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  • FICHA TCNICA

    TTULOInqurito Nacional de Sade 2005/2006

    Publicao constituda por 1 volume e CD-Rom

    EDITORES

    Instituto Nacional de Estatstica, I.P.

    Presidente do Conselho Directivo

    Alda de Caetano Carvalho

    Av. Antnio Jos de Almeida

    1000-043 Lisboa

    Portugal

    Tel: +351 218 426 100

    Fax: +351 218 440 401

    www.ine.pt

    DESIGN, COMPOSIO E IMPRESSOInstituto Nacional de Estatstica, IP

    TIRAGEM1100 exemplares

    ISSN 1646-4052

    ISBN 978-972-673-845-8

    Periodicidade: Irregular

    PREO: 50,00 (IVA includo)

    INE, I.P. / INSA,I.P., Lisboa - Portugal, 2009 A reproduo de quaisquer pginas desta obra autorizada, excepto para fins comerciais, desde que mencionando o INE, I.P. / INSA,I.P., como autor, o ttulo da obra, o ano de edio, e a referncia Lisboa-Portugal.

    Instituto Nacional de Sade Doutor Ricardo Jorge, I.P.

    Presidente do Conselho Directivo

    Jos Pereira Miguel

    Av. Padre Cruz

    1646-016 Lisboa

    Portugal

    Tel: +351 217 519 200

    Fax: +351 217 526 400

    www.insa.pt

    201 808808

    Apoio ao cliente

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 3

    INTRODUO

    EXECUTIVE SUMMARYA presente publicao integra os principais apuramentos do Quarto Inqurito Nacional de Sade, realizado em parceria pelo Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge (INSA) e pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE) entre Fevereiro de 2005 e Fevereiro de 2006.

    O trabalho contou tambm com a colaborao da Direco-Geral de Sade e das Secretarias Regionais dos Assuntos Sociais dos Aores e da Madeira.

    o primeiro inqurito de sade por entrevista que abrange as populaes residentes na Regio Autnoma dos Aores e na Regio Autnoma da Madeira, pelo que constitui o primeiro retrato da sade em Portugal que reflecte a expresso de todos os residentes no Pas.

    Por outro lado, a nvel nacional, tambm o primeiro inqurito deste tipo em que os resultados no correspondem a valores amostrais, reportando a toda a populao residente, atravs da aplicao de um mtodo matemtico que expande as respostas individuais tendo em conta a composio etria e por sexo dos habitantes. Esta caracterstica abrange tambm os resultados do inqurito realizado em 1998/1999 pelo INSA, viabilizando uma leitura da evoluo temporal dos principais comportamentos face sade para a populao residente no Continente.

    As edies anteriores, incluindo a relativa ao inqurito 1998/1999[1], apresentavam apenas contagens amostrais, pelo que esses resultados no so comparveis com os agora apresentados.

    Maro de 2008

    [1] INS 1998/1999. Continente. Dados Gerais., INSA Instituto Nacional de Sade, ISBN 972-8643-00-4

    This publication includes the main tables from the 2005/2006 Portuguese National Health Survey, developed in partnership by National Health Institute (INSA) and Statistics Portugal.

    The General Directorate of Health, the Aores Regional Secretary of Social Affairs and the Madeira Regional Secretary of Social Affairs, also cooperated in this Fourth Health Interview Survey.

    This is the first health interview survey that also covers the residents in the Autonomous Region of Aores and in the Autonomous Region of Madeira. In that sense this is the first portrait of health in Portugal that reflects the perspective of all residents in the country.

    Also, at national level, it is the first survey of this kind where the results are not sampling values, but concern the whole resident population through the application of a mathematical method that expands the individual responses taking into account the age and sex composition of the inhabitants. This methodology was also extended to the results of the survey developed in 1998/1999, by INSA, allowing for a temporal analysis of the composition of health characteristics of the Mainland population.

    The previous editions, including the one concerning the 1998/1999 survey[1], only presented sampling counts and its results are not comparable to the ones we are presenting now.

    March 2008

    [1] INS 1998/1999. Continente. Dados Gerais., INSA Instituto Nacional de Sade, ISBN 972-8643-00-4

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 5

    SINAIS CONVENCIONAIS

    CONVENTIONAL SYMBOLS

    x - Valor no disponvel

    // - No aplicvel

    Nota:

    Por razes de arredondamento, a soma das

    parcelas pode no corresponder ao total.

    x Not available

    // - Not applicable

    Note:

    Where estimates have been rounded, discrepancies

    may occur between sums of the component items

    and totals.

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 7

    SUMRIO

    EXECUTIVE SUMMARYEsta publicao est organizada em quatro partes:

    Nota metodolgica

    Apresentao de resultados

    Quadros de resultados

    Medidas de qualidade

    Os resultados apresentados nesta publicao correspondem a estimativas do nmero total de residentes por detalhe explicitado. Todos os resultados esto tambm disponveis no CD anexo publicao em formato Excel.

    Foram tambm calculadas as propores com base nas estimativas do nmero de residentes e os coeficientes de variao para todas as estimativas do nmero de residentes, apenas disponveis no CD anexo publicao em formato Excel. Os coeficientes de variao viabilizam a obteno de intervalos de confiana, conforme explicitado na nota metodolgica que antecede a apresentao dos resultados.

    Para alm de uma breve introduo histrica, esta nota metodolgica descreve o desenho do questionrio, a preparao do trabalho de campo e a metodologia de amostragem e estimao dos resultados.

    A apresentao dos resultados e os quadros estatsticos propriamente ditos esto estruturados em quatro reas temticas:

    Es tado de sade , doenas crnicas e incapacidades (estado de sade auto-percebido, peso e obes idade , incapac idade temporria, incapacidade fsica de longa durao, doenas crnicas,

    This report is structured in four parts:

    Methodological note

    Presentation of results

    Statistical tables

    Measures of quality

    The results presented in this report correspond to estimates of totals of residents by cross conditions. Every result is also available in Excel format in the CD attached to this publication.

    The proportions calculated on these estimates and the coefficients of variation, which were obtained for all total estimates, are only available in Excel format in the CD attached to this publication. These coefficients of variation allow the calculation of the confidence intervals as explained in the methodological note preceding the summary of findings.

    Besides a brief historical introduction, this methodological note describes the questionnaire design, the preparation of fieldwork, as well as the sampling methodology and estimation of results.

    The presentation of results and statistical tables are structured in four themes:

    Health status, chronic diseases and incapacities (self-perceived health status, weight and obesity, temporary incapacity, long term incapacity, chronic diseases, psychological distress), aimed to characterise health and illness of residents;

  • 8 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    sofrimento psicolgico), com vista caracterizao do estado de sade e doena da populao residente;

    Cuidados de sade e preveno (consultas mdicas, sade oral, utilizao de medicamentos, sade reprodutiva, vacinao contra a gripe, monitorizao do colesterol e tenso arterial elevada, doao de sangue, utilizao dos subsistemas de sade e seguros de sade), com vista caracterizao dos residentes sobre comportamentos preventivos e curativos;

    D e t e r m i n a n t e s d a s a d e relacionados com estilos de vida (consumo de tabaco, consumo de alimentos, consumo de bebidas alcolicas, actividade fsica), com vista caracterizao dos hbitos dos residentes que podem constituir elementos preventivos da doena;

    Qualidade de vida (qualidade de vida auto-percebida).

    Em geral, os resultados so detalhados por sexo e grupo etrio decenal, acrescentando-se no que se refere a 2005/2006, o nvel do Pas e a discriminao para os trs agrupamentos territoriais a que correspondem organismos independentes na gesto da estrutura pblica de cuidados de sade: Servio Nacional de Sade, no Continente, e Servios Regionais de Sade, nas Regies Autnomas dos Aores e da Madeira. Para 1998/1999, como referido anteriormente, no existem resultados para as Regies Autnomas dos Aores e da Madeira.

    Heal th care and prevent ion (medical appointments, oral health, consumption of medicines, reproductive health, vaccination against influenza, monitoring of cholesterol and high blood p r e s su re , b l ood dona t i on , utilisation of health care systems and health care insurances), with a view to characterise the residents to prevention and healing behaviours;

    Health determinants linked to living styles (smoking, diet, alcoholic drinking, physical activity), aimed to characterise residents habits that can contribute to prevent health problems;

    Quality of living (self-perceived quality of living)

    In general, results are detailed by sex and decennial age groups, while for 2005/2006 are also presented the country level and the discrimination of the three territorial groups corresponding to independent health public policy and management authorities: National Health Care System, in Mainland, Regional Health Care Systems, in the Autonomous Regions of Aores and Madeira. For 1998/1999, as already mentioned, results are not available for the Autonomous Regions of Aores and Madeira.

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 9

    P o n t u a l m e n t e , s o t a m b m apresentados quadros de resultados com discriminao pelas cinco regies NUTS II[2] do Continente. A escolha destes quadros visou retratar fenmenos com expresso no homognea ao nvel do Continente, a que se acrescentou o critrio da significncia estatstica dos resultados. Cabe explicitar que existe, em geral, uma associao inversa entre detalhe dos quadros de resultados e nvel de significncia das estimativas, sendo este aferido pelos coeficientes de variao[3].

    [2] NUTS: Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatsticos; NUTS nvel II (1989): Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.[3] Ver nota metodolgica.

    In a few cases, tables are also presented using the five NUTS 2[2] regions for Mainland. The choice of these tables envisaged the picture of phenomena that are not homogeneous for the different regions in Mainland, while taking into account criteria of statistical significance. In general, there is an inverse association between detail of tabulations and the level of significance of the estimates, which is evaluated by the coefficients of variation in this report[3].

    [2] NUTS: Nomenclature of Territorial Units for Statistical Purposes; NUTS level 2 (1989): Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.[3] See methodological note.

  • NDICE

    INTRODUO 3

    SUMRIO 7

    .01 NOTA METODOLGICA CARACTERSTICAS GERAIS DOS INQURITOS NACIONAIS DE SADE (INS) 21 OS INS ANTERIORES 21

    CARACTERIZAO GERAL DO QUARTO INQURITO NACIONAL DE SADE (4INS) 21

    DESENHO DO QUESTIONRIO 22

    CONTEDO DO QUESTIONRIO 23

    PR-TESTE 23

    QUESTIONRIO FINAL 23

    AMOSTRAGEM 24

    POPULAO EM ESTUDO 24

    DESENHO DA AMOSTRA 24

    DIMENSIONAMENTO E DISTRIBUIO DA AMOSTRA 25

    FORMAO DOS FORMADORES, DAS EQUIPAS DE CAMPO E DE CODIFICAO 26

    TRABALHO DE CAMPO 27

    PLANO DE ANLISE E RELATRIOS FINAIS 29

    ESTIMATIVAS E SUA PRECISO 29

    PONDERADORES ESPECFICOS 30

    .02 APRESENTAO DOS RESULTADOS ESTADO DE SADE, DOENAS CRNICAS E INCAPACIDADES 33

    AUTO-APRECIAO DO ESTADO DE SADE 35

    OBESIDADE 36

    DOENAS CRNICAS 38

    SOFRIMENTO PSICOLGICO 42

    INCAPACIDADE TEMPORRIA 43

    CUIDADOS DE SADE E PREVENO 47

    ACESSO A CUIDADOS DE SADE 49 CONSULTAS MDICAS 50

    CONSUMO DE MEDICAMENTOS 52

    HIGIENE ORAL 54

    MTODOS CONTRACEPTIVOS 56

    VACINAO CONTRA A GRIPE 57

    MONITORIZAO DA TENSO ARTERIAL E DO COLESTEROL 57

    DOAO DE SANGUE 58

    DETERMINANTES DA SADE RELACIONADOS COM ESTILOS DE VIDA 59

    CONSUMO DE TABACO 61 HBITOS ALIMENTARES 64

    CONSUMO DE BEBIDAS ALCOLICAS 66

    ACTIVIDADE FSICA 68

  • QUALIDADE DE VIDA 69

    QUALIDADE DE VIDA 71

    .03 RESULTADOS ESTADO DE SADE, DOENAS CRNICAS E INCAPACIDADES 73

    1. POPULAO RESIDENTE POR AUTO-APRECIAO DO ESTADO DE SADE, SEXO E GRUPO ETRIO 75 1.1 Portugal 2005/2006 75

    1.2 Continente 2005/2006 76

    1.3 Norte 2005/2006 77

    1.4 Centro 2005/2006 78

    1.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 79

    1.6 Alentejo 2005/2006 80

    1.7 Algarve 2005/2006 81

    1.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 82

    1.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 83

    1.10 Continente 1998/1999 84

    1.11 Norte 1998/1999 85

    1.12 Centro 1998/1999 86

    1.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 87

    1.14 Alentejo 1998/1999 88

    1.15 Algarve 1998/1999 89

    2. POPULAO RESIDENTE COM 18 OU MAIS ANOS POR DISTRIBUIO DAS CLASSES DE NDICE DE MASSA CORPORAL (IMC), SEXO E GRUPO ETRIO 90

    2.1 Portugal 2005/2006 90 2.2 Continente 2005/2006 91

    2.3 Norte 2005/2006 92

    2.4 Centro 2005/2006 93

    2.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 94

    2.6 Alentejo 2005/2006 95

    2.7 Algarve 2005/2006 96

    2.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 97

    2.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 98

    2.10 Continente 1998/1999 99

    2.11 Norte 1998/1999 100

    2.12 Centro 1998/1999 101

    2.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 102

    2.14 Alentejo 1998/1999 103

    2.15 Algarve 1998/1999 104

  • 3. POPULAO RESIDENTE COM 18 OU MAIS ANOS POR DISTRIBUIO DAS CLASSES DE NDICE DE

    MASSA CORPORAL (IMC), SEXO E GRUPO ETRIO 105

    3.1 Portugal 2005/2006 105 3.2 Continente 2005/2006 106

    3.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 107

    3.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 108

    3.5 Continente 1998/1999 109

    4. POPULAO RESIDENTE POR TIPO DE DOENA CRNICA EXISTENTE, SEXO E GRUPO ETRIO 110

    4.1 Portugal 2005/2006 110 4.2 Continente 2005/2006 112

    4.3 Norte 2005/2006 114

    4.4 Centro 2005/2006 115

    4.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 116

    4.6 Alentejo 2005/2006 117

    4.7 Algarve 2005/2006 118

    4.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 119

    4.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 121

    4.10 Continente 1998/1999 123

    4.11 Norte 1998/1999 124

    4.12 Centro 1998/1999 125

    4.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 126

    4.14 Alentejo 1998/1999 127

    4.15 Algarve 1998/1999 128

    5. POPULAO RESIDENTE POR TIPO DE DOENA CRNICA, FONTE DE INFORMAO DO DIAGNSTICO E OCORRNCIA DA DOENA NOS DOZE MESES ANTERIORES ENTREVISTA 129

    5.1 Portugal 2005/2006 129 5.2 Continente 2005/2006 130

    5.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 131

    5.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 132

    5.5 Continente 1998/1999 133

    6. POPULAO RESIDENTE QUE DECLAROU SOFRER DE TENSO ARTERIAL ALTA, POR IDADE DO INCIO DA DOENA, FONTE DE INFORMAO DO DIAGNSTICO, OCORRNCIA DA DOENA NOS DOZE MESES ANTERIORES ENTREVISTA, SEXO E GRUPO ETRIO 134

    6.1 Portugal 2005/2006 134

    6.2 Continente 2005/2006 136

    6.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 138

    6.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 140

    7. POPULAO RESIDENTE COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 1 ANO E INCAPACIDADE TEMPORRIA, POR DIAS DE PERMANNCIA NA CAMA NAS DUAS SEMANAS ANTERIORES ENTREVISTA, SEXO E GRUPO ETRIO 142

  • 7.1 Portugal 2005/2006 142

    7.2 Continente 2005/2006 143

    7.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 144

    7.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 145

    7.5 Continente 1998/1999 146

    8. POPULAO RESIDENTE COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 1 ANO QUE REFERIU INCAPACIDADE TEMPORRIA OU ALTERAO AO ESTADO DE SADE NAS DUAS SEMANAS ANTERIORES ENTREVISTA, POR PROCEDIMENTOS, SEXO E GRUPO ETRIO 147

    8.1 Portugal 2005/2006 147

    8.2 Continente 1998/1999 148

    8.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 149

    8.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 150

    9. POPULAO RESIDENTE COM 10 E MAIS ANOS QUE DECLAROU ESTAR SEMPRE ACAMADA OU SEMPRE SENTADA NUMA CADEIRA OU LIMITADA SUA CASA PARA SE MOVIMENTAR, E QUE REFERIU PELO MENOS UMA INCAPACIDADE DE LONGA DURAO DE GRAU 1 E/OU GRAU 2, POR GRAU DE INCAPACIDADES E SEXO 151

    9.1 Portugal 2005/2006 151

    9.2 Continente 2005/2006 151

    9.3 Norte 2005/2006 152

    9.4 Centro 2005/2006 152

    9.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 153

    9.6 Alentejo 2005/2006 153

    9.7 Algarve 2005/2006 154

    9.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 154

    9.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 155

    9.10 Continente 1998/1999 156

    9.11 Norte 1998/1999 156

    9.12 Centro 1998/1999 157

    9.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 157

    9.14 Alentejo 1998/1999 158

    9.15 Algarve 1998/1999 158

    10. POPULAO RESIDENTE COM 15 OU MAIS ANOS, POR EXISTNCIA PROVVEL DE SOFRIMENTO PSICOLGICO (MHI-5 52), ANOS DE ESCOLARIDADE COMPLETADOS, SEXO E GRUPO ETRIO 159

    10.1 Portugal 2005/2006 159

    10.2 Continente 2005/2006 160

    10.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 161

    10.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 162

    11. POPULAO RESIDENTE COM 15 OU MAIS ANOS DE IDADE, POR EXISTNCIA PROVVEL DE SOFRIMENTO PSICOLGICO (MHI-5 52), SITUAO PERANTE O TRABALHO, SEXO E GRUPO ETRIO 163

    11.1 Portugal 2005/2006 163

    11.2 Continente 2005/2006 165

    11.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 167

    11.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 169

  • CUIDADOS DE SADE E PREVENO 171

    12. POPULAO RESIDENTE POR SUBSISTEMA DE SADE A QUE RECORRE MAIS VEZES PARA UTILIZAO DE BENEFCIOS E SEXO 173

    12.1 Portugal 2005/2006 173

    12.2 Continente 2005/2006 173

    12.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 174

    12.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 174

    12.5 Continente 1998/1999 175

    13. POPULAO RESIDENTE POR EXISTNCIA OU NO DE SEGURO DE SADE, RISCOS COBERTOS E SEXO 176 13.1 Portugal 2005/2006 176

    13.2 Continente 2005/2006 176

    13.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 177

    13.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 177

    13.5 Continente 1998/1999 178

    14. POPULAO RESIDENTE POR NMERO DE CONSULTAS MDICAS NOS TRS MESES ANTERIORES ENTREVISTA, SEXO E GRUPO ETRIO 179

    14.1 Portugal 2005/2006 179

    14.2 Continente 2005/2006 180

    14.3 Norte 2005/2006 181

    14.4 Centro 2005/2006 182

    14.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 183

    14.6 Alentejo 2005/2006 184

    14.7 Algarve 2005/2006 185

    14.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 186

    14.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 187

    14.10 Continente 1998/1999 188

    14.11 Norte 1998/1999 189

    14.12 Centro 1998/1999 190

    14.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 191

    14.14 Alentejo 1998/1999 192

    14.15 Algarve 1998/1999 193

    15. POPULAO RESIDENTE QUE CONSULTOU O MDICO NOS TRS MESES ANTERIORES ENTREVISTA, POR MOTIVO DA LTIMA CONSULTA, SEXO E GRUPO ETRIO 194

    15.1 Portugal 2005/2006 194

    15.2 Continente 2005/2006 195

    15.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 196

    15.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 197

    15.5 Continente 1998/1999 198

  • 16. POPULAO RESIDENTE QUE REFERIU TER TOMADO MEDICAMENTOS NAS DUAS SEMANAS ANTERIORES ENTREVISTA, RECEITADOS PELO MDICO E COMPRADOS NUMA FARMCIA, POR MOTIVO PARA QUE FORAM TOMADOS, SEXO E GRUPO ETRIO 199

    16.1 Portugal 2005/2006 199

    16.2 Continente 2005/2006 201

    16.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 203

    16.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 205

    17. POPULAO RESIDENTE QUE REFERIU TER TOMADO MEDICAMENTOS NAS DUAS SEMANAS ANTERIORES ENTREVISTA, NO RECEITADOS PELO MDICO E COMPRADOS NUMA FARMCIA, POR MOTIVO PARA QUE FORAM TOMADOS, SEXO E GRUPO ETRIO 207

    17.1 Portugal 2005/2006 207

    17.2 Continente 2005/2006 208

    17.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 209

    17.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 210

    18. POPULAO RESIDENTE COM 2 OU MAIS ANOS QUE CONSULTOU OU NO UM ESTOMATOLOGISTA, DENTISTA, HIGIENISTA OU OUTRO TCNICO DE SADE ORAL, POR MOTIVOS, SEXO E GRUPO ETRIO 211

    18.1 Portugal 2005/2006 211

    18.2 Continente 2005/2006 213

    18.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 215

    18.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 217

    18.5 Continente 1998/1999 219

    19. POPULAO RESIDENTE COM 2 OU MAIS ANOS POR CUIDADOS DE HIGIENE DA BOCA E HBITO DE ESCOVAGEM DE DENTES ANTES DE DEITAR, SEXO E GRUPO ETRIO 221

    19.1 Portugal 2005/2006 221

    19.2 Continente 2005/2006 222

    19.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 223

    19.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 224

    19.5 Continente 1998/1999 225

    20. POPULAO RESIDENTE COM 15 OU MAIS ANOS QUE REFERIU TER PRTESE DENTRIA (PLACA), POR TIPO DE PRTESE E SEXO 226

    20.1 Portugal 2005/2006 226

    20.2 Continente 2005/2006 226

    20.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 226

    20.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 227

    20.5 Continente 1998/1999 227

    21. POPULAO FEMININA RESIDENTE COM IDADE ENTRE OS 15 E OS 55 ANOS POR UTILIZAO DE MTODO(S) CONTRACEPTIVO(S), TIPO DE MTODO(S) UTILIZADO(S) COM MAIOR FREQUNCIA, LOCAL DE VIGILNCIA E GRUPO ETRIO 228

    21.1 Portugal 2005/2006 228

    21.2 Continente 2005/2006 228

    21.3 Norte 2005/2006 229 21.4 Centro 2005/2006 229

  • 21.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 230 21.6 Alentejo 2005/2006 230 21.7 Algarve 2005/2006 231 21.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 231 21.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 232

    22. POPULAO RESIDENTE COM 15 OU MAIS ANOS DE IDADE, POR VACINAO CONTRA A GRIPE E ANO DA LTIMA VACINAO, SEXO E GRUPO ETRIO 233

    22.1 Portugal 2005/2006 233

    22.2 Continente 2005/2006 234

    22.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 235

    22.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 236

    23. POPULAO RESIDENTE COM 15 OU MAIS ANOS, POR VERIFICAO DA TENSO ARTERIAL E DO COLESTEROL, SEXO E GRUPO ETRIO 237

    23.1 Portugal 2005/2006 237

    23.2 Continente 2005/2006 238

    23.3 Norte 2005/2006 239

    23.4 Centro 2005/2006 240

    23.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 241

    23.6 Alentejo 2005/2006 242

    23.7 Algarve 2005/2006 243

    23.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 244

    23.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 245

    24. POPULAO RESIDENTE COM 18 OU MAIS ANOS POR NMERO DE VEZES QUE DEU SANGUE NOS 12 MESES ANTERIORES ENTREVISTA, SEXO E GRUPO ETRIO 246

    24.1 Portugal 2005/2006 246

    24.2 Continente 2005/2006 247

    24.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 248

    24.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 249

    DETERMINANTES DA SADE RELACIONADOS COM ESTILOS DE VIDA 251

    25. POPULAO RESIDENTE COM 10 OU MAIS ANOS POR CONSUMO DE TABACO, SEXO E GRUPO ETRIO 253 25.1 Portugal 2005/2006 253

    25.2 Continente 2005/2006 254

    25.3 Norte 2005/2006 255

    25.4 Centro 2005/2006 256

    25.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 257

    25.6 Alentejo 2005/2006 258

    25.7 Algarve 2005/2006 259

    25.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 260

    25.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 261

    25.10 Continente 1998/1999 262

    25.11 Norte 1998/1999 263

  • 25.12 Centro 1998/1999 264

    25.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 265

    25.14 Alentejo 1998/1999 266

    25.15 Algarve 1998/1999 267

    26. POPULAO RESIDENTE COM 10 OU MAIS ANOS QUE FUMA ACTUALMENTE E DIARIAMENTE, POR IDADE EM QUE COMEOU A FUMAR, SEXO E GRUPO ETRIO 268

    26.1 Portugal 2005/2006 268 26.2 Continente 2005/2006 269

    26.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 270

    26.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 271

    26.5 Continente 1998/1999 272

    27. POPULAO RESIDENTE COM 10 OU MAIS ANOS QUE FUMA EM MDIA AT 20 CIGARROS E 21 OU MAIS CIGARROS POR DIA, POR ANOS DE ESCOLARIDADE COMPLETADOS E SEXO 273

    27.1 Portugal 2005/2006 273

    27.2 Continente 2005/2006 273

    27.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 274

    27.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 274

    27.5 Continente 1998/1999 275

    28. POPULAO RESIDENTE COM 10 OU MAIS ANOS POR FREQUNCIA DE PERMANNCIA EM ESPAOS FECHADOS JUNTO DE FUMADORES, SEXO E GRUPO ETRIO 276

    28.1 Portugal 2005/2006 276 28.2 Continente 2005/2006 277

    28.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 278

    28.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 279

    29. POPULAO RESIDENTE POR NMERO DE REFEIES DIRIAS E NMERO DE VEZES QUE COME FORA DAS REFEIES, SEXO E GRUPO ETRIO 280

    29.1 Portugal 2005/2006 280

    29.2 Continente 2005/2006 281

    29.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 282

    29.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 283

    29.5 Continente 1998/1999 284

    30. POPULAO RESIDENTE POR TIPO DE ALIMENTOS CONSUMIDOS NAS REFEIES PRINCIPAIS, NO DIA ANTERIOR ENTREVISTA, SEXO E GRUPO ETRIO 285

    30.1 Portugal 2005/2006 285

    30.2 Continente 2005/2006 287

    30.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 289

    30.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 291

    31.POPULAO RESIDENTE POR TIPO DE ALIMENTOS CONSUMIDOS FORA DAS REFEIES PRINCIPAIS, NO DIA ANTERIOR ENTREVISTA, SEXO E GRUPO ETRIO 293

  • 31.1 Portugal 2005/2006 293

    31.2 Continente 2005/2006 295

    31.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 297

    31.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 299

    32. POPULAO RESIDENTE QUE NOS 12 MESES ANTERIORES ENTREVISTA BEBEU ALGUMA BEBIDA ALCOLICA, POR TIPO DE BEBIDA, SEXO E GRUPO ETRIO 301

    32.1 Portugal 2005/2006 301

    32.2 Continente 2005/2006 302

    32.3 Norte 2005/2006 303

    32.4 Centro 2005/2006 304

    32.5 Lisboa e Vale do Tejo 2005/2006 305

    32.6 Alentejo 2005/2006 306

    32.7 Algarve 2005/2006 307

    32.8 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 308

    32.9 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 309

    32.10 Continente 1998/1999 310

    32.11 Norte 1998/1999 311

    32.12 Centro 1998/1999 312

    32.13 Lisboa e Vale do Tejo 1998/1999 313

    32.14 Alentejo 1998/1999 314

    32.15 Algarve 1998/1999 315

    33. POPULAO RESIDENTE QUE REFERIU TER TOMADO BEBIDAS ALCOLICAS NA SEMANA ANTERIOR ENTREVISTA, POR NMERO DE DIAS EM QUE TOMOU, COMPARAO DO CONSUMO ENTRE O FIM-DE-SEMANA E OS DIAS DA SEMANA, SEXO E GRUPO ETRIO 316 33.1 Portugal 2005/2006 316

    33.2 Continente 2005/2006 317

    33.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 318

    33.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 319

    33.5 Continente 1998/1999 320

    34. POPULAO RESIDENTE ENTRE OS 15 E OS 69 ANOS, POR TEMPO GASTO EM MDIA DIRIA A ANDAR E SENTADO, SEXO E GRUPO ETRIO 321

    34.1 Portugal 2005/2006 321

    34.2 Continente 2005/2006 322

    34.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 323

    34.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 324

    QUALIDADE DE VIDA 325

    35. POPULAO RESIDENTE COM 15 OU MAIS ANOS DE IDADE, POR AUTO-APRECIAO DA QUALIDADE DE VIDA, SEXO E GRUPO ETRIO 327 35.1 Portugal 2005/2006 327

    35.2 Continente 2005/2006 328

    35.3 Regio Autnoma dos Aores 2005/2006 329

    35.4 Regio Autnoma da Madeira 2005/2006 330

  • .01

    NOTA METODOLGICA

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 21

    CARACTERSTICAS GERAIS DOS INQURITOS NACIONAIS DE SADE (INS)

    Os Inquritos Nacionais de Sade (INS) so operaes estatsticas realizadas periodicamente por amostragem e por entrevista, com o objectivo de se obterem indicadores sobre o estado de sade e factores que o determinam para a populao residente em Portugal.

    Os INS so operaes estatsticas do Sistema Estatstico Nacional e contribuem para o planeamento e para a avaliao dos programas de sade nacionais, funo contemplada no Plano Nacional de Sade, alm de permitirem responder a solicitaes de organismos internacionais, nomeadamente a Organizao Mundial de Sade (OMS), o Organismo Estatstico Europeu (Eurostat) e a Organizao para o Desenvolvimento e Cooperao na Europa (OCDE). Os INS so, tambm, fontes de dados utilizadas em estudos epidemiolgicos por investigadores portugueses e de outros pases.

    OS INS ANTERIORES

    Os trs ltimos INS (1 INS realizado em 1987, 2 INS realizado em 1995/1996, e 3 INS realizado em 1998/1999) foram da responsabilidade, respectivamente, do extinto Departamento de Estudos e Planeamento da Sade (DEPS) (1 e 2 INS) e da Direco-Geral de Sade (DGS) e Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge (INSA) (3INS), tendo sido efectuados contratos de prestao de servios com o Instituto Nacional de Estatstica (INE) para o desenho e seleco da amostra a utilizar (1INS, 2INS, 3INS) e do trabalho de campo (2INS, 3 INS).

    Alm destes Inquritos, foram realizados outros, de mbito regional, a saber: Lisboa e Vale do Tejo (1989), Norte (1990), Alentejo (1991) e Algarve (1993).

    CARACTERIZAO GERAL DO QUARTO INQURITO NACIONAL DE SADE (4INS)

    Cumprindo recomendaes nacionais (Conselho Superior de Estatstica) e internacionais (Eurostat) no sentido de se assegurar uma periodicidade quinquenal para a obteno de indicadores de sade atravs de inqurito por entrevista, foi estabelecida uma parceria entre o INSA e o INE para o planeamento e realizao do 4INS, cujo trabalho de campo decorreu entre Fevereiro de 2005 e Fevereiro 2006.

    Este foi o primeiro INS com abrangncia a todo o territrio nacional, apresentando resultados quer para o Continente, quer para as Regies Autnomas dos Aores e

  • 22 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    da Madeira. Sublinha-se assim que para as Regies Autnomas no se dispe de resultados para perodos anteriores a 2005/2006.

    Tambm pela primeira vez, os resultados apresentados para 1998/1999 e 2005/2006 reportam ao total da populao residente, atravs da aplicao de um mtodo matemtico que expandiu as respostas individuais tendo em conta a composio etria e por sexo da populao residente em Portugal. Note-se que os resultados relativos a 1998/1999 anteriormente divulgados pelo INSA respeitavam apenas a valores amostrais.

    O planeamento e coordenao dos trabalhos de preparao do inqurito e do questionrio, validao e desenho dos quadros de apuramento do 4INS decorreram no mbito do INSA.

    Para a realizao do 4INS foi celebrado um contrato de parceria com o Instituto Nacional de Estatstica, entidade que procedeu ao estudo e desenho da amostra, coordenao do trabalho de campo, obteno e anlise das estimativas e medidas de preciso, e preparao dos suportes de divulgao dos dados, em particular com vista ao destaque comunicao social e presente publicao.

    A Direco-Geral da Sade participou na formulao do questionrio, na preparao e acompanhamento do trabalho de campo, codificao dos dados e, ainda, no plano de apuramentos e na elaborao do destaque para a comunicao social.

    O 4INS abrangeu, pela primeira vez, a populao das Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, regies que colaboraram desde o incio dos trabalhos de preparao e realizao deste inqurito, atravs das respectivas Secretarias Regionais dos Assuntos Sociais, do Servio Regional de Estatstica dos Aores e da Direco Regional de Estatstica da Madeira.

    DESENHO DO QUESTIONRIO

    A fase de preparao do questionrio decorreu entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2004 e teve como aspectos mais relevantes:

    a alterao do contedo do questionrio, incluindo o ajustamento do modelo de aplicao de algumas reas ao longo das 52 semanas de trabalho de campo;

    a realizao de um pr-teste ao questionrio; a realizao de aces de formao a formadores, s equipas de campo e equipa de codificao.

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 23

    CONTEDO DO QUESTIONRIO

    Em relao ao inqurito anterior, o 4 INS utilizou um questionrio que inclui quatro novas reas temticas de inquirio, tendo sido alterados e alargados, em alguns casos de forma aprecivel, os contedos das restantes onze reas de inquirio, garantindo-se, sempre que possvel, a comparabilidade com os inquritos anteriores, excepo da rea de actividade fsica, totalmente modificada.

    Esta reformulao deveu-se quer s recomendaes dos Organismos internacionais (Eurostat, OMS) para a utilizao de novos instrumentos de recolha de dados, quer s sugestes das estruturas do Ministrio da Sade, em resposta consulta escrita efectuada pelo INSA em 2002-2003, no incio da preparao do 4 INS. Esta consulta teve como objectivo a adequao do contedo temtico do INS anterior (1998/1999) s necessidades da avaliao e monitorizao do estado de sade da populao portuguesa e seus factores determinantes.

    PR-TESTE

    As alteraes ao questionrio utilizado em 1998/1999 levaram necessidade da realizao de um pr-teste s perguntas das vrias reas de inquirio, com o objectivo de avaliar o seu contedo, formulao, sequncia e durao mdia das entrevistas.

    A recolha do pr-teste decorreu de 20 de Abril a 2 de Maio de 2004 na Regio de Lisboa e Vale do Tejo, e foi efectuada sob orientao tcnica do INSA, por entrevistadores do INE que entrevistaram 79 famlias, num total de 168 indivduos.

    A anlise, sobretudo qualitativa, dos resultados do pr-teste permitiu detectar alguns constrangimentos, quer ao nvel da formulao, quer ao nvel da dimenso do questionrio, que conduziram sua reestruturao, com recurso a um novo modelo de articulao modular dos vrios captulos, que procurava responder s expectativas dos utilizadores da informao em termos de cobertura temtica, reflectindo todavia a preocupao em estabelecer limites para a carga estatstica sobre os respondentes.

    QUESTIONRIO FINAL

    O questionrio final inclui um ncleo central de inquirio com onze reas temticas de informao, aplicadas em todos os quatro trimestres de trabalho de campo, seis outras reas, aplicadas de forma rotativa apenas num dos quatro trimestres de trabalho de campo. Procurou, assim, garantir-se que a durao mdia das entrevistas por famlia no excedesse setenta e cinco minutos, com repercusses certamente positivas no processo de recolha de dados, e apenas comprometendo o nvel de significncia dos resultados para desagregaes finas nos temas inerentes s reas rotativas.

  • 24 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    O ncleo central do questionrio do 4INS formado pelas seguintes reas temticas: caracterizao scio-demogrfica; informaes gerais de sade; incapacidade temporria; doenas crnicas; cuidados de sade; consumo de medicamentos; despesas e rendimentos; consumo de tabaco; consumo de alimentos e bebidas; sade reprodutiva e planeamento familiar; sade mental. Estas temticas foram dirigidas amostra total de alojamentos seleccionados e a todos os indivduos que neles residiam.

    As reas de inquirio aplicadas apenas num dos quatro trimestres de trabalho de campo foram:

    incapacidade de longa durao (1 trimestre);

    actividade fsica (2 trimestre);

    sade oral e cuidados preventivos (3 trimestre);

    qualidade de vida e insegurana alimentar (4 trimestre).

    Sendo de inquirio trimestral, as questes associadas a estas reas foram apenas dirigidas a cerca de dos alojamentos que constituem a amostra total.

    AMOSTRAGEM

    POPULAO EM ESTUDO

    A populao abrangida pelo 4 INS foi constituda pelo conjunto dos indivduos que residiam em alojamentos familiares em Portugal, data da realizao das entrevistas. Excluiu-se do inqurito a populao residente em alojamentos colectivos e outros alojamentos no clssicos.

    DESENHO DA AMOSTRA

    A amostra para o 4 INS foi seleccionada a partir da Amostra-Me (AM), que uma amostra de unidades de alojamento destinada a servir de base de amostragem dos inquritos realizados pelo INE junto das famlias.

    AMOSTRA-ME

    A AM foi seleccionada a partir dos dados do Recenseamento da Populao e Habitao de 2001 (Censos 2001), utilizando-se para o efeito um esquema de amostragem complexo, que incluiu estratificao e seleco sistemtica de conglomerados.

    O nvel da estratificao utilizado na construo da AM foi o nvel III da Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatsticos (NUTS), embora em algumas das regies se tenha ainda efectuado uma sub-estratificao para garantir a seleco de unidades de alojamento nessas sub-regies.

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 25

    Os conglomerados so reas constitudas por uma ou mais seces estatsticas dos Censos 2001, tendo um mnimo de 240 unidades de alojamento de residncia principal. As reas foram definidas mediante a condio de que seces pertencentes mesma rea sejam contguas e no ultrapassem os limites do concelho a que pertencem.

    Posteriormente, em cada estrato e numa nica etapa, procedeu-se seleco sistemtica de conglomerados, com probabilidade proporcional ao nmero de alojamentos de residncia principal.

    A AM constituda por 1408 reas, tendo-se listado em cada uma todos os alojamentos familiares, sendo cada um deles referenciado pela respectiva morada e nome do representante.

    Os alojamentos colectivos, que compreendem os hotis e similares e ainda as convivncias (apoio social, educao, militar, prisional, religiosa, sade, trabalho e outras) foram excludos da AM e como tal, no fazem parte da amostra do 4 INS.

    AMOSTRA DO 4 INS

    A amostra do 4 INS foi seleccionada a partir da AM introduzindo uma nova etapa no processo de seleco. Assim, as unidades da primeira etapa (unidades primrias) correspondem s reas da AM, e as unidades da segunda etapa (unidades secundrias) correspondem aos alojamentos familiares de residncia principal existentes em cada uma das reas.

    Dentro das unidades secundrias alojamentos de residncia principal no se realizou qualquer amostragem, dado que se recolheu informao sobre todos os indivduos que a tinham a sua residncia principal.

    O nmero de reas seleccionadas para o INS, segundo um processo aleatrio que assegurou uma boa distribuio geogrfica, teve em conta o nmero de alojamentos a seleccionar em cada uma das regies e o limite mximo de 7 ou 8 entrevistas a realizar por cada entrevistador e por semana.

    Em cada uma das regies NUTS II, as reas seleccionadas foram distribudas de forma mais ou menos uniforme por trimestre e por semana, de modo a minimizar os efeitos sazonais nos resultados do inqurito.

    DIMENSIONAMENTO E DISTRIBUIO DA AMOSTRA

    O dimensionamento da amostra, em nmero de indivduos, foi efectuado pelo INE em colaborao com o INSA, de acordo com os seguintes critrios:

    Ter por base os resultados dos Censos 2001 e a informao do Inqurito Nacional de Sade de 1998/1999.

    Ter uma distribuio aproximadamente homognea nas sete regies NUTS II

  • 26 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    (delimitao de 1989), de forma a garantir em cada uma, um coeficiente de variao no superior a 15% para sub-populaes no inferiores a 5% da populao de qualquer das regies atrs referidas.

    Permitir a obteno de estimativas para as Regies de Sade, embora essas estimativas possam no respeitar as condies de preciso indicadas na alnea anterior.

    O nmero de alojamentos a visitar para obter o nmero de indivduos correspondentes amostra dimensionada com base nos critrios atrs definidos, foi obtido tendo como base o nmero mdio de indivduos (que esto no mbito do inqurito) por alojamento de residncia principal, segundo os Censos 2001.

    A fim de colmatar possveis no respostas devidas a desactualizaes da base de amostragem, a amostra de alojamentos atrs referida, foi reforada com uma taxa adequada, de modo a que o nmero final de entrevistas conseguidas fosse o previsto inicialmente.

    No quadro seguinte apresenta-se a dimenso global da amostra, em unidades de alojamento, e a sua distribuio por cada uma das regies NUTS II.

    FORMAO DOS FORMADORES, DAS EQUIPAS DE CAMPO E DE CODIFICAO

    As entrevistas do 4INS foram realizadas por entrevistadores recrutados pelo INE, com formao geral em tcnicas de entrevista e formao especfica nos contedos do 4INS, ministrada por tcnicos da DGS e do INSA.

    NUTS IIDimenso

    (unidades de alojamento)

    Total 19 950

    Norte 2 604

    Centro 3 048

    Lisboa e Vale do Tejo 3 328

    Alentejo 3 045

    Algarve 3 220

    R. A. Aores 2 304

    R. A. Madeira 2 401

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 27

    A formao das equipas de campo que realizaram o 4INS consistiu em quatro fases:

    sesses em sala com durao de dois dias e meio por cada grupo de entrevistadores (12 a 15 pessoas), incluindo a realizao de exerccios de simulao de entrevista com recurso a computador porttil;

    execuo de um Inqurito Piloto por todos os formandos (ltimo trimestre de 2004), realizado em 970 unidades de alojamento, distribudas pelas 7 regies NUTS II, a que corresponderam 1 972 pessoas entrevistadas;

    discusso dos resultados do Inqurito Piloto com todas as equipas de campo (Janeiro de 2005), com vista anlise das dificuldades sentidas durante as entrevistas, esclarecimento de dvidas, discusso dos resultados inventariados aquando da validao das entrevistas pelo INSA e, em consequncia, preparao de uma adenda ao manual do trabalho de campo;

    acompanhamento tcnico durante o ano em que decorreu o trabalho de campo.

    Os valores de algumas das variveis caracterizadas pelo 4INS, nomeadamente nas reas de cuidados mdicos, especialidades mdicas, patologias, acidentes, profisses e actividade econmica, careceram de codificao especfica posterior, efectuada por uma equipa de cinco pessoas a trabalhar no INSA.

    A Direco-Geral da Sade, atravs do servio de codificao, ministrou formao especfica acerca da utilizao da 10 verso da Classificao Internacional de Doenas e Causas de Morte (CID-10).

    TRABALHO DE CAMPO

    O trabalho de campo do 4 INS decorreu entre 7 de Fevereiro de 2005 e 5 de Fevereiro de 2006 com a realizao de entrevistas presenciais, assistidas por computador (CAPI, Computer Assisted Personnal Interview), a todas as pessoas residentes em cada uma das unidades de alojamento includas na amostra seleccionada. Realizaram-se entrevistas a 15 457 famlias, correspondendo a 41 193 pessoas residentes em 15 239 unidades de alojamento, das 19 950 inicialmente previstas.

    Para assegurar o controlo da qualidade do trabalho de campo, efectuaram-se entrevistas de reinquirio a uma sub-amostra de 10% da amostra total com um desfasamento de trs semanas em relao entrevista original.

  • 28 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    A taxa de realizao de entrevistas foi de 76% a nvel nacional, com os seguintes valores para as sete regies NUTS II:

    (%)

    NUTS IITaxa de realizao de

    entrevistas

    Total 76

    Norte 83

    Centro 76

    Lisboa e Vale do Tejo 70

    Alentejo 78

    Algarve 76

    R. A. Aores 82

    R. A. Madeira 71

    A causa de no realizao mais frequente foi a causa unidade de alojamento no habitada. O valor da taxa de no realizao, correspondente causa unidade de alojamento no habitada, foi de 7% nas regies Norte e Lisboa e Vale do Tejo, 8% nas regies Centro e Aores, 9% no Algarve e 10% nas regies Alentejo e Madeira.

    Por outro lado, as ausncias de curta durao, caractersticas da dificuldade crescente de encontrar os inquiridos nas unidades de alojamento em horrios apropriados para a realizao das entrevistas, sobretudo em zonas urbanas, predominaram na regio de Lisboa e Vale do Tejo, atingindo 8%. Outra causa de no realizao que se evidenciou nesta regio foi a recusa: em 5% das unidades de alojamento previstas, as pessoas contactadas recusaram explicitamente a recolha de informao.

    A durao mdia das entrevistas do 4INS, em Portugal, foi de 64 minutos, com valores por regio conforme quadro seguinte:

    (em minutos)

    NUTS IIDurao mdia das

    entrevistas

    Total 64

    Norte 63

    Centro 56

    Lisboa e Vale do Tejo 77

    Alentejo 53

    Algarve 60

    R. A. Aores 61

    R. A. Madeira 79

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 29

    PLANO DE ANLISE E RELATRIOS FINAIS

    Para a concretizao do plano de anlise geral dos dados do 4INS, procedeu-se a uma consulta escrita s entidades centrais e regionais do Ministrio da Sade, assim como s Secretarias Regionais dos Assuntos Sociais das Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, com o objectivo de adequar, tanto quanto possvel, os relatrios finais de resultados do 4 INS s necessidades de informao expressas por decisores e por responsveis pelas intervenes na rea da sade da populao em Portugal.

    A publicao que agora se apresenta contm uma smula dos quadros de apuramento planeados, com um resumo da informao mais relevante.

    ESTIMATIVAS E SUA PRECISO[4]

    O clculo das estimativas tem como base a aplicao a cada unidade estatstica (indivduo) de ponderadores que permitem expandir os dados recolhidos junto dos respondentes para a populao residente.

    Estes ponderadores so calculados em duas fases:

    1 fase: Determinao de um ponderador inicial, a nvel de regio NUTS II, baseado no estimador de Horvitz-Thompson, dado pelo inverso da probabilidade de seleco de cada unidade amostral alojamento.

    2 fase: Correco dos ponderadores iniciais aplicando o mtodo de ajustamento por margens, para cada uma das regies geogrficas envolvidas, de modo a que a distribuio dos efectivos ponderados pelos valores das variveis consideradas no ajustamento, seja idntica estrutura no universo correspondente.

    As margens utilizadas foram as estimativas da populao, fornecidas pelo INE, por sexo e escalo etrio, para os seguintes escales etrios: 0 anos; 1 4; 5 9; 10 14; 15 19; 20 24; 25 29; 30 34; 35 39; 40 44; 45 49; 50 54; 55 59; 60 64; 65 69; 70 74; 75 79; 80 84; 85 e mais.

    Antes de se aplicar o ajustamento por margens aplicou-se ainda um factor de correco para as no respostas, destinado a compensar o efeito provocado por estas na dimenso da amostra.

    Os apuramentos do 4 INS correspondem a totais, ou valores mdios, obtidos pelo

    [4] Tanto as estimativas como a sua preciso foram calculadas informaticamente utilizando o software R - R Development Core Team (2006). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. ISBN 3-900051-07-0, URL.http://www.R-project.org; T. Lumley (2006) survey: analysis of complex survey samples. R package version 3.6-5.

  • 30 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    quociente entre dois totais, correspondendo, portanto, respectivamente estimativa de um total ou de um quociente. Para todas as estimativas so produzidas estimativas das varincias e coeficientes de variao. As varincias so directamente calculadas pelo package Survey do software R para cada uma das regies atrs referidas.

    A preciso de uma estimativa X indicada pelo valor do coeficiente de variao correspondente, obtido atravs da expresso:

    Para o clculo da varincia das estimativas, Var(X), utilizou-se um estimador de varincia do tipo Jacknife; esta tcnica pressupe a partio da amostra em grupos e o clculo de estimativas para toda a amostra e para as vrias subamostras obtidas, retirando amostra global cada um dos grupos constitudos; a varincia estimada com base na variabilidade entre as estimativas obtidas a partir das subamostras constitudas e a calculada a partir da amostra na sua totalidade.

    O intervalo de confiana para a estimativa X poder ser obtido atravs da utilizao da seguinte frmula, para um nvel de confiana de 95%:

    Nesta publicao, as estimativas com coeficientes de variao iguais ou superiores a 100% no so publicadas.

    Em geral, as concluses baseadas em estimativas com coeficientes de variao superiores a 20-25% devem ser elaboradas e interpretadas com cuidado.

    PONDERADORES ESPECFICOS

    Atendendo a alguns condicionalismos do inqurito e/ou do questionrio correspondente, a saber:

    Permisso ou no de respostas proxy[5]

    Questes inquiridas apenas em algumas semanas

    foram calculados vrios ponderadores, dependendo das variveis inquiridas e do mbito temporal (nmero de semanas de inquirio, que condiciona o nmero de indivduos que responderam ao inqurito).

    XVarXICx 96,1

    XXVar

    XVC)(

    ).(.

    [5] As respostas proxy correspondem s que so fornecidas por procurao.

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 31

    Assim, existem sete ponderadores diferentes:

    dois ponderadores para as variveis questionadas nas 52 semanas de inquirio, diferentes no que respeita possibilidade de utilizao de respostas proxy;

    um ponderador para cada rea trimestral (semanas 1 a 13; 14 a 26; 27 a 39; e 40 a 52), num total de quatro ponderadores trimestrais;

    um ponderador especfico para as variveis associadas s semanas 40 a 52 em que no foram aceites respostas proxy.

  • APRESENTAO DOS RESULTADOS

    ESTADO DE SADE, DOENAS CRNICAS E INCAPACIDADES

    .02

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 35

    4

    9

    16

    17

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    35-44 45-54 55-64 65-74 75+Grupos etrios (anos)

    %

    Decrscimo

    Proporo de auto-avaliaes bom ou muito bom

    AUTO-APRECIAO DO ESTADO DE SADE

    Em 2005, 53,4% da populao residente em Portugal apreciava o seu estado de sade como muito bom ou bom.

    Globalmente, no mesmo ano, a perspectiva dos homens sobre o seu estado de sade era mais favorvel que a das mulheres, verificando-se que a proporo de homens que avaliaram o seu estado de sade como muito bom ou bom, 59,6%, era superior em 12 pontos percentuais proporo de mulheres com opinio idntica (47,6%). Esta diferena de percepo verificava-se em todos grupos etrios relativos a 15 e mais anos[6], sendo mais expressiva entre os 35 e os 64 anos (cerca de 16 pontos percentuais na diferena de avaliao muito bom ou bom entre sexos).

    Por outro lado, 32,7% da populao residente em Portugal avaliava o seu estado de sade como razovel, enquanto que 13,9% considerava o seu estado de sade como mau ou muito mau.

    Verificou-se que a partir dos 45 anos a maioria das pessoas j no referia a avaliao muito bom ou bom, verificando-se um decrscimo relevante entre grupos etrios (e.g. 17 pontos percentuais entre o grupo etrio 35-44 anos e o grupo etrio 45-54 anos).

    .01 FIGURA AUTO-AVALIAO MUITO BOM OU BOM POR GRUPO ETRIO (35+ ANOS), PORTUGAL, 2005

    Em contrapartida, o peso da avaliao mau ou muito mau era claramente crescente para as classes etrias mais avanadas.

    [6] Para a populao com 15 e mais anos s foram aceites avaliaes feitas pela prpria pessoa. Para os indivduos com menos de 15 anos, a avaliao foi feita por outrem.

  • 36 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    .02 FIGURA AUTO-AVALIAO DO ESTADO DE SADE POR NUTS II, 2005

    Numa leitura dos resultados por distribuio geogrfica, NUTS II, observa-se uma maioria de escolhas muito bom ou bom em todas as regies.

    A estimativa para os residentes da regio Centro situava-se aqum dos resultados para as restantes regies, com 46,8%. Trata-se de uma caracterstica j observada no inqurito realizado em 1998/1999. Naquele inqurito, a proporo de residentes da regio Centro com auto-avaliao de muito bom ou bom era apenas de 40,5%, para um valor de 47,0% no Continente, e propores superiores a 46% em todas as outras regies.

    Refira-se que a auto-avaliao do estado de sade feita pelos residentes na Regio Autnoma dos Aores claramente mais favorvel quando comparada com os habitantes das outras regies, sendo a opo muito bom ou bom escolhida por 64,3% dos indivduos.

    OBESIDADE

    Em 2005, 15,2% dos residentes adultos (18 e mais anos) em Portugal eram obesos[7]. A prevalncia de mulheres com obesidade, 16,0%, era ligeiramente superior verificada para os homens, 14,3%. Independentemente do sexo, a proporo de indivduos com obesidade aumentava com a idade, sobressaindo a evoluo da prevalncia de obesos entre os grupos etrios 35-44 anos (12,8%) e nos trs grupos etrios subsequentes (22% para o conjunto das idades compreendidas entre 45 e 74 anos).

    0 10 20 30 40 50 60 70

    Norte

    Centro

    Lisboa e Vale do Tejo

    Alentejo

    Algarve

    R. A. Aores

    R. A. Madeira

    %Muito bom ou bom RazovelMau ou muito mau

    [7] A condio de obesidade foi calculada com base no rcio entre o peso medido em quilogramas e o quadrado da altura em metros, designado ndice de Massa Corporal (IMC). De acordo com este indicador, so consideradas obesas todas as pessoas com um resultado igual ou superior a 30 kg/m2.

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 37

    A prevalncia de residentes obesos era mais elevada na populao com menos de 5 anos de escolaridade completados (21,4%), sendo a dissemelhana mais expressiva quando comparada com aqueles que terminaram pelo menos o actual ensino bsico[8], aos quais correspondia uma estimativa de obesos de 6,1%.

    No Continente, a prevalncia de obesos aumentou em 3,2 pontos percentuais entre 1999 (12,0%) e 2005 (15,2%), sendo na regio Norte e na regio Lisboa e Vale do Tejo que se observaram os aumentos mais acentuados, respectivamente com 14,9% e 16,8% em 2005 face a 11,1% e 12,9% em 1999.

    A proporo de adultos residentes no pas com excesso de peso era em 2005 de 35,7%, correspondendo 17,1% a excesso de peso de grau I[9], e 18,6% a excesso de peso de grau II[10].

    No mesmo perodo, 45,6% dos residentes adultos em Portugal, indicaram peso e altura compatveis com um ndice de Massa Corporal adequado (IMC 18,5 kg/m2 a 24,9 kg/m2), os quais eram mais frequentes no sexo feminino, com 48,4%, do que no sexo masculino, com 42,4%.

    Comparando as estimativas obtidas atravs dos inquritos de 1998/99 e 2005/06, pode observar-se que existiu uma reduo na prevalncia de indivduos com peso adequado em 2,7 pontos percentuais, a que correspondeu o aumento da prevalncia de indivduos com excesso de peso de grau II, com mais ponto percentual, e sobretudo no aumento da prevalncia de obesos j referida (3,2 pontos percentuais).

    Apesar destes resultados, quando questionados em 2005 sobre a condio de obesidade que constitui uma doena crnica , apenas 3,8% dos residentes em Portugal referiram ter ou j terem tido este problema, o que sugere um distanciamento expressivo entre os resultados de uma estimativa baseada num ndice padronizado e os que resultam da percepo dos indivduos. A obesidade , tambm, o nico problema de sade, para o qual a fonte de diagnstico indicada por 35,9% da populao abrangida pelo Inqurito Nacional de Sade 2005/2006, no era o mdico ou o enfermeiro, contrariamente ao verificado para todas as outras doenas crnicas sobre as quais se obteve informao[11]. Os valores por sexo correspondem a 2,9% e 4,6%, respectivamente para os homens e para as mulheres. A proporo de indivduos que referiram a existncia de obesidade aumentou de forma mais expressiva no grupo etrio 45 a 54 anos, com mais 2,1 pontos percentuais, a que corresponde mais 1,8 pontos para os homens e 2,4 pontos para as mulheres.

    [8] O ensino bsico corresponde a nove anos de escolaridade.[9] O excesso de peso de grau I corresponde a valores do IMC entre 25,0 kg/m2 e 26,9 kg/m2.[10] O excesso de peso de grau II corresponde a valores do IMC entre 27 kg/m2 e 29,9 kg/m2.[11] Para as restantes doenas a fonte clnica geralmente superior a 95% (cf. Resultados Quadro 5).

  • 38 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    Menos de15

    15-24 25-34 35-44 45-54 55-64

    Grupos etrios (anos)

    %

    Aumento

    Proporo de indivduos que referiram obesidade

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 39

    A comparao das prevalncias de tenso arterial elevada entre 1999 e 2005, para a populao residente no Continente, evidenciou um acrscimo de 5,1 pontos percentuais, de 14,9% para 20,0%, observando-se os valores mais elevados de aumento a partir dos 45 anos de idade.

    .05 FIGURA PREVALNCIA DE TENSO ARTERIAL ELEVADA, CONTINENTE, 1999 E 2005

    O aumento das populaes afectadas por esta doena entre 1999 e 2005 registou valores mais expressivos para os grupos etrios superiores a 45 anos.

    .06 FIGURA AUMENTO DA PREVALNCIA DE HIPERTENSOS ENTRE 1999 E 2005 POR NUTS II

    0 10 20 30 40 50 60

    Menos de 15

    15-24

    25-34

    35-44

    45-54

    55-64

    65-74

    75-84

    85+Grupos etrios

    (anos)

    %2005 1999 Aumento

    13,2

    16,3

    15,7

    17,3

    14,4

    4,9

    5,7

    5,5

    4,6

    4,1

    0 5 10 15 20 25

    Norte

    Centro

    Lisboa e Vale do Tejo

    Alentejo

    Algarve

    %Prevalncia em 1999

    Aumento da prevalncia entre 1999 e 2005

  • 40 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    A anlise comparada dos resultados do 3 e 4 INS ao nvel NUTS II no Continente, evidenciou agravamentos com dimenso percentual semelhante em todas as regies, registando-se acrscimos entre 4,1 pontos percentuais na regio Centro e 5,7 pontos percentuais na regio de Lisboa e Vale do Tejo. O Alentejo a regio continental com maior prevalncia de residentes com tenso arterial elevada em ambos os perodos, sendo tambm a que est associada ao segundo maior acrscimo percentual entre 1999 e 2005 (5,5 pontos percentuais).

    De acordo com o inqurito de 2005/06, estimaram-se propores de residentes hipertensos nas Regies Autnomas dos Aores e da Madeira inferiores s do Continente, com resultados de 16,3% e 13,1%, respectivamente.

    .07 FIGURA PREVALNCIA DE DOENAS CRNICAS REFERIDAS COM MAIOR FREQUNCIA, PORTUGAL, 2005

    A doena reumtica e a dor crnica so problemas referidos por propores dos residentes prximas de 16%, tendo-se verificado a existncia de um segundo grupo de doenas crnicas em que as prevalncias nacionais se situavam em 2005 entre 5 e 10%: depresso, diabetes, osteoporose e asma.

    Os resultados evidenciam que a doena reumtica e a dor crnica afectavam bastante mais as mulheres do que os homens com diferenas de 9,4 e 7,0 pontos percentuais , e em que a prevalncia superior a 20% era atingida com um avano mdio de dez anos em desfavor das mulheres.

    0 5 10 15 20 25

    Tenso arterial alta

    Doena reumtica

    Dor crnica

    Depresso

    Diabetes

    Osteoporose

    Asma

    %

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 41

    .08 FIGURA EVOLUO DA PREVALNCIA DE DOENA REUMTICA E DOR CRNICA POR SEXO E GRUPO ETRIO, PORTUGAL, 2005

    A anlise dos resultados do inqurito 2005/06 por regies NUTS II evidenciou que as prevalncias da doena reumtica, dor crnica, diabetes e asma na Regio Autnoma da Madeira correspondem aos valores mais reduzidos a nvel nacional. Lisboa e Vale do Tejo registou os resultados mais elevados em termos de prevalncias para a doena reumtica, para a dor crnica e para a asma, enquanto que a maior proporo de diabticos foi observada na regio Norte.

    .09 FIGURA PREVALNCIA DE ALGUMAS DOENAS CRNICAS POR NUTS II, 2005

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    Menosde 15

    15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74 75+Grupos etrios (anos)

    %

    Dor crnica - Homens Doena reumtica - HomensDor crnica - Mulheres Doena reumtica - Mulheres

    0 5 10 15 20 25

    Norte

    Centro

    Lisboa e Vale do Tejo

    Alentejo

    Algarve

    R. A. Aores

    R. A. Madeira

    Portugal

    %Doena reumtica Dor crnicaDiabetes Asma

  • 42 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    A diabetes e a asma so doenas crnicas abrangidas pelos inquritos de 1998/99 e 2005/06. Estimou-se um aumento de prevalncia da diabetes de 4,7% para 6,5% no perodo intermdio. Em 2005, a diabetes caracterizava-se por afectar claramente mais indivduos com idades superiores a 55 anos.

    A proporo de asmticos manteve-se estvel no mesmo perodo, com resultados de 5,7% em 1999 e de 5,5% em 2005. A prevalncia de asmticos caracterizava-se em 2005 pela existncia de valores inferiores mdia nacional at aos 55 anos, e prevalncias superiores a esta mdia para as idades mais avanadas. Estes resultados corroboram o padro j observado para a populao do Continente no inqurito de 1998/99.

    SOFRIMENTO PSICOLGICO

    Em 2005, cerca de 27,2% da populao residente com 15 ou mais anos registava existncia provvel de sofrimento psicolgico, medido atravs de um indicador de sade mental (MHI-5)[12]. Esta proporo era superior nas mulheres, com 36,3%, para 17,3% nos homens.

    A anlise de existncia provvel de sofrimento psicolgico por anos de escolaridade completados, evidenciou que esta caracterstica era mais frequente para os indivduos que apenas tinham terminado quatro anos de escolaridade, com 61,2% de prevalncia de sofrimento provvel, e para aqueles que terminaram o actual ensino bsico, com uma prevalncia de 22,8%.

    Do mesmo modo, numa anlise por situao perante o trabalho, os trabalhadores activos e os estudantes apresentaram propores mais baixas de existncia provvel de sofrimento psicolgico face ao estimado para o total da populao. Ao contrrio, as situaes de desempregado, de reformado e a de domstica registam propores mais elevadas no MHI-5 igual ou inferior a 52.

    A probabilidade de sofrimento psicolgico aumenta com a idade. At aos 34 anos, verificou-se que menos de 20% das pessoas se inseriam nos parmetros de provvel sofrimento psicolgico, mas nos vinte anos seguintes a probabilidade de sofrimento psicolgico aproxima-se de uma prevalncia de quase 30%, para finalmente atingir um mximo de 41% aos 75 anos.

    [12] MHI-5: Mental Health Inventory

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 43

    .10 FIGURA PREVALNCIA DE SOFRIMENTO PSICOLGICO PROVVEL (MHI-5 IGUAL OU INFERIOR A 52) POR GRUPO ETRIO, PORTUGAL, 2005

    As mulheres registavam em qualquer idade valores superiores aos homens. A partir dos 55 anos, a proporo das mulheres com provvel sofrimento psicolgico rondava os 50% do total, enquanto que entre os homens, essa proporo se situava abaixo dos 30%.

    INCAPACIDADE TEMPORRIA

    Em 2005, 28,2% dos residentes em Portugal enfrentaram pelo menos uma situao de incapacidade temporria por motivos de sade. A proporo de mulheres nesta condio, 31,8%, era superior verificada para os homens, com 24,3%. Observou-se tambm que a proporo de situaes adversas na faixa etria at 4 anos era razoavelmente elevada, 33,2%, e que aps um forte decrscimo no grupo etrio subsequente, a populao atingida aumentava at 45,1%, valor estimado para os residentes com 75 e mais anos.

    16%

    26%

    39%41%

    27%mdia

    nacional

    15 a 34 anos 35 a 54 anos 55 a 74 anos 75 e + anos

  • 44 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    .11 FIGURA PROPORO DA POPULAO QUE REFERIU INCAPACIDADE TEMPORRIA OU ALTERAO DO ESTADO DE SADE, PORTUGAL, 2005

    O recurso medicao constituiu o procedimento mais comum em caso de incapacidade temporria. Em 2005, cerca de 77% das pessoas, perante aquela situao, tomou medicamentos (ou que j conhecia, ou indicados pelo mdico ou por pessoas conhecidas). Esta proporo era ligeiramente superior nas mulheres (78,5%) comparativamente aos homens (74,5%).

    Por outro lado, 28% da populao que passou por uma situao de incapacidade ou doena temporria recorreu a tratamentos caseiros (chs, ervas ou outros) ou modificou a sua alimentao. Quer neste conjunto de procedimentos, quer na ausncia de procedimentos (14,3% do total) verificaram-se valores ligeiramente superiores no conjunto da populao masculina.

    .12 FIGURA PROCEDIMENTOS PERANTE A INCAPACIDADE TEMPORRIA OU ALTERAO DO ESTADO DE SADE, PORTUGAL, 2005

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    1-4 5-14 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74 75+Grupos etrios (anos)

    %

    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    Medicamentos

    Tratamentos caseiros e alimentao

    No fez nada

    Tratamentos complementares ou alternativos

    Homens Mulheres%

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 45

    Os tratamentos complementares ou alternativos[13] constituram opo para 1,4% do total da populao.

    O consumo de medicamentos perante a situao em anlise foi especialmente importante nas crianas e nas pessoas idosas, ou seja, nas crianas entre 1 e 4 anos e nas pessoas a partir dos 75 anos, aquela proporo ultrapassa os 80%.

    A modificao da alimentao e o uso de tratamentos caseiros perante a alterao do estado de sade foram, por seu turno, mais relevantes na populao com idades entre os 45 e os 74 anos.

    [13] Acupunctura, tratamentos homeopticos, tratamentos osteopticos, tratamentos naturopticos, tratamentos de fitoterapia e tratamentos de quiropraxia.

  • APRESENTAO DOS RESULTADOS

    CUIDADOS DE SADE E PREVENO

    .02

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 49

    ACESSO A CUIDADOS DE SADE

    Em 1999 e 2005, o Sistema Nacional de Sade (SNS) era o subsistema de sade utilizado com maior frequncia por cerca de 80% das pessoas residentes no Continente. Nas Regies Autnomas informao s disponvel para 2005 , constatou-se serem os respectivos Servios Regionais de Sade (SRS) os mais utilizados: 69,2% no caso da Regio Autnoma dos Aores, e 78,8% no caso da Regio Autnoma da Madeira.

    .13 FIGURA SUBSISTEMAS DE SADE MAIS UTILIZADOS NO CONTINENTE, 2005

    Nos trs grupos geogrficos mencionados, o segundo subsistema mais utilizado em 2005 correspondia Assistncia na Doena aos Servidores do Estado (ADSE), com 10,1%, 17,3% e 17,4%, respectivamente para os residentes no Continente, na Regio Autnoma dos Aores e na Regio Autnoma da Madeira. Para o Continente e em 1999, a proporo de residentes que utilizava com maior frequncia este subsistema correspondia a 8,8%.

    A populao residente em Portugal era caracterizada, em 2005, por no ter seguro de sade: apenas 10,5% dos habitantes no Continente, 3,4% na Regio Autnoma dos Aores e 5,9% na Regio Autnoma da Madeira declararam a posse de um seguro desta natureza.

    .14 FIGURA SUBSISTEMAS DE SADE MAIS UTILIZADOS NAS REGIES AUTNOMAS, 2005

    SNS ADSE Outros

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    SRS ADSE Outros

    R. A. Aores R. A. Madeira

    %

  • 50 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    Todavia, para o Continente, verificou-se que entre 1999 e 2005 o nmero de residentes com seguro de sade quase duplicou. De acordo com o inqurito de 1999 estimou-se que 529 391 indivduos tinham seguro de sade, enquanto que de acordo com o INS realizado em 2005, este nmero era de 1 053 781.

    .15 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES POR EXISTNCIA DE SEGURO DE SADE, 2005

    Dos residentes em Portugal com seguro de sade em 2005, 40% referiram que o seguro abrangia os riscos de internamento, consultas, meios complementares de diagnstico e teraputica e medicamentos. No mesmo perodo, existiam tambm 31% de residentes com seguro de sade que optaram por excluir a opo medicamentos da aplice contratada.

    CONSULTAS MDICAS

    De acordo com o inqurito realizado em 2005/06, a maioria da populao residente em Portugal, 56,6%, consultou um mdico nos trs meses anteriores entrevista. A proporo estimada para as mulheres era superior dos homens, com 61,9% no primeiro grupo, e 50,9% no segundo.

    A maioria dos residentes que consultaram um mdico nos trs meses anteriores entrevista f-lo por motivo relacionado com uma doena ou um acidente (54,7%). Os motivos relacionados com exames complementares ou medicao e os associados a preveno e/ou vigilncia foram tambm indicados com frequncia relevante, respectivamente 21,6% e 18,0% da populao que consultou um mdico.

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    Continente R. A. Aores R. A. Madeira

    %

    Tem No tem

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 51

    .16 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES POR NMERO DE CONSULTAS NO TRIMESTRE ANTERIOR ENTREVISTA, PORTUGAL, 2005

    At aos 45 anos, a maioria dos residentes em Portugal que consultou um mdico f-lo apenas uma vez, sendo que a partir desse grupo etrio as pessoas que referiram frequncias de duas, trs e quatro ou mais consultas por trimestre contriburam de forma determinante para o crescimento da estimativa do nmero de indivduos que consultou um mdico nos trs meses prvios entrevista. A linha que corresponde proporo de indivduos que consultou apenas uma vez manteve-se estvel em todo o espectro de idades.

    .17 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES QUE FORAM A PELO MENOS UMA CONSULTA NO TRIMESTRE ANTERIOR ENTREVISTA POR NUTS II, 2005

    01020304050607080

  • 52 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    Uma anlise por regies permitiu verificar que os residentes do Alentejo, do Algarve e das Regies Autnomas registavam, de acordo com o inqurito de 2005, propores mdias de consultas mdicas inferiores mdia nacional, respectivamente com resultados de 50,4% (Alentejo), 48,8% (Algarve), 45,2% (R. A. Aores) e 39,4% (R. A. Madeira).

    Tomando como referncia o Continente, e comparando os resultados estimados nos inquritos realizados em 1998/99 e 2005/06, verificou-se um acrscimo de 3,8 pontos percentuais na proporo de residentes que consultaram um mdico nos trs meses anteriores s entrevistas: 53,4% de residentes tinham consultado de acordo com o inqurito de 1998/99, e 57,3% em 2005/06. O maior aumento estimado observou-se nas pessoas que consultaram apenas uma vez no trimestre anterior, com mais 5 pontos percentuais em 2005 face a 1999 (de 24,3% para 29,2%).

    CONSUMO DE MEDICAMENTOS

    Em 2005, 52,3% dos residentes em Portugal tomaram medicamentos receitados por um mdico e adquiridos numa farmcia. A toma de medicamentos receitados foi referida por 52,8% dos residentes no Continente, sendo razoavelmente mais baixas as propores estimadas para os habitantes nas Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, respectivamente 46,7% e 39,1%.

    .18 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES QUE TOMARAM MEDICAMENTOS RECEITADOS, PORTUGAL, 2005

    No mesmo perodo, 63,5% das mulheres residentes em Portugal registavam consumo de medicamentos receitados, valor superior ao referido pelos homens, com 40,4%.

    A anlise dos resultados nacionais por grupos etrios permite concluir que a proporo de pessoas que tomaram medicamentos receitados aumentou com o envelhecimento, com valores prximos de 30% at aos 24 anos, de 58,6% no grupo etrio intermdio (45-54 anos) e de 86,5% para os idosos avanados (75 e mais anos).

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60%

    Portugal Continente R. A. Aores R. A. Madeira

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 53

    .19 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES QUE CONSUMIRAM MEDICAMENTOS RECEITADOS, PORTUGAL, 2005

    Os medicamentos receitados e tomados visavam, principalmente, a tenso arterial elevada, quer para os homens, com 30,5%, quer para as mulheres, com 28,8%. O aumento da toma destes medicamentos era mais evidente a partir do grupo etrio dos 45-54 anos para ambos os sexos, observando-se uma acelerao precoce deste indicador para os homens a partir dos 35-44 anos.

    Para os homens, e de acordo com o inqurito realizado em 2005/06, o segundo tipo de medicamento mais tomado visava a reduo do nvel de colesterol, com 21,1%. A toma de medicamentos para outras doenas cardiovasculares foi referida por 14,4% dos residentes do sexo masculino.

    De acordo com o mesmo inqurito, estimou-se que os medicamentos receitados para a dor nas articulaes (artroses, artrites) foram consumidos em 2005 por 22,0% dos residentes do sexo feminino. Os comprimidos para dormir constituam o terceiro medicamento mais tomado pelas mulheres, sendo referido por 18,8% da populao feminina que tomou medicamentos receitados.

    0 20 40 60 80 100

    Menos de 15

    15-24

    25-34

    35-44

    45-54

    55-64

    65-74

    75-84

    85+G

    rupo

    s et

    rio

    s (a

    nos)

    %

    Pessoas que tomaram medicamentos receitados para a tenso arterial elevada

    (%)

    Idade (anos) Homens Mulheres

    Menos de 25 0,3 0,5

    25-34 4,1 2,7

    35-44 16,5 9,7

    45-54 28,8 32,8

    55-64 43,3 47,0

    65-74 55,9 57,2

    75+ 52,5 58,8

  • 54 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    .20 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES QUE TOMARAM MEDICAMENTOS NO RECEITADOS, PORTUGAL, 2005

    A proporo de residentes em Portugal que tomaram medicamentos no receitados por um mdico em 2005 era de 9,4%. O consumo de medicamentos no receitados no evidenciava diferenas significativas entre os trs grupos territoriais apresentados, com 9,4% para o Continente, 11,4% para a Regio Autnoma dos Aores e 8,8% para a Regio Autnoma da Madeira.

    A dor constituiu a razo principal pela qual foram tomados medicamentos no receitados em 2005, sendo referida por 36,3% dos residentes que referiram o consumo sem prescrio mdica. A constipao, gripe ou inflamao da garganta foi tambm motivo mencionado por 32,5% dos residentes no territrio nacional no mesmo perodo. A utilizao de vitaminas, minerais ou tnicos no prescritos foi referida por 20,5% dos consumidores de medicamentos no receitados.

    HIGIENE ORAL

    Em 2005, 86% dos habitantes no territrio nacional com idade igual ou superior a dois anos, j tinha consultado um tcnico de sade oral (estomatologista, mdico dentista, higienista ou outro tcnico de sade dentria). Observaram-se sempre frequncias elevadas, tanto numa perspectiva territorial 86,3% no Continente, 78,7% na Regio Autnoma dos Aores, e 81,8% na Regio Autnoma da Madeira , como na discriminao por sexo 83,3% para os homens, e 88,5% para as mulheres.

    Todavia, dos 86% residentes que alguma vez consultaram um tcnico de sade oral, apenas 46,3% o fizeram nos 12 meses anteriores realizao da entrevista, estimando-se propores por sexo de 44,9% para os homens e de 47,6% para as mulheres. Da leitura dos resultados por regio NUTS nvel I, conclui-se que as percentagens de indivduos que consultaram um tcnico de sade oral nos doze meses anteriores recolha de dados era de 46,7% no Continente, 41,9% na Regio Autnoma dos Aores, e 34,4% na Regio Autnoma da Madeira.

    0

    3

    6

    9

    12%

    Portugal Continente R. A. Aores R. A. Madeira

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 55

    .21 FIGURA PROPORO DE RESIDENTES QUE CONSULTARAM UM TCNICO DE SADE ORAL, PORTUGAL, 2005

    excepo do primeiro grupo etrio at 15 anos no se registaram diferenas significativas nos comportamentos evidenciados pelos vrios grupos etrios em relao existncia de pelo menos uma consulta anterior junto de um tcnico de sade oral. O mesmo j no se verificou para a existncia de pelo menos uma consulta nos doze meses anteriores entrevista, em que a proporo de indivduos que o fizeram diminuiu com o envelhecimento da populao.

    .22 FIGURA DISTRIBUIO DOS MOTIVOS PRINCIPAIS REFERIDOS PARA A LTIMA CONSULTA, PORTUGAL, 2005

    Os habitantes que consultaram um tcnico de sade oral nos doze meses anteriores entrevista fizeram-no em 21,2% dos casos para proceder a uma higienizao da boca. As dores, ou outra situao de urgncia, e a extraco de um dente correspondiam aos motivos indicados, respectivamente, para 15,8% e 15,3% dos indivduos que constituam a populao em anlise.

    Da populao que nunca consultou um tcnico de sade oral, 75,8% refere que tal sucedeu por nunca ter necessitado de o fazer, enquanto que 12,2% indicou como razo o custo elevado destes servios.

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

    Menos de 15

    15-24

    25-34

    35-44

    45-54

    55-64

    65-74

    75+

    Gru

    pos

    etr

    ios

    (ano

    s)

    %Consultou alguma vez (%) Consultou nos ltimos doze meses (%)

    15,8%

    15,3%

    4,4%5,6%7,6%

    21,2%

    6,0%

    Dores ou outra situaode urgncia

    Extraco de dente

    Fazer prtese dentria

    Conhecer estado desade da boca

    Visita anual ao dentista

    Higienizao da boca

    Aplicar selantes defissura

  • 56 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    MTODOS CONTRACEPTIVOS

    De acordo com o Inqurito Nacional de Sade 2005/2006, estimou-se que a populao feminina residente com idade compreendida entre os 15 e os 55 anos e em condio passvel de gravidez seria de 2 011 904 mulheres. Para este conjunto de mulheres, observou-se que 85,1% estava a utilizar[14] algum mtodo contraceptivo quando da realizao da entrevista.

    A leitura dos resultados por regio NUTS II evidenciou um espectro que varia entre 81,4% de mulheres utilizadoras de mtodos contraceptivos para a populao relevante do Alentejo e o valor de 88,3% obtido para a Regio Autnoma da Madeira.

    .23 FIGURA PROPORO DE MULHERES COM POSSIBILIDADE DE ENGRAVIDAR QUE UTILIZARAM UM MTODO CONTRACEPTIVO POR NUTS II, 2005

    Entre os 20 e os 34 anos, a proporo de mulheres utilizadoras excedia 91% da populao feminina com possibilidade de engravidar, observando-se uma reduo crescente de utilizadoras nos grupos etrios subsequentes.

    .24 FIGURA PROPORO DE MULHERES COM POSSIBILIDADE DE ENGRAVIDAR QUE UTILIZARAM UM MTODO CONTRACEPTIVO POR GRUPO ETRIO, PORTUGAL, 2005

    [14] Ou o marido/companheiro.

    78 80 82 84 86 88 90

    Norte

    Centro

    Lisboa e Vale do Tejo

    Alentejo

    Algarve

    R. A. Aores

    R. A. Madeira

    %

    60

    70

    80

    90

    100

    15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-55

    Grupos etrios (anos)

    %

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 57

    No que respeita aos mtodos disponveis, verificou-se que a plula contraceptiva foi o mtodo escolhido pela maioria das mulheres, em 65,6% dos casos. A taxa de utilizao deste mtodo era particularmente elevada at aos 34 anos, registando a partir dessa idade uma reduo considervel.

    Em contrapartida, o dispositivo intra-uterino, cuja utilizao no pas era de 8,6%, registava utilizao acrescida entre os 40-49 anos, com uma taxa de utilizao de 14,7%.

    A utilizao do preservativo foi referida por 13,2% das mulheres, caracterizando-se por nveis de utilizao elevados nos grupos etrios que iniciam e finalizam a idade frtil, respectivamente 20,9% entre os 15 a 19 anos e 19,2% entre os 50 a 55 anos. Nos restantes grupos etrios a utilizao de preservativo era relativamente homognea.

    VACINAO CONTRA A GRIPE

    At 2005, a maioria da populao residente com 15 anos ou mais nunca se tinha vacinado contra a gripe (69,5%).

    Para a populao com 15 ou mais anos que j se tinha vacinado alguma vez, observou-se que cerca de 12,0% se vacinaram em 2004, e 12,3% em 2003 ou antes.

    Considerando a informao relativa a 2004 por ser a mais completa e especfica em termos de avaliao anual, verificou-se que a taxa de vacinao registava valores superiores, em nvel relevante, para as pessoas com 55 anos ou mais.

    MONITORIZAO DA TENSO ARTERIAL E DO COLESTEROL

    De acordo com a recolha de dados efectuada em 2005/06, 93,9% dos residentes em Portugal j tinham medido a tenso arterial alguma vez na vida, a maioria das quais (66%) h menos de 6 meses. Este indicador acompanhado por mais mulheres (96,0%) do que homens (91,5%), sendo sobretudo mais elevada a proporo de mulheres que o fez h menos de 6 meses (72,4%) face aos homens com igual comportamento (58,9%). A monitorizao da tenso arterial aumentava com o envelhecimento, com resultados de 74,0% at aos 24 anos, de 93,2% entre os 25 e os 34 anos, e propores superiores a 97% para as restantes faixas etrias.

    No mesmo perodo, a monitorizao do colesterol j tinha sido efectuada por 85,9% dos residentes em territrio nacional, registando-se propores de 82,6% para os homens e 88,9% para as mulheres. Neste caso, a populao que fez o controle do colesterol h menos de 6 meses no atingia metade dos residentes, com resultados de 39,3% para os homens e 47,7% para as mulheres. A medio dos valores de colesterol aumentava tambm com o envelhecimento, com resultados de 55,6% at aos 24 anos, de 86,2% entre os 25 e os 44 anos, e propores superiores a 93% nas restantes classes etrias.

  • 58 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    DOAO DE SANGUE

    De acordo com o inqurito realizado em 2005/06, 18,4% da populao residente j tinha doado sangue pelo menos uma vez na vida. A frequncia da dvida de sangue era mais elevada nos homens, com 27,7%, do que nas mulheres, com 9,8%. Esta atitude registava tambm resultados crescentes com a idade, atingindo os valores mais elevados no grupo etrio dos 55 aos 64 anos.

    Dos residentes que alguma vez deram sangue, apenas 27,3% o fez nos doze meses anteriores entrevista (3/5 fizeram-no duas ou mais vezes, enquanto que 2/5 referiram terem-no feito uma vez).

  • APRESENTAO DOS RESULTADOS

    DETERMINANTES DA SADE RELACIONADOS COM ESTILOS DE VIDA

    .02

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 61

    CONSUMO DE TABACO

    Em 2005, 19,7% dos residentes eram fumadores. Destes, cerca de 10,7% fumavam apenas ocasionalmente e 89,3% faziam-no diariamente.

    A proporo de fumadores actuais era mais elevada na populao masculina: 28,9% contra 11,2% das mulheres. Em ambos os sexos, o valor mais elevado encontrava-se no grupo dos 35 aos 44 anos: 44,6% e 20,9%, respectivamente, em homens e em mulheres.

    .25 FIGURA POPULAO RESIDENTE FUMADORA ACTUAL POR SEXO E GRUPO ETRIO, PORTUGAL, 2005

    Considerando o conjunto de indivduos ex-fumadores (15,1% em 2005), a sua importncia relativa igualmente mais elevada no sexo masculino (24,4% contra 6,5% das mulheres).

    A partir dos 45 anos, a proporo de ex-fumadores nos homens era particularmente elevada, 43,4%, com nveis entre 41,8% e 47,6% para os quatro grupos etrios considerados.

    .26 FIGURA ESTRUTURA DA POPULAO RESIDENTE POR CONSUMO DE TABACO, SEXO E GRUPO ETRIO, PORTUGAL, 2005

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    10 a 14anos

    15 a 24anos

    25 a 34anos

    35 a 44anos

    45 a 54anos

    55 a 64anos

    65 a 74anos

    75 +anos

    %

    Homens Mulheres

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    10-24anos

    25-44anos

    45-64anos

    65 +anos

    10-24anos

    25-44anos

    45-64anos

    65 +anos

    Nunca fumou Ex-fumador Fumador actual

    Homens Mulheres%

  • 62 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    O consumo de tabaco, actual ou passado, era, assim, mais preponderante na populao masculina; resultando daqui que apenas 46,5% dos homens nunca tenham fumado, o que contrasta com um nmero bastante mais elevado de mulheres nunca fumadoras (82,3%).

    A diferena entre sexos ao nvel do consumo de tabaco era uma constante em todas as regies, sendo menor em Lisboa e Vale do Tejo (13,3 pontos percentuais) e maior na Regio Autnoma dos Aores (24,5 pontos percentuais), as quais registavam, respectivamente, a maior proporo de fumadores do sexo feminino (15,4%) e a maior proporo de fumadores do sexo masculino (36,4%). Tambm em 2005, o Algarve registava a maior proporo de ex-fumadores (17,6%).

    .27 FIGURA POPULAO RESIDENTE FUMADORA ACTUAL POR SEXO, NUTS II, 2005

    Comparando os resultados para o Continente nos inquritos de 1999 e 2005, constatou-se um decrscimo de 0,7 pontos percentuais na proporo de residentes que consumiam tabaco diariamente (18,2% em 1999 e 17,5% em 2005). Sobretudo, a percentagem de residentes ex-fumadores reflectia um aumento de 3,4 pontos percentuais entre os dois perodos em anlise.

    Considerando a populao residente que fumava diariamente em 2005, verificava-se que a maior parte tinha comeado a fumar entre os 15 e os 19 anos (55,6%), com maior evidncia na populao com menos de 25 anos (65,1%) e nas que tinham entre 25 a 44 anos (60,0%). Por outro lado, 33,0% da populao idosa (65 e mais anos) fumadora em 2005 tinha iniciado o consumo com menos de 15 anos.

    0 5 10 15 20 25 30 35 40

    Norte

    Centro

    Lisboa V. Tejo

    Alentejo

    Algarve

    R.A.Aores

    R.A.Madeira

    Homens Mulheres%

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 63

    .28 FIGURA POPULAO RESIDENTE QUE FUMA ACTUAL E DIARIAMENTE POR GRUPO ETRIO E POR IDADE EM QUE COMEOU A FUMAR, PORTUGAL, 2005

    As mulheres a partir dos 45 anos de idade iniciaram o consumo de tabaco em idades mais tardias comparativamente aos homens do mesmo grupo etrio. A maior parte dos homens a partir daquela idade iniciou o consumo de tabaco at aos 20 anos (74,9%), enquanto que para as mulheres as maiores propores se registavam entre os 20 e os 24 anos, ou entre os 25 e os 29 anos nas mulheres idosas (65 ou mais anos).

    Em 2005, a quantidade de cigarros consumidos diariamente era tambm mais elevada nos homens: 23,4% dos fumadores do sexo masculino consumia 21 ou mais cigarros por dia, contrastando com 4,7% das mulheres fumadoras. O consumo de maior quantidade de cigarros registava os valores mais elevados entre os 45 e os 64 anos, em ambos os sexos.

    A maior parte dos fumadores que consumia at 20 cigarros por dia, tinha completado entre 5 e 9 anos de escolaridade (32,8%); enquanto que a maior proporo dos que fumavam 21 ou mais cigarros por dia, no tinha atingido os 5 anos de escolaridade (7,6%).

    A maior parte das mulheres fumadoras, independentemente da quantidade, detinha 9 anos de escolaridade, sendo que as com escolaridade entre 10 e 12 anos registavam a segunda maior proporo. Os homens que fumavam 21 ou mais cigarros por dia observavam, ao contrrio, valores inversamente proporcionais escolaridade: 10,3% com menos de 5 anos de escolaridade, 8,7% entre 5 e 9 anos de escolaridade completada.

    0 20 40 60 80 100

    10 a 24 anos

    25 a 44 anos

    45 a 64 anos

    65 ou + anos

    Menos de 15 anos Entre 15 e 19 anos Entre 20 e 24 anos

    Entre 25 e 29 anos Com 30 ou + anos

    %

  • 64 | Inqurito Nacional de Sade 2005/2006

    HBITOS ALIMENTARES

    A grande maioria dos residentes em Portugal fazia trs refeies principais em 2005 (92,4%), independentemente do grupo etrio e sexo.

    Por outro lado, cerca de 1/3 da populao residente no comia nada fora das refeies principais (27,8%). Esta proporo era mais elevada nos homens (31,3%) que nas mulheres (24,5%), e parece perder importncia medida que a idade avana: a proporo de jovens com menos de 15 anos e dos indivduos com 75 e mais anos que no comiam fora das refeies era de, respectivamente, 7,5% e 40,0%.

    No grupo de pessoas com menos de 15 anos, a maior parte referiu comer duas vezes fora das refeies principais. Para os grupos etrios subsequentes, esta caracterstica perde expresso, sendo gradualmente substituda pelas situaes em que os indivduos comem uma vez fora das refeies ou no comem de todo.

    .29 FIGURA POPULAO RESIDENTE POR NMERO DE VEZES QUE COME FORA DAS REFEIES POR GRUPO ETRIO, PORTUGAL, 2005

    Comparando os resultados dos dois inquritos, 1998/99 e 2005/06, verificou-se um aumento da proporo de indivduos que no se alimentava fora das refeies principais, de 26,3% para 28,0%, e com maior evidncia nas mulheres. Contudo, de entre os residentes que faziam pequenas refeies para alm das principais, observou-se tambm entre os dois inquritos uma perda de importncia relativa das pessoas que o faziam uma vez ao dia, para o passar a fazer duas vezes ou mais.

    Em 2005, e no que se refere s refeies principais da populao residente, o po, assim como as batatas, arroz ou massa marcaram presena em cerca de 90% dessas refeies. A carne registou, por sua vez, um peso relativo mais significativo que o peixe (31 pontos percentuais). Observaram-se igualmente propores relevantes de nmero de consumidores para o grupo dos lacticnios (86%) e a fruta (80%).

    0 20 40 60 80 100

    Menos de 15 anos

    15 a 34 anos

    35 a 54 anos

    55 a 74 anos

    75 ou + anos

    No come Uma Duas Trs ou mais %

  • Inqurito Nacional de Sade 2005/2006 | 65

    .30 FIGURA POPULAO RESIDENTE POR TIPO DE ALIMENTOS CONSUMIDOS NAS REFEIES PRINCIPAIS, PORTUGAL, 2005

    As mulheres registaram propores superiores, comparativamente aos homens, designadamente no consumo de sopa, le