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Técnico em Restaurante e Bar Renata Marques de Otero 2014 Técnica de Promoção e Vendas

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Técnico em Restaurante e Bar

Renata Marques de Otero

2014

Técnica de Promoção e Vendas

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Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação José Henrique Paim Fernandes Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Aléssio Trindade de Barros Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas

Governador do Estado de Pernambuco João Soares Lyra Neto

Secretário de Educação

José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira

Secretário Executivo de Educação Profissional Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Gerente Geral de Educação Profissional

Luciane Alves Santos Pulça

Coordenador de Educação a Distância George Bento Catunda

Coordenação do Curso Annara Perboire

Juliana Menezes Novais

Coordenação de Design Instrucional Diogo Galvão

Revisão de Língua Portuguesa

Letícia Garcia

Diagramação Izabela Cavalcanti

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INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3

1.COMPETÊNCIA 01 | ENTENDER AS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS A PARTIR DA

TIPOLOGIA DOS CLIENTES ........................................................................................................ 6

1.1 Entendendo as Necessidades ................................................................................. 6

1.2 As Expectativas e como são Formadas ................................................................... 8

1.3 Tipologia do Consumidor ..................................................................................... 11

1.3.1 O Consumidor Organizacional ........................................................................... 11

1.3.2 O Consumidor Pessoal....................................................................................... 15

1.4 O Cliente de Bares e Restaurantes ....................................................................... 17

2.COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER OS PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO E O PAPEL DA

PROMOÇÃO NAS VENDAS ...................................................................................................... 20

2.1 O Processo de Comunicação ................................................................................ 20

2.2 A Promoção e sua Importância nas Vendas ......................................................... 25

2.2.1 Propaganda ....................................................................................................... 26

2.2.2 Promoção de Vendas ........................................................................................ 28

2.2.3 Relações Públicas .............................................................................................. 29

2.2.4 Marketing Direto ............................................................................................... 30

2.2.5 Eventos e Experiências ...................................................................................... 32

2.2.6 Vendas Pessoais ................................................................................................ 33

3.COMPETÊNCIA 03 | CONHECER AS FERRAMENTAS DE PROMOÇÃO APLICADAS AOS BARES

E RESTAURANTES .................................................................................................................... 36

3.1 Propaganda .......................................................................................................... 37

3.1.1 Anúncio ............................................................................................................. 37

3.1.2 Folheto .............................................................................................................. 40

3.1.3 Outdoor ............................................................................................................. 42

3.1.4 Internet.............................................................................................................. 43

3.2 Promoção de Vendas ........................................................................................... 46

3.3 Relações Públicas ................................................................................................. 49

3.3.1 Publicações Internas e Externas ........................................................................ 49

3.3.2 Assessoria de Imprensa ..................................................................................... 50

3.4 Marketing Direto .................................................................................................. 53

3.4.1 Mala-Direta ....................................................................................................... 53

Sumário

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3.4.2 E-mail Marketing ............................................................................................... 55

3.4.3 Telemarketing ................................................................................................... 56

3.5 Eventos e Experiências ......................................................................................... 57

3.6 Outras Formas de Divulgação .............................................................................. 59

4.COMPETÊNCIA 04 | ENTENDER NOÇÕES DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR E

COMO LIDAR COM CONFLITOS E RECLAMAÇÕES .................................................................. 62

4.1 O Comportamento de Reclamação do Cliente ..................................................... 62

4.2 A Recuperação Eficaz de Serviço .......................................................................... 65

4.3 O Código de Defesa do Consumidor e Problemas Relacionados a Bares e

Restaurantes .............................................................................................................. 67

CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 70

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 71

MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ........................................................................................... 78

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Técnica de Promoção e Vendas

INTRODUÇÃO

Seja bem-vindo (a) à disciplina Técnicas de Promoções de Vendas! Nesta

jornada que faremos juntos, vamos discutir um pouco a respeito da

ferramenta “Promoção” e de conceitos e assuntos importantes relacionados

direta ou indiretamente a ela.

Para entender a disciplina Técnica de Promoção de Vendas, é preciso antes

compreender o significado do termo “Promoção”. Para fins de estudo, é

necessário que, a partir deste ponto, possamos ampliar o entendimento que

normalmente temos desta palavra.

No uso comum, “promoção” se refere àqueles descontos que os lojistas dão

nos seus produtos por uma razão especial. Quando o shopping center (ou o

comércio em geral) da sua cidade faz aquela semana de liquidação, as lojas

costumam colocar seus produtos em “promoção”, verdade? Ou quando a

validade de certos produtos está para vencer nas prateleiras dos

supermercados, vemos que eles são colocados em “promoção”. Ou quando

uma loja de roupa vai receber a coleção primavera-verão, coloca a coleção

outono-inverno em “promoção”, correto? Poderíamos citar ainda vários

exemplos daquilo que costumamos chamar “promoção” normalmente.

Então quer dizer que o uso desta palavra nas situações citadas está errado?

Não! De jeito nenhum! Está correto chamar todos esses casos de “promoção”,

só que nós precisaremos entender que, para os estudos que faremos, ela

significa muito mais. Nós utilizaremos, neste sentido, o significado de

“promoção” dentro da abordagem de marketing, que a considera:

(...) o esforço de comunicação para o reconhecimento e

a criação de consciência de um produto por parte dos

compradores-alvo, envolvendo informação sobre sua

configuração, as necessidades que ele potencialmente

satisfaz e de que modo ele atende a essas necessidades.

(CROCCO et al, 2006, p. 160).

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Técnico em Restaurante e Bar

Sendo assim, a partir de agora, “promoção” é igual a “comunicação” ou

“divulgação” e, para fazer isto com eficiência, é necessário entender as

pessoas com quem falaremos. Se precisarmos dizer a uma criança que não

podemos pegá-la na escola, usamos uma linguagem específica, com palavras e

expressões que ela vai entender, as quais serão bem diferentes daquelas

usadas para informar a mesma coisa a um adolescente, verdade? Isso porque,

ao nos comunicarmos, levamos em consideração aquela pessoa ou aquele

grupo com quem falamos. É o que chamamos de público-alvo.

Uma vez compreendidos esses aspectos, podemos entender de que forma, e

através de que ferramentas, poderemos comunicar ou divulgar o bar ou o

restaurante para nosso público-alvo, para que ele compreenda a nossa

mensagem e queira conhecer o estabelecimento e, mais ainda, venha a se

tornar cliente fiel.

Para se tornar fiel, entretanto, é preciso ficar satisfeito com o serviço

prestado, concorda? Se não gostamos do tratamento recebido, ou se temos

reclamações graves a fazer, nossa tendência é falar mal e nunca mais voltar

àquele lugar. O que o estabelecimento deve fazer nessas situações? É preciso

entender a maneira como os clientes costumam reclamar e fazer o que for

necessário para que ele possa se sentir bem no seu bar ou restaurante.

Para que isso aconteça, é essencial entender os direitos que o consumidor

tem e fazer de tudo para respeitá-los. Muitos estabelecimentos por aí perdem

clientes para sempre, e até mesmo precisam responder judicialmente, porque

não estão inteirados do Código de Defesa do Consumidor e das leis

complementares que regulamentam as relações com os clientes do setor.

Com o estudo desta disciplina, teremos possibilidade de abordar todas essas

questões, a começar pelo entendimento dos clientes e das suas necessidades

e expectativas.

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Técnica de Promoção e Vendas

Assim, um bar ou restaurante existem para satisfazer necessidades das

pessoas, e é por isso que elas os procuram. Quem são essas pessoas? Que

necessidades são essas? Como elas formam as expectativas em relação ao que

vão consumir? Essas questões serão discutidas na primeira competência:

Entender as necessidades e expectativas a partir da tipologia dos clientes.

Na segunda competência – Compreender os processos de comunicação e o

papel da promoção nas vendas – vamos entender como se dá o processo de

comunicação, desde aquele que emite a mensagem até aquele que a recebe,

e dar uma resposta a esta mensagem, e a importância de cada um dos

elementos do processo para o alcance dos objetivos. Conheceremos também

as principais ferramentas promocionais, suas características próprias e como

cada uma delas pode ajudar nas vendas de produtos e serviços.

A aplicação dessas ferramentas à realidade dos bares e restaurantes é o que

veremos na terceira competência: Conhecer as ferramentas de promoção

aplicadas aos bares e restaurantes. Como elas têm sido usadas para a

divulgação do estabelecimento e a comunicação com o público-alvo? Quais as

especificidades de cada uma e os cuidados que devemos ter ao utilizá-las?

Finalmente, pretendemos Entender noções do Código de Defesa do

Consumidor e como lidar com conflitos e reclamações. Como se dá o

processo de reclamações por parte do cliente? Como podemos recuperar um

cliente insatisfeito? Quais os principais problemas que surgem nos bares e

restaurantes e sua relação com o Código de Defesa do Consumidor? Todas as

questões serão discutidas na quarta competência.

Espero que esta disciplina traga novos conhecimentos à sua formação e

contribua para seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.

Bons estudos!

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

1.COMPETÊNCIA 01 | ENTENDER AS NECESSIDADES E

EXPECTATIVAS A PARTIR DA TIPOLOGIA DOS CLIENTES

Toda vez que consumimos algum produto ou usufruímos de um serviço, o

fazemos para satisfazer alguma necessidade. Se estivermos com fome,

comemos; com sede, bebemos; querendo nos comunicar, entramos na

Internet, telefonamos para um amigo, etc. Só que toda vez que escolhemos

um produto ou um serviço para satisfazer essa necessidade, criamos uma

expectativa em relação a ele e à sua capacidade de satisfazê-la. É sobre o que

falaremos neste capítulo, enfatizando também os tipos de clientes e suas

especificidades no que se referem a esses conceitos.

1.1 Entendendo as Necessidades

A necessidade é um estado de falta, carência, privação, em que o indivíduo se

sente motivado a executar uma ação que vá ajudá-lo a retornar ao estado de

normalidade. Samara e Morsch (2005) explicam que as necessidades surgem

de um estado de tensão que vai evoluindo até atingir um nível de intensidade

que o transforma numa predisposição para a mudança (motivo), que se dá

através da adoção de um comportamento específico para atingir um objetivo

determinado. Então, se percebemos que estamos com frio (estado de tensão)

e este frio vai aumentando (motivo), vai chegar um momento em que

precisaremos pegar um agasalho (comportamento) para nos aquecermos

(objetivo).

As diversas necessidades humanas variam de acordo com o estágio do ciclo de

vida, com a classe social, com a situação ambiental, dentre muitos outros

fatores. Basta ver a diferença da necessidade de um bebê em idade de

amamentação e a de um adolescente que frequenta a escola; a de um idoso

aposentado e a de um jovem adulto em busca de realização profissional.

Assim como, no que diz respeito à classe social, as necessidades de pessoas

que precisam se preocupar com o dinheiro da feira do mês, em relação

àquelas que já têm sua alimentação garantida e se preocupam com as formas

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

de entretenimento de que irão usufruir no próximo final de semana. E ainda,

podemos observar como se alteram as necessidades das pessoas em

momentos de crise econômica, por exemplo, ou diante de uma catástrofe.

No que se refere à teoria das necessidades humanas, um psicólogo chamado

Abraham Maslow se destaca, por ter elaborado a mais conhecida abordagem

sobre o tema, com base em experimentos científicos realizados com centenas

de voluntários: a hierarquia das necessidades. (SAMARA & MORSCH, 2005).

Maslow elencou algumas necessidades que considerou “universais e comuns

a todos os seres humanos em determinadas épocas e situações” (SAMARA &

MORSCH, 2005, p.104) e as organizou de maneira hierárquica (da mais

urgente para a menos urgente) em forma de pirâmide, conforme figura 1. A

ideia é que, à medida que o ser humano satisfaz as necessidades que estão

em nível mais baixo, ele passa para o nível imediatamente superior, e assim

sucessivamente, até atingir o topo da pirâmide, que seria a autorrealização.

Sendo assim, a pessoa não irá pensar em resolver suas necessidades de

segurança ou de amor, por exemplo, enquanto não tiver satisfeito as

necessidades fisiológicas; nem pensar em autorrealização se suas

necessidades de estima ainda não estão plenamente satisfeitas. Observe a

figura 1.

Figura 1 - Pirâmide de Maslow – A hierarquia das necessidades Fonte: www.wikipedia.com.br.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

No que diz respeito às necessidades básicas humanas, segundo Maslow, estão

divididas em cinco categorias:

Fisiológicas: necessidades primárias, fundamentais para a vida humana,

como fome, sede, respiração, etc.

De segurança: segurança e proteção para o corpo; manter uma vida

confortável. Exemplo: saúde, segurança física, abrigo, recursos, controle sobre

a vida, etc.

Sociais (ou de amor e relacionamento): necessidades ligadas à afeição, à

integração do indivíduo num grupo social. São exemplos a amizade, a família,

a aceitação, o afeto, os relacionamentos, etc.

De estima: são necessidades de reconhecimento, de status, de prestígio.

Envolve obter o respeito dos outros, mas também o autorrespeito, a

autoafirmação e a independência.

De autorrealização (ou de realização pessoal): necessidade de atingir

todo o potencial individual, de se tornar tudo o que pode ser e de alcançar

tudo o que pode ter. Segundo Maslow, somente poucas pessoas conseguem

atingir este nível na hierarquia das necessidades.

Entendidas as necessidades humanas, vamos compreender o que seriam as

suas expectativas.

1.2 As Expectativas e como são Formadas

Expectativa é aquilo que se espera de algo ou de alguém, baseada num

padrão interno que existia antes de uma determinada experiência. (LOVELOCK

& WRIGHT, 2001). No que se refere aos consumidores, é o que eles esperam

do desempenho de determinado produto ou serviço a ser consumido, em

relação à capacidade destes de satisfazer às suas necessidades. Sendo assim,

quando uma pessoa sente fome e compra um sanduíche, ela está munida de

uma determinada expectativa em relação ao alimento consumido,

acreditando que ele vai satisfazer essas necessidades de acordo com as

características que possui.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

As expectativas dos consumidores variam bastante de acordo com os

diferentes tipos de produtos e serviços. A sua expectativa quando vai ver um

filme é bem diferente daquela que você tem ao comprar uma calça, verdade?

Você pode notar a diferença entre o que você espera de suas férias em família

e da sua próxima viagem a trabalho. É claro que você não terá a mesma

expectativa ao ir a um luxuoso restaurante e a uma lanchonete perto da sua

casa!

As expectativas variam também de acordo com os diversos fornecedores,

mesmo que estejam oferecendo os mesmos benefícios (LOVELOCK &

WRIGHT, 2001). Quando vai com seus amigos ao Bar X no final de semana,

você provavelmente possui expectativas diferentes daquelas que tem ao ir

com esses mesmos amigos ao Bar Y, no final de semana seguinte.

Elas podem variar também de acordo com diferentes grupos demográficos

(homens e mulheres, jovens e idosos, empresários e trabalhadores

assalariados, solteiros e casados, etc.) e até mesmo de país para país (na

Suíça, espera-se que os trens cheguem pontualmente à estação; já na Grécia,

os atrasos são aceitáveis, por exemplo). (LOVELOCK & WRIGHT, 2001).

Figura 2 - Expectativa Fonte: www.pranchetasuja.com.br

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

Como podemos observar na figura 2, o rapaz gerou uma expectativa em

relação ao presente que ia ganhar, com base no país que a menina havia

visitado, o Japão. Como esse país é conhecido por sua tecnologia avançada,

ele pensou que ganharia um presente compatível com essa característica.

Nossas expectativas são formadas com base em três elementos primordiais

(principalmente em relação a serviços) (LOVELOCK & WRIGHT, 2001):

Experiências anteriores como clientes: com um fornecedor específico,

com fornecedores concorrentes ou com serviços semelhantes de ramos

diferentes. São as que mais influenciam nossas expectativas, pois já sabemos

o que esperar de um restaurante se já o frequentamos antes, por exemplo.

Ou, mesmo que nunca tenhamos ido ao local, conhecemos concorrentes dele

e formamos nossas expectativas com base nisso; ou até mesmo, se vamos a

uma festa, esperamos do buffet um desempenho semelhante ao padrão que

recebemos em determinados restaurantes.

Comunicação boca a boca: quando o consumidor ouve falar bem de um

determinado fornecedor, ele cria uma expectativa elevada antes do consumo,

com base naquilo que foi recomendado por terceiros. Da mesma forma, se

alguém fala mal, ele já sabe que não pode elevar tanto suas expectativas, pois

pode se decepcionar. Quantas vezes vamos ou deixamos de ir a algum lugar

baseado no que alguém nos diz ou que “ouvimos falar” a respeito do lugar?

Quantos produtos decidimos comprar – ou desistimos de comprar – após a

opinião de alguém? Para se ter uma ideia da importância do boca a boca,

Maricato (2009) informa que existem pesquisas que indicam que um

consumidor satisfeito fala bem do local para 4 ou 5 pessoas; já um insatisfeito,

pode espalhar a experiência ruim para 15 ou 16.

Propaganda: outra fonte influenciadora na formação das expectativas,

uma vez que demonstra os atributos e benefícios de um produto ou serviço,

conectando-se com alguma necessidade do consumidor. Sendo assim, se você

está precisando se preparar para concurso e vê, no jornal, o anúncio de um

cursinho preparatório que diz ser o que mais aprova na sua cidade, você

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

provavelmente irá interessar-se por ele e, ao matricular-se, estará munido de

expectativas positivas quanto à experiência que terá nas aulas, verdade?

Vamos agora conhecer os tipos de consumidores e quais são suas

necessidades e expectativas.

1.3 Tipologia do Consumidor

Se você está caminhando num supermercado e vê uma senhora comprando

frutas, você pode chamá-la de consumidora, certo? E se você se matricula

num curso de Espanhol, o consumidor passa a ser você, verdade? Quando

você vai com um amigo às compras para ajudá-lo a comprar um presente de

aniversário, é a vez dele de ser o consumidor. Se você vai para um almoço em

família no Natal, todas as pessoas da mesa podem ser consideradas

consumidoras, não é isso? Já se você trabalha em uma empresa e precisa

comprar material de escritório para o funcionamento da mesma, quem é o

consumidor? A empresa, correto?

Os consumidores podem ser agrupados em dois tipos de entidade

consumidora (SCHIFFMAN & KANUK, 2000 apud SAMARA & MORSCH, 2005):

o consumidor organizacional (formado por pessoas jurídicas) e o consumidor

pessoal (formado por pessoas físicas).

1.3.1 O Consumidor Organizacional

Este tipo de consumidor inclui “empresas, órgãos governamentais,

instituições civis (escolas, hospitais) e entidades sem fins lucrativos.”

(SAMARA & MORSCH, 2005, p.15). Qualquer dessas entidades precisa adquirir

produtos e serviços para exercer adequadamente suas atividades, correto?

Para produzir qualquer bem, uma indústria precisa comprar matéria-prima;

para atender os cidadãos, um órgão do Governo precisa estar munido de

sistema informatizado adequado e funcionando perfeitamente (para isso,

além de adquirir o sistema, precisa de pessoal de manutenção e suporte); um

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

hospital necessita de material de limpeza para funcionar, dentre vários outros

exemplos que poderíamos citar.

De maneira geral, o processo de compra organizacional possui uma maior

complexidade do que o de compra pessoal, uma vez que envolve diversos

departamentos, e o procedimento operacional decisório tende a ser mais

extenso (SAMARA & MORSCH, 2005).

Uma compra de um novo software para uma rede de

varejo, por exemplo, implicará demoradas análises das

opções disponíveis no mercado e suas compatibilidades

operacionais, bem como avaliações de custos e

benefícios para as diversas áreas da empresa. A decisão,

embora esteja a cargo de uma diretoria de tecnologia,

envolverá inevitavelmente a participação direta de

outros departamentos (...). Decisões deste tipo (...)

precisam ser cuidadosamente avaliadas. (SAMARA &

MORSCH, 2005, p.15 e 16).

No caso da compra empresarial, vários profissionais podem participar do

processo decisório. São estes os papéis desempenhados pelo consumidor

organizacional (LAS CASAS, 2006):

Iniciadores: profissionais ou departamentos que iniciam o pedido.

Usuários: profissionais ou departamentos que usarão o produto ou o

serviço solicitado.

Influenciadores: aqueles que influenciam na decisão de compra,

normalmente técnicos e especialistas.

Decisores: aqueles que possuem autoridade para decidir a compra.

Aprovadores: departamentos ou profissionais específicos que aprovam os

pedidos. Dependendo da burocracia da compra, podem ser os mesmos que os

decisores, ou pessoas diferentes.

Compradores: aqueles que formalizam a compra, assinam os pedidos e

incluem todas as especificações dos mesmos.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

Hoje, existem vários sistemas que auxiliam os compradores das empresas na

execução deste processo, uma vez que o volume de pedidos é bem superior

ao de compras pessoais. Ver figura 3.

No que diz respeito aos fatores que influenciam o processo de compra

organizacional, Las Casas (2006) cita: fatores ambientais, fatores

organizacionais, interpessoais e individuais, conforme Figura 4.

Figura 3 - Interface de sistema de gerenciamento de pedidos Fonte: www.abc71.com.br

Figura 4 - Principais influências no comportamento de compra empresarial Fonte: Las Casas, 2006, p. 215.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

Os fatores ambientais dizem respeito a tudo que acontece no ambiente onde

a empresa está inserida, que podem afetá-la positiva ou negativamente, como

aspectos ligados a mudanças econômicas, sociais, políticas, tecnológicas,

ambientais e culturais. Os organizacionais são aqueles relativos à própria

empresa, no que se refere ao seu modo de operar, suas políticas internas,

seus objetivos, etc. Os interpessoais dizem respeito às relações estabelecidas

entre os participantes do processo de decisão de compra empresarial: uns

podem influenciar outros pela sua autoridade, ou por sua empatia, ou por

terem conhecimentos especiais, dentre outros. Já os fatores individuais são

aqueles ligados a cada indivíduo que participa do processo de compra

empresarial, pois apesar de estarem representando uma organização,

possuem características próprias, motivações, personalidades e percepções

específicas. (KOTLER & ARMSTRONG, 2007).

No caso do consumidor organizacional, as necessidades vão de acordo com o

que a empresa precisa para funcionar e atender às necessidades e desejos de

seus clientes. São essas necessidades que vão caracterizar o tipo de compra

(KOTLER & ARMSTRONG, 2007):

A recompra simples é aquela que ocorre rotineiramente, em que os

pedidos não sofrem modificações em relação a compras anteriores. Neste

caso, as expectativas giram em torno de experiências anteriores com os

fornecedores, e espera-se que o desempenho do produto ou serviço seja

satisfatório e semelhante aos consumos anteriores.

A recompra modificada é aquela em que o comprador altera um ou mais

itens da sua compra, como os preços, os fornecedores, as especificações ou as

condições. As expectativas são direcionadas ao item alterado; quando se trata

de um novo fornecedor, é uma ótima oportunidade para deixar seu cliente

empresarial satisfeito.

A compra nova é aquela que ocorre pela primeira vez por parte da

empresa, ou seja, deriva de uma nova necessidade. Sendo assim, existe uma

grande busca de informações antes de se tomar a decisão de compra, e

pesam-se todos os riscos. As expectativas em relação aos fornecedores é que

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

eles apresentem o maior número de informações possível, para minimizar os

riscos da compra e dar segurança ao comprador.

É importante aos donos de bares e restaurante conhecer esta categoria de

clientes, pois, apesar de não formarem o maior grupo consumidor de seu

serviço, em algumas situações representam grande fonte de faturamento,

como ocorre no final do ano, quando muitas empresas reservam parte de um

bar ou de um restaurante (em alguns casos, chegam a ocupar a totalidade do

estabelecimento) para as confraternizações natalinas. Nesses casos,

compreender como se dá o processo de decisão de compra/contratação na

empresa, quais os responsáveis pela tomada de decisão, o que eles

necessitam e o que esperam do seu estabelecimento, é um importante

mecanismo da conquista de novos clientes e na fidelização dos já existentes.

1.3.2 O Consumidor Pessoal

É formado por indivíduos que compram bens e serviços para o seu próprio uso

ou de terceiros. Quando você compra uma camisa nova para usar no Natal, ou

vai a um barzinho com seus amigos, está consumindo para o seu próprio uso.

Quando você compra um presente para alguém, por exemplo, está

consumindo para que outra pessoa use. Em qualquer destas situações, é um

indivíduo que vai usar no final, sendo conhecido como usuário final ou

consumidor final. (SAMARA & MORSCH, 2005)

Figura 5 - Consumidor final analisando o produto Fonte: www.sobreisso.com

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

Como foi possível observar no exemplo dado, nem sempre quem compra é o

mesmo que usa. De acordo com Kotler (2000) apud Samara e Morsch (2005),

existem cinco papéis que podem ser desempenhados pelo consumidor:

Iniciador: quem tem a ideia de comprar um produto ou serviço.

Influenciador: aquele que, com sua opinião, influencia na decisão.

Decisor: aquele que decide comprar, o que vai comprar, como vai

comprar ou onde vai comprar.

Comprador: quem realiza a compra.

Usuário: quem usa ou consome o produto ou serviço.

É importante ressaltar que, num processo de compra, esses papéis podem ser

desempenhados por pessoas diferentes, ou pode ser que, em determinadas

situações, uma mesma pessoa desempenhe todos eles. O importante para

quem quer vender é identificar quem são esses personagens e direcionar os

esforços adequados para cada um deles. Uma vez que se sabe que as

mulheres são as grandes influenciadoras na decisão de compra dos carros dos

maridos, por exemplo, cabe às montadoras e concessionárias direcionar parte

de seus esforços de comunicação a esse público, mesmo que ele não seja o

usuário final do produto.

Além de sofrer influência de outras pessoas, o consumidor é influenciado por

uma série de fatores internos e externos que são decisivos na escolha de um

determinado produto ou serviço. Segundo Kotler e Armstrong (2007),

influenciam o consumidor: fatores culturais, fatores sociais, fatores pessoais e

fatores psicológicos. Sendo assim, o grupo social de que ele faz parte

influencia suas escolhas, assim como a cultura do local onde vive, ou mesmo

sua idade, sua personalidade, suas crenças e suas atitudes diante da vida, etc.

Observe a figura a seguir.

Dentro ainda da

tipologia “consumidor

pessoal”, existem diversas

subclassificações, muitas delas

baseadas no seu comportamento

durante o processo de compra. Para ver uma delas e saber algumas dicas de como lidar com

cada tipo de cliente, acesse:

www.empregoerenda.com.br/editorias

/dicas-da-edicao/737-

tipologias-de-clientes

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17

Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

Figura 6 - Fatores que influenciam o comportamento do consumidor Fonte: www.cursodeeventos.blogspot.com.br.

É para esse tipo de consumidor que se aplicam as noções de necessidades e

expectativas vistas anteriormente, uma vez que são conceitos aplicados aos

indivíduos.

Apesar de, segundo pesquisa feita pelo Ipespe do Recife em 2000 (apud

MARICATO, 2009), a opção de lazer por bares e restaurantes representar o

sétimo lugar da preferência dos brasileiros (apenas 6%, contra 14% de praia e

8% de ver TV, por exemplo), não podemos negar que é essencial conhecer

quem são essas pessoas e quais as suas preferências. Vejamos, a seguir,

algumas considerações importantes sobre o cliente de bares e restaurantes.

1.4 O Cliente de Bares e Restaurantes

De acordo com Maricato (2009), uma pesquisa realizada pela revista Veja em

1995 trouxe uma série de informações a respeito dos hábitos dos clientes de

bares e restaurantes. Apesar de antiga, o autor afirma que a mesma

permanece válida e interessante, por isso iremos citá-la neste estudo.

Programas prediletos e companhia: bares são os programas prediletos

por quem sai à noite (31,7%), seguidos de cinema (20,6%), danceteria (18,6%)

e restaurantes (12,3%). Quem sai à noite, normalmente sai acompanhado

(92,9%) de amigos e família ou só de amigos (28,6% cada).

Dentro ainda da

tipologia “consumidor

pessoal”, existem diversas

subclassificações, muitas delas

baseadas no seu comportamento

durante o processo de compra. Para ver uma delas e saber algumas dicas de como lidar com

cada tipo de cliente, acesse:

www.empregoerenda.com.br/editorias

/dicas-da-edicao/737-

tipologias-de-clientes

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 01

Dias preferidos: de acordo com a pesquisa, os dias preferidos para sair de

casa variam de acordo com o perfil dos clientes: os executivos, empresários,

profissionais liberais e boêmios preferem de segunda a quinta-feira; já as

sextas e sábados são preferidas por estudantes e pessoas de renda média e

baixa; os domingos são os preferidos das famílias; o sábado à noite é o dia

escolhido por 70% das pessoas para sair.

Tipos de restaurantes: cantinas, pizzarias e churrascarias dominam quase

70% da preferência dos consumidores.

Itens de referência: a cozinha é a principal referência para a maioria dos

consumidores, seguida da qualidade do atendimento, da existência de

manobrista, preço, aceitação de cartão de crédito e condições do trânsito

para chegar ao local.

Critérios de avaliação de comidas e bebidas: os clientes utilizam os

seguintes critérios de avaliação das comidas e bebidas servidas pelos bares e

restaurantes: sabor, aroma, padronização, temperatura, tempo de

preparo/serviço, criatividade, apresentação, preço e higiene. Além destes

itens intrínsecos ao produto, há outros critérios tangíveis e intangíveis

considerados: utensílios usados, louça, atendimento, ambientação,

iluminação, clima ou atmosfera da casa, Portanto, faz-se necessário observar

o conjunto da oferta para atingir a satisfação do cliente.

Outra pesquisa feita em 1996 pela USP identificou na capital paulistana alguns

aspectos a serem considerados também por outras localidades (Maricato,

2009). Segundo a pesquisa, existem dois tipos básicos de cliente: os que

frequentam restaurantes por causa do trabalho e os que o fazem por

diversão. Os primeiros consideram os seguintes atributos (em ordem de

importância) na hora de escolher o local onde irão almoçar: boa cozinha,

limpeza, rapidez no atendimento, tipo de comida, proximidade do escritório,

preços mais baixos, ambiente agradável e aceitação de vales-refeição. Já os

que frequentam restaurante por lazer, o fazem de acordo com: boa comida,

os amigos também gostarem do programa, facilidade de estacionamento,

preços baixos, presença de gente bonita e possibilidade de pagar usando

cartão de crédito. A escolha do local, para os últimos, se dá de maneira

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 01

consensual entre as pessoas do grupo, e a mídia impressa interfere na

influência.

Segundo Maricato (2009), podemos compreender um pouco a respeito dos

consumidores de bares e restaurantes de acordo com a segmentação de

mercado:

Pessoas da classe A frequentam mais e gastam mais em bares e

restaurantes do que os da classe B, os quais são assíduos e gastam mais do

que os das classes C, D e E.

Os jovens saem mais do que os velhos; os solteiros, mais do que os

casados.

Os gays se interessam bastante por bares, restaurantes e eventos sociais

em geral.

Aumenta o número de solteiros, separados e divorciados que preferem

comer fora a ficar em casa cozinhando.

Os idosos representam uma parcela crescente da sociedade brasileira e

vêm mudando seu comportamento, consumindo mais e saindo com mais

frequência.

As pessoas passam a frequentar bares com 18 anos (ou até mesmo antes);

ao começarem a trabalhar, vão a restaurantes com o (a) namorado (a) e com

os amigos, dividindo a conta; por volta dos 25, se forem casados, são mais

seletivos na escolha.

Seja consumidor pessoal ou organizacional, o importante é entender as

necessidades e satisfazê-las por meio da oferta de produtos e serviços que

atendam às suas expectativas. Mas, para estar no rol dos fornecedores a

serem considerados pelos consumidores, é preciso que estes saibam que eles

existem e conheçam seus atributos e benefícios. É este o papel da

comunicação, que veremos no capítulo seguinte.

ATENÇÃO!

Necessidades: estado de falta,

carência, privação, em que

o indivíduo se sente motivado a

executar uma ação que vá ajudá-lo a

retornar ao estado de

normalidade.

Expectativas: aquilo que se

espera de algo ou de alguém,

baseado num padrão interno

que existia antes de uma

determinada experiência.

Tipos de clientes: organizacionais

(empresas) e pessoais

(indivíduos).

O cliente de bares e restaurantes:

têm necessidades e expectativas

distintas, a depender de sua classe social, sua faixa etária, seu

ciclo de vida, etc.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

2.COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER OS PROCESSOS DE

COMUNICAÇÃO E O PAPEL DA PROMOÇÃO NAS VENDAS

Como foi visto no capítulo anterior, cada tipo de consumidor possui

necessidades e expectativas específicas, a depender de diversas variáveis que,

combinadas, criam uma situação de oportunidade para as empresas que

possuem produtos e serviços capazes de satisfazer essas necessidades e

atender às expectativas. Só que as empresas precisam comunicar aos clientes

a respeito da sua oferta e, para isso, elas se utilizam da comunicação

mercadológica, também conhecida como Promoção.

Neste capítulo, vamos compreender como se dá o processo de comunicação

entre anunciantes e clientes, a promoção mercadológica e a importância que

a mesma tem nas vendas dos produtos.

2.1 O Processo de Comunicação

Para que se produza a comunicação com o mercado, é necessária a existência

de alguns elementos fundamentais, a começar com a empresa de um lado,

falando sobre os atributos de seus produtos e serviços, e o mercado, de outro,

com seus consumidores precisando satisfazer suas necessidades (PINHEIRO &

GULLO, 2008). Compreender como se processa a comunicação e que

elementos a integram é o ponto de partida para uma comunicação eficiente

com o mercado.

Observe a figura 7. No gráfico, é possível identificar as duas partes principais

envolvidas na comunicação: numa ponta, o emissor; na outra, o receptor. A

mensagem e o meio representam as principais ferramentas da comunicação.

E os demais – codificação, decodificação, resposta e feedback – são

considerados as principais funções da comunicação. (KOTLER, 2000). Vamos

conhecer cada um detalhadamente.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

Figura 7 - Elementos do processo de comunicação Fonte: www.rodolfoarantes.net

O emissor é a fonte da mensagem, aquele que quer comunicar algo a alguém.

É ele quem inicia o processo de comunicação e é responsável por entender

quem é seu público, o que ele deseja (suas necessidades) e o que pretende

gerar com a comunicação. No caso da comunicação mercadológica, é o

anunciante, identificado através da sua marca na peça publicitária. É o

emissor o responsável também por codificar a mensagem.

O receptor é o destinatário da mensagem. Pode ser uma pessoa, um grupo,

toda a população, uma empresa, seus colaboradores, etc. É o público-alvo da

comunicação mercadológica.

A codificação é o conjunto de elementos utilizados na mensagem para que ela

se torne compreensível para o público-alvo: sons, imagens, frases, símbolos,

etc. Uma boa codificação é essencial para que o emissor atinja seus objetivos.

A decodificação é tarefa do receptor, que deve compreender a mensagem

enviada pelo emissor, a fim de dar a resposta esperada por ele. Vê-se

claramente que os processos de codificação e decodificação precisam estar

bem coordenados para que a mensagem seja efetiva.

A mensagem é a informação que o emissor quer passar. Normalmente, na

comunicação mercadológica, é aí que entram os atributos dos produtos e

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

serviços ofertados, que irão conectar-se com as necessidades dos

consumidores.

O meio ou canal é o instrumento ou sistema que transporta a mensagem para

que ela chegue ao receptor. Na comunicação mercadológica, são

representados pelos meios de comunicação disponíveis ao emissor, como

rádio, jornal, TV, revista, internet, cartazes, etc.

A resposta é a reação do receptor após ter sido exposto à mensagem. Quando

a gente ri ao ver uma propaganda na TV, ou chora, ou comenta positiva ou

negativamente, estamos dando uma resposta à mensagem.

O feedback é a resposta que chega ao emissor e que permite a este saber se

sua mensagem foi corretamente captada pelo receptor. Se eu assisto um

comercial e o considero muito bom, essa é a minha resposta, mas se isto não

chega ao emissor através da venda dos produtos, pesquisa de mercado ou de

comentários enviados por canais de contato com o cliente, não chega a ser

feedback.

O ruído é uma interferência no processo de comunicação, que pode distorcer

a mensagem ou atrapalhar o feedback. Ele impede que o receptor decodifique

adequadamente a mensagem, dando um retorno inesperado ao emissor.

Como é possível perceber, todos os elementos têm que caminhar integrados,

a fim de que a mensagem cumpra seu percurso adequadamente e tenha

êxito. Observe como eles se integram numa propaganda de restaurante.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

Figura 8 - Os elementos da comunicação em um anúncio de restaurante Fonte: www.cherulli.com

O emissor da mensagem é o anunciante, o restaurante Manjar do Marquês,

possível de identificar através da logomarca no canto inferior direito do

anúncio.

O receptor não está explícito, mas podemos deduzir que se trata de uma

parcela da população que se interessa por culinária portuguesa e que é

exigente com o restaurante que frequenta. Podemos, pelos elementos da

mensagem, supor que se trata de uma classe média alta ou alta.

A codificação é composta por: imagens (de fundo – caravela, mar, céu,

remetendo às Grandes Navegações, quando Portugal se destacava

mundialmente; do prato de comida e o vinho, tornando a oferta tangível, já

antecipando ao consumidor o que ele poderá obter caso se torne cliente); os

tipos de letra utilizados, integrando-se com a ideia das Grandes Navegações,

das cartas, etc.; as cores, que confirmam a ideia geral da mensagem; os

símbolos (caravela, carta, vinho, bacalhau, azeitona), que nos transferem

imediatamente a Portugal; e as frases.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

No que se refere à decodificação, é a interpretação de todos esses símbolos

de maneira adequada, fazendo as referências que fizemos no parágrafo

anterior.

A mensagem é composta pelo texto e seu significado. O emissor-anunciante

quer passar a mensagem de que o restaurante é o melhor em gastronomia

portuguesa aqui no Brasil, pois melhor do que ele, só em Portugal mesmo (“a

7.500 km daqui”). Para a interpretação adequada, é preciso que o receptor

tenha noções mínimas de geografia e de espaço, para fazer a associação da

quilometragem citada com a distância do Brasil para Portugal.

Pelas características da propaganda, podemos deduzir que o meio utilizado foi

revista, pois seu formato indica que foi feita para a mídia impressa e que

ocupa uma página de revista.

A resposta do público-alvo vai depender da correta decodificação da

mensagem.

O feedback esperado é que as pessoas visitem o restaurante e que conheçam

o site (conforme texto constante no lado inferior esquerdo do anúncio).

Caso uma das funções não seja adequadamente desempenhada, de acordo

com o que o anunciante espera, é porque houve ruídos que atrapalharam o

processo de comunicação, interferindo no mesmo.

Bem, como foi possível perceber, o conhecimento de como se processa a

comunicação entre os indivíduos é essencial para uma boa comunicação com

o mercado e para que a empresa atinja seus objetivos. Vamos agora conhecer

que ferramentas as empresas podem utilizar para se comunicar com os seus

diversos públicos-alvo.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

2.2 A Promoção e sua Importância nas Vendas

Antes de iniciarmos este subcapítulo, faz-se necessária uma observação.

Quando falamos “promoção” em marketing, estamos nos referindo a toda

forma de comunicação utilizada pelo vendedor (ou empresa ofertante) para

informar, persuadir, emocionar, envolver, convencer o público-alvo dos

atributos e benefícios de seus produtos e/ou serviços, que irão satisfazer as

necessidades e desejos do consumidor.

Dentre as formas que podem ser usadas para se comunicar com os diversos

públicos, estão as seguintes ferramentas de comunicação: propaganda,

promoção de vendas, relações públicas, marketing direto, eventos e

experiências e vendas pessoais. Cada uma delas possui particularidades que

as tornam indicadas para situações específicas. Mesmo assim, o ideal é que

essas ferramentas sejam usadas de forma integrada, a fim de formarem uma

imagem favorável e sólida do produto ou empresa anunciante na mente das

pessoas: é o que chamamos de Comunicação Integrada de Marketing (CIM).

Na figura a seguir, é possível observar uma descrição resumida de cada uma

dessas ferramentas, as quais serão detalhadas em seguida.

Figura 9 - Principais ferramentas de Promoção Fonte: KOTLER, 2000 apud FALEIRO, 2012.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

2.2.1 Propaganda

É uma forma paga de comunicação, que se caracteriza por utilizar meios de

comunicação de massa para transmitir as mensagens e por possuir um

patrocinador identificado. Seu objetivo pode ser influenciar o público a tomar

uma atitude – consumir o produto (propaganda promocional ou comercial) –

ou criar, manter ou melhorar a imagem do anunciante junto ao público

(propaganda institucional).

Para atingir esses objetivos, a publicidade precisa saber o que as pessoas

necessitam ou desejam do produto ou serviço em questão, para assim,

comunicar os seus atributos na forma de benefícios. Essas informações são

conseguidas em geral por meio de pesquisas de mercado.

A comunicação através da propaganda utiliza meios de comunicação de

massa, como rádio, jornal, televisão, revista, outdoor, panfletos, cartazes,

luminosos, cinema, entre outros. A escolha do(s) meio(s) mais adequado(s) vai

depender do público-alvo e dos objetivos do anunciante. Sendo assim, se um

restaurante de luxo desejasse anunciar o início de suas atividades em uma

localidade, poderia usar, por exemplo, a televisão (escolhendo programas

voltados para classes mais altas), jornal (de preferência no caderno de

gastronomia) e revistas voltadas ao seu público de interesse.

Figura 10 - Propaganda de restaurante em outdoor Fonte: www.alissonlimadesigner.blogspot.com.br

Saiba como

elaborar uma pesquisa de

mercado: http://fotos.kki.ppg.br/upload/0e1db52c6a595690b00f84

2d345b1b2a.pdf

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

O importante em propaganda é que ela seja fiel ao produto, ressaltando suas

qualidades, mas tendo o cuidado de não supervalorizá-lo, divulgando o que

não existe.

A propaganda tem como vantagens, que podem auxiliar nas vendas: atingir

uma grande quantidade de pessoas dificilmente conseguida através de outros

meios; poder ser usada para o público de massa ou para uma audiência

específica, a depender do veículo de comunicação que escolher; ser muito

indicada para gerar conhecimento de um novo produto ou serviço;

estabelecer forte desejo de compra. (LAS CASAS, 2006)

Figura 11 - Anúncio para público específico em revista de Gastronomia Fonte: www.folhavitoria.com.br

É importante ressaltar aqui o grande papel da propaganda no caso dos

serviços. Como estes são intangíveis, ou seja, não podem ser tocados,

testados antes do consumo, geram no consumidor uma sensação de risco

maior do que em relação aos bens tangíveis. A propaganda configura-se,

portanto, como uma forma de minimizar os riscos da compra, pois tem a

possibilidade de mostrar, através de imagens (assim como de movimentos e

sons, nos meios eletrônicos), a experiência que pretende proporcionar ao

público, caso este venha a consumir o serviço.

Veja dicas de como elaborar um bom

anúncio: www.sebrae.com.br/customizado/aces

so-a-mercados/divulgue-

seus-produtos/propaganda/809-7-venda-de-um-produto-passa-pela-elaboracao-de-um-bom/BIA_8097

Assista a um vídeo sobre Pernambuco (ajuda os turistas

potenciais a conhecer a

localidade antes de contratar um

pacote turístico, minimizando os

riscos da compra): www.youtube.com/watch?v=acNtcuRsF

cI

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

2.2.2 Promoção de Vendas

Trata-se de um incentivo para o consumo de determinado produto num

espaço de tempo definido. Seu objetivo é aumentar as vendas a partir da

entrega de vantagens ao consumidor. Aparece na forma de brindes, cupons,

sorteios, descontos, concursos, etc.

Ela pode ser interna (para os colaboradores, na forma de incentivo às vendas)

ou externa (voltada para o cliente externo da empresa). Ver figuras 12 e 13.

A promoção de vendas muitas vezes utiliza-se da propaganda para divulgar ao

público-alvo, pois através dos meios de comunicação, ela atinge com mais

facilidade um grande número de pessoas. É importante que a promoção

esteja presente também no ponto de venda, relembrando o consumidor

aquilo que ele viu ou escutou nos meios de comunicação e aproveitando a

ocasião de consumo para aumentar a possibilidade da venda do produto.

Observe figura 13.

Figura 12 - Promoção de vendas para público interno Fonte: www.scandionline.blogspot.com.br

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

Figura 13 - Promoção de vendas externa na revista e na loja Fonte: www.brandkey.pt

A promoção de vendas possui as seguintes vantagens (LAS CASAS, 2006):

produz uma resposta do consumidor em curto prazo; chama a atenção e gera

conhecimento do produto; permite medir os resultados facilmente; aumenta

as vendas de curto prazo.

2.2.3 Relações Públicas

É a atividade de comunicação responsável pela criação e a manutenção da

imagem corporativa entre os diversos públicos de interesse da empresa:

clientes, fornecedores, acionistas, funcionários, sindicatos, sociedade,

governos, etc.

Sendo assim, cabe à atividade de relações públicas criar mídia espontânea

favorável através de ações que gerem interesse e contribuam para formar

uma imagem simpática da organização para o público em geral ou para

públicos específicos. Cabe a ela também agir quando a imagem da

organização é afetada por algum evento desfavorável, trabalhando para

recuperá-la e usando sempre da transparência na sua atuação.

A imprensa é o maior canal para a criação e a manutenção de uma boa

imagem corporativa; portanto, a empresa deve manter um relacionamento

bastante próximo a jornalistas e formadores de opinião.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

Vale a pena ressaltar aqui que o espaço em mídia que as relações públicas

conseguem é espontâneo, ou seja, não é pago como ocorre com a

propaganda. Sendo assim, informações positivas na mídia geradas através do

trabalho de relações públicas conferem muito mais credibilidade para o

público.

As relações públicas podem utilizar diversas outras ferramentas de

comunicação para o seu trabalho, como é o caso da organização de eventos

dentro da empresa, gerando divulgação na mídia, e campanhas de promoção

internas para o relacionamento com seus funcionários. Vale ressaltar que o

bom relacionamento com os funcionários, para a manutenção de uma

imagem positiva entre eles, é essencial para que uma empresa crie e

mantenha essa imagem externamente. Afinal de contas, são eles os

responsáveis por prestar serviço aos clientes e encantá-los.

A importância das Relações Públicas para as vendas, portanto, está

justamente na atitude positiva que ela cria a respeito do produto e da

empresa, melhorando sua credibilidade (LAS CASAS, 2006) e,

consequentemente, colocando a marca dentre as opções mais desejáveis por

parte do consumidor na hora da tomada de decisão.

2.2.4 Marketing Direto

Como o próprio nome já diz, trata-se de ações de marketing que chegam

diretamente ao público-alvo e que permitem respostas mensuráveis. Para

tanto, podem-se utilizar: e-mail, marketing, telemarketing, mala-direta, venda

pela televisão, dentre outros. Seu objetivo é falar individualmente com o

consumidor, e por isso, ele vai diretamente onde este se encontra.

Veja aqui o caso de uma campanha de Relações Públicas que ajudou a criar uma consciência ecológica numa

indústria: www.conrerp2.org.br/index.php?mact

=News,cntnt01,detail,0&cntnt01articleid=280&cntnt01detailtemplate=POP&cntnt01returnid=117

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

Figura 14 - Ação de marketing direto para o Ibi Card Fonte: www.capacitat.com.br

O grande aliado do marketing direto, para fazê-lo conseguir chegar até o

consumidor, é o banco de dados. Qualquer ação de marketing direto exige um

banco de dados atualizado e que permite filtrar informações importantes

sobre o público-alvo, como endereço, telefone, e-mail, hábitos de consumo,

frequência de compra, preferências, etc. O banco de dados pode ser obtido

através de cadastro no ato de consumo do serviço (ou em qualquer

oportunidade de contato com o cliente) e/ou por meio da compra ou da

captação de informações provenientes de outros meios, como grupos

presentes em redes sociais e listas telefônicas, por exemplo.

Sendo assim, uma tática interessante para um bar divulgar suas novidades

seria cadastrar seus clientes e, periodicamente, enviar e-mails com mensagem

para eles.

A grande vantagem do marketing direto é a mensuração mais fiel do retorno,

o que não se consegue com uma campanha de propaganda ou de relações

públicas, por exemplo. A empresa sabe quantos e-mails disparou, ou para

quantos clientes ligou, ou quantas correspondências enviou e para quem. À

medida que as respostas forem chegando, ela poderá mensurar a eficácia de

sua campanha, podendo ajustar as estratégias de modo a obter retornos cada

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

vez melhores. Além desta vantagem, o fato de ter acesso direto ao cliente

permite estreitar o relacionamento com ele, ampliando a possibilidade de

fidelização através de ações específicas por categoria de cliente: voltando ao

bar, ele poderá fazer um evento fechado para convidados, em que os clientes

mais frequentes recebam convites para ir à festa, sentindo-se especiais por

isso e, como consequência, coloquem este estabelecimento dentre suas

principais opções dentro da categoria bar.

2.2.5 Eventos e Experiências

Kotler e Keller (2006, p. 533) afirmam que “eventos e experiências são

atividades e programas patrocinados por empresas, e projetados para criar

interações relacionadas à marca, diariamente ou em ocasiões especiais”.

Dentre os diversos tipos de eventos, podemos citar: palestra, seminário,

mesa-redonda, congresso, fórum, convenção, exposição, feira, workshop,

passeios, festas, eventos esportivos e muitos outros.

Uma data comemorativa ou um motivo empresarial ou social fornecem as

ocasiões para a elaboração ou o patrocínio de um evento. Entretanto, antes

de partir para esse tipo de ação, é necessário saber o que se pretende atingir

com o evento, ou seja, quais os objetivos empresariais. Kotler e Keller (2006)

sinalizam oito motivações aos eventos e experiências:

Criar identificação com um mercado-alvo ou com um estilo de vida

específico: oferecendo a este tipo de cliente eventos e experiências que se

conectem com suas atitudes e valores.

Aumentar a conscientização do nome da empresa ou do produto: o

patrocínio de eventos fornece uma boa oportunidade para isso porque há a

constante exposição da marca patrocinadora antes e durante o evento.

Criar ou reforçar as percepções do consumidor quanto a associações-

chave com a imagem da marca: é normal o consumidor associar determinada

marca a um conceito, o qual poderá ser trabalhado no evento, que deverá

fornecer as associações que deseja criar e/ou reforçar.

Para saber mais sobre marketing

direto, visite o site da Associação Brasileira de

Marketing Direto - Abemd:

www.abemd.org.br/

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

Aperfeiçoar as dimensões da imagem corporativa: o patrocínio de eventos

ajuda a reforçar a ideia de que a empresa é bem-sucedida e simpática ao

consumidor, colocando a marca entre as suas principais escolhas.

Criar experiências e provocar sensações: as emoções e sensações vividas

durante um evento são automaticamente transferidas para a marca que o

patrocina e/ou promove. Sendo assim, a empresa deve buscar evitar

sensações negativas e reforçar as positivas.

Expressar compromisso com a comunidade ou com questões sociais: no

caso de eventos e experiências relacionados a uma causa, associando a marca

a uma instituição sem fins lucrativos.

Entreter os principais clientes ou recompensar funcionários-chave:

disponibilizando para os clientes “um lugar especial” no evento (pode ser um

camarote), estreitando os laços com os mesmos e, consequentemente,

abrindo mais espaço para as relações comerciais; oportunizar aos funcionários

a participação nesses eventos, aumentando assim sua autoestima e

motivação.

Permitir oportunidades de divulgação ou promoções: muitas vezes, o

espaço e o momento do evento são usados para sorteios, promoções,

divulgações dentro da loja, etc.

Esses oito pontos nos permitiram ter uma noção da importância que eventos

e experiências têm para o incremento da venda de produtos e serviços, por

envolver o consumidor numa atmosfera de sensações positivas, conectando-

se com seu lado emocional.

2.2.6 Vendas Pessoais

A importância das vendas para o marketing é tamanha que durante um bom

tempo marketing era visto como vendas, ou seja, as pessoas confundiam os

dois como se fosse um único conceito. Tradicionalmente, as vendas são vistas

como esforços da parte do ofertante para garantir as transações, ou seja,

“fazer negócio”. Hoje, as vendas vão além disso; elas são responsáveis

Se você deseja ter

acesso a um manual completo de

organização de eventos

empresariais, acesse o site do

Conselho Federal de Administração: www2.cfa.org.br/publicacoes/manuais

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 02

também por desenvolver um relacionamento saudável e lucrativo com os

clientes em longo prazo.

Las Casas (2006) afirma que, dentre os elementos do composto promocional,

as vendas pessoais merecem atenção especial, pois têm um importante papel

como forma de comunicação direta com o consumidor e, por causa disso, ela

pode ser mais eficaz que as demais ferramentas estudadas até agora.

Os vendedores e representantes comerciais são os responsáveis pelas

atividades de vendas pessoais, fechando o pedido, demonstrando o produto,

negociando, formando uma imagem da empresa e se relacionando com o

cliente. Por isso, a seleção e o gerenciamento da força de vendas de uma

empresa fazem parte de um processo que requer grande cuidado.

Figura 15 - Vendedor durante uma negociação Fonte: www.institutoflaviopereira.com.br

É importante ressaltar, lembra-nos Las Casas (2006), que a venda não é uma

atividade isolada, pois depende de uma estratégia de marketing bem

elaborada. De que adianta ter um bom vendedor para um produto ruim? Ou

uma equipe de vendas bem treinada e um sistema de distribuição falho? Ou

representantes comerciais capacitados sem material promocional para

oferecer ao cliente?

A importância da força de vendas para uma empresa vai depender de uma

série de fatores, a começar pela categoria de produtos. Há certos produtos,

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 02

como determinados equipamentos e maquinários, para os quais a força de

vendas é determinante no fechamento do pedido; já alguns bens de consumo,

como feijão e arroz, por exemplo, não exigem um esforço de vendas muito

elevado para com os consumidores. O nível de concorrência também interfere

na importância das vendas para uma empresa: quanto maior a concorrência,

mais investimento ela deverá fazer para especializar e capacitar os seus

vendedores. Se o público-alvo da empresa for a massa da população, ou

amplos segmentos dela, os esforços de vendas são menores; já no caso de

vendas para nichos, o esforço poderá ser maior, pois se trata muitas vezes de

clientes altamente especializados, exigindo um maior preparo da equipe de

vendas. (LAS CASAS, 2006)

De posse das informações a respeito das principais ferramentas da promoção,

vejamos como aplicá-las no caso de bares e restaurantes.

Quer dicas de como

vender mais e melhor? Assista a

este vídeo: www.youtube.com/watch?v=_4nS8jgn9

VU

ATENÇÃO!

Principais elementos do processo de

comunicação: emissor, receptor, mensagem, meio,

codificação, decodificação,

resposta, feedback e ruído.

Principais ferramentas

promocionais: propaganda, promoção de

vendas, relações públicas,

marketing direto, eventos e

experiências e vendas pessoais.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

3.COMPETÊNCIA 03 | CONHECER AS FERRAMENTAS DE

PROMOÇÃO APLICADAS AOS BARES E RESTAURANTES

No que se refere à comunicação de marketing, ela deve seguir o modelo AIDA

(Atenção, Interesse, Desejo e Ação), ou seja, ela deve chamar a atenção do

público-alvo, gerar o interesse dele para o conteúdo divulgado, despertar o

desejo pelo produto ou serviço anunciado e instigar a ação de consumo pelo

cliente. É essencial conhecer muito bem o produto/serviço, assim como o

público-alvo. Eis aqui a importância da pesquisa de mercado para embasar as

estratégias adotadas pela empresa no seu plano de comunicação.

Outra questão importante é a adaptação da mensagem ao meio onde será

veiculada. A TV, o rádio, o jornal, a internet, etc. possuem características

distintas que precisam ser levadas em consideração na elaboração da

mensagem.

Na TV, pela força da imagem, o texto pode até ser

dispensado; no rádio, ele deve limitar-se a 30 segundos;

nos jornais e revistas deve ser elaborado com frases

curtas; nos folhetos, o texto pode ser maior, pois o

espaço é mais generoso. A internet pode exibir uma

chamada ou banner e remeter o internauta a uma

página interna, mais detalhada. (MARICATO, 2009, p.

115).

Maricato (2009) chama a atenção para o fato da concorrência no ramo de

bares e restaurantes ser muito grande e, por causa disso, a mensagem deve

ter uma chamada que destaque uma novidade, uma promoção ou um

diferencial. É a fase de “Atenção” do modelo AIDA, essencial para que exista o

“Interesse” pelo conteúdo divulgado. A forma (tamanho, cores, textura,

imagens) também deve ser atrativa e, após a chamada, devem-se inserir as

informações essenciais (com letras menores, porém legíveis), tais como:

endereço, especialidade, telefone, se tem manobrista e/ou estacionamento,

se aceita cartão, enfim, tudo o que for contribuir para a escolha do local pelo

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

cliente (“para despertar o desejo”). Caso haja espaço na página impressa,

deve-se avaliar a possibilidade de divulgar outros serviços, como delivery,

salão de festas, música ao vivo, etc., contanto que estas informações não

atrapalhem a assimilação da mensagem principal. A experiência mostra que é

importante usar frases que incitem o cliente à “Ação”: “faça já”, “ligue agora”,

“não perca tempo”, “promoção por tempo limitado”, dentre outras.

Finalmente, o anunciante deve identificar-se através do uso da marca da

empresa, a fim de que fique bem sinalizado, na mente do público-alvo, quem

está enviando a mensagem e para onde se direcionar.

De posse dessas informações, vamos ver como as ferramentas promocionais

se aplicam ao setor de bares e restaurantes:

3.1 Propaganda

Como já vimos, a propaganda é uma forma de comunicação paga pelo

anunciante, em que a mensagem é divulgada através da mídia impressa ou

eletrônica. Para comunicar-se com o seu público-alvo, destacam-se as

seguintes ferramentas na propaganda de bares e restaurantes: anúncios,

folhetos e outdoors.

3.1.1 Anúncio

Segundo o Dicionário Aurélio apud Maricato (2009, p.117), anúncio se define

por:

A mensagem que, por meio de palavras, imagens,

música, recursos audiovisuais e/ou efeitos luminosos,

pretende comunicar ao público as qualidades de um

determinado produto ou serviço, assim como os

benefícios que tal produto ou serviço oferece aos seus

eventuais consumidores.

Em jornais, o anúncio se configura como um espaço limitado no meio da

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

notícia, que se diferencia dos demais conteúdos por conter uma chamada,

texto, imagem e a assinatura do anunciante. Seu formato é quadrado ou

retangular e é definido pelo anunciante, a depender de quanto dispõe de

verba para investir. Ele define o formato pela altura em centímetros e pela

largura em quantidade de colunas do jornal. Observe exemplo na figura 16.

Figura 16 - Anúncio de restaurante em jornal Fonte: www.grazierestaurante.com.br

Já na revista, o comum é utilizar uma página inteira da publicação, ou meia

página, ou ¼ de página, a depender dos formatos disponibilizados pelo

departamento comercial da revista (ver figura 17). Tanto em jornal quanto em

revista, o anúncio pode dispor de um texto relativamente longo (mas não

pode ser cansativo), uma vez que quem está folheando a publicação já está

predisposto à leitura.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Figura 17 - Anúncio de restaurante em revista Fonte: www.rafaelbourne.blogspot.com.br

Maricato (2009) afirma que é muito comum pequenos estabelecimentos

anunciarem em jornais e revistas através de “tijolinhos”, que são pequenos

anúncios de 4 ou 5 cm de altura e largura, que se caracterizam apenas por

serem pequenos destaques dentro das publicações. (Ver figura 18).

No rádio, o anúncio se chama spot e costuma ter 15 ou 30 segundos de

duração. Quando a mensagem é dada em forma de música, se dá o nome de

jingle, que pode ser todo o spot ou parte dele. A produção de um spot é mais

trabalhosa do que de um anúncio impresso, pois envolve uma produtora,

locutores, cantores, músicos, etc.

Figura 18 - Tijolinho em revista de bairro Fonte: www.emcondominios.com.br

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

Na TV, o anúncio recebe o nome de comercial e tem como tempo de duração

padrão 30 segundos; embora o anunciante possa contratar de 15 segundos a

2 minutos de espaço de mídia para cada comercial. A produção para a TV,

assim como o espaço publicitário, custa muito mais do que os demais meios,

pois envolve, além de toda a estrutura de som, também a de imagem. Os

valores de cada espaço de mídia variam de emissora para emissora de rádio

e/ou TV e de acordo com a programação. Programas com mais audiência

custam mais caro.

3.1.2 Folheto

Os folhetos podem ser panfletos (impressos sem dobras), folders (impressos

com dobras), catálogos, dentre outros. É o formato “mais prático e usado

recurso de propaganda para divulgar um estabelecimento” (MARICATO, 2009,

p. 118). Formato, tamanho e material de impressão dependem dos recursos

disponíveis, do conteúdo que se quer passar para o cliente e do tipo e nível do

estabelecimento. O importante é que a qualidade e a mensagem sejam

compatíveis com o padrão do restaurante ou do bar.

No folheto, é possível fornecer uma série de informações, como os

diferenciais do estabelecimento, a foto de pratos e/ou petiscos, a chamada de

promoções e eventos, o depoimento de clientes, a imagem dos ambientes

interno e externo, a apresentação do chef, endereço, telefone e informações

adicionais, o que depende do objetivo da publicação.

Se for divulgar a inauguração de um restaurante, por exemplo, Maricato

(2009) sugere que se coloque uma foto da casa e a proposta do

estabelecimento. Se o chef for famoso, pode-se explorar sua imagem diante

da casa ou de um prato. Caso contrário, pode ser usada a foto de um prato ou

de um drinque, a depender do foco que se queira dar.

Se o local já é conhecido, pode ser explorado um cliente famoso, para

destacar o estabelecimento, ou divulgar promoções (prato do dia, sorteios,

descontos, brindes), melhorias (“agora com manobrista”), eventos (“festival

Assista a um

comercial para a TV (www.youtube.com/watch?v=erOimFIQ

OuU) e escute um spot de rádio

(www.youtube.com/watch?v=o2jHwbJ

Of8E) para restaurante.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

gastronômico”), apoio a campanhas comunitárias (“doação de agasalhos no

inverno”), etc.

Observe o folheto da figura 19, da inauguração de um bar e restaurante.

Preferiu utilizar a imagem de um prato e de um ambiente interno na capa e

disponibilizar o cardápio no verso.

Figura 19 - Folheto de restaurante – panfleto frente e verso Fonte: rodoxpropaganda.wordpress.com

Um ponto importante e vital no que diz respeito aos folhetos é a forma de

distribuição. Ela deve ser feita levando-se em consideração o público-alvo

(MARICATO, 2009): se para jovens (no caso de um bar com música

contemporânea, por exemplo), adultos com renda média alta (restaurante

francês), trabalhadores da região do estabelecimento (comida a quilo ou

restaurante que só abre para o almoço), etc.

Se o público-alvo é da própria região, pode ser feita a entrega nas casas, nos

escritórios, nas portarias dos prédios, nos sinais de trânsito, estabelecimentos

comerciais locais, encartado nos jornais de bairro, dentre outros. O

empresário pode (e deve) usar sua própria lista de contatos para fazer a

distribuição: fornecedores, amigos, parentes, lista de clientes, ex-colegas de

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

trabalho, dentre outros. (MARICATO, 2009).

3.1.3 Outdoor

É uma grande placa colocada em estradas e centros urbanos, formado por 36

grandes folhas impressas que são coladas de maneira a formar uma grande

mensagem publicitária. Permite o uso de texto e imagem, e sua mensagem

deve ser rápida e impactante, pois é visualizada por motoristas, passageiros e

pedestres que passam por ele.

Hoje em dia, vale destacar que os outdoors têm inovado no que diz respeito

às possibilidades de uso de lona (em vez de papel impresso), apliques que

extrapolam os limites do retângulo da placa, iluminação e tudo o que a

imaginação e o orçamento permitirem. Uma campanha em outdoor fica

disponível normalmente por 15 dias, podendo ser estendida por mais 15 dias,

a depender da disponibilidade da placa e das condições da peça. Para gerar

um impacto relevante, é necessária a colocação de pelo menos 10 unidades

(chegando a 50, nas maiores capitais), o que encarece a campanha e torna o

formato, muitas vezes, pouco acessível a donos de bares e restaurantes nas

grandes cidades. (MARICATO, 2009).

Figura 20 - Outdoor de restaurante com aplique de seta indicativa Fonte: www.escena.com

Uma opção interessante para diminuir os custos é utilizar os minidoors, placas

que possuem tamanho menor do que o outdoor e ocupam espaços em que

este não cabe, como pequenos terrenos, trechos de estrada, muros, etc.

Uma localização estratégica para os outdoors é na entrada das cidades, pois

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

ajudam a informar turistas e visitantes sobre as opções locais.

3.1.4 Internet

A Internet, pelo número de pessoas conectadas, pode ser considerada uma

mídia de massa e, como tal, oferece grandes oportunidades para as empresas

divulgarem seus produtos e serviços. Algumas formas de fazer isso são através

de e-mail marketing, páginas em redes sociais, promoções em sites de compra

coletiva, banners em portais e em sites relacionados à área de interesse.

O e-mail marketing é o envio de um folheto eletrônico para a caixa de

mensagem dos clientes cadastrados. Vamos tratar dele especificamente

quando falarmos de marketing direto.

As redes sociais oferecem grandes possibilidades de divulgação. Hoje em dia,

aqui no Brasil, o Facebook tem-se destacado entre os usuários, e é

interessante a empresa elaborar uma página contendo fotos, promoções,

eventos e abrindo um canal de interação direta com o público-alvo (observe

figura 21). O Twitter também é uma boa opção para mensagens curtas

contendo links para o site da empresa ou para outro endereço na net. Existem

ainda redes sociais especializadas em determinados assuntos. A Facebar, por

exemplo, é uma voltada especificamente para o tema bares e restaurantes.

Veja figura 22.

Figura 21 - Página de bar no Facebook Fonte: www.facebook.com/botecoteresinaoriginal

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

Figura 22 - Facebar (a rede social de bares e restaurantes) Fonte: www.facebar.com.br

Os sites de compra coletiva têm sido uma verdadeira “febre” há algum tempo

e proporcionam vantagens para anunciantes e compradores. Para os

anunciantes, é a possibilidade de fazer as pessoas conhecerem seu

estabelecimento, através da oferta de serviços e produtos por preços bem

abaixo dos praticados no mercado. A ideia é que, havendo um número

mínimo “x” de compradores, o valor de um prato, ou de uma refeição ou

petisco, ou bebida, enfim, do item promocional, saia bem mais barato do que

o cliente pagaria consumindo individualmente. Para o cliente, é uma boa

oportunidade de frequentar locais que normalmente não teria condições, ou

consumir por um preço baixo. Veja exemplo de promoção de um restaurante

num site de compra coletiva na figura 23.

Figura 23 - Promoção em site de compra coletiva Fonte: www.groupon.com.br

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Se o bar tiver seu próprio site, tem maiores possibilidades de divulgação na

Rede, pois fica mais fácil interagir com outras ferramentas digitais e

redirecionar o usuário de um lugar para outro na Internet. Neste caso,

recomenda-se que a página inicial contenha os dados básicos da casa, como

telefone, e-mail, endereço, cardápio, carta de vinhos, etc. Também deve

conter nas páginas fotos do estabelecimento, a história, as personalidades

que o frequentaram, os eventos que ocorreram, as promoções, fotos do chef,

de pratos, drinques, dentre outros. O horário de funcionamento, as formas de

pagamento e a informação se a casa cobra consumação mínima ou couvert

artístico também são necessários (MARICATO, 2009). O site funciona como

um cartão de visitas do estabelecimento e deve, portanto, conter os

diferenciais do mesmo, dando destaque para o que ele tem de melhor.

O estabelecimento também pode divulgar em sites e portais de terceiros

(como aqueles relacionados a entretenimento e lazer, ou mesmo os

referentes aos jornais locais, por exemplo). Os portais são sites maiores, com

bastante conteúdo e várias seções para o internauta navegar e interagir.

Observe as figuras 24 e 25.

Figura 24 - Site de bar no Recife Fonte: www.spiritbar.com.br

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

Figura 25 - Reportagem com Divulgação de restaurante em portal Fonte: www.pernambuco.com

Vamos agora analisar as promoções de vendas aplicadas a bares e

restaurantes.

3.2 Promoção de Vendas

Conforme já foi explicado no capítulo 3, a promoção de vendas é uma

ferramenta promocional que se propõe a gerar um retorno de curto prazo, ou

seja, levar o público-alvo a consumir o produto ou serviço rapidamente. Para

isso, utiliza estímulos especiais, como descontos, oferta de brindes, preços

diferenciados por dia e/ou horário, sorteios, concursos, etc.

Um bar ou restaurante, quando vai inaugurar, pode fazer uma promoção de

lançamento, oferecendo sobremesa ou refrigerante grátis, por exemplo. No

caso de restaurantes mais frequentados à noite, com pratos mais requintados

e caros, se o objetivo for atrair clientes para o horário do almoço, pode fazer

promoção de pratos especiais com preços atrativos para o almoço. Se for um

bar da moda, pode lançar um concurso entre seus frequentadores da melhor

frase para a campanha de Dia dos Namorados, por exemplo, ofertando um

voucher com uma quantia para o vencedor gastar na casa. As opções são

inúmeras; tudo vai depender dos objetivos do estabelecimento e da

criatividade dos empresários.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Figura 26 - Promoção de vendas de bar em São Paulo Fonte: www.facebook.com/redewestbar

Para divulgar uma promoção de vendas, o bar ou restaurante pode utilizar-se

da propaganda (através de folheto ou outdoor, por exemplo), se seu objetivo

for atrair o público para o estabelecimento; caso queira estimular o consumo

de algum produto específico, pode usar materiais de divulgação no próprio

local, como cartazes e displays – em mesas, banheiros, portas, etc. –

cardápios, ou mesmo os garçons, verbalmente, ou por meio de suas roupas,

bonés e bottom.

Figura 27 - Display de mesa em restaurante (promoção prato do dia) Fonte: www.nuvon.com.br

A promoção de vendas também pode ser feita internamente, para a equipe

de atendentes, de forma a estimular a venda de determinado produto. É

muito comum as pessoas pedirem a opinião dos garçons a respeito de

determinados pratos e bebidas, o que pode ocasionar uma excelente

oportunidade para o empregado estimular o consumo do produto em

questão. Nesse caso, a promoção de vendas é feita de maneira a beneficiar

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

com brindes, comissões ou prêmios àquele(s) que mais pedidos tiver

registrado do produto em questão. Por exemplo, um bar que queira estimular

o consumo do frango à passarinha pode, além de colocar um preço especial

no prato e fazer a divulgação com cartazes e displays de mesa, lançar um

incentivo ao garçom que mais vender o prato, oferecendo a ele um voucher

para gastar com a família no bar, ou uma comissão diferenciada no fim do

mês.

O espaço do bar ou do restaurante pode também ser usado por parceiros

(como fabricantes e fornecedores) para divulgar suas promoções em parceria

com o estabelecimento. Uma empresa de bebidas pode “ativar” o bar com

vários materiais que estimulem o consumo de uma bebida com benefícios ao

cliente, ou levar promotores vestidos com roupa da marca para fazer ações de

degustação e/ou distribuição de brindes, por exemplo. Observe a figura 28,

que mostra a campanha promocional da Brahma, que ofertava copos

colecionáveis para os clientes que consumissem 3 chopps + R$ 4,00. Nesse

caso, a empresa aproveitou a ocasião da Copa do Mundo para elaborar copos

com ilustrações feitas por cartunistas, explorando a temática das Copas

vencidas pelo Brasil. Foram utilizados diversos materiais, como faixas, displays

de mesa e de balcão, galhardetes, dentre outros.

Figura 28 - Promoção da Brahma em bares Fonte: www.ambev.com.br

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Vejamos como se processa o trabalho de Relações Públicas em bares e

restaurantes.

3.3 Relações Públicas

Como já foi visto, cabe às Relações Públicas criar ou reforçar a imagem da

empresa no mercado, através de um relacionamento saudável desta com

todos os seus públicos de interesse (stakeholders), como funcionários,

governo, imprensa, fornecedores, acionistas, parceiros, comunidade,

sindicatos, etc.

No caso de bares e restaurantes, uma das funções do profissional de Relações

Públicas é atrair eventos agendados na cidade e buscar potenciais clientes em

empresas, universidades e outros locais. (MARICATO, 2009). Ele precisa

também criar mecanismos para se comunicar com todos os públicos do

estabelecimento. Veremos agora algumas atividades em que o profissional de

Relações Públicas é relevante.

3.3.1 Publicações Internas e Externas

Uma maneira de reforçar a imagem do restaurante ou do bar é através da

elaboração de publicações. Elas podem ser direcionadas para o público

externo ou interno e são gerenciadas pelo profissional de relações públicas.

No caso de serem voltadas para o público externo, uma boa opção são

periódicos mensais distribuídos aos clientes que visitam a casa, ou enviados

por correio para o endereços dos clientes cadastrados. Dessa forma, o ideal é

que o jornal enfatize os diferenciais, traga receitas, anuncie promoções e

eventos, novidades da cidade e/ou do bairro, além de conter espaço para

destacar clientes especiais e seus aniversários e trazer humor e diversão.

(MARICATO, 2009). O autor ressalta que uma tendência atual é a publicação

de livros contendo a história do restaurante, para serem distribuídos em

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

eventos ou mesmo vendidos. O recurso é indicado no caso de

estabelecimentos tradicionais e com uma imagem consolidada no mercado.

No caso de jornais internos, são os chamados house organs, e têm como

público-alvo os funcionários. É indicado para uma rede de restaurantes e

grandes franquias, com várias unidades distribuídas geograficamente. A ideia

da publicação é trazer novidades, destaques de funcionários, mudanças na

gestão, resultados de promoções e competições internas, projetos

filantrópicos, dentre outros. Contribui, assim, para formar uma cultura de

equipe. (MARICATO, 2009).

3.3.2 Assessoria de Imprensa

Maricato (2009) afirma que, juntamente com a propaganda em meios

eletrônicos, a forma mais eficiente de divulgar bares e restaurantes é através

de reportagens especiais em revistas e jornais. Cabe à assessoria de imprensa

do estabelecimento (formada normalmente por jornalistas) conseguir uma

nota ou uma publicação na mídia impressa.

Atualmente, quase todos os jornais possuem cadernos especiais dedicados a

divulgar roteiros de bares e restaurantes (em geral nas sextas-feiras).

Restaurantes e bares também são muito citados em colunas sociais ou em

qualquer caderno que cite uma personalidade famosa que frequentou o local.

Existem revistas semanais e mensais que dão destaque ao setor, como a

Playboy, que sempre divulga roteiros gastronômicos, bem como as seções dos

cadernos regionais da Veja. Além delas, existem revistas especializadas,

voltadas especificamente para o tema. Aqui em Pernambuco, temos como

exemplo a Revista Engenho de Gastronomia.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Figura 29 - Diversas edições da Revista Engenho de Gastronomia Fonte: www.diariodepernambuco.com.br

Para obter este espaço em forma de notícia, normalmente o estabelecimento

não paga nada. Tudo depende da atuação de uma boa assessoria de

imprensa. Ela pode ainda convidar personalidades para almoçar ou jantar no

estabelecimento, pedir para tirar foto e depois divulgar para jornais e revistas

(com autorização da pessoa, é claro, para não correr o risco de ser antiético).

À assessoria de imprensa compete dar visibilidade ao estabelecimento e, para

tanto, é necessário estar munida do máximo de informações a respeito de

tudo o que acontece e está para acontecer no bar ou restaurante e emitir as

notícias para as redações através de um documento chamado press-release,

um texto com a notícia a ser divulgada. A partir daí, o jornal verá se tem

interesse em divulgar o conteúdo enviado e, em caso positivo, publica em

forma de nota ou matéria, entrevista com o proprietário, com o passo a passo

de uma receita, etc.

Mas não basta enviar releases; o assessor de imprensa deve telefonar, fazer

visitas às redações, sugerir pautas em que possa incluir seu cliente, sugerir ao

proprietário eventos que gerem repercussão, enfim, aproveitar cada

oportunidade que surgir. (MARICATO, 2009).

A menção do estabelecimento em um guia especializado em gastronomia é

algo de bastante relevância para o setor. O mais conhecido nacionalmente é o

Guia Quatro Rodas, criado em 1966, na ocasião encartado na Revista Quatro

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

Rodas, e atualmente, independente, pela relevância que assumiu. Sua

periodicidade é anual. Além dos pratos, aspectos como categoria do

estabelecimento, conforto, atendimento, apresentação e desempenho dos

funcionários também são avaliados e informados ao leitor, assim como

existência de manobrista, estacionamento, formas de pagamento e preço

médio de uma refeição.

Guias eletrônicos têm surgido nos últimos tempos, assim como publicações da

Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), ampliando as

possibilidades de divulgação dos estabelecimentos.

Programas de rádio e TV também podem ser espaço para reportagens sobre

os estabelecimentos, como aqueles voltados para receitas e casas noturnas.

Vejamos alguns exemplos:

Elza Nunes e sua mãe, Maria Lucia Nunes, do

restaurante Dona Lucinha, com sede em Belo Horizonte

e filial em São Paulo, frequentemente são chamadas

para explicar receitas de culinária mineira. Graças a seu

programa diário na televisão, o chef Allan Vila Espejo viu

sua clientela aumentar tanto que já abriu seis filiais do

Dom Pepe di Napoli. (MARICATO, 2009, p. 136).

Outra forma de atuação é através do convite, por parte da assessoria de

imprensa, a críticos de gastronomia para conhecer o estabelecimento, o que

ocorre principalmente na inauguração. Nesses casos, o crítico não paga pelos

pratos que experimenta e, caso goste da comida, pode escrever matérias

sobre o local e os pratos que experimentou. Entretanto, é importante que o

restaurante ou o bar tenha segurança no seu serviço e na qualidade da sua

comida, a fim de que o crítico não fique insatisfeito e venha a divulgar

comentários negativos a respeito do estabelecimento, ou ignorá-lo. Se os

críticos vão por conta própria, preferem comer, pagar e, só depois, se

identificar. Se não gostarem, muitas vezes saem sem se apresentar.

Visite o site da

Abrasel e fique por dentro das

novidades do setor: www.abrasel.com.b

r/

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

(MARICATO, 2009).

Vejamos agora como se processa a divulgação através do Marketing Direto.

3.4 Marketing Direto

Conforme já foi visto, Marketing Direto refere-se a estratégias de

comunicação que impactam diretamente o público-alvo, sem utilizar um meio

de comunicação de massa para isso. A mensagem chega diretamente até ele,

pelo correio regular, correio eletrônico, ligações telefônicas, dentre outros.

Para tanto, é primordial que a empresa possua uma lista de endereços,

telefones e e-mails de seus clientes, além de um banco de dados atualizado,

contendo informações sobre o consumo do cliente (a frequência com que vai

ao seu estabelecimento, o que consome, seu ticket médio – ou seja, quanto

sua conta dá em média, enfim, tudo o que puder saber a respeito dele e de

seus hábitos). As informações serão usadas para uma comunicação eficaz

junto a ele. Por exemplo: conhecendo o time para o qual seus clientes torcem,

é possível convidá-los para eventos e jogos da equipe que aconteçam no bar;

se ele costuma gastar muito toda a vez que vai a seu restaurante, é um

potencial convidado para um evento requintado que venha a acontecer no

local; se você sabe sua data de aniversário, pode enviar um e-mail marketing

para seu endereço eletrônico, felicitando-o e oferecendo um cupom de

desconto para ele fazer sua festa no bar. As possibilidades são inúmeras, pois

dependem das necessidades dos clientes e dos objetivos do estabelecimento.

Vejamos algumas ferramentas do marketing direto.

3.4.1 Mala-Direta

A mala direta é uma correspondência publicitária ou promocional, que vai

chegar diretamente no endereço do cliente, seja através de correio ou de

outro meio, como empresas especializadas que fazem estas entregas, por

exemplo. O ideal, para haver maior possibilidade de retorno positivo, é que a

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

mala-direta seja entregue ao público-alvo específico do remetente. Não teria

sentido entregar uma mala-direta divulgando um evento de rock que terá

lugar no seu bar para seus clientes idosos. De maneira geral, este público não

se interessa por rock. Em outra situação, se o seu restaurante vende comida a

quilo, não faz sentido postar malas-diretas para moradores do outro lado da

cidade, pois o principal benefício que os clientes deste tipo de

estabelecimento procuram é a proximidade. No caso de restaurantes

especializados, com um verdadeiro diferencial, a mala-direta pode ser enviada

para qualquer lugar da cidade (contanto que esteja de acordo com o perfil do

público do restaurante), pois os clientes estão dispostos a se deslocar para

conhecê-los. (MARICATO, 2009).

Maricato (2009) afirma que, por ser uma propaganda “sob medida”, a mala-

direta oferece a possibilidade de personalizar a mensagem. Atualmente

existem softwares que marcam o nome de cada cliente em campanhas

comuns a todos.

Para ser mais efetiva, indica-se que a mala-direta traga alguma vantagem para

os clientes, brindes, descontos, promoções, novidades sobre o

estabelecimento, convite para eventos, enfim, que ela seja diferenciada da

propaganda que ele vê nos meios de comunicação.

Figura 30 - Mala-direta de restaurante Fonte: www.laotseag.blogspot.com.br

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Estima-se que o retorno de uma mala-direta pode chegar a 2 ou 3%, principalmente se ela tiver as características que citamos. É essencial que a mensagem se diferencie da concorrência, seja atrativa, traga algo que realmente interesse ao cliente, pois recebe inúmeras correspondências de empresas durante a semana e pode terminar não dando a devida atenção à sua. Observe a figura 30: a mensagem de capa instiga a curiosidade do destinatário, levando-o à abertura da correspondência, que contém a divulgação de uma semana promocional do restaurante, com imagens que estimulam o consumo do produto.

Vejamos como o marketing direto se processa através da Internet.

3.4.2 E-mail Marketing

É uma forma de comunicação que chega diretamente no e-mail do

destinatário. Este recurso tem um custo muito baixo, porém com alguns

pontos negativos: normalmente, se o cliente não conhece o remetente da

mensagem, a exclui antes mesmo de abri-la (por isso a importância de ter

uma chamada atraente); em alguns casos, são consideradas spams aquelas

mensagens indesejadas e não autorizadas, as quais muitas vezes nem chegam

à caixa de entrada do destinatário, sendo automaticamente filtradas para a

lixeira; mesmo quando autoriza o envio, o cliente se sente invadido se o

estabelecimento envia muitas mensagens num espaço de tempo reduzido. A

empresa tem que ter consciência de que esta ferramenta é muito útil, só que

deve ser usada para fins de interesse do cliente, como para informar a

respeito de novidades, lançar promoções, interagir com clientes frequentes,

convidar para eventos, etc. Ela também pode ser usada para fazer pesquisa,

oferecendo brindes, descontos e cupons para quem responde.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

Figura 31 - E-mail marketing de restaurante (Dia das Mães) Fonte: www.proveonline.com.br

3.4.3 Telemarketing

O telemarketing é uma forma de comunicação planejada e sistemática pelo

telefone. Serve para “divulgar produtos, reativar contas e relembrar clientes,

mas também para pesquisa, aferição de satisfação e complementação de

campanhas na mídia”. (MARICATO, 2009, p. 127).

Para atingir os objetivos, é preciso uma equipe preparada e sensível para lidar

com o cliente do outro lado do telefone, que normalmente não está

predisposto a interromper o que está fazendo para escutar a informação. A

atividade requer cuidado no uso da ferramenta para não gerar rejeição por

parte do cliente.

Segundo Maricato (2009), a vantagem do telemarketing é sua agilidade, uma

vez que são percebidos imediatamente os resultados das estratégias traçadas.

Se um bar pretende convidar seus clientes para um evento e quer ter uma

noção exata de quantos irão efetivamente, por telefone conseguirá obter a

resposta mais rapidamente.

O telemarketing pode ser receptivo também, ou seja, ele atende as ligações

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

dos clientes. A diferença do atendimento tradicional por um funcionário da

empresa pode ser notado neste exemplo:

Existe uma grande diferença entre uma simples

conversa pelo telefone e o telemarketing. No primeiro

caso, o cliente pode ligar para um restaurante pedindo a

reserva de uma mesa, e o funcionário simplesmente

dizer que a casa não aceita reservas ou sequer saiba

responder. No telemarketing, o operador dá a mesma

informação, acrescentando, porém, que se o freguês

chegar até determinada hora dificilmente terá

dificuldade para ser atendido. Pode acrescentar que, se

precisar aguardar, será por poucos minutos – num bar

acolhedor, tomando um drinque por conta da casa. O

operador poderá terminar dizendo que o cliente terá

uma ótima refeição e com certeza não se arrependerá.

(MARICATO, 2009, p. 128).

A seguir, entenderemos a comunicação por eventos e experiências.

3.5 Eventos e Experiências

Conforme já foi pontuado no capítulo anterior, eventos são excelentes

oportunidades para que a empresa se conecte emocionalmente com o seu

cliente, uma vez que oportunizará a ele uma experiência positiva relacionada

à marca, o que acaba gerando um vínculo emocional entre cliente e empresa.

Não é verdade que ficamos vendo um local de maneira positiva quando

vivemos uma experiência boa nele?

No caso de bares e restaurantes, são inúmeras as possibilidades para fazer

esta conexão com o consumidor. Datas comemorativas, como Dia dos

Namorados, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia das Mães, Natal e Reveillón

oferecem grandes oportunidades aos estabelecimentos. Que tal criar um

evento de Reveillón para o seu bar, com a cobrança de ingresso, atrações

interessantes e promoção especial de algum tipo de bebida (que pode ser

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

feita em parceria com a empresa de bebida) ou de petisco? Ou a possibilidade

de um Dia das Mães diferente para os clientes “VIP”, com a oferta de flores

para as mães presentes? Quem sabe até um restaurante frequentado por

famílias que, no Dia das Crianças, elaborasse toda uma programação voltada

para os pequenos, com recreadores, parquinho, brincadeiras, etc.?

Eventos esportivos, como campeonatos estaduais e nacionais de futebol, ou a

Copa do Mundo, dão aos bares e restaurantes a oportunidade de elaborar

programações especiais para os dias de jogos, com a transmissão pelo telão,

decoração voltada para a temática, promoção de chope e de um petisco que a

casa queira que as pessoas consumam, por exemplo.

Inauguração e aniversário do estabelecimento também são excelentes

oportunidades de se conectar com o seu público-alvo. Nesses casos, é

interessante o estabelecimento elaborar um evento fechado com a

distribuição de convites para um público seleto, ou aberto ao público com

uma programação diferenciada. No caso de inaugurações, há algumas

especificidades importantes de destacar (MARICATO, 2009):

Mesmo sendo para um público seleto, a inauguração pode ser divulgada

na mídia, para que todos saibam do início das atividades do estabelecimento,

se este for o objetivo do empresário (é importante, nesse caso, a atuação de

uma boa assessoria de imprensa).

Outra possibilidade de inauguração é o soft open, evento discreto,

gradual, para poucos convidados, amigos, parentes e clientes potenciais.

Neste caso, é preciso ter a certeza de que seus convidados irão prestigiar o

evento, para não perder a oportunidade de divulgação da casa.

No caso de restaurantes, a abertura gradual é útil para aperfeiçoar o

atendimento e a cozinha antes de abrir para o grande público.

É muito comum a chamada pré-inauguração, evento voltado para a

imprensa especializada. Aqui, a equipe de cozinha e de atendimento já deve

estar muito bem preparada, para não gerar repercussão negativa.

Convidar

personalidades para a inauguração de

um estabelecimento também é uma

estratégia interessante, pois

gera repercussão e se torna notícia

espontânea. Veja exemplo:

http://gente.ig.com.br/2012-12-

07/thiago-martins-e-giovanna-

lancelotti-vao-a-inauguracao-de-

bar-de-caio-castro.html

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

A seguir, enfatizaremos outras formas de promoção para bares e

restaurantes.

3.6 Outras Formas de Divulgação

Como temos visto neste capítulo, são inúmeras as possibilidades de

divulgação de bares e restaurantes. O importante é que elas sejam coerentes

com os objetivos da empresa e com o seu perfil e que sejam dirigidas ao

público-alvo correto, com a utilização de recursos e meios de comunicação

adequados. A depender do perfil do estabelecimento, ainda existem outras

formas de divulgação a serem utilizadas:

Merchandising: normalmente o espaço do restaurante ou do bar é usado

como mídia por empresas parceiras, por meio de negociação. Assim, a marca

dessas empresas é exposta em back-lights ou front-lights no balcão do bar ou

em outro local dentro do estabelecimento; em garrafas de tamanho normal,

colossal ou miniatura; em geladeiras adesivadas, porta-guardanapos, toalhas

de mesa, aventais dos garçons; em mesas e guarda-sóis; em balcões e painéis

de fachada, etc.

Figura 32 - Merchandising da Coca-Cola em restaurante Fonte: www.promobox.ag

Divulgação no interior do estabelecimento: tudo o que um

estabelecimento faz para divulgar seus produtos e serviços dentro do espaço

que ocupa. Pode usar folhetos sobre os balcões e mesas, cartazes, banners,

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 03

mensagens em displays de mesa ou grampeadas no cardápio, jornaizinhos

distribuídos aos clientes, adesivos nos toaletes, sistema de som interno, etc.

Os objetivos desta publicidade interna podem ser: informar a clientes que só

frequentam o estabelecimento em determinado horário sobre o que está

disponível em outros dias e horários; informar sobre a cozinha e o

funcionamento do local; divulgar promoções e eventos que acontecerão no

bar ou restaurante, dentre outros. (MARICATO, 2009).

Figura 33 - Display de mesa anunciando promoção em restaurante Fonte: www.zeroarts.com.br

Faixa em avião ou barco: ideal para locais de praia, durante o verão.

Homem-sanduíche: pessoa que carrega uma placa na frente e outra nas

costas e fica circulando pelas ruas movimentadas. Recomendado para

estabelecimentos populares.

Carro de som: muito usado para divulgar shows e promoções. Assim como

o homem-sanduíche, recomendado para estabelecimentos populares.

Placa luminosa na fachada: chama atenção e divulga a marca.

Lista telefônica: importante meio de divulgação. É essencial que bares e

restaurantes tenham seus nomes, endereços e telefones de contato incluídos

nas listas impressas e online, para consulta pelo cliente potencial.

Placas em bicicletas ou triciclos: chamam a atenção e circulam pela

cidade. Para estabelecimentos mais populares.

ATENÇÃO!

Propaganda: é paga, utiliza meios de comunicação de massa. Algumas

ferramentas: anúncios impressos e eletrônicos, folhetos, outdoor e internet.

Promoção de vendas: paga, estímulo para

resposta de curto prazo. Pode utilizar a propaganda e outros

meios para ser divulgada. Externa

ou interna.

CONTINUA...

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 03

Veículos: ônibus, táxis e mesmo carros particulares podem ser adesivados

no vidro traseiro ou na porta com a marca e/ou a mensagem publicitária do

bar ou restaurante.

Balões: são bastante usados para expor a marca do estabelecimento em

eventos.

Painéis eletrônicos: em rodoviárias, aeroportos, shopping centers,

estádios, empresariais, etc. contendo informação publicitária.

Faixas: Muito usadas em bares populares para a divulgação de promoções

e eventos. Exige atenção para limitações e regras da prefeitura local.

Conhecidas as diversas formas de um bar ou restaurante se comunicar com

seu público-alvo, veja como a empresa deve proceder quando o cliente fica

insatisfeito, e o que é permitido ou proibido ao estabelecimento fazer, de

acordo com o Código de Defesa do Consumidor.

...CONTINUAÇÃO

Relações públicas: não paga.

Responsável pela imagem corporativa. Pode utilizar-se das

seguintes ferramentas:

publicações internas e externas e assessoria de

imprensa.

Marketing direto: comunicação dirigida ao consumidor. Tem a vantagem de poder

ser direcionada e mais facilmente

mensurada quanto ao retorno. Pode

utilizar mala-direta, e-mail marketing e

telemarketing.

Eventos e experiências:

envolve o consumidor no

âmbito emocional. São boas

oportunidades para bares e restaurantes: inaugurações e datas

comemorativas.

Outras formas de divulgação:

merchandising e divulgação no

interior do estabelecimento,

dentre outras.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 04

4.COMPETÊNCIA 04 | ENTENDER NOÇÕES DO CÓDIGO DE DEFESA

DO CONSUMIDOR E COMO LIDAR COM CONFLITOS E

RECLAMAÇÕES

Quando se está ofertando um serviço, recomenda-se que tudo corra bem

desde a primeira experiência do cliente, pois é com base nesta experiência

que ele irá retornar ao seu estabelecimento ou contratar novamente seu

serviço. Entretanto, como todo serviço é prestado por pessoas e, além disso,

muitas vezes depende de uma série de procedimentos e equipamentos, a

ocorrência de falhas é uma realidade que não se pode ignorar.

Todo mundo que pretende gerenciar um negócio de bar e restaurante deve

aprender a lidar com as possíveis situações adversas e estar preparado para

responder adequadamente quando elas ocorrerem. Sendo assim, é

importante ter alguns conceitos em mente a respeito de como se processa a

reclamação por parte dos clientes e como recuperá-los quando frustrados, e

conhecer o Código de Defesa do Consumidor. É o que falaremos neste

capítulo.

4.1 O Comportamento de Reclamação do Cliente

De acordo com Lovelock e Wright (2001), quando o cliente experimenta uma

falha no serviço, ele pode optar por um desses quatro caminhos principais:

Não fazer nada;

Reclamar por meio de algum formulário;

Agir por meio de uma terceira parte (organização de defesa do

consumidor – PROCON, órgãos regulamentares ou de assuntos do consumidor

– ANATEL, ANEEL, etc., ou varas civis);

Trocar de fornecedores ou desencorajar outras pessoas de utilizar o

serviço (boca a boca negativo).

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 04

Os autores informam ainda que pesquisas no mundo todo indicam que a

maioria das pessoas não reclama dos serviços; ou, quando fazem para o

pessoal de contato com o cliente, muitas vezes não chega aos ouvidos do

gerente. Ou seja, a grande maioria dos clientes insatisfeitos simplesmente

deixa de fazer negócio com a empresa e sai falando mal dela para parentes e

familiares. Segundo essas pesquisas, existem três razões principais para os

clientes não reclamarem:

Acham que não vale a pena o esforço e o tempo envolvidos na

reclamação, em relação ao serviço prestado;

Chegam à conclusão de que ninguém se preocupa com o seu problema ou

em resolvê-lo;

Não sabem aonde ir e o que fazer para reclamar.

Em outros casos, a cultura do local ou o contexto também influenciam na

opção por não reclamar. Em alguns países da Europa, por exemplo, considera-

se mau comportamento dizer ao pessoal de contato com o cliente (em

restaurantes, principalmente) que está insatisfeito com o serviço ou a

refeição, quase como se aquela fosse uma relação anfitrião-convidado. No

Japão, algumas pessoas afirmam que se sentem sem jeito, constrangidas de

reclamar.

Figura - 34-Cliente insatisfeito no boca a boca negativo Fonte: www.vivikey.blogspot.com.br

De acordo com Lovelock e Wirtz (2006), quando as pessoas reclamam, elas

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 04

querem:

1) Obter restituição ou compensação: recuperar prejuízo econômico ou ter o

serviço executado novamente.

2) Dar vazão à raiva: recuperar a autoestima e dar vazão à raiva ou

frustração.

3) Ajudar a melhorar o serviço: quando estão muito envolvidos com o serviço

(como é o caso de bancos, universidades, etc.). pretendem obter um serviço

melhor no futuro.

4) Por razões altruístas: evitar que outros clientes passem o mesmo que eles.

A ausência de reclamação seria positiva para a empresa? Claro que não! O

ideal é que os clientes reclamem, pois assim estarão oferecendo a ela a

oportunidade para corrigir um problema e recuperá-los, melhorando

consequentemente o processo para os demais clientes. (LOVELOCK &

WRIGHT, 2001).

Fica claro, portanto, que o papel de qualquer empresa é, em primeiro lugar,

treinar, capacitar e motivar a sua equipe de forma a minimizar as falhas no

processo de prestação de serviços; em segundo lugar, facilitar o processo de

reclamações por parte do cliente, através de ouvidoria, SAC, 0800, pesquisa

de opinião, e-mail, etc. É importante ressaltar, entretanto, que não é

suficiente abrir um canal para o cliente reclamar; ele espera uma resposta

justa e conveniente à sua reclamação.

De acordo com Lovelock e Wirtz (2006), o cliente deseja que a empresa

assuma a responsabilidade pela falha cometida (início do processo); dê uma

explicação para a falha a faça um esforço autêntico, honesto e cortês para

resolver o problema (ação); e finalmente, o compense pelos prejuízos e

inconveniências que sofreu por causa da falha (resultado).

Sabendo disso, o procedimento ideal de um restaurante ou bar que sofre

falha na prestação de serviço e recebe a reclamação por parte do cliente

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 04

seria: escutá-lo educadamente e reconhecer a falha; explicar a falha,

desculpando-se, e tomar as providências necessárias para resolvê-la; e

compensar o cliente, talvez oferecendo a bebida ou a sobremesa, ou dando

um voucher para novo consumo; enfim, existem inúmeras alternativas a

depender da gravidade da falha.

Um cliente insatisfeito atendido adequadamente pode atingir um grau de

satisfação com a empresa muitas vezes até superior ao que teria caso não

tivesse existido a falha. Vamos entender a seguir como se dá a recuperação

adequada do cliente.

4.2 A Recuperação Eficaz de Serviço

“Recuperação de serviço é um termo que abrange os esforços sistemáticos de

uma empresa para corrigir um problema, logo após uma falha de serviço e

conservar a boa vontade do cliente.” (LOVELOCK & WIRTZ, 2006). Ao investir

em recuperação, a empresa está investindo também em uma proteção do

lucro no longo prazo, uma vez que, se perder o cliente, pode perder o fluxo de

lucro que teria sido gerado por este cliente e por todos aqueles que ele

convenceu a não contratar o serviço da empresa.

É essencial que as empresas possuam estratégias realmente eficazes de

recuperação de clientes, com base nos tipos de problemas que costumam

enfrentar, pois nas seguintes situações pode ocorrer a destruição total da

confiança de um cliente na empresa (LOVELOCK & WIRTZ, 2006):

Quando a falha é totalmente ultrajante (desonestidade do fornecedor, por

exemplo);

Quando o problema segue um padrão de falha em vez de ser um incidente

isolado;

Quando os esforços de recuperação são fracos e servem mais para

disfarçar um problema do que para corrigi-lo.

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 04

Os clientes podem reclamar durante a entrega de serviço ou após ela. A

vantagem da reclamação feita em tempo real é a possibilidade de corrigir a

situação durante a prestação do serviço, e a conclusão do processo ser

satisfatória para o cliente; a desvantagem é a desmotivação do funcionário e a

interferência na entrega do serviço. É importante que as empresas munam os

funcionários de autoridade e instrumentos para a resolução de problemas,

pois o contrário disso limita ou até impede o processo de recuperação do

serviço. No caso de reclamações posteriores à entrega do serviço, fica mais

limitada a recuperação, pois resta à empresa se desculpar, repetir o serviço ou

oferecer alguma forma de compensação. (LOVELOCK & WRIGHT, 2001).

Por outro lado, quando o cliente é recuperado, pode ocorrer o que se chama

de paradoxo da recuperação de serviços: “Quando essa falha é resolvida de

modo satisfatório, o cliente torna-se mais propenso a fazer compras futuras

do que os que não tiveram nenhum problema”. (LOVELOCK & WIRTZ, 2006, p.

326). A figura a seguir apresenta um sistema eficaz de recuperação do serviço.

Figura 35 - Componentes de um sistema eficaz de recuperação do serviço Fonte: LOVELOCK & WRIGHT, 2001, p. 169.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 04

Uma vez que conhecemos o processo de reclamação e recuperação dos

clientes, vamos comentar os principais problemas relacionados a bares e

restaurantes e sua relação com o Código de Defesa do Consumidor.

4.3 O Código de Defesa do Consumidor e Problemas Relacionados a Bares e

Restaurantes

Quando frequentamos um bar ou um restaurante, esperamos que a

experiência seja positiva em todos os aspectos; entretanto, é comum

vivermos ou presenciarmos algumas situações complicadas envolvendo

clientes e prestadores de serviço. Vamos citar algumas delas e analisar qual o

procedimento adequado do ponto de vista do Direito do Consumidor, para

que, enquanto consumidores, estejamos resguardados de possíveis abusos de

alguns estabelecimentos e, enquanto gestores de bares e restaurantes,

saibamos a maneira correta de agir diante dos clientes.

Cobrança de entrada e consumação mínima: é comum, ao frequentar

alguns bares, que se cobre pela entrada um valor a ser revertido em

consumação mínima, o qual, se não for efetivamente consumido pela cliente,

deverá ser pago assim mesmo. A prática é legal? É permitido cobrar-se pela

entrada, mas não se pode vincular a entrada a uma consumação mínima, de

acordo com o previsto no Artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC

– Lei nº 8.078/90) e complementado em Recife pela Lei Municipal

n.º16.705/2001.

Exposição do cardápio: em Pernambuco, foi sancionada em 1º de outubro

de 2012 a Lei nº 14.782/2012, que obrigará os estabelecimentos a

disponibilizar informações sobre seus cardápios, produtos e serviços

oferecidos em local de ampla visibilidade para os consumidores. A partir de 1º

de janeiro de 2013, todos os restaurantes, bares, lanchonetes e similares

deverão expor seu cardápio na entrada do estabelecimento, em tamanho

visível, com as mesmas informações do que existe para os clientes que estão

dentro. O telefone e o endereço do PROCON-PE também devem estar

destacados no cardápio externo.

10 DICAS PARA

LIDAR COM RECLAMAÇÕES:

1. Aja rapidamente.

2. Admita erros, mas não fique na defensiva.

3. Mostre que você entende o

problema do ponto de vista

de cada cliente. 4. Não discuta com

clientes. 5. Reconheça os

sentimentos do cliente.

6. Dê aos clientes o benefício da

dúvida. 7. Esclareça as

etapas necessárias para

resolver o problema.

8. Mantenha os clientes

informados sobre o

andamento da reclamação.

9. Considere uma compensação.

10. Persista na reconquista da boa vontade do

cliente. Fonte: LOVELOCK &

WIRTZ, 2006. Para ver o artigo

completo das dicas, acesse

http://pt.scribd.com/doc/6757017/45/R

ecuperacao-do-Servico-apos-as-Reclamacoes-do-

Cliente

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Técnico em Restaurante e Bar

Competência 04

Colocação de couvert: o couvert é aquele “tira-gosto” servido pelos

estabelecimentos enquanto esperamos o prato principal. Muitas vezes, ele

chega à mesa sem que nós o solicitemos, verdade? Pois bem, as informações

sobre o couvert devem ser fornecidas pelo estabelecimento de maneira clara

e precisa, conforme prevê o Inciso II do Artigo 6º do CDC. O seu preço deve

estar no cardápio, e o cliente pode recusá-lo quando não tiver interesse

(antes de se servir). Hoje, está em tramitação transformar em lei nacional a lei

que já funciona em São Paulo e no Paraná, onde o couvert que é servido sem

informações prévias é considerado amostra grátis e não pode ser cobrado. Em

Pernambuco, a Lei nº 14.782/2012, que entrará em vigor em janeiro de 2013,

prevê que os cardápios devem trazer o preço individual ou coletivo do couvert

e sua composição. De acordo com o Inciso III do Art. 39 do CDC, é considerada

uma prática abusiva “enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação

prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço” e, de acordo com o

parágrafo único deste artigo, na hipótese de haver sido entregues quaisquer

produtos sem exigência prévia, eles “equiparam-se às amostras grátis,

inexistindo obrigação de pagamento”.

Troca de pratos e bebidas: se, ao experimentar a comida que nos é

trazida no restaurante ou no bar, suspeitarmos de que a mesma pode estar

contaminada ou estragada, podemos exigir a troca do prato. De acordo com o

Código de Defesa do Consumidor, nenhum produto fornecido pode oferecer

riscos à saúde do consumidor (Inciso I, Artigo 6º). Se o que pedimos não veio

certo, também é permitido solicitar a troca, pois, de acordo com o Inciso III,

do Artigo 6º do CDC, temos direito de saber as especificações corretas a

respeito dos produtos ou serviços contratados. Só não vale abusar do direito

comendo boa parte da comida e, depois, pedindo para trocar o prato!

A pesagem do produto: o cliente pode desconfiar do peso do produto que

está levando. Sendo assim, pode pedir para pesar em outra balança e, caso

seja confirmada a irregularidade, ele pode reclamar. É o que se chama vício de

quantidade, quando o conteúdo é inferior ao informado no recipiente, na

embalagem, na rotulagem ou na mensagem publicitária, e está previsto do

CDC (Artigo 19).

ATENÇÃO!

É muito importante abrir

canais de reclamação para serem utilizados pelos clientes.

Quem não reclama e sai insatisfeito

pode gerar enorme prejuízo para a

empresa.

Paradoxo da recuperação de

serviços: quando a falha é resolvida de modo satisfatório, o cliente torna-se mais propenso a

fazer compras futuras do que os que não tiveram

nenhum problema.

O estabelecimento deve respeitar o

Código de Defesa do Consumidor e as

leis locais no que diz respeito a

questões como: cobrança de

entrada e consumação

mínima, couvert e couvert artístico,

exposição do cardápio na frente

da loja, cobrança de taxa de serviços, dentre outros.

Também deve disponibilizar o

CDC para consulta pelo consumidor.

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Técnica de Promoção e Vendas

Competência 04

Couvert artístico: é aquela taxa cobrada por pessoa quando existem

apresentações ao vivo no estabelecimento. Ela só pode ser cobrada se o seu

valor estiver claramente explicitado no cardápio e na entrada do

estabelecimento, juntamente com as informações sobre dias e horários das

apresentações. O consumidor só é obrigado a pagar se estiver dentro desses

horários, se houver sido informado previamente e se a apresentação for ao

vivo. Música ambiente de sistema de som e DVD não pode ser cobrada como

couvert artístico aos clientes.

Cobrança de taxa de serviço: sabem aqueles 10% que oneram nossa conta

nos bares e restaurantes aonde vamos normalmente? É o que se chama “taxa

de serviço”, que se tornou praxe no Brasil e que, em algumas cidades e

estabelecimentos, pode chegar a 13% do valor da conta. É legal? A taxa pode

ser cobrada, mas é opção do cliente pagá-la ou não e, caso seja cobrada pelo

estabelecimento, precisa estar explicitada no cardápio (o percentual

praticado) e na nota fiscal. Em Pernambuco, a Lei Estadual nº 13.856/2009,

obriga os estabelecimentos a informar em avisos, na conta e no cardápio que

este valor cobrado é opcional. Mas atenção! O percentual da taxa de serviço

não pode ser aplicado sobre o couvert artístico. Isto é prática abusiva e está

proibido!

Formas de pagamento: imagine entrar num restaurante, consumir à

vontade e, na hora de pagar, descobrir que o local não aceita cartão! Para

evitar este tipo de constrangimento aos clientes, os estabelecimentos são

obrigados a informar de forma clara e fácil na entrada as formas de

pagamento aceitas no local. No caso de pagamento com tíquete (se este for

aceito), se o consumidor fornecer o valor superior ao consumido, o

restaurante ou similar é obrigado a fornecer o contravale, pois é proibido

impor ao consumidor utilizar todo o valor do tíquete.

Além de todas as observações acima, vale destacar que, desde julho de 2010,

todos os estabelecimentos comerciais são obrigados a dispor de uma cópia do

Código de Defesa do Consumidor, em local visível e de fácil acesso, para

consulta dos consumidores.

Quer conhecer o

Código de Defesa do Consumidor na íntegra? Acesse

www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/codigo-de-defesa-do-

consumidor-lei-8078-90

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Técnico em Restaurante e Bar

CONCLUSÃO

Bem, caro (a) aluno (a), chegamos ao final de nossa disciplina.

Nesta nossa jornada, começamos compreendendo o que são necessidades e

expectativas e como elas se formam, além de conhecer os tipos de clientes e

as especificidades dos clientes de bares e restaurantes.

Depois, entramos no universo da comunicação de marketing – a Promoção – e

suas ferramentas, analisadas especificamente na competência 03 em sua

contribuição para o ramo de bares e restaurantes. Também vimos como se dá

o processo de comunicação e fomos apresentados a AIDA, verdade?

Finalmente, fechando nossa viagem pelo universo da promoção de de vendas

para bares e restaurantes, entendemos noções do Código de Defesa do

Consumidor e refletimos sobre como se dá o processo de reclamação e

recuperação do cliente nesses estabelecimentos.

Espero que os assuntos vistos aqui tenham contribuído para a sua formação e

que, ao atuar no mercado, você leve esses conhecimentos para a prática, a

fim de contribuir para o sucesso da empresa onde estiver e de crescer

profissionalmente.

Bons estudos e bom trabalho!

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Técnica de Promoção e Vendas

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Técnico em Restaurante e Bar

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Técnico em Restaurante e Bar

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RANGEL, J. Consumidor, fique atento às armadilhas dos bares e restaurantes!.

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Técnica de Promoção e Vendas

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Técnico em Restaurante e Bar

MINICURRÍCULO DO PROFESSOR

Renata Marques de Otero

Publicitária graduada pela Universidade Federal de Pernambuco.

MBA em Marketing pela FCAP/UPE.

Professora de disciplinas de graduação nos cursos de Administração e

Turismo da Faculdade Santa Helena (Recife-PE), tais como: Administração

Mercadológica I e II, Administração de Serviços, Ética, Marketing Cultural e

Marketing Turístico.

Professora-pesquisadora da disciplina Marketing e Vendas na Hotelaria no

curso Técnico de Hospedagem (EAD) da Secretaria de Educação Profissional

do Governo do Estado de Pernambuco.

Coordenadora de Pós-Graduação da Faculdade Santa Helena (Recife-PE) e

professora das disciplinas: Ética, nos MBA’s de Gestão de Pessoas e de Gestão

do Terceiro Setor; Compreendendo o Marketing e Marketing Digital, nos

MBA’s de Comunicação e Marketing e Gestão Empresarial.

Tem experiência como Coordenadora de Marketing e como Atendimento

Públicitário, Produção e Mídia em agências de propaganda.

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