tcc sistema de produção toyota

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Faculdades Integradas Teresa D´Ávila ESTUDO DE CASO: O SISTEMA DE PRODUÇÃO DA TOYOTA MOTOR COMPANY Prof. Me. André Alves Prado ¹ [email protected] Reinaldo César Costa ² [email protected] Rita Jaqueline dos Santos ² [email protected] Rodrigo Alexandre Marcolino Gaspar ² [email protected] RESUMO O objetivo do presente estudo observou os acontecimentos ocorridos na Toyota dos Estados Unidos entre 2009 e 2010. Milhares de carros foram requisitados para recall por motivo de acidentes e mortes. Um duro golpe na imagem da Toyota, benchmarking de modelo de produção e qualidade para organizações do mundo inteiro. O trabalho foi desenvolvido através de revisão literária de diversas fontes, como: livros, periódicos e meios eletrônicos. Observou-se que o ocorrido com a Toyota nos Estados Unidos teve como causa principal a negligência da empresa com seu famoso sistema de produção: Sistema Toyota de Produção. Akio Toyoda, presidente da Toyota, assumiu publicamente que o sistema Toyota não acompanhou o crescimento da empresa, que assumiu o posto de maior montadora do mundo em 2008. Os problemas com a qualidade nos veículos da Toyota nos Estados Unidos propõem um olhar sobre a competitividade entre as empresas. Após análise, pode-se perceber que o rápido crescimento da Toyota fez que a empresa negligencia-se seus preceitos com a qualidade, afetando a segurança de seus clientes, o que para qualquer empresa, independentemente do porte ou atividade econômica, pode ser desastroso. Palavras-chaves: Qualidade, Sistema Toyota de produção, Competitividade. ¹ Mestre em Educação com Menção em Gestão Educativa pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador. Docente da FATEA e do Programa da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. 2 Graduados do Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA Lorena SP.

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Faculdades Integradas Teresa D´Ávila

ESTUDO DE CASO: O SISTEMA DE PRODUÇÃO DA TOYOTA MOTOR COMPANY

Prof. Me. André Alves Prado ¹

[email protected]

Reinaldo César Costa ²

[email protected]

Rita Jaqueline dos Santos ²

[email protected]

Rodrigo Alexandre Marcolino Gaspar ²

[email protected]

RESUMO

O objetivo do presente estudo observou os acontecimentos ocorridos na Toyota dos

Estados Unidos entre 2009 e 2010. Milhares de carros foram requisitados para recall por

motivo de acidentes e mortes. Um duro golpe na imagem da Toyota, benchmarking de

modelo de produção e qualidade para organizações do mundo inteiro. O trabalho foi

desenvolvido através de revisão literária de diversas fontes, como: livros, periódicos e meios

eletrônicos. Observou-se que o ocorrido com a Toyota nos Estados Unidos teve como causa

principal a negligência da empresa com seu famoso sistema de produção: Sistema Toyota

de Produção. Akio Toyoda, presidente da Toyota, assumiu publicamente que o sistema

Toyota não acompanhou o crescimento da empresa, que assumiu o posto de maior

montadora do mundo em 2008. Os problemas com a qualidade nos veículos da Toyota nos

Estados Unidos propõem um olhar sobre a competitividade entre as empresas. Após

análise, pode-se perceber que o rápido crescimento da Toyota fez que a empresa

negligencia-se seus preceitos com a qualidade, afetando a segurança de seus clientes, o

que para qualquer empresa, independentemente do porte ou atividade econômica, pode ser

desastroso.

Palavras-chaves: Qualidade, Sistema Toyota de produção, Competitividade.

¹ Mestre em Educação com Menção em Gestão Educativa pela Universidad Politécnica Salesiana

Ecuador. Docente da FATEA e do Programa da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária da

USP.

2 Graduados do Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila –

FATEA – Lorena – SP.

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ABSTRACT The objective of this study was to observe what happened to Toyota in the United States

between 2009 and 2010. Thousands of cars called for recall, accidents and deaths. A hard

blow to the image of the Toyota production model for benchmarking and quality for

organizations worldwide. The work was developed through literary review from various

sources such as books, periodicals and electronic media. What happened to Toyota in the

United States as the main cause was the negligence of the company with his famous

production system: the Toyota Production System. Akio Toyoda, Toyota President made a

public system that Toyota did not follow the growth of the company who took over the world's

largest automaker in 2008. Problems with the quality of Toyota vehicles in the United States

offer a look at the competitiveness between companies. Toyota's rapid growth made the

company neglects the safety of their customers, which for any company regardless of size or

economic activity, can be a disaster.

Key words: Quality, Toyota Production System, Competitiveness.

INTRODUÇÃO

Este trabalho analisa o ocorrido com a Toyota nos Estados Unidos e propõe

um olhar sobre a qualidade, que além de um conceito ou um conjunto de métodos e

ferramentas de melhoria, precisa ser observado como um valor intangível, que não

pode ser colocado em segundo plano por nenhuma organização. Trata-se de um

termo amplamente conhecido e que faz parte do dia-a-dia de qualquer organização

que deseja manter-se no mercado e ser competitiva.

No entanto, a busca por resultados rápidos, por conta da alta demanda, pode

comprometer a oferta de produtos e serviços com qualidade.

Entre 2009 e 2010, a Toyota teve sua imagem abalada por problemas

ocorridos com seus carros nos Estados Unidos, onde desconformidades

ocasionaram acidentes, sendo alguns fatais, ofuscando a credibilidade de uma

montadora reconhecida mundialmente por seus padrões de qualidade.

A Toyota alcançou o primeiro lugar no ranking das montadoras de automóveis

em 2008, ultrapassando as montadoras americanas detentoras de longos anos de

hegemonia na indústria automobilística. Os problemas ocorridos entre 2009 e 2010

com os automóveis da Toyota trazem à tona a questão da competitividade entre as

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empresas e os meios utilizados para manter as vendas e resultados, em detrimento

da segurança do cliente.

1.1 Problema de Pesquisa

A alta competitividade no atual cenário faz com que as organizações

coloquem alguns preceitos e até valores em segundo plano. Um exemplo recente é

o da Toyota nos Estados Unidos. Acidentes, milhares de carros chamados para

Recall e o início de uma aversão à marca em um território permeado de

concorrentes (FORD, GM, CRYSLER).

O que teria acontecido com a Toyota nos Estados Unidos, sendo uma

empresa conhecida por seu modelo de produção e qualidade, copiada mundo afora

pelas organizações em busca de melhoria da qualidade, e que de repente viu sua

credibilidade ofuscada pelos problemas em seus veículos?

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.3 Histórico da Qualidade

Em tempos de alta competitividade, onde as fronteiras comerciais e culturais

inexistem, e com mercados cada vez mais acirrados e interligados, muitas são as

variáveis que podem oferecer competitividade e manter a perenidade de uma

organização, cabendo à mesma, dentro de suas peculiaridades e potencialidades,

equacioná-las da melhor forma possível. Dentre essas variáveis, estão: a marca da

empresa, sua reputação frente ao mercado, sua amplitude global, seu aporte

financeiro, ou seu modelo de gestão.

Seja qual for o segmento atuante da organização, produtos ou serviços, a

variável determinante para o sucesso e, também no tocante diferencial ao

competitivo, é a qualidade.

Para Barros (1992, p.3), o mecanismo da qualidade só se completará “quando

houver uma perfeita harmonia entre o desempenho desse produto ou serviço,

associada à satisfação de quem vai utilizá-lo ou consumi-lo”.

Sabe-se que grandes contribuições na busca da qualidade são de origem

japonesa. O povo japonês é o berço de grandes corporações que encontraram na

qualidade, impulso para atingir mercados em todas as partes do mundo. Gigantes

Page 4: Tcc sistema de produção toyota

mundiais como a Sony Corp, Panasonic, Nissan, Honda e Toyota, são algumas das

marcas japonesas reconhecidas pela excelência de seus processos e qualidade do

produto.

Segundo Maximiano (2000, p.186) consideram-se há mais de 25 séculos as

afirmações para qualidade:

- Qualidade significa a aplicação dos melhores talentos e esforços para produzir os resultados mais elevados, - Você faz as coisas bem feitas ou faz pela metade? - Qualidade é alcançar ou procurar alcançar o padrão mais alto, em lugar de contentar-se com o que é frágil ou fraudulento. - A qualidade não admite compromisso com segunda classe

Convergindo para o contexto mercantil, onde a demanda é crescente e

diversificada, a qualidade tem um enfoque mais abrangente.

Barros (1992, p.3), pondera que “no processo de entendimento do conceito

de qualidade, é importante perceber que sempre estarão envolvidos dois

personagens: O produtor da qualidade e o consumidor da qualidade”.

Concomitantemente, as mudanças na sociedade provocadas pela revolução

industrial no fim do século XVII, foram seguidas pela transformação nos meios de

produção. A produção passou de manufaturada para mecanização de processos. A

produção em massa, onde eram produzidas grandes quantidades de determinadas

peças, fez com que a qualidade se posicionasse em primeiro plano como parâmetro

para resolver o problema de uniformidade.

Silva (2000, p.444), coloca que a “inspeção formal só passou a ser

necessária justamente quando se iniciou a produção em massa e da necessidade de

peças que servissem a vários conjuntos (peças intercambiáveis)”.

Para Maximiano (2000, p. 185), os principais participantes do movimento da

Qualidade e suas contribuições foram:

WALTER A. SHEWHART – cartas de controle

- controle estatístico da qualidade

- controle estatístico do processo

- técnicas de amostragem

- Ciclo PDCA

ARMAND FEIGENBAUM – departamento de controle de qualidade

Page 5: Tcc sistema de produção toyota

- sistema de qualidade

- qualidade total

WILLIAN EDWARDS DEMING – 14 pontos

- ênfase na cota certa da primeira vez

- qualidade desde os fornecedores até o cliente final

JOSEPH JURAN – trilogia da qualidade (planejamento, controle e

aprimoramento)

KAORU ISHIKAWA – qualidade total

- círculos de qualidade

A partir da revolução industrial no século XVII, com o aumento da

produtividade, a qualidade caracterizou-se como uma variável de valor. A produção

em larga escala, colocou a qualidade como um diferenciador de um produto de luxo

dos demais.

Maximiano (2000) enfatiza sobre a relatividade de atrelar a qualidade à

noção de valor. “Qualidade não tem sentido popular de “melhor”. Qualidade significa

melhor para determinadas condições de clientes. Estas condições são: a) utilização,

b) preço de venda do produto (a qualidade não pode ser vista independentemente

do custo)”.

Já o especialista Norte americano em controle de qualidade J. Juran, afirma

que qualidade é adequação ao uso- fitness for use. (MAXIMIANO, 2000).

Para Maximiano (2000 p.192), a qualidade na moderna administração divide-

se em três períodos principais: período de inspeção, período de controle estatístico e

período de qualidade total.

Com a produção em larga escala, tornou-se necessário acompanhar e

desenvolver parâmetros que possibilitassem otimizar os processos.

De acordo com Cordeiro (2004), com o início da produção em larga escala e

com a cambialidade das peças na linha de montagem, passou a ser considerado

fundamental o “desenvolvimento de gabaritos e acessórios baseados em um modelo

padrão de peças, que eram utilizadas no alinhamento das ferramentas das

máquinas de corte e na inspeção final”.

Não havia no período da inspeção um controle sobre a produção de forma

mais abrangente. Uma vez detectada uma peça com defeito, a mesma era enviada

para o retrabalho. (CORDEIRO, 2004).

Page 6: Tcc sistema de produção toyota

Conseguinte, com a já constante e crescente evolução dos processos e

aumento nas demandas de produção, as empresas passaram a utilizar ferramentas

estatísticas, visando aprimorar o controle dos processos em busca da qualidade.

Segundo Cordeiro (2004), a grande inovação foi “reconhecer a variabilidade

como um normal dos processos produtivos, onde o desafio era reconhecer o

momento em que a variação do resultado do processo pudesse ser identificada

como natural ou não”. A aplicação da estatística ao controle de qualidade teve como

precursor Walter A. Shewhart em 1924, concomitantemente, Dogge e Rosung,

desenvolveram técnicas baseadas em extrair amostras do universo pesquisado.

(MAXIMIANO, 2000).

Para Maranhão (1993), a qualidade apresenta as seguintes definições e

explicações:

Conformidade com especificações: Quando os produtos possuem

comprovadamente as características que estão descritas nos projetos,

catálogos ou listas de especificações.

Valor por dinheiro: Quando você recebe um benefício compensador

(tecnicamente denominado valor) em troca do dinheiro que gastou para

comprar alguma coisa (você não reclama do preço pago).

Adequação para uso: Quando aquilo que você compra é capaz de

fazer pelo menos o que dele se espera. (Você não reclama de mau

funcionamento).

Atratividade de mercado: Quando você livremente usa o direito de

escolher um determinado produto dentre os vários outros concorrentes.

É o que acontece quando você decide por um produto em uma

prateleira de supermercado. (Por alguma razão, você escolhe o mais

atrativo do mercado, seja por preço, pela aparência, pelo conteúdo,

pela marca ou outra qualquer razão.)

2.4 Controle da Qualidade Total

Segundo Maximiano (2000), os conceitos do Controle da Qualidade Total -

Total Quality Control - são um conjunto de preposições dos conceitos da qualidade

já existentes.

Page 7: Tcc sistema de produção toyota

Cabe salientar a contribuição das ações militares como precursoras da

implantação das primeiras ferramentas e conceitos da qualidade.

Maximiano (2000), afirma que a necessidades de grande quantidade de itens,

com altos padrões de qualidade, “fez com que os militares norte-americanos

adotassem técnicas de amostragem e também, instituíssem treinamentos para os

funcionários da indústria bélica e seus respectivos clientes”.

Maximiano (2000, p.196), alerta que a “quantidade da produção ficou mais

importante que a qualidade”. Diante do exposto, a mentalidade da alta administração

convergia para a acomodação provocada pelo volume produzido, em detrimento de

conhecer as causas e origens das falhas, que resultavam em produtos defeituosos.

Para alguns dirigentes era mais vantajoso permitir o custo com o desperdício do que

investir no aprimoramento no controle e qualidade.

Maximiano (2000) pondera que, apesar das grandes contribuições dos

pesquisadores americanos no tocante a qualidade, alguns de seus preceitos foram

renegados ou inadequados para algumas empresas americanas.

Para Campos (1992, p. 15) “o TQC é o controle exercido por todas as

pessoas para a satisfação das necessidades de todas as pessoas”.

Em meados de 1960, o pesquisador Feigenbaum iniciou uma nova era da

qualidade, a TQC – Total Control Quality (Controle da Qualidade Total).

Maximiano (2000, p.197) pondera que

Quem estabelece a qualidade é o cliente e não os engenheiros, nem o pessoal de marketing ou da alta administração. A qualidade de um produto ou serviço pode ser definida como um conjunto total das características de marketing, engenharia, fabricação e manutenção do produto ou serviço que

satisfazem as expectativas do cliente.

Maximiano (2000), enumera em oito estágios as colocações da qualidade

diante desse novo prisma:

Marketing: Avalia o nível de qualidade desejado pelo cliente e o custo

que ele está disposto a pagar.

Engenharia: Transforma as expectativas e desejos do cliente em

especificações.

Suprimentos: escolhe a compra e retém fornecedores de peças e

materiais.

Page 8: Tcc sistema de produção toyota

Engenharia de processos: Escolhe as máquinas, ferramentas e

métodos de produção,

Produção: A supervisão e os operadores têm uma responsabilidade

importante pela qualidade durante a fabricação.

Inspeção e testes: Verificam a conformidade do produto com as

especificações.

Expedição: Responsável pelas funções de embalagem e transporte.

Instalação e assistência técnica (serviço). A instalação e assistência

técnicas corretas ajudam a garantir o funcionamento correto do

produto.

2.5 JUSE- Union of japonese scientists and engineers- União dos

cientistas e engenheiros do Japão

Quem realmente absorveu as contribuições de Feigenbaum e de outros

pensadores a respeito da qualidade, foi o povo japonês. Após o fim da guerra e com

o desafio de se reconstruir e fortalecer seu parque industrial, base de sua economia

voltada para a exportação, o Japão empreendeu esforços para aprimorar seus

processos e desenvolver programas que viabilizassem seu crescimento.

Maximiano (2000, p. 199), afirma que um “marco nesse processo foi a

criação da Juse- Union of japonese scientists and engineers- Sindicato dos cientistas

e engenheiros do Japão”, que se tratava de uma entidade não governamental e sem

fins lucrativos. Através de convite da JUSE em 1950, o Dr. Edward Willian DEMING,

especialista em técnicas de amostragem e aplicativos estatísticos. Deming já havia

estado no Japão em 1947 durante a ocupação norte-americana após o fim da guerra

(MAXIMIANO, 2000).

Maximiano (2000), aponta que com o apoio da JUSE, Deming ressaltou a

importância do envolvimento da alta administração no aprimoramento da qualidade.

Deming alertava para que não se repetisse no Japão o corrido anteriormente nos

Estados Unidos, quando mesmo com as novas contribuições de Feigenbaum sobre

a TQC, as empresas arcaicamente tinham a qualidade apenas como um parâmetro

para separar produtos bons dos ruins, sem atentar para detectar a falha que originou

o produto defeituoso.

Page 9: Tcc sistema de produção toyota

2.6 Normas ISO 9000

Segundo Reis (1994, p.55), as normas internacionais ISO 9000 “são normas

contratuais, isto é, aplicáveis em situações contratuais que exijam demonstração de

que a empresa fornecedora é administrada com qualidade”.

Barros (1993, p.50) pondera

Que as normas da série ISO, por si sós, não produzirão qualidade nas empresas. Elas, como toda e qualquer norma, são apenas uma referência do “o que fazer”. O “Como fazer” é um problema nada simples que a própria empresa deverá estudar planejar e executar com seus próprios recursos e

adaptados à sua realidade.

Maximiano (2000, p. 207) advoga que “a família ISO 9000 de normas

representa uma espécie de consenso internacional a respeito das boas práticas de

administração da qualidade, mas não é garantia da qualidade de produtos”.

Para Silva (2004, p. 462),

A família de normas da ISO 9000 define os padrões de um sistema de qualidade que orientam o desempenho de uma empresa em requisitos específicos nas áreas de projeto/desenvolvimento, produção, instalação e serviço. São baseadas na premissa de que certas características genéricas de práticas administrativas podem ser padronizadas, e que um sistema de qualidade bem desenhado, bem implementado e cuidadosamente administrado fornece a confiança de que a produção satisfará as

expectativas e os requisitos dos clientes.

Segundo Maranhão (1993, p.13), o objetivo da ISO é “fixar normas técnicas

essenciais de âmbito internacional, para evitar abusos econômicos ou tecnológicos

dos países mais desenvolvidos”.

A figura 1 apresenta a evolução das normas em nível mundial:

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Figura 1 – Evolução das Normas em Nível Mundial Fonte: REIS; MANÃS (1994).

Segundo Morejón (2005)

quando da criação das normas ISO, em 1987, determinou-se que elas

seriam periodicamente revisadas, seja para o aprimoramento contínuo do

próprio conteúdo, seja para que refletissem as inovações inerentes aos

processos organizacionais.

Na primeira revisão, realizada em 1994, manteve-se a série de normas

ISO9000 a ISO 9004 –, cada qual com características, abrangências e

objetivos específicos, mas sem o significado de uma progressão de

melhoria. Essas normas podem ser divididas em dois tipos – diretrizes e

normas contratuais –, sendo que as empresas só podem ser certificadas em

relação a estas. As diretrizes orientam a seleção e uso das normas (ISO

9000) e a implementação de um sistema de gestão de qualidade (ISO

9004); esta última emprega frases como “O sistema de qualidade deve...”.

As normas contratuais (ISO 9001, ISO 9002 e ISO 9003) tratam de modelos

para contratos entre fornecedor (que é a empresa em questão) e cliente;

emprega frases como “O fornecedor deve...”.

2.7 Integração das Ferramentas e Métodos da Qualidade

Mesmo com todo o desenvolvimento e aperfeiçoamento de ferramentas e

métodos para qualidade, ainda são grandes as não conformidades encontradas na

Page 11: Tcc sistema de produção toyota

produção das empresas. Uma nova vertente na gestão da qualidade é o conceito de

integração dos métodos e ferramentas da qualidade (REBELATO, 2010).

Nessa seara, ocorre a ação conjunta de todos os elementos envolvidos nos

processo: ferramenta da qualidade, colaboradores e planejamento estratégico.

Rebelato (2010, p. 130), comenta que apesar de a integração ser uma idéia

presente no vocabulário dos especialistas, a falta de continuidade e dinamismo

interativo na aplicação dos métodos e ferramentas da qualidade pelas empresas é

uma realidade.

Barros (1992, p.48) comenta:

A falta de ÉTICA no campo da Qualidade também tem afetado, sobremaneira, a competitividade entre empresas. Produtos mascarados ou promessas de desempenho não cumpridas são alguns dos problemas enfrentados pelos consumidores e pelas empresas sérias e bem-intencionadas.

3 METODOLOGIA

O trabalho foi elaborado através de pesquisas bibliográficas que, segundo

Carvalho (1988), consiste em procurar uma informação que não se sabe e que se

precisa saber. Além disso, foi realizado um estudo de caso sobre a Toyota e seus

problemas com a qualidade nos Estados Unidos. Ainda conforme autor supracitado,

a metodologia do estudo de caso procura desenvolver a capacidade de análise de

uma situação concreta e de síntese de conhecimentos aprendidos.

O estudo de caso da Toyota, com enfoque nos problemas ocorridos com seus

veículos nos Estados Unidos, propõe um olhar da qualidade à luz da grande

competitividade entre as organizações. A pesquisa pretende demonstrar que

nenhum sistema é tão eficiente que não possa falhar, quando alguns valores são

negligenciados. Principalmente quando não há Ética nos processos.

4 ESTUDO DE CASO

4.1 Toyota Motor Company

A trajetória da Toyota iniciou-se no final do século 19, quando seu idealizador

Sackichi Toyoda inventou a 1ª máquina de fiar elétrica do Japão. O desenvolvimento

na indústria têxtil naquele momento fomentou o ideal de aperfeiçoamento da

manufatura, fez nascer a Spinning and Weaving Company. Com o apoio de seu filho

Page 12: Tcc sistema de produção toyota

Kichiro Toyoda, Sacckichi criou a primeira máquina de fiar automática em 1924,

conforme ilustrada na figura 3.

Figura 2 - 1ª Máquina de fiar automática Fonte: Toyota (2011)

Após algumas viagens aos Estados Unidos e Europa, Kichiro Toyoda

vislumbrou-se com o início da indústria auotmotiva que já dava seus primeiros

passos. Em 1937, nasce a Toyota Motor Company, passando da produção de

indústria têxtil à produção de automóveis. Atualmente, a empresa possui 51

unidades fabris, 522 subsidiárias, presença global em 170 países, cerca de 320.500

colaboradores. Sediada em Aichi, no Japão, cidade conhecida também como Toyota

City, ilustrada na figura 4:

Page 13: Tcc sistema de produção toyota

Figura 3 - Planta Industrial da Toyota no Japão Fonte: Prado (2010)

4.1 Sistema Toyota de Produção

Figura 4 - Linha de montagem da Toyota Fonte: Prado (2010)

O sistema Toyota de produção foi criado pelo engenheiro Taichi Ono e por Eiji

Toyoda, da família fundadora da empresa (MAXIMIANO, 2006). O sistema Toyota de

produção tornou-se referência mundial para as organizações, devido aos ganhos na

produção e flexibilidade. Uma característica é a autonomia dada aos colaboradores,

que podem interromper a linha de produção quando há um problema.

Laruccia (2000) apresenta algumas metodologias do sistema Toyota de

produção:

KANBAN: A palavra KANBAN significa cartão ou anotação visível. Na

verdade, KANBAN é uma técnica de controle de produção, através de sinais visíveis.

JUST IN TIME: Adquirir materiais apena no tempo de fabricar e serem

vendidos. Eliminar desperdícios no processo total de fabricação.

KAIZEN: Significa melhoria contínua. Uma das ferramentas para o Controle de Qualidade, através da interação constante de todos os setores e pessoas da empresa, visando à geração de alternativas para aperfeiçoamento.

4.2 Problemas nos veículos da Toyota nos Estados Unidos

Em 2008 a Toyota se tornou a maior montadora do mundo, ostentando a

fama de produzir veículos de qualidade e em um sistema de produção copiado por

diversas organizações ao redor do planeta. No entanto, em meados de 2009, a

Page 14: Tcc sistema de produção toyota

montadora viu-se em uma situação onde até então, ninguém, até mesmo a empresa,

imaginou viver: Surgiram reclamações de que seus veículos apresentavam

problemas, em específico, aceleração involuntária. Problema verificado em diversos

modelos da montadora nos Estados Unidos em outros países.

4.3 Toyota assume falha na Qualidade

Diante das constantes reclamações e incidentes observados em seus

veículos, o N.H.T.S.A – National Highway Traffic Safety Administration, agência

responsável pela segurança do tráfego nos Estados Unidos, pressionou a alta

administração da Toyota, que admitiu saber do problema de aceleração indevida de

seus veículos e iniciou um gigantesco recall em quase 9 milhões de unidades.

A montadora japonesa admitiu que seu alardeado processo de manufatura

com qualidade havia falhado e a filosofia de melhoria contínua, Kaizen, seria

colocado à prova de uma maneira extrema.

Segundo informações do site CARPLACE(2011), o problema de aceleração

involuntária de seus veículos ocorreu devido à má fixação dos tapetes, que

provocavam o travamento do pedal do acelerador, levando a aceleração indevida do

veículo, conforme ilustra a figura 7:

Figura 5- Problema na fixação do tapete travando o pedal do acelerador. Fonte: Carplace (2009)

Page 15: Tcc sistema de produção toyota

Após assumir o erro, o presidente mundial da Toyota Akio Toyoda, pediu

desculpas públicas a todos os prejudicados com os problemas dos veículos da

empresa.

Shinichi Sasaki, diretor de qualidade da Toyota, afirmou que o 1º lugar como

maior montadora do mundo, conquistado em 2008, pode ter ocasionado uma

negligência da montadora em seus princípios da qualidade. O presidente da Toyota

afirmou ainda, que seria criado um comitê da qualidade e novos centros de

treinamentos nas unidades da montadora. A figura 8 apresenta os veículos que

apresentaram problemas:

4.4 Recuperação da Toyota

O Toyota Corolla é o sucesso de vendas no mundo. No Brasil lidera as

vendas do segmento de sedãs, a frente de concorrentes como a Honda, Kia, Ford e

GM, conforme ilustra a figura 9:

Page 16: Tcc sistema de produção toyota

Figura 6 - Gráfico de sedãs médios no Brasil de maio de 2010 a fev. 2011

Fonte: Noticias automotivas (2011).

Após anos de predomínio das montadoras americanas a frente das maiores

do mundo, em 2008 a Toyota assumiu o primeiro lugar. Pouco tempo depois

começou os problemas com seus veículos, nos Estados Unidos, principal mercado

da empresa. Recalls, acidentes e um transtorno causado pela negligência da Toyota

em seus princípios da qualidade. Depois de todos os problemas, a empresa

mantém as vendas, logo atrás das empresas norte-americanas. A Toyota está entre

os dez mais vendidos nos Estados Unidos, ocupando a terceira posição, conforme

ilustra a Tabela 2:

Pos Modelo Agosto /10 Julho 2011 /10 Pos 2010

1 Ford F-Series 48,795 2% 1 361,978 7% 1 1

2 Silverado 36,832 8% 2 252,738 7% 2 2

3 Toyota Camry 30,185 -2% 3 204,67 -7% 3 3

4 Nissan Altima 23,016 24% 6 176,198 18% 4 7

5 Chevrolet Cruze 21,807 new 4 169,427 new 6 116

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6 Dodge Ram P/U 21,243 12% 8 153,452 24% 13 10

7 Hyundai Sonata 20,682 -3% 7 156,58 22% 11 12

8 Ford Escape 20,607 39% 5 167,625 30% 8 13

9 Honda Accord 18,439 -18% 13 162,375 -16% 9 4

10 Ford Fusion 17,925 11% 10 168,929 16% 7 8

[Digite uma citação do

Pode-se observar, que mesmo depois de todos os problemas ocorridos

recentemente, a marca mantém posição de destaque no segmento de vendas de

seus veículos, até mesmo nos Estados Unidos. A força da empresa e sua

credibilidade conseguiram superar o problema com a qualidade. Prova de que a

filosofia do Kaizen, melhoria contínua, foi o suporte necessário para a Toyota iniciar

sua recuperação. No entanto, concorrentes asiáticos em especial a Hyundai,

aproveitaram o momento de fragilidade da montadora japonesa para ganhar força no

mercado.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a análise literária e observando as informações sobre os problemas com

os veículos da Toyota, nos Estados Unidos, pode-se verificar que o rápido

crescimento da empresa não foi acompanhado pelo seu sistema de produção. A

qualidade, principal premissa da empresa, ficou renegada ao volume de produção.

Akio Toyoda, presidente da Toyota, pediu desculpas publicamente por todos

os problemas mecânicos nos carros da mont adora. Admitiu que o rápido

crescimento da empresa teve como consequência a negligência da empresa quanto

ao treinamento adequado dos funcionários, o que ocasionou as falhas na qualidade

e os defeitos de seus veículos.

Conforme exposto na revisão literária do estudo de caso da Toyota, verificou-

se que a qualidade ficou renegada ao volume de produção. E que também ocorreu a

inobservância à ÉTICA, uma vez que, mesmo ciente das falhas, a montadora não

procurou sanar o problema e permitiu que veículos defeituosos fossem colocados à

venda.

Pode-se afirmar que o sistema Toyota não foi o responsável pela falha dos

veículos. Conforme verificado na elaboração do trabalho, a empresa sabia do

problema e omitiu-se. Na linha de produção certamente foi observado que algo

Tabela 1: Ranking de vendas de automóveis nos Estados Unidos. Fonte: Ultra Motors (2011).

Page 18: Tcc sistema de produção toyota

estava em desconformidade. O sistema Toyota, em uma de suas premissas, permite

ao colaborador da linha parar o processo quando encontra algum problema.

O que leva ao entendimento que a alta administração da Toyota, por algum

motivo: ÉTICO, CULTURAL ou ECONÔMICO, não agiu prontamente quando era

necessário. A omissão somente foi deixada de lado quando a situação se agravou,

com o grande número de reclamações, acidentes e intervenção das autoridades

americanas.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de ter a imagem e credibilidade abalada, a Toyota tem a oportunidade

de aprimorar a sua já eficiente metodologia de manufatura, uma vez que a proposta

de melhoria contínua, “Kaizen”, é uma de suas premissas mais relevantes.

Mais que uma exigência do mercado, o fator qualidade pode envolver

questões bem mais complexas do que lucro e competitividade, pode ocasionar

prejuízos imensuráveis, como as mortes ocasionadas com proprietários de veículos

da marca Toyota.

O ocorrido com a Toyota nos Estados Unidos demonstra que todo processo,

por mais eficiente que seja, necessita sempre de aprimoramento e, principalmente,

deve estar alinhado aos valores. A recuperação da Toyota já é visível, as vendas

crescem significativamente, demonstrando a força da empresa.

É pertinente salientar o crescimento das montadoras asiáticas, com destaque

para a Hyundai, que começa a fortalecer suas vendas, com produtos de qualidade,

alta tecnologia e preços competitivos. O descaso da Toyota com a qualidade fez

com que diversas montadoras ganhassem impulso no mercado.

A qualidade, independentemente do produto ou serviço oferecido, não pode

ser colocada em segundo plano por nenhuma organização. Mais que agregar

valores tangíveis, ela representa os reais valores e compromissos da empresa, onde

o limite entre a ética e ambição, é muito tênue, e pode ser rompido facilmente.

A questão da falta de valores é uma constante em nossa sociedade,

passando pela família, sociedade e, não diferente, acaba atingindo às organizações.

O caso da Toyota não é o primeiro. Ford e GM também já sofreram com o descaso

com a qualidade de seus produtos, no entanto o que ocorreu com as americanas

não serviu de lição para a montadora japonesa, pioneira da qualidade.

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GLOSSÁRIO

N.H.T.S.A – National Highway Traffic Safety Administration- Administração

Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário

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ISO - International Organization for Standartization- Organização Internacional de

Padronização