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TÉCNICOS CONSTATAM A REDUÇÃO DOS LIXÕES NO ESTADO APÓS JURISDICIONADOS CUMPRIREM DETERMINAÇÕES DO TRIBUNAL COM TEMA ‘REFLEXOS’, V CONCURSO FOTOGRÁFICO DO TCE-RJ PREMIA BELAS IMAGENS DO BRASIL E DE OUTROS PAÍSES Agentes da cidadania COM CARTILHA EM QUADRINHOS E ATIVIDADES LÚDICAS, PROJETO ‘CONTANDO COM O tce-rj’, em parceria com SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, LEVA INFORMAÇÃO E CIDADANIA PARA ESTUDANTES E SUAS FAMÍLIAS

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Revista trimestral do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro

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Page 1: TCE-RJ Notícia 80

Técnicos consTaTam a redução dos lixões no esTado após jurisdicionados cumprirem deTerminações do Tribunal

com Tema ‘reflexos’, V concurso foTográfico do Tce-rj premia belas imagens do brasil e de ouTros países

ano 13 - número 80 - julho a setembro de 2014 - www.tce.rj.gov.br

Agentes da cidadania

com cartilha em quadrinhos e atividades lúdicas, projeto ‘contando com o tce-rj’, em parceria com secretaria de educação, leva informação e cidadania para estudantes e suas famílias

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auditores estão percorrendo 91 municípios para identificar problemas na área e determinar correções

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sumário

Projeto ‘Contando com o TCE-RJ’ explica aos estudantes e à sociedade a importância do trabalho do Tribunal e da participação dos cidadãos no controle social

6 CAPA

Foto de Orlando (EUA) conquista o 1º lugar. Júri popular elege registro da Praia do Espelho (RN). Imagens vão ilustrar calendário de 2015

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Municípios jurisdicionados seguem orientações do Tribunal e dão destinação correta ao lixo urbano

Secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia diz que parceria com o TCE-RJ dinamiza a educação e fortalece a cidadania dos jovens

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TMS RESÍDUOS SÓLIDOS

CONCURSO DE FOTOGRAFIA

ENTREVISTA4 NOTASTribunal nomeia 31 novos servidores para cargos de analista de controle externo, analista organizacional e técnico de notificações

5 EDITORIALParceria com a sociedade

12 ECGPrograma vai financiar projetos de pesquisas. Objetivo é colaborar com aprimoramento da administração pública

14 JOVENS APRENDIzESConvênio entre o TCE-RJ e a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA/RJ) já preparou 200 jovens para o mercado de trabalho

15 ARTIGOProcesso Imperial

21 ATRICONEncontro Nacional dos TCs propõe criação de conselho nacional e aplicação da Ficha Limpa nos Tribunais

22 POR DENTRO DO TCEAuditoria Interna, o setor que faz o Tribunal funcionar melhor

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Notas

ISSN 1806-4078

Conselho Deliberativo

Presidente Jonas Lopes de Carvalho JuniorVice-PresidenteAluisio Gama de SouzaConselheirosJosé Gomes GraciosaMarco Antonio Barbosa de AlencarJosé Maurício de Lima NolascoJulio Lambertson RabelloAloysio Neves Guedes

Procurador-geral do Ministério Público EspecialHoracio Machado Medeiros

Secretário-geral de Controle ExternoCarlos Roberto de Freitas Leal

Secretário-geral de PlanejamentoJosé Roberto Pereira Monteiro

Secretário-geral de AdministraçãoMarcelo Alves Martins Pinheiro

Secretária-geral das SessõesGardenia de Andrade Costa

Procurador-geralSergio Cavalieri Filho

Chefe de Gabinete da PresidênciaAna Helena Bogado Serrão

Diretora-geral da Escola de Contas e GestãoPaula Alexandra Nazareth

Coordenadora-geral de Comunicação Social, Imprensa e EditoraçãoFernanda Pedrosa

EXPEDIENTEJornalista responsável: Fernanda Pedrosa (MTb 13.511) / Edição: Fabiana Sobral (MTb 17.942) / Reportagem: Ricardo Gouveia (MTb 15.616) Claudia Villas Boas (MTb 22.287) / Tetê Oliveira (MTb 18.492) / Vera Ferreira (MTb 15.515) / Projeto gráfico: Daniel Tiriba / Inês Blanchart / Diagramação: Daniel Tiriba / Margareth Peçanha / Fotografia: Jorge Campos / Rosângela Tozzi /Estagiário: Bernardo Couto / Apoio operacional: Rita de Cássia Pimentel

Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Editoração (CCS) Praça da República, 50/6º andarCEP 20211-351Tel.: (21) 3231-4135 / Fax: (21) 3231-5582E-mail: [email protected]

ImpressãoRio DG

Tiragem — 1.500 exemplaresDistribuição gratuita

DistribuiçãoCoordenadoria de Gestão DocumentalPraça da República, 70/térreoCEP 20211-351 - www.tce.rj.gov.br

Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos seus autores.

Informativo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

Compras públicas sustentáveisatitude respoNsável

A Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (ECG), em parceria com o Comitê Gestor Socioambiental do TCE-RJ e o Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro da Assembleia Legislativa, promoveu o debate “Compras públicas sustentáveis”, no dia 10 de setembro, no auditório do Tribunal.

O evento contou com palestras do desembargador Jessé Torres, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e da subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha. Também participaram do encontro o procurador-geral do TCE, Sergio Cavalieri Filho, a diretora-geral da ECG, Paula Nazareth, e o secretário-geral de Controle Externo do TCE, Carlos Leal.

Mais 31 aprovados tomam posseCoNCurso

O corpo de servidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) ganhou reforço. No dia 26 de setembro, 31 aprovados no concurso realizado pela Corte de Contas em 2012 tomaram posse em cargos de analista de controle externo, analista organizacional e técnico de notificações.

Os profissionais nomeados estavam no cadastro reserva do concurso, que teve sua validade prorrogada por mais um ano no início de setembro de 2013. A renovação de quadros faz parte do processo de modernização do Tribunal.

A cerimônia de posse dos novos servidores foi realizada no Auditório

Humberto Braga e, antes de exercerem suas funções, todos passaram por curso de formação organizado pela Escola de Contas e Gestão (ECG), para conhecer a estrutura e o funcionamento do Tribunal.

Sem esconder a alegria pela convocação, Rafael Xavier Coppi, formado em Direito e pós-graduado em Direito Público, afirmou que a nova função vai enriquecer seu currículo. “Trabalhei como militar na Força Aérea Brasileira (FAB) por 10 anos, mas pela formação jurídica comecei a me dedicar a concursos. Acredito que o trabalho no TCE vai me agregar valores, pessoal e profissionalmente”.

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editorial

Parceria com a sociedade

JoNas lopes de Carvalho JuNiorPresidente do tCe-rJ

Costumo dizer que um órgão público deve caminhar em sintonia com a sociedade. Em nossa gestão, este princípio é uma meta constante. Hoje, temos importantes canais de comunicação direta com o cidadão, como a Ouvidoria e o portal, por exemplo. Colocamos em prática várias ações nessa direção, e uma delas é especialmente estimulante: o projeto “Contando com o TCE-RJ”, uma iniciativa inédita desenvolvida em parceria com a Secretaria de Estado de Educação para levar aos jovens estudantes da rede pública – e, por consequência, suas famílias e comunidades – informações sobre o funcionamento e a importância das atividades do Tribunal.

Lançado oficialmente no dia 28 de julho, o projeto “Contando com o TCE-RJ”, que tem como base de estudos uma revista em quadrinhos sobre o trabalho do Tribunal, foi aplicado experimentalmente em 10 escolas de municípios da Baixada Fluminense, envolvendo cerca de 5 mil alunos, que produziram 174 trabalhos sobre os conteúdos aprendidos. Esta foi a maneira mais direta que encontramos de estimular a formação de cidadãos conscientes do seu papel no exercício da fiscalização dos gastos públicos. O cidadão é potencialmente um fiscal, e ele precisa entender como o dinheiro público pode e deve ser gasto. Podemos dizer que plantamos nesses futuros contribuintes alguns instrumentos fundamentais para o controle social. E é isso que procuramos mostrar na reportagem de capa desta TCE-RJ NOTÍCIA.

Nada mais eficiente do que a escola e jovens estudantes para difundir informações e conhecimento. Por isso optamos por uma cartilha em quadrinhos, de impacto visual e linguagem simples. Na outra ponta, tivemos a inestimável adesão da Secretaria de Estado de Educação. O entusiasmo

dos alunos e professores que integraram a experiência-piloto do projeto só reforça a convicção de que estamos no caminho certo e reafirma nossa vontade de levar o “Contando com o TCE-RJ” às demais escolas da rede estadual e às unidades públicas de ensino dos municípios, nos próximos semestres.

Não é de hoje que o Tribunal de Contas investe na juventude. Nos últimos seis anos, por meio de convênio com a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), já preparamos duas centenas de rapazes e moças para ingressar no mercado de trabalho. São jovens aprendizes que aqui têm a oportunidade de aprimoramento pessoal e social, através de estágio remunerado. Atualmente, 65 participam do programa, que pode ser melhor conhecido nesta edição.

Ao falar de jovens, lembro que o Tribunal também vem procurando renovar seu quadro funcional. Em 2012, realizamos o primeiro concurso público, após 14 anos da última seleção, e recentemente nomeamos mais 31 aprovados. O novo grupo de servidores chega para se unir ao corpo técnico e atuar no sentido de melhorar a qualidade de vida da população fluminense. Um exemplo significativo desse trabalho foi a inspeção sobre a destinação do lixo nos municípios jurisdicionados. Feita em 2012, essa inspeção identificou os procedimentos que deveriam ser mudados e melhorados. Nesta revista, mostramos com satisfação que, graças a essa ação, hoje, 94% dos resíduos sólidos urbanos produzidos em áreas sob nossa jurisdição têm destinação correta.

Como órgão de referência em todo o estado, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro considera a parceria com os jurisdicionados e a sociedade em geral um caminho sem volta.

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u não sabia que existia o TCE. Agora sei. E é importante para a gente entender o que é fei-

to com o dinheiro do povo.” A declara-ção é do estudante João Roberto Santos de Almeida, 15 anos, aluno da 1ª série do Ensino Médio do Ciep Ilda Silveira Rodrigues, situado em Jardim Laranjei-ras, localidade simples do município de Nova Iguaçu. Mas o jovem João não está sozinho na sua descoberta. Assim como ele, outros cinco mil alunos de escolas estaduais da Baixada Fluminense, região que ainda registra baixos Índices de De-senvolvimento Humano (IDH), conhe-ceram, em setembro, a existência e o tra-balho do órgão que zela pela boa gestão e aplicação dos recursos públicos.

A informação sobre a presença e atu-ação do Tribunal de Contas do Estado do

Rio de Janeiro (TCE-RJ) no setor público chegou a João e aos demais estudantes de 10 escolas de Nova Iguaçu, Queimados e Japeri através do inédito projeto ‘Contan-do com o TCE-RJ’, uma parceria entre o Tribunal e a Secretaria de Estado de Edu-cação, que tem como base uma cartilha educativa produzida pela Corte de Contas em formato de revista em quadrinhos. As 10 unidades integram experiência-piloto do projeto, que será expandido para outras escolas da rede estadual situadas em dife-rentes regiões do Rio de Janeiro.

Embora com foco principal no aluno, o ‘Contando com o TCE-RJ’ também tem por objetivo multiplicar as informações oferecidas através da iniciativa às famílias dos estudantes e às comunidades em que vivem. Ou seja, os jovens se transformam em agentes divulgadores do conhecimento

Capa

E“cidadaniaem ação educaTiVa inédiTa, Tribunal lança carTilha em quadrinhos para explicar a esTudanTes a imporTância das aTiVidades de conTrole exTerno. projeTo ‘conTando com o Tce-rj’ Tem a parceria da secreTaria de esTado de educação

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recebido. Entusiasta de primeira hora do projeto, o presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Junior, considera o programa “o maior passo” do Tribunal ao encontro da cidadania, da transparência, do controle social e da democracia.

“A aproximação do Tribunal com a sociedade tem sido uma constante na nos-sa administração, mas é através de crianças e jovens, por meio da educação, que vamos atingir nosso objetivo maior. O cidadão é o nosso maior fiscal, é ele quem vê o que acon-tece, de bom e de ruim, no município dele. Então, se ele não souber o que vai fazer, como fazer, como reclamar, como exigir, como fis-calizar, ele não vai exercer a cidadania, não terá a proximidade do Tribunal, não saberá de que maneira o tributo que ele ou seu pai paga tem que ser revertido em seu favor”, res-salta Jonas Lopes.

Ao longo do mês de setembro, a car-tilha foi apresentada aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Mé-dio das 10 unidades escolares participantes do projeto-piloto e trabalhada de forma lúdica – com leituras teatralizadas, deba-tes, vídeos, cordel, entre outras atividades – por professores dessas unidades que fo-ram capacitados pelo TCE-RJ. “O projeto atendeu as nossas expectativas e teve um diferencial enorme, que foi a oferta de formação para os professores e agentes da Secretaria de Estado de Educação. Não foi só a mera distribuição de material”, elogia o coordenador do projeto pela secretaria, Fabiano Farias, assistente técnico da Dire-toria de Articulação Curricular.

O ‘Contando com o TCE--RJ’ foi lançado em 28 de julho de 2014, mas começou a ser desenvol-vido em 2013, após a constatação do desconhecimento das atividades do Tribunal por grande parcela da sociedade. “O projeto exigiu muito trabalho para traduzir, numa lingua-gem coloquial, acessível para crian-ças e adolescentes, um assunto com-plexo, que é o controle externo e as atividades de um tribunal de contas. Felizmente conseguimos um texto e um desenho acessíveis. E com isso acreditamos que vamos atingir não só as crianças e jovens, mas também o público além da escola”, destaca a coordenadora de Comunicação Social, Imprensa e Editoração do TCE-RJ, Fernanda Pedrosa, res-ponsável pelo projeto da cartilha.

O entusiasmo das dezenas de professores com o projeto no evento de lançamento da cartilha, realizado no TCE-RJ, já anunciava o futuro sucesso da iniciativa. “O aluno fica muito atrelado à formação básica de conteúdo. Queremos ver um alu-no com conhecimento básico, mas também um cidadão. O projeto vem em bom momento. Vai ser ótimo poder trabalhar com a cartilha”, fes-tejava Leandro Azevedo, professor e mediador de leitura do Colégio Estadual Jardim Alvorada, em Nova

Iguaçu. Além de participar da ceri-mônia, Leandro e seus colegas pre-sentes integraram a primeira turma de capacitação da Escola de Contas e Gestão (ECG) para aplicação do projeto nas salas de aula.

Ainda na solenidade, o presi-dente Jonas Lopes de Carvalho Ju-nior anunciou a intenção de ampliar o ‘Contando com o TCE-RJ’: “Que-remos expandir o projeto para que o máximo possível de jovens possa entender como o dinheiro público, o dinheiro que é do cidadão, pode e deve ser gasto. O Brasil precisa de uma democracia participativa. Não basta eleger o político. Temos que cobrar dele, participar ativamente da vida do País, do nosso estado, do nosso município. É isso que busca-mos desde o primeiro dia de nossa administração”.

Subsecretário de Gestão e Ensi-no da Secretaria de Estado de Edu-cação, Antonio de Paiva Neto desta-cou que o projeto-piloto dava início a uma nova área de conhecimento para os estudantes. “Esse é o ponta-pé inicial para colocar o tema dentro da unidade escolar. O caminho da escola é sempre de muita eficiência para difusão da informação. O tra-balho é pioneiro, mas ele não pode parar. Tem que estar o tempo todo revisitado e expandido”.

“É através de crianças e jovens, por meio da educação, que vamos atingir nosso objetivo maior. O cidadão é o nosso maior fiscal, é ele quem vê o que acontece, de bom e de ruim, no município dele”Jonas Lopes de CarvaLho Junior

presidente do tCe-rJ

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Linguagem acessível à sociedade

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Capa

Qual a importância de não pichar a escola ou de evitar o desperdício de sa-bonete líquido? Questões aparentemente simples como estas motivaram debates acalorados nas escolas, como o realizado no Ciep Ilda Silveira Rodrigues, na manhã do dia 8 de setembro, numa dinâmica de grupo com alunos do Ensino Médio com base na cartilha ‘Contando com o TCE--RJ’, para conscientização da importância da preservação do patrimônio público e, por consequência, do dinheiro público. De um lado, estudantes questionando o con-trole dos materiais, de outro, educadores explicando a razão das medidas. Ao final,

um saldo positivo de conhecimento e mui-tas ideias para disseminá-lo na escola, na família e em comunidades.

“Temos que ter consciência de que ao desperdiçar ou destruir materiais, es-

tamos na prática jogando dinheiro fora. Temos que ter a consciência de que isso é dinheiro público”, alertava a diretora da unidade, a professora diretora Valé-ria Torres Rodrigues Motta. A dirigente participou da dinâmica, conduzida pelo professor Hércules Paes Lima.

“Isso é muito interessante. Temos informações sobre cidadania, mas muito pouca informação sobre para onde vai o dinheiro dos impostos. O projeto vai nos ajudar na pintura das pilastras com arte. Vai ajudar a diminuir a pichação” apos-tava Luana Pereira de Santana, 17 anos, após a atividade. Entusiasmada, Luana

Sob a orientação dos professores capacitados pelo Tribunal de Contas, os alu-nos envolvidos no proje-to produziram mais de 50 trabalhos em suas escolas a partir da cartilha do TCE--RJ. As obras vão disputar prêmios e os estudantes farão visita guiada ao Tribunal, na fase final do projeto-piloto. “O projeto veio somar, con-tribuir para a formação cida-dã dos alunos. É um projeto de vida, pois ajuda no desen-

volvimento dos valores e da autoestima”, reconhece a di-retora do Ciep Ilda Silveira Reis, professora Valéria Tor-res Rodrigues Motta.

A experiência com a car-tilha e o tema destacado em seu conteúdo, além da lingua-gem animada dos quadrinhos, deixaram os professores e agentes de educação orgulho-sos. “É uma iniciativa muito válida. Nenhum dos meus alunos tinha ideia do que é o TCE. Não tinham noção que

o dinheiro gasto para comprar computadores e até sabonete é dos pais deles. Agora, além de mudar posturas, já são ca-pazes de fiscalizar, identificar problemas e falhas”, conta a professora Rachel Thomaz Raymundo, do Ciep Ilda Sil-veira Rodrigues.

Os 593 alunos da uni-dade escolar que participam do projeto produziram vários trabalhos e oito foram envia-dos à Secretaria de Estado de Educação, como vídeos,

“Eu não sabia que existia o TCE. Agora sei. E é importante entender o que é feito com o dinheiro do povo”João roberto santos de aLmeida, aLuno da 1ª série do ensino médio (foto à esquerda)

A professora Bárbara Adriana elogiou os trabalhos dos alunos

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Aproveitamento nota 10

Professores utilizam cartilha com criatividade nas salas de aula

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de pronto incluiu a família no projeto: “Tenho uma irmã mais velha e vou pas-sar para ela o que aprendi”.

Juliana Almeida, também de 17 anos, foi outra a elogiar a novidade. “Acho legal. Aqui, muita gente não sabia nem que podia reclamar”, reconheceu a estudante, depois de descobrir que os cidadãos fluminenses podem fazer denúncias relacionadas com a gestão pública ao TCE-RJ, através de diversos caminhos como a Ouvidoria, site, e-mail, carta e telefone, por exemplo.

Fábio de Souza Passos, 15 anos, par-ticipou de leitura da cartilha em sala de aula. E se entusiasmou em escrever sobre o tema. “Vai me ajudar a gravar”, pre-via, ainda em meio à atividade na turma. Após a manhã de ações no Ciep envol-

vendo a cartilha, a estudante Carolina de Lima Souza, 17 anos, resumiu a impor-tância do ‘Contando com o TCE-RJ’ para os alunos da unidade escolar que partici-param do projeto. “É muito bom ter, cada vez mais, informações novas. Somos o futuro e temos que estar informados”.

maquete, cordel e até qua-drinhos. O empenho na pro-dução mereceu, claro, elogios do corpo docente. “O projeto é excelente. Os alunos tive-ram a possibilidade de usar a criatividade deles. Não é só redação. Tivemos poesias, maquetes, trabalho de áudio. Para mim, foi uma novidade maravilhosa”, destaca a pro-fessora Bárbara Adriana.

Hércules Paes Lima, professor e coordenador do ‘Contando com o TCE-RJ’ no Ciep, explica que a cartilha foi trabalhada com estudantes

do 9º ano do Ensino Funda-mental à 3ª série no Ensino Médio. “Primeiro trabalha-mos com a sensibilização. Depois, passamos para a in-formação. Por último, ocorre-ram as propostas de trabalho. Os professores se integraram totalmente ao projeto e cola-boraram de imediato com sua disseminação. Foi muito bom para todos”.

“É muito bom ter, cada vez mais, informações novas. Somos o futuro e temos que estar informados”CaroLina de Lima souza, 17 anos, aLuna da 3ª série do ensino médio

Professor Hércules Lima realizou dinâmica de grupo com a cartilha do TCE-RJ

As professoras Rachel Thomaz e Lucimere Machado desenvolveram atividades lúdicas para seus alunos com base no material

Leia nas páginas 10 e 11 entrevista com o secretário de Estado de Educação do Rio de Janeiro, Wilson Risolia

‘Contando com o TCE-RJ’ narra, em quadrinhos, o passeio de uma professora e três alunos pelo bairro da escola e pela cidade. Ao longo da aventura, a turminha vai aprendendo a importância da preservação do patrimônio público e entendendo os gastos feitos com os impostos pagos pelos cidadãos. O passeio termina no TCE, onde conhecem o trabalho do Tribunal. O roteiro e a redação são de Gabriel Mendes, Mayo Ornelas assina a ilustração.

Leia a cartilha Contando com o TCEhttp://bit.ly/contandoTCE

Ou aponte o leitor de QR Code

de seu celular

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Sem faz-de-conta

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Defensor de uma escola dinâmica, que trabalhe as atividades cognitivas mas também invista na formação do indivíduo, o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, diz que o projeto ‘Contando com o TCE-RJ’ é marco importante na formação dos estudantes da rede pública. Em entrevista, ele elogia a parceria com o Tribunal e afirma que planeja ampliar o projeto.

‘Protagonistas do próprio futuro’

Qual a importância do projeto ‘Contando com o TCE’?

Desde que chegamos aqui investi-mos muito no trabalho da autoestima dos jovens. E o jovem, de uma maneira geral, principalmente o da rede pública, está muito afastado, tem uma visão pouco crí-tica ao seu redor. Então, fizemos parcerias importantes. Foi o caso, por exemplo, do programa Pai Presente, com o Tribunal de Justiça, para jovens que não tinham registro civil, e de um trabalho com o Ministério Público, com a visão de levar aos alunos a importância de seu papel e de seus direitos em relação a um poder tão importante. Agora, temos esta com o Tribunal de Contas do Estado.

Na mesma direção, não?Sim. Quando o presidente Jonas

Lopes me fez o convite e conversamos sobre a cartilha, foi de pronto a aceitação porque acreditamos nisso. É uma parce-ria importante. A escola é uma caixa de ressonância. Ela captura o que está acon-tecendo ao redor e, principalmente, é uma forma que os alunos têm de voltar com essa informação para casa. Ele é o agente de difusão dessa informação e de trans-formação do mundo em que está vivendo.

Os convênios dinamizam a educação?Em 2010 fizemos uma pesquisa para

conhecer quem eram os nossos alunos. E

constatamos a necessidade de que a edu-cação formal tinha que ser superior ao formato quadro negro, giz e aula clássica. Como fazer isso? Com uma informação qualificada e de maneira lúdica. Era fun-damental tornar o Ensino Médio mais atraente, dinâmico e que retivesse o jovem na sala. Nosso abandono caiu de 16,5% para 7,3% e isso é extraordinário, porque o aluno tem uma escola que se interessa por temas, uma escola que ele não tinha. Através deste projeto, por exemplo, ele está tendo algum tipo de dinâmica com o seu professor, eles falam sobre a impor-tância do TCE, criam ferramentas, práti-cas lúdicas para tratar o tema.

Os jovens desconhecem o poder público?Muitos não sabem como funciona

a estrutura pública, como os poderes trabalham, a função de cada um. Não sabem quem executa, quem legisla, quem fiscaliza. E isso é fundamental. Até porque a escola é um serviço pú-blico, como vários tantos, que tem um alto grau de investimento, uma com-plexidade imensa. Tem uniforme, me-renda, transporte, etc. E no caso dos jovens que recebem esse serviço públi-co junto com as suas famílias, entender a necessidade de existirem, principal-mente, esses órgãos fiscalizadores, re-guladores, é condição sine qua non para a sociedade se tornar melhor.

A escola deve estar atenta também à for-mação cidadã dos alunos?

O projeto com o TCE-RJ vai ao encontro disso. Temos um investimento forte naquilo que é cognitivo, do que o jovem precisa aprender. Mas existem as competências do século XXI, importan-tes para a formação do indivíduo, para ele se sentir participante da sociedade, protagonista do próprio futuro. E ele só vai se sentir assim se entender que vive em um país com direitos e deveres, res-peito mútuo pelos poderes e instituições. O projeto do TCE-RJ se encaixou nes-sa dimensão, no protagonismo juvenil. Agrega muito valor à sociedade.

Essas ações resgatam uma espécie de vá-cuo em relação às noções de cidadania?

Sou do tempo em que tinha Moral e Cívica na matriz curricular, tinha respei-to ao pavilhão do País. Na nossa função, é condição sine qua non resgatar valores éticos, morais e de reconhecimento sobre os poderes. Não conheço iniciativa seme-lhante a esta e por isso ficamos honrados com o convite do TCE-RJ. É desta forma que a gente prepara os futuros profissio-nais para tocar este estado, este País.

Projetos como este contribuem com a melhoria das escolas?

Ações e projetos como este mudam a dinâmica de uma escola. Crianças e os jo-

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vens são ávidos por informação. O que é o TCE? O que faz o TCE? Para que serve? Por que é importante que a sociedade co-nheça o órgão que fiscaliza o bom uso do recurso público, as boas práticas de gestão? Isso cria uma dinâmica boa e sai daquela mesmice que o Ensino Médio tem. É uma etapa do ensino pela qual os jovens se sen-tem pouco atraídos. A taxa de evasão é alta. A primeira série reprova 50% dos jovens. Quando tem um projeto novo, movimen-ta, traz interesse. E os professores traba-lham, por exemplo, o programa de leitura, porque isso envolve redação.

Então, as atividades acabam contribuin-do para o aprendizado também?

Sim. Quando o aluno escreve, exer-cita uma competência fundamental, de leitura e interpretação de texto. A carti-

lha tem linguagem simples e atual, que o jovem gosta, e impacto visual. O re-torno é positivo.

A secretaria quer levar a cartilha para mais escolas?

O presidente Jonas Lopes colocou isso desde a nossa primeira conversa. O Ensino Médio é o nosso foco, acontece num momento muito importante para a formação do jovem. Temos todo o inte-resse de que isso passe para a rede inteira. Mais de 60% da rede hoje são do Ensino Médio, são mais ou menos 500 mil alunos.

O projeto continuará privilegiando áreas mais pobres?

Acho importante. Principalmente para essas áreas que têm mais necessidades, como, por exemplo, São Gonçalo. Existem

regiões com nível de desigualdade muito grande, de miséria. Então, acho bom ex-pandir para regiões de menor IDH.

Esta iniciativa também é importante para os professores?

Esse é um jogo de ganha-ganha. Ga-nha o aluno, ganha o professor, ganha a sociedade. Para o professor, como cida-dão, a informação é muito importante para que ele possa repassar aos alunos, para que eles exerçam plenamente a cida-dania. É importante para nós porque co-nectamos essa ação com nosso programa de formação. A escola que acreditamos é a que trabalha competências cognitivas dos alunos, mas, fundamentalmente, as competências socioemocionais.

O senhor acha que todos os órgãos dos poderes constituídos precisam colaborar?

É um grande equívoco acreditar que a educação pública vai ser resolvida pelo Poder Executivo. Essa solução passa pela sociedade de maneira geral. Os atores precisam ter consciência do papel que exercem e, de alguma forma, tentar ajudar.

Qual a importância, independentemente de governos, de os projetos seguirem?

A política pública que dá resulta-do, que traz benefício, que agrega va-lor, não pode recuar. O País não tem tempo. A partir de 2025 teremos 30% menos jovens do que hoje. É um cri-me tirar a chance da juventude atual. Nossa função é oferecer oportunidades para quem não tem.

não conheço iniciativa semelhante a esta e por isso ficamos honrados com o convite do Tce-rj. é dessa forma que a gente prepara os futuros profissionais para tocar este estado, este país”

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financiamento de projetosA participação da ECG em dois

importantes encontros no segundo semestre – o X Encontro Nacional de Escolas de Governo (X Eneg) e o V Encontro Técnico de Educação Corporativa dos Tribunais de Contas (V Educorp), ambos em Brasília – é uma pequena amostra de como a Escola está comprometida com a agenda nacional de debates sobre capacitação dos servidores e o seu papel dentro do universo das escolas de governo no País. Esta abertura, no entanto, só vem sendo possível pela disposição da alta direção do TCE-RJ em participar e compartilhar experiências.

No X Eneg, realizado na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a participação da ECG destacou-se com a apresentação do tema ‘Formação em serviço: o papel da ECG para o desenvolvimento do Rio de Janeiro’, resultado de trabalho em coautoria, que trata do alcance da Escola em suas ações de formação e capacitação no estado.

Para propagar e celebrar a institucionalização dos princípios da inclusão, a ECG apresentou no V Educorp, realizado no Instituto Serzedello Corrêa/TCU, o ‘Projeto Incluir: pensando a inclusão no TCE-RJ’, iniciativa coroada com a resolução que criou a política de inclusão em educação no Tribunal de Contas.

Cabe ressaltar, também, o programa de cooperação educacional recém-assinado entre o TCE-RJ, por meio da ECG, e a UFRJ, por meio da Faculdade de Educação, para o desenvolvimento de cursos, estudos e ações no âmbito da inclusão na Administração Pública.

palavraPaula Nazareth

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O TCE-RJ divulgou o edital para seleção de projetos a serem financiados pelo Programa de Pes-quisa da ECG. O prazo para envio das propostas à ECG vai até o dia 31 de outubro. O programa tem como público-alvo os servidores do Tribunal e pesquisadores externos, vinculados a instituições de ensino e pesquisa, que apresentem pro-postas em parceria com técnicos do TCE-RJ.

“O financiamento de projetos de pesquisa é mais uma iniciativa do Tribunal para contribuir com o aprimoramento da Administração Pública do Estado do Rio”, afirmou o presidente do TCE-RJ, Jonas Lo-pes, que acrescentou: “O Programa de Pesquisa reforça nossa política de não ficarmos restritos a ações fiscalizatórias e punitivas, mas tam-

bém incentivarmos a capacitação contínua dos gestores públicos e a inovação em políticas públicas”.

Os trabalhos deverão abordar temas como administração tributá-ria, economia do setor público, ges-tão de pessoal, elaboração, análise e gestão de políticas públicas, gestão de TI, transportes e mobilidade urbana. Serão aceitos projetos com prazo máximo de conclusão de 12 meses, nas seguintes modalidades: pesquisa individual, restrita a ser-vidor efetivo do TCE-RJ, e pesqui-sa em grupo de, no máximo, cinco integrantes, sendo pelo menos um servidor efetivo do Tribunal. Todos os pesquisadores devem ter forma-ção mínima de pós-graduação lato sensu. Para mais informações, acesse a íntegra do edital no site da ECG (www.ecg.tce.rj.gov.br).

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ESCOLA DE CONTAS E GESTÃO DO TCE-RJ

Titular da Subsecretaria de Administração e Finanças (SSA), Márcia Terra tem agenda atribulada por conta do volume de processos relativos às atividades de diversas áreas do TCE-RJ. Mas ela informa que o tempo de tramitação processual diminuiu com a capacitação dos servidores da SSA. Na relação com a ECG, toda a equipe é acionada para resolver as questões em breve espaço de tempo.

Como é o relacionamento com a ECG?

A relação é bem ex-tensa porque tudo tem que passar por aqui, na SSA. Se a Escola precisa contratar um professor, realizar um curso, promover um con-curso de monografia, como o Prêmio Gama Filho, tudo tem que passar por aqui. Temos um contato muito amistoso.

A SSA já solicitou cursos à Escola?

O presidente do Tri-bunal tem procurado dar o máximo de capacitação para os servidores. Quando há alguma coisa que o nosso setor precisa, um represen-tante participa de curso na ECG e repassa o conhe-

cimento adquirido para os demais colegas do setor.

Qual foi o curso mais re-cente do qual a SSA par-ticipou?

No primeiro semestre, pedimos ao Paulo Sérgio Inácio, titular da Coorde-nadoria Setorial de Com-pras, que fizesse um curso específico sobre processo de licitação para os novos ser-vidores e os que têm conhe-cimento de Termo de Refe-rência. O resultado é que hoje estamos conseguindo diminuir o nosso tempo de tramitação processual. Queremos repetir a expe-riência em 2015, porque se o TR não tem problema, a licitação e o processo trans-correm naturalmente.

bate-papo

Tramitação processual mais rápida

Márcia terra

Educação a distância I

A ECG está ministrando um curso de aperfeiçoamento para os 32 docentes que irão atu-ar no Programa de Educação a Distância (EaD). No curso, de-senvolvido via blended-learning, os professores da ECG estão tendo aulas presenciais e a dis-tância no ambiente Moodle – plataforma utilizada pela ECG

para os cursos virtuais – sobre produção do material a ser utilizado no EaD, via internet. Em parceria com a Diretoria--Geral de Informática do TCE-RJ, a Escola está ca-pacitando, também, oito ser-vidores de seus quadros para a utilização da plataforma e inserção do material didático.

Educação a distância IIO primeiro curso do Programa de Educação a Distância fi-

cará a cargo do professor Carlos Leandro dos Santos Reginaldo, analista de controle externo do TCE-RJ. Serão 30 horas/aula sobre conhecimentos básicos de planejamento e orçamento pú-blicos. Por ser um projeto-piloto, o número de vagas será limita-do a 30 alunos. As aulas via internet terão o suporte de material didático em PDF e de um fórum de debates.

ResponsabilizaçãoSessenta auditores que

atuam no Controle Externo participaram, divididos em duas turmas, do curso ‘Jurisprudência e prática sobre responsabilização de agentes perante o TCU’, de 25 a 29 de agosto, na sede do TCE-RJ. O professor Marce-lo Mattos Scherrer, auditor de Controle Externo do TCU, gra-duado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília e em Engenharia Elétrica pela UNB,

foi contratado pela ECG para ministrar o curso, avaliado pe-los auditores do TCE-RJ como excelente. Eles puderam co-nhecer a experiência do TCU na responsabilização de agentes públicos ou pessoas jurídicas de direito privado na administração de recursos públicos, assim como a legislação, a doutrina e, princi-palmente, a jurisprudência que embasaram os casos apresenta-dos pelo professor.

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JoveNs apreNdizes

m 2008, o TCE-RJ assinou convênio com a Fundação para a Infância e Adolescência

(FIA/RJ), vinculada à Secretaria de Esta-do de Assistência Social e Direitos Hu-manos, com o propósito de contribuir com a formação dos aprendizes. Naquele ano, foram abertas apenas 17 vagas para está-gio, quase todas somente num único setor: o Protocolo Geral do Tribunal de Contas.

Desde então, com o convênio sen-do renovado anualmente, 200 jovens já fizeram estágio em 22 setores do TCE--RJ, ampliando suas chances de reforçar o currículo para ingressar no mercado de trabalho. Hoje, 65 menores fazem o estágio. Antes de seguirem para o Tri-bunal de Contas, os aprendizes partici-pam de curso de formação na FIA, com três meses de duração, que faz parte do Programa de Trabalho Protegido na Adolescência (PTPA).

Na FIA, eles recebem aulas de refor-ço escolar, noções de administração, ética e cidadania, e ficam aptos para iniciar o estágio remunerado. No TCE-RJ, os es-tagiários recebem mensalmente uma bolsa no valor de R$ 500, além de auxílio-ali-mentação de R$ 660 e auxílio-transporte de R$ 187,44, num total de R$ 1.347,44. É preciso ter, no mínimo, 16 anos para in-gressar no estágio, que não pode ultrapas-sar o período de dois anos.

Os estagiários da FIA no TCE-RJ também têm direito aos serviços médico, odontológico e psicológico, além de assis-tência social. E mais: eles podem partici-par dos cursos ministrados pela Escola de Contas e Gestão (ECG), como os de por-tuguês, inglês, francês e informática.

No caso do curso de inglês, por exemplo, a proposta, inserida no Pro-jeto Incluir, oferece dois módulos para iniciantes, conforme explica Regina Abrantes, professora de inglês e assis-tente da direção-geral da ECG. Pesquisa realizada com os jovens no primeiro dia de aula revelou que alguns nunca haviam estudado a língua estrangeira na rede oficial de ensino.

Avaliação semestral“Nosso objetivo é dar oportunidade

de inclusão social, gerando condições de aprimoramento pessoal e social ao me-nor. Ao mesmo tempo, o convênio possi-bilita ao Tribunal contar com uma força produtiva importante”, destaca o asses-sor da SGA e supervisor do convênio

TCE-RJ/FIA, Franklin de Oliveira. Se-gundo ele, os jovens são orientados por um tutor nos seus setores de trabalho e avaliados semestralmente.

Franklin falou sobre o projeto no TCE-RJ Notícia que foi ao ar, pela TV Alerj, no dia 19 de setembro. Também participaram da programa os estagiários Beatriz Teixeira Pires, de 17 anos, e Iuri de Souza do Lago Jardim, de 16.

“Aprendo muito. É a oportunidade do primeiro emprego. Saindo dali, já sei o que quero fazer. É um aprendizado para levar para a vida toda. Antes queria ser advogada, agora estou focada na área de administração”, revelou Beatriz. “A experiência no Tribunal é um incentivo. Posso levar para o dia a dia o que apren-do no trabalho”, afirmou Iuri.

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firmada em 2008, parceria com a fia já preparou 200 joVens para o mercado de Trabalho

caminho para oamanhã

Beatriz Teixeira Pires, Franklin de Oliveira e Iuri de Souza do Lago Jardim

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PROCESSO IMPERIAL

luiz FerNaNdo ribeiro de CarvalhodeseMbargador do tribunal de Justiça do estado do rio de Janeiro

Decorrido algum tempo do julga-mento da Ação Penal 470 (Mensalão), vê--se reavivada com tintas mais fortes uma polêmica que até então aparecera com contornos mais suaves, como se versasse sobre questão irrelevante, sem maior apelo político-institucional. Trata-se da forma de escolha dos ministros do STF, até então entregue à opção unilateral e praticamente absoluta do presidente da República, parti-cipando o Senado com papel apenas coad-juvante por ocasião da sabatina, até agora de inescapável consagração do ungido pela escolha imperial do presidente.

Diante de críticas da comunidade jurídica e do aparente absurdo da regra vigente, existem em curso no Congres-so Nacional várias propostas de emenda constitucional, que buscam modificar tal situação, ora trabalhando com a inserção do próprio Congresso no protagonismo da escolha, ora estabelecendo a participação da comunidade jurídica ou de outros seg-mentos mais qualificados na matéria.

Não se ignora que nos EUA a esco-lha segue o figurino do presidencialismo imperial que lá – saliente-se –, dada a re-levância da institucionalidade do Congres-so, é menos autocrático do que por estas nossas bandas, onde o autoritarismo cos-tuma sobressair com maior destaque, por vezes chegando a assumir um brilho quase ofuscante da separação de poderes. Aqui, parafraseando o conhecido mote de Juracy Magalhães e levando em conta as peculia-

ridades de nosso sistema político, pode se afirmar, já que o atual modelo de indica-ção do juiz do STF segue o americano, que nem tudo o que é bom para os EUA é bom para o Brasil.

Por outro lado, países de sistema jurí-dico e político avançado, tais como, entre outros, a França, a Áustria, a Alemanha, a Espanha e Portugal, adotam um modelo compartilhado de indicação, muitas vezes até com mandato variável de nove a 12 anos, escapando civilizadamente das tenta-ções tantas vezes rasteiras do absolutismo.

Nesse sentido da participação con-jugada na escolha do membro da Supre-ma Corte, os modelos adotados assumem perfil diversificado, com variações que não permitem especificação no espaço de um simples artigo.

Mas talvez nem precisemos sair de nossos limites nacionais para encontrar uma solução, ainda que certamente ape-nas uma dentre as possíveis alternativas. Basta lembrar a opção constitucional brasileira pelo leque de escolha compar-tilhada quanto à indicação dos ministros do STJ e do TST. Nesses dois tribunais superiores do País, a indicação parte das próprias Cortes de uniformização nacio-nal, respectivamente, das jurisprudências federal e do trabalho, na formação de suas respectivas composições.

Ou seja: a vontade do presidente da República somente se expressa ao final do processo de escolha, para consagrar um dos

nomes indicados pela comunidade jurídica e por outros órgãos de representação po-lítica. Democratiza-se a forma de escolha, protegendo-a, tanto quanto possível, de pro-miscuidade política e imunizando-a contra o vírus da contaminação do sistema pela sus-peição do comprometimento institucional.

Com a recente aposentadoria do presi-dente do STF, ministro Joaquim Barbosa, é certo que a escassez do tempo não permitiu adotar nova forma de escolha – pena de pos-tergar-se em insuportável demasia esta últi-ma. Mas não é menos correto que se dando ela, mais uma vez, pelo processo de escolha imperial avultam, especialmente se adotada no curso do período eleitoral, a promiscuida-de e a decrepitude repelentes à democracia e à natureza republicana ao tratá-la pelo viés do monopólio da opção política.

A crescente relevância das Cortes Su-premas nas democracias constitucionais e participativas contemporâneas – com sua crescente função de assegurar a efetividade dos direitos humanos fundamentais e do próprio processo democrático – eviden-cia, ao contrário, que a indicação de seus integrantes cada vez mais se integre com os postulados da democracia participativa, dando voz concreta à Nação na escolha daqueles incumbidos de, como colegiado judicial, serem os guardiães finais da inte-gridade da Carta da República. A supre-macia do interesse público e a legitimidade democrática do STF merecem a abertura de um debate mais amplo.

Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho é membro do Fórum Permanente de Direito à Informação e de Política de Comunicação Social do Poder Judiciário

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os dois últimos anos, a desti-nação final do lixo produzido nos 91 municípios do Estado

do Rio de Janeiro mudou para melhor. A constatação foi feita pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) que, nos meses de julho e agosto últimos, retornaram às ci-dades para fiscalizar se as prefeituras ha-viam adotado as providências determina-das pelo Tribunal em 2012. Naquele ano, a auditoria governamental que escolheu resíduos sólidos como Tema de Maior Significância (TMS) encontrou um quadro alarmante: apenas 34 (37%) dos

municípios adotavam formas ambiental-mente adequadas de disposição final dos rejeitos, como aterros sanitários ou centro de tratamento de resíduos.

Atualmente, 94% dos resíduos só-lidos urbanos têm destinação correta, conforme verificaram os técnicos do TCE-RJ. Em 2012, a auditoria demons-trou que 45% dos resíduos iam para os chamados lixões. De acordo com o as-sessor de Desenvolvimento e Inteli-gência da Secretaria-Geral de Controle Externo (SGE), Marconi Canuto Brasil, o prazo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos para acabar com os li-

xões expirou no dia 2 de agosto, porém a determinação não foi cumprida em todo o estado, apesar dos avanços alcançados.

“A Lei Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que cada município deveria ter seu plano de ação, mas em 2012 a gente ve-rificou que simplesmente nenhum deles ti-nha. Hoje, o percentual dos que têm o plano é pequeno. A lei não obriga a ter, mas diz que só vai liberar recursos da União para o município que adote plano de resíduos só-lidos. Então, imaginamos que isso vai gerar problemas para as prefeituras na hora de requerer algum recurso ligado à gestão de resíduos sólidos”, avalia o assessor.

tms resíduos sólidos

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fim de linha para lixõesmunicípios jurisdicionados aTendem a deTerminações do Tribunal de

conTas e aVançam na desTinação correTa de 94% dos deTriTos

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Segundo ele, os municípios que ainda não se adequaram à legislação es-tão entre os menores do estado e, por isso, têm uma produção de lixo menor. “Em termos de quantidade de municí-pios, ainda temos um número razoável que precisa acabar com os lixões, mas

em termos de quantidade de resíduos encaminhados para lixões houve uma melhora significativa”. De acordo com Marconi Brasil, os municípios flumi-nenses estão optando por operações consorciadas, onde se reúnem e man-dam os resíduos para um deles.

TMS Educação Em 2012, a área de educação

também foi contemplada como Tema de Maior Significância (TMS). A decisão do TCE-RJ de avaliar a área por meio de auditoria governamental se deveu ao fato de que as escolas públicas municipais, nos anos anteriores, ocupavam os últimos lu-gares no ranking nacional, conforme di-vulgado à época pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“Após avaliar os gastos públicos com educação e detectar irregularidades na manutenção das escolas, no que diz res-peito à estrutura física, compra de mate-rial e pagamento de funcionários, o TCE--RJ determinou uma série de providências para evitar o desperdício do dinheiro pú-blico”, explica o assessor da SGE Herme-son Luis de Souza Ferreira. Segundo ele, os municípios estão sendo revisitados e os relatórios finais sobre o cenário atual se-guem em fase de finalização.

Hermeson Ferreira e Marconi Brasil falaram na TV Alerj sobre as iniciativas das prefeituras jurisdicionadas após as auditorias nas áreas de educação e resíduos sólidos

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v CoNCurso de FotoGraFia

Beleza refletidafotografia ‘Espelho de cor e di-versão’, de Cacilda Lopes Pri-na, mãe do servidor Claudio

Lopes Prina, da Assessoria de Desen-volvimento de Sistemas, foi a vencedora do V Concurso Fotográfico do TCE-RJ, que teve como tema ‘Reflexos’. Ela con-correu na condição de dependente asso-ciada à Astcerj. Já Claudio conquistou o 5º lugar com a fotografia ‘Ponte do duplo infinito’.

Os vencedores foram conhecidos no dia 17 de setembro, em cerimônia de pre-miação no Auditório Humberto Braga. Das 39 fotos concorrentes, 12 foram escolhidas pelo júri técnico formado pelos fotógrafos Luiz Carlos David, Zeca Guimarães e Se-verino Silva, todos com longa carreira na imprensa (veja na página 20), e vão ilustrar o calendário de 2015 do TCE-RJ.

A foto ‘Desejo’, de Letícia Pinto Vinhas, da Secretaria-Geral de Plane-

jamento, conquistou o segundo lugar. ‘Simetria para ty’, de Rogério Rodrigues da Silva, da 1ª Coordenadoria de Con-trole Municipal, foi a terceira colocada. O júri popular, formado pelos servidores do Tribunal, elegeu ‘Praia do Espelho’, de Carlos Alberto Amorim, titular da SUE, como a sua preferida.

A curadora do Momento Cultural, Monica Chateaubriand, que organizou o concurso junto com a Astcerj, destacou a

AdispuTa reVela diferenTes olhares sobre o brasil e ouTros países

1º lugar - jÚri TécnicoEspelho de cor e diversão CaCiLda Lopes prina

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qualidade do material e a votação expres-siva dos servidores do Tribunal. “A quali-dade das fotos foi muito boa. Houve em-pate nos nono e quarto lugares. Como não havia premiação, somente o certificado, nós achamos melhor dar o lugar às quatro pes-soas”, explicou a curadora.

Os vencedores dos júris técnico e popular foram premiados com um toca-dor de áudio digital com tela e bluetooth. O segundo e terceiro colocados do júri técnico ganharam um tablet e uma câme-ra digital, respectivamente.

Letícia Pinto Vinhas, da SGP, disse ter ficado surpresa com a segunda colo-cação de sua foto ‘Desejo’. “Achei uma fotografia ousada e não sabia a reação do público e da comissão julgadora, porque é um reflexo deformado e sai da conven-ção de uma paisagem”, revelou ela, acres-centando: “A percepção do público está mudando de estilo. As pessoas estão mu-dando o olhar”.

O analista Rogério Rodrigues da Silva, da 3ª CCM, inscreveu a foto ‘Simetria para ty’ após a prorrogação do prazo inicial. Ele havia perdido a imagem no acervo de 10 mil registros em seu computador. Conseguiu recuperá-la no HD externo e levá-la ao 3º lugar. Em 2013, ele conquistou o 7º lugar com a foto ‘Brisa marinha’ – sua primeira premiação. “Quem participa do concurso fica na expectativa, analisa as fotos, consi-dera umas boas e outras ruins, mas a arte é uma questão subjetiva, não é uma verdade absoluta, cada um tem uma opinião. Pode acontecer de tudo”, reconheceu.

Imagens dos Estados Unidos, da Bélgica e do Rio Grande do Norte

Claudio Prina comentou o primeiro lu-gar conquistado pela mãe, Cacilda, cuja foto foi tirada em Orlando, nos EUA, quando a família foi à Disney, há quatro anos. “Ela achou a foto bonita. Ficou bem espelhada porque o lago estava bem parado. Ganhar por um júri técnico é bem interessante. Não tem aquela história de que o meu amigo vai votar. Eu esperava ganhar alguma coisa, embora as fotos estivessem bem legais, mas ganhar o primeiro lugar é outra história”, explicou Claudio, que fez a fotografia ‘Ponte do duplo infinito’, em Bruges, na Bélgica, no

1º lugar Espelho de cor e diversão – Cacilda Lopes Prina2º lugar Desejo – Letícia Pinto Vinhas3º lugar Simetria para ty – Rogério Rodrigues da Silva4º lugar Ponto de vista – Heron Guatiello de Oliveira4º lugar Parque das Águas – Paula Guimarães Ribeiro5º lugar Ponte do duplo infinito – Claudio Lopes Prina6º lugar A moça e o violão – Thomaz Alvarez Suarez Junior7º lugar O vietnamita – Geórgia Campos de Almeida8º lugar Praia do Espelho – Carlos Alberto Novelino de Amorim9º lugar Inverso – Talita Dourado Schwartz9º lugar Cidade grande, cidade cega – Marcelo Rodrigues Costa10º lugar Sanduíche de cores – Álvaro Ferreira dos Santos

Classificação – Júri Técnico

2º lugar - jÚri TécnicoDesejoLetíCia pinto vinhas

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v CoNCurso de FotoGraFia

Júri Técnico

ano passado. Para ele, o calendário será es-pecial. “Vou guardar de recordação, mesmo depois de passar o ano”, afirmou.

Autor de ‘Praia do Espelho’, classifi-cada em oitavo lugar pelo júri técnico e primeiro lugar no júri popular, o servidor Carlos Alberto Novelino de Amorim co-mentou as coincidências de suas premia-ções nos concursos fotográficos do TCE--RJ. “No júri técnico é o quarto ano que eu ganho o oitavo lugar. Já ganhei duas vezes no júri popular. No primeiro con-curso, eu ganhei pelo júri popular e fiquei em oitavo lugar. Agora eu ganhei de novo pelo popular e fiquei de novo em oitavo. O júri popular está sendo melhor para

mim do que o júri técnico”, brincou Car-los Amorim.

O servidor falou sobre a influência do cenário na votação que a sua fotografia re-cebeu. “Acho que a paisagem da falésia em Pipa, no Rio Grande do Norte, ficou no imaginário, porque a gente rala o ano intei-ro”, disse, tentando compreender a preferên-cia dos colegas por sua fotografia. “Eu dei sorte porque, na hora que cheguei, a maré estava baixinha, com espelho d’água e o reflexo das falésias e do céu. Dez minutos depois não tinha mais nada. A maré já tinha enchido e sumido tudo. Fazer uma boa foto é estar no lugar certo na hora certa com uma máquina na mão”, resumiu.

3º lugar - jÚri Técnico

1º lugar - jÚri popular

Simetria para ty rogério rodrigues da siLva

Praia do EspelhoCarLos aLberto noveLino de amorim

severino silva, em seus 27 anos de carreira, sendo 15 no jornal O Dia, se especializou em registrar imagens do noticiário policial. Foi considerado pelo jornal inglês The Guardian um dos melhores fotógrafos de cobertura policial do Brasil. Já ganhou vários prêmios com seu trabalho: o Nikon, o 6º Salão de Fotografia e o Líbero Badaró, um dos mais importantes do jornalismo brasileiro.

Zeca guimarães iniciou a carreira de fotógrafo em 1972 e no fotojornalismo em 1976, no Jornal do Brasil. Depois fez parte da agência F4 e trabalhou na revista Isto É, entre outras publicações. Nos oito anos que passou em Nova York, colaborou para o JB, Estado de S. Paulo, O Globo, Manchete, Editora Abril, agência Picture Group e Folha de S. Paulo, em cuja sucursal, no RJ, trabalharia em 1992, em seu retorno ao Brasil. Há muitos anos se dedica à fotografia de cena (still) de cinema.

luiz carlos david começou cedo na profissão, seguindo os passos do pai, também fotógrafo. O início da carreira foi no Jornal do Brasil, como estagiário, em 1970, onde permaneceu por mais de 15 anos. Trabalhou ainda nas sucursais da Veja e da Folha de S. Paulo, no Rio, na agência F4 e no jornal O Dia, antes de se tornar free-lancer e se aposentar.

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atriCoN

iV encontro nacional dos Tribunais de contas

a abertura do IV Encontro Na-cional dos Tribunais de Contas (IV ENTC), no dia 4 de agos-

to, em Fortaleza (CE), o presidente da Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil), conse-lheiro Valdecir Pascoal, fez um pronun-ciamento em defesa da criação de um Conselho Nacional para os Tribunais de Contas à semelhança dos que foram instituídos para o Poder Judiciário e o Ministério Público.

No encerramento do evento (6/8), a ideia foi acolhida no documento “Declaração de Fortaleza”, por meio do qual também foi proposto, dentre as 19 diretrizes reunidas, que os indicados para a composição dos Tribunais de Contas preencham os requisitos cons-titucionais e atendam às exigências da Lei da Ficha Limpa.

“O Conselho Nacional dos Tribu-nais de Contas funcionará como um poderoso e efetivo filtro ético contra aquela minoria que teima em não tri-lhar o caminho republicano, ignorando que a Constituição Federal delegou ao agente público a sublime missão de ser o guardião-mor da probidade da gestão”, defendeu Valdecir Pascoal.

O IV ENTC teve como tema cen-tral ‘O papel dos Tribunais de Contas frente às demandas sociais’. O evento foi uma parceria entre o TCM-CE, o TCE-CE, a Atricon, o IRB, a Abra-com e o Colégio dos Corregedores e Ouvidores dos Tribunais de Contas (CCOR), que, paralelamente, promoveu o XIII Encontro do CCOR.

Reforma do EstadoO presidente do Tribunal de Con-

tas da União (TCU), ministro Augus-to Nardes, propôs, durante o debate ‘Ações integradas e sinergia entre os Tribunais de Contas’, a realização de uma parceria entre o TCU e os TCs dos estados e dos municípios com a finalidade de ajudar a promover a re-forma do Estado brasileiro.

“Os Tribunais de Contas estão entre as poucas instituições nacionais que po-dem contribuir com a reforma, por te-rem estabilidade institucional e quadros técnicos do mais alto nível”, ressaltou Augusto Nardes.

De acordo com ele, o TCU já come-çou a dar a sua contribuição: está realizan-do auditorias setoriais em áreas críticas em todos os estados, como saúde, educação,

mobilidade, segurança e previdência. “Após as eleições, os relatórios serão

entregues aos futuros governadores, para poderem planejar melhor as suas gestões e otimizar o emprego do dinheiro públi-co”, anunciou o ministro.

Nova Lei de LicitaçõesO presidente da Atricon anunciou

no IV ENTC que entrará com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) se o Congresso Nacional aprovar a nova Lei de Licitações, por meio do projeto de lei 559/2013, que limitará o poder dos ór-gãos fiscalizadores.

Valdecir Pascoal afirmou que, em um dos artigos, o projeto de lei estabe-lece que uma determinação dos TCs ou do Poder Judiciário, ordenando a parali-sação de uma licitação ou a execução de um contrato, não poderá ser cumprida se não estiver acompanhada de uma análise de custo-benefício que demonstre ser a interrupção a decisão que melhor aten-derá ao interesse público.

“Isso significaria, na prática, o completo esvaziamento desta compe-tência preventiva e corretiva dos Tribu-nais já reconhecida pelo STF”, afirmou o presidente da Atricon.

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proposTa de criação de conselho nacional e aplicação da ficha limpa para composição dos Tcs marcaram o eVenTo, realiZado em forTaleZa Augusto Nardes, presidente do TCU, e Valdecir Pascoal, da Atricon, participaram do encontro

Fotos: Marília Auto

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dentificar eventuais pontos frágeis de controle e apontar oportunidades de melhorias

nos procedimentos adotados pelos diver-sos setores do Tribunal, contribuindo para maior eficiência nas ações da Administra-ção. Estas são algumas das atribuições da Auditoria Interna (AUD), setor responsá-vel pelo controle interno do TCE-RJ.

A AUD auxilia a Presidência, à qual está diretamente subordinada, e a Secre-taria-Geral de Administração na gestão orçamentária, financeira e patrimonial da Corte. “As minutas de editais de licitação, os processos de dispensa e de inexigibilida-de tramitam pela Auditoria Interna; se no decorrer da análise efetuada for detectada a necessidade de aperfeiçoamento de tais processos, são oferecidas recomendações à Administração”, explica a auditora-chefe, Ana Paula Ferreira Pedrosa (foto).

Responsável pela fiscalização de órgãos e entidades estaduais e de 91 municípios fluminenses, a Corte de Contas é uma refe-rência para os jurisdicionados nas suas ações. Assim, a exigência de manter um controle interno atuante e eficaz é maior. “Temos

de zelar e ter atenção redobrada ao que fa-zemos, pois temos também por atribuição apoiar o controle externo na sua missão de fiscalização do próprio TCE, já que o Tri-bunal integra a estrutura administrativa do estado. No dia a dia, não podemos divergir, atuar na contramão do que é cobrado no controle externo”, afirma Ana Paula Pedrosa.

Ela destaca que a equipe da Audito-ria Interna está sempre reavaliando suas

metodologias e pensando novas técnicas de abordagem no momento de organi-zação de auditorias. O trabalho inclui a orientação sobre procedimentos que sus-citem dúvidas na sua execução, como a concessão de adiantamentos a servidores para atender a despesas de emergência ou que não podem ser submetidas ao proces-so normal para liberação. Nesse caso, a AUD elaborou um Guia de Adiantamen-to, reunindo respostas às principais ques-tões levantadas pelos setores do TCE-RJ.

Compete ainda à AUD a emissão do Certificado de Auditoria das Contas dos Ordenadores do TCE-RJ, documento obrigatório que compõe a prestação de contas anual da administração submetida ao plenário e posteriormente encaminha-da à Assembleia Legislativa.

“A busca pelo aperfeiçoamento de procedimentos e controles é constante. Nosso trabalho é facilitado pela parce-ria com os demais setores do Tribunal, já que todos compreendem a importância da organização interna na busca pela ex-celência de nossas atribuições”, conclui Ana Paula Pedrosa.

Irigor marca ações denTro da corTe fiscaliZadora

por deNtro do tCe

audauditoria interna

o controle interno dos recursos públicos

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Uma festa para olhos, olfato e paladar. Andar pelas estreitas ruas da Saara (como é chamada a região que reúne a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) é descobrir um alegre caminho de especiarias e guloseimas de toda ordem, vindas de diferentes partes do mundo. Tal qual nos famosos mercados de cheiros do Oriente, o “tour” leva a cerejas, damascos, montes de açafrão, cogumelos, amendoins, canela em pau, anis, pimentas, cravos-da-índia, nozes-moscadas, entre outras delícias.

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Canal aberto para o cidadão fazer denúncias de irregularidades,

críticas, pedidos de informação, sugestões e elogios

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0800 0 25 3231www.tce.rj.gov.br [email protected]