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Mostra de Iniciação Científica e Mostra de Criação e Inovação – ISSN: 2316-1566 – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
TÉCNICA DE CONSERVAÇÃO ANATÔMICA DE PLASTINAÇÃO
EM JAGUATIRICA Leopardus pardalis
FAGUNDES, Daniele Karoline¹
ARSEGO, Francieli¹
MOCELIN, Letícia¹
FACCIN, Ângela²
E-mail: [email protected]
DE OLIVEIRA, Daniela dos Santos²
E-mail: [email protected]
DE OLIVEIRA, Franciele²
E-mail: [email protected]
MAHL, Deise Luiza²
E-mail: [email protected]
PIEROZAN, Morgana Karin²
Email: [email protected]
URIO, Elisandra Andreia²
E-mail: [email protected]
RITTER, Filipe²
Email: [email protected]
¹ Discentes do Curso de Medicina Veterinária, Nível 2 2015/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
² Docentes do Curso Medicina Veterinária, Nível 2 2015/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
RESUMO: As técnicas de preservação anatômicas são usadas a mais de cinco mil anos, tanto na anatomia
animal quando na humana para práticas didáticas. As maneiras de presevar uma peça anatômica são inúmeras,
porém, uma em especial está revolucionando essa área e foi batizada pelo seu criador Gunther Von Hagens em
1977 por “Plastinação”. Desde então suas exposições pelo mundo estão criando polêmica, pois a morte como
processo social, fez com que a técnica se tornasse alvo de críticas, uma vez que mesmo com toda evolução
atingida pela humanidade, a morte ainda é um mistério a ser desvendado. O processo da técnica é relativamente
simples tendo como primeiro passo, a dissecação do cadáver logo após a sua morte, em sequência sendo
submerso em acetona pura, para que o líquido e as gorduras do corpo sejam retiradas, em seguida a peça deve ser
submetida ao processo de vácuo para substituir a acetona do corpo por um polímero. O presente trabalho teve
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como objetivo realizar a técnica de plastinação em jaguatirica (Leopardus pardalis) e assim observar
anatomicamente o sistema muscular. Foi concluído que, quando seguido os passos citados nos artigos o resultado
é satisfatório, deixando a peça útil para posterioridade.
Palavras-chave: estudo – animal – músculos – dissecação
ABSTRACT: The anatomical preservation techniques are used to over five thousand years, both in animal
anatomy when in human for teaching practices. Ways to preserve certain anatomical part are numerous, but
special is revolutionizing this area, was named by its creator Gunther von Hagens in 1977 by "Plastination".
Since then his exhibitions around the world are creating controversy, for death as a social process, has made the
technique become critical target, since even with all progress achieved by humanity, death is still a mystery to be
unraveled. The technical process is relatively simple, and has as a first step, the dissection of the corpse shortly
after his death, the sequential submerged in pure acetone to the liquid and body fat are removed, and then the
piece must be subjected to the vacuum process to replace acetone body of a polymer. This study aims to conduct
this technique in animal of the species Leopardus Pardalis and so anatomically observe the muscular system.
Keywords: study - animal - muscles - dissection
1 INTRODUÇÃO
As técnicas de preservação estão sendo utilizadas há mais de cinco mil anos, no estudo
da medicina, tanto humana quanto animal, pois assim o uso didático de peças anatômicas se
torna mais fácil sendo que docentes e discentes podem usar a mesma tanto para ensinar
quanto para aprender, durante vários anos, favorecendo assim o bem estar animal já que esses
métodos não colocam animais saúdaveis em condições desagradáveis em prol do estudo e
conhecimento. A conservação pelo uso do formol era a técnica mais utilizada, uma vez que
era de baixo custo e os resultados apareciam de forma rapida, entretanto, vem sendo
abandonada, já que o produto possui forte odor, e alto nível de toxidade, colocando em risco a
saúde de quem pratica a técnica e também de quem manuseia para estudos. Além disso, peças
anatômicas conservadas em formol, acabam entrando em estado de deterioração, perdendo a
cor e com alguns tecidos destruídos (ANDREOLI, 2012).
Conforme Kim (2012), o método criado em 1977, por Gunther Von Hagens batizado
como plastinação é um método moderno, que proporciona aos corpos, alta durabilidade. O
uso da plastinação em conservação de cadáveres é um método recente. Uma forma
revolucionária de preparação das peças, que requer que o processo de putrefação seja
interrompido mais rápido possível para que a peça não perca o seu aspecto natural. Esse
processo se dá com o uso de solvente, para que seja dissolvida a água e as gorduras do corpo,
após isso o cadáver deve ser submetido ao processo de vácuo para substituir a acetona do
corpo por um polímero.
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Segundo König (2011), anatomia estuda a morfologia, nomeando e descrevendo cada
parte das estruturas que constituem o corpo. O estudo da anatomia não é apenas um
conhecimento, também é a base para a prática médica tanto em humanos quanto em animais.
A técnica de dissecação que consiste em cortar as estruturas do corpo separando-as em partes
sem destruí-las, vem desde a antiguidade, porém em humanos chegou a ser restrita ou mesmo
proibida por motivos religiosos ou éticos, fazendo com que os praticantes da técnica
aprimorassem os seus conhecimentos em cadáveres de animais.
O aparelho locomotor é um sistema complexo, tendo função de trabalho mecânico. Os
elementos principais deste aparelho são o esqueleto e os músculos. A musculatura representa
a parte ativa e se divide em dois tipos: tecido muscular liso, e o tecido muscular estriado
(KÖNIG, 2011).
Leopardus pardalis ou popularmente Jaguatirica como é conhecida, é um felino
silvestre carnívoro e tem hábitos noturnos. Tem hábitos terrestres, entretanto, suas habilidades
arbóreas são bem desenvolvidas. É encontrada em diversas regiões do continente americano,
no Brasil pode ser encontrada na Amazônia, nas porções de mata Atlântica, no Cerrado e no
Pantanal, sendo que está ameaça de extinção (DE OLIVEIRA, 2012).
O presente trabalho tem como objetivo analisar a anatomia muscular da jaguatirica,
diante da técnica de conservação anatômica conhecida como plastinação, com algumas
modificações.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Na cidade de Getúlio Vargas, nas dependências do Hospital Veterinário São Francisco
foi a óbito por motivo de hemorragia interna em decorrência de um possível atropelamento o
animal de espécie Leopardus pardalis, mais conhecido por jaguatirica ou gato-do-mato, do
sexo feminino, de aproximadamente um ano de idade. O mesmo foi utilizado para o
desenvolvimento da técnica de plastinação, para conservação e fins didáticos da anatomia
animal.
O primeiro passo realizado foi a dissecação do corpo do animal, e realizou-se nas
dependêcias do Campus III da Faculdade IDEAU. Para tal finalidade, foram utilizados os
seguintes materiais: luva, jaleco, máscara, bisturi com lâmina, pinças, tesouras e água. Neste
processo de dissecação da jaguatirica (Leopardus pardalis), primeira providência tomada, foi
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o descongelamento da peça anatômica, ao natural, por cerca de 2 dias, uma vez que, desde seu
óbito, encontrava-se armazenada em câmara fria. Já descongelado, foi realizada assepsia com
auxilio de água corrente, fazendo uso de pinças, tesouras e bisturi subtraiu-se a pele num todo
(Figura 1).
Figura 1: Retirada da pele da jaguatirica após seu descongelamento, para ser realizada a
dissecação. Fonte: FAGUNDES, Daniele, 2015. Getúlio Vargas/RS.
Em seguida realizou-se o processo de evisceração descartando as mesmas juntamente
com a pele. Após alguns minutos de exposição ao sol, com ajuda de tesouras, foi realizada a
dissecação muscular de fato, destacando os músculos com suas origens e inserções (Figura 2).
Figura 2: Após a retirada da pele aconteceu a dissecação dos músculos da jaguatirica.
Fonte: FAGUNDES, Daniele, 2015. Getúlio Vargas/RS.
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Encerrada a dissecação muscular, e tendo evidenciado os principais músculos visíveis
na peça anatômica, a mesma foi novamente congelada por cerca de 20 dias. Após esse
período, descongelada mais uma vez e logo após submersa em uma solução de acetona
(C3H6O) com glicerina (C3H8O3) para que ocorresse a retirada da água e a gordura dos
tecidos através de uma bomba de vácuo (Figura 3).
Figura 3: Submersão da jaguatica em solução de acetona em bomba de vácuo. Fonte:
FAGUNDES, Daniele, 2015. Getúlio Vargas/RS.
No dia 14 de novembro de 2015, após 20 dias de submersão na solução, o animal foi
retirado do liquido e exposto ao sol durante três dias para que os músculos pudessem secar e
ficar mais evidenciados. Logo após a secagem o mesmo foi colocado em uma maquete para
servir em estudos anatômicos posteriormente.
3 RESULTADOS E ANÁLISE
O sistema muscular se divide em dois tipos: tecido muscular liso, sendo responsável
pelas contrações de órgãos internos à cavidade, e o tecido muscular estriado, que se divide em
esquelético e cardíaco, sendo que são altamente vascularizados e inervados. O músculo
esquelético se divide em três partes: ventre muscular, tendões de origem e inserção. Os
tendões se juntam em cada ventre muscular assim fazendo com que a força dada pela
contração se transfira para o esqueleto (KÖNIG 2011).
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Segundo Sisson (2008), os músculos que compõem o pescoço encontram-se do lado
dorsal e lateral da coluna cervical (Figura 4). Sendo que os dois mais importantes são o
músculo braquiocefálico e o músculo esternocefálico.
Figura 4: Musculatura do pescoço da jaguatirica. Fonte: FAGUNDES, Daniele, 2015.
Getúlio Vargas/RS.
Os músculos do membro torácico são formados pelo cinturão escapular entre o próprio
membro e a musculatura intrínseca do membro, formando uma ponte entre as articulações
(Figura 5).
Figura 5: Musculatura do membro anterior. Fonte: ARSEGO, Francieli, 2015. Getúlio
Vargas/RS.
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Os músculos do cinturão escapular tem origem no pescoço, no dorso e no tórax, e se
fixam na escápula e/ou no úmero. A camada superficial deste cinturão é composta pelos
seguintes músculos: trapézio, esternocleidomastóideo (músculos esternocefálico e
braquiocefálico), omotranverso, latíssimo do dorso e peitoral superficial. Esses unem o
membro torácico ao tronco e respondem pela coordenação dos movimentos do membro, do
tronco, da cabeça e do pescoço. Já no membro posterior a musculatura inclui as fácias, a
musculatura do cíngulo e os músculos intrínsecos do membro (Figura 6).
Figura 6: Musculatura do membro posterior. Fonte: ARSEGO, Francieli, 2015. Getúlio
Vargas/RS.
Ambrossio (2013), relata que a preocupação com a conservação de pecas anatômicas,
não é algo recente, mas sim, teve origem há milhares de anos, pois seu uso para estudo é
muito importante não só para aprendizagem de alunos, mas também para que sejam
desenvolvidas técnicas auxiliares a saúde e equipamentos relacionados a mesma. Há inúmeras
técnicas pra conservação usadas atualmente. Umas das mais antigas e mais utilizadas é a
formolização, mas está sendo desconsiderada devida a substância ser tóxica, provocando
alergias e até mesmo câncer. A técnica da formolizaçao consiste unicamente, na submersão da
peça em uma solução de formol 10%. A técnica é muito simples, e seus resultados acabamnão
sendo tão brilhantes, uma vez que frequentemente ocorre a perda maior parte da sua anatomia,
pois a substância destrói o tecido e as pequenas estruturas, o odor é extremamente irritante e
desagradável, sendo desaconselhado o uso e contato diário com as peças.
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Um dos fatores que contam em favor da técnica da formolização, é o fato de esta
apresentar resultados de forma rápida, pois a solução penetra com grande facilidade pelos
tecidos, impedindo a proliferação de bactérias, uma vez que age como produto de assepsia, e
impedindo assim o processo de putrefação da peça. Entretanto, seu uso deve ser realizado
com extremo cuidado, por pessoas cientes dos seus danos, e corretamente treinado. É
indispensável o uso luvas, óculos de proteção, máscaras especiais e em lugares de preferencia
arejados para que o ar possa circular com maior facilidade. Mesmo sendo uma substância com
alto grau de toxidade, o formol teve seu uso inadequando, difundido grandemente,
principalmente pela indústria da beleza, na fabricação de cosméticos. Sua venda atualmente é
proibida, sendo que apenas universidades e funerárias podem adquirir o produto, e o comércio
clandestino pode levar até 15 anos de prisão (DE FRAGA, 2006).
No ano de 1977 uma nova técnica de conservação anatômica foi criada. Tal descoberta
foi encabeçada pelo médico e professor da universidade de Heidelberg na Alemanha, Gunther
Von Hagens, que desenvolveu a partir de estudos essa nova preparação em peças. Essa
conservação consiste em uma mumificação moderna e duradoura em cadáveres. Sabendo ele
que os seres vivos são compostos cerca de 70% de líquidos, fundamentais para que seja
mantida a vida, e também, fundamentais para a decomposição dos corpos, criou uma maneira
de subtrair tais líquidos e substituí-los por algo que não entrasse em decomposição. Com a
plastinação esses líquidos são substituídos por um tipo de plástico, tais como borracha e
silicone que deve acontecer em um processo de vácuo, logo após a morte (ANDREOLI,
2012).
Conforme Kin (2012), essa técnica de conservação vem sendo intensamente difundida
nos últimos tempos, e esta sendo conhecida como plastinação, ou preservação por polímeros,
que substitui a água e as gorduras por material que proporciona aspecto sintético, plástico,
deixando as peças anatômicas inodoras, secas e quase que eternas. A plastinação não é apenas
uma transformação físico química, mas também um processo que reduz os corpos a objetos
saudáveis de estudo ou simples exposição, colocando fim a tão conhecida distorção dos
“aquários” de formol, onde as peças ficam desbotadas e fétidas. Nestes corpos é possível
perfeita visualização dos músculos bem como, através de cortes, a exposição de nervos,
órgãos, artérias e ossos, presentes nas camadas mais profundas (Figura 7).
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Figura 7: Gunther Von Hagens com cadáver de elefante plastinado. Fonte: G1 Ciência
e saúde, 2010.
Como explica Von Hagens, criador da técnica, é necessário que se interrompa o
processo de decomposição, injetando uma solução de formol 10% nas artérias, logo após a
morte, e em seguida, realizada a dissecação e submersão em acetona pura ou solvente que
retire a água e as gorduras, combinado com processo de vácuo, que substitui acetona por
polímeros líquidos, encharcando os tecidos à medida que a acetona é convertida em gás
(ANDREOLI, 2012).
A transformação de cadáveres fossilizados em plastificados sinteticamente tem como
objetivo mais nobre do que a simples exposição para distração, o objetivo dos fins didáticos,
com corpos dissecados e modelados com longa duração. Como as primeiras peças foram
utilizadas em exposições e produções cinematográficas, criou-se uma polemica em torno da
técnica, que somada a já tão conhecida polêmica da morte como processo social, fizeram com
que a plastinação fosse alvo de críticas. Para muitos, a exposição de peças tão reais, com
aspéctos e cores que ainda paressem vivas, corpos reais, de pessoas que ate a pouco tempo
faziam parte da sociedade, ainda é fonte inesgotavel de criticas, já que mesmo com toda
evolução a que a humanidade atingiu a morte ainda é um mistério a ser desvendado. Von
Hagens afirma que todos os cadáveres utilizados, são doados e nunca foram reclamados por
nenhum familiar, o que proporcionou também a inserção do cadáver no mercado de
commodity, tal como aplicados ao gado e ao petróleo. Usufruindo das vantagens da técnica,
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que permite que se aproveite o máximo dos corpos, partes deles são vendidas até mesmo via
internet (KIN, 2012).
Na realização deste trabalho não foi obtido todo o sucesso objetivado e descrito nos
demais artigos encontrados, pois não foi possível adiquirir acetona pura (P.A), sendo que a
comercialização da mesma é controlada pelas forças armadas, pois é matéria-prima para
fabricação de drogas ilícitas. Sem tal autorização, não foi possível a obtenção do produto e
também não nos foi disponibilizado pela instituição de ensino. Mesmo assim realizou-se o
experimento com removerdor de esmalte, sendo acetona com glicerina, observou-se que
apesar de não ser a substancia correta as características anatômicas permaneceram mais
aparentes que em demais técnicas (Figura 8).
Figura 8: Jaguatirica após a finalização da técnica de plastinação. Fonte: ARSEGO, Francieli,
2015. Getúlio Vargas/RS.
4 CONCLUSÃO
Considerando que a técnica foi inesgotavelmente estudada, muito praticada e seja
moderna, de alta durabilidade e de preservação de características anatômicas, concluiu-se que
para o pleno sucesso ao realizar a mesma é essencial que todos os passos e substâncias sejam
usados e seguidos corretamente, para que o líquido e as gorduras sejam retirados com sucesso
de todos os tecidos. Porém como citado não foi possível o sucesso objetivado. Entretanto na
realização da dissecação foi possível notar o sistema muscular com seus atributos, origens e
inserções de praticamente todos os músculos. No processo de evisceração também foi
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observada a anatomia de cada órgão e sistema que compõem o organismo, formando o corpo
e proporcionando vida e mobilidade aos seres.
REFERÊNCIAS
AMBROSSIO, Carlos. Censoni, Julia. Cury, Fabio. Técnicas anatômicas no ensino da prática
de anatomia animal. Maio 2013.
ANDREOLI, Audrey Tescarolo. O aprimoramento de técnicas de conservação de peças
anatômicas: a técnica inovadora de plastinação. Bebedouro SP, p. 2-4, 2012.
BRASLAUKAS, Ligia. 17/03/2001. "Médico esculpe em cadáveres reais e cria polêmica
em Berlim". Folha On line. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u11660.shtml Acesso em: 22/09/2015.
DE FRAGA, Rogério. Potencial de risco para a saúde ocupacional de docentes, pesquisadores
e técnicos de anatomia expostos ao formaldeído. Revista de Gestão Integrada em Saúde do
Trabalho e Meio ambiente. 2006.
DE OLIVEIRA, Gabriel. Ecologia da Jaguatirica, Leopardus Pardalis. (Linnaus, 1758), na
Caatinga do Piauí. Brasília, p. 9-14, fev./2012.
KIM, Joon Ho. Exposição de corpus humanos: o uso de cadáveres como entreterimento e
mercadoria. Rio de Janeiro, ago/2012.
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido.
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MANDO, Junior. Plastinação: um método revolucionário em conservação de peças
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https://bloganatomiaveterinaria.wordpress.com/2014/02/04/plastinacao-um-metodo-
revolucionario-em-conservacao-de-pecas-anatomicas/ . Acesso em 14/09/2015
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PAIVA, V; RAMPAZZO, D; SPOLTIA, A. Sintomas respiratórios e não respiratórios em
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SISSON, S.; GROSSMAN, J. D. Anatomia dos animais domésticos. 5ª ed, Rio de Janeiro:
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