáceis de determinar e merece uma atenção especial para garantir sua integridade eanalisar a ação desta sobre o gasoduto e vice versa, como por exemplo, linhas de transmissão,postes, boca de lobo e etc.

    Para levantar as interferências enterradas podem ser utilizado métodos de indução de correnteelétrica de baixa amperagem com auxilio do método PCM, DCVG, Geo radar ou utilizando opipe dedector . Porém nem todas as interferências podem ser levantadas por estes métodos enestes casos utilizamos da pesquisa a desenhos existentes e sondagens para determinar alocação e profundidade de outros dutos ou de cabos de fibra ótica existente, de acordo com osseguintes critérios:

    a) consulta aos desenhos “conforme construído” e ao cadastro das concessionárias de

    serviços públicos;b) localização e cobertura das linhas ou cabos existentes com o emprego de aparelhos

    eletrônicos, detector eletromagnético ou georadar (GPR); no caso de cruzamentos comas linhas ou cabos existentes devem ser utilizados poços de inspeção escavadosmanualmente;

    c) a identificação das linhas ou cabos existentes deve ser feita de forma contínua, comestaqueamento da linha de centro a cada 10 m nos trechos retos e cada 3 m nostrechos curvos, definindo uma cor para as estacas em cada duto ou cabo existente;

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    d) identificação dos dutos e sinalização dos trechos onde a cobertura dos dutos ou cabosexistentes for inferior a 1 m, de forma a alertar os operadores de equipamentos sobre aimpossibilidade de trânsito nestes locais;

    e) uma trincheira de inspeção transversal à faixa deve ser aberta a cada 1 000 m, para acomprovação da precisão do equipamento através da verificação da localização ecobertura dos dutos ou cabos existentes;

    f) sinalização e proteção adequada dos suspiros (“vents”), pontos de testes e peçasespeciais existentes, leitos de anodos e cabos do sistema de proteção catódica.

     A Abertura da Pista deve seguir o definido pelo projeto e procurar obedecer aos limitesprevistos, pois isto implica em respeitar os acordos feitos com os proprietários e órgãosenvolvidos.

     A Norma N 464 H determina algumas condições específicas para abertura de pista, entre elasdestacamos:

    •  Somente em condições excepcionais, quando concluído pela total inviabilidade técnicados serviços de montagem, são permitidos cortes que alterem os perfis – transversale/ou longitudinal - originais do terreno; todos os cortes devem ser executados de acordocom um projeto de terraplenagem específico, seguindo critérios adicionais de segurançacontido na norma regulamentadora no 18 (NR-18) e na norma ABNT NBR 9061.

    •  Os raios de curvatura horizontais e verticais da pista devem estar compatíveis com ométodo previsto para a mudança de direção do duto, procurando-se, sempre quepossível, respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos revestidos.

    •  A camada superior do solo composta de matéria orgânica, quando removida, deve serestocada para posterior reposição nos taludes de corte, aterros, pistas, caixas deempréstimo ou bota-fora, evitando a sua contaminação pela mistura com outros

    materiais retirados da pista.

    •  Independente dos serviços de proteção e drenagem definitiva que são realizados napista, serviços de drenagem e proteção provisórios em áreas críticas devem serimediatamente realizados, de modo a não expor a riscos de erosão e assoreamento,tanto a pista como as propriedades adjacentes.

    •  Eventuais acessos de serviço somente podem ser executados com a autorização préviae formalizados junto aos proprietários e autoridades competentes.

    •  Os cursos d’água que originalmente escoem para ou sobre a pista devem ser desviadose canalizados. Nos casos em que não for possível executar o desvio dos cursos d’águaou em que a abertura da pista interferir com mananciais, devem ser executadas as

    obras que se fizerem necessárias para evitar o arraste de material, a erosão da pista oua destruição do manancial.

    •  Todas as providências devem ser tomadas de modo a minimizar as interferências e ospossíveis prejuízos decorrentes da execução dos serviços, às atividades desenvolvidaspor terceiros, tais como:

    a) previamente ao início da execução dos serviços, deve ser feita umacomunicação formal ao proprietário e concessionárias ou comunidadesimpactadas;

    b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser feita sem a autorizaçãodos proprietários;

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    c) em caso de cerca existente que necessite ser removida, deve ser construídauma cerca provisória, que deve ser mantida fechada sempre que a passagemnão estiver sendo utilizada, até a sua reconstrução definitiva;

    d) devem ser executados todos os serviços complementares consideradosnecessários à segurança, à proteção pessoal e às atividades econômicasdesenvolvidas na área atravessada, como, por exemplo:

    - cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas de criação de animais;

    - sinalização de alerta para movimentação de equipamentos.

    É fundamental que antes de iniciar as atividades construtivas elaborar um Relatório Fotográficodetalhado do local onde será implantado o gasoduto. Em áreas urbanas fotos de calçadas,

     jardins, meio fio, muros e outros detalhes devem feitas da forma mais detalhada possível.

    2.6.2 Abertura e Preparação da Vala

     A Abertura de vala é uma atividade que requer um estudo detalhado das interferências,condições de transito além da seqüência de execução. Recomenda-se que a abertura epreparação de vala seja realizada somente após a preparação da coluna para abaixamento,vale salientar que em obras urbanas as valas devem ser preferencialmente fechadas no mesmodia em que for aberta a fim de evitar acidentes e transtorno.

     A N464 H faz algumas considerações para a execução dos serviços de abertura de valasconforme informações fornecidas pelo projeto:

    a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da faixa de domínioconforme projeto executivo;

    b) dimensões da seção da vala conforme projeto executivo;

    c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e espessura da linha;d) interferência com instalações existentes;

    e) nos casos em que a relação diâmetro nominal/espessura da tubulação forsuperior a 50, deve ser prevista na determinação da profundidade da vala, ainstalação de uma camada com espessura de 20 cm, composta de materialisento de pedras e raízes, imediatamente abaixo da geratriz inferior do tubo.

    f) Devem ser evitados trabalhos que exijam presença do homem dentro da vala.Caso isto seja impossível, critérios adicionais de segurança devem serimplementados, de acordo com a norma regulamentadora no 18 (NR-18) e anorma ABNT NBR 9061.

     A NBR 9061 (SEGURANÇA DE ESCAVAÇÃO A CEU ABERTO),fixa as condições desegurança exigíveis a serem observadas na elaboração do projeto e execução de escavaçõesde obras civis, a céu aberto, em solos e rochas, não incluídas escavações para mineração etúneis.

    2.6.2.1 Escavação não protegidas para valas

    2.6.2.1.1 - Escavações no máximo de 1,25 m de profundidade podem ser construídas comparedes verticais sem medidas de proteção especiais se a inclinação da superfície do soloadjacente é:

    a) menor do que 1:10, em solos não coesivosb) menor do que 1:2 em solos coesivos

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